02.08.2013 Views

CAMINHO DE SANTIAGO Cultura Medieval Galaico - Portuguesa

CAMINHO DE SANTIAGO Cultura Medieval Galaico - Portuguesa

CAMINHO DE SANTIAGO Cultura Medieval Galaico - Portuguesa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>CAMINHO</strong> <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong><br />

E<br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Medieval</strong> <strong>Galaico</strong> - <strong>Portuguesa</strong><br />

AI ostra Bibliográjica


<strong>CAMINHO</strong> <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong><br />

E<br />

CULTURA MEDIEVAL<br />

GALAICO - PORTUGUESA


Estátua do Apóstolo São Tiago no "parteluz" do "Pórtico de la Gloria",<br />

Obra imortal do mestre Mateo (séc. XI).


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA<br />

<strong>CAMINHO</strong> <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong><br />

E<br />

CULTURA MEDIEVAL<br />

GALA ICO-PORTUGUESA<br />

Mostra Bibliográfica<br />

\<br />

Organizada pelo Cónego Dr. Emilio<br />

Silva, sob o patrocínio da Embaixada<br />

da Espanha e do Imtituto Brasileiro<br />

de <strong>Cultura</strong> Hispânica.<br />

BIBLIOTECA NACIONAL<br />

DIVISÃO <strong>DE</strong> PUBLICAÇÃO E DIVULGAÇÃO<br />

RIO <strong>DE</strong> JANEIRO — 1966


Exposição realizada em colaboração<br />

com a Seção de Exposições da Divisão<br />

de Publicações e Divulgação da Biblio-<br />

teca Nacional.


APRESENTAÇÃO<br />

A Biblioteca Nacional prossegue, com esta exposição «Ca-<br />

minho d\e Santiago e <strong>Cultura</strong> <strong>Medieval</strong> <strong>Galaico</strong>-Portuguêsa», o<br />

trabalho de divulgação erudita já responsável por uma compreen-<br />

são popular de setores especializados da cultura. Trata-se de<br />

exposição bibliográfica que, através dos títulos, ergue o levanta-<br />

mento de uma das bases de nossa formação lingüística e literária,<br />

O Cónego Dr. Emílio Silva, que sugeriu e colaborou, — respon-<br />

dendo assim pelo êxito dia exposição —, esclarece em sua introdu-<br />

ção da significação e da importância do material que se mostra.<br />

E, à sombra dêsse material, reaparece a identificação de uma cul-<br />

tura comum que corresponde a» encontro, nas raízes, de espa-<br />

nhóis, portugueses e brasileiros.<br />

ADONIAS FILHO<br />

Diretor da Biblioteca Nacional


O <strong>CAMINHO</strong> <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong><br />

A ond'irá aquel romeiro,<br />

meu romeiro adond'irá?<br />

Camino de Compostela,<br />

non sei s'ali chegará.<br />

Os pes leva cheos de sangre,<br />

e non pode mais andar.<br />

Mal pocado! Pobre vello.<br />

non sei sali chegará!<br />

(Romance galego) .<br />

«La postrera de las tierras hacia donde el sol se pone»; a que<br />

projeta, como ponta de lança, sôbre o oceano ignoto e tenebroso<br />

o cabo Finis terrae; a que encima, pelo lado setentrional, o nobre<br />

país lusitano, é a região galega.<br />

Galícia, formosa e sempre verde, banhada por dois mares<br />

e esmaltada de suaves montanhas, vales frondentes e rios sinuosos<br />

que a fazem meiga como sua fala e como o caráter dos seus habi-<br />

tantes, tem em seu centro geográfico uma cidade santa, a tercei-<br />

ra dêste universal apelativo, que, com Jerusalém e Roma, forma<br />

desde a Idade Media o triságio de lugares de indulgência e de<br />

peregrinação: Santiago de Compostela, que do santo Apóstolo,<br />

cujas relíquias conserva, recebeu seu nome. No ano 814, desco-<br />

briu-se, em Compostela, o sepulcro do filho de Zebedeu. A no-<br />

tícia, autorizada comi declaração oficial do Papa reinante, correu<br />

célere pela Europa. De todos os quadrantes da Cristandade, no-<br />

bres e plebeus, bispos, monges e sacerdotes, reis e santos acudi-<br />

ram a Santiago. Na pele da Europa, como vincos de unha em<br />

superfície branda, vão desenhando-se os Caminhos de Santiago.<br />

«Depois do Sacrário — dizia Pio XII — depois de Roma, não há,<br />

talvez, lugar ao qual tenha acorrido, no decurso dos séculos, tão


— 8 —<br />

grande número de peregrinos, como à capital de Galícia, Santiago<br />

de Compostela, onde repousam as relíquias do Apóstolo Tiago<br />

o Maior.»<br />

Êste acontecimento, que pôs em comunicação os povos mais<br />

distantes e diferentes da Europa, provocou um surto de cultura<br />

extraordinário. A Galícia, que já nos séculos IV e V alcançara<br />

nível intelectual invejável, recebeu nôvo e vigoroso impulso que<br />

lhe fêz, no dizer de Fidel Fita, «Madre fecunda de la cultura<br />

espanola en la alta Edad Media», e cuja principal manifestação<br />

foi o rápido desenvolvimento e perfeição alcançados pela sua<br />

língua, que se tornou logo maravilhoso instrumento lírico para os<br />

poetas de tôdas as regiões da Espanha.<br />

«Oh tierra de la fabla antigua, hija de Roma,<br />

que tiene campesinos arrullos de paloma...!»<br />

diria mais tarde o maior romancista da Galícia, D. Ramón dei<br />

Valle Inclán.<br />

No caso, é êste o ponto que mais interêsse oferece a todos<br />

os que falam a língua portuguesa e a razão, também, por que aos<br />

elementos do Caminho de Santiago juntamos na Exposição os da<br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Medieval</strong> <strong>Galaico</strong>-Portuguêsa. Com efeito, é na Galícia e<br />

