15 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

RUBIACEAE
Dialypetalanthus, Kuhlmann.
POR
J. G. KUHLMANN
O gênero Dialypetalanthus, conquanto se aproxime muito da tribu
CUtclwncac, principalmente pela posição imbricada. ascendente, dos óvulos,
as sementes com alas, basal e apical, e o embrião formando núcleo centra!,
não pode na mesma ser incluído em virtude das pétalas, que são livres
e ao número (15-25) de estames em relação ao número (4) de segmentos
da corola.
As anteras ou tecas são fixas, porícidas, e os poros são protegidos
por pequenas válvulas; o filete estaminal é curto e grosso e 0 conectivo
e bastante largo.
Os estames, olhados do lado dorsal, afiguram-se sem diferenciação
entre filete e antera; mas, vistos de frente, essa diferenciação é evidente.
Para incluir o presente gênero na subfamília Cinehonoideae. junto
à tribu Cinchoneae, foi indispensável criar-lhe a tribu Dialypetalantheae,
com o seguinte arranjo, logo após a referida tribu Cinchoneae, como se
vê abaixo:
Sementes aladas, ascendentes, imbricadas.
Corola simpétala; segmentos 4-5; estames em número igual ao número
de segmentos e inseridos no tubo da corola.
Tribu Cinchoneae (representada por numerosos gêneros).
Corola polipétala; pétalas 4; estames 15-25, em dois verticílos e
inseridos diretamente sobre o vértice do ovário.
Tribu Dialypetalantheae (representada por um só gênero).