Abordagem Diagnstica e Teraputica de Varizes Gastroesofg.pdf
Abordagem Diagnstica e Teraputica de Varizes Gastroesofg.pdf
Abordagem Diagnstica e Teraputica de Varizes Gastroesofg.pdf
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
choque na admissão e hemorragia activa durante a endoscopia estavam associadas com<br />
a falência da somatostatina em monoterapia.<br />
Somatostatina mais EVL – Uma revisão sistemática concluiu que a terapêutica<br />
combinada tem maior sucesso na taxa <strong>de</strong> hemostase ao 5º dia em comparação com EVL<br />
apenas (97,98). Contudo, nenhum benefício na mortalida<strong>de</strong> ficou <strong>de</strong>monstrado.<br />
A combinação da terapêutica endoscópica com a farmacológica é a abordagem<br />
mais racional no tratamento <strong>de</strong> hemorragia aguda. O uso <strong>de</strong> fármacos com poucos<br />
efeitos laterais permite o prolongamento da terapia para 5 dias, período no qual o risco<br />
<strong>de</strong> recorrência hemorrágica é mais elevado. Como referido acima, a terapêutica que<br />
associa EVL com agentes farmacológicos melhora o controlo inicial da hemorragia em<br />
5 dias sem diferenças significativas na mortalida<strong>de</strong> e efeitos laterais (97).<br />
Tratamento <strong>de</strong> Recurso/Falência no Controle da Hemorragia<br />
Qualquer hemorragia que ocorra após pelo menos 48 horas após a admissão<br />
inicial por hemorragia <strong>de</strong> causa hipertensiva e é separada pelo menos por um período <strong>de</strong><br />
24h livre <strong>de</strong> hemorragia é consi<strong>de</strong>rada uma recorrência hemorrágica. Se este ocorrer nas<br />
primeiras 6 semanas após o início da hemorragia activa é consi<strong>de</strong>rado precoce enquanto<br />
recorrências posteriores são consi<strong>de</strong>radas tardias.<br />
O tratamento endoscópico e/ou farmacológico não consegue controlar a<br />
hemorragia em cerca <strong>de</strong> 10-20% dos pacientes. Um HVPG> 20mmHg (medido nas 24h<br />
da apresentação) mostrou ser preditivo <strong>de</strong> falência do tratamento (23).<br />
O tamponamento com balão é um meio efectivo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> hemostase a<br />
curto prazo com controlo imediato da hemorragia em cerca <strong>de</strong> 80% dos pacientes (99).<br />
Um dos gran<strong>de</strong>s problemas <strong>de</strong>ste método é o alto risco <strong>de</strong> recorrência hemorrágica pós<br />
<strong>de</strong>sinsuflação do balão e está associado com complicações potencialmente fatais como<br />
aspiração, migração e necrose/perfuração do esófago com taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> na<br />
or<strong>de</strong>m dos 20%. Ele <strong>de</strong>ve ser por isso restrito para pacientes com hemorragia maciça ou<br />
incontrolável, para os quais esteja planeada uma terapêutica mais <strong>de</strong>finitiva (TIPS)<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 24horas. Protecção da via aérea é fortemente recomendada quando este balão<br />
é usado(41).<br />
A terapêutica por shunt, quer a cirúrgica (pacientes Child A) ou TIPS, provaram<br />
ser eficazes clinicamente como terapêuticas <strong>de</strong> salvamento para pacientes que não<br />
18