Pequenas e grandes trabalham juntas
Pequenas e grandes trabalham juntas
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18<br />
Capa<br />
to, envolvendo os temas de responsabilidade<br />
social e segurança, além da saúde do<br />
trabalho. Já o Senai fica com a questão da<br />
qualidade e do meio ambiente. O IEL gerencia<br />
o portal do programa, onde estão<br />
concentradas as informações direcionadas<br />
para as empresas âncoras, de modo a<br />
facilitar o gerenciamento do trabalho.<br />
Uma das empresas atendida pela segunda<br />
etapa do Projeto Vínculos no Estado é a<br />
Zinque Serviços Metalúrgicos. Com sede na<br />
cidade do Cabo de Santo Agostinho, distante<br />
cerca de 40km do Recife, a empresa atua<br />
na fabricação de equipamentos, acessórios<br />
e caldeiraria em geral para a indústria. O<br />
trabalho envolve a metalurgia leve e média,<br />
com destaque para estruturas metálicas<br />
para a construção civil e submontagem de<br />
blocos para a indústria naval. “O Projeto<br />
Vínculos veio no momento certo para a<br />
Zinque, porque precisávamos iniciar um<br />
processo de melhoria contínua, visando a<br />
atender às demandas cada vez maiores do<br />
mercado”, ressalta Álvaro Campello, gerente<br />
de Recursos Humanos da empresa.<br />
Para Campello, a importância do<br />
projeto reside no fato de possibilitar um<br />
desenvolvimento gradual e integrado da<br />
empresa, no que diz respeito às questões<br />
de gestão, meio ambiente, qualidade, segurança<br />
e responsabilidade social. “Estamos<br />
hoje desenvolvendo procedimentos e<br />
adequando processos graças ao input oferecido<br />
nas oficinas e ao apoio individualizado<br />
das consultorias”, afirma Álvaro, que<br />
credita essa melhoria também ao trabalho<br />
que vem sendo realizado pelos consultores<br />
(“que sempre se mostram parceiros de alto<br />
nível, comprometidos com nosso desenvolvimento”),<br />
bem como à atuação junto<br />
aos <strong>grandes</strong> empreendimentos.<br />
Outra empresa que tem sido beneficiada<br />
pelo Vínculos é a ABC Hidráulica. Instalada<br />
no bairro da Imbiribeira, no Recife, a<br />
empresa soma 16 anos de atividades na área<br />
de componentes para sistemas hidráulicos,<br />
pneumáticos e de transmissão mecânica.<br />
Inserida no processo graças ao convite da<br />
Gerdau, a ABC encontra-se no estágio de<br />
implementação dos conhecimentos adquiridos<br />
nas oficinas ministradas pelo Sebrae e<br />
demais parceiros envolvidos com o projeto.<br />
Apesar disso, já existem boas expectativas<br />
quanto ao trabalho que está sendo realizado.<br />
“O que a gente está adquirindo com<br />
as capacitações é importante. Já estamos<br />
começando a adotar procedimentos na<br />
empresa que não tínhamos antes”, afirma o<br />
diretor da ABC, Guy Evangelista, que enumera<br />
avanços dentro da empresa nas áreas<br />
de segurança do trabalho, meio ambiente e<br />
responsabilidade social.<br />
“Como gestor, vejo que está melhorando<br />
nosso funcionamento. Antigamente não<br />
parávamos para pensar nos procedimentos<br />
que eram adotados na empresa. Hoje nós<br />
temos uma linha de atuação”, explica Evangelista.<br />
Outra mudança que está sendo posta<br />
em prática na empresa, de acordo com o<br />
profissional, tem a ver com a maior interação<br />
junto ao público externo, ação esta que<br />
é feita por meio de pesquisas de satisfação<br />
que procuram ouvir as opiniões e ideias de<br />
clientes e fornecedores. “É uma coisa que a<br />
gente está implantando aos poucos e é importante.<br />
É o start de algo que a gente vai<br />
começar a desenvolver mais para a frente”,<br />
diz Guy Evangelista.<br />
Entre as novidades implantadas na<br />
ABC Hidráulica, a partir da ação do<br />
Projeto Vínculos, está a coleta seletiva<br />
de materiais recicláveis. Tanto aqueles<br />
oriundos da área administrativa, como<br />
os provenientes do setor de montagem<br />
de mangueiras, com seus resíduos de<br />
borracha. “Visualizando que, no futuro,<br />
a maioria das <strong>grandes</strong> empresas vai<br />
exigir uma qualificação, ou até mesmo<br />
uma certificação de seus fornecedores,<br />
isto é muito importante para nós”, afirma<br />
Evangelista. E reforça: “As empresas<br />
que estiverem qualificadas e certificadas<br />
vão conseguir comercializar sua linha de<br />
produtos para os <strong>grandes</strong> clientes”.<br />
Além da Zinque e da ABC Hidráulica,<br />
outro empreendimento tem tirado<br />
vantagem da atuação do Projeto Vínculos.<br />
Com sede no Recife e filiais nas<br />
cidades de Fortaleza e Salvador, a Recicabos<br />
atua no setor de cabeamento<br />
estruturado, tendo sido convidada para<br />
o Vínculos pelo Estaleiro Atlântico Sul.<br />
“Já mudamos muita coisa. Até fazíamos<br />
alguns dos procedimentos, mas nada<br />
padronizado”, explica Eliana Mendonça,<br />
que ocupa o cargo de assistente da direção.<br />
