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Tomo III.pdf - Ibama

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Das cinco espécies de tartarugas-marinhas, as que tiveram maior relato de ocorrência em<br />

ordem decrescente foram: tartaruga-verde, Chelonia mydas (VU); tartaruga-cabeçuda, Caretta<br />

caretta (EN); tartaruga-oliva, Lepidochelys olivacea (EN); tartaruga-de-pente, Eretmochelys<br />

imbricata (CR) e tartaruga-de-couro, Dermochelys coriacea (CR). A sazonalidade dessas<br />

espécies segundo 64% dos pescadores ocorre durante o ano todo, com maior concentração no<br />

verão (22%). Os impactos relacionados aos quelônios indicados foram relacionados a<br />

artefatos de pesca e ao lixo plástico. Somando-se a estes, acrescenta-se a contaminação<br />

química oriunda das embarcações transeuntes.<br />

A maioria dos pescadores entrevistados citou as áreas determinadas de AID e AII como áreas<br />

de desova de tartarugas indicando a Barrinha como área de predominância de ninhos, os<br />

condomínios Joia do Atlântico e Mar e Sol foram também citados, sendo que as desovas<br />

ocorrem de janeiro a junho. Também foi relatada presença de ninhos na ponta da Tulha e no<br />

porto de Ilhéus.<br />

Unidades de Conservação<br />

Em função de sua importância em termos conservacionistas e de biodiversidade, na área de<br />

estudo existem diversas Unidades de Conservação, dentre as quais destaca-se a APA da<br />

Lagoa Encantada e Rio Almada. Outras UCs de importância são: Parque Estadual da Serra do<br />

Conduru – PESC, APA da Costa de Itacaré/Serra Grande, APA Baía de Camamu, Parque<br />

Municipal da Boa Esperança, Parque Municipal Marinho dos Ilhéus, RPPN Faz. São Paulo,<br />

RPPN Faz. São João, RPPN Faz. Araçari, RPPN Salto Apepique, RPPN Faz. Arte Verde,<br />

RPPN Faz. Sossego, RPPN Reserva Capitão, RPPN Rio Capitão, RPPN Pedra do Sabiá e o<br />

Jardim Botânico de Ilhéus. Destaca-se que as Unidades de Conservação que se encontram no<br />

perímetro de 10 km do empreendimento Porto Sul são o PESC e a RPPN Salto do Apepique.<br />

O empreendimento insere-se ainda no Corredor Central da Mata Atlântica.<br />

População<br />

A população residente na área do entorno da poligonal definida para o novo aeroporto de<br />

Ilhéus, independentemente de sua diversidade socioeconômica, apresenta graus relativamente<br />

elevados de vulnerabilidade social. É possível identificar duas ou mais situações que<br />

caracterizam a vulnerabilidade em praticamente todas as comunidades do entorno. Mesmo nas<br />

localidades do litoral, voltadas para a atividade de veraneio ou turística, é possível encontrar<br />

famílias em situação de pobreza, residências de padrão inadequado, ocupações desordenadas e<br />

em situação de risco ambiental, falta de saneamento, desemprego e falta de ocupação para<br />

jovens maiores de 15 anos, entre outros aspectos.<br />

A principal atividade desenvolvida pela população do entorno é a agricultura de subsistência,<br />

aliada à pesca ribeirinha e aos serviços temporários, sendo que uma mesma família pode<br />

desenvolver duas ou três destas atividades, concomitantemente, para conseguir complementar<br />

sua renda.<br />

Os moradores das localidades situadas na faixa litorânea (ou próximas a esta) estabelecem<br />

uma intricada rede de relações sociais, que envolvem pequenos agricultores, pescadores<br />

artesanais, marisqueiras, prestadores de serviço e outros, que se deslocam sazonalmente entre<br />

as comunidades, seja em busca de trabalhos temporários na atividade turística e em<br />

residências de veraneio, ou para a compra e venda de produtos agrícolas, peixes, mariscos e<br />

iscas para pescadores, artesanato etc. Esses deslocamentos podem ocorrer também para acesso<br />

a atendimento médico.<br />

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