Diversidade de Aranhas no Parque Recanto Dos Pinha

DIVERSIDADE DE ARANHAS NO PARQUE RECANTO
DOS PINHAIS À 15 KM DE CHAPECÓ, SC – BRASIL
Autores: Jozimar Carlos Szczepanik
André Luiz Scandolara
RESUMO
Um amplo estudo da classe ordem aranae, da qual fazem parte as aranhas, foi realizado no Parque
Ecológico Recanto dos Pinhais, na Colônia Cella, Chapecó, SC- Brasil, nos dias 05 e 06 de abril de 2008.
Através da saída de campo, alunos do 3° período de Ciências Biológicas da Universidade Comunitária
Regional de Chapecó (Unochapecó), o estudo teve o objetivo de conhecer a diversidade de aranhas. O
local é caracterizado por uma floresta ombrófila mista em baixa altitude. Para as coletas foram utilizados
3 procedimentos básicos: a coleta manual visual e as armadilhas, onde foram usados o guarda-chuva
entomológico e os pit-falls. Ao longo dos períodos de busca, foram capturadas 141 aranhas por meio dos
3 métodos citados anteriormente, e identificados 60 morfotipos desse total. A espécie mais abundante foi
Nephila, com 12 exemplares. Para as estimativas de riqueza de espécies, a mais baixa foi nos pit-falls
com aproximadamente 8 morfotipos, e a maior estimativa foi constatada na coleta ativa.

1. INTRODUÇÃO
Arachnida é um dos grupos de artrópodes terrestres de maior sucesso. A maioria
dos problemas inerentes à vida em um ambiente terrestre inóspito foi resolvida em
grande parte pelos aracnídeos. Com exceção dos ácaros e carrapatos, Aranae é a maior
ordem dos aracnídeos com aproximadamente 40000 espécies, em mais de 100 famílias e
300 gêneros, e são estimadas pelo menos 170000 espécies de aranhas no mundo
(Ruppert, Barnes, 2005).
As aranhas são, com poucas exceções, animais terrestres que ocorrem em todos
os continentes, exceto na Antártida. Elas são encontradas na maioria dos ambientes
terrestres mas estão ausentes no mar. Existe uma única espécie que vive em água doce,
abaixo da superfície. Aranhas podem ser facilmente distinguíveis da maioria das ordens
de aracnídeos pelo notável pedicelo entre o cefalotórax e abdome. Também são os
únicos aracnídeos com apêndices tecedores de seda, as fiandeiras, na parte posterior do
abdome, e são estritamente carnívoras.
A necessidade de se buscar na prática o aprimoramento dos estudos de zoologia
dos invertebrados, fez da saída de campo uma indispensável maneira para construir
novos conhecimentos. Com esses objetivos, nós alunos do 3° período de Ciências
Biológicas da Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó),
realizamos o trabalho sobre aranhas numa área ecológica preservada e bela, localizada
na Colônia Cella, município de Chapecó, SC – Brasil, nos dia 05 e 06 de Abril de 2008,
com o intuito de conhecer a diversidade de aranhas nessa região.
Conhecendo o ambiente e a modesta floresta ombrófila, selecionamos algumas
atividades a serem realizadas. Iniciamos construindo armadilhas com pit-falls dispostos
em 3 áreas distintas: área aberta, na borda da mata e na mata fechada. À noite, foi feita a
coleta manual ativa na mata, e por último a coleta utilizando o guarda-chuva
entomológico em árvores dentro da mata. Tudo na natureza precisa estar em harmonia
plena, para que seres vivos e ambiente possam compartilhar o mesmo hábitat e exercer
sua funções no meio sem haver desequilíbrio ecológico. Fatores externos como clima e
temperatura influenciam o meio e a relação com as espécies que o habitam. Apesar
desses fatores, foram coletadas 141 aranhas na várias técnicas organizadas, ressaltando
o gênero Nephila como a mais encontrada, nos mostrando a abundância e riqueza dessas
espécies e suas relações com o meio.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. DESCRIÇÃO DA ÁREA
O Parque Recanto dos Pinhais se localiza nas coordenadas geográficas - 27°
00’37.09” S / 52° 40’08.66” O – a 15 Km do centro da cidade de Chapecó, Santa
Catarina – Brasil. O clima local se caracteriza por ser basicamente subtropical, com
temperaturas médias que ficam em torno de 20º C, sendo que o trabalho descrito neste
artigo que foi realizado nos dias 05 e 06 de Abril onde o desvio da temperatura média
foi em torno de cinco graus para menos ou para mais durante o período diurno, é
considerado típico, já que essa região pode sofrer influências variadas de massas de ar
frias nesta época do ano. O índice pluviométrico regional é de aproximadamente 2000
mm anuais.
A área do Recanto dos Pinhais (Ver Figura 1) possui a maior parte da sua
cobertura vegetal representada por uma floresta ombrófila mista em baixa altitude. A
composição variada das espécies nativas vegetais pode proporcionar diferentes meios de
adaptação ao ambiente à uma mesma espécie de aranha. O Recanto dos Pinhais se
localiza numa área rural, sendo rodeado por áreas de plantio agrícola por todos os lados
e este, possui também pequenos setores de área aberta cobertos por pastagem e capoeira
representados principalmente por gramíneas, aonde realizou-se também atividades. Por
ser um ambiente de visitação e ou turístico, o local é frequentemente interferido pelo
homem na realização de trilhas, acampamento e outras atividades de lazer.
Figura 1: Vista aérea do Recanto dos Pinhais, exibindo mata e área aberta. Fonte: Servidor
Google Earth beta 2008.

