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Dissertação de Mestrado - Programa de de Pós-Graduação em ...

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS<br />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM<br />

ENGENHARIA MECÂNICA<br />

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA<br />

<strong>Dissertação</strong> <strong>de</strong> <strong>Mestrado</strong><br />

CORRELAÇÃO ENTRE MODELAGEM NUMÉRICA<br />

E RESULTADOS EXPERIMENTAIS NA ANÁLISE<br />

DE ESTABILIDADE DINÂMICA DO<br />

TORNEAMENTO DE AÇOS<br />

Camila Rocha Rezen<strong>de</strong><br />

<strong>Dissertação</strong> apresentada ao <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Pós</strong>-<br />

<strong>Graduação</strong> <strong>em</strong> Engenharia Mecânica da PUC<br />

Minas como parte dos requisitos para obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Mestre <strong>em</strong> Engenharia Mecânica.<br />

ORIENTADOR: Prof. Wisley Falco Sales, D. Sc.<br />

CO-ORIENTADOR: Prof. Jánes Landre Júnior, D. Sc.<br />

Banca Examinadora:<br />

Prof. Wisley Falco Sales, PUC Minas (orientador)<br />

Prof. Jánes Landre Júnior, PUC Minas (examinador interno)<br />

Prof. Alexandre Abrão,UFMG (examinador externo)<br />

Prof. Leonardo Silva, CEFET-MG (examinador Externo)<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2006


Aos meus pais, João e Dina, meu<br />

querido filho, Matheus e a Deus.


AGRADECIMENTOS<br />

Aos meus professores, Wisley Falco Sales e Jánes Landre Júnior, pela orientação e<br />

incentivo prestados e pelo ex<strong>em</strong>plo profissional.<br />

Aos meus pais, minhas irmãs e Paulo pelo incentivo, confiança e apoio incondicionais.<br />

Ao Matheus, meu filho, pela alegria, carinho e amor que me <strong>de</strong>u forças para seguir <strong>em</strong><br />

frente, pela compreensão <strong>de</strong>vido a minha ausência e pela paciência para a concretização<br />

dos nossos sonhos.<br />

Aos amigos, Valéria e Jomar, pela eterna amiza<strong>de</strong> conquistada e pela constante<br />

<strong>de</strong>dicação e incentivo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Aos funcionários da oficina, principalmente ao Carlos, pela presteza e contribuição na<br />

execução dos procedimentos experimentais efetuados ao longo <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Aos colegas <strong>de</strong> pós-graduação pela excelente convivência, pelos momentos <strong>de</strong> distração<br />

e pela experiência compartilhada.<br />

Aos <strong>de</strong>mais professores e colegas que indiretamente contribuíram e incentivaram a<br />

realização <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

A CAPES e PUC Minas pela concessão das bolsas <strong>de</strong> estudo durante o período do<br />

trabalho.


RESUMO<br />

Este trabalho apresenta uma metodologia para analisar a estabilida<strong>de</strong> dinâmica do<br />

processo <strong>de</strong> torneamento <strong>de</strong> aços consi<strong>de</strong>rando os aspectos dinâmicos e os fundamentos<br />

teóricos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. O comportamento dinâmico <strong>de</strong> um torno foi estudado por meio da<br />

mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica da máquina <strong>em</strong> um software comercial que usa o método <strong>de</strong><br />

el<strong>em</strong>entos finitos e este mo<strong>de</strong>lo foi validado com o auxílio <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> vibração obtidos<br />

a partir <strong>de</strong> procedimentos experimentais. Em seguida, os níveis <strong>de</strong> vibração e os<br />

parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície foram monitorados durante o torneamento <strong>de</strong><br />

peças, consi<strong>de</strong>rando três parâmetros variáveis: diferentes dimensões das peças, variadas<br />

velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte e evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte. A análise do<br />

mo<strong>de</strong>lo numérico <strong>de</strong>terminou as freqüências naturais e os modos <strong>de</strong> vibração da<br />

estrutura, com um erro percentual máximo <strong>de</strong> 17%. A metodologia <strong>em</strong>pregada para a<br />

geração e validação do mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong> ser utilizada para análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

quaisquer outros processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. O monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibração se<br />

mostrou capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as variações dos parâmetros consi<strong>de</strong>rados.<br />

Palavras-chave: Torneamento, Comportamento Dinâmico, Modos <strong>de</strong> Vibração, Método<br />

dos El<strong>em</strong>entos Finitos


ABSTRACT<br />

This work presents a methodology used to analyse steel turning process dynamic<br />

stability, consi<strong>de</strong>ring dynamic aspects and machining theoretical fundamentals. Turning<br />

dynamic behaviour was studied by means of structural machine numerical mo<strong>de</strong>ling<br />

using commercial software featuring finite el<strong>em</strong>ent method and such mo<strong>de</strong>l was<br />

validated with the aid of vibration signals obtained through experimental procedures.<br />

Afterwards, vibration levels and surface topography parameters were monitored during<br />

turning, consi<strong>de</strong>ring three variable parameters: different workpiece dimensions, variable<br />

cutting speed and cutting tool wear. Numerical mo<strong>de</strong>l analysis <strong>de</strong>termined the natural<br />

frequencies and mo<strong>de</strong> shapes for the structure, with a 17% maximum error. The<br />

methodology used to generate and validate the mo<strong>de</strong>l can also be used to analyse any<br />

other machining process stability. Vibration signal monitoring was able to i<strong>de</strong>ntify<br />

variations of the parameters consi<strong>de</strong>red.<br />

Keywords: Turning, Dynamic Behaviour, Normal Mo<strong>de</strong>s, Finite El<strong>em</strong>ent Method.


ÍNDICE<br />

CAPÍTULO 1...................................................................................................................1<br />

INTRODUÇÃO..................................................................................................................1<br />

1.1 Histórico........................................................................................................1<br />

1.2 Justificativas..................................................................................................3<br />

1.3 Objetivos........................................................................................................4<br />

1.3.1 Objetivos Gerais........................................................................................4<br />

1.3.2 Objetivos específicos.................................................................................5<br />

1.4 Organização..................................................................................................5<br />

CAPÍTULO 2...................................................................................................................7<br />

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................................7<br />

2.1 Usinag<strong>em</strong> dos Materiais................................................................................7<br />

2.1.1 Mecanismo <strong>de</strong> Formação do Cavaco ......................................................10<br />

2.1.1.1 Interface Cavaco-Ferramenta ..............................................................13<br />

2.1.1.2 Aresta Postiça <strong>de</strong> Corte .......................................................................16<br />

2.1.2 Avarias, Desgaste e Vida das Ferramentas <strong>de</strong> Corte...............................19<br />

2.1.2.1 Avarias nas Ferramentas <strong>de</strong> Corte.......................................................20<br />

2.1.2.2 Desgaste das Ferramentas <strong>de</strong> Corte.....................................................20<br />

2.1.2.2.1 Desgaste <strong>de</strong> Cratera...................................................................21<br />

2.1.2.2.2 Desgaste <strong>de</strong> Flanco....................................................................22<br />

2.1.2.2.3 Desgaste <strong>de</strong> Entalhe ..................................................................24<br />

2.1.2.3 Mecanismos <strong>de</strong> Desgaste ....................................................................24<br />

2.1.2.4 Vida das Ferramentas <strong>de</strong> Corte ...........................................................26<br />

2.1.3 Integrida<strong>de</strong> Superficial ............................................................................26<br />

2.1.3.1 Textura Superficial..............................................................................27<br />

2.1.3.1.1 Parâmetros <strong>de</strong> Rugosida<strong>de</strong> ........................................................28<br />

2.2 Análise Estrutural Dinâmica.......................................................................32<br />

2.2.1 Fundamentos da Análise Dinâmica.........................................................32<br />

2.2.1.1 Análise <strong>de</strong> Vibração Livre...................................................................34<br />

2.2.1.2 Análise <strong>de</strong> Vibração Forçada ..............................................................37<br />

- i -


2.2.2 Processo <strong>de</strong> Análise Dinâmica ................................................................42<br />

2.2.2.1 Análise Modal .....................................................................................44<br />

2.2.2.2 Análise <strong>de</strong> Resposta <strong>em</strong> Freqüência....................................................47<br />

2.2.3 Vibrações <strong>em</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong>...................................................48<br />

2.3 Monitoramento do Processo <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong> .................................................49<br />

2.3.1 Monitoramento via Sinais <strong>de</strong> Vibrações .................................................55<br />

CAPÍTULO 3.................................................................................................................59<br />

METODOLOGIA EXPERIMENTAL ....................................................................................59<br />

3.1 Estudo do Comportamento Dinâmico.........................................................61<br />

3.1.1 Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica .............................................................................61<br />

3.1.1.1 Pré-Processamento ..............................................................................62<br />

3.1.1.2 Processamento.....................................................................................65<br />

3.1.2 Comparação e Correlação da Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica com Resultados<br />

Experimentais..........................................................................................66<br />

3.2 Monitoramento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong>...............................................70<br />

3.2.1 Influência das Dimensões da Peça ..........................................................72<br />

3.2.2 Influência da Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte..........................................................75<br />

3.2.3 Influência do Desgaste da Ferramenta ....................................................77<br />

CAPÍTULO 4.................................................................................................................80<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................................80<br />

4.1 Estudo do Comportamento Dinâmico.........................................................80<br />

4.1.1 Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica .............................................................................80<br />

4.1.2 Comparação e Correlação da Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica com Resultados<br />

Experimentais..........................................................................................87<br />

4.2 Monitoramento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong>...............................................97<br />

4.2.1 Influência das Dimensões da Peça ..........................................................97<br />

4.2.2 Influência da Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte........................................................121<br />

4.2.3 Influência do Desgaste da Ferramenta ..................................................140<br />

CAPÍTULO 5...............................................................................................................151<br />

CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................151<br />

5.1 Conclusões ................................................................................................151<br />

5.2 153<br />

Sugestões para Trabalhos Futuros ...........................................................153<br />

ii


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................156<br />

ANEXO I......................................................................................................................159<br />

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS ACELERÔMETROS (KISTLER PIEZO BEAM ® )...........159<br />

ANEXO II ....................................................................................................................160<br />

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS CONDICIONADORES DE SINAIS (KISTLER POWER<br />

SUPPLY/COUPLER). ........................................................................................160<br />

ANEXO III...................................................................................................................161<br />

ESPECIFICAÇÕES DO MARTELO DE IMPACTO (PCB PIEZOELETRONICS). .....................161<br />

ANEXO IV...................................................................................................................162<br />

ESPECIFICAÇÕES DO CONDICIONADOR DE SINAIS DO MARTELO DE IMPACTO (PCB<br />

PIEZOELETRONICS).........................................................................................162<br />

ANEXO V ....................................................................................................................164<br />

ESPECIFICAÇÕES DO RUGOSÍMETRO (TAYLOR HOBSON). ...........................................164<br />

ANEXO VI...................................................................................................................165<br />

ESPECIFICAÇÕES DO MICROSCÓPIO DE MEDIÇÃO (MITUTUYO)....................................165<br />

ANEXO VII .................................................................................................................166<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA VALIDAÇÃO DO MODELO COM EXCITAÇÃO EM<br />

IMPULSO .........................................................................................................166<br />

ANEXO VIII................................................................................................................168<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA VALIDAÇÃO DO MODELO COM EXCITAÇÃO<br />

DINÂMICA.......................................................................................................168<br />

ANEXO IX...................................................................................................................169<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DA PEÇA.................169<br />

ANEXO X ....................................................................................................................177<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DO DIÂMETRO DA PEÇA........................177<br />

ANEXO XI...................................................................................................................184<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE CORTE..................184<br />

ANEXO XII .................................................................................................................193<br />

iii


RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DA VIDA DA FERRAMENTA...................193<br />

iv


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 2.1 – Eixo virabrequim forjado antes e após a usinag<strong>em</strong> (Kalpakjian e Schmid,<br />

2001). ........................................................................................................................7<br />

Figura 2.2 – Relações <strong>de</strong> entrada/saída <strong>em</strong> usinag<strong>em</strong> (Metals Handbook, 1989).............8<br />

Figura 2.3 – Princípio básico do torneamento (Kalpakjian e Schmid, 2001). ..................9<br />

Figura 2.4 – Representação do processo <strong>de</strong> formação do cavaco (Trent e Wright, 2000).<br />

.................................................................................................................................11<br />

Figura 2.5 – Representação das zonas <strong>de</strong> cisalhamento primária e secundária. .............12<br />

Figura 2.6 – Área <strong>de</strong> contato cavaco-ferramenta (Diniz et al,2000)...............................14<br />

Figura 2.7 – Representação dos três regimes <strong>de</strong> atrito sólido (Shaw et al., 1960). ........15<br />

Figura 2.8 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> tensões na ferramenta durante o corte (Trent e<br />

Wright, 2000). .........................................................................................................16<br />

Figura 2.9 – Aresta postiça <strong>de</strong> corte................................................................................17<br />

Figura 2.10 – Representação das superfícies geradas na presença <strong>de</strong> APC (Trent e<br />

Wright, 2000). .........................................................................................................18<br />

Figura 2.11 – Variação das dimensões da aresta postiça <strong>de</strong> corte <strong>em</strong> função da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte (Ferraresi, 1977)......................................................................19<br />

Figura 2.12 – Principais áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> corte (Santos e Sales,<br />

2003). ......................................................................................................................21<br />

Figura 2.13 – Parâmetros <strong>em</strong>pregados para <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> cratera (ISO 3685,<br />

1993). ......................................................................................................................22<br />

Figura 2.14 – Curva representativa da evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco (Sales e Santos,<br />

2003). ......................................................................................................................23<br />

Figura 2.15 – Parâmetros <strong>em</strong>pregados para <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco (ISO 3685,<br />

1993). ......................................................................................................................24<br />

Figura 2.16 – Mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste presentes nas ferramentas <strong>de</strong> corte (Trent e<br />

Wright, 2000). .........................................................................................................25<br />

Figura 2.17 – Características superficiais (Kalpakjian e Schmid, 2001). .......................28<br />

Figura 2.18 – Representação <strong>de</strong> um perfil evi<strong>de</strong>nciando o Ra (Souto, 2003)..................29<br />

Figura 2.19 – Representação da marcas <strong>de</strong> avanço.........................................................30<br />

- v -


Figura 2.20 – Representação <strong>de</strong> um perfil evi<strong>de</strong>nciando Rmáx e Rt (Santos e Sales, 2003).<br />

.................................................................................................................................31<br />

Figura 2.21 – Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>..............................................................33<br />

Figura 2.22 – Resposta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a submetido à vibração livre não amortecida.......34<br />

Figura 2.23 - Resposta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a submetido à vibração livre amortecida. .............36<br />

Figura 2.24 – Reposta da vibração forçada harmônica na ressonância (Sitton, 1997). ..38<br />

Figura 2.25 – Fator <strong>de</strong> amplificação e ângulo <strong>de</strong> fase (Sitton, 1997). ............................40<br />

Figura 2.26 – Visão geral do processo <strong>de</strong> análise dinâmica. ..........................................43<br />

Figura 2.27 – Primeiros modos <strong>de</strong> vibração para uma viga engastada. ..........................45<br />

Figura 2.28 – Primeiros modos <strong>de</strong> vibração para uma viga bi-apoiada..........................45<br />

Figura 3.1 – Fluxograma da metodologia experimental. ................................................59<br />

Figura 3.2 – Torno CNC Centur 30D. ............................................................................61<br />

Figura 3.3 – Mo<strong>de</strong>lo geométrico do torno e peça. ..........................................................63<br />

Figura 3.4 – Ilustração dos acelerômetros.......................................................................66<br />

Figura 3.5 – Posições dos acelerômetros no torno..........................................................67<br />

Figura 3.6 – Ilustração do mo<strong>de</strong>lo do martelo <strong>de</strong> impacto..............................................68<br />

Figura 3.7 – Representação da ligação entre os transdutores e o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong><br />

dados. ......................................................................................................................68<br />

Figura 3.8 – Ilustração do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados montado................................69<br />

Figura 3.9 – Acelerômetro posicionado na direção Y do suporte do porta-ferramenta..71<br />

Figura 3.10 – Rugosímetro Taylor Hobson Surtronic 3+. ..............................................72<br />

Figura 3.11 – Ilustração do inserto utilizado nas operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. .....................72<br />

Figura 3.12 – Peças utilizadas para avaliar a influência do comprimento e respectivas<br />

posições <strong>de</strong> monitoramento.....................................................................................74<br />

Figura 3.13 - Peças utilizadas para avaliar a influência do diâmetro e respectivas<br />

posições <strong>de</strong> monitoramento.....................................................................................74<br />

Figura 3.14 - Peça utilizada para avaliar a influência da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e<br />

respectivas posições <strong>de</strong> monitoramento..................................................................76<br />

Figura 3.15 – Microscópio <strong>de</strong> medição Mitutoyo, mo<strong>de</strong>lo TM-505 série 176...............78<br />

Figura 3.16 – Representação da peça e do procedimento utilizados para avaliar a<br />

influência do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta. .....................................................................79<br />

Figura 4.1 – Malha do torno gerada pelo “software”......................................................80<br />

Figura 4.2 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª freqüência natural do torno (70,1 Hz)..................83<br />

vi


Figura 4.3 – Modo <strong>de</strong> vibração da 2ª freqüência natural do conjunto torno-peça 1 (87,3<br />

Hz)...........................................................................................................................85<br />

Figura 4.4 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª freqüência natural do conjunto torno-peça 3 (63,3<br />

Hz)...........................................................................................................................86<br />

Figura 4.5 – Resposta <strong>em</strong> freqüência do conjunto torno-peça 9 (74 x 524 mm) s<strong>em</strong><br />

excitação..................................................................................................................87<br />

Figura 4.6 – Resposta no t<strong>em</strong>po da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do contra-ponta.<br />

.................................................................................................................................88<br />

Figura 4.7 – Resposta na frequência da excitação por impulso na direção Y da torre. ..89<br />

Figura 4.8 – Resposta <strong>em</strong> frequência da excitação por impulso na direção Y do contra-<br />

ponta........................................................................................................................89<br />

Figura 4.9 – Resposta <strong>em</strong> frequência da excitação por impulso na direção Y do porta-<br />

ferramenta. ..............................................................................................................90<br />

Figura 4.10 – Representação gráfica da repetitivida<strong>de</strong> das freqüências numéricas nos<br />

sinais adquiridos com excitação por impulso..........................................................91<br />

Figura 4.11 – Resposta no t<strong>em</strong>po dos sinais adquiridos no experimento com a excitação<br />

dinâmica. .................................................................................................................93<br />

Figura 4.12 – Resposta <strong>em</strong> frequência dos sinais adquiridos no experimento com a<br />

excitação dinâmica, excluindo-se os sinais dos acelerômetros localizados no porta-<br />

ferramenta. ..............................................................................................................94<br />

Figura 4.13 – Representação gráfica da repetitivida<strong>de</strong> das freqüências numéricas nos<br />

sinais adquiridos com excitação dinâmica. .............................................................95<br />

Figura 4.14 – Detalhe da resposta <strong>em</strong> freqüência dos sinais adquiridos no experimento<br />

com excitação dinâmica. .........................................................................................97<br />

Figura 4.15 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min..........................................................................................................98<br />

Figura 4.16 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas, f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ...................................................................................99<br />

Figura 4.17 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ...................................................................................99<br />

vii


Figura 4.18 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................100<br />

Figura 4.19 – Modo <strong>de</strong> vibração da 4ª freqüência natural do conjunto torno-peça 3<br />

(134,2 Hz). ............................................................................................................102<br />

Figura 4.20 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................103<br />

Figura 4.21 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................103<br />

Figura 4.22 – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0.5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................104<br />

Figura 4.23 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................104<br />

Figura 4.24 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 920 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................106<br />

Figura 4.25 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 920 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................106<br />

Figura 4.26 - Modo <strong>de</strong> vibração da 5ª freqüência natural do conjunto torno-peça 1<br />

(117,7 Hz). ............................................................................................................107<br />

Figura 4.27 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 500 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................108<br />

Figura 4.28 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 500 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................108<br />

Figura 4.29 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................109<br />

Figura 4.30 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................109<br />

Figura 4.31 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima das castanhas (d = 100 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................110<br />

viii


Figura 4.32 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima das castanhas (d = 100 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................111<br />

Figura 4.33 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta (d = 100 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................112<br />

Figura 4.34 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta (d = 100 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................112<br />

Figura 4.35 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................113<br />

Figura 4.36 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................114<br />

Figura 4.37 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e<br />

vc=250 m/min........................................................................................................114<br />

Figura 4.38 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................116<br />

Figura 4.39 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ............................116<br />

Figura 4.40 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 70 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..............................117<br />

Figura 4.41 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 70 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..............................117<br />

Figura 4.42 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 40 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..............................118<br />

Figura 4.43 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 40 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..............................118<br />

Figura 4.44 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (l = 350 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................119<br />

ix


Figura 4.45 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (l = 350 mm),<br />

f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min. ..........................................................119<br />

Figura 4.46 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> localizada próxima do contra-ponta (l = 350 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min. .................................................................................120<br />

Figura 4.47 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>idada<strong>de</strong> localizada próxima do contra-ponta (l = 350 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min. .................................................................................120<br />

Figura 4.48 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=398 rpm (6,6 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=50 m/min. ........................................................................122<br />

Figura 4.49 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=963 rpm (16 Hz) , f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=121 m/min. ......................................................................123<br />

Figura 4.50 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª frequência natural do conjunto torno peça 7 (62<br />

Hz).........................................................................................................................123<br />

Figura 4.51 – Espectro <strong>de</strong> frequeências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x100 mm próxima do contra-ponta, n=1377 rpm (22,9<br />

Hz), f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=173 m/min. ....................................................124<br />

Figura 4.52 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1798 rpm (30 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=226 m/min. ......................................................................125<br />

Figura 4.53 – Modo <strong>de</strong> vibração da 2ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(119,3 Hz). ............................................................................................................125<br />

Figura 4.54 – Espectro <strong>de</strong> frequências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=1798 rpm (30 Hz), f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=226<br />

m/min. ...................................................................................................................126<br />

Figura 4.55 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1862 rpm (31 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=234 m/min. ......................................................................127<br />

Figura 4.56 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x100 mm próxima do contra-ponta, com n=1918 rpm (32 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=241 m/min. ......................................................................127<br />

x


Figura 4.57 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1950 rpm (32,5 Hz),<br />

f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=245 m/min. ............................................................128<br />

Figura 4.58 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1981 rpm (33 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=249 m/min. ......................................................................129<br />

Figura 4.59 – Modo <strong>de</strong> vibração da 4ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(133,3 Hz). ............................................................................................................130<br />

Figura 4.60 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2220 rpm (37 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=279 m/min. ......................................................................131<br />

Figura 4.61 – Espectro <strong>de</strong> frequências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=2220 rpm (37 Hz), f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=279<br />

m/min. ...................................................................................................................131<br />

Figura 4.62 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2578 rpm (43 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=324 m/min. ......................................................................132<br />

Figura 4.63 - Modo <strong>de</strong> vibração da 3ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(128,0 Hz). ............................................................................................................133<br />

Figura 4.64 - Modo <strong>de</strong> vibração da 6ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(172,0 Hz). ............................................................................................................133<br />

Figura 4.65 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3151 rpm (52,5 Hz),<br />

f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=396 m/min. ............................................................134<br />

Figura 4.66 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3478 rpm (58 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=437 m/min. ......................................................................135<br />

Figura 4.67 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3716 rpm (62 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=467 m/min. ......................................................................135<br />

Figura 4.68 - Modo <strong>de</strong> vibração da 8ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(230,8 Hz). ............................................................................................................136<br />

Figura 4.69 - Modo <strong>de</strong> vibração da 9ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(247,3 Hz). ............................................................................................................137<br />

xi


Figura 4.70 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (40 x 100 mm).<br />

...............................................................................................................................137<br />

Figura 4.71 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (40 x 100 mm).<br />

...............................................................................................................................138<br />

Figura 4.72 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima do contra-ponta (40 x 100<br />

mm). ......................................................................................................................138<br />

Figura 4.73 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima do contra-ponta (40 x 100<br />

mm). ......................................................................................................................139<br />

Figura 4.74 – Imag<strong>em</strong> do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta após o primeiro percurso <strong>de</strong> avanço<br />

(VBBmáx = 0,058 mm)............................................................................................140<br />

Figra 4.75 – Imag<strong>em</strong> do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta ao fim <strong>de</strong> vida da ferramenta (VBBmáx =<br />

0,832 mm). ............................................................................................................141<br />

Figura 4.76 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.........................................................................................................141<br />

Figura 4.77 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.........................................................................................................142<br />

Figura 4.78 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.........................................................................................................142<br />

Figura 4.79 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=600m/min. .......................................................................143<br />

Figura 4.80 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=600 m/min. ......................................................................144<br />

Figura 4.81 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min........................................................................................................145<br />

xii


Figura 4.82 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min........................................................................................................145<br />

Figura 4.83 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min........................................................................................................146<br />

Figura 4.84 – Espectro <strong>de</strong> frequências da faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min........................................................................................................146<br />

Figura 4.85 – Espectro <strong>de</strong> frequências da faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 400 a 470 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min........................................................................................................147<br />

Figura 4.86 – Modo <strong>de</strong> vibração da 3ª frequência natural do conjunto torno-peça 2<br />

(122,9 Hz). ............................................................................................................148<br />

Figura 4.87 – Variação do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo ao longo do percurso <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong> para cada frequência <strong>de</strong> excitação. .......................................................149<br />

Figura 4.88 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=575 m/min. ......................................................................150<br />

Figura 4.89 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=575 m/min. ......................................................................150<br />

Figura VII.I – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção X da torre <strong>de</strong><br />

0 a 500 Hz. ............................................................................................................166<br />

Figura VII.II – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção X da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 100 Hz. .......................................................................................................166<br />

Figura VII.III – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 500 Hz. .......................................................................................................166<br />

Figura VII.IV – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 150 Hz. .......................................................................................................166<br />

Figura VII.V – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 500 Hz. .......................................................................................................167<br />

Figura VII.VI – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y do<br />

contra-ponta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz. ..................................................................................167<br />

Figura VII.VII – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do<br />

contra-ponta <strong>de</strong> 0 a 500 Hz. ..................................................................................167<br />

xiii


Figura VII.VIII – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y do<br />

porta-ferramenta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz.............................................................................167<br />

Figura VII.IX – Resposta <strong>em</strong> freqüência da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do porta-<br />

ferramenta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz. .....................................................................................167<br />

Figura VIII.I – Resposta no t<strong>em</strong>po do conjunto torno-peça com excitação dinâmica..168<br />

Figura VIII.II – Resposta <strong>em</strong> frequência <strong>de</strong> 0 a 250 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica................................................................................................168<br />

Figura VIII.III – Resposta <strong>em</strong> frequência <strong>de</strong> 0 a 250 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica, s<strong>em</strong> os sinais dos acelerômetros localizados no porta-<br />

ferramenta. ............................................................................................................168<br />

Figura VIII.IV – Resposta <strong>em</strong> frequência <strong>de</strong> 0 a 10 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica................................................................................................168<br />

Figura IX.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................169<br />

Figura IX.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................169<br />

Figura IX.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........169<br />

Figura IX.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....169<br />

Figura IX.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima das castanhas.................................................170<br />

Figura IX.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima do contra-ponta. ............................................170<br />

Figura IX.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima das castanhas............................170<br />

Figura IX.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima do contra-ponta. .......................170<br />

Figura IX.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado do suporte. ...........................................................................................170<br />

Figura IX.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado do suporte. ...........................................................................................170<br />

xiv


Figura IX.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................171<br />

Figura IX.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................171<br />

Figura IX.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................171<br />

Figura IX.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................171<br />

Figura IX.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........171<br />

Figura IX.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........171<br />

Figura IX.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....172<br />

Figura IX.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....172<br />

Figura IX.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas............................172<br />

Figura IX.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas............................172<br />

Figura IX.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta. .......................172<br />

Figura IX.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta. .......................172<br />

Figura IX.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................173<br />

Figura IX.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> próxima das castanhas......................................................................173<br />

Figura IX.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500<br />

mm próxima do contra-ponta................................................................................173<br />

Figura IX.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................173<br />

Figura IX.XXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........173<br />

xv


Figura IX.XXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500<br />

mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. 173<br />

Figura IX.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500<br />

mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.<br />

...............................................................................................................................174<br />

Figura IX.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....174<br />

Figura IX.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima das castanhas............................174<br />

Figura IX.XXXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima das castanhas............................174<br />

Figura IX.XXXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima do contra-ponta. .......................174<br />

Figura IX.XXXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima do contra-ponta. .......................174<br />

Figura IX.XXXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................175<br />

Figura IX.XXXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na região central da peça <strong>de</strong> 100 x 920<br />

mm. .......................................................................................................................175<br />

Figura IX.XXXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................175<br />

Figura IX.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920<br />

mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. 175<br />

Figura IX.XXXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na região central da peça <strong>de</strong> 100 x 920<br />

mm, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. .....................................175<br />

Figura IX.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....175<br />

Figura IX.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm próxima das castanhas............................176<br />

Figura IX.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na região<br />

central da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm..........................................................................176<br />

Figura IX.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm próxima do contra-ponta. .......................176<br />

xvi


Figura IX.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

xvii<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................176<br />

Figura IX.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na região<br />

central da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte...................................................................................................................176<br />

Figura IX.XLVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte...................................................................................................................176<br />

Figura X.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima<br />

das castanhas. ........................................................................................................177<br />

Figura X.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................177<br />

Figura X.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................177<br />

Figura X.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................177<br />

Figura X.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........178<br />

Figura X.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........178<br />

Figura X.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....178<br />

Figura X.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....178<br />

Figura X.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas.................................................178<br />

Figura X.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas............................178<br />

Figura X.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta. .......................179<br />

Figura X.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta. .......................179


Figura X.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x<br />

xviii<br />

350 mm próxima das castanhas. ...........................................................................179<br />

Figura X.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências da máquina a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70<br />

x 350 mm próxima das castanhas. ........................................................................179<br />

Figura X.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................179<br />

Figura X.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................179<br />

Figura X.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........180<br />

Figura X.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........180<br />

Figura X.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....180<br />

Figura X.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....180<br />

Figura X.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima das castanhas..............................180<br />

Figura X.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima das castanhas..............................180<br />

Figura X.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima do contra-ponta. .........................181<br />

Figura X.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima do contra-ponta. .........................181<br />

Figura X.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................181<br />

Figura X.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas...........................................................................................181<br />

Figura X.XXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................181<br />

Figura X.XXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta. ......................................................................................181<br />

Figura X.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........182


Figura X.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte.........182<br />

Figura X.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....182<br />

Figura X.XXXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ....182<br />

Figura X.XXXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima das castanhas..............................182<br />

Figura X.XXXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima das castanhas..............................182<br />

Figura X.XXXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima do contra-ponta. .........................183<br />

Figura X.XXXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima do contra-ponta. .........................183<br />

Figura XI.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=398 rpm..........................................................................184<br />

Figura XI.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=398 rpm..........................................................................184<br />

Figura XI.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=398 rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte..............................................................................................................184<br />

Figura XI.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=398 rpm.<br />

...............................................................................................................................184<br />

Figura XI.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=963 rpm..........................................................................185<br />

Figura XI.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm............................................................185<br />

Figura XI.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte..............................................................................................................185<br />

Figura XI.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=963 rpm.<br />

...............................................................................................................................185<br />

xix


Figura XI.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm...........................................................185<br />

Figura XI.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=1377rpm.........................................................................185<br />

Figura XI.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................186<br />

Figura XI.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1377rpm.<br />

...............................................................................................................................186<br />

Figura XI.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm...........................................................186<br />

Figura XI.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm...........................................................186<br />

Figura XI.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................186<br />

Figura XI.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1798rpm.<br />

...............................................................................................................................186<br />

Figura XI.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm...........................................................187<br />

Figura XI.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm...........................................................187<br />

Figura XI.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................187<br />

Figura XI.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1862rpm.<br />

...............................................................................................................................187<br />

Figura XI.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm...........................................................187<br />

Figura XI.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm...........................................................187<br />

xx


Figura XI.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm e s<strong>em</strong> sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte..............................................................................................................188<br />

Figura XI.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1918rpm.<br />

...............................................................................................................................188<br />

Figura XI.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1950rpm...........................................................188<br />

Figura XI.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1950rpm...........................................................188<br />

Figura XI.XXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1950rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................188<br />

Figura XI.XXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1950rpm.<br />

...............................................................................................................................188<br />

Figura XI.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm...........................................................189<br />

Figura XI.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm...........................................................189<br />

Figura XI.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................189<br />

Figura XI.XXXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1981rpm.<br />

...............................................................................................................................189<br />

Figura XI.XXXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2220rpm...........................................................189<br />

Figura XI.XXXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2220rpm...........................................................189<br />

Figura XI.XXXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2220rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................190<br />

xxi


Figura XI.XXXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2220rpm.<br />

xxii<br />

...............................................................................................................................190<br />

Figura XI.XXXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2578rpm...........................................................190<br />

Figura XI.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2578rpm...........................................................190<br />

Figura XI.XXXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2578rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro do<br />

suporte...................................................................................................................190<br />

Figura XI.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2578rpm.<br />

...............................................................................................................................190<br />

Figura XI.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3151rpm...........................................................191<br />

Figura XI.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3151rpm...........................................................191<br />

Figura XI.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3151rpm.<br />

...............................................................................................................................191<br />

Figura XI.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3478rpm...........................................................191<br />

Figura XI.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3478rpm...........................................................191<br />

Figura XI.XLVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3478rpm.<br />

...............................................................................................................................191<br />

Figura XI.XLVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3716rpm...........................................................192<br />

Figura XI.XLVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3716rpm...........................................................192<br />

Figura XI.XLIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3716rpm.<br />

...............................................................................................................................192


Figura XII.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

xxiii<br />

vc=600 m/min........................................................................................................193<br />

Figura XII.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm vc=600<br />

m/min. ...................................................................................................................193<br />

Figura XII.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=600 m/min. .....................................................193<br />

Figura XII.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=600 m/min. .....................................................193<br />

Figura XII.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min........................................................................................................194<br />

Figura XII.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................194<br />

Figura XII.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................194<br />

Figura XII.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=600 m/min. .................................................194<br />

Figura XII.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................194<br />

Figura XII.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................194<br />

Figura XII.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300mm com<br />

vc=600 m/min........................................................................................................195<br />

Figura XII.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................195<br />

Figura XII.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................195<br />

Figura XII.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com vc=600 m/min. .................................................195<br />

Figura XII.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................195


Figura XII.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

xxiv<br />

vc=575 m/min........................................................................................................196<br />

Figura XII.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................196<br />

Figura XII.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................196<br />

Figura XII.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=575 m/min. .....................................................196<br />

Figura XII.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................196<br />

Figura XII.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................196<br />

Figura XII.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min................................................................................................197<br />

Figura XII.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal acelerômetro localizado no suporte. ................197<br />

Figura XII.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal acelerômetro localizado no suporte. ................197<br />

Figura XII.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=575 m/min. ..................................197<br />

Figura XII.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................197<br />

Figura XII.XXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................197<br />

Figura XII.XXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=575 m/min................................................................................................198<br />

Figura XII.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ...........198<br />

Figura XII.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=575m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ............198


Figura XII.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300mm da peça <strong>de</strong> 40 x 100mm, com vc=575m/min.<br />

xxv<br />

...............................................................................................................................198<br />

Figura XII.XXXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................198<br />

Figura XII.XXXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................198<br />

Figura XII.XXXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm<br />

com vc=575 m/min................................................................................................199<br />

Figura XII.XXXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ...........199<br />

Figura XII.XXXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte. ...........199<br />

Figura XII.XXXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm com vc=575 m/min. ..................................199<br />

Figura XII.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................199<br />

Figura XII.XXXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................199<br />

Figura XII.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min........................................................................................................200<br />

Figura XII.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................200<br />

Figura XII.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no suporte....................200<br />

Figura XII.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com vc=575 m/min. ..................................200<br />

Figura XII.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.......................................................................200


xxvi<br />

Figura XII.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte. ...........................................................................................200


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 2.1 - Classificação da integrida<strong>de</strong> superficial (Field e Kahles, 1971).................27<br />

Tabela 2.2 – Comparação dos métodos <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> autovalor (Sitton,<br />

1997). ......................................................................................................................47<br />

Tabela 2.3 – Influências no monitoramento do estado da ferramenta (O’Donnell et al.,<br />

2001). ......................................................................................................................51<br />

Tabela 2.4 – Principais métodos <strong>de</strong> sensoriamento do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta (Dan e<br />

Mathew, 1990). .......................................................................................................54<br />

Tabela 3.1 – Principais especificações técnicas do torno (Romi)...................................62<br />

Tabela 3.2 – Especificações para geração da malha <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos......................64<br />

Tabela 3.3 – Proprieda<strong>de</strong>s típicas do ferro fundido e do aço (Callister et al, 2002).......65<br />

Tabela 3.4 – Dimensões das peças mo<strong>de</strong>ladas................................................................66<br />

Tabela 3.5 – Velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte respectivas velocida<strong>de</strong>s rotacionais e freqüências <strong>de</strong><br />

excitação utilizadas na avaliação da influência da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte..................76<br />

Tabela 4.1 – Características da malha do torno gerada pelo “software”. .......................81<br />

Tabela 4.2 – Comparativo entre os modos <strong>de</strong> vibração das malhas................................81<br />

Tabela 4.3 – Modos <strong>de</strong> Vibração obtidos numericamente pelo método dos el<strong>em</strong>entos<br />

finitos (Hz). .............................................................................................................84<br />

Tabela 4.4 – Faixa <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> freqüência experimental encontrada no ensaio com o<br />

martelo <strong>de</strong> impacto e máximo erro percentual........................................................92<br />

Tabela 4.5 – Máximos erros percentuais <strong>de</strong>terminados no ensaio com excitação<br />

dinâmica. .................................................................................................................96<br />

- xxvii -


NOMENCLATURA<br />

Abreviatura Descrição Gran<strong>de</strong>za (SI)<br />

A Área <strong>de</strong> contato aparente mm 2<br />

AR Área <strong>de</strong> contato real mm 2<br />

Aγ Superfície <strong>de</strong> saída da ferramenta -<br />

Aα Superfície principal <strong>de</strong> folga da ferramenta -<br />

A’α Superfície secundária <strong>de</strong> folga da ferramenta -<br />

APC Aresta postiça <strong>de</strong> corte -<br />

[ B ] Matriz <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> amortecimento N.s/m<br />

CNC Comando numérico computadorizado -<br />

F Força <strong>de</strong> atrito N<br />

KB Largura da cratera mm<br />

KM Distância entre o centro da cratera e a aresta <strong>de</strong> corte mm<br />

