investigação das habilidades de memória e nomeação rápida em ...
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INVESTIGAÇÃO DAS HABILIDADES DE MEMÓRIA E NOMEAÇÃO<br />
RÁPIDA EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL *<br />
Luciana Mendonça Alves** †<br />
Vanessa Ferreira Mariz*** ‡<br />
Cintia Roberta Dias Bicalho**** §<br />
Resumo<br />
O presente estudo objetiva averiguar a <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> e <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> <strong>em</strong> alunos com<br />
e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma escola pública <strong>de</strong> Belo Horizonte. Contou<br />
com a participação <strong>de</strong> 107 alunos dos gêneros masculino e f<strong>em</strong>inino, matriculados<br />
entre o 1º ao 5º ano do ensino fundamental, com faixa etária <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> entre 06 a 11<br />
anos. Foram aplicados os testes <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória Visual e Nomeação <strong>rápida</strong>, que<br />
avaliam respectivamente a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rel<strong>em</strong>brar um conhecimento recém<br />
adquirido e o t<strong>em</strong>po gasto pelo participante para nomear uma série <strong>de</strong> estímulos<br />
visuais familiares: objetos e dígitos. Os resultados <strong>de</strong>sta pesquisa revelaram que o<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos alunos s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> escolar é melhor dos que os dos<br />
alunos com queixa. O estudo revelou que o número <strong>de</strong> meninas com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong> é inferior ao dos meninos. Verificou-se ainda que o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nas<br />
tarefas <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual e <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> melhoram com o aumento da ida<strong>de</strong> e<br />
escolarida<strong>de</strong>. Os resultados da análise suger<strong>em</strong> que alterações nos processos <strong>de</strong><br />
<strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual e <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> constitu<strong>em</strong> um indicador <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong>.<br />
Descritores: Aprendizag<strong>em</strong>; Criança; Leitura; Avaliação; M<strong>em</strong>ória <strong>de</strong> Curto Prazo.<br />
Artigo Original:<br />
Elaborado <strong>em</strong>: Janeiro / 2011.<br />
Recebido <strong>em</strong>: Janeiro / 2011.<br />
Publicado <strong>em</strong>: Março / 2011.<br />
* * Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso da Graduação <strong>em</strong> Fonoaudiologia realizado no Centro<br />
Universitário Metodista Izabela Hendrix- Belo Horizonte (MG), Brasil; Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009.<br />
** † Fonoaudióloga graduada pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix – Belo Horizonte<br />
(MG), Brasil; Pós-Doutora <strong>em</strong> Linguística pelo Laboratoire Parole et Langage – França, Doutora <strong>em</strong><br />
Estudos Lingüísticos pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais – UFMG – Belo Horizonte (MG),<br />
Brasil; Docente do curso <strong>de</strong> graduação <strong>em</strong> Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela<br />
Hendrix – Belo Horizonte (MG), Brasil.<br />
*** ‡ Fonoaudióloga graduada pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais – Belo Horizonte (MG),<br />
Brasil; Especialista <strong>em</strong> Audiologia Clínica pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fonoaudiologia: Mestre <strong>em</strong><br />
Ciência da Saú<strong>de</strong> – Área <strong>de</strong> Concentração: Saú<strong>de</strong> da Criança e do Adolescente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais - Belo Horizonte (MG), Brasil.<br />
**** § Fonoaudióloga graduada pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix – Belo Horizonte<br />
(MG), Brasil. E-mail: diasfono@yahoo.com.br<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – Fundação Guimarães Rosa<br />
Página web: www.fgr.org.br l E-mail: bibliotecafgr@fgr.org.br
2 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
INVESTIGATION OF THE SKILLS OF MEMORY AND QUICK<br />
NOMINATION IN PUPILS OF THE BASIC TEACHING<br />
Abstract<br />
This study aimed to <strong>de</strong>termine the m<strong>em</strong>ory and rapid naming in children with and<br />
without learning complaints of a public school in Belo Horizonte. Inclu<strong>de</strong>d the<br />
participation of 107 school children of male and f<strong>em</strong>ale, enrolled between 1 and 5<br />