2.2. MÉTODOS
Utilizaram-se três métodos de coleta de aranhas durante o estudo: O uso de
armadilhas tipo Pit Fall, o uso de Guarda-Chuva Entomológico e Coleta Ativa Noturna.
No uso de Pit Fall como armadilha foram abertos buracos no solo com o auxílio
de pás de jardinagem e de modo manual em pontos demarcados, com largura e
profundidade o suficiente para caber um copo descartável padrão de 200 ml. Tais copos
foram colocados nesses buracos de modo que ficassem nivelados com o nível do solo.
Esse método foi utilizado com o intuito de que os animais do estudo que se locomovem
sobre o solo caíssem no interior dos copos, para aumentar a eficiência da armadilha, foi
colocada água dentro dos recipientes de modo a preencher mais ou menos um terço
deste, adicionou-se então algumas gotas de detergente à água de modo que mudasse a
densidade da mesma para garantir que após o animal ter caído na armadilha não fugisse,
e sim, ficasse preso à solução no seu interior para poder ser coletado durante as revisões
de armadilha. Também se teve o cuidado de não alterar muito o local no qual os Pit
Falls foram instalados para garantir o máximo grau do efeito surpresa das armadilhas.
No total foram instalados 60 pit falls, 20 deles em cada uma das três áreas nas
quais esse método foi utilizado: área de mata, área aberta e área de borda da mata. Em
cada um desses locais as armadilhas foram instaladas constituindo uma linha semi-
paralela sobre o solo de modo que cada pit fall ficasse a um metro de distância um do
outro, medido com uma trena. A princípio as armadilhas deveriam ser instaladas
formando uma linha reta entre elas, mas complicações no terreno como árvores, raízes
de árvores, pedras e a situação não totalmente plana do terreno, fizeram com que essa
linha de armadilhas ficasse de certo modo curva. Nas três áreas, os pit falls foram
instalados no entardecer do dia e foram checados no dia seguinte duas vezes: a primeira
vez por volta das 7:55 hs e a segunda vez por volta das 11:30 hs.
No caso do guarda-chuva entomológico, que ocorreu às 10:30 hs do dia 06, eles
ficaram estendidos abaixo da copa das árvores ao nível do caule, após isso a árvore foi
sacudida três vezes fazendo deste modo que as aranhas caíssem sobre o equipamento
que foi revisado após cada sacudida e fossem coletadas (Ver Figura 2). Utilizou-se essa
técnica em três árvores de espécies diferentes: Angico-branco: Albizia polycephala
(Figura 3); Canela-preta: Nectandra megapotamica (Figura 4); Grandiúva: Trema
micrantha (Figura 5).