em relação estreita com as peregrinações jacobéias, que nasce e<br />

se desenvolve êsse instrumento de comunicação, que é a língua<br />

galaico-portuguêsa.<br />

Afonso X, o Rei Sábio, nasce em Toledo, e em castelhano<br />

escreve suas grandes obras, dando quase forma definitiva a essa<br />

língua. É em galego, porém, que escreve seu grande Cancioneiro,<br />

Cantigas de Santa Maria. Como êle, por sua vez, o rei Dom<br />

Diniz de Portugal e outros muitos poetas de ambas as margens do<br />

rio Minho, que fazem da lírica galega a mais rica de tôdas as literaturas<br />

românicas medievais.<br />

Ao estudo dessa lírica e dos Cancioneiros consagrará Me-<br />

néndez Pelayo algumas de suas páginas mais belas de crítica lite-<br />

rária, na Historia de la poesia Castellana, en la Edad Media (Ma-<br />

drid, V. Suárez, 1911, p. 219-321), glosando a célebre passagem<br />

do Marquês de Santillana, em sua Carta Ó Prohemio al Condes-


— 9 —<br />

table de Portugal: «E después fallaron esta arte que mayor se<br />

llama e el arte comun, creo, en los reynos de Galícia e Portugal,<br />

donde non es el dubdar que el exercício destas sciencias mas que<br />

en ningunas otras regiones e províncias de Espana se acostumbró;<br />

en tanto grado, que non ha mucho tiempo qualesquier decidores e<br />

trovadores destas partes, agora fuesen Castellanos, andaluces o de<br />

la Extremadura todas sus obras componian en lengua gallega e<br />

portuguesa.»<br />

A partir do século XVII entra em franco declínio o movi-<br />

mento jacobeu para recuperar-se em nossos dias, em que os cami-<br />

nhos que levam à terceira cidade santa do orbe são novamente<br />

freqüentados desde as regiões mais longínquas do Ocidente.<br />

Como êste movimento reveste o caráter religioso que outrora<br />

lhe deu origem, vamos relatar os fatos que dentro do mundo ca-<br />

tólico justificam o apelativo de «santa» outorgado à velha capital<br />

da Galicia, Santiago de Compostela.<br />

Três são, no mundo, as cidades que ostentam o título de<br />

santas: Jerusalém, Roma e Santiago. Jerusalém, «elegeu-a Javé<br />

para que nela estivesse seu nome» (2 Par. VI, 6) . E, embora<br />

de eleita se haja convertido em deicida, levando à morte de cruz<br />

o Filho de Deus, nosso divino Redentor, salvou o apelativo de<br />

santa pelo simbolismo que dela tirou S. João para representar<br />

o céu: «E vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu.<br />

do lado de Deus, ataviada como uma esposa que se engalana<br />

para seu esposo» (Ap. XXI, 2). ES. Paulo, por sua vez,<br />

fala-nos da «Jerusalémi celeste» (Hebr. XII, 22). Além disto,<br />

para nós os cristãos, aquêle mesmo lugar onde o judaísmo rebelde<br />

pediu a morte de seu Rei e onde executou-a, é por isto mesmo, já<br />

que Cristo ali morreu para nos salvar, lugar santíssimo e de eterna<br />

veneração, fato que nos explica o fervor das Cruzadas e as pere-<br />

grinações de todos os tempos àqueles santos lugares, onde se en-<br />

contram o sepulcro de Jesus Cristo e as pegadas do Salvador.<br />

Roma, a cidade eterna — prima inter urbes —, foi santifi-<br />

cada pela presença e pela pregação dos Apóstolos Pedro e Paulo.<br />

A Romia dos Césares, «Cabeça do orbe, como lhe chamava Tito<br />

Lívio (Hist. I, 16), converte-se na Roma dos Papas. Se, nos


— 10 —<br />

séculos do paganismo, foi seu destino a regência política dos<br />

povos — Tu regere império populos, romane, memento (Vir.,<br />

Aeneis, VI, 852') — nos séculos cristãos terá ela a regência es-<br />

piritual de todo o mundo. Sede do Sumo Pontificado, é ela<br />

também guarda do túmulo de S. Pedro.<br />

A terceira cidade santa da trilogia é Santiago de Composte-<br />

la, meta espiritual da Europa medieval nascente e guardiã do<br />

sepulcro e das relíquias do Apóstolo S. Tiago o Maior. Ne-<br />

nhuma outra nação teve privilégio comparável ao de «Hispania»:<br />

o próprio Apóstolo que a evangelizou quis que nela repousassem<br />

suas relíquias, e, o que mais é, numerosas vêzes no decurso da<br />

sua história quis intervir pessoalmente para ajudá-la a defender a<br />

fé contra inimigos seculares. Razão temos, pois, para chamar<br />

santa à cidade que o mesmo Apóstolo escolheu para seu glorioso<br />

túmulo. Mas é que, além disto, o povo fiel, não só da Espanha,<br />

senão de tôda a Cristandade, ouviu o imperioso apêlo da fé e da<br />

penitência, e, durante séculos, fêz de Santiago de Compostela o<br />

terceiro santuário de peregrinação religiosa do mundo, eixo espi-<br />

ritual da catolicidade e alicerce da Europa. Êste ano de 1965<br />

particularmente é jubilar> de indulgência e de graça. O Ano<br />

Santo tem para todos os cristãos um valor de símbolo e de síntese,<br />

e o presente de 1965, Sua Eminência o Cardeal Arcebispo comi-<br />

postelano, Quiroja y Palacios, denominou-o «Ano Santo da Uni-<br />

dade», mui de acordo com o destacado papel histórico de «Farol<br />

de unidade» que, através de longos séculos, vem desempenhando<br />

o Santuário do Apóstolo S. Tiago, e muito emi consonância,<br />

também, com o espírito mais aberto e de convivência, hoje em dia<br />

imperante, entre todos os povos e tôda sorte de homens.<br />

Vejamos de que modo a Divina Providência, que orienta e<br />

dirige os grandes fatos da história, preparou os acontecimentos<br />

que fizeram de Compostela a terceira cidade santa. S. Tiago o<br />

Maior, luz e padroeiro das Espanhas, era natural de Betsaida, na<br />

província de Galileia, irmão mais velho de João Evangelista, ami-<br />

bos filhos de Zebedeu e de Santa Maria Salomé, e por esta, segu-<br />

ramente, primos de Jesus Cristo. Os dois irmãos eram pescado-<br />

res, como pescador era seu pai Zebedeu, que vivia à margem do<br />

mar de Galileia e devia de ser pescador rico, pois tinha embar-


— 11 —<br />

cação própria e fâmulos. Afirma S. Jerônimo que êles eram<br />

nobres.<br />

Jesus fêz dêles, com Pedro, a tríade dos seus prediletos entre<br />

todos os discípulos. Só a êles distinguiu com sobrenomes especiais,<br />

dando a Simão o sobrenome de Pedro, e a Tiago e João o<br />

sobrenome de Boanerges, que quer dizer Filho do Trovão; só a<br />

êstes três concedeu estarem presentes na transfiguração do Tabor,<br />

e depois fê-los testemunhas da sua Agonia no Hôrto das Oliveiras<br />

.<br />

Pedro, o discípulo amante; João, o discípulo amado; e Tiago,<br />

o discípulo apaixonado, diz Pérez de Urbel, formam a tríade con-<br />

fidencia] de Jesus nos momentos mais solenes da vida do Mestre,<br />

na terra. (Cfr. L. Merino, Perfiles jacobeos, p. 30 sgs.) E<br />

fineza singular teve Cristo para com a Espanha nisto que, dêsses<br />

três discípulos prediletos, recomiandasse a Pedro sua Igreja, a<br />

João sua Mãe bendita, e a Tiago a Espanha, para que a evange-<br />

lizasse e fôsse seu perpétuo protetor, como de todos os povos<br />

ibero-americanos que dela haveriam de receber a fé católica.<br />

A vinda do Apóstolo S. Paulo à Espanha, cujo centenário<br />

solenemente se celebrou o ano passado em tôda a Península, é um<br />

fato historicamente certo, e que a crítica histórica não tem dificuldade<br />

em admitir.<br />

Assim já não acontece quando se trata da pregação de Tiago<br />

na Espanha. Embora repouse em mui sólida tradição, da qual já<br />

dá testemunho o sábio Dídimo o Cego, em meados do século IV,<br />

em Alexandria, tradição que perdura até os nossos temipos, não<br />

faltaram hipercríticos, especialmente franceses, para fazerem deno-<br />

dados esforços no sentido de destruir a base desta crença histórica.<br />

Não é aqui o lugar de entrarmos numa discussão pormenori-<br />

zada sobre êste assunto. De bom grado aceitamos a tradição<br />

antiga e imemorial que com tanta devoção e piedade é guardada<br />

por tôdas as igrejas da Espanha.<br />

Na partilha que do mundo fizeram os Apóstolos ao saírem<br />

para pregar o Evangelho, Tiago escolheu a derradeira parte do<br />

Ocidente e para ela veio. O tempo que o santo Apóstolo ficou<br />

na Espanha e o fruto da sua pregação e de seus grandes traba-


— 12 —<br />

lhos ignoram-se. Certo é, porém, que êle regressou a Jerusalém<br />

e ali, comio nos relatam os Atos dos Apóstolos, foi decapitado, na<br />

perseguição aos cristãos movida por Herodes Agripa, rei da<br />

Judéia, no ano 44 da nossa era, tendo sido êle o primeiro dos<br />

apóstolos a selarem com seu sangue a fé em' Jesus Cristo.<br />

Alguns de seus discípulos, que da Espanha o haviam acom-<br />

panhado a Jerusalém, entre os quais a tradição conservou os<br />

nomes de Atanásio e de Teodoro, tomaram o corpo do santo<br />

Mártir e, em rápido batel, conduziram-no para Iria Flavia, na<br />

bela e sempre verde região galega.<br />

Venerado no comêço, depois perdeu-se a memória do seu<br />

túmulo, por efeito das constantes perseguições sofridas pela Igreja<br />

da Espanha.<br />

O certo é que, ou guiados por indicações da tradição, nunca<br />

morta de todo, ou por mediação de algum fato milagroso, os fiéis<br />

e o bispo de Iria Flavia descobriram o sepulcro no século IX, ime-<br />

diatamente difundindo-se o seu culto e veneração por todas as re-<br />

giões da Europa.<br />

Um relato do descobrimento do sepulcro, relato cheio de<br />

candura, conta-nos que, em princípios do século IX, sendo Teodo-<br />

miro bispo de Iria Flavia, um eremita de nome Pelayo disse ter<br />

visto resplendores estranhos em certo lugar imediato a San Fiz e<br />

ao pé do monte chamado Libredón. Para lá se dirigiu o Bispo<br />

com grande acompanhamento de gente, e, guiado por uma estréia,<br />

a 25 de julho do ano de 814 achou um sepulcro onde jaziam os<br />

restos mortais do Apóstolo S. Tiago e de seus discípulos Ataná-<br />

sio e Teodoro. O bispo comunicou o achado ao rei Afonso II,<br />

e êste mandou levantar naquele local uma igreja, que constituiu<br />

depois o centro da cidade de Compostela.<br />

Em tempos de Afonso Magno foi demolida a primitiva e mo-<br />

desta igreja, e construiu-se outra que perdurou até as devastado-<br />

ras incursões de Almanzor, que saqueou os tesouros e destruiu<br />

grande parte do templo e da cidade.<br />

Afonso VI e o bispo Diego Peláez iniciaram as obras da ma-<br />

jestosa catedral atual, verdadeira jóia do estilo romântico, com o


— 13 —<br />

maravilhoso Pórtico da Glória, a mais bela oração emi pedra que<br />

a arte cristã criou.<br />

Na catedral, e próximoi ao primitivo túmulo romano, onde repousavam<br />

as relíquias, situou-se o nôvo sepulcro, com uma bela<br />

e rica urna que guarda tão precioso tesouro.<br />

Êste sepulcro é o fundamento em que se apóia o nimbo de<br />

santidade que desfruta aquela cidade.<br />

Que na catedral compostelana se acham as relíquias do<br />

Apóstolo, seria temeridade histórica negá-lo, pois não há nenhum<br />

fundamento sério que possa deslustrar uma tradição baseada em<br />

razões e documientos solidíssimos, e que suportou o pêso de tantos<br />

séculos.<br />

Em fins do século XVI, o arcebispo de Santiago, João San-<br />

clemente, escondeu o corpo do Apóstolo, com mêdo de que o pi-<br />

rata inglês Drake, protestante, que cercara a cidade de La Co-<br />

runa com um exército de 14.000 homens, profanasse aquelas sa-<br />

gradas relíquias que o pirata considerava como «empório da su-<br />

perstição papal». Fêz um sepulcro provisório na abside da cate-<br />

dral, e ali permaneceram elas ocultas até que, em 1879, o Cardeal-<br />

Arcebispo Payá y Rico mandou proceder a escavações que lo-<br />

graram êxito feliz. Para a identificação do achado, nomeou o<br />

Cardeal uma comissão de varões doutíssimos, que submeteram o<br />

assunto a um rigoroso processo. Aduziram-se provas e dados,<br />

intervieram historiadores, arqueólogos, médicos, antropólogos e<br />

canonistas eminentes, examinaram-se e discutiram-se documentos<br />

e testemunhos, datas e citações, fatos e conjeturas, «com minu-<br />

ciosidade quase incrível».<br />

Recebido o parecer da Comissão, baixou S. Ema. um de-<br />

creto em que dizia: «Canonicamente declaro que as ditas Relí-<br />

quias pertencem verdadeira e realmente aos corpos do santo<br />

Apóstolo Tiago Zebedeu, irmão de S. João Evangelista, e aos<br />

corpos de seus discípulos os Santos Atanásio e Teodoro, e que,<br />

portanto, são dignas de culto religioso, segundo o prescrito pela<br />

Igreja, e da honra dos altares.<br />

«Todavia, para maior segurança, para muito mais eminente<br />

glória dos nobilíssimos Santos, para alegria e consolo de todo o


- Í4 -<br />

povo católico espanhol, para edificação de tôda a família cristã,<br />

espalhada por todo o mundo, e finalmente para maior glória e<br />

louvor de Deus, elevem-se estas atas às Santíssimas Mãos de<br />

nosso Beatíssimo Padre o Papa Leão XIII, intervindo a Sacra<br />

Congregação dos Ritos para que, guiada pela luz divina, com seu<br />

certo e infalível juízo decrete o que definitivamente se deva de<br />

ter.»<br />

Acolhendo as súplicas do Cardeal de Santiago e de S.M. o<br />

Rei Afonso XII, Leão XIII sem demora constituiu uma nova Co-<br />

missão de Cardeais e de outros prelados competentes, a qual com<br />

o maior cuidado e rigor crítico examinou o processo, ordenou<br />

novas inquisições e novos testemunhos, até que, por fim, na Bula<br />

Deus omnipotens, de 1-11-1884, Leão XIII ratificou e confirmou<br />

a sentença da Comissão, na qual eram declaradas autênticas as<br />

relíquias de S. Tiago e de seus discípulos Atanásio e Teodoro.<br />

São impressionantes as palavras de que neste caso se serve o Ro-<br />

mano Pontífice:<br />

«Também nós, acabadas tôdas as dúvidas e controvérsias,<br />

por ciência certa e mota proprio aprovamos e confirmamos com<br />

autoridade apostólica a sentença de Nosso Venerável Irmão o<br />

Cardeal Arcebispo de Compostela, sobre a identidade dos corpos<br />

sagrados do Apóstolo S. Tiago o Maior e dos seus santos discí-<br />

pulos Atanásio e Teodoro, e decretamos tenha ela fôrça e valor<br />

perpètuamente.» Ao mesmo tempo mandava a todos os bispos<br />

do mundo que comunicassem a seus fiéis êste faustíssimo aconte-<br />

mento, para que «de nôvo empreendam peregrinações àquele<br />

sepulcro sagrado, segundo o costume de nossos maiores».<br />

As recentes escavações e exames arquelógicos levados a<br />

efeito na basílica compostelana dissiparam muitas dúvidas, e trou-<br />

xeram inesperado reforço e confirmação à autenticidade das re-<br />

líquias: o sepulcro primitivo é, sem dúvida, romano, do primeiro<br />

século do Cristianismo; e com os restos humanos de S. Tiago<br />

achami-se também ossos de outros dois homens, que, sem dúvida<br />

alguma, correspondem aos discípulos Atanásio e Teodoro.<br />

A tradição antiga escrita é viva e duradoura. Ouçamos tão-<br />

sómente o sapientíssimo S. Jerônimo, que, como eco de tôda a


— 15 —<br />

Igreja em breves palavras dá testemunho dos dois principais fatos<br />

jacobeus: a vinda de S. Tiago à Espanha, e o descanso de seus<br />

restos mortais nela: «O Espírito Santo, que os reunira (aos doze<br />

Apóstolos e antes da vocação de S. Paulo), deu-lhes a cada<br />

um o lugar que lhes coubera por sorte, de tal maneira que um<br />

partiu para a índia, outro para a Espanha, outro para o Ilírico,<br />

outro para a Grécia, de modo que cada um repousasse na provín-<br />

cia onde pregara o Evangelho.» Palavras tais, enfàticamente<br />

reiteradas, a se não referirem a S. Tiago o Maior, careceriam<br />

totalmente de sentido e de aplicação histórica.<br />

Descoberto em 814 o túmulo do Apóstolo, cheio de alegria<br />

o bispo Teodomiro participa ao Soberano a novidade. O monar-<br />

ca abandona seu trono e, partindo de Leão para Compostela, com<br />

tôda a sua côrte visita o venerável corpo; reconhece-o, venera-o,<br />

e certifica-o. Segundo os cronistas da época, o céu confirma o fato<br />

com maravilhas estupendas e repetidas. Uma cidade populosa e<br />

um santuário magnífico elevam-se em meio a um deserto, sôbre os<br />

alicerces da crença pública. Os papas cumulam de graças e pri-<br />

vilégios a santa Basílica, enriquecemi-na os reis com presentes e<br />

donativos, e a Espanha inteira emociona-se com a plausível notí-<br />

cia de achado tão precioso.<br />

Logo a notícia passa as fronteiras e é difundida por tôda a<br />

Europa cristã numa Carta do Papa Leão III (t 816), então rei-<br />

nante, o mesmo que poucos anos antes coroara o Imperador<br />

Carlos Magno: «Sabei, diletíssimos Reitores de tôda a Cristanda-<br />

de, dizia o Papa, que o corpo do bem-aventurado Apóstolo<br />

S. Tiago foi levado íntegro ao território da Galícia, na Espa-<br />

nha...» Esta Carta, cuja autenticidade, no entender do moder-<br />

no historiador da Igreja B. Llorca (Hist. de Ia Igl. Católica,<br />

(BAC) I 3 , p. 137), «fica absolutamente livre de tôda suspei-<br />

ta», foi por assim dizer o grande sinal para as peregrinações jaco-<br />

béias. Então começa a vinda impetuosa de fiéis de todo o oci-<br />

dente a Santiago de Compostela que fêz dos Carreiros dêle os<br />

mais freqüentados da Europa.<br />

Os sucessores de Leão III impulsionam êsse fervor com<br />

grandes privilégios: Calisto II, em 1119, outorga a Compostela


— 16 —<br />

as graças do Jubileu, e isto duzentos anos antes de serem estabe-<br />

lecidos os jubileus romanos. O papa Alexandre III, por sua Bula<br />

de 25 de julho de 1179, confirmou e perpetuou êsse privilégio, em<br />

virtude do qual todos os anos em que a festa principal do Apósto-<br />

lo S. Tiago, 25 de julho, cai em domingo são, em Compostela,<br />

Anos Santos, ou sejam, anos de especialíssimas graças, de Indul<br />

gência plenária, de remissão de pecados reservados, de comuta-<br />

ção de votos, etc.<br />

A fama leva o nome e a glória de S. Tiago a todo o mundo<br />

cristão. O coração dos fiéis palpita de alegria; inflamam-se<br />

êstes com a devoção ao filho de Zebedeu; organizam-se peregri-<br />

nações que, seguindo o «Caminho de Santiago» de estréias da<br />

Via Láctea, levam a Compostela gente de países os mais remiotos,<br />

e que, como as Cruzadas aos Santos Lugares da Palestina, cons-<br />

tituem manifestações capitais do caráter religioso e aventureiro da<br />

Idade Média, e do intercâmbio e formação da cultura européia.<br />

Famílias inteiras deixam suas casas para irem visitar o sagrado<br />