KT Profundida<strong>de</strong> da cratera mm<br />

[ K ] Matriz <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z N/m<br />

[ M ] Matriz <strong>de</strong> massa kg<br />

N Força normal N<br />

Pf Plano admitido <strong>de</strong> trabalho -<br />

Pfe Plano <strong>de</strong> trabalho -<br />

Po Plano ortogonal da ferramenta -<br />

Pr Plano <strong>de</strong> referência da ferramenta -<br />

Ps Plano <strong>de</strong> corte da ferramenta -<br />

{ P } Vetor <strong>de</strong> força N<br />

Ra Rugosida<strong>de</strong> média aritmética μm<br />

Rmáx Maior distância entre picos e vales no cut-off μm<br />

Rq Rugosida<strong>de</strong> Média Quadrática μm<br />

Rt Distância entre o maior pico e o menor vale <strong>de</strong> lm μm<br />

S Aresta principal <strong>de</strong> corte da ferramenta -<br />

S’ Aresta secundária <strong>de</strong> corte da ferramenta -<br />

VBB Desgaste <strong>de</strong> flanco médio mm<br />

VBBmáx Desgaste <strong>de</strong> flanco máximo mm<br />

VBC Desgaste <strong>de</strong> entalhe na aresta secundária <strong>de</strong> corte mm<br />

- xxviii -


xxix<br />

VBN Desgaste <strong>de</strong> entalhe na aresta principal <strong>de</strong> corte mm<br />

vc Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte m/min<br />

Vcav Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saída do cavaco m/min<br />

vf Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço mm/min<br />

aP Profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte mm<br />

b Coeficiente <strong>de</strong> amortecimento N.s/m<br />

bcr Coeficiente <strong>de</strong> amortecimento crítico N.s/m<br />

beq Coeficiente <strong>de</strong> amortecimento equivalente N.s/m<br />

cut-off Comprimento <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> mm<br />

d Diâmetro da peça mm<br />

f Avanço mm/rev<br />

g Constante <strong>de</strong> amortecimento histerético adimensional<br />

h Espessura <strong>de</strong> corte mm<br />

h’ Espessura do cavaco mm<br />

k Rigi<strong>de</strong>z N/m<br />

l Comprimento da peça mm<br />

lm Comprimento avaliado mm<br />

m Massa kg<br />

n Velocida<strong>de</strong> rotacional rpm<br />

p(t) Carga aplicada <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po N<br />

q Número <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (gdls) adimensional<br />

re Raio <strong>de</strong> ponta da ferramenta mm<br />

t T<strong>em</strong>po s<br />

u () t<br />

Deslocamento <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po m<br />

u& () t<br />

Velocida<strong>de</strong> <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po m/s<br />

u& & () t<br />

Aceleração <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po m/s 2<br />

{} u Vetor <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos m<br />

{} u& Vetor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> m/s<br />

{} u& & Vetor <strong>de</strong> aceleração m/s 2<br />

y(x)<br />

Distância <strong>de</strong> cada ponto até a linha <strong>de</strong> centro distância<br />

μm<br />

<strong>de</strong> cada ponto até a linha <strong>de</strong> centro<br />

φ Ângulo <strong>de</strong> cisalhamento grau<br />

αo Ângulo <strong>de</strong> folga da ferramenta grau<br />

βo Ângulo <strong>de</strong> cunha da ferramenta grau<br />

γo Ângulo <strong>de</strong> saída da ferramenta grau<br />

εr Ângulo <strong>de</strong> ponta da ferramenta grau


ζ Razão <strong>de</strong> amortecimento adimensional<br />

θ Ângulo <strong>de</strong> fase grau<br />

λs Ângulo <strong>de</strong> inclinação grau<br />

μ Coeficiente <strong>de</strong> atrito adimensional<br />

σ Tensão normal Pa<br />

τ Tensão cisalhante Pa<br />

χr Ângulo <strong>de</strong> posição da ferramenta grau<br />

χ’r Ângulo <strong>de</strong> posição lateral da ferramenta grau<br />

ω Freqüência <strong>de</strong> excitação rad/s<br />

ωd Freqüência natural amortecida rad/s<br />

ωn Freqüência natural não-amortecida rad/s<br />

xxx


1.1 Histórico<br />

CAPÍTULO 1<br />

INTRODUÇÃO<br />

Des<strong>de</strong> os t<strong>em</strong>pos mais r<strong>em</strong>otos, métodos para corte <strong>de</strong> materiais foram <strong>de</strong>senvolvidos<br />

principalmente para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s básicas do hom<strong>em</strong> como, por ex<strong>em</strong>plo, a<br />

fabricação das próprias roupas, utensílios <strong>de</strong> cozinha, abrigos, armas entre outras. Com<br />

o passar dos anos, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energia, como o vapor e a<br />

eletricida<strong>de</strong>, possibilitou a produção <strong>de</strong> máquinas-ferramenta mecanizadas, permitindo<br />

rapidamente a substituição das operações totalmente manuais para muitas aplicações.<br />

Baseados nestes avanços e juntamente com o <strong>de</strong>senvolvimento metalúrgico dos<br />

materiais, os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> produção passaram por uma fase <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s evoluções, que<br />

ficou mundialmente conhecida como Revolução Industrial, iniciando a partir do século<br />

XVIII.<br />

Até o início da década <strong>de</strong> 1950, a maior parte das operações <strong>de</strong> produção era realizada<br />

com máquinas tradicionais como tornos, fresadoras e prensas, que eram <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong><br />

flexibilida<strong>de</strong> e ainda gran<strong>de</strong> trabalho manual era necessário. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

novos produtos e componentes <strong>de</strong> formas complexas exigiu muitos esforços dos<br />

operários, aumentou o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> produção e os custos <strong>de</strong> fabricação.<br />

Recent<strong>em</strong>ente, diante <strong>de</strong> uma intensa competição econômica nacional e internacional, a<br />

indústria percebeu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a produtivida<strong>de</strong>, a flexibilida<strong>de</strong> e a<br />

eficiência dos processos <strong>de</strong> produção além <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> dos produtos<br />

manufaturados e reduzir custos. Estes fatores foram primordiais para a automação dos<br />

processos <strong>de</strong> produção, sendo este um novo marco para o progresso da indústria <strong>de</strong><br />

manufatura.<br />

Segundo Kalpakjian e Schimid (2001), a automação é <strong>de</strong>finida como sendo o processo<br />

que possui máquinas seguindo uma seqüência pré-<strong>de</strong>terminada com a mínima<br />

intervenção do hom<strong>em</strong>, usando equipamentos e dispositivos especializados que<br />

1


Capítulo 1 – Introdução 2<br />

executam e controlam os processos <strong>de</strong> produção. E seus principais objetivos são:<br />

integrar os vários aspectos das operações <strong>de</strong> produção, aumentar produtivida<strong>de</strong> do<br />

processo, melhorar a qualida<strong>de</strong> dos produtos, reduzir envolvimento humano na<br />

produção, reduzir danos do material trabalhado, aumentar o nível <strong>de</strong> segurança e<br />

economizar espaço na planta industrial.<br />

No âmbito dos processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, um gran<strong>de</strong> passo <strong>em</strong> direção à automação foi o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> máquinas controladas numericamente por computador (CNC). Esta<br />

tecnologia permite o controle dos movimentos dos componentes da máquina por meio<br />

<strong>de</strong> instruções inseridas no sist<strong>em</strong>a que são interpretadas e convertidas <strong>em</strong> sinais<br />

elétricos, que são transmitidos às máquinas-ferramenta. Estes sinais, por sua vez,<br />

controlam os componentes das máquinas como, por ex<strong>em</strong>plo, controlar a velocida<strong>de</strong> do<br />

eixo árvore, realizar a mudança automática <strong>de</strong> ferramentas e <strong>de</strong> peças, movimentar a<br />

peça ou a ferramenta por caminhos especificados ou ligar, <strong>de</strong>sligar e controlar a vazão<br />

<strong>de</strong> fluido <strong>de</strong> corte.<br />

A completa automação dos processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> exige que o sist<strong>em</strong>a tenha um<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho confiável e com alta repetitivida<strong>de</strong>. Entretanto, a operação <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong><br />

material <strong>de</strong> uma peça é um processo muito complexo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inúmeras<br />

variáveis, que são imprescindíveis para <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da usinag<strong>em</strong>.<br />

Kalpakjian e Schimid (2001) afirmam que o comportamento dinâmico da máquinaferramenta,<br />

o material da ferramenta e da peça trabalhada, o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong><br />

corte, a precisão dimensional, o acabamento superficial do produto usinado e as<br />

condições <strong>de</strong> corte (velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, avanço e profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte) são as<br />

principais variáveis do processo. Conforme Dimla e Lister (2000), um dos maiores<br />

obstáculos para a total automação das operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é a previsão do estado da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte, on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta é um importante fator na<br />

produtivida<strong>de</strong> e eficiência da usinag<strong>em</strong>. Isto porque o estado da ferramenta <strong>de</strong> corte está<br />

intimamente relacionado com a qualida<strong>de</strong> do componente usinado e, portanto, na<br />

maioria dos casos a rugosida<strong>de</strong> é o principal parâmetro utilizado para estabelecer o fim<br />

da vida da ferramenta, ou seja, o momento apropriado para a troca da ferramenta. Além<br />

disso, uma quebra inesperada da ferramenta <strong>de</strong> corte po<strong>de</strong> danificar o equipamento,<br />

causando paradas para manutenção não programadas e conseqüent<strong>em</strong>ente custos<br />

<strong>de</strong>snecessários.


Capítulo 1 – Introdução 3<br />

1.2 Justificativas<br />

Atualmente, na maioria das indústrias, os operadores i<strong>de</strong>ntificam o <strong>de</strong>sgaste e quebra da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte por meio <strong>de</strong> alterações dos sons <strong>em</strong>itidos pelo processo, ou pelas<br />

alterações que os mesmos perceb<strong>em</strong>, pela visão e tato, no acabamento das peças<br />

produzidas, ou baseados <strong>em</strong> dados estatísticos e históricos relativos à vida da<br />

ferramenta. Entretanto, o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é complexo e imprevisível, causando<br />

gran<strong>de</strong> dispersão da vida da ferramenta e conseqüent<strong>em</strong>ente muitas ferramentas são<br />

trocadas <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> uso ou peças <strong>de</strong>feituosas são produzidas <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sgaste e<br />

quebra inesperados da ferramenta. Portanto, esta estratégia <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> ferramenta<br />

acarreta <strong>em</strong> maior consumo <strong>de</strong> ferramentas e <strong>em</strong> maiores t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> parada da máquina.<br />

Consi<strong>de</strong>rando os danos que a falha <strong>de</strong> ferramenta po<strong>de</strong> causar no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do<br />

processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, houve uma tendência <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolver sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

monitoramento direcionados para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> falhas iminentes <strong>de</strong> ferramenta.<br />

Estes sist<strong>em</strong>as acompanham a evolução do <strong>de</strong>sgaste por meio <strong>de</strong> sinais sensoriais,<br />

indicando o instante <strong>em</strong> que a ferramenta ten<strong>de</strong> a quebrar ou atingir níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste<br />

pré-estabelecidos.<br />

Alguns sinais comumente <strong>em</strong>pregados para o monitoramento do estado da ferramenta<br />

<strong>de</strong> corte são: vibrações, <strong>em</strong>issão acústica, forças <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> corte,<br />

potência ou corrente do motor, tamanho da peça e/ou acabamento superficial. Cada um<br />

<strong>de</strong>stes métodos apresenta suas aplicações, vantagens e <strong>de</strong>svantagens, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

levados <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração durante a escolha da metodologia mais apropriada para<br />

avaliação da condição da ferramenta. Além disso, é comum a utilização<br />

simultaneamente <strong>de</strong> algumas técnicas para i<strong>de</strong>ntificar uma faixa mais ampla <strong>de</strong><br />

características, já que uma única metodologia não engloba toda a natureza complexa e<br />

diversificada do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> (Dan e Mathew, 1990 e Dimla, 2000).<br />

Dan e Mathew (1990) disseram que enquanto o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> avança, a peça e<br />

o cavaco <strong>de</strong>slizam pela ferramenta provocando a geração <strong>de</strong> vibrações que po<strong>de</strong>m ser<br />

monitoradas. Estes sinais vibracionais variam com o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>em</strong> algumas<br />

faixas <strong>de</strong> freqüência e são amplamente utilizados para o monitoramento do estado da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte. Rotberg et al. citado por Dimla (2000) estudaram as vibrações<br />

mecânicas para a previsão do estado da ferramenta <strong>de</strong> corte durante o corte<br />

interrompido. Eles concluíram que suas análises mostraram a ocorrência <strong>de</strong> certas<br />

características particulares dos sinais <strong>de</strong> vibrações que se correlacionam b<strong>em</strong> com o


Capítulo 1 – Introdução 4<br />

<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta. Bonifácio e Diniz (1994) verificaram a correlação entre os<br />

sinais <strong>de</strong> vibração, o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta e a rugosida<strong>de</strong> na operação <strong>de</strong> torneamento.<br />

Eles concluíram que a rugosida<strong>de</strong> e os sinais <strong>de</strong> vibração apresentaram comportamentos<br />

similares quando a ferramenta se aproximou <strong>de</strong> seu fim <strong>de</strong> vida.<br />

As inúmeras pesquisas correlacionando o <strong>de</strong>sgaste e o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida das ferramentas <strong>de</strong><br />

corte com os sinais sensoriais mensurados durante o corte mostraram que o<br />

monitoramento contínuo <strong>de</strong>stes sinais po<strong>de</strong> ser uma metodologia valiosa e aplicável<br />

para i<strong>de</strong>ntificar o estado da ferramenta <strong>de</strong> corte e, conseqüent<strong>em</strong>ente, provi<strong>de</strong>nciar sua<br />

substituição antes que maiores danos e gastos sejam necessários.<br />

Entretanto, a i<strong>de</strong>ntificação da faixa <strong>de</strong> freqüências dos sinais relacionada com o <strong>de</strong>sgaste<br />

da ferramenta e a classificação precisa do estado da ferramenta <strong>de</strong> corte são tarefas<br />

árduas já que os sinais não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m exclusivamente do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta. Deste<br />

modo, um estudo prévio do comportamento vibracional do sist<strong>em</strong>a máquina-ferramentapeça,<br />

analisando criteriosamente o espectro <strong>de</strong> freqüências da estrutura com o objetivo<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as faixas <strong>de</strong> freqüências relacionadas aos diversos fatores que influenciam<br />

o comportamento dinâmico do sist<strong>em</strong>a, torna-se necessário para <strong>em</strong>basar teoricamente a<br />

análise experimental do monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibrações.<br />

Portanto, este trabalho visa estabelecer um procedimento para <strong>de</strong>terminar o<br />

comportamento vibracional da máquina-ferramenta e correlacionar os níveis <strong>de</strong><br />

vibração com alguns dos parâmetros essenciais para a usinag<strong>em</strong> dos metais, como a<br />

evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta e rugosida<strong>de</strong> da peça.<br />

1.3 Objetivos<br />

1.3.1 Objetivos Gerais<br />

Esta pesquisa foi efetuada com a intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma metodologia para<br />

analisar a estabilida<strong>de</strong> dinâmica do torneamento <strong>de</strong> aços consi<strong>de</strong>rando os aspectos<br />

dinâmicos da estrutura e os fundamentos teóricos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Com este objetivo, o trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido para avaliar o comportamento dinâmico<br />

<strong>de</strong> um torno CNC por meio <strong>de</strong> simulações numéricas e procedimentos experimentais,<br />

monitorar os sinais <strong>de</strong> vibração e qualida<strong>de</strong> superficial durante o processo <strong>de</strong><br />

torneamento do aço ABNT 4140 sob diversas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte, dimensões <strong>de</strong> peça e<br />

ao longo da evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta e correlacionar os efeitos <strong>de</strong>stas<br />

variáveis ao comportamento dinâmico da máquina.


Capítulo 1 – Introdução 5<br />

1.3.2 Objetivos específicos<br />

O presente trabalho foi <strong>de</strong>sm<strong>em</strong>brado nas seguintes etapas.<br />

- Mo<strong>de</strong>lar a estrutura do torno CNC e <strong>de</strong>terminar numericamente suas freqüências<br />

naturais e modos <strong>de</strong> vibração, utilizando softwares comerciais <strong>de</strong> CAD 3D e <strong>de</strong><br />

el<strong>em</strong>entos finitos;<br />

- Efetuar procedimentos experimentais monitorando os sinais <strong>de</strong> vibrações para<br />

correlacionar o comportamento dinâmico experimental com o numérico e<br />

validar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong>senvolvido;<br />

- Consi<strong>de</strong>rando o comportamento dinâmico <strong>de</strong>terminado numericamente,<br />

monitorar e avaliar as alterações nos sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong><br />

superfície <strong>em</strong> operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> à medida que a freqüência <strong>de</strong> excitação<br />

varia ao longo <strong>de</strong> todo o espectro <strong>de</strong> freqüências operacional da máquina;<br />

- Consi<strong>de</strong>rando o comportamento dinâmico <strong>de</strong>terminado numericamente,<br />

monitorar e avaliar as alterações causadas nos sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong> topografia<br />

<strong>de</strong> superfície pela usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> peças com diferentes dimensões;<br />

- Consi<strong>de</strong>rando o comportamento dinâmico <strong>de</strong>terminado numericamente,<br />

monitorar e avaliar as alterações provocadas pela evolução do <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte nos sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície durante a<br />

usinag<strong>em</strong>.<br />

- Correlacionar os resultados numéricos com os experimentais.<br />

1.4 Organização<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho será apresentado nos seguintes capítulos:<br />

No Capítulo 2, uma revisão bibliográfica sobre os assuntos mais relevantes será<br />

apresentada com o objetivo <strong>de</strong> facilitar a compreensão do comportamento do sist<strong>em</strong>a<br />

durante a mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica e os ensaios experimentais. Neste momento, a usinag<strong>em</strong><br />

dos materiais, o monitoramento do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e a análise modal serão<br />

abordados.<br />

No Capítulo 3 serão apresentados os materiais, os equipamentos, os instrumentos <strong>de</strong><br />

medição, os softwares e as metodologias <strong>de</strong> simulação e experimentais necessários para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento e execução do trabalho.


Capítulo 1 – Introdução 6<br />

No Capítulo 4 serão apresentados e discutidos os resultados encontrados nas duas etapas<br />

do trabalho. Primeiramente os resultados da mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica do comportamento<br />

dinâmico do sist<strong>em</strong>a torno-peça serão confrontados e validados pelos resultados<br />

experimentais obtidos na usinag<strong>em</strong> monitorada e posteriormente as influências das<br />

dimensões da peça, da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta na topografia <strong>de</strong><br />

superfície da peça e no comportamento dinâmico da estrutura serão avaliados e<br />

justificados pelos conhecimentos prévios <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e comportamento dinâmico.<br />

No Capítulo 5 serão mostradas as conclusões obtidas no presente trabalho e serão feitas<br />

sugestões para futuros projetos, on<strong>de</strong> investigações adicionais po<strong>de</strong>rão ser executadas<br />

ou metodologias <strong>de</strong> previsão e <strong>de</strong> controle ativo das variáveis do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong><br />

po<strong>de</strong>rão ser propostas.<br />

A seguir as referências bibliográficas utilizadas para a realização <strong>de</strong>ste trabalho serão<br />

apresentadas.


CAPÍTULO 2<br />

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

Este capítulo apresenta um estudo dos assuntos mais relevantes com o objetivo <strong>de</strong><br />

facilitar a compreensão e correlação entre as duas gran<strong>de</strong>s áreas envolvidas neste<br />

trabalho, usinag<strong>em</strong> e análise dinâmica. Desta forma, primeiramente os aspectos mais<br />

importantes da usinag<strong>em</strong> dos materiais; particularmente relacionados com o <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta e a qualida<strong>de</strong> superficial, serão <strong>de</strong>scritos. Em seguida, os fundamentos e o<br />

processo da análise dinâmica estrutural serão evi<strong>de</strong>nciados e, finalmente, alguns<br />

<strong>de</strong>talhes do monitoramento do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> por sinais <strong>de</strong> vibração serão<br />

mostrados.<br />

2.1 Usinag<strong>em</strong> dos Materiais<br />

Usinag<strong>em</strong> é o termo usado para <strong>de</strong>screver processos on<strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> material, o<br />

cavaco, é r<strong>em</strong>ovida da superfície <strong>de</strong> uma peça por uma ferramenta <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> cunha<br />

(Trent e Wright, 2000). A usinag<strong>em</strong> é normalmente utilizada para conferir formas mais<br />

precisas, com tolerâncias dimensionais e acabamento superficial especificados, <strong>em</strong><br />

peças <strong>de</strong> metais fundidas, forjadas, pré-fabricadas ou brutas e, conseqüent<strong>em</strong>ente<br />

satisfazer requisitos <strong>de</strong> projeto. Como ex<strong>em</strong>plo mostra-se na Fig. 2.1 as superfícies <strong>de</strong><br />

um eixo virabrequim forjado, antes e após a usinag<strong>em</strong>.<br />

Figura 2.1 – Eixo virabrequim forjado antes e após a usinag<strong>em</strong> (Kalpakjian e Schmid,<br />

2001).<br />

7


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 8<br />

A usinag<strong>em</strong> é um processo complexo consistindo <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> entrada ou<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e variáveis <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. As relações entrada/saída associadas com o<br />

processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> estão mostradas na Fig. 2.2. As variáveis <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes são<br />

<strong>de</strong>terminadas pelo processo baseado na seleção prévia das variáveis <strong>de</strong> entrada ou<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Além disso, o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é extr<strong>em</strong>amente diversificado<br />

<strong>de</strong>vido a enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> entrada resultando <strong>em</strong> um número quase<br />

infinito <strong>de</strong> combinações diferentes, e infelizmente o comportamento do processo po<strong>de</strong><br />

alterar significant<strong>em</strong>ente mesmo que as variáveis <strong>de</strong> entrada sejam muito similares<br />

(Metals Handbook, 1989).<br />

Figura 2.2 – Relações <strong>de</strong> entrada/saída <strong>em</strong> usinag<strong>em</strong> (Metals Handbook, 1989).<br />

Segundo Trent e Wright (2000), o torneamento é o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> mais<br />

comumente <strong>em</strong>pregado <strong>em</strong> trabalhos <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> metal. No torneamento, a ferramenta<br />

<strong>de</strong> corte é posicionada a uma certa profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, aP, e se move com uma<br />

<strong>de</strong>terminada velocida<strong>de</strong> rotacional, n, à medida que a peça gira. O avanço, f, é a<br />

distância que a ferramenta percorre na direção axial a cada revolução da peça. A<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço vf (Eq. 2.1) é a velocida<strong>de</strong> linear da ferramenta na direção paralela


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 9<br />

à peça. Como resultado <strong>de</strong>sta ação, o cavaco produzido <strong>de</strong>sliza sobre a superfície <strong>de</strong><br />

saída da ferramenta (Kalpakjian e Schimid, 2001). A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, vC, é a<br />

velocida<strong>de</strong> que a superfície ainda não usinada passa pela aresta <strong>de</strong> corte da ferramenta,<br />

normalmente <strong>de</strong>finida segundo a Eq. 2.2. O princípio básico da operação <strong>de</strong><br />

torneamento po<strong>de</strong> ser esqu<strong>em</strong>atizado conforme a Fig. 2.3.<br />

On<strong>de</strong> d é o diâmetro da peça usinada <strong>em</strong> milímetros.<br />

v f<br />

v c<br />

= f . n<br />

(2.1)<br />

π.<br />

d.<br />

n<br />

= (2.2)<br />

1000<br />

Figura 2.3 – Princípio básico do torneamento (Kalpakjian e Schmid, 2001).<br />

As operações <strong>de</strong> torneamento po<strong>de</strong>m ser realizadas basicamente <strong>de</strong> duas formas<br />

principais: o torneamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbaste e o torneamento <strong>de</strong> acabamento. No <strong>de</strong>sbaste,<br />

altas taxas <strong>de</strong> avanço e gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte são aplicadas e, portanto, a<br />

operação é caracterizada por altas taxas <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> material e pouca preocupação<br />

com a tolerância dimensional e com a qualida<strong>de</strong> superficial. Usualmente, esta operação<br />

é seguida pelo torneamento <strong>de</strong> acabamento on<strong>de</strong> são adotadas condições <strong>de</strong> corte


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 10<br />

propícias para a obtenção <strong>de</strong> um bom acabamento superficial, ou seja, baixo avanço e<br />

pequena profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte.<br />

2.1.1 Mecanismo <strong>de</strong> Formação do Cavaco<br />

O processo <strong>de</strong> formação do cavaco influencia diversos fatores relacionados a usinag<strong>em</strong><br />

dos metais, tais como o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta e suas causas, os esforços <strong>de</strong> corte, o<br />

calor gerado na usinag<strong>em</strong>, entre outros. Assim, o estudo minucioso <strong>de</strong>ste processo<br />

possibilita a compreensão e a explicação dos fenômenos <strong>de</strong>correntes do contato da<br />

ferramenta com a peça.<br />

O processo <strong>de</strong> formação do cavaco é bastante similar ao ensaio <strong>de</strong> compressão realizado<br />

<strong>em</strong> corpos <strong>de</strong> prova, com ressalvas relativas à dinâmica <strong>em</strong> que os mesmos se<br />

processam. Na representação do processo <strong>de</strong> formação do cavaco, Fig. 2.4, o volume <strong>de</strong><br />

material “klmn” po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como um corpo <strong>de</strong> prova submetido ao ensaio <strong>de</strong><br />

compressão. As tensões <strong>de</strong> compressão, que este volume <strong>de</strong> material está submetido, se<br />

elevam à medida que este se aproxima da cunha <strong>de</strong> corte da ferramenta. Assim como no<br />

ensaio <strong>de</strong> compressão, o volume <strong>de</strong> material sofre inicialmente <strong>de</strong>formações elásticas e,<br />

com o aumento dos esforços <strong>de</strong> compressão, sofre <strong>de</strong>formações plásticas assim que o<br />

limite <strong>de</strong> resistência ao cisalhamento do material é atingido. O volume <strong>de</strong> material<br />

continua se <strong>de</strong>formando até que o limite <strong>de</strong> resistência do material seja alcançado e<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente ocorra a ruptura por cisalhamento no ponto “O”, localizado na ponta<br />

da ferramenta.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 11<br />

Figura 2.4 – Representação do processo <strong>de</strong> formação do cavaco (Trent e Wright, 2000).<br />

A região on<strong>de</strong> o material é cisalhado é <strong>de</strong>nominada zona <strong>de</strong> cisalhamento primária,<br />

representada pela Fig. 2.5. Esta região é representada por um plano perpendicular ao<br />

plano <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>nominado plano <strong>de</strong> cisalhamento primário, indicado pelo<br />

seguimento “OD”, que parte da ponta da ferramenta e chega até a posição on<strong>de</strong> o<br />

cavaco <strong>de</strong>ixa a superfície <strong>de</strong> trabalho.<br />

Assim que o volume “klmn” passa pela zona <strong>de</strong> cisalhamento primária, este volume se<br />

<strong>de</strong>forma e assume uma nova configuração representada por “pqrs” na representação da<br />

Fig. 2.4. Neste momento, o movimento <strong>de</strong> saída do cavaco sobre a superfície <strong>de</strong> saída<br />

da ferramenta se inicia, caracterizando a última etapa do processo <strong>de</strong> formação do<br />

cavaco. Esta fase diferencia o processo <strong>de</strong> formação do cavaco do ensaio <strong>de</strong><br />

compressão, já que esta etapa é inexistente neste último.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 12<br />

Figura 2.5 – Representação das zonas <strong>de</strong> cisalhamento primária e secundária.<br />

Assim que o cavaco entra <strong>em</strong> contato com a ferramenta, o material é submetido a<br />

esforços <strong>de</strong> compressão e <strong>de</strong> cisalhamento na direção paralela à superfície <strong>de</strong> saída da<br />

ferramenta, dando orig<strong>em</strong> à zona <strong>de</strong> cisalhamento secundária, também representada pela<br />

Fig. 2.5. A região <strong>de</strong> máxima tensão <strong>de</strong> cisalhamento é indicada pelo ângulo <strong>de</strong><br />

cisalhamento (φ), que é <strong>de</strong>finido por Trent e Wright (2000) como o ângulo formado<br />

entre a direção do movimento da peça e o plano <strong>de</strong> cisalhamento representado pela linha<br />

“OD”.<br />

Segundo o diagrama <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> tensões <strong>de</strong> cisalhamento <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> prova<br />

submetido ao ensaio <strong>de</strong> compressão, a máxima tensão <strong>de</strong> cisalhamento ocorre <strong>em</strong> um<br />

plano a 45º da direção <strong>de</strong> aplicação da tensão <strong>de</strong> compressão, caso o material seja<br />

isotrópico e não apresente <strong>de</strong>feitos. No entanto, no caso da formação do cavaco, a zona<br />

<strong>de</strong> cisalhamento secundária exerce esforços <strong>de</strong> compressão sobre a zona <strong>de</strong><br />

cisalhamento primária, causando uma redução do ângulo <strong>de</strong> máxima tensão cisalhante,<br />

ou seja, o ângulo <strong>de</strong> cisalhamento (φ) é s<strong>em</strong>pre menor que 45º e será menor quanto<br />

maior for a resistência ao cisalhamento do material na zona <strong>de</strong> cisalhamento secundária.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 13<br />

Resumidamente, o processo <strong>de</strong> formação do cavaco po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>nominado como um<br />

fenômeno periódico constituído das seguintes fases:<br />

Deformação elástica, ou recalque;<br />

Deformação plástica;<br />

Ruptura;<br />

Movimento do cavaco sobre a superfície da ferramenta.<br />

Os fenômenos que ocorr<strong>em</strong> na zona <strong>de</strong> cisalhamento secundária, também <strong>de</strong>nominada<br />

interface cavaco-ferramenta, são estudados mais <strong>de</strong>talhadamente a seguir <strong>de</strong>vido à<br />

influência direta que esta região t<strong>em</strong> na formação do cavaco.<br />

2.1.1.1 Interface Cavaco-Ferramenta<br />

Os fenômenos ligados à interface cavaco-ferramenta atra<strong>em</strong> significativamente a<br />

atenção dos pesquisadores que estudam os processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Isto porque estes<br />

fenômenos afetam diretamente fatores <strong>de</strong>cisivos do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> como<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> corte, forças <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e vida das ferramentas <strong>de</strong> corte.<br />

Os fenômenos que ocorr<strong>em</strong> na interface cavaco-ferramenta não são ainda totalmente<br />

esclarecidos, já que esta é uma região <strong>de</strong> difícil acesso. Trent e Wright (2000)<br />

<strong>de</strong>screveram a teoria mais aceita pela comunida<strong>de</strong> científica. De acordo com esta teoria,<br />

a interface cavaco-ferramenta consiste <strong>de</strong> duas regiões distintas, a zona <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e a<br />

zona <strong>de</strong> escorregamento, que estão esqu<strong>em</strong>atizadas na Fig. 2.6. A <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sta<br />

teoria foi obtida utilizando um dispositivo <strong>de</strong> “quick-stop”, que permite que o corte seja<br />

parado abruptamente <strong>de</strong> maneira a manter as condições existentes na interface cavacoferramenta<br />

no instante da parada, e por meio <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> microscopia foi analisada a<br />

raiz do cavaco para <strong>de</strong>monstrar que as superfícies <strong>de</strong> saída da ferramenta e inferior do<br />

cavaco estão intimamente unidas.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 14<br />

Figura 2.6 – Área <strong>de</strong> contato cavaco-ferramenta (Diniz et al,2000).<br />

O conceito do coeficiente <strong>de</strong> atrito (μ) é <strong>de</strong>rivado da Lei <strong>de</strong> Coulomb e Amontons, on<strong>de</strong><br />

a força (F) requerida para iniciar ou continuar o <strong>de</strong>slizamento é proporcional à força<br />

normal (N) à interface <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento, mostrada na Eq. 2.3. Este coeficiente <strong>de</strong> atrito é<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte somente <strong>de</strong>stas forças e, portanto, é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da área <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento<br />

entre as duas superfícies. Isto somente é válido quando a área <strong>de</strong> contato real (AR) entre<br />

as superfícies é muito menor que a área <strong>de</strong> contato aparente (A), ou seja, quando o<br />

contato ocorre somente nas irregularida<strong>de</strong>s da superfície.<br />

F = μN<br />

(2.3)<br />

Quando a força normal aumenta consi<strong>de</strong>ravelmente, a área <strong>de</strong> contato real se aproxima<br />

da área <strong>de</strong> contato aparente. Neste caso extr<strong>em</strong>o, on<strong>de</strong> as duas superfícies estão<br />

completamente <strong>em</strong> contato, a força <strong>de</strong> atrito se iguala àquela necessária para cisalhar o<br />

material através <strong>de</strong> toda a interface.<br />

Shaw et al.(1960), citado por Shaw (1984), apresentaram os três regimes <strong>de</strong> atrito<br />

sólido, que estão representados na Fig. 2.7. O regime I ocorre quando a área <strong>de</strong> contato<br />

real é muito menor que a área <strong>de</strong> contato aparente (AR


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 15<br />

menor resistência ao cisalhamento. O regime II é a região <strong>de</strong> transição entre os dois<br />

regimes anteriores, on<strong>de</strong> o coeficiente <strong>de</strong> atrito reduz com o aumento da carga.<br />

Figura 2.7 – Representação dos três regimes <strong>de</strong> atrito sólido (Shaw et al., 1960).<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> tensões <strong>de</strong> Zorev (1963), referenciado por Trent e Wright<br />

(2000) e Shaw (1984), também evi<strong>de</strong>ncia a existência das zonas <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e <strong>de</strong><br />

escorregamento na interface cavaco-ferramenta, na ausência <strong>de</strong> aresta postiça <strong>de</strong> corte<br />

(APC) que será estudada posteriormente. De acordo com este mo<strong>de</strong>lo, representado na<br />

Fig. 2.8, a tensão normal é máxima na ponta da ferramenta e <strong>de</strong>cai exponencialmente<br />

até zero, on<strong>de</strong> ocorre a perda <strong>de</strong> contato do cavaco com a ferramenta. Além disso, a<br />

tensão <strong>de</strong> cisalhamento é constante próximo da ponta da ferramenta e <strong>de</strong>cresce a partir<br />

<strong>de</strong> certo ponto até se igualar a zero.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 16<br />

Figura 2.8 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> tensões na ferramenta durante o corte (Trent e<br />

Wright, 2000).<br />

As altas tensões <strong>de</strong> compressão e tensões cisalhantes constantes presentes na ponta da<br />

ferramenta evi<strong>de</strong>nciam uma região com contato completo entre o cavaco e a superfície<br />

<strong>de</strong> saída da ferramenta (AR=A), ou seja, caracterizam o regime III do atrito sólido e,<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, indicam a existência da zona <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência nesta região. A redução<br />

da tensão cisalhante indica que AR


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 17<br />

<strong>de</strong> corte <strong>de</strong> materiais com mais <strong>de</strong> uma fase <strong>em</strong> sua estrutura. Durante a usinag<strong>em</strong>,<br />

camadas sucessivas do material <strong>de</strong> trabalho são a<strong>de</strong>ridas à ferramenta por ligações<br />

atômicas. Cada camada sofre encruamento <strong>de</strong>vido às altas tensões <strong>de</strong> compressão<br />

existentes nesta região, provocando o aumento do limite <strong>de</strong> escoamento. Com isso, as<br />

tensões <strong>de</strong> cisalhamento são insuficientes para quebrar as ligações das camadas. Estas<br />

camadas sucessivas formam a aresta postiça <strong>de</strong> corte. A APC cresce até tornar-se<br />

instável quando esta atinge a zona <strong>de</strong> cisalhamento primária on<strong>de</strong> a tensão <strong>de</strong><br />

cisalhamento é suficiente para cisalhar e arrastar parte <strong>de</strong> sua estrutura entre a superfície<br />

inferior do cavaco e a superfície <strong>de</strong> saída da ferramenta (Santos e Sales, 2003). Uma<br />

ferramenta com APC está ilustrada na Fig. 2.9.<br />

Figura 2.9 – Aresta postiça <strong>de</strong> corte.<br />

As superfícies geradas durante a usinag<strong>em</strong> na presença <strong>de</strong> APC estão representadas na<br />

Fig. 2.10. A nova superfície da peça inicia no ponto A e a superfície inferior do cavaco<br />

no ponto B. Estas superfícies são geradas pela abertura <strong>de</strong> trincas nos pontos A e B que<br />

se <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> a partir da união <strong>de</strong> micro-trincas geradas nesta região, produzindo<br />

superfícies rugosas. Millovik e Wallbank (1983), citado por Santos e Sales (2003),<br />

verificou que estas micro-trincas são geradas <strong>de</strong>vido a um estado tri-axial <strong>de</strong> tensão<br />

<strong>de</strong>senvolvido pela <strong>de</strong>formação diferenciada das fases presentes na estrutura do material.<br />

Isto justifica a necessida<strong>de</strong> da segunda fase no material para a formação da APC.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 18<br />

Figura 2.10 – Representação das superfícies geradas na presença <strong>de</strong> APC (Trent e<br />

Wright, 2000).<br />

A existência da APC está fort<strong>em</strong>ente relacionada com a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte. A variação<br />

das dimensões da APC <strong>em</strong> função da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte durante a usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> um aço<br />

com uma ferramenta <strong>de</strong> metal duro está representada na Fig. 2.11. Distingue-se uma<br />

região on<strong>de</strong> a APC cresce com o aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e outra que a APC<br />

diminui com o aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte. A transição do tipo <strong>de</strong> aresta postiça,<br />

com a<strong>de</strong>rência relativamente forte na superfície <strong>de</strong> saída da ferramenta, ao tipo <strong>de</strong><br />

existência transitória ocorre a uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte b<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada. Enquanto que<br />

nas baixas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte as arestas postiças são estáveis, nas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte<br />

maiores <strong>de</strong>saparec<strong>em</strong> e aparec<strong>em</strong> periodicamente. Acima <strong>de</strong> certa velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte<br />

crítica a aresta postiça diminui até seu <strong>de</strong>saparecimento completo (Ferraresi, 1977). Os<br />

valores da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> transição da fase estável da APC para a instável e da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte crítica são <strong>de</strong>terminadas pelos materiais da ferramenta e da peça.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 19<br />

Figura 2.11 – Variação das dimensões da aresta postiça <strong>de</strong> corte <strong>em</strong> função da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte (Ferraresi, 1977).<br />

Conforme Santos e Sales (2003) observaram, a formação APC é restrita a baixas<br />

velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte <strong>de</strong>vido à influência da velocida<strong>de</strong> com as t<strong>em</strong>peraturas <strong>de</strong> corte. O<br />

aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte causa aumento da t<strong>em</strong>peratura, que conseqüent<strong>em</strong>ente<br />

reduz a diferença <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> entre as fases que compõ<strong>em</strong> o material e, portanto,<br />

diminui a tendência <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> trincas <strong>de</strong>vido ao estado tri-axial <strong>de</strong> tensões.<br />