A busca visual de aranhas ocorreu no período noturno às 21:10 hs, onde
praticou-se a coleta manual das espécies em teia e sem teia. A coleta visual ocorreu em
torno da trilha que corta a área da mata, foi realizada com o auxílio de lanternas, luvas,
pinças e lupas de mão.
Todos os indivíduos coletados foram armazenados em recipientes plásticos e de
vidro tampados (Ver Figura 6) depois identificados com etiquetas e estando inseridos
em solução alcoólica no seu interior; em certos momentos algumas espécies foram
colocadas separadas em sacolas plásticas temporariamente, por faltarem recipientes no
momento. A triagem dos exemplares começou no próprio local, com o auxílio de
estereoscópio, lupas de mão, pinças, chaves de classificação de aranhas e material
bibliográfico. Mais tarde a triagem foi terminada em laboratório gerando uma
classificação em morfotipos, gênero e espécie, mas não para todas as espécimes
coletadas.
Figura 2: A prática do guarda-chuva
entomológico
Figura 4: Canela-preta: Nectandra
megapotamica
Figura 3: Angico-branco: Albizia polycephala

Figura 5: Grandiúva: Trema
micrantha
Figura 6: Coleta Visual em recipiente

3. RESULTADOS
Subseqüente à triagem em laboratório e a checagem das anotações a equipe
obtém um total de 141 exemplares coletados que estão descritos estatisticamente abaixo
com os seus respectivos resultados pelos métodos usados.
EXEMPLARES COLETADOS COM O USO DE PIT FALL
COORDENADAS GEOGRÁFICAS:
*Área Aberta: 52° 40' 028''W, 27° 00' 41.6''S
*Mata: 27° 00' 36.2''S, 52° 40' 01.8''W
*Borda da Mata: 27° 0' 46.1''S, 52° 40' 10.6''W
PRIMEIRA REVISÃO
TEMPERATURA: HORA
*Área Aberta: 14,5º C -------------------------- 7:40 hs
*Mata: 14º C -------------------------- 7:55 hs
*Borda da Mata: 19º C -------------------------- 8:10 hs
Espécie Àrea Aberta Borda da Mata Mata
Morfotipo 27 4
Morfotipo 32 ? 1
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
SEGUNDA REVISÃO
TEMPERATURA: HORA
*Área Aberta: 25º C -------------------------- 11:15 hs
*Mata: 22º C -------------------------- 11:30 hs
*Borda da Mata: 25º C -------------------------- 11:45 hs
Espécie Area Aberta Borda da Mata Mata
Morfotipo 56 1
Morfotipo 57 1
Morfotipo 58 1
Morfotipo 59 1
Morfotipo 60 1
Morfotipo 1
Tabela 1: Número de exemplares coletados com o uso de pit fall

Guarda-Chuva Entomológico
Horário: 10:30 hs
Nectandra
Albizia
Trema
Espécie megapotamica polycephala micrantha
Morfotipo 17 1
Morfotipo 21 3 3
Morfotipo 37 1
Morfotipo 39 1
Morfotipo 40 1
Morfotipo 42 1
Morfotipo 46 1
Morfotipo 44 3 2
Morfotipo 45 1
Morfotipo 43 1
Morfotipo 41 1
Morfotipo 47 1
Morfotipo 48 4
Morfotipo 49 3
Morfotipo 51 1
Morfotipo 52 1
Morfotipo 53 1
Morfotipo 54 1
Morfotipo 56 1
Tabela 2: Número de exemplares coletados com o uso de guarda-chuva entomológico

Número de
indivíduos
7
6
5
4
3
2
1
0
Trema micrantha
Área Aberta Borda Mata
Gráfico 2: Relação por área de indivíduos coletados em
pit fall em todos os horários
Albizia
polycephala
Nectandra
megapotamica
7
12
14
0 2 4 6 8 10 12 14
Quantidade de morfotipos
Gráfico 3: Quantidade de morfotipos coletados em cada
árvore com o uso de guarda-chuva entomológico