corpo e derramar lágrimas de ternura ante aquêle venerando<br />

sepulcro. Que espetáculo edificante não apresentam as filas de<br />

devotos peregrinos que, atravessando os Alpes e os Pirinéus, vêm<br />

a entrar pelo templo de S. Tiago cantando hinos ao Senhor e ao<br />

Santo Apóstolo, e considerando a glória de venerá-lo como o ga-<br />

lardão de suas fadigas!<br />

«A peregrinação jacobéia», dizia Pio XII na Carta do Ano<br />

Santo de 1954, «acelerou e aprofundou o ritmo da história, serviu<br />

de crisol à elaboração das ciências e das artes, espalhou pelo<br />

mundo umi desejo de purificação, e por tôda parte difundiu aquelas<br />

ânsias de pacificação e de união fraternal dos espíritos que foram<br />

e continuarão sempre sendo a única e segura base da paz.»<br />

De S. Tiago deriva o tipo universal do peregrino, repetidas<br />

vêzes imortalizado com seu clássico bordão na mão e com a es-<br />

clavina coberta de conchas. Os peregrinos de Jerusalém eram<br />

chamados palmeiros, por causa da palma que, qual glorioso troféu,<br />

traziam consigo de volta dos Santos Lugares; os de Roma eram<br />

chamados romeiros, por causa do nome da Cidade Eterna; só aos<br />

de Santiago que com o bordão e a esclavina visitavam a casa de


— 17 —<br />

5. Tiago ou dela regressavam, eram denominados peregvírups no<br />

sentido rigoroso da palavra, como escreve Dante: In modo stretto<br />

non s'intende pellegrino se non chi va verso la casa dt San ]aco-<br />

po, o riede (De modo estrito não se entende por peregrino senão<br />

quem vai à casa de S. Tiago, ou dela volta) (cfr. Fernández<br />

Sanchez y Freire Barreiro, Santiago, Jerusalém, Roma, Diário de<br />

una peregrinación. Santiago, 1880, I, 6 s.)<br />

Nos reinos cristãos da Península, o patrocínio de S. Tiago,<br />

experimentado com diversos prodígios do Apóstolo, infundia<br />

grande coragem aos seus guerreiros, que só entravam em batalha<br />

ao grito de: 5. Tiago, fecha a Espanha! Na epopéia nacional da<br />

Reconquista, durante os sete longos séculos de duração, o heroís-<br />

mo espanhol sempre achou na proteção do Apóstolo fôrça e en-<br />

tusiasmo para enfrentar a expansão islâmica e assim salvar a Eu-<br />

ropa .<br />

Era fama entre os muçalmanos, consoante referem seus pró-<br />

prios cronistas, que, guiados por aquele Herói invictissimo, cujo<br />

nome mil vezes bendito invocavam em suas lutas, os cristãos<br />

haviam alcançado repetidos triunfos sobre as hostes do Crescen-<br />

te, pelo que constituía objeto especial de seu ódio aquela Cidade<br />

Santa da Galícia.<br />

Em fins do século X. empunha as rédeas do poder, no Cali-<br />

fado de Córdova, o grande Caudilho árabe Almanzor, homem do-<br />

tado de extraordinário talento, «firme e audaz, prudente e pouco es-<br />

crupuloso quanto aos meios de alcançar um fim brilhante» (Dozy).<br />

Reorganiza o exército, supera as discussões internas, para conso-<br />

lidar sua posição de primeiro ministro e de valido do Califa, e em-<br />

preende a «guerra santa» contra os cristãos, chegando, em poucos<br />

anos, a realizar umas cinqüenta incursões devastadoras contra os<br />

reinos da Península.<br />

A Santiago chega êle por duas vêzes. Na última (ano 997),<br />

entra e saqueia a cidade, destrói a catedral e as fortalezas, e só<br />

se detém ante o túmulo do Apóstolo, guardado por um monge,<br />

conforme nos referem os cronistas árabes, monge que Almanzor<br />

respeitou, tendo mandado que ninguém lhe fizesse mal. Na sua<br />

volta a Córdova, levou Almanzor grossa prêsa e 4.000 cativos<br />

cristãos, a quem fez carregar nos ombros as portas da basílica


— 18 —<br />

demolida e os sinos menores, que serviram de lâmpadas na grande<br />

mesquita, até que Fernando III o Santo, no século XIII, recon-<br />

quistou Córdova e fêz devolver a Compostela os sinos, nos ombros<br />

de agarenos.<br />

A tomada de Santiago produziu sensação profunda em todo<br />

o mundo cristão, pois, como já dissemos, Santiago de Composte-<br />

la já era meca de inúmeras peregrinações.<br />

Por felicidade nossa, governava então a diocese de Iria Fla-<br />

via o extraordinário bispo S. Pedro Mesonzo, autor inspirado<br />

dessa oração da esperança cristã, a Salve Reiinha, prece belíssi-<br />

ma que a Igreja adotou na Liturgia, e que os lábios modulam em<br />

todos os idiomas, e que ressoa em todos os âmbitos do mundo.<br />

Depois que Almanzor voltou a Córdova, o primeiro cuidado dêsse<br />

santo bispo foi, com o auxílio do piedoso rei Bermudo II, reparar<br />

os grandes estragos feitos na basílica, que, de nôvo, foi consagrada.<br />

As razias de Almanzor não lograram deter o afluxo de pe-<br />

regrinos a Compostela. O número dêstes foi aumentando, e,<br />

para facilitar as peregrinações, abriram-se caminhos através da<br />

Espanha, França, Itália, Portugal e de tôda a Europa, até o du-<br />

cado de Moscóvia; cruzaram-se de pontes rios e barrancos, levan-<br />

taram-se hospícios e mosteiros, como o grandioso mosteiro do<br />

S. Marcos de León, e, assim, o nome do Senhor S. Tiago ecoava<br />

pelo mundo todo.<br />

Em começos do século XII, o Papa Calixto II, sendo ainda<br />

arcebispo de Viena de França, visitou o túmulo do Apóstolo,<br />

observou e estudou os pormenores do culto de S. Tiago, da cida-<br />

de e dos caminhos que a ela conduziam. De tudo isso deixou-<br />

nos memória no seu notabilíssimo Líder Sancti Jacobi, mais conhe-<br />

cido pelo nome de Código Calistino, verdadeiro Baedeker para a<br />

rota jacobéia.<br />

Vamos transcrever algumas passagens em que êsse augusto<br />

viajor, possuído de entusiasmo, descreve-nos o espetáculo mara-<br />

vilhoso que em tôrno da Arca Santa ofereciam aquelas legiões de<br />

fiéis, vindos de todas as regiões da Cristandade, relato que nos<br />

dá razão de por que o «Caminho de Santiago» foi, de fato, o<br />

veículo e fator principal de difusão e unidade cultural da Europa


— 19 —<br />

na Idade Média: «Ali vão, de todos os climas do mundo, inúme-<br />

ras pessoas de todas as línguas, tribos e nações, as quais vão por<br />

companhias e falanges, e, com ações de graças, apresentam ao<br />

Senhor seus votos, recebendo o prêmio de seus louvores. Não se<br />

pode contemplar sem maravilhosa alegria o espetáculo que ofere-<br />

cem os coros dos peregrinos a velarem em torno do venerando<br />

altar do bem-aventurado S. Tiago. De um lado postam-se os<br />

Alemães, de outro os Franceses, mais além os Italianos, todos com<br />

velas acessas nas mãos, de sorte que a igreja tôda brilha como o<br />

sol no dia mais esplendente. E ali permanecem todos em vigília<br />

e oração... Não há línguas nem dialetos cujas vozes ali não<br />

ressoem. . . Dia e noite, é uma solenidade continuada, uma con-<br />

tinuada alegria em honra do Senhor e do Apóstolo santo. As<br />

portas de sua basílica nunca se fecham, nem de dia nem de noite,<br />

fugindo as trevas de noite do augusto recinto, que brilha como<br />

o meio-dia, com a esplêndida luz das lâmpadas e das velas. Ali<br />

vão os pobres, os ricos, os esforçados cavaleiros, os que combatem<br />

a pé, os sátrapas, os cegos, os coxos, os optímates, os nobres, os<br />

heróis, os próceres, os governadores, os abades. . .Esta é a linha-<br />

gem escolhida, a gente santa, o povo de Deus, a flor das nações.?/<br />

E termina seu relato com estas belíssimas palavras: «Eis aqui a<br />

cidade de Compostela, cidade sagrada pelos sufrágios do bem-<br />

aventurado S. Tiago, salvação dos fiéis, alcáçar dos que a ela<br />

vêm. Oh! comi quanta reverência deve ser honrado e reveren-<br />

ciado aquêle sagrado lugar em que tantos milhares de milagres<br />

têm ocorrido, e onde se conserva o sacratíssimo corpo do Após-<br />

tolo que teve a ventura de ver e tocar o Deus feito carne!» (Líber<br />

sãncti Jacobi. Codex Calixtinus. Santiago de Compostela, 1951,<br />

p. 198-202)<br />

O mesmo Calisto II, testemunha ocular e de maior exceção<br />

(pois, como diz Fernandez Sánchez, «sabido é com quanto escru-<br />

pulosidade o grande Pontífice investigou, examinou, inquiriu, con-<br />

sultou os homens mais sábios, e compulsou documentos» para a<br />

redação do seu precioso livro), refere que em Compostela os mi-<br />

lagres se realizavam aos milhares cada dia — multa miraculovum<br />

millia [acta referuntur —, o que provocava fervor e entusiasmo<br />

indescritível entre os peregrinos. No livro II do Código dá o


— 20 —<br />

autor conta pormenorizada de 22 miilagres estupendos operados<br />

por S. Tiago. Vou copiar tão somente o relato de um deles,<br />

cuja fama percorreu o mundo com a rapidez do raio, e que o<br />

próprio Papa Calisto apresentou ao I Concílio de Latrão, em<br />

1123: «Dizem que, movidos de piedosa devoção, trinta Heróis da<br />

Lorena resolveram visitar a basílica de Santiago da Galícia no ano<br />

1080 da Encarnação do Senhor, jurando ajudarem-se mutuamente<br />

e guardarem entre si fidelidade. Um, todavia, não quis compro-<br />

meter-se sob juramento. Postos a caminho, chegaram sem no-<br />

vidade à cidade de Gasconha. Tendo adoecido gravemente, um<br />

deles de modo algum pôde prosseguir a viagem, pelo que seus<br />

companheiros, consoante a fé jurada, foram-no conduzindo a ca-<br />

valo e nos braços até Portus Gisere, gastando 15 dias num cami-<br />

nho que os que vão livres costumam percorrer em cinco. Final-<br />

mente, cansados e tristes, abandonaram o doente todos, menos<br />

aquele que não quisera obrigar-se por juramento, o qual dêle não<br />

se separou um só instante, com êle continuando afanosamente<br />

seu caminho, até que chegaram ao cimo de umi monte muito áspe-<br />

ro ao cair da tarde, ponto e hora em que a bela alma do doente<br />

saiu dêste miserável século. Aterrorizado o caridoso peregrino<br />

pela soledade do lugar, pelas trevas da noite, pela vista do defun-<br />

to, pela gente que habitava aqueles montes, e não esperando so-<br />

corro humano, pôs todo o seu pensamento em Deus, xogando-lhe<br />

fervorosamente seu auxílio por mediação do Apóstolo, o qual lhe<br />

apareceu em traje de guerreiro, montado a cavalo. «Que fazes<br />

aqui, irmão?» disse êle àquele infeliz, a quem a angústia estava<br />

a ponto de lhe arrancar a alma. «Senhor, respondeu-lhe, tenho<br />

desejo vivíssimo de dar sepultura a êste meu companheiro, mas<br />

não acho modos de fazê-lo no meio desta imensidão.» Ao que<br />

respondeu aquêle: «Dá-me cá o cadáver, e monta tu também<br />

atrás de mim até que cheguemos ao lugar da sepultura.» Dito e<br />

feito. Antes do pôr do sol apeava-se o Apóstolo no monte da<br />

Alegria, uma milha aquém do seu mosteiro, e deixava em terra os<br />

que consigo trazia, ordenando ao que vivo estava fôsse pedir aos<br />

cónegos de dita basílica que dessem sepultura àquele peregrino do<br />

bemi-aventurado S. Tiago» (vid. Fernández Sanchez, op. cit., I,<br />

20-21) .


— 21<br />

O filho de Zebedeu, que assimi quis glorificar seu túmulo em<br />

Compostela durante os séculos medievais, e de tantas maneiras ma-<br />

nifestar seu amor e predileção pelos filhos da Ibéria, menor magna-<br />

nimidade não teve para com os espanhóis que, com seu nome nos<br />

lábios e no coração, e com sua efígie nos pendões, vieram evan-<br />

gelizar as terras da América e das Filipinas. Daí a repetição ono-<br />

mástica da cidade do Apóstolo no continente ocidental, pois não se<br />

acha ali república onde não se encontrem reiteradamente cidades<br />

com o nome de Santiago. No precioso livro de Zacarias de Viz-<br />

carra, La vocación de América, podem ,ver-se as graças e milagres<br />

do Apóstolo S. Tiago e as suas vinculações espirituais com a<br />

América.<br />

Por outra parte, se, como reza o adágio, amor com amor se<br />

paga, grande há de ser o amor de espanhóis e americanos ao seu<br />

insigne Padroeiro, o filho de Zebedeu, porque, além de nos pre-<br />

sentear com a cidade santa de seu nome, quis ser-lhes seu pai na<br />

fé. Com efeito, nós, os fiéis ibero-americanos, alémi de o con-<br />

siderarmos nosso evangelizador, podemos muito adequadamente<br />

atribuir-lhe o nome de Pai, de modo análogo que ao Apóstolo das<br />

Gentes, o qual, escrevendo aos fiéis de Corinto, que êle evangeli-<br />

zara, reclama para si êsse título, em virtude de os haver gerado<br />

para Cristo: In Christo Jesit per Evangelium ego vos genui (I<br />

Cor. 4, 15) .<br />

O próprio S. Tiago bem claramente indicou sua paternal<br />

proteção às Espanhas quando as escolheu para guarda da sua<br />

sepultura.<br />

No século passado, a fama e as peregrinações a Santiago<br />

haviam diminuído consideràvelmente, mas nestes últimos anos a<br />

devoção ao Apóstolo reverdeceu vigorosa.<br />

A Espanha, que desde Recaredo manteve o insigne privilégio<br />

da unidade da fé católica, do mesmo modo que os países ibero-<br />

americanos que dela a receberam, não arriarão fàcilmente esta<br />

bandeira, pois também no futuro não lhes há de faltar a proteção<br />

celeste. Em Santiago tem seu assento e fortaleza sua unidade de<br />

crença, e não pode esta estar mais bem personificada do que nesse<br />

galhardo ginete que veste esclavina e conchas de piedoso peregri-


— 22 —<br />

no, mas, igualmente, armas defensivas e ofensivas de valoroso<br />

cavaleiro. Sim, pois isto sempre foi o povo hispânico: um apóstolo<br />

armado.<br />

Quanto ou mais do que a Idade Média necessita hoje o<br />

mundo volver os olhos e peregrinar a Compostela!<br />

Não sei se os tempos que corremos são melhores ou piores<br />

do que qualquer tempo passado, mas aquilo emi que nós todos<br />

convimos é, sem dúvida, em que a nós nos coube viver numa época<br />

de profunda e tempestuosa transição, e, portanto, de inesperadas<br />

e temíveis surprêsas. Há, sem dúvida, extraordinários progres-<br />

sos técnicos, desfrutamos um sem-número de regalias e de como-<br />

didades que nem por sonhos puderam imaginar nossos maiores.<br />

Sem embargo, nossa vida não é sossegada e tranqüila como outro-<br />

ra. Vivemos em constante sobressalto, descontentes do hoje e<br />

ainda mais temerosos do amanhã. À nossa vista e em cinema-<br />

tográfica perspectiva passam-se coisas e sucessos tão extraordiná-<br />

rios e desconcertantes, que, como alucinados, nos deixamos levar<br />

por êsse torvelinho, sem tempo, nem lugar, nem ânimo para sobre<br />

êles meditar, para discernir o bom do mau, o transitório do eterno,<br />

o que deve conservar-se e mielhorar-se daquilo que é efêmero ou<br />

rejeitável, embora o rótulo de moderno e atual nô-lo queira intro-<br />

duzir de contrabando.<br />

Perdemos, perdeu o mundo, a antiga e cristã serenidade, ante<br />

a vertigem da vida moderna. Sentimos que somos levados à<br />

mercê do vento que impetuoso nos impele para plagas desconhe-<br />

cidas e singrando mares nunca dantes navegados, como já dizia<br />

Camões.<br />

Mas será que não poderemos fazer uma parada nesta desor-<br />

bitada carreira da vida, na era atômica? Não nos será possí-<br />

vel subtrair-nos à voragem, recolhermo-nos emi nós mesmos, me-<br />

ditarmos no camiinho percorrido e na direção seguida, a fim de<br />

que não nos absorva de todo a vida presente, mas antes nos per-<br />

mita ordenar o vertiginoso acontecer quotidiano em função do<br />

nosso destino eterno?<br />

Sim, é possível, e muito mais aos povos que, como os nossos,<br />

ainda conservam o suave aroma da fé cristã e o alto aprêço dos


— 23 —<br />

valores do espirito, povos que não esqueceram inteiramente que<br />

a vida humana não termina em si mesma, pois tem a transcendên-<br />

cia que corresponde aos que, possuindo em plenitude o humano,<br />

ao mesmo tempo são portadores conscientes de valores eternos.<br />

Em Santiago tem assento o cavaleiro armado com espada<br />

flamívoma que dirige as hostes cristãs,<br />

Defensor alme Hispaniae,<br />

Jacobe, vindex hostium,<br />

e que, há vinte séculos, com seus próprios lábios, nos ensinou os<br />

rudimentos da fé redentora. As Espanhas recolheram esta ban-<br />

deira, e a transmitiram aos países ibero-americanos: bandeira de<br />

Cristo, bandeira do glorioso S. Tiago! Com a proteção do<br />

Apóstolo, não a deixarão cair em terra, e na cidade de Compos-<br />

tela encontrarão sempre motivos de revigoramento, pois dali irra-<br />

dia a fé ardente e o impulso brioso do Filho do Trovão, que nela<br />

estabeleceu suas tendas.<br />

«Oxalá», exclama o insigne liturgista francês, Dom Guéran-<br />

ger, «oxalá que um impulso do alto torne a conduzir para Compos-<br />

tela os filhos dos antigos clientes de S. Tiago. Queira o céu que<br />

Santiago volte a ser, de verdade, para todos os crentes e solda-<br />

dos da fé, a terceira Cidade Santa da Cristandade!»<br />

* * *<br />

Antes de encerrar estas linhas quero manifestar o meu since-<br />

ro e comovido agradecimento a várias pessoas e entidades que<br />

com sua generosa e desinteressada colaboração têm sua parte no<br />

êxito desta Exposição.<br />

Emi primeiro lugar ao Prof. Adonias Aguiar Filho, Diretor<br />

da Biblioteca Nacional, que gentilmente colocou à nossa disposição<br />

o Saguão do palácio da Biblioteca para a realização da Mostra; e<br />

aos funcionários da Seção de Exposições que nos prestaram seus<br />

valiosos auxílios.<br />

Agradecemos também ao Exmo. Sr. Embaixador da Espanha,<br />

D. Jaime Alba, e ao Instituto Brasileiro de <strong>Cultura</strong> Hispânica<br />

a assistência que em todo o tempo nos prestaram.


— 24 —<br />

Contribuíram com diversos elementos bibliográficos para a<br />

Exposição: o Prof. Celso Cunha, que pôs à nossa disposição<br />

várias preciosidades de sua rica biblioteca de filologia luso-gali-<br />

ziana; o Ministério de Información y Turismo e o Instituto de<br />

<strong>Cultura</strong> Hispânica, de Madrid; o Instituto Padre Sarmiento de<br />

Estúdios Gallegos, de Santiago; a Real Academia Gallega, de<br />

Corunha; a Archicofradia dei Apóstol Santiago; as editoriais<br />

Porto & Cia., de Santiago, e Galaxia, de Vigo; o senhor Victoria-<br />

no Lopez dei Palacio e o Prof. Antenor Nascentes. A todos,<br />

nosso mais profundo agradecimento.<br />

Rio, 25-12-1965.<br />

Côn. Dr. EMILIO SILVA<br />

Catedrático da U.E.G. e da Pontifícia<br />

Universidade Católica, Coordenador da<br />

Exposição


Vista panorâmica de Santiago de Compostela desde o passeio da Hetradura.