2.1.2 Avarias, Desgaste e Vida das Ferramentas <strong>de</strong> Corte<br />

Durante os processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, a ação <strong>de</strong> corte da ferramenta sobre o material <strong>de</strong><br />

trabalho altera gradualmente a forma da aresta <strong>de</strong> corte e, portanto, prejudica a<br />

eficiência do corte ou leva a falha da ferramenta. As alterações na geometria da<br />

ferramenta afetarão diretamente a qualida<strong>de</strong> superficial e as tolerâncias dimensionais do<br />

componente usinado. Como os principais custos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> estão relacionados com o<br />

consumo <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> corte e a qualida<strong>de</strong> das peças usinadas, a compreensão <strong>de</strong><br />

avarias nas ferramentas, tipos e mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e <strong>de</strong>formação envolvidos na<br />

<strong>de</strong>terioração das ferramentas <strong>de</strong> corte é vital para a <strong>de</strong>terminação das melhores


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 20<br />

condições <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> forma a reduzir o <strong>de</strong>sgaste e prolongar a vida útil das<br />

ferramentas <strong>de</strong> corte.<br />

2.1.2.1 Avarias nas Ferramentas <strong>de</strong> Corte<br />

As ferramentas <strong>de</strong> corte po<strong>de</strong>m sofrer avarias, como lascamento, trincamento ou<br />

quebras, que freqüent<strong>em</strong>ente inutilizam estas ferramentas. As avarias são comuns nos<br />

processos <strong>de</strong> corte interrompido (fresamento) <strong>de</strong>vido aos choques mecânicos e térmicos<br />

inerentes a estes processos.<br />

As avarias <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> choques térmicos são freqüent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>vido à geração <strong>de</strong><br />

microtrincas causadas pelos sucessivos ciclos <strong>de</strong> expansão e contração das camadas<br />

superficiais da ferramenta. Durante o t<strong>em</strong>po ativo <strong>de</strong> corte, a camada superficial da<br />

ferramenta se encontra a uma t<strong>em</strong>peratura elevada e, portanto se dilata. Porém, as<br />

camadas subseqüentes estão a t<strong>em</strong>peraturas inferiores e apresentam uma dilatação b<strong>em</strong><br />

menor. Como conseqüência, tais camadas impe<strong>de</strong>m uma maior expansão da camada<br />

superficial gerando tensões compressão no contato cavaco-ferramenta e tensões <strong>de</strong><br />

tração a certa distância do contato. Num instante seguinte, com a variação da<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> corte, isto é, com o resfriamento da camada <strong>de</strong> contato <strong>de</strong>vido ao t<strong>em</strong>po<br />

inativo <strong>de</strong> corte, a camada superficial será submetida à tração, enquanto que as camadas<br />

subseqüentes passarão a ser solicitada à compressão (Ferraresi, 1977).<br />

Um número excessivo <strong>de</strong> microtrincas po<strong>de</strong> provocar a união <strong>de</strong>stas, causando a quebra<br />

<strong>de</strong> pequenos fragmentos da aresta <strong>de</strong> corte. Além disso, estas microtrincas po<strong>de</strong>m agir<br />

como concentrador <strong>de</strong> tensão e agilizar a fratura da ferramenta.<br />

2.1.2.2 Desgaste das Ferramentas <strong>de</strong> Corte<br />

O <strong>de</strong>sgaste é a <strong>de</strong>terioração da ferramenta <strong>de</strong> uma forma lenta e progressiva que <strong>em</strong><br />

proporções elevadas po<strong>de</strong>m comprometer a qualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> corte. O <strong>de</strong>sgaste<br />

ocorre tanto na superfície <strong>de</strong> saída quanto nas superfícies <strong>de</strong> folga da ferramenta, se<br />

<strong>de</strong>senvolvendo nos cortes contínuos e interrompidos.<br />

A seguir serão apresentadas as principais formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste encontradas nas<br />

ferramentas <strong>de</strong> corte. Uma ferramenta com as principais formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e suas<br />

respectivas localizações está ilustrada na Fig. 2.12.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 21<br />

Figura 2.12 – Principais áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> corte (Santos e Sales,<br />

2003).<br />

As formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste representadas na Fig. 2.12 são:<br />

- Desgaste <strong>de</strong> cratera, representado pela região A;<br />

- Desgaste <strong>de</strong> flanco, representado pela região B;<br />

- Desgaste <strong>de</strong> entalhe, representado pelas regiões C e D.<br />

2.1.2.2.1 Desgaste <strong>de</strong> Cratera<br />

O <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> cratera se <strong>de</strong>senvolve na superfície <strong>de</strong> saída da ferramenta, causada pelo<br />

atrito entre a ferramenta e o cavaco. Trent e Wright (2000) <strong>de</strong>screveram a cratera como<br />

uma cavida<strong>de</strong> na superfície <strong>de</strong> saída da ferramenta localizada a certa distância da aresta<br />

<strong>de</strong> corte on<strong>de</strong> se encontra a região com a maior t<strong>em</strong>peratura da ferramenta. Por isso, este<br />

tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste está associado às elevadas t<strong>em</strong>peraturas geradas na interface cavaco<br />

ferramenta.<br />

Po<strong>de</strong> não ocorrer <strong>em</strong> alguns processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, principalmente quando se utiliza<br />

ferramentas <strong>de</strong> metal duro recobertas (a cobertura <strong>de</strong> alumina, Al2O3, é a mais eficiente<br />

contra a craterização), ferramentas cerâmicas e quando o material da peça é frágil (gera<br />

cavacos curtos). O crescimento do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> cratera gera a quebra da ferramenta<br />

(Diniz et al., 2000).<br />

Os parâmetros comumente utilizados para medir o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> cratera, <strong>de</strong> acordo com a<br />

norma ISO 3685 (1993), são profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cratera (KT), largura da cratera (KB) e


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 22<br />

distância do centro da cratera à aresta <strong>de</strong> corte (KM). Uma representação do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong><br />

cratera e dos parâmetros citados anteriormente está apresentada na Fig. 2.13.<br />

Figura 2.13 – Parâmetros <strong>em</strong>pregados para <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> cratera (ISO 3685,<br />

2.1.2.2.2 Desgaste <strong>de</strong> Flanco<br />

1993).<br />

O <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco ocorre nas superfícies <strong>de</strong> folga da ferramenta, atingindo as arestas<br />

principal e secundária <strong>de</strong> corte e resultando <strong>em</strong> perda do ângulo <strong>de</strong> folga da ferramenta.<br />

Isto provoca um aumento do atrito entre a ferramenta e a peça e, conseqüent<strong>em</strong>ente,<br />

eleva as forças <strong>de</strong> corte e vibrações da máquina. Como o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco afeta as<br />

superfícies da ferramenta que estão <strong>em</strong> contato com o componente usinado, este tipo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste provoca a <strong>de</strong>terioração do acabamento superficial e tolerância dimensional do<br />

componente. O <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco está presente <strong>em</strong> todo processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, que<br />

juntamente com suas conseqüências à peça justifica o fato <strong>de</strong> <strong>em</strong> geral este ser o<br />

principal fator limitante da vida das ferramentas <strong>de</strong> corte.<br />

O mo<strong>de</strong>lo da evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> foi<br />

apresentado por Santos e Sales (2003). A curva mostrada na Fig. 2.14 <strong>de</strong>staca a<br />

evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>em</strong> regiões <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> região primária ou inicial, região<br />

secundária ou progressiva e região terciária ou catastrófica.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 23<br />

Figura 2.14 – Curva representativa da evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco (Sales e Santos,<br />

2003).<br />

A região inicial, no começo do processo <strong>de</strong> corte, é caracterizada pela fase <strong>de</strong> acerto das<br />

arestas cortantes ainda novas sobre a peça. Nesta etapa, t<strong>em</strong>-se um crescimento b<strong>em</strong><br />

acelerado do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco. Com o <strong>de</strong>correr da usinag<strong>em</strong>, já na região secundária,<br />

verifica-se uma evolução menos acentuada do <strong>de</strong>sgaste, justificada pela uniformida<strong>de</strong><br />

que o contato das arestas da ferramenta passam a ter com o material da peça. Mas com o<br />

crescimento do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> trabalho, à medida que a ferramenta vai se <strong>de</strong>sgastando, a<br />

evolução do <strong>de</strong>sgaste passa outra vez a crescer rapidamente. Essa nova etapa,<br />

<strong>de</strong>nominada região terciária ou catastrófica, e que normalmente se inicia quando a<br />

ferramenta atinge valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,8 mm,<br />

caracteriza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à substituição das ferramentas por outras novas<br />

(Santos e Sales, 2003).<br />

Segundo a norma ISO 3685 (1993), os parâmetros mais <strong>em</strong>pregados para quantificação<br />

do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco são o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco médio (VBB) e o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco<br />

máximo (VBBmáx), que estão representados na Fig. 2.15.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 24<br />

Figura 2.15 – Parâmetros <strong>em</strong>pregados para <strong>de</strong>terminar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco (ISO 3685,<br />

2.1.2.2.3 Desgaste <strong>de</strong> Entalhe<br />

1993).<br />

O <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> entalhe é um <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco mais pronunciado que ocorre nas<br />

superfícies <strong>de</strong> folga da ferramenta on<strong>de</strong> as arestas <strong>de</strong> corte interceptam as extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s<br />

livres do cavaco. Um gran<strong>de</strong> entalhe na aresta principal <strong>de</strong> corte po<strong>de</strong> levar ao<br />

enfraquecimento da aresta <strong>de</strong> corte, enquanto que um entalhe na aresta secundária <strong>de</strong><br />

corte influencia principalmente o acabamento superficial produzido. Este tipo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste e os parâmetros utilizados para quantificá-lo, o VBC e o VBN, <strong>de</strong> acordo com a<br />

norma ISO 3685 (1993) estão ilustrados na Fig. 2.15.<br />

Não existe um consenso na literatura que explique exatamente o mecanismo que<br />

provoca o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> entalhe. Ele geralmente ocorre na usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> materiais<br />

resistentes a altas t<strong>em</strong>peraturas e com alto grau <strong>de</strong> encruamento como ligas <strong>de</strong> níquel,<br />

titânio, cobalto e aço inoxidável. Segundo Trent e Wright (2000), o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> entalhe<br />

ocorre on<strong>de</strong> as condições <strong>de</strong> escorregamento prevalec<strong>em</strong> e envolve a abrasão, a<br />

transferência <strong>de</strong> material e as interações químicas com a atmosfera.<br />

2.1.2.3 Mecanismos <strong>de</strong> Desgaste<br />

As formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong>scritas anteriormente po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>senvolver por diversos<br />

mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste. Os principais mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste que causam a


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 25<br />

<strong>de</strong>terioração das ferramentas <strong>de</strong> corte nos processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> estão sumarizados na<br />

Fig. 2.16.<br />

Figura 2.16 – Mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste presentes nas ferramentas <strong>de</strong> corte (Trent e<br />

Wright, 2000).<br />

Em geral, todos estes mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste são observados, entretanto um<br />

prevalecerá sobre os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo principalmente do material da peça e da<br />

ferramenta, da operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, das condições <strong>de</strong> corte, da geometria da<br />

ferramenta e do <strong>em</strong>prego do fluido <strong>de</strong> corte. Os três primeiros processos são<br />

pronunciados a altas taxas <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> material on<strong>de</strong> a t<strong>em</strong>peratura é alta e sua ação é<br />

acelerada com o aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte. Em baixas velocida<strong>de</strong>s, a vida da<br />

ferramenta é mais influenciada pelos dois últimos processos – “attrition” ou abrasão –<br />

ou por fratura. Em condições <strong>de</strong>sfavoráveis, a ação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>stes processos po<strong>de</strong> causar<br />

à rápida <strong>de</strong>struição da aresta <strong>de</strong> corte, evi<strong>de</strong>nciando a importância da compreensão dos<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e <strong>de</strong>formação envolvidos na usinag<strong>em</strong> (Trent e Wright, 2000).


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 26<br />

2.1.2.4 Vida das Ferramentas <strong>de</strong> Corte<br />

Além <strong>de</strong> conhecer as formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e compreen<strong>de</strong>r os principais mecanismos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste que se <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> nas ferramentas <strong>de</strong> corte, é necessário <strong>de</strong>terminar os<br />

valores máximos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste admitidos s<strong>em</strong> alterações significativas na qualida<strong>de</strong> do<br />

processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Ferraresi (1977) <strong>de</strong>finiu a vida da ferramenta como o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que a mesma trabalha<br />

efetivamente s<strong>em</strong> per<strong>de</strong>r o corte ou até que se atinja um critério <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida<br />

previamente estabelecido.<br />

O critério <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida das ferramentas é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> diversos fatores, tais como:<br />

- Receio <strong>de</strong> quebra da cunha cortante;<br />

- Elevadas t<strong>em</strong>peraturas atingidas na interface cavaco-ferramenta;<br />

- As tolerâncias dimensionais estabelecidas no projeto já estão comprometidas;<br />

- O acabamento da superfície usinada já não é mais satisfatório;<br />

- Aumento da força <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>;<br />

- Aumento do nível <strong>de</strong> ruído;<br />

- Aumento do nível <strong>de</strong> vibrações.<br />

A norma ISO 3685 recomenda os seguintes critérios <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida para as ferramentas<br />

<strong>de</strong> aço rápido, <strong>de</strong> metal duro e <strong>de</strong> cerâmica:<br />

a) Desgaste <strong>de</strong> flanco médio, VBB = 0,3 mm;<br />

b) Desgaste <strong>de</strong> flanco máximo; VBBmáx = 0,6 mm;<br />

c) Profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cratera; KT = 0,06 + 0,3*f, on<strong>de</strong> f é o avanço <strong>em</strong><br />

mm/rev;<br />

d) Falha catastrófica.<br />

2.1.3 Integrida<strong>de</strong> Superficial<br />

A integrida<strong>de</strong> superficial é a <strong>de</strong>signação que <strong>de</strong>screve as características topológicas<br />

(geométricas) e as proprieda<strong>de</strong>s físicas, químicas, mecânicas e metalúrgicas das<br />

superfícies. A integrida<strong>de</strong> superficial é uma consi<strong>de</strong>ração importante nas operações <strong>de</strong><br />

produção porque a condição da superfície influencia as proprieda<strong>de</strong>s do componente <strong>em</strong>


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 27<br />

trabalho como, por ex<strong>em</strong>plo, a resistência à fatiga e à corrosão (Kalpakjian e Schmid,<br />

2001).<br />

Field e Kahles (1971), citado por Campos (2004), classificaram a integrida<strong>de</strong> superficial<br />

<strong>em</strong> dois gran<strong>de</strong>s grupos conforme apresentado na Tab. 2.1.<br />

Tabela 2.1 - Classificação da integrida<strong>de</strong> superficial (Field e Kahles, 1971).<br />

Textura Superficial Alterações Sub-Superficiais<br />

- Rugosida<strong>de</strong><br />

- Ondulações<br />

- Marcas<br />

- Falhas<br />

2.1.3.1 Textura Superficial<br />

Fatores Mecânicos:<br />

- Deformação plástica<br />

- Rebarbas <strong>de</strong>formadas plasticamente<br />

- Microdureza<br />

- Micro e Macrotrincas<br />

- Tensões residuais<br />

- Recristalização<br />

Fatores Metalúrgicos:<br />

- Transformações Metalúrgicas<br />

O perfil <strong>de</strong> uma superfície apresenta características complexas que são uma combinação<br />

<strong>de</strong> erros <strong>de</strong> forma, rugosida<strong>de</strong> e ondulações, conforme ilustrado na Fig. 2.17. Os erros<br />

<strong>de</strong> forma são variações macro geométricas na superfície <strong>em</strong> relação à superfície <strong>de</strong>finida<br />

<strong>em</strong> projeto. Enquanto que o a textura superficial engloba <strong>de</strong>svios inferiores ao erro <strong>de</strong><br />

forma, ou seja, inclui a rugosida<strong>de</strong>, as ondulações, as marcas e as falhas ou <strong>de</strong>feitos.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 28<br />

Figura 2.17 – Características superficiais (Kalpakjian e Schmid, 2001).<br />

Por isso, a textura ou acabamento superficial po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido <strong>em</strong> termos <strong>de</strong>:<br />

- Rugosida<strong>de</strong> consiste <strong>de</strong> finas irregularida<strong>de</strong>s resultantes da ação inerente do<br />

processo <strong>de</strong> produção, s<strong>em</strong>elhante às marcas <strong>de</strong> avanço produzidas na usinag<strong>em</strong>;<br />

- Ondulações são irregularida<strong>de</strong>s superficiais cujos espaçamentos são maiores que<br />

o comprimento <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> (“cut-off”). Po<strong>de</strong>m ser resultantes <strong>de</strong> vários<br />

fatores como vibração e <strong>de</strong>flexões da ferramenta/peça. A altura das ondulações é<br />

influenciada pela profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte;<br />

- Marcas indicam a direção predominante das irregularida<strong>de</strong>s. Depen<strong>de</strong>m da<br />

orientação da peça e da ferramenta <strong>de</strong> corte na máquina, assim como do<br />

movimento relativo entre ambas;<br />

- Falhas são interrupções não intencionais, inesperados e in<strong>de</strong>sejados na<br />

topografia <strong>de</strong> superfície <strong>de</strong> um componente. Po<strong>de</strong>m ser causadas por <strong>de</strong>feitos<br />

tais como: bolhas, inclusões, trincas, ou mesmo surgir durante o processo <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>.<br />

2.1.3.1.1 Parâmetros <strong>de</strong> Rugosida<strong>de</strong><br />

A avaliação da rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma superfície não é a medição do perfil, mas sim a<br />

atribuição <strong>de</strong> um valor numérico, um parâmetro, que irá fornecer uma informação<br />

expressiva e aceitável a respeito da superfície. Há uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> parâmetros


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 29<br />

que <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> a rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma superfície, sendo que cada um <strong>de</strong>screve melhor uma<br />

<strong>de</strong>terminada característica da superfície.<br />

Rugosida<strong>de</strong> Média Aritmética (Ra)<br />

A rugosida<strong>de</strong> média aritmética é o parâmetro mais utilizado na prática <strong>de</strong>vido à sua<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cálculo. O valor da rugosida<strong>de</strong> média aritmética é <strong>de</strong>terminado como<br />

distância média do perfil da superfície <strong>em</strong> relação à linha <strong>de</strong> centro, ao longo do<br />

comprimento avaliado, conforme mostrado pela Fig. 2.18 e <strong>de</strong>monstrado pela Eq. 2.4.<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Figura 2.18 – Representação <strong>de</strong> um perfil evi<strong>de</strong>nciando o Ra (Souto, 2003).<br />

lm= comprimento avaliado<br />

R<br />

1<br />

l<br />

lm<br />

a = ∫<br />

m 0<br />

y(<br />

x)dx<br />

y(x) = distância <strong>de</strong> cada ponto até a linha <strong>de</strong> centro<br />

(2.4)<br />

O parâmetro Ra é usado para monitorar um processo <strong>de</strong> produção on<strong>de</strong> mudanças<br />

graduais no acabamento superficial po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong><br />

corte. Por medir uma média <strong>de</strong> picos e vales, o parâmetro Ra não é muito sensível a<br />

algum <strong>de</strong>feito individual maior.<br />

Trent e Wright (2000) apresentaram a expressão teórica <strong>de</strong> Ra relacionando a<br />

rugosida<strong>de</strong> média aritmética com o quadrado do avanço e o inverso do raio da ponta da


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 30<br />

ferramenta, conforme apresentado pela Eq. 2.5 e representado pela Fig. 2.19.<br />

Normalmente, a rugosida<strong>de</strong> real obtida é superior a <strong>de</strong>terminada teoricamente <strong>em</strong><br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores como vibração, <strong>de</strong>formação do cavaco, fluxo lateral do cavaco e erros<br />

<strong>de</strong> fixação da peça e da ferramenta.<br />

On<strong>de</strong>:<br />

f = avanço (mm/rev)<br />

R<br />

re = raio <strong>de</strong> ponta da ferramenta (mm)<br />

Rugosida<strong>de</strong> Média Quadrática (Rq)<br />

a<br />

2<br />

f<br />

=<br />

18 3.<br />

r<br />

Figura 2.19 – Representação da marcas <strong>de</strong> avanço.<br />

O valor da rugosida<strong>de</strong> média quadrática é <strong>de</strong>finido como <strong>de</strong>monstrado pela Eq. 2.6.<br />

R<br />

q<br />

=<br />

1<br />

l<br />

m<br />

lm<br />

∫<br />

0<br />

y<br />

e<br />

( x)<br />

2<br />

dx<br />

(2.5)<br />

(2.6)<br />

A rugosida<strong>de</strong> média quadrática representa melhor a dispersão das distâncias <strong>de</strong> cada<br />

ponto até a linha <strong>de</strong> centro.<br />

Parâmetros Rt e Rmáx<br />

Estes são parâmetros que especificam a altura entre picos e vales. O parâmetro Rt<br />

expressa a distância entre o pico mais alto e o vale mais profundo <strong>em</strong> todo o<br />

comprimento avaliado. Por <strong>de</strong>terminar a máxima altura e não a média, o Rt é muito mais<br />

sensível que o Ra. O parâmetro Rmáx é s<strong>em</strong>elhante ao Rt, porém representa a maior<br />

distância entre picos e vales <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um comprimento <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong>. O Rmáx é muito


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 31<br />

útil quando um simples <strong>de</strong>feito não po<strong>de</strong> ser aceito. Estes parâmetros estão<br />

representados na Fig. 2.20.<br />

Figura 2.20 – Representação <strong>de</strong> um perfil evi<strong>de</strong>nciando Rmáx e Rt (Santos e Sales, 2003).<br />

A rugosida<strong>de</strong> sofre influência <strong>de</strong> vários parâmetros <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> como a geometria da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte, geometria da peça, rigi<strong>de</strong>z da máquina ferramenta, material da<br />

peça, condições <strong>de</strong> corte, lubrificação, refrigeração e material da ferramenta. Em geral,<br />

a rugosida<strong>de</strong> é menor ou o acabamento é melhor quando (Machado e Silva, 1999):<br />

- As <strong>de</strong>flexões geradas por esforços <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> ou vibrações são pequenas;<br />

- O raio <strong>de</strong> ponta for gran<strong>de</strong>;<br />

- A ferramenta e a peça estão corretamente posicionadas e centradas;<br />

- O material da peça é inerent<strong>em</strong>ente puro, livre <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos;<br />

- O eixo principal da máquina ferramenta está corretamente alinhado e as guias<br />

s<strong>em</strong> <strong>de</strong>sgastes;<br />

- O corte ocorre s<strong>em</strong> aresta postiça <strong>de</strong> corte.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 32<br />

2.2 Análise Estrutural Dinâmica<br />

A análise dinâmica <strong>de</strong> estruturas com geometrias complexas é um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

Engenharia que apresenta um alto grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para obtenção <strong>de</strong> resultados.<br />

Muitas vezes são necessárias simplificações do mo<strong>de</strong>lo mat<strong>em</strong>ático do sist<strong>em</strong>a para<br />

viabilizar a resolução do probl<strong>em</strong>a, o que po<strong>de</strong> incorrer a gran<strong>de</strong>s erros. Neste contexto,<br />

a aplicação <strong>de</strong> métodos que discretizam o sist<strong>em</strong>a contínuo com infinitos graus <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a discreto com número <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> limitado se tornou<br />

muito comum e viável <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico dos meios<br />

computacionais. Estes métodos numéricos têm o objetivo <strong>de</strong> obter uma solução<br />

aproximada do probl<strong>em</strong>a com boa precisão e menores esforços na resolução do<br />

probl<strong>em</strong>a.<br />

A análise estrutural dinâmica é um dos diversos tipos <strong>de</strong> análise que po<strong>de</strong> aplicar o<br />

método dos el<strong>em</strong>entos finitos <strong>em</strong> sua solução. Probl<strong>em</strong>as mecânicos, <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

calor ou escoamento <strong>de</strong> fluidos, lineares ou não lineares, soluções permanentes ou<br />

transientes são outros ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>ste método.<br />

O objetivo da análise dinâmica é <strong>de</strong>terminar os <strong>de</strong>slocamentos, velocida<strong>de</strong>s,<br />

acelerações, tensões e/ou <strong>de</strong>formações <strong>de</strong> estruturas submetidas a carregamentos que<br />

variam com o t<strong>em</strong>po. A seguir uma visão geral da análise estrutural dinâmica será<br />

apresentada <strong>de</strong> acordo com Inman (1996) e o Guia do usuário do NASTRAN – Análise<br />

Dinâmica Básica (Sitton, 1997).<br />

2.2.1 Fundamentos da Análise Dinâmica<br />

A representação mais simples <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a dinâmico é um sist<strong>em</strong>a com um grau <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong>, conforme apresentado na Fig. 2.21. Em um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>,<br />

o <strong>de</strong>slocamento da estrutura, que é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do t<strong>em</strong>po, é <strong>de</strong>finido pela componente<br />

u () t . A velocida<strong>de</strong> u& () t e a aceleração u& & ( t)<br />

são <strong>de</strong>rivadas do <strong>de</strong>slocamento.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 33<br />

Figura 2.21 – Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.<br />

Os componentes básicos <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a dinâmico são massa, amortecedor (dissipação<br />

<strong>de</strong> energia), mola (resistência) e carga aplicada. Enquanto uma estrutura se movimenta<br />

<strong>em</strong> resposta a uma carga aplicada, forças são induzidas <strong>em</strong> função <strong>de</strong>sta carga e do<br />

movimento dos componentes individuais.<br />

A equação diferencial do movimento que <strong>de</strong>fine a condição <strong>de</strong> equilíbrio do sist<strong>em</strong>a a<br />

cada ponto no t<strong>em</strong>po está representada pela Eq. 2.7.<br />

( t)<br />

+ bu&<br />

( t)<br />

+ ku(<br />

t)<br />

p(<br />

t)<br />

m u&<br />

&<br />

=<br />

(2.7)<br />

As forças que ag<strong>em</strong> na estrutura a cada instante <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po são separadas <strong>em</strong> forças<br />

internas e forças externas. As forças internas são inerentes à estrutura enquanto que as<br />

força externas são provocadas por fatores externos e, portanto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da estrutura<br />

<strong>em</strong> que está sendo aplicada. A seguir cada força representada na Eq. 2.7 será <strong>de</strong>scrita.<br />

Força <strong>de</strong> Inércia. Uma massa acelerada induz uma força proporcional à massa e<br />

& .<br />

aceleração. Esta força é chamada <strong>de</strong> força <strong>de</strong> inércia mu&( t)<br />

Força <strong>de</strong> Amortecimento. O mecanismo <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong> energia induz uma força que é<br />

função do coeficiente <strong>de</strong> amortecimento e da velocida<strong>de</strong>. Esta força é conhecida como<br />

força <strong>de</strong> amortecimento viscoso u(<br />

t)<br />

b & e transforma a energia cinética do sist<strong>em</strong>a <strong>em</strong><br />

outra forma <strong>de</strong> energia, tipicamente calor, que ten<strong>de</strong> reduzir a vibração.<br />

Força elástica. A última força induzida <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a dinâmico é a resistência elástica<br />

do sist<strong>em</strong>a e esta é função do <strong>de</strong>slocamento e da rigi<strong>de</strong>z do sist<strong>em</strong>a. Esta força é<br />

chamada <strong>de</strong> força elástica ou ocasionalmente <strong>de</strong> força da mola ku () t .


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 34<br />

Carga aplicada. Cada força aplicada p ( t)<br />

é <strong>de</strong>finida <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po e é<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da estrutura on<strong>de</strong> esta é aplicada, sendo que o efeito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

carga po<strong>de</strong> ser muito diferente quando imposta a estruturas diferenciadas.<br />

A análise dinâmica po<strong>de</strong> ser dividida <strong>em</strong> duas classificações básicas: vibrações livres e<br />

vibrações forçadas.<br />

2.2.1.1 Análise <strong>de</strong> Vibração Livre<br />

A vibração livre é usada para <strong>de</strong>terminar as características básicas do sist<strong>em</strong>a, sendo que<br />

para isto a carga aplicada ao sist<strong>em</strong>a é <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada. Se o amortecimento é também<br />

negligenciado, a solução é conhecida como análise <strong>de</strong> vibração livre não-amortecida.<br />

Graficamente a resposta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> submetido à vibração<br />

livre não amortecida é uma onda senoidal cuja amplitu<strong>de</strong> é <strong>de</strong>terminada pelo<br />

<strong>de</strong>slocamento e velocida<strong>de</strong> iniciais, conforme representado pela Fig. 2.22.<br />

Figura 2.22 – Resposta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a submetido à vibração livre não amortecida.<br />

Esta resposta sugere que o sist<strong>em</strong>a oscilará in<strong>de</strong>finidamente. Entretanto, observações<br />

práticas indicam que a maioria dos sist<strong>em</strong>as que oscilam livr<strong>em</strong>ente reduz seu<br />

movimento oscilatório até parar. Portanto, os efeitos do amortecimento <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

incluídos na análise.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 35<br />

Se o amortecimento é consi<strong>de</strong>rado, o probl<strong>em</strong>a representado é referido como vibração<br />

livre amortecida <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. A equação do movimento<br />

quando o amortecimento viscoso é assumido está apresentada pela Eq. 2.8.<br />

( t)<br />

+ bu(<br />

t)<br />

+ ku(<br />

t)<br />

= 0<br />

mu& & &<br />

(2.8)<br />

A solução da equação diferencial para este caso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> amortecimento do<br />

sist<strong>em</strong>a. Exist<strong>em</strong> três casos possíveis <strong>de</strong> amortecimento:<br />

Amortecimento Crítico: Ocorre quando o coeficiente <strong>de</strong> amortecimento do sist<strong>em</strong>a é<br />

igual ao amortecimento crítico, b cr , que é <strong>de</strong>finido como <strong>de</strong>scrito pela Eq. 2.9.<br />

b = 2 km = 2mω<br />

(2.9)<br />

cr<br />

Para um sist<strong>em</strong>a criticamente amortecido a solução da equação do movimento, dada<br />

pela Eq. 2.8, está mostrada na Eq. 2.10. Graficamente, a resposta do sist<strong>em</strong>a é uma<br />

curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>caimento exponencial com nenhuma oscilação.<br />

u<br />

−bt<br />

2m<br />

() t ( A + Bt)<br />

e<br />

n<br />

= (2.10)<br />

Super-amortecimento: Um sist<strong>em</strong>a é superamortecido quando b > bcr<br />

e, neste caso,<br />

nenhum movimento oscilatório ocorre até que a estrutura retorne à sua posição <strong>de</strong><br />

equilíbrio.<br />

Sub-amortecimento: O caso <strong>de</strong> amortecimento mais comum é o sub-amortecido on<strong>de</strong><br />

b < bcr<br />

. Neste caso, a solução é da forma apresentada pela Eq. 2.11.<br />

bt<br />

2 m () t = e ( Asenω<br />

t + B cosω<br />

t)<br />

−<br />

u d<br />

d<br />

(2.11)<br />

Nas Eqs. 2.10 e 2.11, A e B são as constantes <strong>de</strong> integração baseadas nas condições<br />

iniciais do sist<strong>em</strong>a. O termo ω d representa a freqüência natural angular amortecida do<br />

sist<strong>em</strong>a. Este termo é relacionado com a freqüência natural angular não amortecida pela<br />

expressão apresentada pela Eq. 2.12.<br />

ω −<br />

2<br />

d = ω n 1 ζ<br />

(2.12)<br />

O termo ζ é chamado da razão <strong>de</strong> amortecimento e é <strong>de</strong>finido conforme Eq. 2.13.<br />

b<br />

ζ =<br />

(2.13)<br />

b<br />

cr


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 36<br />

No caso do sub-amortecimento, a amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> vibração reduz a cada período seguindo<br />

um <strong>de</strong>caimento exponencial que é função do coeficiente <strong>de</strong> amortecimento. Este<br />

comportamento está mostrado na Fig. 2.23. A vibração é mais rapidamente dissipada<br />

<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as com maiores coeficientes <strong>de</strong> amortecimento.<br />

Figura 2.23 - Resposta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a submetido à vibração livre amortecida.<br />

A discussão sobre os tipos <strong>de</strong> amortecimento po<strong>de</strong> indicar que todas as estruturas com<br />

amortecimento requer<strong>em</strong> a análise <strong>de</strong> vibração livre amortecida. Na verda<strong>de</strong>, a maioria<br />

das estruturas t<strong>em</strong> valor <strong>de</strong> amortecimento na faixa <strong>de</strong> 0 a 10% do amortecimento<br />

crítico, sendo que a faixa típica é <strong>de</strong> 1 a 5%. Se for assumido o valor <strong>de</strong> 10% do<br />

amortecimento crítico, as freqüências naturais não amortecida e amortecida são<br />

praticamente idênticas, conforme Eq. 2.12. Este é um fato significativo porque evita o<br />

cálculo das freqüências naturais amortecidas, que po<strong>de</strong> envolver um consi<strong>de</strong>rável<br />

esforço computacional para a maioria dos probl<strong>em</strong>as práticos. Portanto, na etapa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminação das freqüências naturais <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong> uma estrutura, as freqüências<br />

naturais não amortecidas são comumente utilizadas para <strong>de</strong>terminar as características<br />

dinâmicas dos sist<strong>em</strong>as. Entretanto, isto não significa que o amortecimento é<br />

negligenciado na análise da resposta dinâmica da estrutura quando esta é solicitada com<br />

um <strong>de</strong>terminado carregamento (Sitton, 1997).


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 37<br />

2.2.1.2 Análise <strong>de</strong> Vibração Forçada<br />

A análise <strong>de</strong> vibração forçada consi<strong>de</strong>ra os efeitos que uma carga aplicada à estrutura<br />

provocam na resposta do sist<strong>em</strong>a. Esta análise po<strong>de</strong> ser amortecida ou não amortecida.<br />

Entretanto, como a maioria das estruturas apresenta amortecimento, os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

vibração forçada amortecida são mais comuns.<br />

O tipo <strong>de</strong> carregamento dinâmico <strong>de</strong>termina a solução mat<strong>em</strong>ática utilizada. A excitação<br />

harmônica (senoidal) é a mais simples do ponto <strong>de</strong> vista numérico e é uma fonte <strong>de</strong><br />

força muito comum <strong>em</strong> máquinas e estruturas. Máquinas rotativas, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

transmit<strong>em</strong> uma força variando <strong>de</strong> forma senoidal aos seus componentes adjacentes. Na<br />

forma não amortecida, a equação diferencial do movimento fica conforme mostrada Eq.<br />

2.14.<br />

( t)<br />

+ ku(<br />

t)<br />

= p sen t<br />

mu& &<br />

ω<br />

(2.14)<br />

Nesta equação a freqüência angular da carga aplicada está <strong>de</strong>notada por ω . Apesar da<br />

notação similar, esta freqüência <strong>de</strong> excitação é inteiramente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da freqüência<br />

natural da estrutura ω n .<br />

A solução da equação do movimento é dada pela Eq. 2.15.<br />

On<strong>de</strong>:<br />

( t = 0)<br />

u&<br />

A =<br />

ω n<br />

B = u<br />

( t = 0)<br />

−<br />

u<br />

() t<br />

ωp<br />

2 2 ( 1−<br />

ω ω )<br />

p k<br />

= Asenωnt<br />

+ B cosω<br />

nt<br />

+<br />

senωt<br />

(2.15)<br />

144<br />

4 24443<br />

2 2<br />

1−<br />

ω ωn<br />

Solução Transiente 1442443<br />

Solução Permanente<br />

k<br />

n<br />

ω<br />

n<br />

Do mesmo modo, A e B são as constantes <strong>de</strong> integração baseadas nas condições iniciais.<br />

O termo da solução permanente é função do carregamento e da razão entre a freqüência<br />

do carregamento aplicado e a freqüência natural da estrutura. Tanto o numerador quanto<br />

o <strong>de</strong>nominador <strong>de</strong>ste termo <strong>de</strong>monstram a importância da relação das características<br />

estruturais para a resposta do sist<strong>em</strong>a. O numerador p k é o <strong>de</strong>slocamento estático do<br />

sist<strong>em</strong>a, ou seja, se a amplitu<strong>de</strong> do carregamento senoidal é aplicada como uma carga<br />

estática, o <strong>de</strong>slocamento estático resultante u é p k . Além disso, a solução permanente


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 38<br />

é o <strong>de</strong>slocamento estático escalonado pelo valor do <strong>de</strong>nominador que é a razão entre as<br />

freqüências do carregamento e natural da estrutura.<br />

O termo, representado pela Eq. 2.16, é conhecido como fator <strong>de</strong> amplificação dinâmica<br />

s<strong>em</strong> amortecimento.<br />

1<br />

2<br />

1−<br />

ω ω<br />

2<br />

n<br />

(2.16)<br />

Quando a freqüência do carregamento aplicado se aproxima da freqüência natural da<br />

estrutura, a razão ω ω n se aproxima da unida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>nominador da Eq. 2.16 ten<strong>de</strong> a<br />

zero. Numericamente, esta condição resulta <strong>em</strong> um fator <strong>de</strong> amplificação dinâmico<br />

infinito ou in<strong>de</strong>finido. Fisicamente, quando esta condição é alcançada, a resposta<br />

dinâmica resultante é a resposta estática fort<strong>em</strong>ente amplificada. Esta condição é<br />

conhecida como ressonância e está representada graficamente na Fig. 2.24. Como a<br />

ressonância po<strong>de</strong> causar danos ou até <strong>de</strong>struir a estrutura, <strong>de</strong>ve-se assegurar que a<br />

condição <strong>de</strong> ressonância é controlada ou não ocorre (Sitton, 1997).<br />

Figura 2.24 – Reposta da vibração forçada harmônica na ressonância (Sitton, 1997).