years, with ages ranging from ages 06 to 11 years and their parents or guardians and<br />
teachers (as). We applied the tests of visual m<strong>em</strong>ory and rapid naming, which assess<br />
the ability to recall a newly acquired knowledge and the time spent by the participant<br />
to name a series of familiar visual stimuli objects and figures. The results of this<br />
research revealed that the stu<strong>de</strong>nt’s acting without complaint. Relative to the gen<strong>de</strong>r<br />
the study revealed that the number of girls with learning difficulty belongs inferior to<br />
the to the boys. It was verified although the acting in the tasks of visual m<strong>em</strong>ory and<br />
fast nomination gets better with the increase of the age and education. The results of<br />
the analysis suggest that alterations in the processes of visual m<strong>em</strong>ory and fast<br />
nomination constitute an indicator of learning difficult.<br />
Keywords: Learning; Reading; Evaluation; M<strong>em</strong>ory of Short Period.<br />
Original Article:<br />
Prepared on: January / 2011.<br />
Received: January / 2011.<br />
Published: March / 2011.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 2 <strong>de</strong> 19
1 INTRODUÇÃO<br />
Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 3<br />
De acordo com Mota, et al. (2006), o ato <strong>de</strong> alfabetizar abrange a aprendizag<strong>em</strong> da<br />
leitura e escrita, constituindo um extraordinário instrumento para o discernimento<br />
humano.<br />
Schirmer, Fontura e Nunes (2004), relatam que as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong><br />
diz<strong>em</strong> respeito às alterações no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do aprendizado da<br />
leitura, escrita e raciocínio lógico-mat<strong>em</strong>ático, po<strong>de</strong>ndo estar relacionada ao déficit<br />
<strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> oral. Segundo Salles e Parente (2006), tais dificulda<strong>de</strong>s têm sido<br />
constant<strong>em</strong>ente relata<strong>das</strong> no âmbito escolar e clínico, constituindo, portanto, um<br />
assunto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse multidisciplinar.<br />
Conforme Capellini e Lan (2008) ao ingressar no processo escolar a criança <strong>de</strong>ve<br />
adquirir um conjunto <strong>de</strong> <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> e competências que são fundamentais para<br />
aquisição dos <strong>de</strong>mais saberes que serão acionados. Para a competência da leitura<br />
são necessárias <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> cognitivas, perceptivo-lingüísticas, que englobam a<br />
habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> focalizar a atenção, concentração e o seguimento <strong>de</strong> instruções,<br />
habilida<strong>de</strong> para enten<strong>de</strong>r e interpretar a língua, <strong>de</strong>senvolvimento e expansão do<br />
vocabulário e fluência na leitura. Schirmer, Fontoura e Nunes (2004), afirmam que<br />
para o aprendizado da escrita é necessária uma combinação <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />
biológicos e ambientais, b<strong>em</strong> como integrida<strong>de</strong> motora, sensório perceptual e<br />
socio<strong>em</strong>ocional (possibilida<strong>de</strong>s reais que o meio proporciona <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />
quantida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e constância <strong>de</strong> estímulos).<br />
Muitas pesquisas têm revelado a importância da habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se processar<br />
símbolos e consciência fonêmica para a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura. Segundo Cardoso e<br />
Pennington (2001), a rapi<strong>de</strong>z favorece a leitura textual fluente, logo, julga-se então,<br />
que a habilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>em</strong> tarefas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento<br />
correlaciona-se com medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> leitura.<br />
De acordo com Capellini, Ferreira, Salgado e Ciasca (2001), enten<strong>de</strong>-se por<br />
<strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong> a capacida<strong>de</strong> do indivíduo i<strong>de</strong>ntificar e reconhecer um<br />
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4 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
objeto, ativar o seu nome e produzi-lo oralmente. A i<strong>de</strong>ntificação e reconhecimento<br />
acontec<strong>em</strong> por meio da distinção da aparência, traçado, orientação e disposição do<br />
