29.06.2013 Views

impedância bioelétrica e suas aplicações - Portal Saúde Brasil

impedância bioelétrica e suas aplicações - Portal Saúde Brasil

impedância bioelétrica e suas aplicações - Portal Saúde Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA E SUAS<br />

APLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA E<br />

ÁREAS AFINS<br />

Roberto Fernandes da Costa 1<br />

RESUMO<br />

A avaliação da composição corporal a partir da medida da<br />

<strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> é considerada um método rápido, nãoinvasivo<br />

e relativamente barato para estimar a quantidade de<br />

gordura corporal em situações clínicas e de campo. Nesta técnica,<br />

parte-se do princípio que a <strong>impedância</strong> ao fluxo de corrente elétrica<br />

através do corpo é diretamente proporcional ao quadrado da estatura<br />

do indivíduo e inversamente proporcional à secção transversal.<br />

Assim, considerando que a massa livre de gordura, com água e seus<br />

eletrólitos, é boa condutora de corrente elétrica; e a gordura é má<br />

condutora, as equações de <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> podem ser<br />

utilizadas para estimar a massa livre de gordura e a água corporal<br />

total, e a partir disso a porcentagem de gordura corporal.<br />

Considerando a influência do estado de hidratação nos resultados<br />

obtidos por este método, o protocolo deve ser seguido<br />

rigorosamente para assegurar a validade ao utilizar a <strong>impedância</strong><br />

<strong>bioelétrica</strong>.<br />

UNITERMOS: Composição corporal; avaliação física; medidas e<br />

avaliação.<br />

ABSTRACT<br />

Body composition assessment from the bioelectrical impedance<br />

method is considered a rapid, noninvasive and relatively<br />

inexpensive method for evaluating body fat quantity in field and<br />

clinical settings. In this technique, impedance to current flow<br />

through the body is directly related to the square of the individual´s<br />

heigth and indirectly related to cross-sectional area. Thus,<br />

considering that fat free mass, with its water and electrolytes, is a<br />

good conductor of electrical current; and fat is a poor conductor,<br />

______________________________________________________<br />

1 Mestre em Educação Física - EEFEUSP<br />

Professor de Cineantropometria do Curso de Educação Física da UNICID<br />

43<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


ioelectrical impedance. equations can be used to estimating fat free<br />

mass and total body water, and to depart of this body fat.<br />

Considering hydration status influence in the results obtained from<br />

this method, the protocol must be followed rigorously to assure<br />

validity to the use bioelectrical impedance.<br />

UNITERMS: Body composition; physical evaluation; measures<br />

and evaluation.<br />

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL POR<br />

IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA<br />

A avaliação da composição corporal assume fundamental<br />

importância no trabalho dos profissionais de educação física,<br />

nutrição e medicina, quando interessados no controle do peso<br />

corporal. Tal importância deve-se ao fato de a massa corporal<br />

isoladamente não poder ser considerada um bom parâmetro para a<br />

identificação do excesso ou da carência dos diferentes componentes<br />

corporais (massa gorda, massa muscular, massa óssea e massa<br />

residual), ou ainda das alterações nas quantidades proporcionais<br />

desses componentes em decorrência de um programa de exercícios<br />

físicos e/ou dieta alimentar.<br />

As técnicas mais utilizadas por estes profissionais são<br />

aquelas que Martin & Drinkwater (1991) classificam como<br />

duplamente indiretas, por serem validadas a partir de uma técnica<br />

indireta, mais comumente a pesagem hidrostática. Entre estas<br />

técnicas de estimativa da gordura corporal estão a antropométrica,<br />

que se utiliza de medidas de dobras cutâneas, perímetros e<br />

diâmetros, entre outras medidas; a interactância de infravermelho;<br />

e a <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong>.<br />

Segundo Heyward & Stolarczyk (2000) a análise da<br />

<strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> é um método rápido, não-invasivo e<br />

relativamente barato para avaliar a composição corporal tanto no<br />

trabalho de campo quanto na prática clínica; porém antes de<br />

optarmos por qualquer técnica de avaliação da composição corporal<br />

devemos conhecer as vantagens e limitações da mesma em relação<br />

ao grupo ou indivíduo que pretendemos avaliar.<br />

44<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


A análise da composição corporal através da <strong>impedância</strong><br />

<strong>bioelétrica</strong> tem como base a medida da resistência total do corpo à<br />