1 . AGUADO, Lola — Camino de Sant Yago. Gaceta Ilustra-<br />

da. Madrid 1 . X (1965) 28-37 ilus. coloridas.<br />

2. AGUIRRE PRADO, Luis — La Ruta Jacobea. Sobre el<br />

sepulcro una estrella. Madrid, Ediciones Cronos, 1965.<br />

206 p. ilus.<br />

3. ALAMO, Mateo de y PEREZ <strong>DE</strong> URBEL, Justo — Viaje<br />

a Galicia de Fray Martin Sarmiento (1753-1755) Ms. de<br />

la Abadia de Silos. Transcrito por. . . Edición y notas de<br />

F. J. Sánchez Canton y J. M. Pita Andrade. (Cuadernos<br />

de Estúdios Gallegos. Anejo III) Santiago de Compostela,<br />

Instituto P. Sarmiento de Estúdios Gallegos, 1950. 144 p.<br />

4. ALBEROLA, Jesús — Hitos Jacobeos en la província de<br />

Burgos. Revista de Obras Públicas. Madrid. CXIII (1965)<br />

295-312 ilus.<br />

5. ALEJANDRO, José Maria — Compostela y Occidente. El<br />

Correo Gallego. Santiago. 25-VII-1965.<br />

6. ALEJANDRO, José Maria — Intimidad Compostelana. El<br />

Correo Gallego. Santiago. 25-VI1-1965.<br />

7. ALMEIDA LUCAS, João de — Crestomatia Arcaica. I<br />

Poesia. Lisboa, s/d.<br />

8. AMOR MEILAN, Manuel — Historia de la Provinda de<br />

Lugo. Lugo, Alonso, 1927: Vol. VI, de Alfonso V a Al-<br />

fonso IX, Vol. VII, el siglo XIII.<br />

9. ANNÉE SAINTE <strong>DE</strong> COMPOSTELLE 1954. Santiago<br />

de Compostela. Pôrto, 1954. 18 p.<br />

10. ANNO SANTO COMPOSTELLANO 1954 — Santiago<br />

de Compostela, Porto, 18 p.


- 2 6 -<br />

11. ARAGONES, Juan Emilio — Dos Espectáculos de teatro<br />

jacobeo. La Estafeta Literária. Madrid. 327 (1965) 9-11.<br />

12. ARRIBA Y CASTRO, Card. Benjamin de — El Camino<br />

de Santiago, In: Ano Santo Compostelano. Suplemento<br />

nacional de la prensa del Movimiento. Madrid. (1965)<br />

p. 11.<br />

13. AZCARRAGA, José Luís y Bustamante — Camino de<br />

Santiago. (Peregrinaje lírico hacia Compostela) Carta-Epí-<br />

logo de José Ma. Pemán. Santiago. 1953. 150 p. ilus.<br />

14. BALLESTEROS Y BERETTA, D. Antonio — La predication<br />

del Cristianismo en Espana. In: Historia de Espana<br />

y su influencia en la Historia Unversal. Barcelona, Salvat,<br />

1919, t. I p. 429-435.<br />

15. BARREIRO, Luís — El Camino de Santiago. Barcelona,<br />

Ed. Manius, 1954. 36 p. ilus.<br />

16. BARROS, João de — Pequena História da Poesia Portu-<br />

guêsa. Lisboa, 1941.<br />

17. BATISTA PEREIRA, Silvio — Vocabulário da Carta de<br />

Pero Vaz Caminha (Dicionário da Língua Portuguêsa,<br />

textos e vocabulários 3). Rio de Janeiro. Instituto Nacional<br />

do Livro, 1954. 80 p. com vários fac-similes.<br />

18. BELL, Aubrey F. G. — The Oxford Book of Portuguese<br />

Verse (XII th Century — XX th Century) . Oxford, 1925.<br />

Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

19. BELL, Aubrey F. G. — The Seven Songs of Martin<br />

Codax. In MLR, XVIII, 1923, pp. 162-167. Expositor:<br />

Prof. Celso Cunha.<br />

20. BENE (pseud, de Benedicto Conde González) Panxolina<br />

Xacobea. (Vigo). Ano Santo. 1965. Uma fôlha.<br />

21. BENE — Cantiga de Pelegrino, Vigo, 1965, uma fôlha.<br />

22. BERARDINELLI, Cleonice — Auto de Vicente Anes Joei-<br />

ra (Dicionário da Língua Portuguêsa, textos e vocabulários).


— 27 —<br />

Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1963, 112<br />

p. e 42 de fac-similés.<br />

23. MAIZ BERMEJO — Peregrinando a Compostela. Mundo<br />

Hispânico. Madrid. VII (1954) 28.<br />

24. BERTONI, Ginlio — Antiche liriche portoghesi. Modena,<br />

1937.<br />

25. BIGGS, Anselm Gordon (O.S.B.) — Diego Gelmírez,<br />

First Archbishop of Compostela. The Catholic University<br />

of America Press, Washington, D.C. 1949.<br />

26. BOLETIN <strong>DE</strong> LA REAL ACA<strong>DE</strong>MIA GALLEGA.<br />

Mensário. La Coruna, Roel.<br />

27. BONILLA, Luis — Historia de las peregrinaciones en el<br />

Mundo. Sus orígenes, rutas y religiones. Madrid, Bi-<br />

blioteca Nueva, 1965. 252 p. ilus.<br />

28. BORGES DA CRUZ — Em terras de Galiza. Santiago<br />

de Compostela e seu Ano Santo. Auge. Rio de Janeiro.<br />

I (mar/abril de 1965) 16-17 ilus.<br />

29. BOTTINEAU, Yves — Les Chemins de Saint-Jacques.<br />

Paris-Grenoble, Arthaud, 1964. 406 p. com 204 ilus. e um<br />

mapa colorido.<br />

30. BRAGA, Teófilo — Cancioneiro português da Vaticana.<br />

Edição crítica restituída sôbre o texto diplomático de Halle,<br />

acompanhada de um glossário e de uma introdução sôbre<br />

os trovadores e cancioneiros portuguêses, por . . . Lisboa,<br />

MDCCCLXXVIII. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

31. BUGELLA, José Maria — Los caminos de la Leyenda.<br />

In: Ano Santo Compostelano. Suplemento nacional de la<br />

prensa dei Movimiento, Madrid (1965) p. 57.<br />

32. BUSCHMANN, Sigrid — Beiträge zum etymologischen<br />

Wörterbuch des galizischen. Bonn, Romanisches Seminar<br />

der Universität Bonn, 1965. 316 p. Expositor: Prof. An-<br />

tenor Nascentes.


- 2S -<br />

33. CABEZA <strong>DE</strong> LEÓN, Salvador — Historia de la Universidad<br />

de Santiago de Compostela. Santiago de Compostela.<br />

Instituto P. Sarmiento de Estúdios Gallegos. 1947.<br />

624 p.<br />

34. CABEZAS, Juan Antonio — Al Jubileo de las Letras y las<br />

Artes: Jornadas Literarias por el Camino de Santiago. La<br />

Estafeta Literaria. Madrid. 324 (1965) 198-202.<br />

35. CORREA, Calderon — índice de utopias gallegas. Madrid,<br />

C.I.A.P., s.d. 284 p.<br />

36. CANTERA ORIVE, Julián — La Batalla de Clavijo.<br />

Aparición en ella de Nuestro Patron Santiago. Trabajo<br />

precedido dç un Estúdio sobre la Rioja Árabe e ilustrado<br />

con 131 fotografias y 5 mapas dei mismo autor. Vitoria,<br />

Editorial Social Católica, 1944. 348 + VIII p. ilus.<br />

37. CAMINO <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong>. Suplemento n^ 74 do «No-<br />

ticiário Turístico». Madrid, 1965. p. 50.<br />

38. CAMÓN AZNAR, José — El culto a Santiago. El Eco<br />

Franciscano. Santiago de Compostela. LXXXII. (junio,<br />

1965) 147-148.<br />

39. CANCIONERO MUSICAL <strong>DE</strong> GALICIA recogido por<br />

Don Casto Sampedro y Folgar, reconstitución y estúdio por<br />

Don José Filgueira Valverde. Tomo I. — Texto. Tomo<br />

II. — Melodias «El Museo de Ponte-Vedra», 1942, Expo-<br />

sitor: Biblioteca Nacional.<br />

40. CANTIGAS <strong>DE</strong> SANTA MARIA <strong>DE</strong> DON ALFON-<br />

SO EL SABIO. —Las publica la Real Academia Espanola.<br />

Prefacio dei Marquês de Valmar. Madrid, 1889. 2 vis.<br />

Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

41. CARRÉ ALDAO, Eugênio. Literatura Gallega (con extensos<br />

apêndices bibliográficos y una gran antologia de 300<br />

trabajos escogidos en prosa y verso de la mayor parte de<br />

los escritores regionales). Segunda edición puesta al dia


— » —<br />

y notablemente aumentada en el texto y apêndices, Barce-<br />

lona (Casa Editorial Maucci), 1911. Expositor: Prof. Cel-<br />

so Cunha.<br />

42. CARRÉ ALDAO, Eugênio — Influencias de la literatura<br />

gallega en la Castellana. Estúdios críticos y bibliográficos.<br />

Madrd, F. Beltrán (1915) 373 p. Expositor: Emilio Silva.<br />

43. CARRÉ ALVARELLOS, Leandro — Diccionario Galego<br />

castelán e vocabulario castelân-galego. 3' ed. Cruna, Roel.<br />

1951, 891 p.<br />

44. CARRO GARCIA, Jesús — Coronica de Santa Maria de<br />

Iria. (Códice gallego dei siglo XV) Edición, prólogo, notas<br />

y glosario de... (Cuadernos de Estúdios Gallegos. Anejo<br />

V) Santiago de Compostela, Instituto P. Sarmiento de Es-<br />

túdios Gallegos. 1951, 124 p.<br />

45. CARRO GARCIA, Jesús — Estúdios Jacobeos. Arca Mar-<br />

mórica, cripta, oratorio o confesión, supulcro y cuerpo dei<br />

Apóstol (Cuadernos de Estúdios Gallegos. Anejo X)<br />

Santiago de Compostela, Instituto P. Sarmiento de Estú-<br />

dios Gallegos, 1954. 134 p.<br />

46. CARRO, Jesus — El Românico de la Catedral de Santiago.<br />

Mundo Hispânico. Madrid. VII (1954) 32.<br />

47. CARRO GARCIA, Jesús — As esculturas empotradas da<br />

Porta Santa. Boletin de la Universidad de Santiago de<br />

Compostela. Santiago. V (1933) 67-80.<br />

48.. CARRO GARCIA, Jesús — El libro de los Milagros de<br />

Santiago. El Correo Gallego. Santiago. 24-VII-1955.<br />

49. CASAS, Alvaro de las — Antologia de poetas gallegos (El<br />

ciclo trovadoresco. La decadencia. Los precursores. El<br />

renacimiento. La poesia nova). Buenos Aires (Edito-<br />

rial Sopena), 1939.<br />

50. CASAS, Alvaro de las — Santiago de Compostela Corazón<br />

de Europa. Buenos Aires, Emecé (1939). 118 p.


— 30 —<br />

51. CASTELAO, Alfonso — As cruces de pedra na Galiza.<br />

(Publicacion da Real Academia Gallega) Cruna, Moret,<br />

1964. 34 p. ilus.<br />

52. CASTILLO ELEJABEYTIA, Dictinio de — Lírios de<br />

Compostela. Murcia. 1949. 250 p.<br />

53. CASTRO, Américo — Esta máxima ciudad Santiago de<br />

Compostela. La Noche. Santiago. 25-VII-1958.<br />

54. CASTRO, Rosalia de — Obras Completas. Recopilación<br />

y estúdio biobibliográfico. Rosalia de Castro o el Dolor de<br />

Vivir por Garcia Marti, Madrid, Aguilar, 1960. 1588 p.<br />

55. CASTROVIEJO, José Maria — Diptico dei Ano Santo.<br />

Prensa Hispana-Brasileira. São Paulo. 29-VII-1965.<br />

56. CASTROVIEJO, José Maria — El alma románico-barroca<br />

de Compostela. El Eco Franciscano. Santiago de Compos-<br />

tela. LXXXII (junio, 1965) 149.<br />

57. CASTROVIEJO, José Maria — Gozos dei Ano Santo.<br />

Mundo Hispânico, Madrid, XVIII (1965 24-25.<br />

58. CHARBONNEAU, Henri — El Camino de Santiago de<br />

Compostela. La Revue des Voyages. Paris. 78 (1965) 33-<br />

35.<br />

59. CHAMOSO LAMAS, Manuel — Guia de Santiago de<br />

Compostela. Valencia. 1965. 72 p. ilus e um mapa.<br />

60. CHAVARRI, Raul — Peregrinos Hispano-Americanos, La<br />

Estafeta Literária. Madrid. 324 (1965) 196-197.<br />

61. CHÁVARRI. Raúl — Todos los Caminos llevan a Santia-<br />

go. Mundo Hispânico. Madrid. XVIII (julio 1965) 28-<br />

35.<br />

62. CIDA<strong>DE</strong>, Hernâni — Poesia medieval. I Cantigas de Ami-<br />

go. Lisboa, 1937.


— 31 —<br />

63. GIORDIA, Miguel Maria — Algunos Antecedentes Curio-<br />

sos, La Estafeta Literaria. Madrid. 324 (1965) 192-193.<br />

64. CLEMENTE <strong>DE</strong> DIEGO. Millán — Andando por ei ca-<br />

mino de Santiago. Madrid, Pueyo, 1965, 308 p.<br />

65. COBAS PAZOS, V. — Esbozo de un Estúdio sobre la<br />

gaita gallega. Santiago de Compostela, Porto (1965) 320<br />

p. 8 esp.<br />

66. COMPOSTELA, TERCER SANTUARIO <strong>DE</strong> LA CRIS-<br />

TIANDAD. Blanco y Negro. LXXV (1965) 66-74 p. ilus.<br />

coloridas.<br />

67. COMPOSTELA — Boletin de la Archiofradia dei Glorioso<br />

Apóstol Santiago. Revista bimensal. Santiago de Compostela.<br />

Diretor Jesus Precedo Lafuente.<br />

68. COMPOSTELANUM — Revista trimestral de la Archi-<br />

diócesis de Santiago de Compostela. Santiago de Compos-<br />

tela. Diretor, Manuel Rey Martinez.<br />

69. CONTRERAS, Juan de, Marquês de Lozya — Santiago<br />

Apóstol Patron de las Espanas. 2" edición, Madrid, biblioteca<br />

Nueva, 1965. 161 p.<br />

70. CORTÊS, J.P. — La Sociedad de Amigos de Santiago de<br />

Compostela, de Paris. La Estafeta Literaria. Madrid. 324<br />

(1965) 203.<br />

71. COUTO, Ricardo — Peregrino da Saudade. Revista His-<br />

pano-Americana. São Paulo. XIII (1965) 20.<br />

72. CRESPO POZO. José S. — Contribución a un Vocabulá-<br />

rio Castellano-Gallego. (Con indicación de fuentes) . Pró-<br />

logo de Vicente Garcia de Diego. Número Monográfico<br />

da rev. Estúdios. Madrid, 1963. 1062 p.<br />

73. CRESPO POZO, José S. — Santa Maria de Pontevedra.<br />

(Publicaciones dei Monasterio de Poyo. 6) Madrid. Edita<br />

revista Estúdios, 1962. 144 p. 14 pranchas.


