O Conto Sonoro, uma forma de explorar a escrita musical. Renata ...
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“A importância da história no cotidiano das crianças é<br />
inquestionável. Ouvindo e, <strong>de</strong>pois, criando histórias, elas<br />
estimulam sua capacida<strong>de</strong> inventiva, <strong>de</strong>senvolvem o contato e<br />
a vivência com a linguagem oral e ampliam recursos que<br />
incluem o vocabulário, as entonações expressivas, as<br />
articulações, enfim, a <strong>musical</strong>ida<strong>de</strong> própria da fala”. (BRITO<br />
2003, p.161).<br />
Os passos do trabalho<br />
O trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido durante quatro aulas <strong>de</strong> <strong>musical</strong>ização<br />
(quatro semanas). Na primeira aula a professora contou para o grupo toda a<br />
história, sem chamar a atenção para as possíveis situações do texto que as<br />
crianças po<strong>de</strong>riam utilizar para representar os sons.<br />
Na semana seguinte a história foi retomada e as crianças receberam a<br />
explicação sobre o que <strong>de</strong>veriam fazer. Foram muitas dúvidas, interrogações<br />
tudo era muito diferente e houve <strong>uma</strong> breve turbulência na aula, que misturava<br />
ansieda<strong>de</strong>, entusiasmo, dúvida e curiosida<strong>de</strong>. Era a primeira vez que o grupo<br />
participava <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>.<br />
As questões foram muitas:<br />
- Posso <strong>de</strong>senhar o lobo?<br />
- E os porquinhos?<br />
- Como vamos fazer o barulho das pegadas?<br />
- Preciso escrever lobo se não posso <strong>de</strong>senhá-lo?<br />
- Como posso fazer o lobo soprando a casa?<br />
Para todas as questões a resposta foi sempre a mesma:<br />
- É preciso colocar no papel o som <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong>s partes do texto, <strong>de</strong> <strong>forma</strong><br />
que vocês lembrem-se na semana que vem do que registraram e que também<br />
outros colegas entendam o que vocês fizeram.<br />
Ofereci para o grupo materiais como papel colorido, cola, tesoura,<br />
cascas <strong>de</strong> isopor, palitos <strong>de</strong> sorvete, retalhos <strong>de</strong> eva e giz <strong>de</strong> cera. Retomei o<br />
texto fazendo interrupções para que os registros fossem elaborados.<br />
Primeiramente as crianças resolveram que cada <strong>uma</strong> faria seu trabalho<br />
individualmente selecionando os materiais que gostaria <strong>de</strong> utilizar, e em<br />
seguida registraram a saída dos porquinhos <strong>de</strong> casa. Foi possível observar que<br />
eles estavam neste momento muito envolvidos em fazer um registro artístico do<br />
texto, não foram feitas muitas intervenções por parte da professora e a<br />
preocupação com a representação sonora não aconteceu nesta etapa.<br />
Como a tarefa <strong>de</strong>mandou muito tempo, <strong>de</strong>cidiram (as crianças) que era<br />
melhor fazer em grupo, mas continuaram a representar cenas da história,<br />
fazendo <strong>de</strong>sta vez cada <strong>uma</strong> das casas dos porquinhos. Nesta etapa ainda foi<br />
possível observar <strong>uma</strong> preocupação muito gran<strong>de</strong> do grupo em registrar <strong>uma</strong><br />
parte do texto, e não os sons <strong>de</strong> cada personagem. As crianças foram muito<br />
organizadas na divisão das tarefas e nas sugestões que cada <strong>uma</strong> propunha<br />
para o trabalho.