objeto. Após o reconhecimento os substantivos apropriados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser ativados<br />
entre os conceitos armazenados no léxico mental, <strong>de</strong>vendo ocorrer<br />
conseqüent<strong>em</strong>ente uma organização fonoarticulatória para que a resposta<br />
específica possa ser executada.<br />
Pesquisas atuais enfatizam que crianças com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> po<strong>de</strong>m<br />
ter também dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso ao léxico <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> modificações <strong>em</strong><br />
diferentes níveis <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dados. Estas pesquisas também <strong>de</strong>monstram<br />
que existe uma íntima relação entre a <strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong>, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
acesso à <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> <strong>de</strong> curto prazo e a <strong>nomeação</strong> fonológica, enfatizando a influência<br />
<strong>de</strong>stas <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> no progresso da leitura (FERREIRA, CAPELLINI, CIASCA,<br />
TONELOTTO, 2003).<br />
Na literatura, Capovilla, Ferracini, Dias, Trevisan e Montiel (2007) mencionam a<br />
habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> como uma <strong>das</strong> <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> lingüísticas que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />
pesquisa<strong>das</strong> numa avaliação <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>, pois esta habilida<strong>de</strong> é essencial para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da linguag<strong>em</strong> oral e está relacionada à aquisição da linguag<strong>em</strong><br />
escrita.<br />
Em estudos recentes Ferreira, Capellini, Ciasca e Tonelotto (2003) relatam que<br />
gran<strong>de</strong> parte dos indivíduos com défices <strong>de</strong> leitura também possu<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>s na<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processar quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos familiares, estímulos como letras,<br />
números, cores e objetos simples.<br />
Tendo-se <strong>em</strong> vista o relato <strong>de</strong> Stavinin e Scheuer (2005), presume-se que as<br />
<strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> processamento fonológico, no que se refere à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
processamento, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham um papel importante na aquisição da leitura.<br />
Acredita-se então que o t<strong>em</strong>po gasto para uma criança conferir uma informação<br />
visual e/ou na imag<strong>em</strong> po<strong>de</strong> indicar dificulda<strong>de</strong>s na <strong>nomeação</strong> e na leitura,<br />
levantando suspeitas sobre <strong>de</strong>senvolvimento tanto da linguag<strong>em</strong> como cognitivo.<br />
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Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 5<br />
Denckla e Ru<strong>de</strong>l (1974) por meio <strong>de</strong> pesquisas com o intuito <strong>de</strong> avaliar a <strong>nomeação</strong><br />
seriada <strong>rápida</strong>, <strong>de</strong>scobriram que esta habilida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> contribuído para <strong>de</strong>terminar<br />
padrão <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> <strong>em</strong> diferentes modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
processamento. A partir <strong>de</strong> avaliações volta<strong>das</strong> para estas tarefas (Miranda,<br />
Baixauli, Soriano e Presentación (2003) verificaram que é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />
alterações na leitura, o que ocasiona um maior interesse pela ampliação <strong>de</strong> projetos<br />
<strong>de</strong> intervenção que estimul<strong>em</strong> a automatização <strong>de</strong> acesso ao léxico e da<br />
compreensão da leitura.<br />
Outra habilida<strong>de</strong> que se relaciona com a competência <strong>de</strong> leitura e escrita é a<br />
<strong>m<strong>em</strong>ória</strong> viso-espacial. Várias discussões têm sido realiza<strong>das</strong> a respeito <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>scobrir e revelar a forma pela qual a informação visual é reproduzida na <strong>m<strong>em</strong>ória</strong><br />
(LOPES, LOPES, GALERA, 2005).<br />
Conforme Souza e Sisto (2001), tudo o que a criança retém, seu aprendizado <strong>em</strong><br />
