vol. 61, Supl. - Fundação Biblioteca Nacional
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Rodríguésia <strong>61</strong>(Sup): S85-S88. 2010<br />
http://rodriguesia.jbrj.gov.br<br />
Novas combinações para espécies<br />
brasileiras de Acanthaceae<br />
New combinations to Brazilian species of Acanthaceae<br />
Sheila R. Profice 1<br />
Resumo<br />
Durante a preparação da lista das espécies de Acanthaceae para a Lista de Espécies da Flora do Brasil foi<br />
detectada a necessidade da proposição de novas combinações, novos sinônimos, novos nomes e esclarecimentos<br />
a cerca da delimitação de algumas espécies. Tais novidades nomenclaturais são aqui apresentadas.<br />
Palavras-chave: Acanthaceae, Justicia, Ruellia, nomenclatura.<br />
Abstract<br />
During the preparation of the list of species of Acanthaceae for the List of Species of the Brazilian Flora the<br />
necessity of present new combinations, new synonyms, new names, and taxonomic notes about the delimitation<br />
of some species was observed. These nomenclatura! novelties are here presented.<br />
Key words: Acanthaceae, Justicia, Ruellia, nomenclature.<br />
Introdução<br />
A monografia de Nees von Esenbeck (1847)<br />
ainda é a única obra que trata as espécies brasileiras<br />
da família Acanthaceae como um todo. Neste estudo,<br />
a falta de consistência dos caracteres diagnósticos<br />
adotados pelo autor na circunscrição dos gêneros<br />
levou autores posteriores a propor novos conceitos<br />
genéricos e, em muitos casos, a sinonímia de<br />
diversos gêneros.<br />
Entre os vários autores que publicaram novas<br />
espécies desta família para a Flora do Brasil destacamse<br />
Lindau( 1895a, 1898) eRizzini( 1946,1949,1950,<br />
1952, 1956). Atualmente, os conceitos genéricos<br />
estabelecidos por estes autores são amplamente<br />
questionados e as espécies descritas por eles<br />
necessitam de atualizações taxonômicas. Neste<br />
contexto foram propostas mudanças taxonômicas<br />
em espécies da América do Sul, incluindo Brasil, dos<br />
gêneros Justicia L. (Ezcurra 2002) e Ruellia L.<br />
(Ezcurra 1993). Apesar de várias espécies descritas<br />
por Nees von Esenbeck, Lindau e Rizzini em gêneros<br />
considerados sinônimos de outros em trabalhos<br />
recentes de flora e revisões, vários desses táxons<br />
ainda necessitam ser transferidos para gêneros<br />
atualmente aceitos em Acanthaceae.<br />
O presente estudo tem por objetivo de<br />
apresentar as novidades nomenclaturais em<br />
Acanthaceae tendo em vista a divulgação para a<br />
publicação da Lista de Espécies da Flora do Brasil.<br />
Material e Métodos<br />
Para análise das espécies de Justicia, gênero<br />
de maior complexidade taxonômica, considera-se<br />
Justicia sensu Graham (1988) e aceita-se Ruellia<br />
sensu lato. Este estudo tem por base o material<br />
botânico depositado no Herbário do Jardim Botânico<br />
do Rio de Janeiro (RB) e cedido por empréstimo,<br />
incluindo fotografias dos tipos, dos seguintes<br />
herbários citados pela sua respectiva sigla,<br />
conforme Holmgren et ai. (1990): BM, C, F, G, GZU,<br />
K,NY,PeW.<br />
Resultados<br />
1. Justicia araucariensis Profice, nom. nov, para<br />
Cluwtothtylax vestitus Rizzini. Dusenia 3(3): 191.1952.<br />
Tipo: BRASIL. PARANÁ: Parque <strong>Nacional</strong> Iguaçu,<br />
A.P. Duarte & E. Pereira 1927(holótipo RB!).<br />
Ezcurra (2002) sem examinar o material-tipo<br />
de Chaetothtylax vestitus, depositado no herbário<br />
RB, inclui esta espécie na sinonímia de Justicia<br />
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