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 39<br />

Como referido anteriormente, algum tipo <strong>de</strong> amortecimento ou dissipação <strong>de</strong> energia<br />

está s<strong>em</strong>pre presente nos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> vibração. Se neste sist<strong>em</strong>a carregado<br />

harmonicamente é consi<strong>de</strong>rado o amortecimento, a solução mat<strong>em</strong>ática é mais<br />

complicada, entretanto o comportamento ressonante é limitado. Com amortecimento, a<br />

equação do movimento fica conforme apresentada na Eq. 2.17.<br />

( t)<br />

+ bu&<br />

( t)<br />

+ ku(<br />

t)<br />

= p sen t<br />

mu& &<br />

ω<br />

(2.17)<br />

Neste caso, o efeito da solução transiente <strong>de</strong>cai rapidamente e po<strong>de</strong> ser ignorado. A<br />

solução permanente está mostrada na Eq. 2.18.<br />

u<br />

() t<br />

( ωt<br />

+ θ )<br />

sen<br />

=<br />

p<br />

(2.18)<br />

k<br />

( ) ( ) 2<br />

2 2 2<br />

1−<br />

ω ω + 2ζω<br />

ω<br />

n<br />

O numerador da solução mostrada anteriormente contém um termo que representa a<br />

<strong>de</strong>fasag<strong>em</strong> da resposta do <strong>de</strong>slocamento <strong>em</strong> relação ao carregamento aplicado. Na<br />

presença <strong>de</strong> amortecimento, os picos do carregamento e da resposta não ocorr<strong>em</strong> ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po. Portanto, o carregamento e a resposta estão separados por um intervalo<br />

<strong>de</strong> t<strong>em</strong>po medido <strong>em</strong> termos do ângulo <strong>de</strong> fase θ como apresentado pela Eq. 2.19.<br />

θ = − tan<br />

−1<br />

2ζω<br />

ω<br />

n<br />

2 2 ( 1−<br />

ω ω )<br />

n<br />

n<br />

(2.19)<br />

O fator <strong>de</strong> amplificação dinâmica para o caso amortecido é <strong>de</strong>finido conforme Eq. 2.20.<br />

1<br />

( ) ( ) 2<br />

2 2 2<br />

1−<br />

ω ω + 2ζω<br />

ω<br />

n<br />

n<br />

(2.20)<br />

A relação entre a freqüência natural, a freqüência da excitação e o ângulo <strong>de</strong> fase po<strong>de</strong><br />

ser utilizada para i<strong>de</strong>ntificar as principais características dinâmicas da estrutura. Se<br />

ω ω n é muito menor que 1, o fator <strong>de</strong> amplificação dinâmica se aproxima <strong>de</strong> 1 e a<br />

resposta para o <strong>de</strong>slocamento é a solução estática <strong>em</strong> fase com o carregamento. Se<br />

ω ω n é muito maior que 1, o fator <strong>de</strong> amplificação dinâmica ten<strong>de</strong> a zero, resultando<br />

numa resposta com <strong>de</strong>slocamentos muito pequenos. Neste caso, a estrutura não<br />

respon<strong>de</strong> ao carregamento porque este se modifica muito rápido para a estrutura<br />

respon<strong>de</strong>r. Além disso, qualquer resposta mensurável será <strong>de</strong>fasada 180º do<br />

carregamento, ou seja, a resposta para o <strong>de</strong>slocamento terá o sinal oposto ao da força.<br />

Finalmente se ω ω = 1,<br />

a ressonância ocorre. Neste caso, o fator amplificação é<br />

( 2ζ<br />

)<br />

n<br />

1 , e o ângulo <strong>de</strong> fase é 270º (Sitton, 1997). O fator <strong>de</strong> amplificação dinâmica e o


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 40<br />

ângulo <strong>de</strong> fase estão esqu<strong>em</strong>atizados na Fig. 2.25 como função da freqüência da força<br />

aplicada.<br />

Figura 2.25 – Fator <strong>de</strong> amplificação e ângulo <strong>de</strong> fase (Sitton, 1997).<br />

O amortecimento é o termo utilizado para <strong>de</strong>finir forças não-conservativas agindo no<br />

sist<strong>em</strong>a para dissipar a energia. Ao contrário da massa e da rigi<strong>de</strong>z, que são<br />

<strong>de</strong>terminadas facilmente por testes estáticos, a forma mat<strong>em</strong>ática <strong>em</strong>pregada para<br />

mo<strong>de</strong>lar o amortecimento <strong>de</strong> um dado dispositivo ou material é difícil <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar.<br />

Além do amortecimento viscoso, exist<strong>em</strong> outros mecanismos <strong>de</strong> amortecimento. Muitos<br />

materiais apresentam atrito interno entre os vários planos do material quando este é<br />

<strong>de</strong>formado. Este tipo <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> dissipação é chamado <strong>de</strong> amortecimento histerético,<br />

amortecimento sólido ou amortecimento estrutural.<br />

A constante <strong>de</strong> amortecimento equivalente quando se assume amortecimento estrutural<br />

é dado pela Eq. 2.21.<br />

gk<br />

beq = (2.21)<br />

ω


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 41<br />

On<strong>de</strong>: k = rigi<strong>de</strong>z<br />

g = constante <strong>de</strong> amortecimento histerético obtida experimentalmente<br />

A equação do movimento <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a com amortecimento histerético, Eq. 2.22, é<br />

<strong>de</strong>terminada pela substituição da expressão do amortecimento equivalente na Eq. 2.17.<br />

gk<br />

mu& & () t + u&<br />

() t + ku()<br />

t = psenωt<br />

(2.22)<br />

ω<br />

Se a excitação harmônica for representada da forma complexa, a equação do movimento<br />

do sist<strong>em</strong>a fica conforme apresentada Eq. 2.23.<br />

gk<br />

iωt<br />

mu&<br />

& () t + u&<br />

() t + ku()<br />

t = pe<br />

(2.23)<br />

ω<br />

Assumindo a solução também da forma exponencial e substituindo o termo da<br />

velocida<strong>de</strong> u& obtém-se a Eq. 2.24.<br />

iωt<br />

( t)<br />

+ k(<br />

1+<br />

ig)<br />

u(<br />

t)<br />

= pe<br />

mu&<br />

&<br />

(2.24)<br />

Desta forma, apresenta-se o conceito <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z complexa. O probl<strong>em</strong>a com<br />

amortecimento é representado como um probl<strong>em</strong>a não-amortecido com coeficiente <strong>de</strong><br />

rigi<strong>de</strong>z complexo k ( + ig)<br />

1 , que é muito utilizado <strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as práticos.<br />

Com isso, o movimento <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> foi completamente<br />

<strong>de</strong>scrito. Entretanto, muitas estruturas, máquinas e dispositivos mecânicos necessitam<br />

<strong>de</strong> mais coor<strong>de</strong>nadas para <strong>de</strong>screver seu movimento vibracional. Por ex<strong>em</strong>plo, o sist<strong>em</strong>a<br />

massa-mola-amortecedor mostrado na Fig. 2.21 po<strong>de</strong> ser o mo<strong>de</strong>lo da suspensão <strong>de</strong> um<br />

automóvel. No entanto, um mo<strong>de</strong>lo mais exato para a suspensão seria um sist<strong>em</strong>a com<br />

quatro graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> ou coor<strong>de</strong>nadas, cada um representando o movimento linear<br />

<strong>de</strong> uma roda. Além disso, como um automóvel ainda po<strong>de</strong> girar <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> seus eixos,<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ste po<strong>de</strong> ter ainda mais graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> para <strong>de</strong>screver seu movimento.<br />

Cada grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> incluído no mo<strong>de</strong>lo representa o aumento <strong>de</strong> uma equação<br />

diferencial, ou seja, o mo<strong>de</strong>lo mat<strong>em</strong>ático que <strong>de</strong>screve um sist<strong>em</strong>a com múltiplos graus<br />

<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> é um sist<strong>em</strong>a com “q” equações diferenciais, sendo que “q” é o número <strong>de</strong><br />

graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. A forma matricial <strong>de</strong>ste sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> equações está apresentada na Eq.<br />

2.25.<br />

[ M ]{ u&}<br />

+ [ B]{<br />

u&<br />

} + [ K ]{ u}<br />

= { P}<br />

& (2.25)


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 42<br />

On<strong>de</strong>: { u}<br />

() t<br />

() t<br />

()⎥ ⎥⎥⎥⎥<br />

⎡u1<br />

⎤<br />

⎢<br />

⎢<br />

u2<br />

= - representa o vetor dos <strong>de</strong>slocamentos dos graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>;<br />

⎢ M<br />

⎢<br />

⎢⎣<br />

uq<br />

t ⎦<br />

{} u& e { u&}<br />

& - representa as <strong>de</strong>rivadas do vetor <strong>de</strong>slocamento;<br />

[ M ] - representa a matriz <strong>de</strong> massa;<br />

[ B ] - representa a matriz <strong>de</strong> amortecimento;<br />

[ K ] - representa a matriz <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z;<br />

{ P } - representa o vetor <strong>de</strong> força.<br />

Quanto maior o número <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a maior será a complexida<strong>de</strong><br />

e o volume dos cálculos necessários para solução do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> equações diferenciais.<br />

Portanto, a análise dinâmica <strong>de</strong> componentes mecânicos complicados é normalmente<br />

realizada utilizando-se do método <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos.<br />

2.2.2 Processo <strong>de</strong> Análise Dinâmica<br />

Antes <strong>de</strong> se conduzir uma análise dinâmica, é importante conhecer as etapas do<br />

processo <strong>de</strong> análise dinâmica que está representado pelo fluxograma da Fig. 2.26.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 43<br />

Figura 2.26 – Visão geral do processo <strong>de</strong> análise dinâmica.<br />

Em geral, qualquer análise dinâmica inicia-se com a <strong>de</strong>scrição das características da<br />

estrutura e compreensão dos carregamentos impostos à estrutura nas condições <strong>de</strong><br />

trabalho que está sendo analisada. A etapa seguinte é a geração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong><br />

el<strong>em</strong>entos finitos consi<strong>de</strong>rando as características da estrutura, a natureza da excitação<br />

dinâmica (tipo, intensida<strong>de</strong> e freqüência) e o meio que está interagindo com o sist<strong>em</strong>a<br />

(estruturas adjacentes, condições <strong>de</strong> apoio, entre outros). Neste momento, o primeiro<br />

passo na maioria dos estudos dinâmicos é a análise modal para se <strong>de</strong>terminar as<br />

freqüências naturais e modos <strong>de</strong> vibração da estrutura.<br />

Exist<strong>em</strong> alguns casos que as informações das freqüências naturais e modos <strong>de</strong> vibração<br />

são suficientes para a análise. Por ex<strong>em</strong>plo, durante o projeto da estrutura que suportará<br />

um ventilador, os requisitos do projeto po<strong>de</strong>m requerer que a freqüência natural da<br />

estrutura seja 85% menor ou 110% maior que a velocida<strong>de</strong> rotacional do ventilador.<br />

Neste caso, informações específicas dos <strong>de</strong>slocamentos e tensões não são relevantes<br />

para avaliar o projeto.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 44<br />

A avaliação da resposta da estrutura submetida a carregamentos dinâmicos é o próximo<br />

passo no processo <strong>de</strong> avaliação dinâmica. Como dito anteriormente, a solução das<br />

equações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do comportamento da excitação dinâmica aplicada e, portanto o tipo<br />

<strong>de</strong> solução selecionada <strong>de</strong>ve se a<strong>de</strong>quar à natureza do carregamento.<br />

Ao final da análise modal e da análise para resposta forçada, os resultados obtidos são<br />

avaliados e confrontados com os requisitos <strong>de</strong> projeto ou com dados experimentais.<br />

Caso estes não sejam satisfatórios e coerentes, modificações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizadas no<br />

mo<strong>de</strong>lo para ajustá-lo à realida<strong>de</strong> ou ao projeto e o processo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>ve ser<br />

repetido.<br />

As principais etapas do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma análise dinâmica são sumarizadas a<br />

seguir:<br />

1. Definir a estrutura e o carregamento dinâmico;<br />

2. Formular o mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong> el<strong>em</strong>entos finitos apropriado;<br />

3. Selecionar e aplicar a análise a<strong>de</strong>quada para <strong>de</strong>terminar o comportamento da<br />

estrutura;<br />

4. Avaliar os resultados.<br />

Os próximos itens <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> a análise modal e a análise <strong>de</strong> resposta <strong>em</strong> freqüência.<br />

2.2.2.1 Análise Modal<br />

A primeira etapa da análise dinâmica é a <strong>de</strong>terminação das características dinâmicas<br />

básicas da estrutura. Os resultados da análise modal indicam as freqüências e modos que<br />

a estrutura naturalmente ten<strong>de</strong> a vibrar. Apesar dos resultados da análise modal não<br />

ser<strong>em</strong> obtidos baseados <strong>em</strong> um carregamento específico, eles po<strong>de</strong>m ser utilizados<br />

como uma indicação <strong>de</strong> como a estrutura respon<strong>de</strong>rá a várias excitações dinâmicas.<br />

Freqüências Naturais. As freqüências naturais <strong>de</strong> uma estrutura são as freqüências que a<br />

estrutura naturalmente ten<strong>de</strong> a vibrar se esta for submetida a um distúrbio.<br />

Modos <strong>de</strong> Vibração. A forma <strong>de</strong>formada que uma estrutura assume a uma freqüência<br />

natural específica <strong>de</strong> vibração é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> modo <strong>de</strong> vibração. Cada modo <strong>de</strong><br />

vibração é associado com uma freqüência natural específica.<br />

As freqüências naturais e modos <strong>de</strong> vibração são funções das proprieda<strong>de</strong>s estruturais e<br />

das condições <strong>de</strong> contorno. Por ex<strong>em</strong>plo, uma viga t<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas freqüências<br />

naturais e modos <strong>de</strong> vibração quando está engastada numa extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> conforme


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 45<br />

mostrado na Fig. 2.27. Se alguma proprieda<strong>de</strong> estrutural, como o módulo <strong>de</strong><br />

elasticida<strong>de</strong>, é alterada as freqüências naturais mudam, mas os modos <strong>de</strong> vibração<br />

po<strong>de</strong>m não mudar. Se as condições <strong>de</strong> contorno são modificadas, como a substituição<br />

do engaste por apoios <strong>em</strong> ambas as extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s, então as freqüências naturais e os<br />

modos <strong>de</strong> vibração se alteram. A alteração dos modos <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong>scrita po<strong>de</strong> ser<br />

verificada na Fig. 2.28.<br />

Figura 2.27 – Primeiros modos <strong>de</strong> vibração para uma viga engastada.<br />

Figura 2.28 – Primeiros modos <strong>de</strong> vibração para uma viga bi-apoiada.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 46<br />

Exist<strong>em</strong> algumas características das freqüências naturais e dos modos <strong>de</strong> vibração que<br />

os faz<strong>em</strong> úteis nas análises dinâmicas. Primeiro, quando uma estrutura linear elástica<br />

está vibrando <strong>em</strong> vibrações livres ou forçadas, sua forma <strong>de</strong>formada <strong>em</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado momento é uma combinação linear <strong>de</strong> todos os seus modos <strong>de</strong> vibração.<br />

Segundo, se as matrizes [ K ] e [ M ] são reais e simétricas, a proprieda<strong>de</strong> mat<strong>em</strong>ática da<br />

ortogonalida<strong>de</strong> dos modos <strong>de</strong> vibração é válida. Isto assegura que cada modo seja<br />

distinto dos outros. Fisicamente, a ortogonalida<strong>de</strong> significa que cada modo <strong>de</strong> vibração<br />

é único e um modo não po<strong>de</strong> ser obtido pela combinação linear dos outros.<br />

Outra característica importante dos modos <strong>de</strong> vibração é que a magnitu<strong>de</strong> dos<br />

autovetores é arbitrária. Os modos <strong>de</strong> vibração representam as formas <strong>de</strong>formadas <strong>de</strong><br />

uma estrutura e, portanto, apresentam valores relativos. É importante salientar que estes<br />

valores relativos são baseados nos <strong>de</strong>slocamentos relativos <strong>de</strong> cada modo <strong>de</strong> vibração e,<br />

portanto, po<strong>de</strong>m ser utilizados como parâmetros <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado modo, mas não necessariamente <strong>de</strong> um para outro.<br />

Estes valores modais po<strong>de</strong>m ser utilizados para i<strong>de</strong>ntificar probl<strong>em</strong>as pontuais pela<br />

indicação <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos submetidos a maiores tensões. El<strong>em</strong>entos que apresentam altas<br />

tensões <strong>em</strong> comparação com outros na análise modal provavelmente também estarão<br />

com elevadas tensões quando cargas dinâmicas for<strong>em</strong> aplicadas.<br />

Um conceito errôneo comumente <strong>em</strong>pregado é que os modos <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> a<br />

resposta estrutural. Eles não po<strong>de</strong>m ser utilizados sozinhos para avaliar o<br />

comportamento dinâmico. Como <strong>de</strong>scrito anteriormente, é a relação entre o<br />

carregamento estrutural e as freqüências naturais que <strong>de</strong>termina o valor absoluto da<br />

resposta dinâmica, ou seja, é a relação <strong>de</strong> uma excitação específica com as freqüências<br />

naturais que estabelece o fator <strong>de</strong> escala explícito que é usado para <strong>de</strong>terminar o nível<br />

que cada modo particular é excitado pelo carregamento.<br />

Conforme verificado <strong>em</strong> Bathe (1996), exist<strong>em</strong> inúmeros métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação das<br />

freqüências naturais e dos modos <strong>de</strong> vibração. Isto porque nenhum método é o melhor<br />

para todos os probl<strong>em</strong>as. Os métodos <strong>de</strong> solução po<strong>de</strong>m ser classificados basicamente<br />

<strong>em</strong> métodos <strong>de</strong> transformação e/ou métodos iterativos. Nos métodos <strong>de</strong> transformação a<br />

equação é primeiramente transformada <strong>em</strong> uma forma especial (diagonal ou tridiagonal)<br />

<strong>de</strong> maneira que as freqüências possam ser mais facilmente <strong>de</strong>terminadas,<br />

enquanto que nos métodos iterativos as freqüências são <strong>de</strong>terminadas uma por vez<br />

utilizando procedimentos iterativos na equação original.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 47<br />

O software comercial MSC.Patran/Nastra disponibiliza sete métodos <strong>de</strong> solução <strong>de</strong><br />

probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> autovalor, que são usados na solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as dinâmicos. Uma<br />

comparação <strong>de</strong>stes métodos está apresentada na Tab. 2.2. O método <strong>de</strong> Lanczos é<br />

recomendado porque este combina as melhores características dos métodos <strong>de</strong><br />

transformação e dos métodos iterativos.<br />

Tabela 2.2 – Comparação dos métodos <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> autovalor (Sitton,<br />

1997).<br />

Givens,<br />

Househol<strong>de</strong>r<br />

Givens,<br />

Househol<strong>de</strong>r<br />

Modificado<br />

Método<br />

Inverso<br />

Inverso<br />

Modificado<br />

por Sturm<br />

Confiabilida<strong>de</strong> Alta Alta Baixa Alta Alta<br />

Custo Relativo:<br />

Poucos Modos<br />

Muitos Modos<br />

Médio<br />

Alto<br />

Limitações Não po<strong>de</strong><br />

analisar [M]<br />

singular<br />

Melhor<br />

Aplicação<br />

Matrizes<br />

pequenas e<br />

<strong>de</strong>nsas que<br />

se ajustam à<br />

m<strong>em</strong>ória<br />

Médio<br />

Alto<br />

Caro para<br />

muitos<br />

modos<br />

Matrizes<br />

pequenas e<br />

<strong>de</strong>nsas que<br />

se ajustam à<br />

m<strong>em</strong>ória<br />

2.2.2.2 Análise <strong>de</strong> Resposta <strong>em</strong> Freqüência<br />

Baixo<br />

Alto<br />

Po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

modos<br />

Para<br />

<strong>de</strong>terminar<br />

poucos<br />

modos<br />

Baixo<br />

Alto<br />

Caro para<br />

muitos<br />

modos<br />

Para<br />

<strong>de</strong>terminar<br />

poucos<br />

modos<br />

Lanczos<br />

Médio<br />

Médio<br />

Dificulda<strong>de</strong><br />

com<br />

mecanismos<br />

s<strong>em</strong> massa<br />

De médio a<br />

gran<strong>de</strong>s<br />

mo<strong>de</strong>los<br />

A análise <strong>de</strong> resposta <strong>em</strong> freqüência é um método utilizado para <strong>de</strong>terminar a resposta<br />

estrutural no estado permanente <strong>de</strong> uma estrutura sujeita a excitação oscilatória. Na


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 48<br />

análise <strong>de</strong> resposta <strong>em</strong> freqüência, o carregamento é uma onda senoidal com freqüência,<br />

amplitu<strong>de</strong> e fase especificadas. Esta excitação po<strong>de</strong> ser da forma <strong>de</strong> forças aplicadas<br />

e/ou movimentos impostos ao sist<strong>em</strong>a como <strong>de</strong>slocamentos, velocida<strong>de</strong>s ou acelerações.<br />

Os resultados obtidos da análise <strong>de</strong> resposta <strong>em</strong> freqüência inclu<strong>em</strong> os <strong>de</strong>slocamentos,<br />

velocida<strong>de</strong>s e acelerações dos nós e as forças e tensões dos el<strong>em</strong>entos. A resposta<br />

oscilatória no estado permanente do sist<strong>em</strong>a ocorre à mesma freqüência do<br />

carregamento, entretanto po<strong>de</strong> estar <strong>de</strong>fasada no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>vido ao coeficiente do<br />

amortecimento do sist<strong>em</strong>a.<br />

2.2.3 Vibrações <strong>em</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong><br />

O conjunto máquina-ferramenta-peça apresenta características <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z, <strong>de</strong><br />

amortecimento e <strong>de</strong> vibrações que são essenciais para a qualida<strong>de</strong> da operação <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>. Vibrações <strong>de</strong>scontroladas no sist<strong>em</strong>a máquina-ferramenta-peça po<strong>de</strong>m causar<br />

<strong>de</strong>sgaste pr<strong>em</strong>aturo da ferramenta <strong>de</strong> corte, <strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong> superficial, perda<br />

<strong>de</strong> precisão dimensional, danos a componentes da máquina e ruídos in<strong>de</strong>sejáveis e<br />

<strong>de</strong>sagradáveis (Kalpakjian e Schimid, 2001).<br />

A vibração <strong>em</strong> operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é um fenômeno complexo que apresenta duas<br />

formas básicas: a vibração forçada e a vibração auto-excitada. A vibração forçada é<br />

geralmente causada por forças periódicas presentes na máquina, como forças<br />

provenientes <strong>de</strong> engrenagens, da instabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes da máquina, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>salinhamentos e <strong>de</strong> motores e bombas. Além <strong>de</strong>stas fontes <strong>de</strong> forças, a vibração<br />

forçada po<strong>de</strong> ser causada pelo contato periódico da ferramenta <strong>de</strong> corte com a superfície<br />

da peça. A vibração auto-excitada, também conhecida por chatter, é causada pelas<br />

interações do processo <strong>de</strong> r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> cavaco e da estrutura da máquina (Kalpakjian e<br />

Schimid, 2001). De acordo com Lee e Kim (1995), o chatter ocorre quando o<br />

<strong>de</strong>slocamento relativo ferramenta-peça é tal que o corte é repentinamente interrompido.<br />

Alguns trabalhos têm sido <strong>de</strong>senvolvidos para se compreen<strong>de</strong>r o comportamento<br />

dinâmico das máquinas, principalmente quando o chatter está presente. Lee e Kim<br />

(1995) <strong>de</strong>terminaram as freqüências naturais e modos <strong>de</strong> vibração do suporte da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte por meio <strong>de</strong> resultados experimentais <strong>de</strong> análise modal utilizando-se<br />

dois acelerômetros. Além disso, a vibração do suporte e a <strong>em</strong>issão acústica do sist<strong>em</strong>a<br />

foram avaliadas durante testes <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> com e s<strong>em</strong> chatter. As amplitu<strong>de</strong>s das<br />

acelerações medidas com chatter aumentaram significativamente próximo da freqüência<br />

do segundo modo <strong>de</strong> vibração, caracterizando a excitação <strong>de</strong>ste modo <strong>de</strong> vibração pelo


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 49<br />

chatter. Os autores verificaram também que a <strong>em</strong>issão acústica po<strong>de</strong> ser usada para<br />

<strong>de</strong>tecção do chatter, mas estudos mais <strong>de</strong>talhados dos sinais <strong>de</strong> <strong>em</strong>issão acústica <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser realizados.<br />

Como toda a estrutura da máquina está sujeita às vibrações e não só o suporte da<br />

ferramenta, Baker e Rouch (2002) utilizaram o método dos el<strong>em</strong>entos finitos para<br />

analisar a instabilida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rando a estrutura da máquina, a<br />

peça e a ferramenta. Eles analisaram dois mo<strong>de</strong>los. No primeiro, a estrutura da máquina<br />

é consi<strong>de</strong>rada como completamente rígida e somente os efeitos da flexibilida<strong>de</strong> da<br />

ferramenta e da peça à vibração foram consi<strong>de</strong>rados. Neste caso, a estabilida<strong>de</strong> do<br />

sist<strong>em</strong>a aumentou quando a flexibilida<strong>de</strong> da peça foi adicionada ao sist<strong>em</strong>a. No segundo<br />

mo<strong>de</strong>lo, os efeitos da estrutura da máquina também foram consi<strong>de</strong>rados, sendo que o<br />

barramento da máquina, o eixo árvore e o suporte da ferramenta são mo<strong>de</strong>lados como<br />

blocos <strong>de</strong> aço. Neste mo<strong>de</strong>lo, a estabilida<strong>de</strong> do sist<strong>em</strong>a aumentou ou reduziu<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dos valores <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z adotados no suporte da ferramenta. Entretanto, a<br />

veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los não foi confirmada por resultados experimentais e os efeitos<br />

do contra-ponta não foram consi<strong>de</strong>rados na análise <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>.<br />

Mahdavinejad (2005) criou um mo<strong>de</strong>lo estrutural tridimensional do sist<strong>em</strong>a máquinaferramenta-peça<br />

<strong>em</strong> CAD utilizando dimensões reais dos componentes <strong>de</strong> um torno e da<br />

peça. Em seguida, ele realizou a análise modal teórica do sist<strong>em</strong>a com e s<strong>em</strong> contraponta<br />

utilizando o software comercial <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos ANSYS e a análise modal<br />

experimental. As freqüências naturais teóricas e experimentais <strong>de</strong> ambos os casos<br />

tiveram valores muito próximos, validando o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos. Além disso,<br />

as faixas <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> obtidas <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos foram <strong>de</strong>terminadas<br />

e comparadas com resultados experimentais. A aplicação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />

finitos baseados <strong>em</strong> dimensões reais da máquina-ferramenta representou muito b<strong>em</strong> o<br />

comportamento vibracional do torno.<br />

2.3 Monitoramento do Processo <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong><br />

O monitoramento do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, como <strong>em</strong> qualquer outro processo <strong>de</strong><br />

fabricação, é justificado pela marcante necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assegurar uma eficiência<br />

a<strong>de</strong>quada ao processo e, <strong>de</strong>ssa forma, reduzir gastos <strong>de</strong> produção e aumentar a<br />

produtivida<strong>de</strong>. Em termos <strong>de</strong> custos associados a usinag<strong>em</strong>, o estado da ferramenta <strong>de</strong><br />

corte t<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> influência <strong>de</strong>vido aos custos relacionados com componentes


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 50<br />

refugados, danos à máquina <strong>de</strong> corte, paradas não programadas e sub utilização das<br />

ferramentas <strong>de</strong> corte.<br />

Atualmente, na maioria das indústrias, a classificação do estado da ferramenta <strong>de</strong> corte é<br />

realizada pelos operadores que i<strong>de</strong>ntificam alterações dos sons <strong>em</strong>itidos do processo, ou<br />

modificações no acabamento superficial dos componentes usinados, ou simplesmente se<br />

baseiam <strong>em</strong> dados estatísticos e históricos relativos à vida da ferramenta <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>terminado processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Entretanto, a classificação humana é muito<br />

subjetiva, flexível e imprecisa e o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é complexo e imprevisível,<br />

causando gran<strong>de</strong> dispersão da vida da ferramenta. Com isso, muitas ferramentas são<br />

trocadas <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> uso ou peças <strong>de</strong>feituosas são produzidas <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sgaste e<br />

quebra inesperados da ferramenta. Portanto, esta estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do estado<br />

da ferramenta <strong>de</strong> corte acarreta <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> ferramentas, <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong><br />

matéria-prima <strong>de</strong>vido à fabricação <strong>de</strong> componentes fora das especificações e perda do<br />

t<strong>em</strong>po útil <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> causada por excessivas paradas da máquina para substituição da<br />

ferramenta ou reparos à própria máquina.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o estrago que a falha <strong>de</strong> ferramenta po<strong>de</strong> causar para a máquina<br />

ferramenta e seus componentes periféricos, há uma tendência <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolver sist<strong>em</strong>as<br />

direcionados para o fornecimento <strong>de</strong> advertências <strong>de</strong> falhas iminentes <strong>de</strong> ferramenta. As<br />

tentativas para superar este probl<strong>em</strong>a se concentraram no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> monitoramento do estado da ferramenta <strong>de</strong> corte. Estes dispositivos acompanham a<br />

evolução do <strong>de</strong>sgaste por meio <strong>de</strong> sinais sensoriais e interromp<strong>em</strong> o processo <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong> quando a ferramenta ten<strong>de</strong> a quebrar ou atinge níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste préestabelecidos.<br />

Estes dispositivos são coletivamente <strong>de</strong>nominados como sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

monitoramento da condição da ferramenta (SMCF).<br />

Sick (2002) justifica o monitoramento do <strong>de</strong>sgaste das ferramentas <strong>de</strong> corte da seguinte<br />

forma: ‘O <strong>de</strong>sgaste da ferramenta t<strong>em</strong> um efeito direto na qualida<strong>de</strong> superficial, na<br />

precisão dimensional e nos custos finais dos componentes produzidos. Informações<br />

sobre o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta, se obtidas on-line, po<strong>de</strong>m ser usada para estabelecer a<br />

política <strong>de</strong> substituição da ferramenta, controle adaptativo, otimização econômica das<br />

operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e completa automação dos processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>’.<br />

Os sensores utilizados para o monitoramento <strong>de</strong> processos são geralmente dispositivos<br />

projetados para medir um parâmetro do processo relacionado com a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

interesse que neste caso é o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte. Por isso, as características


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 51<br />

dos sensores têm papel fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

monitoramento. Alguns aspectos importantes são (Dimla, 2000 e Leão, 2000):<br />

- Apresentar uma sensibilida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>sgaste da ferramenta consistente;<br />

- Apresentar boa confiabilida<strong>de</strong>;<br />

- Ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ferramenta e da peça;<br />

- Ser robusto, ou seja, ser resistente à sujeira, ao cavaco, às cargas<br />

eletromagnéticas e térmicas ou às <strong>de</strong>mais condições adversas do processo <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>;<br />

- Apresentar alta razão sinal/ruído;<br />

- Apresentar boa relação entre o custo e o benefício;<br />

- Não ser intrusivo, ou seja, não restringir o espaço <strong>de</strong> trabalho, não interferir no<br />

funcionamento da máquina e não alterar a rigi<strong>de</strong>z da máquina;<br />

- Ser ambientalmente seguro e <strong>de</strong> fácil montag<strong>em</strong> e <strong>de</strong>smontag<strong>em</strong>.<br />

De acordo com Dimla (2000), os processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> apresentam um ou mais das<br />

seguintes características: comportamento complexo <strong>de</strong>vido a não-homogeneida<strong>de</strong>s no<br />

material da peça, sensitivida<strong>de</strong> dos parâmetros do processo às condições <strong>de</strong> corte e<br />

relação não linear entre os parâmetros do processo e o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.<br />

As influências que afetam a operação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento do estado da<br />

ferramenta foram classificadas por O’Donnell et al. (2001) como influências do<br />

processo e/ou do sist<strong>em</strong>a. Estas influências estão sumarizadas na Tab. 2.3.<br />

Tabela 2.3 – Influências no monitoramento do estado da ferramenta (O’Donnell et al.,<br />

2001).<br />

Categoria Sist<strong>em</strong>a<br />

Processo<br />

Ferramenta Geometria<br />

Desgaste<br />

Material da ferramenta e/ou do revestimento


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 52<br />

Condições <strong>de</strong> corte Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte<br />

Avanço<br />

Profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte<br />

Formação do cavaco<br />

R<strong>em</strong>oção do cavaco da região <strong>de</strong> corte<br />

Peça Dureza<br />

Variação na tolerância dimensional<br />

Mudanças na concentração <strong>de</strong> ligas<br />

Inclusões<br />

Operação anterior<br />

Fluido <strong>de</strong> corte Mudanças na concentração<br />

Variações na pressão (ferramenta com<br />

refrigeração interna)<br />

Variações na viscosida<strong>de</strong><br />

Sist<strong>em</strong>a<br />

Operador Nível <strong>de</strong> experiência<br />

Ferramenta Política <strong>de</strong> substituição da ferramenta<br />

Política <strong>de</strong> reafiação da ferramenta<br />

Peça Variação do tipo<br />

Variação do fornecedor<br />

Variação do lote<br />

Máquina-ferramenta Variações da eficiência do motor com a<br />

t<strong>em</strong>peratura<br />

Vibrações da máquina-ferramenta<br />

Variações do atrito dos componentes móveis<br />

Desalinhamento do mecanismo <strong>de</strong> fixação<br />

Eficiência do rolamento<br />

Ambiente Operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> paralelas<br />

Interferência eletromagnética<br />

Mudanças <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura<br />

Devido à enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições influenciando o monitoramento, a utilização<br />

<strong>de</strong> um único sensor po<strong>de</strong> oferecer informações incompletas sobre o estado da


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 53<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte. Desta forma, o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento não consegue refletir<br />

a<strong>de</strong>quadamente toda a natureza complexa e diversificada do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste e, por<br />

isso, tais sist<strong>em</strong>as se tornam menos confiáveis e incapazes <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar todas as fases<br />

do <strong>de</strong>sgaste (inicial, progressiva ou catastrófica) e as possíveis falhas catastróficas.<br />

Portanto, a utilização <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um sinal sensorial proveniente <strong>de</strong> diferentes fontes<br />

para <strong>de</strong>tectar o <strong>de</strong>sgaste das ferramentas <strong>de</strong> corte t<strong>em</strong> atraído o interesse dos<br />

pesquisadores nos últimos anos. A prática conhecida como fusão <strong>de</strong> sensores no<br />

monitoramento do <strong>de</strong>sgaste t<strong>em</strong> como principais objetivos: enriquecer a informação do<br />

nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste contido <strong>em</strong> cada sinal e aumentar a confiabilida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong><br />

monitoramento, já que a perda <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sinal po<strong>de</strong> ser compensada pela<br />

sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro (Dimla, 2000).<br />

De acordo com Quan et al. (1998), os sinais <strong>de</strong> diferentes sensores po<strong>de</strong>m refletir<br />

diferentes aspectos da falha da ferramenta. Por ex<strong>em</strong>plo, um sinal <strong>de</strong> <strong>em</strong>issão acústica é<br />

sensível a ativida<strong>de</strong>s microscópicas como ondas <strong>de</strong> tensão, enquanto que um sinal <strong>de</strong><br />

potência do motor, que reflete a variação das forças <strong>de</strong> corte, é sensível a efeitos<br />

macroscópicos como a vibração. Deste modo, um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento que utiliza<br />

estes dois tipos <strong>de</strong> informação apresenta uma melhor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão numa faixa<br />

maior <strong>de</strong> condições operacionais.<br />

Tradicionalmente, os sensores utilizados para o monitoramento das condições da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte po<strong>de</strong>m ser agrupados <strong>em</strong> métodos “on-line” ou “off-line” e métodos<br />

diretos ou indiretos. Em métodos “on-line” a quantificação do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta é<br />

realizada durante o processo <strong>de</strong> corte, enquanto que nos métodos “off-line” há<br />

necessida<strong>de</strong> da ferramenta não está efetuando a usinag<strong>em</strong>, sendo que a análise <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste é realizada nos intervalos <strong>de</strong> corte. Os métodos diretos avaliam o valor real do<br />

<strong>de</strong>sgaste da ferramenta, enquanto que os métodos indiretos me<strong>de</strong>m valores<br />

correlacionados com a condição da ferramenta. A <strong>de</strong>terminação do estado da ferramenta<br />

nos métodos indiretos é obtida por mo<strong>de</strong>los <strong>em</strong>píricos que correlacionam as gran<strong>de</strong>zas<br />

ou pelo acompanhamento da medida indireta no <strong>de</strong>correr do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Dessa forma, qualquer alteração <strong>de</strong>sse valor <strong>em</strong> relação a uma situação consi<strong>de</strong>rada<br />

normal ou padrão po<strong>de</strong>rá indicar um probl<strong>em</strong>a da ferramenta.<br />

Apesar da alta precisão, os sensores diretos são raramente usados <strong>em</strong> aplicações<br />

industriais <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua instalação. Por outro lado, <strong>em</strong>bora<br />

os sinais dos sensores indiretos ser<strong>em</strong> influenciados pelas condições <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, eles


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 54<br />

po<strong>de</strong>m ser usados para <strong>de</strong>tecção do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta on-line caso uma relação<br />

entre os sinais dos sensores e o estado da ferramenta possa ser estabelecido (Quan et al.,<br />

1998).<br />

Os principais métodos <strong>de</strong> sensoriamento do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta estão sumarizados<br />

na Tab. 2.4.<br />

Tabela 2.4 – Principais métodos <strong>de</strong> sensoriamento do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta (Dan e<br />

Mathew, 1990).<br />

Método Medição Transdutor<br />

Óptico Forma ou posição da aresta<br />

<strong>de</strong> corte.<br />

Partículas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste ou<br />

radioativida<strong>de</strong><br />

Perda volumétrica do<br />

material da ferramenta<br />

Câmera CCD, transdutor<br />

óptico.<br />

Espectrômetro, análise<br />

química.<br />

Tamanho da peça Dimensão da peça Micrômetro e transdutores<br />

ópticos, eletromagnéticos<br />

ou <strong>de</strong> ultrasom.<br />

Distância entre a peça e a<br />

ferramenta<br />

Distância entre a peça e a<br />

ferramenta<br />

ferramenta.<br />

ou porta-<br />

Forças <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> Alterações nas forças <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong><br />

Micrômetro e transdutores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento ópticos,<br />

eletromagnéticos<br />

ultrasom.<br />

ou <strong>de</strong><br />

Dinamômetros;<br />

extensômetros.<br />

Emissão Acústica Energia das ondas <strong>de</strong> tensão Transdutor<br />

acústica<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>issão<br />

Som Ondas acústicas Microfone<br />

Vibração Vibração da ferramenta ou<br />

da máquina<br />

Acelerômetros<br />

Potência <strong>de</strong> entrada Consumo <strong>de</strong> potência ou Amperímetro; sensor <strong>de</strong><br />

corrente do motor efeito Hall ou dinamômetro.