- -<br />

74. CUADRA, Pilar — Camino de Santiago en autocar. El<br />

Maestro. Madrid. 131 (julio 1965) 23-24.<br />

75. CUÉ ROMANO, Ramón — Una Noche en el Pórtico de<br />

La Gloria. (Interpretación Lírica de Compostela). La<br />

Coruna, Roel, 1954. 82 p.<br />

76. CUNQUEIRO, Alvaro — El Camino de Santiago. Vigo,<br />

Imp. del «Faro de Vigo» (1965). 107 p. ilus. e coloridas.<br />

77. CUNQUEIRO, Alvaro — Las Grandes Perdonanzas Jaco-<br />

beas — Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

78. CUNQUEIRO, Alvaro — Le Chemiin de St. Jacques.<br />

%<br />

Vigo, Imp. del Faro Vigo (1965) 107 p. ilus. e coloridas.<br />

79. CUNQUEIRO, Alvaro — Los Peregrinos Fabulosos. La<br />

Estafeta Liteiaria. Madrid. 320-321 (1965) 8-9.<br />

80. CUNQUEIRO, Alvaro — The Way of Saint James. Vigo,<br />

Imp. del «Faro de Vigo» (1965) 107 p. ilus. e coloridas.<br />

81. DAS HEILIGE JAHR 1954. Santiago de Compostela,<br />

Pôrto, 1954, 18 p.<br />

82. D AURORA, Conde — Caminho Português para Santiago<br />

de Compostela. Braga, Livraria Cruz, 1965, 257 p.<br />

83. David, P. Etudes sur le Livre de Saint-Jacques atribué au<br />

Pape Calixte II: I Le manuscrit de Compostelle et le manus-<br />

crit d'Alcobaça (Tirage à part du Bulletin des Etudes Por-<br />

tugaises, Lisbonne, 1946); II. Les livres liturgiques et le<br />

livre des miracles (Tirage à part du BEP. Lisbonne, 1947);<br />

III. Le Pseudo-Turpin et le Guide du Pèlerin (Tirage à<br />

part du BEP, Lisbonne 1948). IV Révision et conclusion<br />

(Tirage à part du BEP Lisbonne, 1949) . Expositor: Prof.<br />

Celso Cunha.<br />

84. <strong>DE</strong>LGADO VARELA, J. M. — Santiago en Compostela.<br />

La Merced. Madrid. XXIII (1965) 203-205.<br />

I


f'7 **


— 34 —<br />

hasta Santiago de Compostela. El Pueblo Gallego. Vigo.<br />

25-VII-1965.<br />

95. ESPIRITUALIDAD JACOBEA. Editorial de, Ecclesia.<br />

Madrid. XXV (1965) 3 p.<br />

96. ESPIRITUALIDAD PELEADORA, La — In: La Espana<br />

de los espanoles. 2" Ed. Madrid, Publicaciones Espanolas.<br />

356 p. ilus. coloridas.<br />

97. FERNAN<strong>DE</strong>Z ARENAS, P. Arsênio, Huarte Arana, P.<br />

Pablo, Dominicos — Los Caminos de Santiago. Barcelona,<br />

La Poligrafa, (1965) 218 p. com CXXIV pranchas.<br />

98. FERNAN<strong>DE</strong>Z <strong>DE</strong>L RIEGO, F. — Historia de la Litera-<br />

tura Gallega. Vigo, Editorial Galaxia (1951) 167 p.<br />

99. FERNAN<strong>DE</strong>Z FERREIRO, José — Miles de peregrinos<br />

cada dia Ya. Madrid. 19-1X-1965.<br />

100. FERNAN<strong>DE</strong>Z POUSA, Ramón — Cancionero gallego de<br />

Joan Airas burguês de Santiago (séc. XII-XIII) . Santiago<br />

de Compostela, 1960.<br />

101 . FERNAN<strong>DE</strong>Z POUSA, Ramón — Cancionero gallego dei<br />

trovador Ayras Núnez. Madrid, 1954.<br />

102. FERNAN<strong>DE</strong>Z POUSA, Ramón — Juglares y canciones.<br />

La Estafeta Literaria. Madnid. 320-321 (1965) 18-19.<br />

103. FERNAN<strong>DE</strong>Z POUSA, Ramón — Patronazgo Mariano<br />

en la província de Pontevedra. Separata dei tomo XIV de<br />

la revista «El Museo de Pontevedra». 24 p.<br />

104. FERNAN<strong>DE</strong>Z POUSA, Ramón — Selección literaria dei<br />

idioma gallego. (Siglos XI-XX) Prólogo de Santiago Mon-<br />

tero Diaz. Madrid, 1951. 197 p.<br />

105. /FERNAN<strong>DE</strong>Z SANCHEZ, José Maria y Freire Barreiro,<br />

Francisco — Santiago, Jerusalém, Roma. Diário de una peregrination<br />

a estos y otros santos lugares de Espana, Fran-


— 35 —<br />

cia, Egipto, Palestina, Síria e Italia, en el ano dei Jubileo<br />

Universal de 1875. Santiago, 1880-1882. 3 v. ilus. Expositor:<br />

Emilio Silva.<br />

106. FERRO COUSELO — Caminos de Peregrinación por<br />

tierras de Orense. Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

107. FERRO COUSELO, Manuel — Cuando Europa era la<br />

Cristiandad vénia en peregrinación a Santiago. La Noche.<br />

Santiago. 25-VII-1968.<br />

108. FERREIRA DA CUNHA, Celso — À margem da poética<br />

trovadoresca. O regime dos encontros vocálicos interver-<br />

bais. Rio de Janeiro, 1950. 96 p.<br />

109. FERREIRA DA CUNHA, Celso — Estudos de Poética<br />

Trovadoresca. Versificação e Ecdótica. Rio de Janeiro.<br />

Instituto Nacional do Livro. 1961. 2'59 p.<br />

110. FERREIRA DA CUNHA, Celso — Língua e verso. En-<br />

saios. Rio de Janeiro. Livraria São José, 1963. 94 p.<br />

111. FERREIRA DA CUNHA, Celso — O Cancioneiro de Joan<br />

Zorro. Aspectos lingüísticos. Texto crítico. Glossário. Rio<br />

de Janeiro, 1949. 98 p.<br />

112. FERREIRA DA CUNHA, Celso — O Cancioneiro de<br />

Martin Codax. Rio de Janeiro, 1956. 198 p.<br />

113. FIERROS, Gamallo — Ano Santo en Compostela. Mundo<br />

Hispânico. Madrid. VII (1954) 23.<br />

114. FIGUEROA, El Marquês de — Libro de Cantigas. En<br />

tierras <strong>Galaico</strong>-Lusitanas. Madrid, Rev. de Archivos, Biblioteca<br />

y Museos, 1928. 182 p. Expositor: Emilio Silva.<br />

115. FIGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Azabacneria. (Cuader-<br />

nos de Arte Gallego. 17) Vigo, Ediciones Castrelos, 1965.<br />

48 p. ilus.<br />

116. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Compostela, la Ciudad<br />

dei Apóstol. Fotografias de Jean Marie Mareei. Madrid.<br />

Ediciones Mundo Hispânico, 1954.


— 36 —<br />

117. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, J. — El libro de Santiago.<br />

Madrid, Editora Nacional, 1958. 324 p. ilus.<br />

118. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — La canción en el «Ca-<br />

mino». Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

119. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — La Venera. Santiago<br />

de Compostela, Instituto P. Sarmiento de Estúdios Galle-<br />

gos, 1965. 28 p.<br />

120. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Lengua Nobre y<br />

Popular. La Estafeta Literaria. Madrid. 320-321 (1965)<br />

10-11.<br />

121. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Lírica medieval<br />

gallega y portguesa. In: Historia General de las Literatu-<br />

ras Hispânicas. Publicada bajo la dirección de D. Guiller-<br />

mo Diaz, Plaja con una introducción de D. Ramón Menen-<br />

dez Pidal, Barcelona, ed. Barna, (1949), t. I, p. 545-748.<br />

ilus. Expositor: Emilio Silva.<br />

122. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Santiago de Compostela.<br />

Guia de sus monumentos e itinerários. La Coruna,<br />

Ed. Moret, 1950. 192 p.<br />

123. FILGUEIRA VALVER<strong>DE</strong>, José — Cancioneirino de Com-<br />

postela. Escolma e anotación. In Nós, IX, Ourense, 1932.<br />

113-136 — 151-155 p. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

124. FRAGA IRIBARNE, Manuel — El Camino de Santiago.<br />

Prensa Hispana-Brasileira. São Paulo. 29-VII-1965.<br />

125. FRAGA IRIBARNE, Manuel — Loa al Camino a Santia-<br />

go. In: Cinco Loas. Madrid, Ed. Nacional, 1965. p.<br />

25-38.<br />

126. FRAGA IRIBARNE, Manuel — Mas Allá dei Peregrinar<br />

a Santiago, In: Ano Santo Compostelano. Suplemento na-<br />

cional dei la prensa dei Movimiento. Madrid. (1965) p. 9.<br />

127. FRANCO BAAMON<strong>DE</strong>, Francisco — Un Nuevo Ano<br />

Santo Compostelano, In: Ano Santo Compostelano. Suple-


— 37 —<br />

mento nacional de la prensa dei Movimiento. Madrid<br />

(1965). p. 3.<br />

128. FRIEIRO, Eduardo — O Alegre Arcipreste e outros temas<br />

de literatura espanhola. Belo Horizonte, Oscar Nicolai,<br />

1959. 296 p.<br />

129. FRAGUAS FRAGUAS, Antonio — Geografia da Galicia.<br />

Santiago de Compostela. Ed. Porto 6 Cia., 1953. 491 p.<br />

e um mapa.<br />

130. FRAGUAS Y FRAGUAS, Antonio — Historia dei Colé-<br />

gio de Fonseca. (Cuadernos de Estúdios Gallegos, Anejo<br />

XI) Santiago de Compostela. 1956.<br />

131. FRAGUAS FRAGUAS, Antonio — Los Colegiales de<br />

Fonseca. (Cuadernos de Estúdios Gallegos. Anejo XII).<br />

Santiago de Compostela, Instituto P. Sarmiento de Estúdios<br />

Gallegos. 1958. 404 p.<br />

132. FRAGUAS FRAGUAS, Antonio — Santiago de Com-<br />

postela. (Temias Espanoles, n« 332) 2" ed. Madrid, Publi-<br />

caciones Espanolas, 1959. 28 p.<br />

133. GALI, Francesc — Cataluna en Compostela. Crónica de<br />

una jornada con acento Catalán. La Estafeta Literaria. Ma-<br />

drid. 328 (1965) 3-4.<br />

134. GALINDO ROMEO, Pascual — Tuy en la Baja Edad<br />

Media, (siglos XII-XV) Madrid C.S.I.C. (1923) 204 p.<br />

Expositor: Emilio Silva.<br />

135. GARCIA BAYON, Carlos — Enjambres en la Ruta Jaco-<br />

bea. Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

136. GARCIA <strong>DE</strong> DIEGO, Vicente — Manual de Dialectolo-<br />

gia Espanola. 2" ed. Madrid, Ediciones <strong>Cultura</strong> Hispânica,<br />

1959. 374 p. Sobre o Gallego p. 53-132.<br />

137. GARCIA GOLDARAZ, Carlos — El Códice Lucense de la<br />

Colección Canónica Hispana, Madrid, C.S.I.C. Delega-


— 38 —<br />

cion de Roma. 1954. 3 Vols. Expositor: Instituto Brasilei-<br />

ro de <strong>Cultura</strong> Hispânica.<br />

138. GARCIA LORCA. Frederico — Balada ingénua de San-<br />

tiago. Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

139. GARCIA LORCA, Frederico — Madrigal à Cibdá de San-<br />

tiago. La Estafeta Literaria. Madrid. 320 (1965) 11.<br />

140. GARCIA MARTI, Victoriano — Compostela nació como<br />

una meta, como un mojón Divino. La Noche. Santiago.<br />

25-VII-1958.<br />

141. GARCIA MARTI, Victoriano — Santiago de Compostela.<br />

Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

142. GARCIA MARTI, Victoriano — El Secreto de Santiago.<br />

Revista Hispano Americana, São Paulo. XIII (1965) 14.<br />

143. GARCIA MARTI, Victoriano — Tonalidad espiritual de<br />

Compostela. El Eco Franciscano. Santiago de Compostela.<br />

LXXXII (junio, 1965) 146.<br />

143. (bis) GARCIA SANCHIZ, Federico — Nuestro Patron<br />

Santiago. (La salvación de Europa y la formación de Amé-<br />

rica por Espana) Ilustrado por Carlos Sáenz de Tejada.<br />

Madrid, Ed. Aspas, (1954).<br />

144. GARCIA VILLADA, Zacarias — Tradición de la Iglesia<br />

espanola sobre Santiago y la Vingen dei Pilar. In: Historia<br />

Eclesiástica de Espana. Madrid. Compania Ibero-America-<br />

na de Publicaciones, 1929. Tomo I p. 27-104. Expositor:<br />

Emilio Silva.<br />

145. GASSNER, Armin — Zwanzig Lieder des Joan Ayras de<br />

Santiago, in «Miscelânea de Estudos en honra de D. Caro-<br />

lina Michaëlis de Vasconcellos», Coimbra, Imprensa da<br />

Universidade, 1933. 385-418 p. Expositor: Prof. Celso<br />

Cunha.


— 39 —<br />

146. GIMENEZ CABALLERO, E. — Amor a Galicia. (Pro-<br />

genitora de Cervantes) Madrid. Editora Nacional, 1947.<br />

76 p.<br />

147. GÓMEZ <strong>DE</strong> LA SERNA, Gaspar — Del Pirineo a Com-<br />

postela. Valencia, Artes Gráficas Soler, 1965. 315 p.<br />

ilus.<br />

148. GÓMEZ LEDO, A. — Romance de Conde Pelengriiio.<br />

In: Cancionero de Nosa Senora de Faro. Madrid, (1953)<br />

p. 30-33.<br />

149. GÓMEZ LEDO, Avelino — Romanceiro compostelán (Con<br />

dibuxos e vinetas) . Madrid, Libreria Puga, 1926.<br />

150. GONZALEZ-ALEGRE, Ramón — El Libro de los andares.<br />

(Notas Espanolas) Madrid, Artes Gráficas Ibarra (1963)<br />

112 p.<br />

151. GRIAL, Revista Galega de <strong>Cultura</strong>. Revista trimestral<br />

Vigo, Editorial Galaxia. Diretor, José Maria Alvarez Bláz-<br />

ift^ez.<br />

152. GUERRA CAMPOS, José — Santiago, Catedral. Jerez,<br />

1961. 60 p. e um mapa.<br />

153. GUERRA CAMPOS, José — Santiago, el Apóstol de Es-<br />

pana. El Eco Franciscano. Santiago de Compostela.<br />

LXXXII. (junio 1965) 155-156.<br />

154. GUERRA CAMPOS, José — Santiago, testigo dei Senor.<br />

Ecclesia. Madrid. XXV (1965) 17-18.<br />

155. GUERRA, José — Excavaciones en la Catedral de Santia-<br />

go. Separata de «La Ciência Tomista» Enero-Marzo,<br />

1960 — n" 273, p. 97-168.<br />

156. GUERRA, José — Notas críticas sobre el origen dei culto<br />

sepulcral a Santiago en Compostela. Separata de «La ci-<br />

ência Tomista» Números 280 y 279. 417-590 p.


