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RESUMO ABSTRACT - Sistema de Bibliotecas da FGV - Fundação ...

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EAESP/<strong>FGV</strong>/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 3/26<br />

Ironicamente, contrapondo-se a esta visão <strong>de</strong> Keynes, e chegando a conseqüências em<br />

termos <strong>de</strong> aprendizagem análogas à posição do Keynesianismo fun<strong>da</strong>mentalista” encontrase<br />

a posição do “anti-Keynesianismo fun<strong>da</strong>mentalista”: a nova Macroeconomia Clássica e<br />

a Teoria dos Ciclos Reais, para as quais qualquer esquema <strong>de</strong> aprendizagem do que está<br />

ocorrendo na economia é inexistente, por que <strong>de</strong>snecessário: os agentes econômicos são<br />

absolutamente oniscientes em suas <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong> tal modo que o que Keynes chama <strong>de</strong><br />

“incerteza” inexiste, na medi<strong>da</strong> em que po<strong>de</strong> ser transforma<strong>da</strong> em “risco”, e assim entrar<br />

em um cálculo absolutamente racional <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões econômicas.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> “nova macroeconomia clássica” <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> uma crítica <strong>da</strong> hipótese<br />

<strong>de</strong> um aprendizado a<strong>da</strong>ptativo. Tal hipótese tinha como objetivo a<strong>da</strong>ptar, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

contexto analítico convencional, a idéia <strong>de</strong> conhecimento imperfeito, <strong>de</strong> tal modo que fosse<br />

possível caminhar-se assintòticamente para uma situação próxima do conhecimento<br />

perfeito. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> as hipóteses <strong>da</strong>s expectativas a<strong>da</strong>ptativas são muito simples e rígi<strong>da</strong>s<br />

para fornecer uma aproximação realista dos processos complexos <strong>de</strong> aprendizado<br />

utilizados pelos indivíduos e organizações, mas pelo menos, a seu favor...apontaria na<br />

direção correta ao supor que os agentes a<strong>da</strong>ptam seu comportamento através do<br />

aprendizado. Mais recentemente, entretanto, as limitações <strong>da</strong>s expectativas a<strong>da</strong>ptativas<br />

suscitaram <strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> crítica, segundo as quais elas não “permitiriam as<br />

pessoas ajustarem suas expectativas <strong>de</strong> xt a luz <strong>de</strong> outra variáveis cujo valor no período<br />

t-1 eram conheci<strong>da</strong>s (e não incluí<strong>da</strong>s no mo<strong>de</strong>lo) e que po<strong>de</strong>riam influenciar xt . Haveria<br />

uma suposição implícita <strong>de</strong> que os agentes não tinham nenhum conhecimento do sistema<br />

econômico não percebendo nenhuma correlação entre as variáveis.... A segun<strong>da</strong> objeção<br />

era a <strong>de</strong> que é perfeitamente possível imaginar situações nas quais as expectativas<br />

forma<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ssa maneira estariam sistematicamente erra<strong>da</strong>s em períodos subseqüentes....<br />

Mas como a seleção <strong>de</strong> valores para a previsão é essencialmente arbitrária, ao contrário do<br />

que admitem as expectativas a<strong>da</strong>ptativas, seriam <strong>de</strong> se esperar que os agentes as<br />

mu<strong>da</strong>ssem se as previsões fossem sistematicamente erra<strong>da</strong>s”(Bleaney, 1985, ps.142-3).<br />

Tal argumento justificaria em princípio a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que os agentes, embora <strong>de</strong><br />

início com conhecimento limitado, apreen<strong>de</strong>ssem soluções ótimas através <strong>da</strong> prática e por<br />

fim agissem “como se” tivessem racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> ilimita<strong>da</strong> <strong>de</strong> tal modo que como observa<br />

Conlisk (1996) os economistas po<strong>de</strong>riam tomar um atalho para sua análise, supondo<br />

“unboun<strong>de</strong>d rationality” <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início” (p.683).<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº /1997

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