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 55<br />

T<strong>em</strong>peratura Variações na t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong><br />

Rugosida<strong>de</strong> da superfície<br />

usinada<br />

corte na ferramenta<br />

Alterações na rugosida<strong>de</strong> da<br />

peça<br />

Termopar; pirômetro.<br />

Rugosímetro; ou transdutor<br />

óptico.<br />

Algumas informações significativas e alguns trabalhos referentes ao método <strong>de</strong><br />

monitoramento utilizando-se sinais <strong>de</strong> vibrações serão apresentadas nos próximos itens.<br />

2.3.1 Monitoramento via Sinais <strong>de</strong> Vibrações<br />

Como apresentado anteriormente, a vibração produzida por variações cíclicas das<br />

componentes dinâmicas das forças durante o corte é uma característica <strong>de</strong>terminante<br />

para uma usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Portanto, este é um parâmetro comumente utilizado<br />

para se monitorar a evolução <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

A vibração é um parâmetro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da freqüência e, portanto, sua avaliação é<br />

realizada utilizando parâmetros como a taxa <strong>em</strong> que as forças dinâmicas variam por<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po (aceleração), sendo que as características vibracionais são <strong>de</strong>rivadas a<br />

partir <strong>de</strong>stes dados (Dimla, 2000).<br />

Alguns parâmetros da geometria das ferramentas <strong>de</strong> corte têm sido utilizados<br />

juntamente com características <strong>de</strong> vibrações e parâmetros <strong>de</strong> corte para investigação da<br />

qualida<strong>de</strong> superficial <strong>de</strong> componentes usinados.<br />

Jang et al. (1996) pesquisaram a correlação entre a rugosida<strong>de</strong> e a vibração ocasionada<br />

durante o torneamento. A rugosida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>terminada a partir da superposição dos<br />

valores correspon<strong>de</strong>ntes à rugosida<strong>de</strong> cin<strong>em</strong>ática, que é calculada por meio do raio <strong>de</strong><br />

ponta da ferramenta e do avanço, com os sinais <strong>de</strong> vibração. Os resultados<br />

experimentais mostraram que a técnica proposta é um método prático e confiável e po<strong>de</strong><br />

ser facilmente utilizada no monitoramento da rugosida<strong>de</strong> <strong>em</strong> operações <strong>de</strong> torneamento.<br />

Lin e Chang (1998) e Cheung e Lee (2000) estabeleceram mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> simulação da<br />

topografia <strong>de</strong> superfície para mo<strong>de</strong>lar o perfil da superfície gerada pela operação <strong>de</strong><br />

torneamento. Os mo<strong>de</strong>los incorporam os efeitos da geometria da ferramenta, do<br />

movimento relativo entre a ferramenta <strong>de</strong> corte e os parâmetros <strong>de</strong> corte. Comparando<br />

os valores da simulação e os resultados experimentais, verificou-se que o sist<strong>em</strong>a po<strong>de</strong>


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 56<br />

prever precisamente o perfil da rugosida<strong>de</strong>, o espectro do perfil e os parâmetros <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong> sob várias condições <strong>de</strong> corte.<br />

Dimla e Lister (2000) investigaram as influências das condições <strong>de</strong> corte e do <strong>de</strong>sgaste<br />

progressivo da ferramenta nos sinais <strong>de</strong> forças e vibrações obtidos durante operações <strong>de</strong><br />

torneamento. O corte foi realizado a seco utilizando dois tipos distintos <strong>de</strong> pastilhas <strong>de</strong><br />

corte e variadas condições <strong>de</strong> corte. Os sinais medidos foram as três principais direções<br />

das forças e vibrações durante o corte, além da medição da evolução do <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte ao longo da usinag<strong>em</strong> <strong>em</strong> cada condição <strong>de</strong> corte. As componentes<br />

estáticas e dinâmicas das forças e vibrações foram extraídas como o valor médio e as<br />

componentes oscilatórios respectivamente, e análises no domínio do t<strong>em</strong>po e da<br />

freqüência foram realizadas. De um modo geral, os resultados mostraram que as<br />

componentes <strong>de</strong> força e vibração na direção <strong>de</strong> corte foram mais sensíveis para o<br />

<strong>de</strong>sgaste da ferramenta, sendo que o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ponta indicou melhor a falha iminente<br />

da ferramenta. Os autores conseguiram separar e i<strong>de</strong>ntificar as alterações nos sinais dos<br />

sensores originadas pelas mudanças nas condições <strong>de</strong> corte e pelas modificações no<br />

<strong>de</strong>sgaste na ferramenta <strong>de</strong> corte. Entretanto, ficou evi<strong>de</strong>nte a complexida<strong>de</strong> da<br />

correlação dos sinais <strong>de</strong> força e vibração com os dados <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta e<br />

condições <strong>de</strong> corte, <strong>de</strong>monstrando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análises minuciosas dos sinais para<br />

uma avaliação precisa da influência <strong>de</strong> cada parâmetro nos sinais.<br />

Em um estudo mais recente, Dimla (2004) investigou experimentalmente a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos efeitos das condições <strong>de</strong> corte nas forças <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong><br />

e as vibrações surgidas a partir da evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte. Os<br />

sinais dos sensores mostraram os efeitos causados pelas variações das condições <strong>de</strong><br />

corte, sendo que os efeitos da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e do avanço são mais complexos e<br />

não lineares quando comparados com o comportamento linear da profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte.<br />

A progressão do <strong>de</strong>sgaste foi <strong>de</strong>monstrada pelos espectros dos sinais <strong>de</strong> vibração. De<br />

acordo com verificações teóricas, a vibração da ferramenta aumentou rapidamente<br />

durante a fase inicial do <strong>de</strong>sgaste e <strong>em</strong> seguida permaneceu <strong>em</strong> estado permanente<br />

durante a fase secundária. Entretanto, a usinag<strong>em</strong> não foi longa o suficiente para se<br />

perceber o início da fase catastrófica do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.<br />

Em uma pesquisa para verificar a possibilida<strong>de</strong> da utilização dos sinais <strong>de</strong> vibração para<br />

monitorar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta e o acabamento superficial no torneamento,<br />

Bonifácio e Diniz (1994) relataram que uma das principais dificulda<strong>de</strong>s do


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 57<br />

monitoramento da vida da ferramenta por sinais vibracionais é i<strong>de</strong>ntificar a faixa <strong>de</strong><br />

freqüências que é realmente influenciada pelo <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta, já que o processo<br />

<strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> apresenta inúmeros fatores que provocam vibrações, vários <strong>de</strong>les não<br />

correlacionados com o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste ou quebra da ferramenta <strong>de</strong> corte. Na<br />

revisão dos trabalhos relacionados à correlação entre a vibração e o <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta, Bonifácio e Diniz (1994) verificaram que a faixa <strong>de</strong> freqüências utilizadas<br />

para este objetivo varia <strong>de</strong> zero a 8000 Hz, sendo que freqüent<strong>em</strong>ente os autores<br />

encontravam duas faixas possíveis <strong>de</strong> monitorar o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta: uma próxima<br />

<strong>de</strong> zero e outra <strong>em</strong> valores mais elevados <strong>de</strong> freqüências associadas à freqüência natural<br />

do porta-ferramenta que era s<strong>em</strong>pre abaixo <strong>de</strong> 8000 Hz.<br />

Contudo, a realização <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong>talhado do comportamento vibracional do sist<strong>em</strong>a<br />

máquina-ferramenta-peça e uma análise criteriosa do espectro <strong>de</strong> freqüências para<br />

distinguir as mudanças surgidas nos sinais <strong>de</strong> vibração correlacionadas com os inúmeros<br />

fatores que causam alterações nestes sinais, como as condições <strong>de</strong> corte ou à evolução<br />

do <strong>de</strong>sgaste, são essenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento do<br />

<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta confiável.<br />

Uma tentativa <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entar um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento utilizando<br />

simultaneamente sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação da ferramenta <strong>em</strong> um ambiente<br />

industrial, especificamente na produção <strong>de</strong> pistões <strong>de</strong> alumínio, foi realizada por<br />

Scheffer e Heyns (2001). Este trabalho foi realizado no ambiente industrial<br />

consi<strong>de</strong>rando todas as restrições associadas a este local como a impraticabilida<strong>de</strong> e<br />

impossibilida<strong>de</strong> da medição direta do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta. Várias características dos<br />

sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong>formação foram extraídas dos sinais originais, incluindo<br />

características no domínio do t<strong>em</strong>po e da freqüência, coeficientes <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> séries<br />

no t<strong>em</strong>po e características obtidas a partir da transformada <strong>de</strong> Wavelet. Um<br />

procedimento que seleciona as características que melhor indicam o <strong>de</strong>sgaste<br />

progressivo foi <strong>de</strong>senvolvido. Em seguida, estas características foram <strong>em</strong>pregadas <strong>em</strong><br />

um tipo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> neural artificial baseada <strong>em</strong> treinamentos não supervisionados,<br />

conhecida com self-organising map (SOM), para i<strong>de</strong>ntificar o estado da ferramenta <strong>de</strong><br />

corte. De acordo com os autores, este método <strong>de</strong> classificação do estado da ferramenta<br />

<strong>de</strong> corte obteve uma i<strong>de</strong>ntificação correta próxima dos 100%.<br />

Entretanto, ainda há contradições sobre a utilização confiável <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais <strong>em</strong><br />

aplicações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> inúmeras variáveis, como é o caso <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica 58<br />

usinag<strong>em</strong>. Isto é justificado pelo fato que estes métodos <strong>de</strong> classificação são treinados<br />

para <strong>de</strong>terminadas condições, <strong>de</strong> forma que quaisquer alterações nas variáveis do<br />

processo que não foram consi<strong>de</strong>radas no treinamento são ignoradas durante a<br />

classificação e, portanto, os resultados po<strong>de</strong>m ser errôneos. A revisão realizada por Sick<br />

(2002) comprova a impossibilida<strong>de</strong> atual <strong>de</strong> utilizar uma re<strong>de</strong> neural específica que<br />

engloba todas as situações possíveis <strong>de</strong> monitoramento do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta.<br />

Por isso, atualmente exist<strong>em</strong> inúmeros pesquisadores interessados <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

sist<strong>em</strong>as que captam e integram os sinais <strong>de</strong> múltiplos transdutores, seleciona as<br />

características dos sinais que i<strong>de</strong>ntificam melhor o comportamento da ferramenta,<br />

<strong>de</strong>terminam o estado da ferramenta <strong>de</strong> corte e estima o seu t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po<br />

real.


CAPÍTULO 3<br />

METODOLOGIA EXPERIMENTAL<br />

Neste capítulo será apresentada a <strong>de</strong>scrição dos procedimentos realizados para a<br />

concretização dos objetivos <strong>de</strong>ste estudo. O trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>em</strong> duas etapas<br />

principais: estudo do comportamento dinâmico da máquina-ferramenta e o<br />

monitoramento <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Estudo do<br />

Comportamento<br />

Dinâmico<br />

Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong><br />

Numérica<br />

Validação<br />

Experimental<br />

Medição da<br />

vibração<br />

causada por<br />

excitação<br />

<strong>em</strong> impulso<br />

Medição da<br />

vibração<br />

causada por<br />

excitação<br />

dinâmica<br />

Metodologia<br />

Experimental<br />

Determinação<br />

das condições<br />

<strong>de</strong> corte<br />

Influência<br />

Dinâmica das<br />

Dimensões da<br />

Peça e<br />

Efeitos na<br />

Rugosida<strong>de</strong><br />

59<br />

Monitoramento<br />

<strong>de</strong> Operações<br />

<strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong><br />

Influência<br />

Dinâmica da<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Corte e<br />

Efeitos na<br />

Rugosida<strong>de</strong><br />

Resultados<br />

Não<br />

Comparação.<br />

Resultados são<br />

Satisfatórios?<br />

Sim<br />

Noção do<br />

Comportamento<br />

Dinâmico dos<br />

Sist<strong>em</strong>as<br />

Torno-Peça<br />

Figura 3.1 – Fluxograma da metodologia experimental.<br />

Influência<br />

Dinâmica do<br />

Desgaste da<br />

Ferramenta e<br />

Efeitos na<br />

Rugosida<strong>de</strong><br />

Conclusões


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 60<br />

Conforme o fluxograma da Fig 3.1, primeiramente a análise do comportamento<br />

dinâmico da estrutura foi efetuada, seguindo os seguintes procedimentos: inicialmente a<br />

mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica da estrutura foi realizada e, <strong>em</strong> seguida, seus resultados foram<br />

comparados e correlacionados com resultados experimentais obtidos a partir da medição<br />

da vibração causada na estrutura por excitações <strong>em</strong> impulso e dinâmica.<br />

A excitação por impulso consistiu <strong>de</strong> um impacto, ou seja, uma súbita aplicação <strong>de</strong><br />

carga pontualmente <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas posições da estrutura. Desta forma, pô<strong>de</strong>-se<br />

<strong>de</strong>terminar o comportamento natural da estrutura, pois a carga foi rapidamente retirada<br />

do sist<strong>em</strong>a e a resposta vibracional da estrutura se manteve até que toda energia do<br />

impacto fosse amortecida pela estrutura. Por outro lado, a excitação dinâmica foi um<br />

carregamento periódico com freqüência, amplitu<strong>de</strong> e fase <strong>de</strong>terminadas, que neste caso<br />

foram as forças provocadas durante uma operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Portanto, a excitação<br />

foi mantida no sist<strong>em</strong>a e a resposta vibracional avaliada na estrutura entrou <strong>em</strong> regime<br />

permanente com a carga dinâmica aplicada até que esta foi cessada pela finalização do<br />

processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Após a comparação, pô<strong>de</strong>-se concluir se os resultados numéricos estavam ou não<br />

coerentes com os resultados experimentais. Caso não estivess<strong>em</strong>, haveria a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> retornar ao mo<strong>de</strong>lo numérico da estrutura e ajustar seus parâmetros ou simplificações<br />

para que este responda coerent<strong>em</strong>ente com o sist<strong>em</strong>a real. Caso os resultados já<br />

estivess<strong>em</strong> coerentes, seria possível obter virtualmente uma noção do comportamento<br />

dinâmico <strong>de</strong> qualquer conjunto torno-peça necessário e, a partir <strong>de</strong>stes, estabelecer<br />

condições i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> corte, pelo menos do ponto <strong>de</strong> vista dinâmico, para a fase <strong>de</strong><br />

operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

As operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> foram realizadas avaliando a influência dinâmica <strong>de</strong> três<br />

parâmetros do processo <strong>de</strong> corte e seus efeitos no acabamento superficial. Estes<br />

parâmetros foram: as dimensões da peça, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte ou freqüência <strong>de</strong><br />

excitação e o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte.<br />

Finalmente, o conhecimento prévio do comportamento dinâmico <strong>de</strong> cada conjunto<br />

torno-peça e os aspectos teóricos da usinag<strong>em</strong> dos metais foram utilizados para se<br />

compreen<strong>de</strong>r e justificar os resultados obtidos nas operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e obter as<br />

conclusões do presente trabalho.<br />

Nos itens a seguir será <strong>de</strong>talhada a metodologia <strong>em</strong>pregada para cada etapa assim como<br />

materiais, “softwares” e equipamentos necessários <strong>em</strong> cada fase.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 61<br />

3.1 Estudo do Comportamento Dinâmico<br />

Neste trabalho, o estudo das freqüências e modos naturais <strong>de</strong> vibração do torno foi<br />

realizado da seguinte maneira: primeiramente, o torno foi mo<strong>de</strong>lado numericamente por<br />

meio <strong>de</strong> um “software” comercial <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos no qual seu comportamento<br />

dinâmico estrutural foi <strong>de</strong>terminado numericamente; e <strong>em</strong> seguida, estes resultados<br />

foram confrontados e validados via ensaios monitorados por sinais obtidos a partir <strong>de</strong><br />

sensores <strong>de</strong> vibração. A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>stas etapas será feita a seguir.<br />

3.1.1 Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica<br />

A estrutura analisada foi o torno fabricado pela Romi, mo<strong>de</strong>lo Centur 30D, equipado<br />

com comando numérico computadorizado (CNC) Romi, mo<strong>de</strong>lo MACH 9. O torno<br />

analisado está ilustrado na Fig. 3.2 e suas principais especificações técnicas estão<br />

apresentadas na Tab. 3.1.<br />

Figura 3.2 – Torno CNC Centur 30D.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 62<br />

Tabela 3.1 – Principais especificações técnicas do torno (Romi).<br />

Potência Instalada no Motor Principal C.A. 10 CV<br />

Faixa <strong>de</strong> Velocida<strong>de</strong>s do Cabeçote 50 a 4000 rpm<br />

Distância entre Pontas 1000 mm<br />

Diâmetro Admissível sobre o Carro Transversal 200 mm<br />

A mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica do torno para <strong>de</strong>terminação das freqüências naturais e modos<br />

<strong>de</strong> vibração foi realizada utilizando-se o “software” comercial <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos<br />

MSC.Patran/Nastran. Os “softwares” comerciais <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos são normalmente<br />

subdivididos <strong>em</strong> pré-processamento, processamento e pós-processamento. O préprocessamento<br />

consiste basicamente na criação do mo<strong>de</strong>lo geométrico, na discretização<br />

do mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong> el<strong>em</strong>entos finitos, na aplicação das cargas e condições <strong>de</strong> contorno e na<br />

atribuição das proprieda<strong>de</strong>s dos materiais aos componentes envolvidos na análise. O<br />

processamento é a etapa da análise propriamente dita, ou seja, nesta fase os resultados<br />

<strong>de</strong>sejados são calculados. A última etapa é o pós-processamento on<strong>de</strong> são apresentados<br />

os resultados <strong>de</strong>terminados na fase anterior.<br />

A seguir a duas primeiras etapas da mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica serão <strong>de</strong>scritas e a<br />

apresentação dos resultados estará no Capítulo 4.<br />

3.1.1.1 Pré-Processamento<br />

As ferramentas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho dos softwares <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos são normalmente muito<br />

restritas, dificultando ou até impossibilitando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

geométricos <strong>de</strong> estruturas complexas. Por isso, é comum a utilização <strong>de</strong> “softwares” <strong>de</strong><br />

CAD (projetos auxiliados por computador) mais robustos para a geração dos mo<strong>de</strong>los<br />

geométricos que posteriormente serão utilizados nos softwares <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos.<br />

Os mo<strong>de</strong>los geométricos do torno e das peças utilizadas no processo foram<br />

<strong>de</strong>senvolvidos utilizando o “software” comercial <strong>de</strong> projetos mecânicos “SolidWorks”.<br />

Apesar da impossibilida<strong>de</strong> imposta pelo fabricante da máquina <strong>em</strong> fornecer as<br />

dimensões <strong>de</strong> projeto, a estrutura do torno foi representada da forma mais real possível.<br />

Para isto, toda a carcaça <strong>de</strong> proteção do torno foi retirada <strong>de</strong> forma a tornar visível sua<br />

estrutura e possibilitar a medição <strong>de</strong> suas dimensões. Devido às difíceis condições <strong>de</strong><br />

medição e à geometria complexa dos componentes, <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> ±5 mm no mo<strong>de</strong>lo


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 63<br />

geométrico do torno foram consi<strong>de</strong>rados. O mo<strong>de</strong>lo geométrico <strong>de</strong>sta máquina e<br />

<strong>de</strong>terminada peça está mostrado na Fig. 3.3.<br />

Figura 3.3 – Mo<strong>de</strong>lo geométrico do torno e peça.<br />

As estruturas do torno e das peças foram discretizadas <strong>em</strong> uma malha <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />

finitos, utilizando-se uma função <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> malhas automática do ”software”<br />

MSC.Patran. As principais configurações <strong>de</strong> malha realizadas foram:<br />

- A escolha do el<strong>em</strong>ento tetraédrico com 10 nós, que se ajusta a<strong>de</strong>quadamente <strong>em</strong><br />

estruturas sólidas com geometrias complexas como o torno, causando distorções<br />

menos significativas no formato dos el<strong>em</strong>entos e;<br />

- A opção por um comprimento global das arestas <strong>de</strong> 22 mm, que foi justificada<br />

pela confiabilida<strong>de</strong> que esta malha apresentou <strong>em</strong> relação a outras mais<br />

refinadas e pela diferença no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> processamento entre elas.<br />

As especificações utilizadas para a geração da malha estão sumarizadas na Tab. 3.2.<br />

Além disso, el<strong>em</strong>entos geralmente <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> “MPCs” (restrições <strong>em</strong> múltiplas


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 64<br />

posições) foram acrescentados nas regiões on<strong>de</strong> a peça entra <strong>em</strong> contato com o torno.<br />

Estes el<strong>em</strong>entos têm a característica <strong>de</strong> um corpo rígido que transfere o comportamento<br />

dinâmico <strong>de</strong> todos os graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (translação e rotação nas direções X, Y e Z) <strong>de</strong><br />

um el<strong>em</strong>ento para outro, ou seja, o comportamento <strong>de</strong> todos os el<strong>em</strong>entos do torno<br />

localizados nas imediações do contato com a peça é transferido para os el<strong>em</strong>entos da<br />

peça posicionados nesta região.<br />

Tabela 3.2 – Especificações para geração da malha <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos finitos.<br />

Discretização<br />

Forma do El<strong>em</strong>ento Tetragonal<br />

Topologia do El<strong>em</strong>ento<br />

Comprimento Global das Arestas 22 mm<br />

Nº <strong>de</strong> Graus <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>/Nó 6 (3 transl. + 3 rot.)<br />

O torno analisado não apresenta nenhuma fixação especial ao solo, ou seja, ele está<br />

simplesmente apoiado ao piso pelo próprio peso. Com isso, as condições <strong>de</strong> contorno<br />

atribuídas ao mo<strong>de</strong>lo para representar a real condição <strong>de</strong> apoio da máquina foram<br />

restringir, nos nós <strong>em</strong> contato com o solo, o grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> translação na direção<br />

perpendicular ao solo, direção Y da Fig. 3.3.<br />

O torno foi consi<strong>de</strong>rado como uma estrutura única <strong>de</strong> ferro fundido cinzento. O material<br />

das peças analisadas foi o aço ABNT 4140 <strong>de</strong>vido à sua ampla utilização <strong>em</strong> aplicações<br />

<strong>de</strong> Engenharia. As proprieda<strong>de</strong>s típicas do ferro fundido cinzento e do aço ABNT 4140<br />

po<strong>de</strong>m ser observadas na Tab. 3.3.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 65<br />

Tabela 3.3 – Proprieda<strong>de</strong>s típicas do ferro fundido e do aço (Callister et al, 2002).<br />

Ferro Fundido<br />

Cinzento<br />

Aço ABNT<br />

4140<br />

Módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> 90-113 GPa 207 GPa<br />

Coeficiente <strong>de</strong> Poisson 0,26 0,30<br />

Massa específica 7300 kg/m 3<br />

7850 kg/m 3<br />

Orientação cristalográfica Isotrópico Isotrópico<br />

Desta forma, o mo<strong>de</strong>lo analisado foi discretizado, suas proprieda<strong>de</strong>s explicitadas e as<br />

condições <strong>de</strong> contorno aplicadas. Portanto, o mo<strong>de</strong>lo está <strong>de</strong>vidamente caracterizado<br />

para ser analisado.<br />

3.1.1.2 Processamento<br />

O estudo do comportamento dinâmico do torno consistiu na <strong>de</strong>terminação da resposta<br />

natural da estrutura da máquina-ferramenta e <strong>de</strong> alguns conjuntos compostos por torno e<br />

peça.<br />

As freqüências naturais e modos <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong> qualquer estrutura são <strong>de</strong>terminados por<br />

meio <strong>de</strong> métodos mat<strong>em</strong>áticos <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> autovalores e autovetores. No presente<br />

trabalho, o método <strong>de</strong> Lanczos foi selecionado para a obtenção das freqüências naturais<br />

e dos modos <strong>de</strong> vibração compreendidos <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> trabalho do torno, ou seja,<br />

<strong>de</strong> 50 rpm (0,8 Hz) a 4000 rpm (66,7 Hz).<br />

As análises realizadas se basearam na <strong>de</strong>terminação das respostas naturais do torno,<br />

sendo que a peça foi retirada do mo<strong>de</strong>lo, e <strong>de</strong> alguns sist<strong>em</strong>as torno-peça on<strong>de</strong> foram<br />

feitas alterações nas dimensões da peça. Estas análises in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes permit<strong>em</strong> avaliar<br />

a influência das características dinâmicas <strong>de</strong> peças com diferentes dimensões no<br />

comportamento natural do torno. As dimensões das peças utilizadas nesta etapa <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica foram estabelecidas para representar possíveis dimensões <strong>de</strong><br />

peças a ser<strong>em</strong> usinadas e estão apresentadas na Tab. 3.4.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 66<br />

Tabela 3.4 – Dimensões das peças mo<strong>de</strong>ladas.<br />

Diâmetro d (mm) Comprimento L (mm)<br />

Peça 1 100 1000<br />

Peça 2 100 500<br />

Peça 3 100 350<br />

Peça 4 100 100<br />

Peça 5 70 350<br />

Peça 6 40 350<br />

Peça 7 40 100<br />

Peça 8 40 975<br />

Peça 9 74 524<br />

3.1.2 Comparação e Correlação da Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica com Resultados<br />

Experimentais<br />

Como todo mo<strong>de</strong>lo numérico é uma aproximação do probl<strong>em</strong>a real, é comum a<br />

realização <strong>de</strong> procedimentos experimentais para a comparação e correlação qualitativa<br />

dos resultados encontrados.<br />

Para a obtenção <strong>de</strong> resultados experimentais que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser utilizados para validação<br />

do mo<strong>de</strong>lo, o torno foi instrumentado com acelerômetros Kistler, mo<strong>de</strong>lo 8632C10 (Fig.<br />

3.4), nas posições e direções consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> influência à qualida<strong>de</strong> do processo<br />

<strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, ou seja, regiões próximas dos contatos entre a máquina e o objetivo final<br />

do processo, a peça. A posição <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong>stes acelerômetros está ilustrada pela Fig.<br />

3.5, on<strong>de</strong> se apresentam fotografias daqueles que ficaram visíveis e um esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

outros que ficaram protegidos pela carcaça do torno.<br />

Figura 3.4 – Ilustração dos acelerômetros.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 67<br />

Figura 3.5 – Posições dos acelerômetros no torno.<br />

Os acelerômetros foram fixados ao torno por meio <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> cera fornecida<br />

pelo fabricante. Os cabos dos acelerômetros foram ligados às entradas dos<br />

condicionadores <strong>de</strong> sinais da Kistler, mo<strong>de</strong>lo 5134A, apropriados para este tipo <strong>de</strong><br />

transdutor e outros cabos foram conectados às saídas dos condicionadores <strong>de</strong> sinais<br />

ligando estes ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados. As características dos acelerômetros e<br />

dos condicionadores <strong>de</strong> sinais estão apresentadas nos Anexos I e II, respectivamente.<br />

Além disso, um martelo <strong>de</strong> impacto da PCB Piezoeletronics, mo<strong>de</strong>lo 086C02 (Fig. 3.6)<br />

foi instalado conectando-se ao condicionador <strong>de</strong> sinal da PCB Piezoeletronics, mo<strong>de</strong>lo<br />

5134A, apropriado para este transdutor e outro cabo o conectou ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição<br />

<strong>de</strong> dados. As especificações referentes ao martelo e condicionador <strong>de</strong> sinal estão<br />

apresentadas nos Anexos III e IV, respectivamente. Em seguida, na Fig 3.7 apresenta-se<br />

uma ilustração esqu<strong>em</strong>ática da ligação dos transdutores ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong><br />

dados e na Fig 3.8 apresenta-se o sist<strong>em</strong>a real montado.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 68<br />

Figura 3.6 – Ilustração do mo<strong>de</strong>lo do martelo <strong>de</strong> impacto.<br />

Figura 3.7 – Representação da ligação entre os transdutores e o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong><br />

dados.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 69<br />

Figura 3.8 – Ilustração do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados montado.<br />

O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados foi configurado para adquirir simultaneamente os<br />

sinais <strong>de</strong> todos os acelerômetros e do martelo <strong>de</strong> impacto, sendo que a taxa <strong>de</strong><br />

amostrag<strong>em</strong> foi <strong>de</strong> 20 kHz para cada canal, ou seja, para cada acelerômetro e para o<br />

martelo <strong>de</strong> impacto. Esta taxa foi estipulada a partir do Teor<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Nyquist, o qual<br />

estabelece que a freqüência <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> seja no mínimo duas vezes maior que a<br />

maior freqüência contida no sinal. Como o limite dos transdutores, conforme<br />

especificações nos Anexos I e III, é <strong>de</strong> 5 kHz; então o Teor<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Nyquist foi satisfeito.<br />

O sist<strong>em</strong>a torno-peça utilizado para a validação do mo<strong>de</strong>lo foi o conjunto com a peça 9<br />

(74 x 524 mm), que possui as características <strong>de</strong>scritas na Tab. 3.4. A coleta dos sinais<br />

dos acelerômetros foi realizada inicialmente com o torno e todas as outras máquinas<br />

presentes na oficina <strong>de</strong>sligadas para se <strong>de</strong>terminar os ruídos, ou seja, sinais não<br />

relacionados diretamente ao processo analisado presentes no local da máquina. Em<br />

seguida, o martelo <strong>de</strong> impacto foi utilizado para excitar o sist<strong>em</strong>a torno-peça com um<br />

impulso na direção <strong>de</strong> cada acelerômetro. Nesta etapa, foi necessária a imposição <strong>de</strong> um<br />

ganho 20 vezes maior que o sinal original dos acelerômetros para melhor visualização


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 70<br />

das características do sinal, já que a vibração gerada pelo impacto do martelo é <strong>de</strong> pouca<br />

energia. Este procedimento permite a medição do comportamento vibracional natural do<br />

torno após uma excitação <strong>em</strong> impulso, ou seja, seu comportamento inercial s<strong>em</strong> nenhum<br />

carregamento dinâmico.<br />

Posteriormente, os sinais dos acelerômetros foram adquiridos durante a usinag<strong>em</strong> a seco<br />

(s<strong>em</strong> fluido <strong>de</strong> corte) da peça 9 (74 x 525 mm), <strong>de</strong>scrita na Tab. 3.4, sendo que a rotação<br />

do eixo árvore variou <strong>de</strong> 240 rpm (4 Hz) a 480 (8 Hz) rpm <strong>de</strong> 60 <strong>em</strong> 60 rpm, que <strong>de</strong><br />

acordo com resultados iniciais do mo<strong>de</strong>lo numérico não seria uma faixa <strong>de</strong> freqüências<br />

críticas que causaria gran<strong>de</strong>s amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vibração. Como a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte é<br />

função da velocida<strong>de</strong> rotacional, esta foi variada durante o experimento. Entretanto, o<br />

avanço, f, e a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, ap, foram mantidos constantes e iguais a 0,3<br />

mm/rev e 1 mm, respectivamente. Desta forma, o comportamento vibracional do torno<br />

quando este está submetido a um carregamento dinâmico po<strong>de</strong> ser comparado<br />

qualitativamente com o seu comportamento natural.<br />

3.2 Monitoramento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong><br />

O monitoramento <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> apresenta uma importância relevante no<br />

presente trabalho, já que o comportamento dinâmico da máquina <strong>em</strong> trabalho t<strong>em</strong><br />

influência direta na qualida<strong>de</strong> do componente usinado. Nesta etapa, o mo<strong>de</strong>lo numérico<br />

do sist<strong>em</strong>a torno-peça <strong>de</strong>vidamente validado po<strong>de</strong>rá ser utilizado para <strong>de</strong>terminar as<br />

velocida<strong>de</strong>s rotacionais mais estáveis para cada sist<strong>em</strong>a torno-peça, i<strong>de</strong>ntificar o<br />

comportamento dinâmico natural do conjunto e diferenciar as faixas do espectro <strong>de</strong><br />

freqüência que sofr<strong>em</strong> influências <strong>de</strong>vido às condições <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> avaliadas.<br />

Desta forma, a influência <strong>de</strong> alguns fatores fundamentais para o comportamento<br />

dinâmico do conjunto será <strong>de</strong>terminada nesta etapa. Os fatores consi<strong>de</strong>rados foram a<br />

influência das dimensões da peça, da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta no<br />

comportamento vibracional do conjunto torno-peça.<br />

Como o suporte da ferramenta <strong>de</strong> corte fica <strong>em</strong> contato com a peça, este é mais sensível<br />

à influência dinâmica dos parâmetros citados anteriormente. Por isso, durante estas<br />

operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, além dos acelerômetros indicados na Fig. 3.5 foi acrescentado<br />

outro na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> do suporte da ferramenta <strong>de</strong> corte, na direção Y. A posição <strong>de</strong><br />

fixação <strong>de</strong>ste acelerômetro está mostrada na Fig. 3.9.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 71<br />

Figura 3.9 – Acelerômetro posicionado na direção Y do suporte do porta-ferramenta.<br />

Além do monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibração para cada operação <strong>de</strong> corte avaliada, a<br />

topografia das superfícies usinadas foi também mensurada, ou seja, os efeitos causados<br />

no acabamento superficial <strong>de</strong>corrente dos fatores avaliados foram <strong>de</strong>terminados. Para<br />

mensurar os parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> foi utilizado o rugosímetro da Taylor Hobson,<br />

mo<strong>de</strong>lo Surtronic 3+ (Fig. 3.10), sendo que suas especificações encontram-se no Anexo<br />

V. O percurso <strong>de</strong> avanço especificado para cada operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> foi <strong>de</strong> no<br />

mínimo 15 mm para possibilitar a utilização do comprimento avaliado <strong>de</strong> 8 mm,<br />

equivalente a 10 vezes o comprimento <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> (cut off) <strong>de</strong> 0,8 mm, na região<br />

central da superfície usinada, <strong>de</strong>sprezando-se os efeitos transientes do início e do final<br />

<strong>de</strong> cada operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. A medição da rugosida<strong>de</strong> <strong>em</strong> cada região foi realizada<br />

<strong>em</strong> três posições distanciadas <strong>em</strong> aproximadamente 120º e os valores médios dos<br />

parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong>terminados nestas medições foram avaliados.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 72<br />

Figura 3.10 – Rugosímetro Taylor Hobson Surtronic 3+.<br />

Apesar das condições <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> utilizadas ser suficient<strong>em</strong>ente severas para justificar<br />

a aplicação <strong>de</strong> fluido <strong>de</strong> corte, todo o procedimento experimental <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> foi<br />

executado a seco para evitar a influência <strong>de</strong> mais uma variável no processo, que <strong>de</strong>veria<br />

ser avaliada caso fosse <strong>em</strong>pregada. As ferramentas utilizadas para cada ensaio foram<br />

idênticas, sendo pastilhas <strong>de</strong> metal duro quadradas com 8 arestas (4 superiores e 4<br />

inferiores), revestida com nitreto <strong>de</strong> titânio, TiN, raio <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong> 0,4 mm, com quebracavaco<br />

M (operações medianas ou intermediárias) para usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> aço, fabricadas<br />

pela Walter, código SNMG120404-NM4 WAM10. Um inserto <strong>de</strong>stes está ilustrado na<br />

Fig. 3.11.<br />

Figura 3.11 – Ilustração do inserto utilizado nas operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

A seguir serão <strong>de</strong>talhados os ensaios <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, juntamente com as dimensões das<br />

peças e as condições <strong>de</strong> corte, utilizados para avaliar alguns fatores que influenciam a<br />

qualida<strong>de</strong> da operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

3.2.1 Influência das Dimensões da Peça<br />

As dimensões da peça influenciam significativamente as características dinâmicas do<br />

conjunto torno-peça, justificando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigar experimentalmente a<br />

influência <strong>de</strong>stas dimensões no processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Para isto, duas análises foram


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 73<br />

realizadas, sendo uma consi<strong>de</strong>rando a variação do comprimento e outra a alteração do<br />

diâmetro da peça, e as <strong>de</strong>mais condições do processo foram mantidas constantes.<br />

Portanto, primeiramente, peças com diâmetro, d, constante e igual a 100 mm e<br />

comprimentos, l, <strong>de</strong> 100, 350, 500 e 920 mm foram usinadas utilizando-se condições <strong>de</strong><br />

corte comumente utilizadas <strong>em</strong> fabricação e que teoricamente, segundo o mo<strong>de</strong>lo, não<br />

seriam fontes <strong>de</strong> excitação dinâmica <strong>de</strong> nenhum modo <strong>de</strong> vibração do conjunto tornopeça.<br />

As condições <strong>de</strong> corte selecionadas foram: velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, vC = 250 m/mim,<br />

avanço, f = 0,1 mm/rev e profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, aP = 0,5 mm.<br />

Posteriormente, peças com comprimento, l, constante e igual a 350 mm e diâmetros, d,<br />

equivalentes a 100, 70 e 40 mm foram também usinadas mantendo-se as mesmas<br />

condições <strong>de</strong> corte estipuladas anteriormente.<br />

O monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibração e <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> foi efetuado <strong>em</strong> diferentes<br />

posições da peça. Isto porque exist<strong>em</strong> alterações no comportamento vibracional ao<br />

longo da peça <strong>de</strong>vido à variação da posição da ferramenta <strong>de</strong> corte (ponto <strong>de</strong> corte) <strong>em</strong><br />

relação aos apoios da peça (castanhas e contra-ponta) durante a operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>.<br />

Representações das dimensões das peças utilizadas assim como das posições <strong>de</strong><br />

monitoramento (representadas pelas letras <strong>de</strong> A a E) <strong>em</strong> cada uma <strong>de</strong>las estão<br />

esqu<strong>em</strong>atizadas nas Figs. 3.12 e 3.13.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 74<br />

Figura 3.12 – Peças utilizadas para avaliar a influência do comprimento e respectivas<br />

posições <strong>de</strong> monitoramento.<br />

Figura 3.13 - Peças utilizadas para avaliar a influência do diâmetro e respectivas<br />

posições <strong>de</strong> monitoramento.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 75<br />

Para cada peça usada neste procedimento, uma nova aresta <strong>de</strong> corte foi utilizada para<br />

impossibilitar que o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta fosse mais uma variável do processo. Além<br />

disso, ao final <strong>de</strong> cada experimento, o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco na aresta foi mensurado para<br />

garantir que esta variável realmente não influenciou no experimento.<br />

3.2.2 Influência da Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte<br />

Os valores das freqüências naturais do conjunto torno-peça são <strong>de</strong>terminantes para o<br />

processo <strong>de</strong> corte porque se a velocida<strong>de</strong> rotacional do torno for submúltiplo, igual ou<br />

múltiplo <strong>de</strong> algum modo <strong>de</strong> vibração, o conjunto estará sendo excitado por freqüências<br />

que provocam vibrações com gran<strong>de</strong>s amplitu<strong>de</strong>s no conjunto. Como, segundo a Eq.<br />

2.2, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte é diretamente proporcional à velocida<strong>de</strong> rotacional do eixo<br />

árvore da máquina, avaliar os efeitos que alterações da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte provocam na<br />

operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> é essencial para a qualida<strong>de</strong> do processo.<br />

Por isso, este ensaio foi executado <strong>de</strong> maneira que todas as variáveis do processo,<br />

exceto a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, sejam consi<strong>de</strong>radas constantes, ou seja, diâmetro, d = 40<br />

mm, comprimento, l = 100 mm, avanço, f = 0,1 mm/rev, profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, aP = 0,5<br />

mm e novas arestas <strong>de</strong> corte para cada experimento.<br />

Como as freqüências naturais encontradas numericamente foram acima da faixa <strong>de</strong><br />

trabalho do torno (0,8 a 66,7 Hz), algumas das velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte foram <strong>de</strong>terminadas<br />

<strong>de</strong> maneira que a freqüência <strong>de</strong> excitação estivesse próxima <strong>de</strong> submúltiplos das<br />

freqüências naturais estimadas numericamente (condições teoricamente instáveis),<br />

enquanto que outras velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte foram especificadas conforme sua utilização<br />

<strong>em</strong> operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e outras que estivess<strong>em</strong> distantes dos submúltiplos das<br />

freqüências naturais do conjunto (condições teoricamente estáveis). Portanto, as<br />

velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte, vC, especificadas, as velocida<strong>de</strong>s rotacionais, n, e as freqüências <strong>de</strong><br />

excitação equivalentes estão mostradas na Tab. 3.5.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 76<br />

Tabela 3.5 – Velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte respectivas velocida<strong>de</strong>s rotacionais e freqüências <strong>de</strong><br />

excitação utilizadas na avaliação da influência da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte.<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> corte<br />

(m/min)<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

rotacional<br />

(rpm)<br />

Freqüência<br />

<strong>de</strong> excitação<br />

(Hz)<br />

50 398 6,6<br />

121 963 16,0<br />

173 1377 22,9<br />

226 1798 30,0<br />

234 1862 31,0<br />

241 1918 32,0<br />

245 1950 32,5<br />

249 1981 33,0<br />

279 2220 37,0<br />

324 2578 43,0<br />

396 3151 52,5<br />

437 3478 58,0<br />

467 3716 62,0<br />

Assim como no experimento anterior, os sinais <strong>de</strong> vibração e a rugosida<strong>de</strong> foram<br />

medidos <strong>em</strong> diferentes posições ao longo das peças e, ao final <strong>de</strong> cada teste, o <strong>de</strong>sgaste<br />

<strong>de</strong> flanco máximo <strong>de</strong> cada aresta foi mensurado para assegurar que esta variável não<br />

influenciou no sist<strong>em</strong>a. A peça utilizada nesta etapa e as posições <strong>de</strong> monitoramento<br />

estão representadas na Fig. 3.14.<br />

Figura 3.14 - Peça utilizada para avaliar a influência da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e<br />

respectivas posições <strong>de</strong> monitoramento.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 77<br />

3.2.3 Influência do Desgaste da Ferramenta<br />

O monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibração também foi efetuado durante ensaios <strong>de</strong> vida<br />

da ferramenta. Como adotado anteriormente, todas as variáveis do processo foram<br />

mantidas constantes ao longo <strong>de</strong> cada ensaio <strong>de</strong> vida, já que neste momento o objetivo<br />

foi avaliar a evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta ao longo da usinag<strong>em</strong> e sua influência<br />

no comportamento dinâmico do conjunto torno-peça durante o processo.<br />

Dois ensaios <strong>de</strong> vida foram executados <strong>em</strong> peças idênticas com diâmetro, d = 99 mm e<br />

comprimento, l = 500 mm com avanço, f = 0,1 mm/rev, profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, aP = 1<br />

mm. Somente a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte foi modificada <strong>de</strong> um ensaio para outro, sendo<br />

iguais a 600 m/min (1932 rpm = 32,2 Hz) e 575 m/min (1845 rpm = 30,7 Hz). Estas<br />

velocida<strong>de</strong>s foram estipuladas <strong>de</strong> forma a excitar o conjunto no primeiro (65,3 Hz) e<br />

terceiro (122,9 Hz) modos <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong>terminados numericamente.<br />

Durante cada ensaio <strong>de</strong> vida, a operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> iniciou com uma aresta nova<br />

usinando a partir da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta. A cada intervalo <strong>de</strong><br />

100 mm <strong>de</strong> percurso <strong>de</strong> avanço, o processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> foi parado, a ferramenta foi<br />

retirada da máquina e levada ao microscópio <strong>de</strong> medição Mitutoyo, mo<strong>de</strong>lo TM-505<br />

série 176, para se medir o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo, VBBmáx. O microscópio Mitutoyo<br />

e suas especificações técnicas estão mostrados na Fig. 3.15 e no Anexo VI,<br />

respectivamente.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 78<br />

Figura 3.15 – Microscópio <strong>de</strong> medição Mitutoyo, mo<strong>de</strong>lo TM-505 série 176.<br />

Em seguida, a ferramenta foi recolocada na máquina e um novo intervalo <strong>de</strong> percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 mm foi usinado. Este processo foi executado até que a aresta <strong>de</strong> corte<br />

avaliada atingisse um valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo equivalente ou superior ao do<br />

critério <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida estabelecido, que neste caso foi VBBmáx = 0,3 mm. Uma<br />

representação da peça e do procedimento <strong>de</strong>scrito está mostrada na Fig. 3.16.


