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RESUMO ABSTRACT - Sistema de Bibliotecas da FGV - Fundação ...

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EAESP/<strong>FGV</strong>/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 4/26<br />

Tal hipótese no entanto, é ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, na medi<strong>da</strong> em que coloca uma condição que não<br />

po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> na prática: a racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> ilimita<strong>da</strong> nas <strong>de</strong>cisões dos agentes, requer<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início os agentes econômicos já tenham um conhecimento perfeito <strong>da</strong><br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, não lhes sendo possível a aquisição gradual <strong>de</strong>sse conhecimento a partir <strong>de</strong> um<br />

processo <strong>de</strong> aprendizagem. Assim, como se discutirá, adiante, não se po<strong>de</strong> concluir que os<br />

agentes vão adotar estratégias <strong>de</strong> aprendizados que vão convergir para o equilíbrio a menos<br />

que se introduza na análise certas condições “a priori”, que em última instância são<br />

condições <strong>de</strong> uma racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> já preexistente.<br />

A alternativa à essa racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> “a priori” seria supor-se um sistema econômico que<br />

permanecesse essencialmente sem alterações estruturais, em que o futuro já estaria inscrito<br />

nas condições do presente, como em um universo mecânico e <strong>de</strong>terminístico. Ora , neste<br />

caso, não há aprendizagem, pois “o aprendizado ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro envolve mais que computação<br />

matemática; consiste, antes, em i<strong>de</strong>ntificar-se uma situação problemática ou a passagem <strong>de</strong><br />

uma situação problemática para outra”(O Driscol e Rizzo, 1985, pg.37), por exemplo,<br />

situações que envolvem longos horizontes temporais, tais como “ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>” para os<br />

indivíduos, mu<strong>da</strong>nças tecnológicas para as firmas etc..<br />

Assim, elimina<strong>da</strong>s as condições <strong>de</strong> regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> repetitiva do funcionamento do sistema<br />

econômico, o comportamento previsível em situações <strong>de</strong> incerteza requeriria que os<br />

agentes precisassem apren<strong>de</strong>r as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mo<strong>de</strong>lo a partir <strong>da</strong> experiência, como<br />

também que houvesse uma consistência mútua <strong>da</strong>s percepções dos agentes a respeito <strong>da</strong><br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Daí a observação <strong>de</strong> Thomas Sargent (1993), ao criticar a visão <strong>da</strong>s<br />

expectativas racionais e se aproximar (embora apenas parcialmente) <strong>da</strong> visão <strong>de</strong> incerteza<br />

<strong>de</strong> Keynes.<br />

“Quando implementa<strong>da</strong> numérica ou econométricamente, os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> expectativas<br />

racionais atribuem muito mais conhecimento aos agentes <strong>de</strong>ntro dos mo<strong>de</strong>los (que usam<br />

distribuições <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> no estabelecimento <strong>de</strong> suas equações <strong>de</strong> Euler) do que<br />

aquele que é possuído pelos econometristas que estão diante <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> inferência<br />

que os agentes, no mo<strong>de</strong>lo, já resolveram <strong>de</strong> alguma maneira”,(pg.3).<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº /1997

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