Livro de Estudo - Volume 1 - Portal do Professor - Ministério da ...
Livro de Estudo - Volume 1 - Portal do Professor - Ministério da ...
Livro de Estudo - Volume 1 - Portal do Professor - Ministério da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
saber fazer uso <strong>do</strong> ler e <strong>do</strong> escrever, respon<strong>de</strong>r às exigências <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong><br />
escrita que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> faz continuamente.<br />
Assim, a participação social, o exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e a luta por direitos <strong>de</strong><br />
ca<strong>da</strong> um tem relação com esse letramento.<br />
Uma distinção básica entre alfabetização e letramento está no fato <strong>de</strong> que<br />
po<strong>de</strong>mos ter o grau zero <strong>de</strong> analfabetismo, mas não temos o grau zero <strong>de</strong><br />
letramento. Quer dizer, numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> letra<strong>da</strong>, as pessoas criam, <strong>de</strong> alguma<br />
forma, relações com o mun<strong>do</strong> <strong>da</strong> escrita, ain<strong>da</strong> que não saibam ler.<br />
Portanto, po<strong>de</strong> alguém ser letra<strong>do</strong> sem ser alfabetiza<strong>do</strong>. Exemplo disso: a pessoa<br />
que não sabe ler po<strong>de</strong> saber fazer uma leitura <strong>do</strong> nome <strong>do</strong> ônibus que tem que<br />
tomar, <strong>do</strong> nome <strong>do</strong> hospital on<strong>de</strong> tem consulta ou <strong>do</strong>s nomes <strong>do</strong> produtos que<br />
vai comprar no mercadinho. Ou a pessoa que não sabe escrever uma mensagem,<br />
mas sabe assinar seu nome ou copiar o nome <strong>de</strong> um remédio que tenha<br />
que usar e assim por diante. Ou alguém que procura outra pessoa que leia ou<br />
escreva para ele o que lhe interessa.<br />
Essas pessoas, mesmo não-alfabetiza<strong>da</strong>s, utilizam a leitura e a escrita, ain<strong>da</strong><br />
que por meio <strong>de</strong> outros sujeitos, e apresentam, em muitos momentos <strong>de</strong> sua<br />
fala, “sinais” <strong>da</strong> língua escrita.<br />
Veja este exemplo.<br />
Você vai ler as duas primeiras páginas <strong>de</strong> um livro <strong>de</strong> literatura infantil. Nessa história<br />
vamos conhecer duas formas bem diferentes <strong>da</strong> fala <strong>da</strong> personagem Luciana,<br />
ao que tu<strong>do</strong> indica uma menina <strong>de</strong> seus 7, 8 anos. (No livro, os textos <strong>da</strong>s duas<br />
páginas estão escritos com tipos diferentes. Usamos aqui <strong>do</strong>is tipos também.)<br />
Luciana levantou a pedra coloca<strong>da</strong> no meio <strong>do</strong> canteiro e achou o que queria.<br />
Apontou com o <strong>de</strong><strong>do</strong>.<br />
– Agora você é meu!<br />
16