O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social
O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social
O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>TIC</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> e a <strong>promoção</strong> <strong>de</strong> <strong>inclusão</strong> <strong>social</strong>...<br />
816<br />
i) educatio<strong>na</strong>l provision focussed policies which seek to use technologies<br />
to promote equality educatio<strong>na</strong>l opportunities and outcomes;<br />
and ii) technological access focussed policies which seek to<br />
use education to ensure <strong>social</strong> inclusion in terms of technological opportunities<br />
and outcomes. Through a discussion of the <strong>social</strong>, economic<br />
and cultural limitations of these approaches the paper consi<strong>de</strong>rs<br />
a number of issues which lie at the heart of more effective technology<br />
and education in the future.<br />
Key words: ICT. Internet. Digital divi<strong>de</strong>. E-learning. Social inclusion.<br />
Introdução<br />
ste artigo (e o simpósio como um todo) parte da premissa <strong>de</strong><br />
que os formuladores <strong>de</strong> políticas precisam respon<strong>de</strong>r urgentemente<br />
ao <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>TIC</strong> <strong>na</strong> socieda<strong>de</strong> do século XXI. É importante<br />
reconhecer, <strong>de</strong> saída, que esta é uma necessida<strong>de</strong> <strong>social</strong>, econômica, cultural<br />
e política, assim como tecnológica. Estamos vivendo num “mundo<br />
fugaz”, em mudança rápida, no qual as fundações sociais, econômicas,<br />
culturais e políticas da socieda<strong>de</strong> estão sendo re<strong>de</strong>fini<strong>das</strong> numa base<br />
contínua (Gid<strong>de</strong>ns, 2000). A tão propalada globalização da socieda<strong>de</strong><br />
manifesta-se, hoje em dia, <strong>de</strong> vários modos, tais como uma aparente<br />
aceleração do tempo, um encolhimento <strong>de</strong> espaço e uma reconfiguração<br />
<strong>das</strong> relações sociais, segundo linhas inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. Embora as estruturas<br />
tradicio<strong>na</strong>is, como o Estado-<strong>na</strong>ção, conservam uma importância<br />
significativa <strong>na</strong> gover<strong>na</strong>nça da socieda<strong>de</strong>, sua influência está cada<br />
vez mais posta em xeque por outras entida<strong>de</strong>s como as socieda<strong>de</strong>s<br />
trans<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. A maioria dos a<strong>na</strong>listas concorda que essa reformulação<br />
<strong>das</strong> relações sociais <strong>na</strong>sceu não ape<strong>na</strong>s <strong>das</strong> mudanças econômicas, culturais<br />
e políticas, como também do mundo em mudança tecnológica<br />
no qual estamos vivendo. Isso talvez seja mais claramente reconhecível<br />
no surgimento da socieda<strong>de</strong> da informação e da concomitante economia<br />
do conhecimento, <strong>na</strong>s quais a produção, a gestão e o consumo <strong>de</strong><br />
informações e conhecimentos são vistos, hoje em dia, como estando<br />
no cerne da produtivida<strong>de</strong> econômica e do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>social</strong>.<br />
Obviamente, um dos principais aceleradores <strong>de</strong>ssas novas formas <strong>de</strong><br />
socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> economia foi o <strong>de</strong>senvolvimento rápido <strong>de</strong> novas telecomunicações<br />
e <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> computação, nessas três últimas déca<strong>das</strong>.<br />
Os fluxos globais <strong>de</strong> dados, serviços e pessoas, que caracterizam<br />
Educ. Soc., Campi<strong>na</strong>s, vol. 29, n. 104 - Especial, p. 815-850, out. 2008<br />
Disponível em