passagem de uma corrente elétrica de 500 a 800 microA e 50 kHz.<br />

Conceitos:<br />

Impedância Bioelétrica<br />

• É a oposição ao fluxo da corrente elétrica no corpo humano,<br />

conseqüência da soma vetorial da Resistência e Reactância.<br />

Resistência Elétrica<br />

• É a oposição ao fluxo da corrente elétrica em qualquer meio<br />

(líquido, sólido e gasoso).<br />

Reactância Elétrica<br />

• É a oposição ao fluxo da corrente elétrica provocada pelas placas<br />

capacitivas, que no corpo humano são assumidas pelas membranas<br />

citoplamáticas.<br />

Os componentes corporais oferecem uma resistência<br />

diferenciada à passagem da corrente elétrica; os ossos e a gordura,<br />

que contém uma pequena quantidade de água constituem um meio<br />

de baixa condutividade, ou seja, uma alta resistência à corrente<br />

elétrica. Já a massa muscular e outros tecidos ricos em água e<br />

eletrólitos, são bons condutores, permitindo mais facilmente a<br />

passagem de corrente elétrica.<br />

Segundo as leis de Ohm, a resistência de uma substância é<br />

proporcional à variação da voltagem de uma corrente elétrica a ela<br />

aplicada; desta forma, através de um sistema tetrapolar, onde dois<br />

eletrodos são fixados à região dorsal da mão direita e dois à região<br />

dorsal do pé direito do avaliado, o aparelho irá identificar os níveis<br />

de resistência e reactância do organismo à corrente elétrica,<br />

avaliando a quantidade total de água no organismo e predizendo,<br />

através desta quantidade de água, a massa livre de gordura e a<br />

quantidade de gordura corporal do indivíduo (Costa, 1999; 2001).<br />

A velocidade e a relativa simplicidade de execução do<br />

método da <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> representam uma grande van-<br />

45<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


tagem de sua utilização na academia, no clube ou na clínica. A<br />

principal limitação deste método surge quando o avaliado apresenta<br />

alterações em seu estado de hidratação; assim, a quantidade de<br />

alimentos e líquidos ingeridos pelo avaliado, bem como a atividade<br />

física realizada no dia do teste, entre outros fatores como<br />

nefropatias, hepatopatias e diabetes podem influenciar o resultado<br />

obtido por este método.<br />

Segundo Lukaski(1986), para a realização da análise da<br />

composição corporal através da <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> o avaliado<br />

tem uma participação decisiva, devendo obedecer a uma série de<br />

procedimentos prévios ao teste, sem os quais poderá estar<br />

comprometendo seu resultado.<br />

Procedimentos pré-teste:<br />

• Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o<br />

teste;<br />

• Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores<br />

ao teste;<br />

• Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste;<br />

• Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste;<br />

• Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o<br />

teste.<br />

• Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito<br />

dorsal, em total repouso antes da execução do teste.<br />

Tão importante quanto seguir a todos estes procedimentos é<br />

verificar se as equações contidas no equipamento são adequadas ao<br />

avaliado, pois segundo Heyward & Stolarczyk (2000) a principal<br />

fonte de erro desta técnica é o uso de equações inapropriadas, sem<br />

levar em consideração aspectos como idade, sexo, etnia, nível de<br />

atividade física e quantidade de gordura corporal. Neste sentido,<br />

existem inúmeras equações disponíveis na literatura, para grupos<br />

específicos, que devem ser escolhidas cuidadosamente, com base<br />

em estudos de validação para o grupo que se pretende avaliar.<br />

46<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


Cabe ressaltar que apenas Carvalho (1998) e Yonamine<br />

(2000) derivaram equações para <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> baseadas<br />

em amostras nacionais, para estudantes universitários e meninos de<br />

12 a 14 anos, respectivamente. Estes cuidados valem também para<br />

os novos equipamentos que têm surgido e que vêm atraindo os<br />

profissionais por seu design ou por apresentarem uma utilização<br />

mais simples, como os das marcas Tanita e Omron. São escassos<br />

estudos de validação destes equipamentos em amostras brasileiras,<br />

cabendo citar os realizados por Marques (1999) e por Costa et alii<br />

(2001). No primeiro o autor verificou que o Omrom subestimou a<br />

porcentagem de gordura corporal de mulheres de 20 a 40 anos de<br />

idade; já no segundo, os autores verificaram que a Tanita<br />

superestimou sinificativamente a porcentagem de gordura de<br />

homens e mulheres de 18 a 30 anos de idade.<br />

A utilização da <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> não se resume à<br />