— 40 —<br />

157. GUERANGER, Dom Prosper — Saint Jacques le Majeur.<br />

Son corps à Compostelle. Son culte, au moyen âge. Le<br />

pèlerinage de S. Jacques. In: L'Année Liturgique. 13" ed.<br />

Paris, H. Oudin t. XIII p. 223 s.<br />

158. GJJLLÓN <strong>DE</strong> SENESPLEDA, Enrique — El Camino de<br />

Santiago en el Cielo. Critério. Buenos Aires. II (1948)<br />

10-11.<br />

159. GUTIÉRREZ LASANTA, F. — Sermonario dei Apôs-<br />

tol Santiago. Zaragoza, «El Noticiero, 1960. 222 p.<br />

160. HIMNO AL SANTO APOSTOL. Musica de M. Soler.<br />

Poesia de J. Barcia. Santiago de Compostela. 2 folhas.<br />

161. HISTORIA COMPOSTELANA, o sea Hechos de D. Die-<br />

go Gelmirez, primer arzobispo de Santiago, traducida del<br />

latin al Castellano por el R.P. Fr. Manuel Suárez ( + ), de<br />

la Orden de Frayles Menores, con notas aclaratorias e intro-<br />

ducción por el R. P. Fr. José Campelo, de la misma<br />

Orden. Santiago de Compostela, Editorial Porto, S. L.<br />

1950. 548 p. ilust.<br />

162. HOSTAL <strong>DE</strong> LOS REYES CATOLICOS — Madrid,<br />

Myr Ediciones. 27 p. ilus.<br />

163. HUIDOBRO Y SERNA, Luciano — Las Peregrinaciones<br />

Jacobeas. Madrid, publicacion del Instituto de Espana,<br />

1949-1951. 3 Vols. Expositor: Archicofradia del Após-<br />

tol, de Santiago.<br />

164. IGLESIAS ALVARINO, Aquilino — A lengua dos poetas<br />

do norte de Lugo. (Real Academia Gallega) La Coruna,<br />

,E1 ideal Gallego», 1964. 40 p.<br />

165. IGLESIAS ALVARINO, Aquilino — Las canciones de<br />

Martin Códax. In: AV, ano XII, 1951.<br />

166. INSTITUTO PADRE SARMIENTO <strong>DE</strong> ESTÚDIOS<br />

GALLEGOS l 9 Exposición — La Imprenta Compostelana<br />

— Libros y folletos hasta 1868. Santiago de Compostela,<br />

Ano Santo de 1948.


- 4i -<br />

167. INIGUEZ, Francisco, PORTELA PAZOS, S. etc. Santiago<br />

en la Historia, la Literatura y el Arte. Madrid. Editora<br />

Nacional 1954. 2 vols.<br />

168. IRIARTE, José Joaquim — Así es. Santiago, cierra Espa-<br />

na. Platino. Barcelona. 65 (1965) 4-10 ilust.<br />

169. ISORNA O.F.M., Fr. José — Itinerário dei alma a San-<br />

tiago. Guia espiritual dei peregrino compostelano. San-<br />

tiago, Editorial y Tip. «El Eco Franciscanoí, 1953. 41 i p.<br />

170. ISORNA, José— Silueta de Compostela. Santiago, 1944.<br />

24 p.<br />

171. ISORNA, José — Semblanza de la Iglesia Compostelana.<br />

El Correo Gallego, Santiago, 24-VII-1955.<br />

172. ISORNA, José — Compostela. Cita de Espiritualidad. El<br />

Eco Franciscano. Santiago de Compostela. LXXXII.<br />

(junio, 1965) 145 p.<br />

173. JUBILEO PLENÍSIMO EN LA S.A.M. IGLESIA <strong>DE</strong><br />

COMPOSTELA. Bula de Alejandre III Pontífice Máxi-<br />

mo (1179) Santiago. Imp. dei Seminário s.d.<br />

174. KENDRICK, T.D. St. James in Spain. London (Me-<br />

thuen & Co. LTD.), 1960.<br />

175. KING, Georgiana Goddard — The Way of Saint James.<br />

New York and London Putnam's Sons, 1920. 3 vols. Ex-<br />

positor: Archicofradia dei Apóstol, de Santiago de Com-<br />

postela .<br />

176. LABARTA POSE, Enrique — Cuentos humorísticos. Pró-<br />

logo de Benito Varela Jácome. Santiago de Compostela,<br />

Porto. (1960) 134 p.<br />

177. LABARTA POSE, Enrique — Poesias en gallego y Cas-<br />

tellano. Prólogo de Benito Varela Jácome. Santiago de<br />

Compostela, Porto, 1960. 126 p.


- 42 -<br />

178. LA IGLESIA, Antonio de — El Idiomia Gallego. Su an-<br />

tigiiedad y vida. La Coruna, Imp. de «La voz de Galicia».<br />

1886, 3 vols. Expositor: Emilio Silva.<br />

179. LAMPEREZ Y ROMEA, Vicente — La Catedral de San-<br />

tiago. In: Historia de la arquitectura Cristiana espanola en<br />

la Edad Media, según el estúdio de los elementos y los mo-<br />

numentos. Madrid, Espasa-Calpe, 1930. 3 volumes. Tomo<br />

II p. 157-166.<br />

180. LAN<strong>DE</strong>IRA YRAGO, José — Santiago dei «Quijote» con<br />

sus alegres peregrinos. Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

181. LANG HENRY, R. Old Portuguese Sea Lyrics. In Revue<br />

Hispanique, LXXVII, New York — Paris, 1929. 187-200<br />

p. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

182. LANG HENRY, R. Cancioneiro Gallego-Castelhano.<br />

The Extant Galician Poems of the Gallego-Castilian Lyric<br />

School (1350-1450). I. Text, Notes, and Glossary. New<br />

York — London, 1902. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

183. LA OR<strong>DE</strong>N MIRACLE, Ernesto — Ingleses y escoceses,<br />

camino de Santiago. Ya Madrid. 18-VII-1965.<br />

184. LA OR<strong>DE</strong>N MIRACLE, Ernesto — Tríptico de Santiago.<br />

Mundo Hispânico. Madrid. VII (1954) 25-27.<br />

185. LE CHEMIN <strong>DE</strong> SAINT JACQUES. Madrid, Subsecre-<br />

taria de Turismo, 1965. Plaqueta de 8 folhas com planos e<br />

numerosas ilustrações coloridas.<br />

186. LEGENDRE, Mauricio — En Espana. Ciento cinquenta y<br />

ocho fotografias. Barcelona-Buenos Aires, G. Gili, (1936)<br />

16 p. + 157 lâminas, + 14 p.<br />

187. LEIROS, Eládio — El deambulatório de la Catedral de<br />

Orense. (Cuadernos de Estúdios Gallegos. Anejo II) San-<br />

tiago de Compostela. Instituto P. Sarmiento. 1948. 108 p.<br />

ilus.


- 43 -<br />

188. LEO XIII'S. «<strong>DE</strong>US OMNIPOTENS» BULL. On the<br />

Body of the Apostle Saint James. (Preface and notes by<br />

José Guerra Campos) Santiago de Compostela, 1963. 32 p.<br />

189. LÍBER SANCTI, Jacobi — Codex Calixtinus. I Texto.<br />

Transcripción de Walter Muir Whitehill; II. Música. Re-<br />

producción en fototipia seguida de la transcripción por Dom<br />

Germán Prado, O. S.; III. Estúdios e índices. Santiago<br />

de Compostela (Instituto P. Sarmiento, de Estúdios Galle-<br />

gos), 1944.<br />

190. LÍBER SANCTI, Jacobi — Codex Calixtinus. Traducción<br />

por los Profrs. A. Moralejo, C. Torres y J. Feo, dirigida,<br />

prologada y anotada por el primero. Santiago de Composte-<br />

la (Instituo Padre Sarmiento, de Estúdios Gallegos), 1951.<br />

646 p.<br />

191 . LIVRO DAS AVES — Reprodução fac-similar do manus-<br />

crito do séc. XIV; introdução; leitura crítica; notas e glos-<br />

sário. Edição preparada por Jacira Andrade Mota, Rosa<br />

Virgínia Matos, Vera Lúcia Sampaio e N. Rossi, sob orien-<br />

tação e direção deste. (Dicionário da Língua <strong>Portuguesa</strong>,<br />

textos e vocabulários, 4) Rio de Janeiro. Instituto Nacional<br />

do Livro, 1965. 82 p. e 36 fac-símiles.<br />

192. LLORCA, B. etc — Santiago el Mayor. Suas relíquias en<br />

Compostela. In: Historia de la Iglesia Católica 3 a ed. Ma-<br />

drid, Biblioteca de Autores Cristianos, 1960 t. I. p. 143 s.<br />

193. LOPEZ, Atanasio, Viaje a Santiago dei italiano Domênico<br />

Laffi. In-, Nuevos estúdios crítico-históricos acerca de Ga-<br />

licia. Editados con introducción y notas por el P. Lino<br />

Gómez Canedo, Santiago de Compostela, Instituto P. Sar-<br />

miento de Estúdios Gallegos, 1947 p. 3-6.<br />

194. LOPEZ, Atanasio — Tres santos peregrinos compostelanos<br />

en la Edad Media. In: Nuevos estúdios crítico-históricos<br />

acerca de Galicia. Editados con introducción y notas por el<br />

P. Lino Gómez Canedo, O. F. M . Santiago de Compostela,<br />

Instituto P. Sarmiento de Estúdios Gallegos, 1947, p. 22-<br />

28.


— 44 —<br />

195. LOPEZ, Atanasio — Recuerdos de Iria-Flavia. In: Nuevos<br />

estúdios crítico-históricos acerca de Galicia. Editados con<br />

introducción y notas por el P. Lino Gómez Canedo, O.F.M.<br />

Santiago de Compostela, Instituto P. Sarmiento de Estú-<br />

dios Gallegos, 1947 p. 308-314.<br />

196. LOPEZ, Atanascio, Memorias históricas de Compostela.<br />

In: Nuevos estudidos crítico-históricos acerca de Galicia.<br />

Editados con introducción y notas por el. P. Lino Gómez<br />

Canedo, O.F.M. Santiago de Compostela, Instituto P.<br />

Sarmiento de Estúdios Gallegos. 1947, p. 29-50.<br />

197. LOPEZ, Atanasio — Estúdios crítico-históricos de Galicia.<br />

Primera serie. Santiago (Tip. de El Eco Franciscano),<br />

1916.<br />

198. LOPEZ AYDILLO, Eugénio — Las mejores poesias galle-<br />

gas, recopiladas, prologadas y cuidadosamente anotadas por<br />

Madrid (Imprenta Artstica Espanola), 1914.<br />

199. LOPEZ AYDILLO, Eugénio — Los cancioneros gallego-<br />

portugueses como fuentes históricas (con un glosario de<br />

voces del gallego arcaico). Extrait de la Revue Hispanique,<br />

tome LVII, New York-Paris, 1923. Expositor: Prof. Celso<br />

Cunha.<br />

200. LOPEZ CAMPOS, A. — El Pórtico de la Gloria dei<br />

Maestro Mateo. Santiago de Compostela. Imp. del Seminário,<br />

1961 p. 62.<br />

201. LOPEZ FERREIRO, Antonio — Historia de la Santa A.M.<br />

Iglesia de Santiago de Compostela. Santiago, Imp. y ene.<br />

del Seminário Conciliar Central. 1898-1911. II tomos.<br />

202. LOPEZ Y LOPEZ, Román — Santiago de Compostela<br />

the Pilgirm's and the Tourist's Guide — Book, 14th Ed.<br />

Thoroughly Revised to Date. Santiago, 1965. 136 p. ilus.<br />

203. LOPEZ PELAEZ, Antolin — De la Diócesis del Sacramen-<br />

to. Barcelona, Gustavo Gili, 1907. 182 p.


— 45 —<br />

204. LOS CAMINOS <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong> — En el Ano Santo de<br />

1964. Santiago de Compostela, 1954. 34 p. e um mapa.<br />

205. LOZOYA, Marquês de — La Catedral. Historia, arqui-<br />

tectura, arte, devoción, peregrinaciones. Fotografias de Gar-<br />

cia Garrabella y Cia. Fotocromos e impresión, Gobas y Cia.<br />

Zaragoza, 1965. Texto em castelhano, francês e inglês, 32 p.<br />

e 120 lâminas coloridas. Expositor: Emilio Silva.<br />

206. LOZOYA, Marquês de — Galmírez Promotor de la Devo-<br />

ción Universal a Santiago. Ya. Madrid. X-X-1965.<br />

207. MACEDO SOARES, José Roberto de — Santiago de<br />

Compostela. In: Hespanha. Prefacio do Exmo. Senhor Du-<br />

que de Alba. Madrid C.I.A.P. e.d. p. 235-238.<br />

208. MÁIZ ELEIZEGUI, Luis — La devoción al Apóstol<br />

Santiago en Espana y el Arte Jacobeo Hispânico. Madrid,<br />

1944. 165 p. ilus.<br />

209. MÁIZ ELEIZEGUI, Luis — La Devoción al Apóstol San-<br />

tiago en Espana y el arte jacobeo hispânico. Prólogo de<br />

Salustiano Portela Pazos. 2" ed. Madrid, 1953. 348 p. ilus.<br />

210. MAÍslACH, Jorge — Santiago de Compostela. Mundo His-<br />

pânica. Madrid. XII (1959) 27.<br />

211. MARGARITINI, Luis — Santiago de Compostela, Méca<br />

da Cristandade. Mundo Livre. Rio de Janeiro. II (1965)<br />

18-19.<br />

212. MARQUES, Gentil — Rainha Santa. Romance Biográfico.<br />

Lisboa, Edição Romano Torres. 194 p.<br />

213. MARTIN GONZALEZ, Juan José — Sillerias de Coro.<br />

(Cuadernos de Arte Gallego. 26) Vigo, Ediciones Castre-<br />

los. 1964. p. 49 ilus.<br />

214. MARTIN ARTAJO, Javier — La Ultima Jornada. Ya<br />

Madrid. 26-IX-1965.


— 46 —<br />

215. MARTIN ARTAJO, Javier — Caminando a Compostela.<br />

Prólogo dei P. FéLx Garcia, O.S.A. (Madrid, Editora<br />

Nacional, Ano Santo Compostelano (1954) 118 p.<br />

216. MARTIN ARTAJO, Javier — Lo que importa es el llegar.<br />

Ya, Madrid. 14-11-1965.<br />

217. MARTIN ARTAJO, Javier — O que Importa é a Chega-<br />

da. Santiago de Compostela e seu Ano Santo. Auge. Rio<br />

de Janeiro. I (Mar/abril, 1965) 18-19 ilus.<br />

218. MARTIN-LUNAS — Guia Artística-Histórica-Geográfica<br />

dei Camino de Santiago. Zaragosa, s.d. 62 p.<br />

219. MARTINEZ, Vicente — Rutas de Espana. El Camino de<br />

Santiago. Madrid, 1965. 340 p. ilus. e um mapa dobrado.<br />

220. MARTINEZ ALEGRIA, Agapito — Roncesvalles. (Prê-<br />

mio Olave) 2" ed. Pamplona, Editorial Arambufu, 1965.<br />

164 p. ilus.<br />

221. MARTINEZ BARBEITO, Carlos — Galicia, Barcelona<br />

(Ediciones Destino), 1957.<br />

222. MARTINEZ BARBEITO, C. — Santiago de Compostela.<br />

Santiago, Subsecretaria de Turismo. Plaqueta com plano de<br />

Santiago e ilus. coloridas.<br />

223. MARTINEZ MORÁS, Fernando — La Taponimúa de Ga-<br />

licia. (Real Academia Gallega) La Habana, 1962. 46 p.<br />

224. MARTINEZ PEREZ, Antonio — La Coruna. Espana en<br />

Paz. Madrid (1964) 128 p. ilus.<br />

225. MENÉN<strong>DE</strong>Z PELAYO, Marcelino — Antologia de poetas<br />

líricos Castellanos I. (Parte 1": La Poesia en la Edad<br />

Media) Edición preparada por D. Enrique Sánchez Reys.<br />

Santander, 1944. 422 p.<br />

226. MENÉN<strong>DE</strong>Z PELAYO, Marcelino — Historia de la<br />

poesia Castellana en la Edàd Média. Madrid, Victoriano<br />

Suárez, 1911-1913, 3 volumes.


