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O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social

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O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>TIC</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> e a <strong>promoção</strong> <strong>de</strong> <strong>inclusão</strong> <strong>social</strong>...<br />

floresceu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> como Futurelab até equipes<br />

educacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> empresas como a Microsoft, sem falar da profusão <strong>de</strong><br />

laboratórios <strong>de</strong> tecnologia da <strong>educação</strong> sediados em universida<strong>de</strong>s.<br />

Entretanto, enquanto não há muita dúvida <strong>de</strong> que os últimos <strong>de</strong>z<br />

anos <strong>de</strong> formulação <strong>de</strong> políticas tiveram um profundo impacto <strong>na</strong> presença<br />

física <strong>das</strong> <strong>TIC</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> do Reino Unido, um contraponto é que<br />

a muito prometida “transformação” baseada <strong>na</strong> tecnologia da <strong>educação</strong><br />

não se materializou. De fato, muitas questões educacio<strong>na</strong>is e tecnológicas<br />

que a agenda <strong>de</strong> <strong>TIC</strong> do New labour pretendia resolver continuam tão problemáticas<br />

em 2008 como eram em 1997. No que diz respeito à igualda<strong>de</strong><br />

geral, sabemos que o sistema educacio<strong>na</strong>l do Reino Unido continua<br />

profundamente <strong>de</strong>sigual e polarizado, restrito por “expressivas<br />

preocupações sociais com o insucesso (un<strong>de</strong>rachievement), a pobreza e a<br />

exclusão <strong>social</strong>” (Gamarnikow, 2006). Além do mais, o fato <strong>de</strong> a<br />

tecnologia não ter trazido mudanças nos padrões sociais da <strong>educação</strong> do<br />

Reino Unido foi ilustrado, por exemplo, no recente reconhecimento oficial<br />

<strong>de</strong> que “ape<strong>na</strong>s uma em seis escolas e faculda<strong>de</strong>s está recebendo todos<br />

os benefícios do <strong>uso</strong> realmente eficiente da tecnologia” (Crowne,<br />

2007), <strong>de</strong> que iniciativas como UK On-line fizeram pouca diferença em<br />

termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais (UK On-line, 2007) e <strong>de</strong> que o Reino<br />

Unido continua atrás <strong>de</strong> outros países comparáveis em termos <strong>de</strong> competências<br />

em <strong>TIC</strong> (Leitch, 2006). Assim, apesar do governo garantir que<br />

“[sabe] que as pesquisas provam a diferença que as tecnologias da informação<br />

po<strong>de</strong>m trazer” (Jim Knight, in: Woodward, 2008, p. 2), o fato é<br />

que as <strong>TIC</strong> fracassaram em mudar substancialmente a <strong>na</strong>tureza dos resultados<br />

e oportunida<strong>de</strong>s educacio<strong>na</strong>is no Reino Unido, coisa que, há tempo,<br />

o governo nos fez acreditar que aconteceria.<br />

As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s duradouras <strong>na</strong> tecnologia<br />

Do mesmo modo, po<strong>de</strong>ríamos sustentar que a batelada <strong>de</strong> políticas<br />

públicas e sociais pouco fez para remediar as (<strong>de</strong>s)igualda<strong>de</strong>s nos<br />

padrões <strong>de</strong> resultados e oportunida<strong>de</strong>s tecnológicos, chamados popularmente<br />

<strong>de</strong> “<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> digital”. Mesmo enquanto <strong>na</strong>ção, estabelecendo<br />

o que se consi<strong>de</strong>ra como um acesso “universal” às <strong>TIC</strong>, o Reino Unido<br />

<strong>de</strong>scobriu que prover cada cidadão com os meios tecnológicos e as<br />

competências básicas para usar um computador não é um caminho fácil<br />

para superar a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> digital. Pelo contrário, questões mais<br />

824<br />

Educ. Soc., Campi<strong>na</strong>s, vol. 29, n. 104 - Especial, p. 815-850, out. 2008<br />

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