avaliação da gordura corporal relativa apresentando, também,<br />

<strong>aplicações</strong> clínicas importantes no que diz respeito à monitoração<br />

da quantidade de água corporal. Davies et alii (1988) demonstraram<br />

que a <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> é uma técnica válida e fidedigna para a<br />

estimativa da água corporal total em crianças com problemas<br />

cardíacos. Ainda neste contexto, Davies & Gregory (1991)<br />

verificaram ser esta uma técnica válida para monitorar as mudanças<br />

no estado de hidratação após cirurgia cardíaca em adultos.<br />

Danford et alii (1992) sugeriram que as equações de<br />

regressão utilizadas para predizer a água corporal total a partir desta<br />

técnica têm mostrado bons resultados em populações distintas,<br />

incluindo pacientes com insuficiência renal crônica, doenças<br />

cardíacas, doenças inflamatórias do intestino, diabetes, deficiência<br />

do hormônio do crescimento, e obesidade.<br />

Outros estudos têm sido realizados com o objetivo de<br />

verificar a aplicabilidade da impedanciometria na monitoração do<br />

estado de hidratação em pacientes com diferentes patologias que<br />

alteram este estado: pacientes em hemodiálise (Chertow et alii,<br />

1995; Chertow et alIi, 1996; Ljungqvist et alii, 1990), portadores de<br />

HIV (Fischer et alii, 1990; Kotler et alii, 1989; Sluys et alii, 1993),<br />

47<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


diabéticos (Leiter et alii, 1996), por exemplo. Um aspecto<br />

importante na utilização da <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> para o<br />

acompanhamento de programas de emagrecimento é que entre as<br />

técnicas duplamente indiretas esta é a única que conta com<br />

equações específicas para sujeitos obesos, o que pode significar<br />

uma vantagem sobre outras técnicas, nestes casos (Gray et alii,<br />

1989; Segal et alii, 1988).<br />

Assim como outras técnicas de avaliação da composição<br />

corporal, a <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> apresenta vantagens e<br />

desvantagens que devem ser conhecidas por seus usuários, bem<br />

como procedimentos protocolares que devem ser seguidos<br />

rigorosamente a fim de minimizar seu erro de predição.<br />

Impedância Bioelétrica<br />

Vantagens<br />

•Não requer um alto grau de habilidade do avaliador.<br />

•É confortável e não-invasiva.<br />

•Pode ser utilizada na avaliação da composição corporal de<br />

indivíduos obesos.<br />

•Possui equações específicas a diferentes grupos populacionais.<br />

Desvantagens<br />

•Depende de grande colaboração por parte do avaliado.<br />

•Apresenta custo mais elevado que a outras técnicas duplamente<br />

indiretas.<br />

•É altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado.<br />

•Nem sempre os equipamentos dispõem das equações adequadas<br />

aos indivíduos que pretendemos avaliar.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

CARVALHO, A. B. R. Composição corporal através dos<br />

métodos da pesagem hidrostática e <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong> em<br />