— 47 —<br />

227. MENÉN<strong>DE</strong>Z PIDAL, Ramón — El Império Hispânico<br />

y los Cinco Reinos. Madrid, Instituto de Estúdios Políticos,<br />

1950. 228 p.<br />

228. MENÉN<strong>DE</strong>Z PIDAL. R. Poesia juglaresca y orígenes de<br />

las literaturas românicas (Problemas de historia literaria y<br />

cultural). Sexta edición corregida y aumentada. Madrid<br />

(Instituto de Estúdios Políticos). 1957.<br />

229. MERINO, Joaquin — «Santiagueando». A.B.C. Madrid.<br />

25-VII-1965.<br />

230. MERINO BARRAGAN, Lorenzo — Perfiles Jacobeos.<br />

Clavijo (Logrono) 1954. 218 ilus.<br />

231. MICHENER, James A. — Santiago e os Peregrinos da<br />

Concha. Seleções do Readers Digest. Julho de 1965. p.<br />

40-47.<br />

232. MICHAELIS <strong>DE</strong> VASCONCELOS, Carolina — A pro-<br />

pósito de Martin Codax e das suas cantigas d» amor: ln:<br />

RFE, II, 1915, pp. 258-273. Expositor: Prof. Celso<br />

Cunha.<br />

233. MIRAGRES <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong>. Edición y estúdio crítico<br />

por José L. Pensado. Anejo LXVIII de la RFE. Madrid,<br />

1958.<br />

234. MONACI, Ernesto — II Ganzoniere Portoghese delia<br />

Biblioteca Vaticana, messo a stampa da. . . Halle a S., 1875.<br />

Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

235. MONTES, Eugénio — Compostela concha cosida a la capa<br />

del paisaje gallego. El Eco Franciscano. Santiago de Com-<br />

postela. LXXXII (1965) 162-163.<br />

236. MONTES, Eugénio — Europa en el Camino de Santiago.<br />

Mundo Hispânico. Madrid. XVIII (Julio 1965) 36.<br />

237. MONTES, Eugénio — Peregrinación a Santiago y emigra-<br />

ción Gallega a América. Mundo Hispânico. Madrid. XII<br />

(1965) 3-5.


— 48 —<br />

238. MONTERO DIAS, Santiago — La Miniatura en el Tumibo<br />

A, de la Catedral de Santiago. Boletin de la Universidad<br />

de Santiago de Compostela. Santiago. V (1933) 167-234.<br />

239. MORAL PINEDO, German — Santo Domingo de la Cai-<br />

zada. Vitoria, Editorial Montepio Diocesano, 1965. 75 p.<br />

240. MOURlNO, P. José — La literatura medioeval en Galicia.<br />

Prólogo dei P. Bruno Ibeas. Madrid. (Librería Fernando<br />

Fé), 1929. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

241. MUELAS, Frederico — Santiago de Compostela, Roma de<br />

Occidente. In: Ano Santo Compostelano. Suplemento na-<br />

cional de la prensa dei Movimiento, Madrid, 1965 p. 41-42-<br />

43.<br />

242. NEIRA <strong>DE</strong> MOSQUERA, D. Antonio — Monagrafías de<br />

Santiago (Cuadros históricos. Episodios políticos. Tradicio-<br />

nes y leyendas. Recuerdos monumentales. Regocijos públicos.<br />

Costumbres populares) Santiago. (Imprenta de la Viuda de<br />

Componel é Hijos), 1850. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

243. NEIRA <strong>DE</strong> MOSQUERA, Antonio — Monografias de<br />

Santiago y dispersos de temas compostelanos. (1844-1852)<br />

Estúdio preliminar de Benito Varela Jácome. Santiago de<br />

Compostela, 1950, 310 p.<br />

244. NIETO ANTUNEZ, Pedro — Compostela, Hito de la Ma-<br />

rina Espanola, In: Ano Santo Compostelano. Suplemento<br />

nacional de la prensa dei Movimiento. Madrid. (1965) p.<br />

15.<br />

245. NOBILING, Oskar — As cantigas de D. Joan Garcia de<br />

Guilhade, trovador do século XIII. Edição crítica con notas<br />

e introducção. Erlangen, 1907. Expositor: Prof. Celso<br />

Cunha.<br />

246. NUNES, José Joaquim — Cantigas d'Amigo dos trovadores<br />

galego-portugueses. Edição crítica acompanhada de introdução,<br />

comentário, variantes, e glossário. 3 vols. Coimbra,<br />

1926-1928. Expositor: Prof. Celso Cunha.


— 49 —<br />

247. NUNES, José Joaquim — Cantigas de Martin Codax, presumido<br />

jogral do século XIII. Separata da Revista Lusitana,<br />

vol. XXIX. Porto, 1931.<br />

248. NUNES, José Joaquim — Crestomatia Arcaica. Excertos<br />

da Literatura <strong>Portuguesa</strong> desde o que mais antigo se conhe-<br />

ce até ao século XVI 3" edição. Lisboa, 1943.<br />

249. ODRIOZOLA, Antonio — Ysabel y Fernando peregrinan.<br />

Faro de Vigo. Vigo, 25-VI 1-1965.<br />

250. OGRIZEK, Doré — Wallfahrt zum hl. Jakobus Von Com-<br />

postela. In: Spanien. Vorwort von Joseph Peyré. Deu-<br />

tsche Übertragung von Dr. A. Flieh und K. Bertram.<br />

Text von Suzanne Chantal, Henri Danjou, Jean Festerns,<br />

Olivier Merlin Fracis de Miomandre, Quiroga Pla. Saar-<br />

bruecken. West-Ost-Verlag (1951) 414 p. ilust. coloridas.<br />

Expositor: Emiilio Silva.<br />

251. OLLO, José Luis — Mil Anos de Historia Jacobea. In:<br />

Ano Santo Compostelano. Suplemento nacional de la prensa<br />

dei Movimiento, Madrid. (1965) p. 33.<br />

252. ORTIZ MUNOZ, Antonio — Un testimonio descubierto<br />

ahora sobre la venida a Espana de Santiago. Ya. Madrid.<br />

25-VII-1964.<br />

253. OS MIRAGRES <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong>. Version gallega dei<br />

siglo XIV dei Códice Calistino Compostelano dei XII.<br />

Transcripción y estúdio crítico de Eugênio López-Aydillo.<br />

Valladolid (Imprenta Castellana), 1918. Expositor: Prof.<br />

Celso Cunha.<br />

254. OTERO PEDRAYO, Ramón — Guia de Galicia. 4 a ed.<br />

Vigo, Editorial Galaxia, 1965. 664 p. ilus.<br />

255. OTERO PEDRAYO, Ramón — Ensaio sôbre a cultura<br />

galega. Prefáco de Francisco da Cunha Leão. Trad. de<br />

José Marinho. Lisboa, Guimarães Editores, s.d. 228 p.


— 50 —<br />

256. OTERO PEDRAYO, Ramón — En ei Rumbo de la Galaxia.<br />

La Estafeta Literaria. Madrid. 320-321 (1965) 14-16.<br />

257. OTERO PEDRA YO, Ramón — Historia de la <strong>Cultura</strong><br />

Gallega. Buenos Aires, Emecé (1939) 222 p.<br />

258. OTERO PEDRA YO, Ramón — Santiago de Compostela.<br />

Barcelona, Ed. Noguer, (1963) 34 p. lus.<br />

259. OVERNIPE, D. L. d' (pseud de Pedro Vindel, qv.) Las<br />

siete canciones de la enamorada, poema musical por Martin<br />

Codax, juglar del siglo XIII. In: AE. III (1914-1915) pp.<br />

27-31. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

260. OVIEDO Y ARCE. Eládio — El genuino «Martin Co-<br />

dax», juglar gallego dei siglo XIII (Texto literário y musi-<br />

cal) In: BRAG, ano XI (1916), pp. 1-16, 57-73, 89-104;<br />

ano XII (1917), 121-135, 154-162, 233-257. Expositor:<br />

Prof. Celso Cunha.<br />

261. PALLARES Gayoso — Argos Divina. Sancta Maria de<br />

Lugo de los Ojos Grandes. Lugo Imp. de «El Norte de<br />

Galicia», 1903. 769 p. -f- 12 de índices. Expositor: Emilio<br />

Silva.<br />

262. PARDO VILLAR, O.P., Aureliano — Los Dominicos en<br />

Santiago (Apuntes Históricos) (Cuadernos de Estúdios<br />

Gallegos. Anejo VIII) Santiago de Compostela, Instituto<br />

P. Sarmiento de Estúdios Gallegos. 1953. 258 p.<br />

263. PAZOS, R., Maneul — Episcopado Gallego. Madrid.<br />

C.S.I.C. 1946. 3 Vols.<br />

264. PELLEGRINI, Silvio — Auswahl altportugiesischer Lieder.<br />

Haale — Saale, 1928. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

265. PENSADO TOME, J.L. — Fragmento de un «Libro de<br />

Tristan» <strong>Galaico</strong>-Português. Edición y estúdio por... (Cuadernos<br />

de Estúdios Gallegos. Anejo XIV) . Santiago de<br />

Compostela, Instituto P. Sarmiento de Estúdios Gallegos.<br />

1962. 90 p.


— 51 —<br />

266. PEREGRINACION <strong>DE</strong> LA JUVENTUD <strong>DE</strong>L MUN-<br />

DO A <strong>SANTIAGO</strong>. Guia. Santiago de Compostela, 1948.<br />

186 p.<br />

267. PEREZ <strong>DE</strong> URBEL, Justo — Un Gallego que nació en<br />

Toledo, Rey Sabio y poeta principal. La Estafeta Literaria,<br />

Madrid. 320-321 (1965) 20-21.<br />

268. PIMENTA, Alfredo — Idade-Média. (Problemas e Solu-<br />

çcens) . Lisboa, Edições Ultramar, 1946. 397 p.<br />

269. PINAR, Blas — Santiago y abre Espana. Ya Madrid.<br />

25-VII-1965.<br />

270. PINTO FERREIRA, J. A. — El camino português a<br />

Santiago. Da «Cidade da Virge»... A «Compostela de<br />

Santiago». El Pueblo Gallego. Vigo. 25-V1I-1965.<br />

271. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, J.M. — El Camino de Santiago.<br />

Madrid, Secretaria de Turismo, (1965) Plaqueta com nu-<br />

merosas ilustrações coloridas e planos — guia do Caminho.<br />

272. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, José Manuel — La construcción de la<br />

catedral de Orense. Santiago de Compostela, Instituto P.<br />

Sarmiento, 1954. 200 p. ilus.<br />

273. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, J. M. — O Caminho de Sant : ago.<br />

Madrid, Subsecretaria de Turismo. Plaqueta com numero-<br />

sas ilustrações coloridas e planos-guia do Caminho de San-<br />

tiago.<br />

274. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, J.M. — Spagna. II Cammino di San-<br />

tiago. Madrid, Subsecretaria de Turismo. Plaqueta com nu-<br />

merosas ilustrações coloridas e planos-guia do Caminho de<br />

Santiago.<br />

275. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, J.M. — Spanien. Jakobs Weg. Madrid,<br />

Subsecretaria de Turismo. Plaqueta com numerosas<br />

ilustrações coloridas e planos-guia do Caminho de Santiago.


— 52 —<br />

276. PITA ANDRA<strong>DE</strong>, J.M. — The Way to Santiago. Madrid,<br />

Subsecretaria de Turismo. Plaqueta com numerosas<br />

ilustrações coloridas e planos-guia do Caminho de Santiago.<br />

277. PLACER, Fr. Gumersindo — Airas Nunes (Poeta com-<br />

postelano dei siglo XIII) . La Coruna (Litografia e Impren-<br />

ta Roel), 1943.<br />

278. PLANO MONUMENTAL <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong> <strong>DE</strong> COM-<br />

POSTELA. Ano Santo de 1965. Madrid. Publicaciones<br />

de la Subsecretaria de Turismo. 1965.<br />

279. PLOA, Miguel Ramón — Santiago, Adelantado Hispânico<br />

de la Fe. El Correo Gallego. Santiago. 24-VII-1955.<br />

280. PRECEDO LAFUENTE, Jesús — Historia Bíblica y tra-<br />

dición en la biografia humana de Santiago de Zabedeo. El<br />

Correo Gallego. 25-VII-1965.<br />

281. PRIVILÉGIOS REALES Y VIEJOS DOCUMENTOS<br />

<strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong> <strong>DE</strong> COMPOSTELA. Edición realizada<br />

bajo el patrocínio dei Excmo. Ayuntamiento y de la Caja de<br />

Ahorros y Monte de Píedad de Santiago de Compostela.<br />

(Coleção «Joyas Bibliográficas») Santiago, p. 102. Repro-<br />

dução facimilar dos documentos. Expositor: Emilio Silva.<br />

282. POPE, Isabel — <strong>Medieval</strong> Latin Background of the thir-<br />

teenth Century Galician Lyric. In: Speculum, IX, Cam-<br />

bridge (Massachusetts) 1934, págs. 3-25, Expositor: Prof.<br />

Celso Cunha.<br />

283. PORTELA, Eduardo — Dimensões, (I Crítica Literária)<br />

Prefácio de Gilberto Freyre. Rio de Janeiro, José Olympio,<br />

1958. 223 p.<br />

284. PORTELA PAZOS, Salustiano — Anotaciones al Tumbo<br />

de la Catedral de Santiago. Santiago de Compostela.<br />

Impr. dei Seminário Conciliar, 1949-112 p. ilus.<br />

285. PORTELA PAZOS, Salustiano — Decanologio de la<br />

S.A.M. Iglesia Catedral de Santiago de Compostela. Santiago,<br />

Imp. y ene. dei Seminário Conciliar, 1944. 615 p.


— 53 —<br />

286. PORTELA PAZOS, Salustiano — La tradición Jacobea.<br />

El Corre o Gallego. Santiago. 24-VII-1955.<br />

287. PORTELA PAZOS, Salustiano — Orígenes dei Culto al<br />

Apóstol Santiago en Espana. Separata de Arbor. 91-29<br />

(Julio-Agosto, 1953) 34.<br />

288. PORTELA PAZOS, Salustiano — Paralelismo entre Diego<br />

de Muros y Alonso Fonseca Ulloa. El Correo Gallego. San-<br />

tiago. 24-VII-1955.<br />

289. PUENTE LA REINA. Editado por el M. I. Ayuntami-<br />

ento. Tríptico ilustr.<br />

290. QUIROGA, Card. Fernando De — El Ano de la Gran<br />

Perdonanza y la Unidad. In-, Ano Santo Compostelano.<br />

Suplemento nacional de la prensa dei Movimiento. Madrid<br />

(1965) p. 7.<br />

291 . RABANAL ALVAREZ, Manuel — Peregrinación y Cáte-<br />

dra. ABC, Madrid. 22-VII-1965.<br />

292. Real Academia de la Historia. Guia dei Viaje a Santiago<br />

(Libro V dei Códice Calixtino) Discurso leído en el acto<br />

de su recepción por el Marquês de la Vega Inclán y contes-<br />

tación por Don Julio Puyol y Alonso el dia 19 de junio de<br />

1927. Madrid, 1927.<br />

293 REAL F.R. dei — Ano Santo Compostelano de 1964.<br />

Madrid, (1954) p. 60 ilus. Texto em espanhol, francês e<br />

inglês.<br />

294 P.EY PORTO, Jacobo J. — La Maravilla de Compostela.<br />

El Correo Gallego. Santiago. 25-VII-1965.<br />

295. REY SOTO, Antonio — La imiprenta en Galicia: el libro<br />

gótico. Discurso leído por D. Antonio Rey Soto en el acto<br />

de su recepción en la Real Academiia Gallega, celebrado en<br />

el Balneario de Mondariz el dia 30 de agosto de 1920 y<br />

contestación dei Dr. Marcelo Macias y Garcia. Madrid.