relação ao mundo, diz respeito à <strong>m<strong>em</strong>ória</strong>. A recordação <strong>de</strong> listas, palavras, letras e<br />
imagens também é <strong>m<strong>em</strong>ória</strong>. Portanto, a <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> exerce uma gran<strong>de</strong> influência<br />
para a aprendizag<strong>em</strong> e conseqüent<strong>em</strong>ente para uma melhor condição <strong>de</strong> vida.<br />
Segundo Alves e Ribeiro (2008), a <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> é um processo cognitivo que influencia<br />
diretamente a aprendizag<strong>em</strong>. Na busca <strong>de</strong> parâmetros concretos para o<br />
entendimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> informação, surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprofundar nos estudos sobre a <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> <strong>de</strong> curto prazo, tendo <strong>em</strong> vista que esta é<br />
essencial para que a aprendizag<strong>em</strong> seja efetivada.<br />
A <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual <strong>de</strong> curta duração refere-se à habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acionar estímulos<br />
visuais, suscitando, percebendo, registrando, investigando, manuseando e<br />
modificando as imagens visuais. Mediante processamento visual o conhecimento é<br />
aprendido <strong>em</strong> curto período <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po. Logo, uma <strong>de</strong>ficiência nessa habilida<strong>de</strong> gera<br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> rel<strong>em</strong>brar um conhecimento recém-adquirido (SANTOS, PRIMI,<br />
2005).<br />
Pinheiro (2008), afirma que sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> análise visual é o responsável pela 1ª etapa<br />
do reconhecimento da palavra escrita. A i<strong>de</strong>ntificação é realizada através <strong>de</strong> um<br />
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6 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
processo <strong>de</strong> ativação e inibição <strong>de</strong> cada uma <strong>das</strong> letras que compõe uma palavra,<br />
<strong>de</strong>signando <strong>de</strong>sta forma, um código interno <strong>de</strong> letra. Tendo como ex<strong>em</strong>plo a letra<br />
“T”, sugere-se que o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> análise visual ocorra da seguinte maneira: to<strong>das</strong> as<br />
letras que possu<strong>em</strong> uma linha reta vertical como o “E”, “F” e “T” são aciona<strong>das</strong> e as<br />
que não contêm uma linha reta na parte superior como “H”, “L”, “N” e “Y são<br />
bloquea<strong>das</strong>. O “T” possui uma linha vertical central, mas o “E” e o “F” não t<strong>em</strong>,<br />
sendo estas, portanto elimina<strong>das</strong>. O mesmo processo ocorre com to<strong>das</strong> as letras <strong>de</strong><br />
uma palavra.<br />
Professores na relação diária com os alunos constataram que muitas crianças ao<br />
escrever<strong>em</strong> no quadro, ao realizar<strong>em</strong> trabalhos <strong>de</strong> casa, ao escrever<strong>em</strong><br />
composições e <strong>de</strong>mais produções escritas comet<strong>em</strong> erros ortográficos. Estes<br />
professores recorreram às aulas <strong>de</strong> apoio pedagógico <strong>em</strong> que foram trabalha<strong>das</strong> a<br />
leitura, interpretação e resolução <strong>de</strong> questionários, contudo não obtiveram sucesso,<br />
os erros permaneceram. Mediante a constatação, os docentes então observaram<br />
uma <strong>de</strong>ficiência na <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> auditiva e visual <strong>de</strong>stas crianças (SERRA, VIEIRA,<br />
2006).<br />
Tendo <strong>em</strong> vista que a <strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong> e a <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual são<br />
processos que contribu<strong>em</strong> para a aprendizag<strong>em</strong> da leitura e escrita, presume-se<br />
então que a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada modificação <strong>em</strong> um <strong>de</strong>stes processos<br />
ocasionará <strong>em</strong> prejuízos na aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong>stas <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong>. Desta forma, este<br />
estudo teve por objetivo verificar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos testes <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> automática<br />
<strong>rápida</strong> e <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual, <strong>em</strong> alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental <strong>de</strong> uma<br />