universitários. Dissertação de Mestrado, UFSM, Santa Maria – RS,<br />

1998.<br />

CHERTOW, G. M.; LOWRIE, E. G.; WILMORE, D. W. et alii.<br />

Nutritional assessment with bioelectrical impedance analysis in<br />

maintenance hemodialysis patients. Journal of American Society<br />

of Nephrology, 6:75-81, 1995.<br />

48<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


CHERTOW, G. M.; LOWRIE, E. G.; LEW, N. L. & LAZARUS, J.<br />

M. Bioeletrical impedance análisis predicts survival in hemodialysis<br />

patients. Journal of American Society of Nephrology, 7(9):1442,<br />

Abstract, 1996.<br />

COSTA, R. F. Avaliação da Composição Corporal. [CD-ROM].<br />

Santos, FGA Multimídia, 1999.<br />

COSTA, R. F. Composição Corporal – teoria e prática da<br />

avaliação. São Paulo, Monole, 2001.<br />

COSTA, R. F.; FALCO, V.; UENO, L. M.; COLANTONIO, E. &<br />

LIMA, F. Validade de técnicas de predição de gordura corporal. In:<br />

Congresso de Educação Física da FIEP (16), anais p.104, 2001.<br />

DANFORD, L. C.; SCHOELLER, D. A. & KUSHNER, R. F.<br />

Comparison of two bioelectrical impedance analysis models for<br />

total body water measurements in children. American Human<br />

Biology, 19:603-7, 1992.<br />

DAVIES, P. S. W.; PREECE, M. A.; HICKS, C. J. & HALLIDAY,<br />

D. The prediction of total body water using bioelectrical impedance<br />

in children and adolescents. American Human Biology, 15:237-<br />

40, 1988.<br />

DAVIES, P. S. W. & GREGORY, J. W. Body water measurements<br />

growth disorders. Archives Disease Children, 66:1467, 1991.<br />

FISCHER, H.; OTT, M.; LEMMCKE, B.; et alii. Bio-electrical<br />

impedance analysis (BIA): a method of measuring the condition of<br />

nourishment in patients with HIV infections in various states. In:<br />

German AIDS Congress, Original Abstract Sept. 1, 1990.<br />

GRAY, D. S.; BRAY, G. A.; GEMAYEL, N. & KAPLAN, K.<br />

Effect of obesity on bioelectrical impedance. American Journal of<br />

Clinical Nutrition, 50:255-60, 1989.<br />

HEYWARD, V. H. & STOLARCZYK, L. M. Avaliação da<br />

Composição Corporaral Aplicada. São Paulo, Manole, 2000.<br />

KOTLER, D. P.; BURASTERO, S.; WANG, J. & PIERSON Jr., R.<br />

N. Prediction of body cell mass, fat-free mass, and total body water<br />

49<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001


with bioelectrical impedance analysis: effects of race, sex, and<br />

disease. American Journal of Clinical Nutrition, 64:489S-97S,<br />

1996.<br />

LEITER, L. A.et alii. Use of bioeletrical impedance analysis<br />

measurements in patients with diabetes. American Journal of<br />

Clinical Nutrition, 64:515S-8S, 1996.<br />

LJUNGQVIST, O.; HEDENBORG, G.; JACOBSON, S. H. et alii.<br />

Whole body impedance measurements reflect total body water<br />

changes, a study in hemodyalisis patients. J. Clin. Montt. Comput.<br />

7(3):163-9, 1990.<br />

LUKASKI, H. C.; BOLONCHUCK, W. W.; HALL, C. B. &<br />

SIDERS, W. A. Validation of tetrapolar bioelectrical impedance<br />

method to assess human body composition. Journal of Applied<br />

Physiology, 60:1127-32, 1986.<br />

MARQUES, M. B. Cross-validation of body composition equations<br />

for brazilian women using dual-energy X-ray absoptiometry.<br />

Albuquerque: The University of New Mexico, Dissertation (Doctor<br />

of Philosophy), 1999.<br />

MARTIN, A. D. & DRINKWATER, D. T. Variability in the<br />

measures of body fat: assumptions or techniques? Sports Medicine.<br />

11: 277-88, 1991.<br />

SEGAL, K. R.; VAN LOAN, M.; FITZGERALD, P. I. et alii. Lean<br />

body mass estimation by bioeletrical impedance analysis: a four-site<br />

crossvalidation study. American Journal of Clinical Nutrition,<br />

47:7-14, 1988.<br />

SLUYS, T. E. M. S.; VAN DER ENDE, M. E.; VAN DER BERG,<br />

J. W. O. & WILSON, J. H. P. Body composition in patients with<br />

acquired immunodeficiency síndrome: a validation study of<br />

bioelectric impedance analysis. Journal of Parenteral and Enteral<br />

Nutrition, 17:404-6, 1993.<br />

YONAMINE, R. S. Desenvolvimento e validação de modelos<br />

matemáticos para estimar a massa corporal magra de meninos<br />

de 12 a 14 anos, por densimetria e <strong>impedância</strong> <strong>bioelétrica</strong>. Tese<br />

de Doutorado, UFSM, Santa Maria – RS, 2000.<br />

50<br />

Revista Educação Física da Cidade de São Paulo - nº 1- vº 1 - Ano 2001

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!