O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social
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O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>TIC</strong> <strong>na</strong> <strong>educação</strong> e a <strong>promoção</strong> <strong>de</strong> <strong>inclusão</strong> <strong>social</strong>...<br />
sobre a exclusão digital? Se for, como fazer para estimular, manter esse<br />
<strong>de</strong>bate, além <strong>de</strong> agir <strong>de</strong> acordo com ele, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> e entre as <strong>na</strong>ções da<br />
União Européia? To<strong>das</strong> essas questões <strong>de</strong> políticas contra a exclusão digital<br />
<strong>de</strong>veriam ser consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> como assuntos urgentes.<br />
Como garantir um pronto acesso a hardware e software?<br />
Como mostramos, garantir que os indivíduos tenham um acesso<br />
suficiente a hardware e software é um pré-requisito para enfrentar a exclusão<br />
digital. Até hoje, a estratégia dos governos europeus se concentrou<br />
essencialmente no fornecimento <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> acesso comum à<br />
internet em lugares públicos como escolas, bibliotecas, museus e outros<br />
ambientes comunitários. No que diz respeito a ampliar significativamente<br />
o acesso à internet ou a computadores por indivíduos e grupos sociais<br />
que, <strong>de</strong> outro modo, não teriam esse acesso em seus domicílios ou locais<br />
<strong>de</strong> trabalho, o enfoque baseado em “centros comunitários <strong>de</strong> tecnologia”<br />
tem alcançado um sucesso variável (ver Smith & Cook, 2002; Hall<br />
Aitken Associates, 2002; Selwyn et al., 2005). Contudo, existem outras<br />
opções disponíveis, especialmente se consi<strong>de</strong>rarmos que os recursos <strong>de</strong><br />
<strong>TIC</strong>, hoje em dia, vão muito além <strong>de</strong> computadores <strong>de</strong>sktop e conexões<br />
fixas <strong>de</strong> acesso à internet? Os governos, por exemplo, po<strong>de</strong>riam e <strong>de</strong>veriam<br />
fornecer acesso a tecnologias perso<strong>na</strong>liza<strong>das</strong> e móveis ou à televisão<br />
digital interativa, <strong>de</strong> modo semelhante?<br />
Existem várias opções alter<strong>na</strong>tivas a uma abordagem <strong>de</strong> centro<br />
<strong>de</strong> tecnologia comunitário que também po<strong>de</strong>riam ser pon<strong>de</strong>ra<strong>das</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>riam, por exemplo, existir espaços para que o governo interviesse<br />
para distribuir um acesso às <strong>TIC</strong> em áreas on<strong>de</strong> esse fornecimento sofreu<br />
uma “falha <strong>de</strong> mercado”. Para estimular os mercados <strong>de</strong> <strong>TIC</strong> em<br />
casas, locais <strong>de</strong> trabalho e <strong>na</strong> <strong>educação</strong>, essa intervenção po<strong>de</strong>ria tomar<br />
a forma <strong>de</strong> um fornecimento direto <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> <strong>TIC</strong> a populações<br />
carentes ou, ainda, do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> incentivos fiscais ou tarifas reduzi<strong>das</strong> para<br />
mercadorias <strong>de</strong> <strong>TIC</strong>. Existem outras estratégias <strong>de</strong> “computação <strong>de</strong> baixo<br />
custo”, como a redistribuição <strong>de</strong> hardware e software reciclados às<br />
populações carentes, que po<strong>de</strong>m ser revisita<strong>das</strong> (James, 2001). Na Europa,<br />
pelo menos, esta área <strong>de</strong> reciclagem parece conseguir uma<br />
significância aumentada à luz da implementação da diretiva Waste<br />
Electrical and Electronic Equipment (WEEE – Resíduos <strong>de</strong> Equipamentos<br />
Elétricos e Eletrônicos), que fornece um incentivo à reutilização,<br />
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Educ. Soc., Campi<strong>na</strong>s, vol. 29, n. 104 - Especial, p. 815-850, out. 2008<br />
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