Capítulo 3 – Metodologia Experimental 79<br />

Figura 3.16 – Representação da peça e do procedimento utilizados para avaliar a<br />

influência do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.<br />

Este procedimento é necessário para se <strong>de</strong>terminar a curva <strong>de</strong> vida da ferramenta, ou<br />

seja, a evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco da ferramenta ao longo do percurso <strong>de</strong> avanço.


CAPÍTULO 4<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Neste capítulo os resultados obtidos na presente pesquisa serão apresentados, discutidos<br />

e justificados baseando-se na revisão bibliográfica da usinag<strong>em</strong> dos metais e da análise<br />

estrutural dinâmica.<br />

4.1 Estudo do Comportamento Dinâmico<br />

4.1.1 Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica<br />

A malha da estrutura do torno gerada automaticamente pelo “software” da MSC durante<br />

a etapa <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica apresentou a configuração apresentada pela Fig 4.1.<br />

Figura 4.1 – Malha do torno gerada pelo “software”.<br />

80


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 81<br />

Como po<strong>de</strong> ser observado, o gerador automático <strong>de</strong> malhas do “software” refinou<br />

localmente as regiões que apresentavam pequenas dimensões para ajustar a malha à<br />

geometria complexa, gerando el<strong>em</strong>entos menos distorcidos e, conseqüent<strong>em</strong>ente,<br />

possibilitando que os resultados foss<strong>em</strong> mais precisos. O mo<strong>de</strong>lo do torno foi<br />

discretizado gerando uma malha com as características mostradas na Tab. 4.1.<br />

Tabela 4.1 – Características da malha do torno gerada pelo “software”.<br />

Discretização do Torno<br />

Forma do El<strong>em</strong>ento Tetragonal<br />

Comprimento Global das Arestas 22 mm<br />

Nº <strong>de</strong> El<strong>em</strong>entos 438.918<br />

Nº <strong>de</strong> Nós 707.527<br />

Graus <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong> 4.245.162<br />

Apesar do mo<strong>de</strong>lo já estar b<strong>em</strong> refinado, constituindo-se <strong>de</strong> aproximadamente 4,2<br />

milhões <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, foi analisada uma outra malha mais fina para comprovar<br />

que os resultados da malha um pouco mais grosseira não se modificaram<br />

expressivamente com o refinamento. A nova malha foi gerada com um comprimento<br />

global das arestas <strong>de</strong> 17 mm, gerando 575.693 el<strong>em</strong>entos, ou seja, cerca <strong>de</strong> 30 % mais<br />

el<strong>em</strong>entos que a primeira. Entretanto, conforme está apresentado na Tab. 4.2, o<br />

refinamento da malha não provocou alterações significativas nas primeiras freqüências<br />

naturais, sendo a máxima diferença percentual <strong>de</strong> –0,32 % para o 6º modo <strong>de</strong> vibração.<br />

Tabela 4.2 – Comparativo entre os modos <strong>de</strong> vibração das malhas.<br />

Modos <strong>de</strong> Freqüências <strong>em</strong> Hz da Freqüências <strong>em</strong> Hz da malha Diferença<br />

Vibração malha mais fina: 17 mm mais grosseira: 22 mm percentual<br />

1 69,913 70,09 -0,25%<br />

2 108,07 108,20 -0,12%<br />

3 122,35 122,43 -0,06%<br />

4 147,33 147,48 -0,10%<br />

5 153,86 154,22 -0,23%<br />

6 166,90 167,44 -0,32%<br />

7 171,84 172,21 -0,21%<br />

8 203,07 203,38 -0,15%<br />

9 228,91 229,21 -0,13%<br />

10 306,65 306,67 -0,01%


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 82<br />

Além <strong>de</strong> apresentar um resultado b<strong>em</strong> confiável, o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> processamento do mo<strong>de</strong>lo<br />

do torno com a malha mais grosseira foi cerca <strong>de</strong> 5 horas menor que o t<strong>em</strong>po referente<br />

ao mo<strong>de</strong>lo mais refinado, ou seja, houve uma redução <strong>de</strong> 39% no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

processamento s<strong>em</strong> significativa elevação no erro dos resultados. Por isso, foi adotado<br />

um comprimento global das arestas <strong>de</strong> 22 mm na geração das malhas para todos os<br />

<strong>de</strong>mais mo<strong>de</strong>los do torno e peça analisados.<br />

A configuração do computador utilizado para o processamento do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />

finitos é uma característica essencial para a solução <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los gran<strong>de</strong>s e complexos.<br />

Geralmente são utilizados processamento paralelo ou estações <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>dicadas<br />

para o processamento <strong>de</strong>stes softwares com o objetivo <strong>de</strong> minimizar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

processamento. Entretanto, no presente estudo, um computador comum com um<br />

processador Pentium 4 2.0 MHz, 1.5 GB <strong>de</strong> m<strong>em</strong>ória RAM e um disco rígido com 120<br />

GB <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> foi usado na mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica da máquina.<br />

Po<strong>de</strong>-se observar na Tab. 4.2 que a primeira freqüência natural do torno foi superior ao<br />

limite <strong>de</strong> sua faixa <strong>de</strong> trabalho, que é igual a 4000 rpm (66,7 Hz). Isto significou que<br />

qualquer excitação dinâmica externa, com freqüência compreendida <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong><br />

trabalho do torno, aplicada à estrutura da máquina não excitaria nenhum <strong>de</strong> seus modos<br />

<strong>de</strong> vibração. Entretanto, os submúltiplos dos modos <strong>de</strong> vibração po<strong>de</strong>riam ser excitados<br />

e causar gran<strong>de</strong>s amplitu<strong>de</strong>s vibracionais.<br />

Para cada freqüência natural foi <strong>de</strong>terminado seu respectivo modo <strong>de</strong> vibração, ou seja,<br />

o comportamento vibracional natural da estrutura relativo a cada uma das freqüências<br />

naturais. O modo <strong>de</strong> vibração da primeira freqüência natural do torno está mostrado na<br />

Fig. 4.2.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 83<br />

Figura 4.2 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª freqüência natural do torno (70,1 Hz).<br />

A escala apresentada à direita da Fig. 4.2 está <strong>em</strong> milímetros e representa o<br />

<strong>de</strong>slocamento relativo entre os componentes da estrutura para o respectivo modo <strong>de</strong><br />

vibração, que neste caso observa-se que a região da torre (<strong>em</strong> vermelho) obteve um<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> 1,85 mm <strong>em</strong> relação à área localizada próxima ao solo (<strong>em</strong> branco).<br />

Conforme citado no Capítulo 3, nove peças com dimensões diferenciadas foram<br />

incluídas no mo<strong>de</strong>lo do torno para se avaliar a diferença vibracional entre elas. As<br />

freqüências naturais para cada conjunto torno-peça analisado numericamente estão<br />

mostradas na Tab. 4.3.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 84<br />

Tabela 4.3 – Modos <strong>de</strong> Vibração obtidos numericamente pelo método dos el<strong>em</strong>entos<br />

Dimensões da<br />

peça (mm)<br />

Modos<br />

<strong>de</strong> Torno<br />

vibração<br />

d=100<br />

e<br />

l=1000<br />

Torno<br />

e peça<br />

1<br />

d=100<br />

e<br />

l=500<br />

Torno<br />

e peça<br />

2<br />

finitos (Hz).<br />

d=100<br />

e<br />

l=350<br />

Torno<br />

e peça<br />

3<br />

d=100<br />

e<br />

l=100<br />

Torno<br />

e peça<br />

4<br />

d=70<br />

e<br />

l=350<br />

Torno<br />

e<br />

peça<br />

5<br />

d=40<br />

e<br />

l=350<br />

Torno<br />

e<br />

peça<br />

6<br />

d=40<br />

e<br />

l=100<br />

Torno<br />

e<br />

peça<br />

7<br />

d=40<br />

e<br />

l=975<br />

Torno<br />

e<br />

peça<br />

8<br />

d=74<br />

e<br />

l=524<br />

Torno<br />

e<br />

peça<br />

9<br />

1 70.1 66.7 65.3 63.3 61.8 63.8 64.1 62.0 69.1 66.6<br />

2 108.2 87.3 111.9 112.1 119.4 112.1 112.1 119.3 98.6 113.1<br />

3 122.4 97.5 122.9 124.2 129.5 125.5 125.8 128.0 101.5 125.3<br />

4 147.5 109.1 128.6 134.2 133.7 140.8 141.4 133.3 109.8 141.8<br />

5 154.2 117.7 142.3 163.5 165.5 166.8 167.0 165.0 122.5 162.5<br />

6 167.4 145.8 154.9 166.6 174.9 170.1 171.1 172.0 147.8 169.7<br />

7 172.2 154.6 169.0 172.0 188.5 172.3 172.3 186.3 155.5 170.5<br />

8 203.4 170.4 170.1 178.0 230.6 211.3 214.5 230.8 171.2 184.5<br />

9 229.2 170.5 175.5 205.6 247.7 231.1 233.4 248.3 171.9 208.8<br />

10 306.7 204.8 211.4 218.4 319.4 244.8 303.4 306.1 206.0 219.1<br />

Os resultados mostraram que a inclusão <strong>de</strong> peças no mo<strong>de</strong>lo do torno provocou<br />

alterações tanto nas freqüências naturais quanto nos modos <strong>de</strong> vibração dos conjuntos<br />

torno-peça. Em algumas situações, como no caso das peças <strong>de</strong> 3 a 7, a primeira<br />

freqüência natural do conjunto foi inferior ao limite <strong>de</strong> trabalho da máquina (66,7 Hz) e,<br />

portanto, eventuais excitações dinâmicas externas com freqüências compreendidas na<br />

faixa <strong>de</strong> trabalho da máquina po<strong>de</strong>riam excitar estes sist<strong>em</strong>as torno-peça <strong>em</strong> seu<br />

primeiro modo <strong>de</strong> vibração assim como <strong>em</strong> submúltiplos <strong>de</strong>ste e dos <strong>de</strong>mais modos.<br />

Po<strong>de</strong>-se observar <strong>em</strong> alguns conjuntos a existência <strong>de</strong> algumas freqüências, como a <strong>de</strong><br />

87,3 e 97,3 Hz no sist<strong>em</strong>a torno-peça 1, que não existiam no mo<strong>de</strong>lo da estrutura do<br />

torno. Estas correspon<strong>de</strong>ram predominant<strong>em</strong>ente aos modos <strong>de</strong> vibração da peça e não<br />

da estrutura da máquina, conforme ilustrado na Fig. 4.3. Isto indicou que as<br />

características dinâmicas das peças com diferentes dimensões provavelmente<br />

influenciaram no comportamento dinâmico e nas freqüências naturais dos diferentes<br />

sist<strong>em</strong>as torno-peça.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 85<br />

Figura 4.3 – Modo <strong>de</strong> vibração da 2ª freqüência natural do conjunto torno-peça 1 (87,3<br />

Hz).<br />

Além disso, comparando-se os conjuntos torno-peça <strong>de</strong> 1 a 4 (avaliação da influência do<br />

comprimento da peça no comportamento dinâmico) e os conjuntos 3, 5 e 6 (avaliação da<br />

influência do diâmetro da peça no comportamento dinâmico), verificou-se que as<br />

modificações no comprimento da peça provocaram alterações mais significativas no<br />

comportamento vibracional do conjunto do que mudanças no diâmetro da peça.<br />

Mahdavinejad (2005) também analisou o comportamento dinâmico da peça 8 (40 x 975<br />

mm) <strong>em</strong> um outro torno utilizando o método dos el<strong>em</strong>entos finitos, entretanto o<br />

“software” comercial <strong>em</strong>pregado foi o “ANSYS”. Os valores <strong>de</strong> freqüência obtidos no<br />

presente estudo foram similares aos <strong>de</strong>terminados por Mahdavinejad (2005).<br />

Comparando-se a primeira freqüência natural do referido autor (74,072 Hz) e a obtida<br />

no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ste trabalho (69,1 Hz), po<strong>de</strong>-se observar que a diferença foi insignificante<br />

consi<strong>de</strong>rando que as estruturas das máquinas eram diferenciadas, que a malha do<br />

presente mo<strong>de</strong>lo foi mais refinada e que diferentes aproximações foram realizadas para<br />

cada mo<strong>de</strong>lo.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 86<br />

Observando-se os modos <strong>de</strong> vibração dos conjuntos torno-peça, i<strong>de</strong>ntificou-se que os<br />

maiores <strong>de</strong>slocamentos se localizaram, <strong>em</strong> sua maioria, <strong>em</strong> regiões do eixo árvore, do<br />

porta-ferramenta e do contra-ponta que ficam <strong>em</strong> contato com a peça usinada. Um<br />

ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>ste comportamento está mostrado na Fig. 4.4, correspon<strong>de</strong>ndo ao modo <strong>de</strong><br />

vibração da primeira freqüência natural do conjunto torno-peça 3, que apresenta<br />

dimensões <strong>de</strong> peça (d = 100 mm e l = 350 mm) bastante comuns <strong>em</strong> operações <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>. Portanto, o acabamento superficial da peça, o nível vibracional do conjunto e<br />

a vida da ferramenta po<strong>de</strong>m piorar consi<strong>de</strong>ravelmente caso a velocida<strong>de</strong> rotacional do<br />

torno esteja próxima <strong>de</strong> algum submúltiplo das freqüências naturais.<br />

Figura 4.4 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª freqüência natural do conjunto torno-peça 3 (63,3<br />

Hz).<br />

Como o conjunto torno-peça 9 (74 x 524 mm) foi utilizado na etapa <strong>de</strong> comparação e<br />

correlação da mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica com resultados experimentais, algumas<br />

consi<strong>de</strong>rações especiais sobre as freqüências naturais (Tab. 4.3) <strong>de</strong>ste conjunto po<strong>de</strong>rão<br />

ser necessárias para a análise do próximo it<strong>em</strong>.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 87<br />

4.1.2 Comparação e Correlação da Mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> Numérica com Resultados<br />

Experimentais<br />

Os sinais dos acelerômetros foram adquiridos <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po, mas a resposta no<br />

domínio do t<strong>em</strong>po não é suficiente para as comparações necessárias para a validação do<br />

mo<strong>de</strong>lo numérico. Portanto, para estabelecer a resposta no domínio da freqüência, a<br />

Transformada Rápida <strong>de</strong> Fourier (FFT) foi calculada, utilizando-se o “software Matlab”,<br />

para cada conjunto <strong>de</strong> dados.<br />

Os sinais <strong>de</strong> vibração coletados no conjunto torno-peça 9 (74 x 524 mm) com o torno e<br />

todas as <strong>de</strong>mais máquinas presentes na oficina <strong>de</strong>sligadas apresentaram uma resposta no<br />

domínio da freqüência conforme mostrado na Fig 4.5.<br />

Figura 4.5 – Resposta <strong>em</strong> freqüência do conjunto torno-peça 9 (74 x 524 mm) s<strong>em</strong><br />

excitação.<br />

Po<strong>de</strong>-se observar na Fig. 4.5 a presença da resposta no domínio da freqüência dos 7<br />

acelerômetros ilustrados na Fig. 3.5. Os canais representados no gráfico foram<br />

relacionados aos acelerômetros posicionados no eixo árvore do torno nas três direções,<br />

no contra-ponta nas direções Y e Z e no porta-ferramenta nas direções Y e Z e foram<br />

<strong>de</strong>signados por Torre_x, Torre_y, Torre_z, Contra_Ponta_y, Contra_Ponta_z,


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 88<br />

Porta_Fer_y e Porta_Fer_z, respectivamente. Alguns <strong>de</strong>stes sinais não estavam visíveis<br />

nesta figura por ter<strong>em</strong> sido sobrepostos pelos <strong>de</strong>mais.<br />

Como, neste caso, tanto a excitação por impulso quanto a dinâmica foram <strong>de</strong>scartadas,<br />

po<strong>de</strong>ndo existir somente alguma excitação (ruído) proveniente do solo, acreditou-se que<br />

as freqüências <strong>de</strong>stacadas neste ensaio correspon<strong>de</strong>m ao movimento <strong>de</strong> corpo rígido.<br />

Isto porque a maior amplitu<strong>de</strong> do sinal encontrou-se b<strong>em</strong> próximo <strong>de</strong> zero, freqüência<br />

característica do movimento <strong>de</strong> corpo rígido, e este comportamento se observou também<br />

<strong>em</strong> 20 Hz. Este tipo <strong>de</strong> movimento não foi i<strong>de</strong>ntificado no mo<strong>de</strong>lo numérico porque a<br />

condição <strong>de</strong> apoio ao piso do torno não foi representada com total veracida<strong>de</strong>, já que o<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> ambos os sentidos da direção Y foi restringido no mo<strong>de</strong>lo e na<br />

realida<strong>de</strong> somente o <strong>de</strong>slocamento do torno no sentido negativo <strong>de</strong> Y está restrito.<br />

A resposta no domínio do t<strong>em</strong>po dos sinais <strong>de</strong> vibração adquiridos nos experimentos<br />

com excitação <strong>em</strong> impulso na direção <strong>de</strong> cada acelerômetro apresentaram<br />

comportamentos similares, alterando-se somente as amplitu<strong>de</strong>s dos sinais para cada<br />

impacto, sendo que o sinal do acelerômetro correspon<strong>de</strong>nte à direção do impacto teve<br />

sua amplitu<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>stacada quando comparada com os <strong>de</strong>mais. A resposta no t<strong>em</strong>po<br />

relativo à excitação por impulso na direção Z do contra-ponta está mostrada na Fig. 4.6.<br />

Figura 4.6 – Resposta no t<strong>em</strong>po da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do contra-ponta.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 89<br />

A resposta <strong>em</strong> freqüência das excitações por impulso realizadas na direção Y da torre,<br />

do contra-ponta e do porta-ferramenta estão mostrados nas Figs. 4.7, 4.8 e 4.9,<br />

respectivamente. Estes e os <strong>de</strong>mais gráficos também estão apresentados no Anexo VII.<br />

Figura 4.7 – Resposta na frequência da excitação por impulso na direção Y da torre.<br />

Figura 4.8 – Resposta <strong>em</strong> frequência da excitação por impulso na direção Y do contra-<br />

ponta.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 90<br />

Figura 4.9 – Resposta <strong>em</strong> frequência da excitação por impulso na direção Y do porta-<br />

ferramenta.<br />

Conforme po<strong>de</strong> ser observado nas Figs. <strong>de</strong> 4.7 a 4.9, os sinais no domínio da freqüência<br />

apresentaram comportamentos diferenciados, já que cada acelerômetro evi<strong>de</strong>nciou as<br />

freqüências com maior energia ou mais excitadas <strong>em</strong> sua respectiva direção <strong>de</strong>vido à<br />

excitação por impulso <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada posição e componente da estrutura. Além disso,<br />

alguns valores <strong>de</strong> freqüência i<strong>de</strong>ntificados experimentalmente não apareceram<br />

explicitamente nos resultados numéricos representando um <strong>de</strong>terminado modo <strong>de</strong><br />

vibração. Isto mostrou a tendência dos submúltiplos e dos múltiplos dos modos <strong>de</strong><br />

vibração também estar<strong>em</strong> presentes experimentalmente e, portanto, influenciar<strong>em</strong> o<br />

comportamento dinâmico da estrutura.<br />

Objetivando a comparação e correlação entre os resultados numéricos e experimentais,<br />

uma análise criteriosa dos valores <strong>de</strong> freqüência i<strong>de</strong>ntificados foi efetuada, consi<strong>de</strong>rando<br />

cada acelerômetro e cada posição da excitação por impulso.<br />

Cada freqüência experimental <strong>de</strong>stacada foi correlacionada com submúltiplos, múltiplos<br />

ou os próprios modos <strong>de</strong> vibração <strong>de</strong>terminados numericamente. Com o objetivo <strong>de</strong><br />

correlacionar coerent<strong>em</strong>ente as freqüências experimentais, o comportamento vibracional<br />

numérico <strong>de</strong> toda a estrutura <strong>em</strong> cada modo <strong>de</strong> vibração foi comparado com o


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 91<br />

comportamento dos acelerômetros <strong>em</strong> cada direção na freqüência analisada. Desta<br />

forma, foi possível i<strong>de</strong>ntificar os modos <strong>de</strong> vibração numéricos (ou submúltiplos ou<br />

múltiplos) correspon<strong>de</strong>ntes para cada freqüência experimental <strong>de</strong>stacada.<br />

Ao final da análise da resposta <strong>em</strong> freqüência dos sinais <strong>de</strong> todas as excitações <strong>em</strong><br />

impulso, foram i<strong>de</strong>ntificados experimentalmente submúltiplos, múltiplos e os próprios<br />

modos <strong>de</strong> vibrações <strong>em</strong> várias ocasiões. Desta forma, uma representação gráfica da<br />

repetitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada modo <strong>de</strong> vibração teórico sob qualquer forma (submúltiplo,<br />

múltiplo e o modo) nos experimentos <strong>em</strong> impulso foi elaborada e está mostrada na Fig.<br />

4.10. Nesta figura, os valores sombreados <strong>em</strong> cinza são as freqüências naturais<br />

<strong>de</strong>terminadas numericamente. Abaixo <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas freqüências encontra-se o<br />

número <strong>de</strong> vezes que esta freqüência foi i<strong>de</strong>ntificada experimentalmente na forma <strong>de</strong><br />

submúltiplos, múltiplos ou a própria freqüência natural. Acima <strong>de</strong>las encontra-se a<br />

representação gráfica <strong>de</strong>sta repetitivida<strong>de</strong>.<br />

Figura 4.10 – Representação gráfica da repetitivida<strong>de</strong> das freqüências numéricas nos<br />

sinais adquiridos com excitação por impulso.<br />

A partir <strong>de</strong>ste gráfico po<strong>de</strong>-se verificar a ocorrência dos nove primeiros modos <strong>de</strong><br />

vibração <strong>de</strong>terminados numericamente e as freqüências <strong>de</strong> 141,8 e 170,5 Hz foram mais<br />

evi<strong>de</strong>ntes nos sinais, seguida pelas freqüências <strong>de</strong> 113,1 e 125,3 Hz, respectivamente.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 92<br />

Po<strong>de</strong>-se observar ainda uma maior incidência <strong>de</strong> submúltiplos das freqüências teóricas<br />

do que os próprios modos <strong>de</strong> vibração e seus múltiplos. Uma justificativa para este<br />

acontecimento po<strong>de</strong> ser o fato das freqüências naturais do conjunto estar muito superior<br />

à freqüência <strong>de</strong> excitação.<br />

Nesta análise, todos os valores <strong>de</strong> freqüências medidos foram encontrados no interior<br />

das faixas especificadas na Tab. 4.4. Para cada valor medido relacionado com um valor<br />

numérico, o erro percentual <strong>de</strong>ste <strong>em</strong> relação àquele foi calculado, sendo que o valor<br />

medido foi consi<strong>de</strong>rado verda<strong>de</strong>iro por representar os acontecimentos reais. Os<br />

máximos erros percentuais para cada freqüência teórica estão também apresentados na<br />

Tab. 4.4.<br />

Tabela 4.4 – Faixa <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> freqüência experimental encontrada no ensaio com o<br />

martelo <strong>de</strong> impacto e máximo erro percentual.<br />

Freqüências<br />

Faixa dos Valores<br />

Naturais do<br />

Medidos<br />

Mo<strong>de</strong>lo do<br />

Torno com<br />

Peça 9 (Hz) Mínimo Máximo<br />

(Hz)<br />

(Hz)<br />

Máximo<br />

Erro<br />

Percentual<br />

66,6 61,8 67,8 8,4%<br />

113,1 106,8 135,6 16,7%<br />

125,3 120,8 135,6 7,8%<br />

141,8 123,6 145,0 14,9%<br />

162,5 162,0 180,8 9,8%<br />

169,7 164,8 180,8 6,0%<br />

170,5 164,0 180,8 5,4%<br />

184,5 182,0 203,4 9,0%<br />

208,8 200,0 226,0 7,5%<br />

219,1 - - -<br />

Observando-se os erros máximos percentuais <strong>de</strong> cada freqüência, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar<br />

que o mo<strong>de</strong>lo gerado numericamente representou o conjunto torno-peça com um baixo<br />

erro percentual, sendo o maior equivalente a 16,7% para a 2ª freqüência natural (113,1<br />

Hz). As diferenças encontradas po<strong>de</strong>m ser justificadas pelas inúmeras aproximações e<br />

simplificações assumidas durante a etapa <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> como, por ex<strong>em</strong>plo, os erros do<br />

mo<strong>de</strong>lo geométrico causado pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medição, a consi<strong>de</strong>ração do torno ser<br />

todo composto <strong>de</strong> ferro fundido, a inexistência dos componentes mecânicos (motores,<br />

polias, etc.) do torno no mo<strong>de</strong>lo e a representação aproximada das restrições do torno


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 93<br />

com o piso. Outra possível fonte <strong>de</strong> erros foi a utilização <strong>de</strong> forma imprecisa do martelo<br />

<strong>de</strong> impulso, já que não houve forma <strong>de</strong> garantir que este incidisse exatamente <strong>em</strong> 90º<br />

com a superfície conforme a obrigatorieda<strong>de</strong> exigida pelo fabricante.<br />

Após o experimento <strong>de</strong> validação com a excitação por impulso, o procedimento <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong>scrito no it<strong>em</strong> 3.1.2, consi<strong>de</strong>rado como uma excitação dinâmica do<br />

conjunto torno-peça 9 (74 x 524 mm), foi realizado para verificar a aplicabilida<strong>de</strong> do<br />

mo<strong>de</strong>lo gerado numericamente quando a estrutura estiver submetida a carregamentos<br />

dinâmicos.<br />

A resposta do sist<strong>em</strong>a no domínio do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>ste procedimento <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, Fig. 4.11,<br />

mostrou elevações na amplitu<strong>de</strong> do sinal nos instantes que ocorreram as alterações da<br />

velocida<strong>de</strong> rotacional, que variou <strong>de</strong> 240 rpm (4 Hz) a 480 rpm (8 Hz).<br />

Figura 4.11 – Resposta no t<strong>em</strong>po dos sinais adquiridos no experimento com a excitação<br />

dinâmica.<br />

Estes sinais no domínio da freqüência apresentaram um comportamento mais uniforme<br />

ao longo do espectro <strong>de</strong> freqüências, dificultando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> picos <strong>de</strong> freqüências<br />

com maior energia e, conseqüent<strong>em</strong>ente, aumentando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erros. O gráfico


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 94<br />

<strong>em</strong> freqüência s<strong>em</strong> os sinais dos acelerômetros localizados no porta-ferramenta está<br />

mostrado na Fig. 4.12. Estes sinais foram retirados <strong>de</strong>ste gráfico por estar<strong>em</strong> muito<br />

homogêneos (s<strong>em</strong> picos relevantes) e para facilitar a visualização dos picos mais<br />

aparentes dos <strong>de</strong>mais acelerômetros, já que estes estavam encobertos por aqueles. Este e<br />

os outros gráficos obtidos neste experimento estão expostos no Anexo VIII.<br />

Figura 4.12 – Resposta <strong>em</strong> frequência dos sinais adquiridos no experimento com a<br />

excitação dinâmica, excluindo-se os sinais dos acelerômetros localizados no portaferramenta.<br />

De forma s<strong>em</strong>elhante ao experimento com o martelo <strong>de</strong> impulso, uma comparação<br />

minuciosa entre os valores <strong>de</strong> freqüência i<strong>de</strong>ntificados na Fig. 4.12 e as freqüências<br />

naturais obtidas numericamente foi realizada. Como neste experimento as influências<br />

dinâmicas do carregamento sobre o conjunto torno-peça também foram medidas e a<br />

estas não foram avaliadas na mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica, os limites <strong>de</strong> freqüências (ou faixa<br />

<strong>de</strong> freqüência) encontradas no experimento anterior foram utilizadas como limite para a<br />

correlação entre as freqüências medidas e as teóricas.<br />

A repetitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada freqüência teórica está representada graficamente na Fig. 4.13.<br />

As freqüências com maior evidência neste experimento foram um pouco diferentes,


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 95<br />

sendo que a freqüência experimental que mais se sobressaiu foi a <strong>de</strong> 113,1 Hz que ficou<br />

<strong>em</strong> segundo lugar na análise anterior. As freqüências <strong>de</strong> 125,3 e 184,5 Hz estão com a<br />

segunda maior incidência neste experimento, seguida pela <strong>de</strong> 169,5 Hz.<br />

Figura 4.13 – Representação gráfica da repetitivida<strong>de</strong> das freqüências numéricas nos<br />

sinais adquiridos com excitação dinâmica.<br />

O principal objetivo da avaliação das freqüências neste ensaio com excitação dinâmica<br />

foi verificar a hipótese do mo<strong>de</strong>lo numérico do comportamento natural do conjunto<br />

torno-peça, s<strong>em</strong> a análise numérica com aplicação <strong>de</strong> excitação dinâmica, ainda se<br />

correlacionava com o comportamento vibracional real da estrutura mantendo um baixo<br />

erro. Contudo, a alteração do valor da freqüência com maior incidência neste ensaio <strong>em</strong><br />

relação ao anterior não foi suficiente para <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar esta hipótese.<br />

Portanto, assim como anteriormente, foi necessário <strong>de</strong>terminar os máximos erros<br />

percentuais para cada freqüência teórica. Estes valores estão mostrados na Tab. 4.5.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 96<br />

Tabela 4.5 – Máximos erros percentuais <strong>de</strong>terminados no ensaio com excitação<br />

dinâmica.<br />

Freqüências Faixa <strong>de</strong> Valores<br />

Naturais do Consi<strong>de</strong>rados (Hz)<br />

Mo<strong>de</strong>lo do Torno<br />

com Peça 9 (Hz) Mínimo Máximo<br />

(Hz) (Hz)<br />

Máximo Erro<br />

Percentual<br />

66,6 61,8 67,8 4,1%<br />

113,1 106,8 135,6 6,5%<br />

125,3 120,8 135,6 2,8%<br />

141,8 123,6 145,0 4,2%<br />

162,5 162,0 180,8 2,5%<br />

169,7 164,8 180,8 2,2%<br />

170,5 164,0 180,8 2,6%<br />

184,5 182,0 203,4 6,5%<br />

208,8 200,0 226,0 -<br />

219,1 218,5 0,6%<br />

Observando-se a Tab. 4.5, verificou-se que o maior erro percentual encontrado foi 6,5%<br />

para a 2ª e 8ª freqüências naturais teóricas, mostrando a tendência que mesmo<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando o carregamento dinâmico no mo<strong>de</strong>lo, os valores das freqüências<br />

<strong>de</strong>terminadas numericamente ainda representaram o comportamento vibracional do<br />

conjunto torno-peça durante o ensaio <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> com pequenos <strong>de</strong>svios.<br />

O movimento <strong>de</strong> corpo rígido i<strong>de</strong>ntificado anteriormente também esteve presente neste<br />

ensaio já que os maiores picos dos sinais estavam próximos <strong>de</strong> zero, conforme po<strong>de</strong> ser<br />

visto na Fig. 4.14.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 97<br />

Figura 4.14 – Detalhe da resposta <strong>em</strong> freqüência dos sinais adquiridos no experimento<br />

com excitação dinâmica.<br />

A correlação dos resultados experimentais com o mo<strong>de</strong>lo numérico do conjunto tornopeça<br />

9 (74 x 524 mm) sugeriu que o mo<strong>de</strong>lo gerado para a estrutura do torno também<br />

representou muito b<strong>em</strong> o comportamento vibracional do torno. Portanto, extrapolando<br />

estes resultados para os <strong>de</strong>mais sist<strong>em</strong>as torno-peça, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que as<br />

freqüências naturais e os modos <strong>de</strong> vibração do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>sta máquina e qualquer peça<br />

representaram com um erro máximo próximo <strong>de</strong> 17% os sist<strong>em</strong>as idênticos aos<br />

mo<strong>de</strong>los.<br />

4.2 Monitoramento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Usinag<strong>em</strong><br />

4.2.1 Influência das Dimensões da Peça<br />

Conforme observado numericamente, as dimensões da peça influenciaram no<br />

comportamento dinâmico estrutural dos sist<strong>em</strong>as torno e peça. Neste momento, os<br />

resultados das operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> realizados para verificar esta influência e seus<br />

efeitos na rugosida<strong>de</strong> da peça estão apresentados e discutidos. O conhecimento do<br />

comportamento dinâmico <strong>de</strong> cada conjunto torno-peça obtido pela mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 98<br />

e os fundamentos da usinag<strong>em</strong> dos metais foram utilizados para se compreen<strong>de</strong>r e<br />

justificar os resultados.<br />

Todos os espectros <strong>de</strong> freqüência da avaliação experimental do comprimento e do<br />

diâmetro da peça estão mostrados nos Anexos IX e X, respectivamente. Aqueles que<br />

apresentaram as características mais significativas para este trabalho foram<br />

reproduzidos neste it<strong>em</strong> para maiores discussões.<br />

Como <strong>de</strong>scrito no Capítulo 3, o monitoramento das vibrações foi realizado <strong>em</strong> várias<br />

posições ao longo <strong>de</strong> cada peça medida. Os espectros <strong>de</strong> freqüências <strong>de</strong>terminados nas<br />

posições ao longo da peça 3 (100 x 350 mm), partindo da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> próxima das<br />

castanhas até a localizada perto do contra-ponta estão apresentados da Fig. 4.15 a Fig.<br />

4.18.<br />

Figura 4.15 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 99<br />

Figura 4.16 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima das castanhas, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm<br />

e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.17 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5<br />

mm e vc=250 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 100<br />

Figura 4.18 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.<br />

Os espectros <strong>de</strong> freqüência mostrados nas Figs. <strong>de</strong> 4.15 a 4.18 foram restritos à faixa <strong>de</strong><br />

freqüência <strong>de</strong> operação do torno. Os sinais dos canais <strong>de</strong> 6 a 8, relativo aos<br />

acelerômetros localizados no porta-ferramenta e suporte, da Fig. 4.15 apresentaram uma<br />

forma diferenciada dos <strong>de</strong>mais. Este comportamento po<strong>de</strong> ter ocorrido porque durante a<br />

aquisição <strong>de</strong>stes sinais o cavaco se enrolou na ferramenta <strong>de</strong> corte, provocando<br />

inúmeros impactos do cavaco contra os componentes do sist<strong>em</strong>a. Estes choques foram<br />

suficientes excitar o porta-ferramenta e para elevar os sinais dos acelerômetros a ponto<br />

<strong>de</strong> ultrapassar a faixa linear <strong>de</strong> operação <strong>de</strong>stes transdutores. Entretanto, mesmo fora da<br />

faixa linear <strong>de</strong> operação, eles foram capazes <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar algumas freqüências<br />

significativas dinamicamente, como a <strong>de</strong> 62,5 Hz que provavelmente correspon<strong>de</strong> à<br />

primeira freqüência natural <strong>de</strong>ste conjunto (63,3 Hz), que está representada na Fig. 4.4,<br />

já que esta freqüência também estava <strong>de</strong>stacada nas <strong>de</strong>mais posições da peça.<br />

