02.08.2013 Views

vol. 61, Supl. - Fundação Biblioteca Nacional

vol. 61, Supl. - Fundação Biblioteca Nacional

vol. 61, Supl. - Fundação Biblioteca Nacional

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Novidades Taxonòmicas em Cyperus Sll<br />

2. Cyperus rígens J. Presl & C. Presl, Reliq. Haenk.<br />

1(3): 170.1828.<br />

A exemplo de Cyperus aggregatus, C. rigens<br />

também possui uma grande variabilidade<br />

morfológica no que se refere à inflorescência (Fig.<br />

2), na qual as espigas geralmente muito densas,<br />

suborbiculares a elíptico-orbiculares, são<br />

sustentadas por ramos primários desen<strong>vol</strong>vidos,<br />

de até 16 cm de comprimento. Entretanto, pode<br />

apresentar espigas subsésseis, com ramos primários<br />

muito curtos, até 1,8 cm de comprimento.<br />

A partir das observações em campo, da<br />

revisão de herbários e de material-tipo (quando<br />

possível), constatou-se que Cyperus rigens<br />

constitui-se em um complexo de formas com variação<br />

morfológica contínua dos caracteres propostos por<br />

Pedersen (1972). Esta variação contínua foi<br />

constatada em observações a campo, inclusive em<br />

um mesmo indivíduo (touceira), independente do<br />

estágio de maturação. Além disso, materiais dos<br />

herbários HBR e SI, provenientes das mesmas áreas<br />

de coleta do exemplar-tipo, foram analisados e<br />

também retratam a variabilidade morfológica. Da<br />

mesma forma, não foi possível encontrar outros<br />

caracteres que pudessem ser utilizados para a<br />

separação dos táxons infra-específicos propostos<br />

pelo referido autor. Dados das análises de superfície<br />

de fruto em MEV (Heller& Longhi-Wagner2(K)8)e<br />

da anatomia foliar (Hcller 2(X)7) reforçam a proposta<br />

da sinonimização de C. rigens ssp. serrue e C.<br />

rigens ssp. rigens sob a variedade rigens, pois não<br />

mostraram diferenças significativas entre os<br />

indivíduos com diferentes tipos morfológicos de<br />

inflorescência.<br />

É importante destacar que dos mais de 300<br />

espécimes analisados para o complexo "rigens"<br />

de formas morfológicas, as características mais<br />

comuns foram o escapo liso e as espigas<br />

pedunculadas (tamanho variáveis da espiga e do<br />

ramo primário), caracterizando indivíduos<br />

intermediários.<br />

Verificou-se também que, entre as<br />

características utilizadas por Pedersen (1968), o<br />

indumento do escapo é a única que mostrou uma<br />

evidente descontinuidade entre as duas espécies.<br />

Além disso, o indumento da ráquis também é<br />

importante, pois populações com espécimes de<br />

escapo escabro e ráquis lisa foram encontradas em<br />

simpatria com populações de espécimes com escapo<br />

liso e ráquis esparsamente escabra, embora plantas<br />

com as características da primeira população sejam<br />

menos comuns.<br />

Rodríguésia <strong>61</strong>(Sup.): S07-S14. 2010<br />

Com base no exposto, está sendo proposta<br />

uma nova combinação para Cyperus impolitus<br />

como uma variedade de C. rigens.<br />

2.1. Cyperus rígens J. Presl & C. Presl var. rígens,<br />

Reliq. Haenk. 1(3): 170.1828. Tipo: T.P.X. Haenke<br />

s.n., "Cyperus rigens Presl -var. B- Peruvia"<br />

(lectótipo PR-212208, designado por Pedersen,<br />

Darwiniana 17:534.1972).<br />

Cyperus rigens var. capitatus J. Presl & C.<br />

Presl, Reliq. Haenk. 1(3): 170.1828. Tipo: URUGUAI:<br />

Dep. Canelones, La Floresta, Duncn XII, W.C. Steere<br />

(holótipo PR?; isótipo MVN, Herb. Corn. Osten<br />

16893), syn. nov.<br />

Cyperus serrae Boeck., Allg. Bot. Z. Syst. 2:<br />

2. 1896. Cyperus rigens ssp. serrae (Boeck.) T.M.<br />

Ped., Darwiniana 17: 540. 1972. Tipo: BRASIL.<br />

SANTA CATARINA: Campo de Capivari, E. Ule<br />

1942 (foto do holótipo B !; isótipos K), syn. nov.<br />

Cyperus laetus var. maximus Kük., Repert.<br />

Spec. Nov. Regni Veg, 26:252.1929. Cyperus rigens<br />

ssp. rigens var. maximus (Kük.) T.M. Ped.,<br />

Darwiniana 17: 538. 1972. Tipo: URUGUAI.<br />

MALDONADO: Piriapolis, C. Osten 5670(holótipo<br />

desconhecido, isótipo MVM), syn. nov.<br />

Cyperus rigens ssp. rigens var. selmirae<br />

T.M. Ped., Darwiniana 17: 538. 1972. Tipo:<br />

ARGENTINA: Prov. Entre Rios, Dcpt. Uruguai, 20<br />

nov. 1964, T.M. Pedersen 7222 (holótipo C; isótipo<br />

SI!), syn. nov.<br />

Material selecionado: ARGENTINA. 28.1.1927, A.<br />

Burkart 1036 (SI). BRASIL. MATO GROSSO:<br />

Xavantinu, 14.1.1968, D. Philcox & A. Fereira 41)63 (RB).<br />

MATO GROSSO DO SUL: Chapadão do Sul, Fazenda<br />

Pouso Frio, 28.111.2004, VJ. Pott et ai. 6717 (CGMS).<br />

PARANÁ: Palmeira. Colônia Witmarsum, 13.1.2004, S.M.<br />

Hefler& H.M. Lmghi-Wagner351 (ICN). RIOGRANDE<br />

DO SUL: Chui, 8.III.2004, S.M. He/ler 429 (ICN).<br />

SANTA CATARINA: Lebon Régis, 18.1.2004, S.M.<br />

Hefler & H.M. Umghi-Wagner402 (ICN). PARAGUAI.<br />

CERRO CARÁ: Sierra de Amanbay, 1 .III. 1934, T. Rojas<br />

676J(SI). URUGUAI. MONTEVIDEO: Malvin. 1.1927,<br />

G. Herter 342a (SI).<br />

2.2. Cyperus rigens}. Presl & C. Presl var. impolitus<br />

(Kunth) Hcller & Longhi-Wagner, stat. et conih.<br />

nov. Cyperus impolitus Kunth, Enum. PI. 2: 78.<br />

1837.Tipo: BRASIL. F.Sellows.n. (holótipoB!,<br />

foto F!), syn. nov.<br />

Esta variedade difere da variedade rigens pelo<br />

conjunto de características apresentadas na Tabela 1.<br />

Ambas as variedades são nativas da América<br />

tropical e subtropical (Pedersen 1972), sendo a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!