ARANHAS COLETADAS - RECANTO DOS PINHAIS
ESPÉCIES ( x i ) NÚMERO DE INDIVÍDUOS ( f i ) FREQUÊNCIA RELATIVA ( f r i ) FREQUÊNCIA RELATIVA PERCENTUAL ( f r i % )
Morfotipo 1 11 0,078014184 7,80141844
Morfotipo 2 5 0,035460993 3,546099291
Morfotipo 3 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 4 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 5 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 6 10 0,070921986 7,092198582
Morfotipo 7 4 0,028368794 2,836879433
Morfotipo 8 4 0,028368794 2,836879433
Morfotipo 9 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 10 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 11 4 0,028368794 2,836879433
Morfotipo 12 3 0,021276596 2,127659574
Morfotipo 13 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 14 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 15 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 16 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 17 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 18 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 19 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 20 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 21 9 0,063829787 6,382978723
Morfotipo 22 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 23 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 24 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 25 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 26 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 27 6 0,042553191 4,255319149
Morfotipo 28 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 29 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 30 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 31 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 32 3 0,021276596 2,127659574
Morfotipo 33 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 34 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 35 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 36 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 37 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 38 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 39 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 40 1 0,007092199 0,709219858

ESPÉCIES ( x i ) NÚMERO DE INDIVÍDUOS ( f i ) FREQUÊNCIA RELATIVA ( f r i ) FREQUÊNCIA RELATIVA PERCENTUAL ( f r i % )
Morfotipo 41 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 42 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 43 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 44 5 0,035460993 3,546099291
Morfotipo 45 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 46 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 47 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 48 4 0,028368794 2,836879433
Morfotipo 49 3 0,021276596 2,127659574
Morfotipo 51 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 52 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 53 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 54 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 56 2 0,014184397 1,418439716
Morfotipo 57 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 58 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 59 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 60 1 0,007092199 0,709219858
Morfotipo 1 0,007092199 0,709219858
Nephila 12 0,085106383 8,510638298
Phoneutria nigriventer 1 0,007092199 0,709219858
Phoneutria sp 1 0,007092199 0,709219858
TOTAL 141 1 100
Moda: Nephila --- 12 integrantes
Planilha Geral: As espécies de Aranhas coletadas no Recanto dos Pinhais

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO
Segundo dados provenientes da coleta e triagem de aranhas foi possível chegar a
um total de 141 espécimes coletadas com o uso das três técnicas básicas utilizadas. As
técnicas que foram utilizadas mostraram grandes disparidades de volume na coleta,
conforme mostra o Gráfico 1, mas essa disparidade nos resultados não é nenhuma
surpresa, pois os próprios métodos agem sob suas próprias particularidades, como por
exemplo, a coleta manual visual que foi responsável por 69% de toda a quantidade de
indivíduos coletados, está obviamente normal em relação aos dois outros métodos que
supõe apenas armadilhas (Tabela 1) e o uso do guarda-chuva entomológico em somente
três árvores (Tabela 2), em relação a um modo de caça, que é ir em busca das aranhas
que representa a coleta visual. Agrega-se a esse resultado também a quantidade de
integrantes que participou da coleta, mesmo que tenha sido em apenas poucas horas e
somente uma noite de busca, pois o número de integrantes foi considerado.
Pit Fall Guarda-Chuva Entomológico Coleta Visual
69%
8%
Gráfico 1: Percentagem da quantidade de
indivíduos coletados com cada método de
coleta
23%