— 54 —<br />

(Estanislao Maestre — Editor), 1934. Expositor: Prof.<br />

Celso Cunha.<br />

296. REY SOTO, Antonio — Obras Completas. (Publicacio-<br />

nes dei Monasterio de Poyo. 13 e 14) Madrid, Edita re-<br />

vista Estúdios, 1964. 2 vols.<br />

297. REPORTERO, Santiago — Algunas realizaciones de<br />

ahora, La Estafeta Literaria. Madrid. 324 (1965) 194-195.<br />

298. REVILLA VIELVA, Ramón — Camino de Santiago. Pa-<br />

lencia, Imp. Provicial, 1954. 44 p. e 94 lâminas.<br />

299. RINCÓN, José Maria — Amor Loco y Loco Amor. Ma-<br />

cias el Enamorado, La Estafeta Literaria. Madrid. 320<br />

(1965) 22.<br />

300. RIQUER Martin de. — Galleguización y Provenzaliza-<br />

ción. La Estafeta Literaria. Madrid. 320-321 (1965) 9.<br />

301 . RODRIGUES LAPA, M. — Cantigas descarnho e de mal<br />

dizer dos cancioneiros medievais galego-portuguêses. Edi-<br />

ção crítica. Vigo. Editoria Galaxia, 1965. 766 p. Exposi-<br />

tor: Prof. Antenor Nascentes.<br />

302. RODRIGUES LAPA, M. — Miscelânia de língua e litera-<br />

tura Portuguêsa <strong>Medieval</strong> (Biblioteca Científica Brasileira.<br />

Coleção de Filologia, VII) Rio de Janeiro, Instituto Nacio-<br />

nal do Livro, 1965. 302 p.<br />

303. RODRIGUES LAPA, Manuel — Sôbre Armando Cotarelo<br />

Valledor, Encol do nome de Martin Codax. In: BF, II<br />

(1933-1934), p. 192.<br />

304. RODRIGUEZ <strong>DE</strong> ALMELA, Diego Compilación de los<br />

Milagros de Santiago. Estúdio por el Dr. D. Juan Torres<br />

Fontes. Universidad de Murcia (Publicaciones dei Seminá-<br />

rio de Historia), Murcia 1946.<br />

305. RODRIGUEZ Y RODRIGUEZ, A. — Fisonomía y alma<br />

de Galíca. Madrid, 1955.


- 55 -<br />

306. RUIZ MORALES, J.M. — Ano Santo Comipostelano. A<br />

Letterto a Friend in Massachusetts on the Holy Year at<br />

Compostela. Reprinted from The Tablet, London, 3 a ed.<br />

1955.<br />

307. RUIZ MORALES, José Miguel — 1965. Ano Santo Com-<br />

postelano. Folheto ilus. 12 p.<br />

308. RUGGIERI, Jole — Le varianti del canzoniere portoghe-<br />

se Colocci Brancuti nelle parti comuni al Códice Vaticano<br />

4.803. In: ARom, XI (1927), pp. 459-510. Expositor:<br />

Prof. Celso Cunha.<br />

309. RUTA JACOBEA — Organo de los Amigos del Camino<br />

de Santiago, de Estella. Mensário. Estella (Navarra).<br />

310. RUTA <strong>DE</strong> <strong>SANTIAGO</strong>. El CAMINO FRANCÊS. 56<br />

Dibujos originates de Juan Commelerán. Itinerário Espiri-<br />

tual por Enrique Barco Teruel. Guia de la peregrinación<br />

ségun el LIBER SANCTI JACOBI (Codex Calixtinus)<br />

Ediciones «Aletheia» (1965) 150 p. ilus.<br />

311 . RUTAS <strong>DE</strong>L ROMÂNICO — Bilbao, Publicaciones de la<br />

Dirección General del Turismo. Plaqueta de 6 folhas ilus.<br />

312. SAINT JAMES'S WAY — Oro Verde (green gold) Re-<br />

vista de Turismo. Madrid, 1965 p. 20-23.<br />

313. SÁNCHEZ-ALBORNOZ, Cláudio — Ante la Historia<br />

Compostelana. In: Espanoles ante la historia. Buenos Ai-<br />

res, Ed. Losada, 1958 p. 75-110.<br />

314. SANCHEZ BELDA, Juis — Documentos Reales da la<br />

Edad Media Referentes a Galicia. Madrid, Dirección Gene-<br />

ral de Archivos y Bibliotecas. 1953. 667 p.<br />

315. SANCHEZ MORALES, Narciso — Polinimia Jacobea:<br />

Destellos de un Nombre. La Estafeta Literaria. Madrid.<br />

320-321 (1965) 12-13.<br />

316. SANCHEZ MORALES, Narciso — Santiago e Inigo.<br />

ABC. Madrid. 25-VII-1965.


— 56 —<br />

317. SANCHEZ SAEZ, Bráulio — Una Visita a Santiago de<br />

Compostela. Revista Hispano-Americana. São Paulo XIII<br />

(1965) 11.<br />

318. SAN<strong>DE</strong>Z OTERO, Robustiano — Santos y Reyes por el<br />

Camino de Santiago. El Correo Gallego. Santiago. 24-VII-<br />

1965.<br />

319. SANDOMINGO, Teodoro — Una página de Galicia. La<br />

Coruna, Moret, 1956. 77 p.<br />

320. SANJUAN, José Maria — El Camino de Santiago. III. —<br />

La Ciudad dei Apóstol. La Actualidad Espanola. Madrid,<br />

708 (1965) 31-38, ilustrações coloridas.<br />

321. SANTAYANA, Jorge R. de. — Santiago y Cierra Es-<br />

pana. Prensa Hispana-Brasileira, São Paulo. 29-VII-1965.<br />

322. <strong>SANTIAGO</strong> <strong>DE</strong> COMPOSTELA. Carta dei E. y R. Sr.<br />

Card. Arzobispo, Dr. D. Fernando Quiroga Palacios,<br />

anunciando el Ano Santo Comipostelano de 1954. Santiago.<br />

Tip. Seminário 1954. 8 p.<br />

323. SANTIGO <strong>DE</strong> COMPOSTELA, SANTUARIO <strong>DE</strong> ES-<br />

PASlA. In: Ano Santo Compostelano. Suplemento nacio-<br />

nal de la prensa dei Movimiento, Madrid. (1965) p. 30-31 .<br />

324. <strong>SANTIAGO</strong> EN LA HISTORIA LA LITERATURA Y<br />

EL ARTE, 2 tomos, Madrid (Editora Nacional), 1954-<br />

1955. Contém estudos de Francisco Iniguez, S. Portela<br />

Pazos, P. Pedret Casado, Teofilo Ayuso, Marquês Taliani<br />

de Marchio, Príncipe Adalberto de Baviera, F. J. Sánchez<br />

Canton, Cj. Pichon, Cardenal Feltin, José Filgueira Val-<br />

verde, Ramón Prieto Bances, Fray José Lopez Ortiz, Paul<br />

Guinard, Maurice Legendre, Walter Starkie, Enrique Ma-<br />

nera Regueyra, Rafael Gibert, José Camón Aznar, Miguel<br />

Fisac, Florentino Pérez Embid, Laureano López Rodó.<br />

325. SANTO VILLAR, Daniel — El Camino de Santiago en la<br />

Fé y en la <strong>Cultura</strong>. Revista Hispano-Americana. S. Paulo.<br />

XIII (1965) 22-27.


— 57 —<br />

326. SARALEGUI Y MEDIDA, Manuel — Escarceos Filológi-<br />

cos . Madrid, Espasa. Calpe, 1928. 387 p.<br />

327. SECRET, Jean — Saint Jacques et le chemins de Com-<br />

postelle avec cent héliogravures neuf cartes. Paris, Hori-<br />

zons de France, (1955) 145 p. ilus.<br />

328. SILVA, Ernih'o — Santiago de Compostela, Ciudad Santa.<br />

Compostela. Santiago de Compostela. N" 66-67, 1965.<br />

329. SOPESA, Frederico — La Musica de los Peregrinos.<br />

ABC. Madrid. 25-VII-1965.<br />

330. STARKIE, Walter — El Camiino de Santiago. Las Pere-<br />

grinaciones al Sepulcro dei Apóstol. Trad. de Amando Lá-<br />

zaro. Madrid. Aguilar, 1958. 312 p .ilus.<br />

331. SUBIAS GALTER, Juan — El Camino de Santiago. Bar-<br />

celona, 1943. 100 p. ilus.<br />

332. SUBIAS GALTER, Juan — El Camino de Santiago. Bar-<br />

celona, Ediciones Aymá, 1964. 100 p. est. e um piano.<br />

333. SUBIAS GALTER, J. — Las Rutas dei Românico. La<br />

Poligrafa, Barcelona, (1965) 120 p. ilus.<br />

334. TABOADA CHIVITE, Jesus — Los Castillos. (Cuader-<br />

nos de Arte Gallego. 24) Vigo, Ediciones Castrelos, 1964.<br />

p. 48 ilus. e um mapa.<br />

335. TAFALL Y ABAD. Santiago — El genuino «Martin Codax,<br />

iuglar gallego del siglo XIII. Texto musical de Martin<br />

Codax (interpretación y crítica). In: BRA, Ano XII<br />

(1917), pp. 265-271. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

336. TEJADA SPÍNOLA. Francisco Elias de — La Tradición<br />

Gallega Prólogo de Ramón Otero Pedrayo. Madrid, 1944.<br />

200 p.<br />

337 THIJSSEN, H. F. — Haerkens — De Geschiedenis van<br />

het Hearlemse Sint Jacobsgilde. — S-Gravenhage. Cen-


— 58 —<br />

traal Bureau voor Genealogie 1955. 92 p. ilus. Expositor:<br />

Archicofradia dei Apóstol, Santiago de Compostela.<br />

338. TORROBA BERNALDO <strong>DE</strong> QUIROS, Felipe — Reta-<br />

blo Estelar dei Apóstol, el Camino de Santiago. Madrid,<br />

1965. 416 p. ilus.<br />

339. UDINA MARTORELL, Frédéric — Santiago y Catalunya.<br />

La Estafeta Literaria. Madrid. 320-321 (1965) 11.<br />

340. VAL<strong>DE</strong>AVELLANO, Luis G. de — El culto de Santiago<br />

y las primeras peregrinaciones. In: Historia de Espana. De<br />

los orígenes a la baja Edad Media. Madrid, Rev. de Occi-<br />

dente, 1952. p. 692-696.<br />

341. VALLE-INCLAN, Ramón dei — La ciudad de las Con-<br />

chas. Faro de Vigo. Vigo. 25-VII-1965.<br />

342. VARELA JACOME, Benito — Santiago en una comedia<br />

de Tirso de Molina. El Correo Gallego. Santiago. 25-VII-<br />

1965.<br />

343. VARELA JACOME, B. — «A Vieira», Símbolo de la<br />

Peregrinación Jacobea. Faro de Vigo. Vigo. 8-VIII-1965.<br />

344. VARELA JACOME, Benito — Historia de la Literatura<br />

Gallega. Santiago de Compostela, Porto & Cia, (1951).<br />

466 p. ilus.<br />

345. VARELA JACOME, Benito — Poetas gallegos (las mejo-<br />

res poesias). Santiago de Compostela, Porto, 1953. 510 p.<br />

346. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de — Cancioneirinho de<br />

trovas antigas colligidas de un grande cancioneiro da Blblio-<br />

theca do Vaticano, precedido de uma notícia crítica do<br />

mesmo grande cancioneiro, com a lista de todos os trovado-<br />

res que compreende, pela maior parte portugueses e galle-<br />

gos. Vienna, MDCCCLXX. Expositor: Prof. Celso<br />

Cunha.


— 59 —<br />

347. VAZQUEZ <strong>DE</strong> PARGA, Luis — El Camino de Santiago,<br />

vehículo dei arte árabe-románico. El Eco Franciscano. San-<br />

tiago de Compostela. LXXXII (junio, 1965) — 161-162.<br />

348. VAZQUEZ <strong>DE</strong> PARGA, Luis — El Camino de Santiago.<br />

Temas Espanoles. Núm. 460) Madrid. Publicaciones Es-<br />

panolas, 1965, 26 p. ilus.<br />

349. VAZQUES NÚNEZ, Guillermo — Don Diego de Muros,<br />

Obispo de Tuy y de Ciudad-Rodrigo. Madrid, Juan Pueyo,<br />

1919, 140 p. Expositor: Emilio Silva.<br />

350. VAZQUEZ SENRA, José — Remembranzas paralelas<br />

entre el Maestro Mateo y Dante Alighieri — El Correo<br />

Gallego. Santiago. 25-VII-1965.<br />

351. VEGA INCLAN, Marqués de la — Guia dei viaje a Santiago<br />

(Libro V dei códice calixtino) Madrid, 1927. 80 p.<br />

352. VELASCO GÓMEZ, Clodoaldo — Santiago y Espana.<br />

Orígenes dei Cristianismo en la Península. Léon, 1948. 266<br />

p. 8 est. e um mapa.<br />

353. VIDAL RODRIGUEZ, Manuel — La Salve explicada.<br />

Precedida de un Estúdio acerca dei autor de esta plegaria<br />

por Javier Vales Failde. 2" ed. Santiago Tip. de «El Eco<br />

Franciscano», 1923. 402 p. (O ESTUDO prelimánar de<br />

Vales Failde versa sõbre o grande arcebispo de Santiago,<br />

São Pedro de Mesonzo, sec. X, autor da SaWe Regina) .<br />

354. VIDAL RODRIGUEZ, Manuel — La Tumba dei Apóstol<br />

Santiago. Ilustrada con cien Fotograbados. Santiago, Tip.<br />

del Seminário Central, 1924. 229 p. ilus.<br />

355. VIELLIARD, Jeanne — Le Guide du Pèlerin de Sainte-<br />

Jacques de Compostelle. Texte latin du XII e siecle, édité<br />

et traduit en français d'après les manuscrits de Compostelle<br />

et de Ripoll, 2" édition. Maçon (Imprimerie Protat Frères),<br />

1950. Expositor: Prof. Celso Cunha.


— 60 —<br />

356. VILLAR PONTE, Ramón — História sintética de Galicia.<br />

2" edición. Santiago de Galicia (Nós), 1932.<br />

357. VIN<strong>DE</strong>L, Pedro — Martin Codax — Las siete canciones<br />

de amor, poema musical del siglo XII. Publicase en facsímil,<br />

ahora por primera vez, con algunas notas recopiladas por...<br />

Madrid, MCMXV. Expositor: Prof. Celso Cunha.<br />

358. VIZCAINO, José Antonio — De Roncesvalles a Compostela.<br />

Madrid, ed. Alfaguara (1965) 356 p.<br />

359. VIZCARRA, Zacarias de — América y el Apóstol Santiago.<br />

In: La Vocación de América. Buenos Aires, Libreria de A.<br />

Garcia Santos, 1933. 137 p.<br />

Caminho de


<strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> IMPRENSA NACIONAL<br />

1966

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!