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Tomo III.pdf - Ibama

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proximidades da cidade de Itabuna, provavelmente em decorrência da alteração imposta pelo<br />

relevo regional aos ventos e à circulação das frentes frias.<br />

As intensidades médias mais expressivas dos ventos ocorrem do quadrante sudeste a sulsudeste,<br />

entretanto, as maiores correspondem aos ventos do quadrante oeste. São em geral,<br />

fracos (2,8 m/s). Os ventos máximos apresentam pequena variação em relação ao período de<br />

retorno, por exemplo, para 5 anos a intensidade máxima é pouco superior a 18 m/s e para 100<br />

anos a intensidade estimada é inferior a 23 m/s.<br />

A temperatura, umidade relativa, pressão atmosférica, evaporação e insolação apresentam<br />

variação sazonal reduzida. Próximo ao litoral, o balanço hídrico mostra a ocorrência de<br />

excedentes hídricos ao longo de todos os meses do ano. No limite ocidental da AID não são<br />

registrados excedentes hídricos nos inícios da primavera e do verão.<br />

Geologia<br />

A área é caracterizada por quatro domínios geológicos, sintetizados a seguir: as rochas<br />

granulíticas-gnáissicas e sieníticas do embasamento cristalino que ocorre a sul, sudeste e<br />

sudoeste esculpindo relevos mais elevados; as rochas da Bacia Sedimentar de Almada,<br />

formando uma feição rebaixada, e localmente com variações de relevo acentuadas, onde se<br />

localiza a maior parte das intervenções do empreendimento; as coberturas sedimentares<br />

marinhas quaternárias, bordejando a linha de costa e adentrando a bacia do Rio Almada,<br />

sobrepondo, em parte, às rochas sedimentares e do embasamento cristalino e prevalecendo na<br />

área de influência do empreendimento; e os sedimentos Terciários Barreiras recobrindo em<br />

parte as litologias do embasamento cristalino e da bacia sedimentar. Alem destes ocorrem<br />

também os depósitos alúvio-coluvionares relacionados ao sistema de drenagem e recobrindo<br />

as rochas da Bacia do Almada<br />

As rochas cristalinas apresentam-se, excluindo o manto de alteração, como rochas duras de<br />

boa qualidade geotécnica, com resistência e características favoráveis para serem usadas<br />

como pedreira. Estas se põem em contato por falha com os sedimentos da Bacia do Almada, a<br />

sul do empreendimento, esculpindo um relevo mais elevado, com vertentes declivosas.<br />

Constituindo as partes mais elevadas do relevo (cotas superiores a 80 m), sobrepondo tanto os<br />

sedimentos da Bacia do Almada, quanto os terrenos cristalinos, encontram-se os sedimentos<br />

dominantemente arenosos do Grupo Barreiras. Geotecnicamente, estes sedimentos<br />

apresentam-se inconsolidados e friáveis, com baixa coerência, geralmente pouco profundos e<br />

possuem uma elevada permoporosidade, sendo em conseqüência fortemente drenados, onde<br />

predominam processos de infiltração das águas de chuvas. Relativo à capacidade de suporte,<br />

os terrenos dessa unidade apresentam boas condições para obras de pequeno a médio porte.<br />

Esta unidade, face às suas características mineralógicas e texturais extremamente favoráveis,<br />

tem sido largamente utilizada como fonte de areia, cascalho e arenoso genericamente<br />

utilizadas na construção civil.<br />

A esses corpos arenosos atribui-se um papel importante na manutenção do ecossistema local e<br />

regional face às suas características composicionais e de relevo, por funcionar como uma<br />

“esponja”, sendo responsável pela recarga e manutenção do nível da base do freático e das<br />

águas dos rios.<br />

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