“Já estamos sentindo os resultados<br />
em todos os pontos. De qualidade, segurança<br />
e seguridade social”, completa.<br />
Mas, apesar do foco do Projeto Vínculos<br />
ser direcionado para as micro e<br />
pequenas empresas que atuam fornecendo<br />
serviços e materiais para as <strong>grandes</strong><br />
empresas, os benefícios decorrentes<br />
da ação são sentidos por todos. As<br />
empresas fornecedoras saem ganhando,<br />
em termos de competitividade e qualificação.<br />
Podem ainda aumentar o volume<br />
de negócios com <strong>grandes</strong> empresas<br />
compradoras, além de outros fornecedores,<br />
e incrementar a interação com as<br />
<strong>grandes</strong> empresas compradoras, além de<br />
terem acesso ao mercado facilitado. Já<br />
as <strong>grandes</strong> obtêm, como contrapartida,<br />
a possibilidade de realizar negócios com<br />
fornecedores capacitados, ao mesmo<br />
tempo em que podem gerenciar riscos<br />
e manter um relacionamento confiável<br />
e de longo prazo com os fornecedores<br />
capacitados. Outra vantagem para elas<br />
é poderem atuar como empresas socialmente<br />
responsáveis.<br />
Rumo a 2014<br />
Empresários do Recife e de outras 11 cidades-sede da Copa do Mundo<br />
de Futebol já se preparam para aproveitar a oportunidade<br />
e explorar o potencial empreendedor<br />
TEXTO JANETE LOPES<br />
FOTO RODRIGO MOREIRA<br />
D<br />
epois de realizar mapeamentos<br />
de oportunidades de negócios<br />
com a Fundação Getúlio Vargas,<br />
o Sebrae em Pernambuco desenvolve<br />
ações inovadoras com objetivo de potencializar<br />
os projetos setoriais e contribuir<br />
com a melhoria da competitividade das<br />
MPE. Os mapeamentos realizados identificam<br />
as necessidades de requisitos de<br />
contratação nas dimensões de gestão,<br />
sustentabilidade, documentos específicos<br />
e gerais. Essas informações servirão para<br />
planejarmos nossas ações futuras. “O Projeto<br />
Sebrae 2014 tem como foco estratégico<br />
aproveitar a presença de turistas e da<br />
grande exposição na mídia para mostrar a<br />
identidade cultural e as riquezas da região,<br />
com o intuito de elevar o patamar de competitividade<br />
das micro e pequenas empresas”,<br />
destaca o superintendente do Sebrae<br />
em Pernambuco, Roberto Castelo Branco.<br />
Com a perspectiva de um evento como<br />
a Copa do Mundo de Futebol e seus possíveis<br />
impactos na economia e nos negócios,<br />
principalmente, nas cidades-sede dos<br />
jogos, oportunidade é a palavra que surge<br />
para os pequenos negócios, dando sentido<br />
a toda mobilização que venha a ser feita<br />
para este fim. “O Sebrae de Pernambuco<br />
tem a intenção de corresponder às necessidades<br />
de um dos maiores eventos, a Copa<br />
2014, inserindo-se na estratégia do Sebrae<br />
Nacional. Com a colaboração dos parceiros<br />
e encontros de negócios com empresários<br />
pernambucanos, busca a sustentabilidade<br />
do setor econômico. Esse processo<br />
acelerador possibilita soluções inovadoras,<br />
comprovando o comprometimento do Sebrae<br />
com os empresários da região”, declara<br />
Pio Guerra, presidente do Conselho Deliberativo<br />
do Sebrae Pernambuco.<br />
O presidente do Sebrae Nacional, Luiz<br />
Barretto, participou do evento no Recife e<br />
falou sobre a importância desse momento<br />
para o Estado. “Pernambuco agora passa a<br />
enfrentar os desafios de uma nova agenda,<br />
de um novo Estado, de um novo país. Em<br />
torno da Cidade da Copa, é possível ver o<br />
dinamismo gerado pelos efeitos da economia<br />
regional. O Sebrae sabe a importância<br />
das micro e pequenas empresas terem<br />
espaço nesse trem de desenvolvimento.<br />
Projeto Sebrae 2014 19<br />
Pensando nisso, estamos trabalhando<br />
para que essas empresas superem os obstáculos,<br />
aumentem suas receitas e estejam<br />
mais capazes e competitivas no mercado”.<br />
Mas oportunidade, nesse cenário, é<br />
para ser utilizada pelo segmento das micro<br />
e pequenas empresas, com significado<br />
duplo. “O Sistema Sebrae utiliza-se do<br />
conceito e considera dois elementos: a efetivação<br />
de negócios e o desenvolvimento<br />
empresarial dessas empresas”, destaca o<br />
coordenador do Projeto Sebrae 2014 em<br />
Pernambuco, José Oswaldo Ramos.<br />
Segundo Ramos, é fácil perceber que<br />
negócios irão surgir no período antes,<br />
durante e depois da Copa 2014, tendo em<br />
vista os investimentos públicos em infraestrutura,<br />
investimentos privados, fluxos<br />
de turistas, entrada de divisas, entre<br />
outros. “Tais condicionantes geram uma<br />
oportunidade incrível de desenvolvimento<br />
empresarial para as MPE, seja por meio<br />
da aproximação das empresas de pequeno<br />
porte com as <strong>grandes</strong> empresas, seja pelo<br />
atendimento a um mercado diferenciado.<br />
O processo exige que essas empresas se