O uso dos pit falls e o arranjo deles nas áreas de estudo nos serviram para ter
uma noção do movimento das aranhas na área aberta, na borda da mata e na mata. O
uso dos mesmos com poucas mudanças bruscas na temperatura local (Tabela 1), se
observou que nenhuma espécie foi capturada na área aberta até as 7: 40 horas, sendo
dois indivíduos encontrados nessa área nas armadilhas às 11:15 horas. Tanto na revisão
de armadilhas das 8:10 horas como na das 11:45 horas, a área da borda de mata
apresentou o maior índice de aranhas capturadas que foram muito superiores as da área
aberta e a área da mata (O Gráfico 2 mostra os resultados), isso talvez indique o grau de
circulação das aranhas entre a mata e a área aberta na região ou também talvez por se
tratar do início de área aberta, obriga assim as aranhas se movimentarem sobre o solo e
vegetação rasteira e não sob áreas de teias construídas sob a vegetação alta e sobre a
própria vegetação alta. Mas no final, a quantidade de aranhas coletadas em pit fall na
mata não se diferenciou muito à da área aberta, mostrando a alta incerteza das
conclusões decorrentes dos resultados.
Foram coletados o número de 33 morfotipos com o uso do Guarda-Chuva
Entomológico (Tabela 2) sendo que o Morfotipo 21 foi o mais encontrado com esse
método, sendo coletados 6 exemplares deste que permaneciam em duas das três árvores
nas quais praticou-se o método: Albizia polycephala e Nectandra megapotamica
(Figura 3 e Figura 4 respectivamente).
A Tabela Geral comprova a grande diversidade de aranhas no Recanto dos
Pinhais. Sem dúvida, com resultados que apresentam uma moda estatística de 12 para o
gênero Nephila de um total de 141 exemplares coletados deixa clara a grande
diversidade desses pequenos e até às vezes grandes artrópodes.
Apesar de ser um estudo que envolveu apenas dois dias e algumas horas desses
dias sem contar a triagem em laboratório, foi um trabalho que mostra o potencial da
riqueza de aranhas na região e o potencial de trabalho que pode ser feito em cima deste
tema – apenas uma espécie que foi classificada facilmente dentre todos os outros
exemplares.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à ajuda de todos os participantes que se envolveram nesse
estudo, desde quem teve a idéia da realização do estudo até o motorista do ônibus que
nos levou e ou trouxe e o monitor que abriu o laboratório para a triagem.
Agradecimentos em especial ao Rudinei Petroski e as meninas e meninos que o
ajudaram a fazer o jantar e almoço na nossa estada lá, às professoras Eliara Muller e
Elaine Maria L. Gonsales que nos agüentaram em nossas confusões lá no local e foram
os lemes que nos guiaram para a realização correta das atividades e também a todos que
suportaram as nossas gritarias, músicas e brincadeiras às altas horas da madrugada do
dia 05 para o dia 06.
Obs.: O temperamento “brincalhão” dos participantes deste estudo se exibiu somente
nas horas de intervalo das atividades, não afetando a realização dos trabalhos que foram
realizados com dedicação e extrema atenção.
OBRIGADO!

REFERÊNCIAS
Angico-branco: Albizia polycephala (Figura 3). Visto em
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://i21.photobucket.com/albums/b282/cam
pogrande/campogrande2/2197.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthr
ead.php%3Ft%3D487775%26page%3D4&h=1374&w=668&sz=882&hl=pt-
BR&start=3&um=1&tbnid=BaYIduinXaS50M:&tbnh=150&tbnw=73&prev=/images
%3Fq%3Dangico%2Bbranco%26um%3D1%26hl%3Dpt-
BR%26lr%3D%26rls%3Dcom.microsoft:pt-br:IE-
SearchBox%26rlz%3D1I7SUNA%26sa%3DG. Em 06 / 2008.
Canela-preta: Nectandra megapotamica (Figura 4). Visto em
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.rppncatarinense.org.br/hp/imgs/lo
ntras/09bt.jpg&imgrefurl=http://www.rppncatarinense.org.br/hp/assoc_lontras.asp&h=
68&w=90&sz=10&hl=pt-
BR&start=5&um=1&tbnid=ByVmQb_iKWL25M:&tbnh=59&tbnw=78&prev=/images
%3Fq%3Dcanela%2Bpreta%26um%3D1%26hl%3Dpt-
BR%26lr%3D%26rls%3Dcom.microsoft:pt-br:IE-SearchBox%26rlz%3D1I7SUNA.
Em 06 / 2008.
Grandiúva: Trema micrantha (Figura 5). Visto em
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://maisavasconcelos.files.wordpress.com/
2008/03/priquiteiro.jpg&imgrefurl=http://maisavasconcelos.wordpress.com/2008/03/05
/priquiteiro/&h=329&w=496&sz=253&hl=pt-
BR&start=7&um=1&tbnid=mO3bpp9vIhj_PM:&tbnh=86&tbnw=130&prev=/images
%3Fq%3DTrema%2Bmicrantha%26um%3D1%26hl%3Dpt-
BR%26lr%3D%26rls%3Dcom.microsoft:pt-br:IE-
SearchBox%26rlz%3D1I7SUNA%26sa%3DG. Em 06 / 2008.
Clima – Visto em http://www.suapesquisa.com/clima/. Em 06 / 2008.