Apesar da primeira freqüência natural <strong>de</strong>ste conjunto ter aparecido explicitamente no<br />

espectro <strong>de</strong> freqüências, outras freqüências ainda foram <strong>de</strong>monstradas nestas figuras.<br />

Entretanto, como já <strong>de</strong>scrito anteriormente, algumas freqüências po<strong>de</strong>m estar


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 101<br />

relacionadas a algum submúltiplo ou múltiplo das naturais do sist<strong>em</strong>a, exigindo que<br />

uma comparação similar à <strong>de</strong>scrita no it<strong>em</strong> 4.1.2, porém menos minuciosa fosse<br />

realizada.<br />

A freqüência <strong>de</strong> excitação do experimento (13,3 Hz) se <strong>de</strong>stacou nas Figs. 4.16, 4.17 e<br />

4.18, sendo que nesta última o 1º múltiplo da excitação (26.6 Hz) apresentou com<br />

energia superior. A manifestação <strong>de</strong>sta freqüência e seu múltiplo pu<strong>de</strong>ram também ser<br />

verificados numericamente e correlacionados a um submúltiplo da 4ª (134,2 Hz)<br />

freqüência natural <strong>de</strong>ste conjunto que apresenta <strong>de</strong>slocamentos acentuados na direção<br />

Y, conforme po<strong>de</strong> ser confirmado na Fig. 4.19.<br />

A freqüência <strong>de</strong> 17,5 Hz, que apareceu com amplitu<strong>de</strong>s elevadas, po<strong>de</strong> ter caracterizado<br />

uma superposição dos submúltiplos das 7ª e 8ª freqüências naturais do conjunto, 172,0 e<br />

178,0 Hz, respectivamente.<br />

Desconsi<strong>de</strong>rando os efeitos que o cavaco provocou <strong>em</strong> alguns acelerômetros, <strong>em</strong> geral<br />

os sinais apresentaram uma elevação na amplitu<strong>de</strong> à medida que a ferramenta se<br />

<strong>de</strong>slocou da região da peça próxima das castanhas para outra extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça. Isto<br />

já era esperado porque a fixação da peça nas castanhas é mais rígida do que sua<br />

ancorag<strong>em</strong> no contra-ponta. Este comportamento dos sinais ao longo do comprimento<br />

também se repetiu para as outras peças, conforme po<strong>de</strong> ser verificado nos gráficos<br />

apresentados no Anexo IX.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 102<br />

Figura 4.19 – Modo <strong>de</strong> vibração da 4ª freqüência natural do conjunto torno-peça 3<br />

(134,2 Hz).<br />

Já que a rigi<strong>de</strong>z da fixação da peça pelo contra-ponta foi inferior, indicando maior<br />

sensibilida<strong>de</strong> às vibrações nesta região, os espectros <strong>de</strong> freqüência para esta localização<br />

<strong>em</strong> todas as peças foram mostrados nas Figs. <strong>de</strong> 4.20 a 4.23 para a análise da influência<br />

dinâmica do comprimento das peças.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 103<br />

Figura 4.20 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.<br />

Figura 4.21 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 104<br />

Figura 4.22 – Espectro <strong>de</strong> freqüências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0.5 mm e vc=250<br />

m/min.<br />

Figura 4.23 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 105<br />

Ao contrário do que se esperava, <strong>em</strong> geral, o nível vibracional experimental reduziu<br />

com o aumento do comprimento da peça, conforme po<strong>de</strong> ser observado nas Figs. <strong>de</strong><br />

4.20 a 4.23. Durante a usinag<strong>em</strong> das peças na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> próxima do contra-ponta, o<br />

porta-ferramenta se distanciou da torre à medida que se aumentou o comprimento da<br />

peça. Neste caso, cada posição diferenciada do porta-ferramenta configurou um sist<strong>em</strong>a<br />

dinâmico diferente dos <strong>de</strong>mais e distinta da situação utilizada na mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> numérica,<br />

na qual o porta-ferramenta s<strong>em</strong>pre foi posicionado na região central da peça. Isto po<strong>de</strong><br />

ser uma justificativa para a diferença encontrada nestes resultados.<br />

Assim como observado anteriormente para a peça 3 (100 x 350 mm), os picos mais<br />

<strong>em</strong>inentes no espectro <strong>de</strong> freqüências para as <strong>de</strong>mais peças pu<strong>de</strong>ram ser relacionados<br />

por modos <strong>de</strong> vibração numéricos ou pela excitação dinâmica.<br />

Na Fig. 4.20, a maior amplitu<strong>de</strong> do sinal foi referente à freqüência <strong>de</strong> 13,5 Hz que po<strong>de</strong><br />

ser uma superposição da freqüência <strong>de</strong> excitação (13,3 Hz) com um submúltiplo da 4ª<br />

natural do sist<strong>em</strong>a (133,7 Hz). A freqüência <strong>de</strong> 17,5 Hz po<strong>de</strong> ser um submúltiplo da 6ª<br />

natural do conjunto (174,9 Hz). E as freqüências 62,5 e 31,2 Hz po<strong>de</strong>m ser a 1ª<br />

freqüência natural <strong>de</strong>sta estrutura (61,8 Hz) e seu submúltiplo, respectivamente.<br />

Na usinag<strong>em</strong> da peça 2 (100 x 500 mm), Fig. 4.22, as freqüências 11,5 e 15,5 Hz po<strong>de</strong>m<br />

ser submúltiplos da 2ª (111,9 Hz) e 6ª (154,9 Hz) freqüências naturais <strong>de</strong>ste sist<strong>em</strong>a,<br />

respectivamente. A freqüência <strong>de</strong> 26,5 Hz po<strong>de</strong> ser justificada pela superposição do<br />

múltiplo da excitação (13,3 Hz) e do submúltiplo da 6ª (154,9 Hz) natural do conjunto.<br />

A resposta <strong>em</strong> freqüência da maior peça (100 x 920 mm) apresentou uma amplitu<strong>de</strong><br />

elevada somente para a freqüência <strong>de</strong> 26,5 Hz, que assim como nos últimos casos, po<strong>de</strong><br />

ser uma superposição do múltiplo da excitação (13,3 Hz) e do submúltiplo da 7ª (154,6<br />

Hz) freqüência natural <strong>de</strong>sta estrutura.<br />

Além <strong>de</strong> monitorar as amplitu<strong>de</strong>s vibracionais ao longo do espectro <strong>de</strong> freqüências nas<br />

várias posições e peças, os efeitos que o comprimento da peça causou nos parâmetros<br />

superficiais da peça também foram quantificados. As variações dos parâmetros <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça 1 (100 x 920 mm) estão<br />

<strong>de</strong>monstradas nas Figs. 4.24 e 4.25.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 106<br />

Figura 4.24 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 920 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.25 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 920 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Os parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ondulação apresentaram comportamentos similares,<br />

ou seja, ambos ten<strong>de</strong>ram a aumentar à medida que a medição da topografia da superfície<br />

se afastou das castanhas. Além disso, tanto o Rt quanto o Wt, tiveram valores superiores<br />

já que este parâmetro <strong>de</strong>termina a distância entre o vale mais profundo e o pico mais<br />

elevado <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ou ondulação, enquanto os <strong>de</strong>mais parâmetros representam<br />

valores médios (aritmético ou quadrático) do perfil da superfície.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 107<br />

Os valores mais elevados <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> e ondulação a uma distância próxima <strong>de</strong> 700<br />

mm das castanhas po<strong>de</strong>m ser explicados dinamicamente pela excitação <strong>de</strong> um<br />

submúltiplo do 5º modo <strong>de</strong> vibração (117,7 Hz) do sist<strong>em</strong>a, que apresenta maiores<br />

<strong>de</strong>slocamentos nesta região da peça conforme mostrado na Fig. 4.26. Apesar da<br />

freqüência <strong>de</strong>ste modo ser muito superior à freqüência <strong>de</strong> excitação, este contém um<br />

submúltiplo próximo da freqüência <strong>de</strong> excitação (13,3 Hz) que po<strong>de</strong> estar excitando o<br />

sist<strong>em</strong>a.<br />

Figura 4.26 - Modo <strong>de</strong> vibração da 5ª freqüência natural do conjunto torno-peça 1<br />

(117,7 Hz).<br />

As variações dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da<br />

peça 2 (100 x 500 mm) estão evi<strong>de</strong>nciadas nas Figs. 4.27 e 4.28, respectivamente. Os<br />

parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ondulação comprovaram a tendência, também observada<br />

na peça 1 (100 x 920 mm), do aumento dos parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície e,<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, a <strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong> superficial da peça com o<br />

distanciamento da medição <strong>em</strong> relação às castanhas.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 108<br />

Figura 4.27 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 500 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.28 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 500 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

No caso da peça 4 (100 x 350 mm), a propensão <strong>em</strong> piorar a qualida<strong>de</strong> superficial se<br />

manteve. Entretanto, na região próxima das castanhas (~ 40 mm da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da<br />

peça), o enrolamento do cavaco na ferramenta provavelmente danificou esta região,<br />

como está ilustrado nas Figs. 4.29 e 4.30.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 109<br />

Figura 4.29 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.30 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Os valores <strong>de</strong> Ra e Rq, <strong>de</strong>monstrados na Fig. 4.29, não foram sensíveis aos impactos<br />

entre o cavaco e a superfície da peça porque estes <strong>de</strong>terminam os valores médios <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong>. Além disso, os choques do cavaco contra a superfície provocam danos<br />

macro geométricos na superfície e a rugosida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifica <strong>de</strong>svios micro geométricos.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 110<br />

Por isso, os parâmetros Wa e Wq (Fig. 4.30), apesar <strong>de</strong> também ser<strong>em</strong> valores médios,<br />

conseguiram perceber as avarias causadas pelo cavaco já que estes parâmetros são<br />

apropriados para <strong>de</strong>tectar <strong>de</strong>svios macro geométricos.<br />

Os resultados discutidos anteriormente foram s<strong>em</strong>pre obtidos numa mesma peça, mas<br />

<strong>em</strong> posições diferenciadas da mesma. Os gráficos mostrados nas Figs. 4.31 e 4.32<br />

evi<strong>de</strong>nciaram o comportamento da topografia <strong>de</strong> superfície numa mesma posição da<br />

peça, porém <strong>em</strong> peças com o mesmo diâmetro mas com comprimentos diferentes.<br />

Quaisquer análises concebidas a partir <strong>de</strong>stes gráficos somente pu<strong>de</strong>ram ser válidas caso<br />

fosse consi<strong>de</strong>rado que os materiais das peças na posição medida apresentavam<br />

características físicas, químicas, mecânicas e micro-estruturais idênticas.<br />

Figura 4.31 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima das castanhas (d = 100 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 111<br />

Figura 4.32 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima das castanhas (d = 100 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Apesar da elevação dos valores dos parâmetros Rt, Wa, Wq e Wt para a peça com<br />

comprimento 350 mm provocada pelo enrolamento do cavaco na ferramenta, <strong>em</strong> geral a<br />

topografia <strong>de</strong> superfície próxima das castanhas apresentaram uma tendência <strong>de</strong> se<br />

manter constantes. Consi<strong>de</strong>rando a hipótese dos materiais ser<strong>em</strong> idênticos, outras<br />

variáveis que po<strong>de</strong>riam alterar a qualida<strong>de</strong> da superfície nesta posição seriam: as<br />

condições <strong>de</strong> corte, o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta ou os níveis <strong>de</strong> vibração. As condições <strong>de</strong><br />

corte foram mantidas constantes, o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta foi garantido irrelevante já<br />

que uma nova ferramenta idêntica foi usada para cada comprimento e os níveis <strong>de</strong><br />

vibração nesta posição po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados baixos já que a fixação das castanhas<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada rígida quando comparada à do contra-ponta; o que, portanto, po<strong>de</strong><br />

justificar a tendência constante.<br />

Entretanto, o mesmo não ocorreu quando a posição avaliada das peças foi a extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

próxima do contra-ponta. Neste caso, quando o comprimento da peça aumenta o<br />

acabamento superficial ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>teriorar, segundo po<strong>de</strong> observado na Figs. 4.33 e 4.34.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 112<br />

Figura 4.33 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta (d = 100 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.34 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o comprimento da peça,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta (d = 100 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Esta tendência po<strong>de</strong> ser justificada por variações nos níveis vibracionais nesta<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>, pois a fixação do contra-ponta é efetuada numa região diminuta da


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 113<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>, explicando a maior flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação à presa nas<br />

castanhas. Os valores dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação para a peça com comprimento <strong>de</strong><br />

100 mm foram exceções à tendência <strong>de</strong>scrita anteriormente, ou seja, o acabamento<br />

superficial <strong>de</strong>sta peça foi pior do que se esperava. Isto ocorreu provavelmente porque<br />

algum choque do cavaco contra a superfície <strong>de</strong>ve ter ocorrido durante a operação <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>.<br />

O <strong>de</strong>sgaste da ferramenta foi consi<strong>de</strong>rado irrelevante na avaliação da influência dos<br />

efeitos do comprimento da peça no processo. Isto foi garantido pela medição do<br />

<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo após cada operação <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Neste caso, o maior<br />

<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco mensurado foi equivalente a 0,030 mm, validando a consi<strong>de</strong>ração<br />

assumida.<br />

A análise da influência do diâmetro da peça no comportamento dinâmico e seus efeitos<br />

na topografia das superfícies geradas no processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> estão apresentados a<br />

seguir. Os espectros <strong>de</strong> freqüência na posição próxima do contra-ponta para as peças <strong>de</strong><br />

100, 70 e 40 mm <strong>de</strong> diâmetro estão mostrados nas Figs. 4.35, 4.36 e 4.37,<br />

respectivamente.<br />

Figura 4.35 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 114<br />

Figura 4.36 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.<br />

Figura 4.37 - Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm próxima do contra-ponta, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 115<br />

As figuras anteriores mostraram que o nível vibracional foi maior para a peça mais<br />

espessa (Fig. 4.35) e reduziu progressivamente para as peças com diâmetros <strong>de</strong> 70 mm<br />

(Fig. 4.36) e 40 mm (Fig. 4.37), respectivamente. A princípio, este comportamento foi<br />

oposto ao que se esperava, já que a peça mais esbelta (d = 40 mm) é mais flexível ou<br />

menos robusta, ten<strong>de</strong>ndo a vibrar com maiores amplitu<strong>de</strong>s.<br />

Entretanto, apesar <strong>de</strong> todas as outras variáveis do processo <strong>de</strong> corte ter sido mantida<br />

constante, inclusive a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte vc, a redução do diâmetro da peça exigiu que<br />

a velocida<strong>de</strong> rotacional da máquina se elevasse para manter a vc especificada. Portanto,<br />

isto provocou alterações na freqüência <strong>de</strong> excitação do conjunto torno-peça e,<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, o comportamento dinâmico estrutural foi diferente para cada<br />

conjunto.<br />

A freqüência <strong>de</strong> excitação do conjunto torno-peça 3 (Fig. 4.35) – 100 x 350 mm - foi<br />

igual a 13,3 Hz, que como já <strong>de</strong>scrito anteriormente po<strong>de</strong> ter excitado um submúltiplo<br />

da 4ª freqüência natural (134,2 Hz) do sist<strong>em</strong>a (Fig. 4.19). A freqüência <strong>de</strong> excitação do<br />

sist<strong>em</strong>a torno-peça 5 (Fig. 4.36) – 70 x 350 mm – foi 19 Hz, po<strong>de</strong>ndo estar excitando<br />

um submúltiplo da 9ª freqüência natural (231,2 Hz) do conjunto. E a freqüência <strong>de</strong><br />

excitação do último sist<strong>em</strong>a (Fig. 4.37) foi 33,2 Hz, que aparent<strong>em</strong>ente po<strong>de</strong> estar<br />

sofrendo alguma influência do submúltiplo da 1ª natural da estrutura.<br />

As variações dos parâmetros superficiais ao longo do comprimento das peças utilizadas<br />

nesta análise apresentaram tendências <strong>de</strong> piorar à medida que a medição se distanciava<br />

das castanhas. Este comportamento está mostrado nas Figs. <strong>de</strong> 4.38 a 4.43.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 116<br />

Figura 4.38 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.39 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 100 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 117<br />

Figura 4.40 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 70 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.41 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 70 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 118<br />

Figura 4.42 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 40 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.43 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação ao longo do comprimento da peça<br />

<strong>de</strong> 40 x 350 mm, f=0,1mm/rev, ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

A região localizada próxima das castanhas da peça 3 (100 x 350 mm) e peça 6 (40 x 350<br />

mm) apresentaram valores mais elevados nos parâmetros <strong>de</strong> ondulação que as <strong>de</strong>mais


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 119<br />

regiões <strong>de</strong> cada peça. Isto provavelmente ocorreu <strong>de</strong>vido a impactos do cavaco na<br />

região especificada.<br />

A seguir estão mostradas, nas Figs. <strong>de</strong> 4.44 a 4.47, as variações dos parâmetros<br />

superficiais <strong>em</strong> ambas extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s das peças à medida que o diâmetro <strong>de</strong>stas aumenta.<br />

Figura 4.44 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (l = 350 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.45 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (l = 350 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 120<br />

Figura 4.46 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> localizada próxima do contra-ponta (l = 350 mm), f=0,1mm/rev, ap=0,5<br />

mm e vc=250 m/min.<br />

Figura 4.47 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o diâmetro da peça, medidos<br />

na extr<strong>em</strong>idada<strong>de</strong> localizada próxima do contra-ponta (l = 350 mm), f=0,1mm/rev,<br />

ap=0,5 mm e vc=250 m/min.<br />

Assim como na análise da variação dos parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície com o<br />

comprimento da peça, quaisquer <strong>de</strong>duções obtidas a partir das Figs. <strong>de</strong> 4.44 a 4.47


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 121<br />

somente po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas verda<strong>de</strong>iras consi<strong>de</strong>rando proprieda<strong>de</strong>s idênticas dos<br />

materiais <strong>de</strong> cada peça.<br />

Em geral, a rugosida<strong>de</strong> apresentou uma tendência <strong>de</strong> se <strong>de</strong>teriorar com o aumento do<br />

diâmetro. Entretanto, as características <strong>de</strong> ondulação mostradas nas Figs. 4.45 e 4.47<br />

tiveram comportamentos diferenciados po<strong>de</strong>ndo ser justificados pelas diferenças<br />

<strong>de</strong>scritas anteriormente <strong>em</strong> relação às excitações dinâmicas e conseqüentes, níveis<br />

vibracionais para cada peça.<br />

4.2.2 Influência da Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte<br />

A análise da influência da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong>monstrou ser importante já que o<br />

comportamento vibracional da estrutura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente do carregamento dinâmico<br />

da excitação. No presente estudo, somente as forças na direção <strong>de</strong> corte foram<br />

consi<strong>de</strong>radas (não foram mensuradas) visto que esta está diretamente relacionada com a<br />

velocida<strong>de</strong> rotacional da máquina.<br />

Ao longo <strong>de</strong>ste texto estão mostrados alguns gráficos do espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

relativos às velocida<strong>de</strong>s rotacionais apresentadas na Tab.3.5 para a extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça<br />

7 (40 x 100 mm) localizada próxima do contra-ponta. Entretanto, gráficos adicionais<br />

estão dispostos no Anexo XI para qualquer verificação supl<strong>em</strong>entar.<br />

A avaliação <strong>de</strong>stes espectros <strong>de</strong> freqüência mostrou que os valores <strong>de</strong> freqüência do<br />

mo<strong>de</strong>lo não coincidiram com as freqüências <strong>de</strong>terminadas experimentalmente,<br />

reafirmando os resultados obtidos na validação numérica, on<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo representou o<br />

comportamento natural da estrutura com um erro percentual máximo <strong>de</strong><br />

aproximadamente 17%. Além disso, foi possível verificar que o comportamento<br />

dinâmico relativo à <strong>de</strong>terminada freqüência apresentou seus efeitos <strong>em</strong> todo o espectro<br />

<strong>de</strong> freqüências, ou seja, sob a forma <strong>de</strong> submúltiplo ou múltiplo da freqüência<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das características dinâmicas <strong>de</strong> cada componente da máquina on<strong>de</strong> estava<br />

localizado cada sinal avaliado.<br />

Como as características propícias ao aparecimento da APC, usinag<strong>em</strong> <strong>de</strong> material<br />

polifásico (aço) com vc até 90 m/min conforme <strong>de</strong>scrito por Trent e Wright (2000), se<br />

verificaram durante a primeira velocida<strong>de</strong> rotacional utilizada, este fenômeno po<strong>de</strong> ter<br />

influenciado o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> torneamento. O espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina para esta condição está mostrado na Fig. 4.48.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 122<br />

Conforme po<strong>de</strong> ser observado na figura, o possível aparecimento da APC não<br />

caracterizou influências marcantes no comportamento vibracional do sist<strong>em</strong>a.<br />

Entretanto, isto não significa que a qualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> não sofreu<br />

alterações <strong>de</strong>vido à ocorrência <strong>de</strong>ste fenômeno, o que será apresentado mais adiante.<br />

Figura 4.48 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=398 rpm (6,6 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=50 m/min.<br />

A velocida<strong>de</strong> rotacional <strong>de</strong> 963 rpm (16 Hz) po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a um submúltiplo da<br />

primeira freqüência natural <strong>de</strong>terminada numericamente para este conjunto. A resposta<br />

no domínio da freqüência obtida para esta situação está mostrada na Fig. 4.49.<br />

Apesar do nível vibracional estar ainda relativamente baixo, este apresentou uma<br />

elevação no comportamento geral <strong>de</strong> vibração nas direções Y e Z, além <strong>de</strong> alguns picos<br />

característicos <strong>de</strong>sta excitação, como por ex<strong>em</strong>plo, a freqüências <strong>de</strong> 15 Hz e 61,5 Hz<br />

representando a excitação externa e o primeiro modo <strong>de</strong> vibração, conforme está<br />

mostrado na Fig. 4.50, respectivamente.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 123<br />

Figura 4.49 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=963 rpm (16 Hz) , f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=121 m/min.<br />

Figura 4.50 – Modo <strong>de</strong> vibração da 1ª frequência natural do conjunto torno peça 7 (62<br />

Hz).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 124<br />

A freqüência <strong>de</strong> excitação <strong>de</strong> 1377 rpm (22,9 Hz), consi<strong>de</strong>rada com um submúltiplo<br />

compreendido entre o 1º e 2º modos <strong>de</strong> vibração, mostrou um comportamento dinâmico<br />

ligeiramente menor que o anterior e s<strong>em</strong> picos muito evi<strong>de</strong>ntes, conforme po<strong>de</strong> ser<br />

verificado na Fig. 4.51.<br />

Figura 4.51 – Espectro <strong>de</strong> frequeências na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x100 mm próxima do contra-ponta, n=1377 rpm (22,9 Hz),<br />

f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=173 m/min.<br />

O espectro <strong>de</strong> freqüências relacionado com o submúltiplo do 2º modo <strong>de</strong> vibração da<br />

estrutura (119,3 Hz) está mostrado na Fig. 4.52. Esta resposta <strong>em</strong> freqüência mostrou<br />

uma elevação no nível vibracional do acelerômetro localizado na direção X da torre, que<br />

também po<strong>de</strong> ser observado pelo 2° modo <strong>de</strong> vibração da estrutura, representado na Fig.<br />

4.53.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 125<br />

Figura 4.52 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1798 rpm (30 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=226 m/min.<br />

Figura 4.53 – Modo <strong>de</strong> vibração da 2ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(119,3 Hz).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 126<br />

Conforme po<strong>de</strong> ser observado na Fig. 4.53, os maiores <strong>de</strong>slocamentos <strong>de</strong>ste modo<br />

estavam localizados na região do contra-ponta, entretanto este comportamento não se<br />

manifestou na faixa operacional da máquina, ilustrada na Fig. 4.52. Contudo, analisando<br />

os resultados experimentais ao longo <strong>de</strong> um intervalo maior <strong>de</strong> freqüência, este<br />

comportamento foi expresso nas proximida<strong>de</strong>s da freqüência <strong>de</strong> 710 Hz, conforme<br />

representado na Fig. 4.54, que provavelmente po<strong>de</strong> ser relacionada com um múltiplo da<br />

2ª freqüência natural do conjunto.<br />

Figura 4.54 – Espectro <strong>de</strong> frequências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=1798 rpm (30 Hz), f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=226 m/min.<br />

A velocida<strong>de</strong> rotacional <strong>de</strong> 1862 rpm (31 Hz) foi utilizada para representar uma<br />

freqüência compreendida entre os submúltiplos da 2ª e 3ª freqüências naturais do<br />

conjunto. O espectro <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong>sta excitação apresentou níveis vibracionais<br />

similares ao <strong>de</strong>scrito anteriormente, segundo po<strong>de</strong> ser visto na Fig. 4.55. Entretanto o<br />

comportamento vibracional do sist<strong>em</strong>a quando este foi excitado pelo submúltiplo da 3ª<br />

freqüência natural do conjunto (128,0 Hz), cujo espectro <strong>de</strong> freqüências experimental<br />

está mostrado na Fig. 4.56, mostrou amplitu<strong>de</strong>s inferiores que a excitação anterior.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 127<br />

Figura 4.55 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1862 rpm (31 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=234 m/min.<br />

Figura 4.56 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x100 mm próxima do contra-ponta, com n=1918 rpm (32 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=241 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 128<br />

A similarida<strong>de</strong> entre os espectros da Figs. 4.52 e 4.55 e a diferença comportamental<br />

entre os espectros das Figs. 4.55 e 4.56 provavelmente ocorreram <strong>de</strong>vido a proximida<strong>de</strong><br />

das freqüências <strong>de</strong> excitação utilizadas (30, 31 e 32 Hz), permitindo que todas elas<br />

estivess<strong>em</strong> compreendidas na faixa <strong>de</strong> erro <strong>de</strong> aproximadamente 17% <strong>de</strong>terminado para<br />

o mo<strong>de</strong>lo numérico do torno.<br />

Apesar da próxima freqüência (32,5 Hz) estar muito próxima das anteriores, esta foi<br />

<strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> forma a estar compreendida entre as 3ª e 4ª freqüências naturais da<br />

estrutura. Entretanto, como po<strong>de</strong> ser verificado na Fig. 4.57, o espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

<strong>de</strong>sta excitação apresentou amplitu<strong>de</strong>s b<strong>em</strong> elevadas na direção Z da torre.<br />

Figura 4.57 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1950 rpm (32,5 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=245 m/min.<br />

Os valores <strong>de</strong> freqüência mais <strong>de</strong>stacados na Fig. 4.57 mostraram relação com os<br />

valores relativos ao submúltiplo e o 1º modo <strong>de</strong> vibração do conjunto (62 Hz), que está<br />

ilustrado na Fig. 4.50, on<strong>de</strong> ocorreram gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>slocamentos nas direções Y e Z da<br />

torre.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 129<br />

O espectro <strong>de</strong> freqüências referente à excitação correspon<strong>de</strong>nte ao submúltiplo do 4º<br />

modo <strong>de</strong> vibração do conjunto está exposto na Fig. 4.58.<br />

Figura 4.58 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=1981 rpm (33 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=249 m/min.<br />

Po<strong>de</strong>-se observar que os sinais dos acelerômetros localizados nas direções X e Y da<br />

torre apresentaram amplitu<strong>de</strong>s mais <strong>de</strong>stacadas <strong>em</strong> relação aos <strong>de</strong>mais. Apesar do<br />

comportamento vibracional <strong>de</strong>terminado numericamente <strong>de</strong>ste modo apresentar maiores<br />

<strong>de</strong>slocamentos no contra-ponta, conforme ilustrado na Fig. 4.59, a torre também<br />

apresentou vibrações nas citadas direções e estas foram mais sensíveis na faixa <strong>de</strong><br />

freqüências observada.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 130<br />

Figura 4.59 – Modo <strong>de</strong> vibração da 4ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(133,3 Hz).<br />

O espectro <strong>de</strong> freqüências relativo à freqüência <strong>de</strong> excitação compreendida entre o 4º e<br />

6º modos <strong>de</strong> vibração está representado na Fig. 4.60. Esta freqüência <strong>de</strong> excitação<br />

mostrou amplitu<strong>de</strong>s ainda maiores que a freqüência anterior. Este acontecimento<br />

provavelmente po<strong>de</strong> ser justificado pela excitação <strong>de</strong> algum submúltiplo <strong>de</strong> outro modo<br />

<strong>de</strong> excitação, como por ex<strong>em</strong>plo, o 2º modo <strong>de</strong> vibração que apresentou consi<strong>de</strong>ráveis<br />

<strong>de</strong>slocamentos na torre e na direção Z do contra-ponta, como po<strong>de</strong> ser observado na Fig.<br />

4.53. O comportamento na referida direção do contra-ponta também foi <strong>de</strong>monstrado<br />

experimentalmente, entretanto este foi explicitado <strong>em</strong> freqüências superiores à faixa<br />

operacional do torno, conforme o espectro <strong>de</strong> freqüências representado na Fig. 4.61.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 131<br />

Figura 4.60 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2220 rpm (37 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=279 m/min.<br />

Figura 4.61 – Espectro <strong>de</strong> frequências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima<br />

do contra-ponta, com n=2220 rpm (37 Hz), f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e vc=279 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 132<br />

As respostas no domínio da freqüência das Figs. 4.60 e 4.61 foram coerentes com o<br />

comportamento dinâmico encontrado numericamente (Fig. 4.53), já que a amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vibração para a direção Z do contra-ponta foi muito superior que as amplitu<strong>de</strong>s relativas<br />

à torre.<br />

A próxima freqüência <strong>de</strong> excitação utilizada para estimular o sist<strong>em</strong>a foi o submúltiplo<br />

correspon<strong>de</strong>nte ao 6º modo <strong>de</strong> vibração natural do conjunto. O espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

obtido experimentalmente para este caso está mostrado na Fig. 4.62.<br />

Figura 4.62 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=2578 rpm (43 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=324 m/min.<br />

Novamente, os picos <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> mais relevantes se referiram principalmente aos<br />

canais da torre e do porta-ferramenta, na vizinhança da freqüência <strong>de</strong> excitação. Este<br />

comportamento po<strong>de</strong> ser justificado pela superposição entre o 3º e 6º modos <strong>de</strong> vibração<br />

do sist<strong>em</strong>a, que estão mostrados nas Figs. 4.63 e 4.64, respectivamente.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 133<br />

Figura 4.63 - Modo <strong>de</strong> vibração da 3ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(128,0 Hz).<br />

Figura 4.64 - Modo <strong>de</strong> vibração da 6ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(172,0 Hz).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 134<br />

Apesar dos maiores <strong>de</strong>slocamentos estar<strong>em</strong> no contra-ponta, estes apresentaram reflexos<br />

nos acelerômetros localizados na torre e porta-ferramenta.<br />

As próximas freqüências <strong>de</strong> excitação utilizadas nesta etapa experimental mostraram<br />

sucessivas elevações na amplitu<strong>de</strong> dos acelerômetros localizados na torre e no portaferramenta,<br />

conforme po<strong>de</strong> ser observado nas Figs. 4.65, 4.66 e 4.67.<br />

Figura 4.65 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3151 rpm (52,5 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=396 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 135<br />

Figura 4.66 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3478 rpm (58 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=437 m/min.<br />

Figura 4.67 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong><br />

da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm próxima do contra-ponta, com n=3716 rpm (62 Hz), f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=467 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 136<br />

A freqüência <strong>de</strong> excitação <strong>de</strong> 52,5 Hz (Fig. 4.65), apesar <strong>de</strong> representar um submúltiplo<br />

compreendido entre o 6º e 8º modos <strong>de</strong> vibração, provavelmente está excitando algum<br />

outro modo <strong>de</strong> vibração como, por ex<strong>em</strong>plo, o 10º modo <strong>de</strong> vibração (306,1 Hz) <strong>de</strong>ste<br />

conjunto.<br />

O espectro <strong>de</strong> freqüências representado na Fig. 4.66 correspon<strong>de</strong> ao 8º modo <strong>de</strong><br />

vibração <strong>de</strong>terminado numericamente. As elevadas amplitu<strong>de</strong>s para todos os canais<br />

próxima da freqüência <strong>de</strong> 59 Hz po<strong>de</strong>m ser justificadas pelo respectivo modo <strong>de</strong><br />

vibração, já que este apresentou um comportamento dinâmico bastante complexo com<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>slocamentos <strong>em</strong> todos os componentes da estrutura, conforme po<strong>de</strong> ser<br />

observado na Fig. 4.68.<br />

Figura 4.68 - Modo <strong>de</strong> vibração da 8ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(230,8 Hz).<br />

A última freqüência <strong>de</strong> excitação (62 Hz), cuja resposta no domínio da freqüência está<br />

mostrada na Fig. 4.67, foi especificada para correspon<strong>de</strong>r a um submúltiplo do 9º modo<br />

<strong>de</strong> vibração da estrutura, representado na Fig. 4.69. Além disso, esta excitação<br />

correspon<strong>de</strong> ao 1º modo <strong>de</strong> vibração, provocando as amplitu<strong>de</strong>s ainda maiores <strong>de</strong>vido à<br />

superposição dos modos <strong>de</strong> vibração referidos anteriormente.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 137<br />

Figura 4.69 - Modo <strong>de</strong> vibração da 9ª frequência natural do conjunto torno peça 7<br />

(247,3 Hz).<br />

A variação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte provocou os efeitos nos parâmetros superficiais<br />

<strong>de</strong>monstrados pelas Figs. <strong>de</strong> 4.70 a 4.73.<br />

Figura 4.70 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (40 x 100 mm).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 138<br />

Figura 4.71 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima das castanhas (40 x 100 mm).<br />

Figura 4.72 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima do contra-ponta (40 x 100 mm).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 139<br />

Figura 4.73 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com a frequência <strong>de</strong> excitação,<br />

medidos na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça localizada próxima do contra-ponta (40 x 100 mm).<br />

Po<strong>de</strong>-se observar nas Figs. <strong>de</strong> 4.70 a 4.73 que as freqüências <strong>de</strong> excitação inferiores a 16<br />

Hz (~121 m/min), que conforme a literatura técnica po<strong>de</strong> caracterizar condições<br />

propícias ao aparecimento da APC nos aços, apresentou valores b<strong>em</strong> elevados tanto<br />

para os parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> quanto os <strong>de</strong> ondulação, assinalando a <strong>de</strong>terioração do<br />

acabamento superficial da peça para esta faixa <strong>de</strong> freqüências <strong>de</strong> excitação. Isto sugere o<br />

aparecimento da APC e seu efeito prejudicial na qualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>,<br />

cujas causas já estão b<strong>em</strong> sedimentadas na literatura técnica existente.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a avaliação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong>, verifica-se que estes<br />

apresentaram um comportamento similar <strong>em</strong> ambas as posições da peça. Isto po<strong>de</strong><br />

indicar que, como a peça apresenta um comprimento b<strong>em</strong> reduzido, a rugosida<strong>de</strong><br />

praticamente se manteve constante ao longo <strong>de</strong> toda a peça. Entretanto, houve pequenas<br />

variações nos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> ao longo da faixa <strong>de</strong> freqüências operacional do<br />

torno <strong>de</strong>vido à estimulação ou não <strong>de</strong> algum modo <strong>de</strong> vibração. Isto indicou que, apesar<br />

da freqüência <strong>de</strong> excitação modificar o comportamento dinâmico do torno, os<br />

parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong>, que são mais susceptível a danos micro geométricos,<br />

sofreram uma pequena influência da vibração da estrutura.<br />

Por outro lado, os parâmetros <strong>de</strong> ondulação, que são mais sensíveis a danos macro<br />

geométricos causados na superfície, apresentaram modificações mais significativas com


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 140<br />

a variação da freqüência <strong>de</strong> excitação da máquina, evi<strong>de</strong>nciando a influência dos<br />

diferentes comportamentos dinâmicos nos efeitos superficiais da peça.<br />

O <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte foi consi<strong>de</strong>rado insignificante, já que para cada<br />

freqüência <strong>de</strong> excitação uma nova ferramenta foi <strong>em</strong>pregada. Esta consi<strong>de</strong>ração foi<br />

confirmada pela medição do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo ao término <strong>de</strong> cada ensaio,<br />

sendo que o maior valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste encontrado foi <strong>de</strong> 0,058 mm quando a usinag<strong>em</strong><br />

com a freqüência <strong>de</strong> excitação mais crítica (62 Hz) estava sendo efetuada.<br />

4.2.3 Influência do Desgaste da Ferramenta<br />

O <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte foi avaliado para duas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte<br />

diferenciadas, sendo ambas referentes a freqüências naturais distintas do conjunto tornopeça<br />

2 (100 x 500 mm).<br />

Conforme explicado no Capítulo 3, a cada percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 mm o processo <strong>de</strong><br />

corte foi paralisado e o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo foi mensurado. Este procedimento<br />

foi repetido até que o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo atingisse o valor consi<strong>de</strong>rado como<br />

fim <strong>de</strong> vida da ferramenta, 0,3 mm. A resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> todos os sinais<br />

medidos nesta etapa do trabalho está exposta no Anexo XII.<br />

Nas Figs. 4.74 e 4.75 estão ilustradas as imagens obtidas no microscópio relativas ao<br />

<strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> uma ferramenta após o primeiro percurso <strong>de</strong> avanço (VBBmáx = 0,058 mm) e<br />

ao fim <strong>de</strong> vida (VBBmáx = 0,832 mm), respectivamente.<br />

Figura 4.74 – Imag<strong>em</strong> do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta após o primeiro percurso <strong>de</strong> avanço<br />

(VBBmáx = 0,058 mm).


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 141<br />

Figra 4.75 – Imag<strong>em</strong> do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta ao fim <strong>de</strong> vida da ferramenta (VBBmáx =<br />

0,832 mm).<br />

Primeiramente, utilizou-se a freqüência <strong>de</strong> excitação igual a 32,2 Hz, ou seja,<br />

correspon<strong>de</strong>nte ao submúltiplo da 1ª freqüência natural do sist<strong>em</strong>a (65,3 Hz). O espectro<br />

<strong>de</strong> freqüência correspon<strong>de</strong>nte aos percursos <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong>ste ensaio <strong>de</strong> vida está<br />

mostrado nas Figs. 4.76, 4.77 e 4.78.<br />

Figura 4.76 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 142<br />

Figura 4.77 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.<br />

Figura 4.78 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, f=0,1 mm/rev, ap=1 mm e<br />

vc=600m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 143<br />

O gráfico da Fig. 4.76 apresentou o espectro <strong>de</strong> freqüências durante o primeiro percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 mm. Po<strong>de</strong>-se observar que os sinais dos acelerômetros apresentaram<br />

um comportamento s<strong>em</strong> variações muito significativas, caracterizando que a ferramenta<br />

<strong>de</strong> corte permaneceu com um <strong>de</strong>sgaste pequeno ao longo do ensaio, sendo o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong><br />

flanco máximo igual a 0,075 mm.<br />

Durante o percurso <strong>de</strong> avanço seguinte, Fig. 4.77, o espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

acelerômetro localizado no suporte apresentou uma expressiva ampliação da amplitu<strong>de</strong><br />

do sinal <strong>em</strong> toda a faixa operacional do torno, enquanto que os outros sinais<br />

permaneceram praticamente s<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s alterações. Este acontecimento po<strong>de</strong> estar<br />

representando uma aceleração acentuada do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta durante este<br />

percurso <strong>de</strong> avanço, entretanto o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo ainda não atingiu o limite<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida estabelecido, chegando ao final do percurso igual a 0,094 mm.<br />

No percurso <strong>de</strong> 200 a 300 mm, além <strong>de</strong> uma elevação ainda maior no sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte, o <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte provavelmente<br />

provocou alterações significativas <strong>em</strong> outros acelerômetros da estrutura, principalmente<br />

naqueles fixados na torre, conforme verificado pelo valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo<br />

mensurado ao término <strong>de</strong>ste percurso, sendo igual a 0,547 mm e caracterizando o fim <strong>de</strong><br />

vida da ferramenta <strong>de</strong> corte.<br />

A variação dos parâmetros superficiais para este ensaio <strong>de</strong> vida ao longo do percurso <strong>de</strong><br />

avanço está apresentada nas Figs. 4.79 e 4.80.<br />

Figura 4.79 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=600m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 144<br />

Figura 4.80 – Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=600 m/min.<br />

Os parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> apresentaram uma leve tendência <strong>de</strong> aumentar com o<br />

aumento do percurso <strong>de</strong> avanço ou do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta, entretanto os parâmetros<br />

<strong>de</strong> ondulação também foram sensíveis à vibração que foi superior no primeiro percurso<br />

<strong>de</strong> avanço já que este foi efetuado na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça próxima do contra-ponta.<br />

As respostas <strong>em</strong> freqüência mostradas pela Figs. 4.76, 4.77 e 4.78 evi<strong>de</strong>nciaram que os<br />

sinais <strong>de</strong> vibração foram sensíveis ao <strong>de</strong>sgaste da ferramenta e, portanto, po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizados no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as on-line <strong>de</strong> monitoramento do <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta <strong>de</strong> corte.<br />

O outro ensaio <strong>de</strong> vida foi realizado utilizando um submúltiplo da 3ª freqüência natural<br />

do conjunto (122,9 Hz). Os espectros <strong>de</strong> freqüências relativos aos percursos <strong>de</strong> avanço<br />

<strong>de</strong>ste experimento estão mostrados nas Figs. <strong>de</strong> 4.81 a 4.85.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 145<br />

Figura 4.81 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e vc=575<br />

m/min.<br />

Figura 4.82 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e vc=575<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 146<br />

Figura 4.83 – Espectro <strong>de</strong> frequências na faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura 4.84 – Espectro <strong>de</strong> frequências da faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 300 a 400 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e vc=575<br />

m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 147<br />

Figura 4.85 – Espectro <strong>de</strong> frequências da faixa operacional da máquina do percurso <strong>de</strong><br />

avanço <strong>de</strong> 400 a 470 mm da peça <strong>de</strong> 99 x 500 mm, com f=0,1 m/rev, ap=1 mm e vc=575<br />

m/min.<br />

O espectro <strong>de</strong> freqüências para esta excitação (30,7 Hz), quando a ferramenta estava<br />

com a aresta <strong>de</strong> corte nova (Fig. 4.81), mostrou amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vibração do acelerômetro<br />

do suporte bastante elevadas quando comparado com o espectro <strong>de</strong> freqüências nas<br />

mesmas condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste para o ensaio <strong>de</strong> vida antece<strong>de</strong>nte. Este fato po<strong>de</strong> ser<br />

justificado pelo comportamento da peça no 3º modo <strong>de</strong> vibração, conforme mostrado na<br />

Fig. 4.86.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 148<br />

Figura 4.86 – Modo <strong>de</strong> vibração da 3ª frequência natural do conjunto torno-peça 2<br />

(122,9 Hz).<br />

Como a freqüência <strong>de</strong> excitação (30,7 Hz) correspon<strong>de</strong> a um submúltiplo do 3º modo <strong>de</strong><br />

vibração e este excita diretamente a região do suporte <strong>de</strong>vido ao seu contato com a peça,<br />

as elevadas amplitu<strong>de</strong>s do sinal do acelerômetro localizado no suporte (Fig. 4.81)<br />

po<strong>de</strong>m estar relaticionadas à excitação <strong>de</strong>scrita anteriormente e não necessariamente<br />

relativa a um elevado <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta.<br />

Entretanto, consi<strong>de</strong>rando que o espectro <strong>de</strong> freqüência da Fig. 4.81 foi referente à<br />

ferramenta nova, os <strong>de</strong>mais gráficos mostraram novamente um aumento progressivo da<br />

amplitu<strong>de</strong> dos sinais com a evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.<br />

Uma observação importante e necessária <strong>em</strong> relação a estes ensaios <strong>de</strong> vida é que apesar<br />

da freqüência <strong>de</strong> excitação do segundo experimento estar excitando diretamente o<br />

suporte da ferramenta, esta estimulação aparent<strong>em</strong>ente foi menos lesiva ao processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgaste da ferramenta que a excitação do primeiro modo <strong>de</strong> vibração da estrutura,<br />

primeiro ensaio <strong>de</strong> vida realizado. Isto po<strong>de</strong> ser verificado na Fig, 4.87, on<strong>de</strong> está


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 149<br />

representada a evolução do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo ao longo do percurso <strong>de</strong> avanço<br />

para as duas freqüências <strong>de</strong> excitação.<br />

Figura 4.87 – Variação do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco máximo ao longo do percurso <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong> para cada frequência <strong>de</strong> excitação.<br />

Portanto, os resultados evi<strong>de</strong>nciaram que os sinais <strong>de</strong> vibração po<strong>de</strong>m ser utilizados<br />

futuramente para a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento do <strong>de</strong>sgaste da<br />

ferramenta. Porém, o conhecimento prévio do comportamento vibracional da estrutura é<br />

essencial para uma classificação precisa do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong> corte, ou seja, é<br />

necessário estabelecer a priori o comportamento vibracional do sist<strong>em</strong>a torno-peça para<br />

i<strong>de</strong>ntificar corretamente as alterações dos sinais <strong>de</strong> vibração causadas pela excitação<br />

dinâmica ou pelo <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramenta.<br />

A seguir, nas Figs. 4.88 e 4.89, estão mostrados os resultados da variação dos<br />

parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície com o percurso <strong>de</strong> avanço para a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

corte <strong>de</strong> 575 m/min.


Capítulo 4 – Resultados e Discussões 150<br />

Figura 4.88 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=575 m/min.<br />

Figura 4.89 - Variação dos parâmetros <strong>de</strong> ondulação com o percurso <strong>de</strong> avanço, f=0,1<br />

mm/rev, ap=1 mm e vc=575 m/min.<br />

Conforme po<strong>de</strong> ser verificado nas figuras anteriores, os parâmetros superficiais <strong>de</strong>ste<br />

ensaio <strong>de</strong> vida, <strong>em</strong> geral, ten<strong>de</strong>ram a aumentar com o aumento do percurso <strong>de</strong> avanço,<br />

ou seja, a qualida<strong>de</strong> superficial se <strong>de</strong>teriorou com a evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.


CAPÍTULO 5<br />

CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS<br />

5.1 Conclusões<br />

FUTUROS<br />

A metodologia <strong>de</strong>senvolvida baseada na interação entre os conhecimentos <strong>de</strong> dinâmica<br />

estrutural e da usinag<strong>em</strong> dos metais foi capaz <strong>de</strong> avaliar satisfatoriamente o<br />

comportamento dinâmico estrutural do conjunto máquina-ferramenta-peça durante a<br />

usinag<strong>em</strong>. A característica fundamental <strong>de</strong>sta metodologia foi a utilização simultânea <strong>de</strong><br />

simulações numéricas e monitoramento dos sinais <strong>de</strong> vibração <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas<br />

posições da estrutura da máquina para i<strong>de</strong>ntificar o comportamento vibracional do<br />

sist<strong>em</strong>a ao longo do espectro <strong>de</strong> freqüências. Os principais resultados observados ao<br />

longo do trabalho que evi<strong>de</strong>nciaram a viabilida<strong>de</strong> do <strong>em</strong>prego <strong>de</strong>sta metodologia foram:<br />

A análise do mo<strong>de</strong>lo numérico do torno <strong>de</strong>senvolvido estimou as freqüências<br />

naturais e os modos <strong>de</strong> vibração da estrutura da máquina com um erro percentual<br />

máximo <strong>de</strong> aproximadamente 17%.<br />

Apesar dos carregamentos dinâmicos não ter sido incluído no mo<strong>de</strong>lo<br />

numérico, as freqüências naturais <strong>de</strong>ste apresentaram um erro percentual máximo <strong>de</strong><br />

6.5% <strong>em</strong> relação às freqüências experimentais obtidas durante as operações <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>.<br />

Os comportamentos vibracionais medidos experimentalmente, quando a<br />

máquina foi excitada <strong>em</strong> submúltiplos das freqüências naturais <strong>de</strong>terminadas<br />

numericamente, foram bastante similares ao respectivo modo <strong>de</strong> vibração numérico.<br />

Os sinais <strong>de</strong> vibração mensurados apresentaram efeitos <strong>em</strong> todo o espectro<br />

<strong>de</strong> freqüências, caracterizando os reflexos das freqüências naturais sob a forma <strong>de</strong><br />

submúltiplos e/ou múltiplos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das características dinâmicas <strong>de</strong> cada<br />

componente da máquina on<strong>de</strong> os acelerômetros estavam localizados.<br />

151


Capítulo 6 – Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 152<br />

Inúmeros picos pu<strong>de</strong>ram ser i<strong>de</strong>ntificados nos espectros <strong>de</strong> freqüência<br />

obtidos experimentalmente e muitos <strong>de</strong>les relações com as freqüências naturais teóricas,<br />

com a excitação dinâmica, com a superposição <strong>de</strong> modos naturais <strong>de</strong> vibração e/ou com<br />

a superposição <strong>de</strong> algum modo com a excitação.<br />

Durante as operações <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, as informações obtidas a partir do comportamento<br />

vibracional do sist<strong>em</strong>a juntamente com os conhecimentos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> dos metais b<strong>em</strong><br />

explorados pela literatura técnica foram fundamentais para compreen<strong>de</strong>r alguns<br />

fenômenos <strong>de</strong>cisivos para a eficiência do processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>. Em algumas situações,<br />

o conhecimento vibracional do sist<strong>em</strong>a indicou tendências e justificativas difíceis <strong>de</strong><br />

ser<strong>em</strong> compreendidas somente com os conhecimentos teóricos <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> dos metais.<br />

Alguns resultados verificados durante a avaliação das alterações nos sinais <strong>de</strong> vibração e<br />

<strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície quando as dimensões da peça, a freqüência <strong>de</strong> excitação e o<br />

<strong>de</strong>sgaste da ferramenta variaram estão citadas a seguir:<br />

Os parâmetros <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> apresentaram suaves variações ao longo da<br />

faixa <strong>de</strong> freqüências operacional do torno quando este foi excitado ou não por algum<br />

modo <strong>de</strong> vibração. Os parâmetros <strong>de</strong> ondulação apresentaram modificações mais<br />

significativas com a variação da freqüência <strong>de</strong> excitação da máquina, reafirmando que<br />

diferentes comportamentos dinâmicos provocam efeitos diferenciados na superficie da<br />

peça.<br />

As variações dimensionais da peça influenciaram o comportamento<br />

dinâmico da máquina, confirmando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se analisar o comportamento dos<br />

sist<strong>em</strong>as torno-peça e não avaliar a máquina isoladamente das peças.<br />

Numericamente, as alterações no comprimento das peças proporcionaram<br />

influências mais <strong>de</strong>stacadas que as variações no diâmetro. Experimentalmente, o<br />

espectro <strong>de</strong> freqüências das vibrações medidas indicou redução na amplitu<strong>de</strong> dos sinais<br />

à medida que se aumentou o comprimento da peça. Entretanto, o nível vibracional das<br />

estruturas (torno e peça) analisadas se elevou com o aumento do diâmetro da peça.<br />

Além disso, os níveis vibracionais medidos aumentaram quando a seção <strong>de</strong> corte se<br />

<strong>de</strong>slocou da região da peça próxima das castanhas para a outra extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça.<br />

Em consonância com o comportamento dinâmico, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando os<br />

efeitos do cavaco, os parâmetros <strong>de</strong> topografia <strong>de</strong> superfície, <strong>em</strong> geral, ten<strong>de</strong>ram a<br />

aumentar à medida que a região <strong>de</strong> medição da superfície se afastou das castanhas.


Capítulo 6 – Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 153<br />

O acabamento superficial das peças com diâmetros iguais e comprimentos<br />

diferentes se manteve praticamente inalterados na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> das peças próxima das<br />

castanhas. Entretanto, na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> localizada perto do contra-ponta, a qualida<strong>de</strong><br />

superficial se <strong>de</strong>teriorou à medida que a peça usinada foi substituída pelas peças mais<br />

longas.<br />

Consi<strong>de</strong>rando as peças com comprimentos iguais e diâmetros diferentes, a<br />

rugosida<strong>de</strong> apresentou uma tendência <strong>de</strong> se <strong>de</strong>teriorar com o aumento do diâmetro e os<br />

parâmetros <strong>de</strong> ondulação foram capazes <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os efeitos provocados pelos<br />

diferentes comportamentos dinâmicos impostos pela variação do diâmetro.<br />

Além dos efeitos vibracionais, os parâmetros <strong>de</strong> ondulação foram sensíveis a<br />

variáveis inerentes ao processo <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong>, como os efeitos provocados pelo possível<br />

aparecimento da APC e os danos causados pelo choque do cavaco contra a superfície da<br />

peça.<br />

Os níveis vibracionais nas análises da evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta<br />

apresentaram consi<strong>de</strong>ráveis elevações à medida que o valor do <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> flanco<br />

máximo se aproximou do limite estabelecido para o fim da vida.<br />

As amplitu<strong>de</strong>s vibracionais obtidas para as ferramentas novas e o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> cada ferramenta foram diferentes para as distintas freqüências <strong>de</strong> excitação.<br />

Os parâmetros superficiais dos ensaios <strong>de</strong> vida apresentaram uma tendência<br />

<strong>de</strong> aumentar com o aumento do percurso <strong>de</strong> avanço, ou seja, a qualida<strong>de</strong> superficial<br />

ten<strong>de</strong>u a se <strong>de</strong>teriorar com a evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta.<br />

A metodologia <strong>em</strong>pregada para gerar o mo<strong>de</strong>lo numérico, <strong>de</strong>terminar seu<br />

comportamento vibracional e correlacioná-lo com resultados experimentais obtidos a<br />

partir <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> vibração adquiridos <strong>em</strong> posições críticas da máquina po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>em</strong>pregada para quaisquer outras máquinas utilizadas na manufatura on<strong>de</strong> a vibração<br />

estrutural é uma variável <strong>de</strong>terminante para a qualida<strong>de</strong> do processo.<br />

5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros<br />

O mo<strong>de</strong>lo numérico <strong>de</strong>senvolvido no presente trabalho po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o primeiro<br />

<strong>de</strong> muitos outros otimizados. Isto porque este mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong> ser aprimorado para<br />

representar com mais veracida<strong>de</strong> as condições reais <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e reduzir as<br />

simplificações que mais influenciam os resultados numéricos e, conseqüent<strong>em</strong>ente,<br />

reduzir o erro percentual do mo<strong>de</strong>lo.


Capítulo 6 – Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 154<br />

Uma comparação mais segura entre a máquina durante o corte e o mo<strong>de</strong>lo numérico<br />

po<strong>de</strong> ser obtida aplicando-se os carregamentos dinâmicos <strong>de</strong>correntes do torneamento<br />

ao mo<strong>de</strong>lo e executar uma análise compl<strong>em</strong>entar para obter a resposta <strong>em</strong> freqüência do<br />

sist<strong>em</strong>a. Além disso, concomitant<strong>em</strong>ente aos sinais <strong>de</strong> vibração medidos, as forças <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong> po<strong>de</strong>m ser mensuradas durante os procedimentos experimentais. Dessa forma,<br />

a correlação entre as freqüências correspon<strong>de</strong>ntes aos picos <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificados<br />

nos sinais <strong>de</strong> vibração e forças <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> e as freqüências numéricas seria muito mais<br />

precisa, já que o mo<strong>de</strong>lo representaria com mais veracida<strong>de</strong> o processo dinâmico <strong>de</strong><br />

corte.<br />

Além disso, pequenas alterações <strong>em</strong> alguns componentes da estrutura, projeto <strong>de</strong> formas<br />

mais eficientes <strong>de</strong> fixação da máquina ao solo e/ou projeto <strong>de</strong> absorvedores ou<br />

amortecedores para reduzir a vibração do sist<strong>em</strong>a po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos e simulados<br />

neste mo<strong>de</strong>lo para estabelecer condições dinâmicas otimizadas e, posteriormente, ser<br />

impl<strong>em</strong>entados fisicamente na máquina.<br />

Uma análise mais aprofundada <strong>de</strong> cada uma das variáveis <strong>de</strong> usinag<strong>em</strong> avaliadas no<br />

presente trabalho po<strong>de</strong> confirmar as tendências i<strong>de</strong>ntificadas. Neste estudo<br />

compl<strong>em</strong>entar po<strong>de</strong>-se englobar um volume maior <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> corte e <strong>de</strong> dimensões<br />

<strong>de</strong> peça, reduzir o intervalo <strong>de</strong> avanço nas medições do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta, avaliar<br />

a vida da ferramenta para variadas condições <strong>de</strong> corte, realizar inúmeras réplicas do<br />

mesmo experimento com o objetivo <strong>de</strong> obter uma análise estatística e quantificar as<br />

incertezas presentes experimentalmente.<br />

A sensibilida<strong>de</strong> dos sinais <strong>de</strong> vibração à evolução do <strong>de</strong>sgaste da ferramenta <strong>de</strong>monstrou<br />

a viabilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a on-line <strong>de</strong> monitoramento do <strong>de</strong>sgaste<br />

da ferramenta utilizando-se os sinais <strong>de</strong> vibração medidos durante o processo <strong>de</strong><br />

usinag<strong>em</strong>. Para isto, o conhecimento prévio do comportamento vibracional da estrutura<br />

<strong>em</strong> toda a faixa operacional da máquina será fundamental para a <strong>de</strong>terminação da<br />

amplitu<strong>de</strong> do sinal <strong>de</strong> vibração correspon<strong>de</strong>nte ao valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong>terminado como<br />

limite <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> vida.<br />

Além disso, este sist<strong>em</strong>a on-line <strong>de</strong> monitoramento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvido baseando-se<br />

na utilização simultânea dos sinais <strong>de</strong> vibração com outros sinais como, por ex<strong>em</strong>plo, as<br />

forças <strong>de</strong> corte e a <strong>em</strong>issão acústica. Desta forma, as informações mais relevantes <strong>de</strong><br />

cada sinal po<strong>de</strong>m ser integradas para possibilitar que o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento seja


Capítulo 6 – Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 155<br />

capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar precisamente todas as fases do <strong>de</strong>sgaste (inicial, progressiva ou<br />

catastrófica) e as possíveis quebras inesperadas da ferramenta.


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156


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<strong>Mestrado</strong>, Departamento <strong>de</strong> Engenharia Mecânica, PUC Minas, Belo Horizonte, MG,<br />

Brasil.<br />

Trent, E. M., Wright P. K., 2000, Metal Cutting, 4 ed., Boston, Butterworth-Hein<strong>em</strong>ann<br />

Ltd.


ANEXO I<br />

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS ACELERÔMETROS<br />

(KISTLER PIEZO BEAM ® ).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo 8632C10<br />

Faixa <strong>de</strong> aceleração ±10 grav.<br />

Limite <strong>de</strong> aceleração ±16 grav.<br />

Sensibilida<strong>de</strong>, ±5% <strong>em</strong> 100 Hz 500 mV/grav.<br />

Limiar nominal 280 μgrav.RMS<br />

Impacto máximo (pulso <strong>de</strong> 0,2 ms) 100.000 grav.<br />

Linearida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> nominal ±1 %<br />

Constante <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po nominal 1 s<br />

Freqüência <strong>de</strong> ressonância nominal 22 kHz<br />

Faixa <strong>de</strong> freqüência nominal 0,5 a 5.000 Hz<br />

Mudança <strong>de</strong> fase, 10 kΩ<br />

159


ANEXO II<br />

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS<br />

CONDICIONADORES DE SINAIS (KISTLER POWER<br />

SUPPLY/COUPLER).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo 5134A.<br />

Conector <strong>de</strong> entrada BNC-neg.<br />

Ruído <strong>de</strong> entrada(filtro <strong>de</strong> 30 kHz, ganho 1) 70 μV (típico)<br />

Ruído <strong>de</strong> entrada(filtro <strong>de</strong> 30 kHz, ganho 100) 15 μV (máximo)<br />

Ruído <strong>de</strong> entrada(filtro <strong>de</strong> 1 kHz, ganho 1) 30 μV (típico)<br />

Fonte do transdutor 4 mA<br />

Faixa <strong>de</strong> ajuste opcional 2 a 18 mA<br />

Ganhos 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100<br />

Exatidão (ganhos 1 a 50) ± 0,5 %<br />

Exatidão (ganho 100) ± 1,0 %<br />

Largura <strong>de</strong> banda (ganho 1) 0,04 a 30.000 Hz<br />

Largura <strong>de</strong> banda (ganho 100) 0,04 a 8.000 Hz<br />

Filtro passa-baixa Butterworth, 2 pólos<br />

Freqüências <strong>de</strong> corte 100, 1.000, 10.000, 30.000<br />

Exatidão da freqüência ± 7%<br />

Filtro passa-alta Passivo <strong>de</strong> 2 pólos<br />

Freqüência <strong>de</strong> corte 0,04 Hz<br />

Constante <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po 3,5 s<br />

Exatidão da freqüência ± 10%<br />

Off set máximo 25 mV<br />

Fonte do teste do sist<strong>em</strong>a Ruído branco<br />

Amplitu<strong>de</strong> do sinal 10 mVRMS<br />

Exatidão da amplitu<strong>de</strong> -50 a +100 %<br />

Largura <strong>de</strong> banda 1 a 30.000 Hz<br />

Flatness ± 10 dB<br />

Conector <strong>de</strong> saída BNC-neg.<br />

160


ANEXO III<br />

ESPECIFICAÇÕES DO MARTELO DE IMPACTO (PCB<br />

PIEZOELETRONICS).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo 086C02<br />

Sensitivida<strong>de</strong> 11,2 mV/N (± 15 %)<br />

Faixa <strong>de</strong> medição ± 440 Npico<br />

Faixa <strong>de</strong> freqüência 8000 Hz<br />

Freqüência <strong>de</strong> ressonância ≥ 22 kHz<br />

Não linearida<strong>de</strong> ≤ 1 %<br />

Tensão <strong>de</strong> excitação 18 a 30 VDC<br />

Corrente constante <strong>de</strong> excitação 2 a 20 mA<br />

Impedância <strong>de</strong> saída < 100 ohm<br />

Tensão <strong>de</strong> saída induzida 8 a 12 VDC<br />

Constante <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po para <strong>de</strong>scarga ≥ 500 s<br />

El<strong>em</strong>ento transdutor Quartzo<br />

Isolante Epoxy<br />

Massa do martelo 0,16 kg<br />

Diâmetro da cabeça 1,57 cm<br />

Diâmetro da ponta 0,63 cm<br />

Comprimento do martelo 21,6 cm<br />

Posição da conexão elétrica Abaixo da mão<br />

Peso da massa extensora 75 g<br />

Conector elétrico BNC macho<br />

161


ANEXO IV<br />

ESPECIFICAÇÕES DO CONDICIONADOR DE SINAIS<br />

DO MARTELO DE IMPACTO (PCB<br />

PIEZOELETRONICS).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo 480E09<br />

Nº <strong>de</strong> canais 1<br />

Faixa <strong>de</strong> freqüência (ganho <strong>de</strong> 1x, 10x) 0,15 a 100000 Hz (-5 %)<br />

Faixa <strong>de</strong> freqüência (ganho <strong>de</strong> 100x) 0,15 a 50000 Hz (-10 %)<br />

Ganho <strong>de</strong> tensão 1:100 (± 2 %)<br />

Tensão <strong>de</strong> excitação (para o sensor) 27 a 29 VDC<br />

Corrente constante <strong>de</strong> excitação (para o sensor) 2 a 3,1 mA<br />

Constante <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po para <strong>de</strong>scarga > 10 s<br />

Deslocamento <strong>de</strong> tensão (máximo) < 30 mV<br />

Ruído espectral (1 Hz) ( Ganho 1) -132 dB<br />

Ruído espectral (10 Hz) (Ganho 1) -143 dB<br />

Ruído espectral (100 Hz) (Ganho 1) -146 dB<br />

Ruído espectral (1000 Hz) (Ganho 1) -148 dB<br />

Ruído espectral (10000 Hz) (Ganho 1) -150 dB<br />

Ruído elétrico da placa (1 a 10000 Hz) (Ganho 1) -110 dB/VRMS<br />

Ruído espectral (1 Hz) ( Ganho 10) -113 dB<br />

Ruído espectral (10 Hz) (Ganho 10) -114 dB<br />

Ruído espectral (100 Hz) (Ganho 10) -119 dB<br />

Ruído espectral (1000 Hz) (Ganho 10) -125 dB<br />

Ruído espectral (10000 Hz) (Ganho 10) -130 dB<br />

Ruído elétrico da placa (1 a 10000 Hz) (Ganho 10) -86 dB/ VRMS<br />

Ruído espectral (1 Hz) ( Ganho 100) -94 dB<br />

Ruído espectral (10 Hz) (Ganho 100) -94 dB<br />

Ruído espectral (100 Hz) (Ganho 100) -98 dB<br />

Ruído espectral (1000 Hz) (Ganho 100) -105 dB<br />

Ruído espectral (10000 Hz) (Ganho 100) -114 dB<br />

Ruído elétrico da placa (1 a 10000 Hz) (Ganho 100) -65 dB/ VRMS<br />

Potência requerida (padrão) Bateria interna<br />

Bateria interna (tipo) 9 V<br />

Vida da bateria (padrão alcalino) 50 h<br />

Bateria interna (quantida<strong>de</strong>) 3<br />

Conector elétrico (entrada do sensor) BNC macho<br />

Conector elétrico (saída) BNC macho<br />

162


Anexos 163<br />

Dimensões (profundida<strong>de</strong> x altura x largura) 6,1 x 10 x 7,4 cm<br />

Peso (incluindo baterias) 0,3 kg


ANEXO V<br />

ESPECIFICAÇÕES DO RUGOSÍMETRO (TAYLOR<br />

HOBSON).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo Surtronic 3+<br />

Faixa <strong>de</strong> medição ± 150 μm<br />

Precisão 2 % da leitura + LSD μm<br />

Princípio <strong>de</strong> medição Indutivo<br />

Massa <strong>de</strong> medição 150 a 300 mg<br />

Ponta <strong>de</strong> diamante Raio <strong>de</strong> ponta 5 μm<br />

Valor do comprimento <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> (cut off) 0,25; 0,8; 2,5; 8 mm<br />

Filtro 2CR ou gaussiano<br />

Comprimento transversal 1,25 a 25 mm<br />

Velocida<strong>de</strong> transversal 1 mm/s<br />

Unida<strong>de</strong> do monitor μm<br />

Conector <strong>de</strong> saída RS 232<br />

Potência 9 V bateria<br />

Parâmetros (padrão) Ra, Rq, Rt, Ry, Rz (DIN), Sm<br />

Parâmetros (opcionais) Pc, tp%<br />

Dimensões globais 130 x 80 x 65 mm<br />

Massa 450 g<br />

Condições normais <strong>de</strong> operação (t<strong>em</strong>peratura) 5 a 40 ºC<br />

Condições normais <strong>de</strong> operação (umida<strong>de</strong>) 0 a 80% não con<strong>de</strong>nsado<br />

Condições <strong>de</strong> armazenamento (t<strong>em</strong>peratura) 0 a 50 ºC<br />

Condições <strong>de</strong> armazenamento (umida<strong>de</strong>) 0 a 80% não con<strong>de</strong>nsado<br />

164


ANEXO VI<br />

ESPECIFICAÇÕES DO MICROSCÓPIO DE MEDIÇÃO<br />

(MITUTUYO).<br />

Parâmetro Valor/Tipo<br />

Mo<strong>de</strong>lo TM-505<br />

Série 176<br />

Código 176-811ª<br />

Capacida<strong>de</strong> XY 50x50 mm<br />

Capacida<strong>de</strong> efetiva do vidro 96x96 mm<br />

Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> medição Cabeçotes micrométricos digitais<br />

Altura máxima da peça 115 mm<br />

Peso máximo peça 5 kg<br />

Ângulo <strong>de</strong> leitura 360º<br />

Lente ocular 15 X<br />

Objetiva 2 X<br />

Ampliação 30 X<br />

Iluminação episcópica 24 V, 2 W, intensida<strong>de</strong> ajustável<br />

Iluminação diascópica 24 V, 2 W, intensida<strong>de</strong> ajustável<br />

Dimensões (LxPxA) 210x333x391 mm<br />

Alimentação <strong>de</strong> potência 100/110/120/220/240 V AC, 50/60 Hz<br />

Consumo <strong>de</strong> potência 100 VA<br />

Peso 13,5 kg<br />

165


ANEXO VII<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA VALIDAÇÃO DO<br />

MODELO COM EXCITAÇÃO EM IMPULSO<br />

Figura VII.I – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção X da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 500 Hz.<br />

Figura VII.III – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 500 Hz.<br />

166<br />

Figura VII.II – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção X da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 100 Hz.<br />

Figura VII.IV – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 150 Hz.


Anexos 167<br />

Figura VII.V – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z da torre<br />

<strong>de</strong> 0 a 500 Hz.<br />

Figura VII.VII – Resposta <strong>em</strong> freqüência<br />

da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do<br />

contra-ponta <strong>de</strong> 0 a 500 Hz.<br />

Figura VII.IX – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção Z do<br />

porta-ferramenta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz.<br />

Figura VII.VI – Resposta <strong>em</strong> freqüência da<br />

excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y do<br />

contra-ponta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz.<br />

Figura VII.VIII – Resposta <strong>em</strong> freqüência<br />

da excitação <strong>em</strong> impulso na direção Y do<br />

porta-ferramenta <strong>de</strong> 0 a 350 Hz.


ANEXO VIII<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA VALIDAÇÃO DO<br />

MODELO COM EXCITAÇÃO DINÂMICA<br />

Figura VIII.I – Resposta no t<strong>em</strong>po do<br />

conjunto torno-peça com excitação<br />

dinâmica.<br />

Figura VIII.III – Resposta <strong>em</strong> frequência<br />

<strong>de</strong> 0 a 250 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica, s<strong>em</strong> os sinais dos<br />

acelerômetros localizados no porta-<br />

ferramenta.<br />

168<br />

Figura VIII.II – Resposta <strong>em</strong> frequência <strong>de</strong><br />

0 a 250 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica.<br />

Figura VIII.IV – Resposta <strong>em</strong> frequência<br />

<strong>de</strong> 0 a 10 Hz do conjunto torno-peça com<br />

excitação dinâmica.


ANEXO IX<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DO<br />

Figura IX.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

COMPRIMENTO DA PEÇA.<br />

169<br />

Figura IX.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 170<br />

Figura IX.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado do suporte.<br />

Figura IX.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado do suporte.


Anexos 171<br />

Figura IX.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350<br />

mm próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350<br />

mm próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350<br />

mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 172<br />

Figura IX.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350<br />

mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa operacional da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa operacional da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.


Anexos 173<br />

Figura IX.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500<br />

mm próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o<br />

sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.<br />

Figura IX.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong><br />

100 x 500 mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong><br />

o sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.


Anexos 174<br />

Figura IX.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500<br />

mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXXIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong><br />

100 x 500 mm próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 500 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XXXII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong><br />

100 x 500 mm próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXXIV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x<br />

500 mm próxima do contra-ponta.


Anexos 175<br />

Figura IX.XXXV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100<br />

x 920 mm próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XXXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100<br />

x 920 mm próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XXXIX – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na região central da peça <strong>de</strong><br />

100 x 920 mm, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XXXVI – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na região central da peça <strong>de</strong><br />

100 x 920 mm.<br />

Figura IX.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100<br />

x 920 mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o<br />

sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.<br />

Figura IX.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 176<br />

Figura IX.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura IX.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura IX.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na região<br />

central da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm, s<strong>em</strong> o<br />

sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.<br />

Figura IX.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na região<br />

central da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm.<br />

Figura IX.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura IX.XLVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 920 mm,<br />

s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.


ANEXO X<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DO<br />

Figura X.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura X.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼<br />

da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

DIÂMETRO DA PEÇA.<br />

177<br />

Figura X.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼<br />

da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura X.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.


Anexos 178<br />

Figura X.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350<br />

mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura X.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências a ¼<br />

da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.


Anexos 179<br />

Figura X.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x<br />

350 mm próxima das castanhas.<br />

Figura X.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 100 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências da<br />

máquina a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70<br />

x 350 mm próxima das castanhas.<br />

Figura X.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.


Anexos 180<br />

Figura X.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura X.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350<br />

mm próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.


Anexos 181<br />

Figura X.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas.<br />

Figura X.XXVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350<br />

mm próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 70 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350<br />

mm próxima das castanhas.<br />

Figura X.XXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 350 mm próxima do contra-ponta.


Anexos 182<br />

Figura X.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350<br />

mm próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXXIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x<br />

350 mm próxima das castanhas.<br />

Figura X.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências a<br />

¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima das castanhas, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta, s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura X.XXXIV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina a ¼ da extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 350 mm próxima das castanhas.


Anexos 183<br />

Figura X.XXXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina a ¼ da<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 350 mm<br />

próxima do contra-ponta.<br />

Figura X.XXXVI – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x<br />

350 mm próxima do contra-ponta.


ANEXO XI<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DA<br />

Figura XI.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=398 rpm.<br />

Figura XI.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=398 rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

VELOCIDADE DE CORTE.<br />

184<br />

Figura XI.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=398 rpm.<br />

Figura XI.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=398 rpm.


Anexos 185<br />

Figura XI.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm.<br />

Figura XI.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

Figura XI.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm.<br />

Figura XI.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm.<br />

Figura XI.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=963 rpm.<br />

Figura XI.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm.


Anexos 186<br />

Figura XI.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

Figura XI.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm.<br />

Figura XI.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

Figura XI.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1377rpm.<br />

Figura XI.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm.<br />

Figura XI.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1798rpm.


Anexos 187<br />

Figura XI.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm.<br />

Figura XI.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

Figura XI.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm.<br />

Figura XI.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm.<br />

Figura XI.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1862rpm.<br />

Figura XI.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm.


Anexos 188<br />

Figura XI.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm<br />

e s<strong>em</strong> sinal do acelerômetro localizado no<br />

suporte.<br />

Figura XI.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1950rpm.<br />

Figura XI.XXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=1950rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XI.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1918rpm.<br />

Figura XI.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1950rpm.<br />

Figura XI.XXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x<br />

100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=1950rpm.


Anexos 189<br />

Figura XI.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm.<br />

Figura XI.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm<br />

e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro localizado<br />

no suporte.<br />

Figura XI.XXXIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2220rpm.<br />

Figura XI.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=1981rpm.<br />

Figura XI.XXXII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x<br />

100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=1981rpm.<br />

Figura XI.XXXIV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2220rpm.


Anexos 190<br />

Figura XI.XXXV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2220rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XI.XXXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2578rpm.<br />

Figura XI.XXXIX – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2578rpm e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

do suporte.<br />

Figura XI.XXXVI – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x<br />

100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2220rpm.<br />

Figura XI.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=2578rpm.<br />

Figura XI.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=2578rpm.


Anexos 191<br />

Figura XI.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3151rpm.<br />

Figura XI.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3151rpm.<br />

Figura XI.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3478rpm.<br />

Figura XI.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3151rpm.<br />

Figura XI.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3478rpm.<br />

Figura XI.XLVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3478rpm.


Anexos 192<br />

Figura XI.XLVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=3716rpm.<br />

Figura XI.XLIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina na<br />

extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40 x 100 mm<br />

próxima do contra-ponta, com n=3716rpm.<br />

Figura XI.XLVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> da peça <strong>de</strong> 40<br />

x 100 mm próxima do contra-ponta, com<br />

n=3716rpm.


ANEXO XII<br />

RESULTADOS EXPERIMENTAIS – AVALIAÇÃO DA VIDA<br />

Figura XII.I – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=600 m/min.<br />

Figura XII.III – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=600<br />

m/min.<br />

DA FERRAMENTA.<br />

193<br />

Figura XII.II – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm vc=600<br />

m/min.<br />

Figura XII.IV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=600<br />

m/min.


Anexos 194<br />

Figura XII.V – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min.<br />

Figura XII.VII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.IX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=600<br />

m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XII.VI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.VIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=600 m/min.<br />

Figura XII.X – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com vc=600<br />

m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.


Anexos 195<br />

Figura XII.XI – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300mm com<br />

vc=600 m/min.<br />

Figura XII.XIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XV – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com vc=600<br />

m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XII.XII – Espectro <strong>de</strong> freqüências do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com<br />

vc=600 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm com<br />

vc=600 m/min.


Anexos 196<br />

Figura XII.XVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XVIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XX – Espectro <strong>de</strong> freqüências na<br />

faixa <strong>de</strong> operação da máquina do percurso<br />

<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com vc=575<br />

m/min e s<strong>em</strong> o sinal do acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XII.XVII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 0 a 100 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 197<br />

Figura XII.XXII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXVI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal acelerômetro<br />

localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a 200 mm com<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 100 a<br />

200 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 198<br />

Figura XII.XXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a<br />

300 mm com vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=575m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXXII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a<br />

300 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXIX – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXXI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

na faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a 300mm da<br />

peça <strong>de</strong> 40 x 100mm, com vc=575m/min.<br />

Figura XII.XXXIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências na faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 200 a<br />

300 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 199<br />

Figura XII.XXXIV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXXVI – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXXVIII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXXV – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XXXVII – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XXXIX – Espectro <strong>de</strong><br />

freqüências da faixa <strong>de</strong> operação da<br />

máquina do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 300 a<br />

400 mm com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal<br />

do acelerômetro localizado no suporte.


Anexos 200<br />

Figura XII.XL – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XLII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XLIV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XLI – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

do percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm<br />

com vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.<br />

Figura XII.XLIII – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min.<br />

Figura XII.XLV – Espectro <strong>de</strong> freqüências<br />

da faixa <strong>de</strong> operação da máquina do<br />

percurso <strong>de</strong> avanço <strong>de</strong> 400 a 500 mm com<br />

vc=575 m/min e s<strong>em</strong> o sinal do<br />

acelerômetro localizado no suporte.

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