escola da re<strong>de</strong> pública da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte com e s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, correlacionando o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho entre os gêneros, ida<strong>de</strong> e<br />
escolarida<strong>de</strong>.<br />
2 MÉTODOS<br />
O estudo foi <strong>de</strong> cunho transversal observacional com <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> caso controle.<br />
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa (CEP) do Centro<br />
Universitário Metodista Izabela Hendrix, <strong>de</strong> acordo com parecer n o 283b/2009.<br />
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Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 7<br />
A pesquisa teve a participação <strong>de</strong> 107 alunos do gênero masculino e f<strong>em</strong>inino com<br />
ida<strong>de</strong> compreendida entre 6 a 11 anos, matricula<strong>das</strong> do 1º ao 5º ano do ensino<br />
fundamental <strong>de</strong> uma escola pública na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte. A escolha por<br />
esta faixa <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>u <strong>em</strong> função <strong>de</strong> ser um período a qual o estudante<br />
está plenamente inserido no contexto escolar, <strong>em</strong> uma época <strong>em</strong> que normalmente<br />
são diagnosticados os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. O critério <strong>de</strong> seleção da escola<br />
foi <strong>de</strong>vido ao interesse apresentado pela direção da mesma e pela disponibilização<br />
<strong>de</strong> sala para a aplicação dos testes pela pesquisadora.<br />
Antes do início da pesquisa foi encaminhada à direção da escola uma carta<br />
solicitando a permissão para realização da pesquisa. Após a autorização da<br />
direção, os responsáveis pelos alunos participantes, b<strong>em</strong> como seus professores<br />
foram orientados e receberam o Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido. Os<br />
alunos também foram orientados e receberam o Termo <strong>de</strong> Assentimento.<br />
Participaram da pesquisa, somente os pais ou responsáveis, professores e alunos<br />
que entregaram o Termo <strong>de</strong> Consentimento e Termo <strong>de</strong> Assentimento<br />
respectivamente assinados às pesquisadoras.<br />
A divisão <strong>das</strong> crianças <strong>em</strong> grupos <strong>de</strong> alunos com e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong><br />
aconteceu mediante a análise do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho obtido <strong>em</strong> dois bimestres<br />
consecutivos, <strong>em</strong> avaliações que exigiam conteúdos referentes à leitura e escrita e<br />
indicados pelos professores. Após a realização <strong>de</strong> uma anamnese com os<br />
professores e pais dos alunos, foi possível obter informações referentes a possíveis<br />
dificulda<strong>de</strong>s apresenta<strong>das</strong> pela criança, dados sobre o seu <strong>de</strong>senvolvimento global,<br />
os aspectos referentes à aprendizag<strong>em</strong> da fala, da linguag<strong>em</strong>, do aprendizado<br />
escolar e o histórico <strong>de</strong> doenças.<br />
Após a análise do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos alunos <strong>em</strong> dois bimestres consecutivos, foram<br />
escolhidos e classificados como s<strong>em</strong> queixas os alunos que obtiveram <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />
satisfatório <strong>de</strong> 60% (sessenta por cento) <strong>em</strong> 2 (dois) bimestres consecutivos <strong>em</strong><br />
avaliações que exigiam conteúdo referente a leitura e escrita indicados pelos<br />
professores (CAPELLINI, FERREIRA, SALGADO, CIASCA, 2007, CAPELLINI,<br />
SAMPAIO, PANDULA, SANTOS, LORENCENTTI, SMYTHE, 2009). Foram<br />
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8 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
consi<strong>de</strong>rados com queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> as crianças com<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho inferior a 59% (cinqüenta por cento) <strong>em</strong> 2 (dois) bimestres<br />
consecutivos <strong>em</strong> avaliações que exigiam conteúdo referente a leitura e escrita<br />
indicado pelos professores (AVILA, CARVALHO, KIDA, 2009, CAPELLINI,<br />
SAMPAIO, PANDULA, SANTOS, LORENCENTTI, SMYTHE, 2009). A partir <strong>de</strong>sta<br />
lista classificatória foram escolhidos os sujeitos classificados como s<strong>em</strong> queixas,<br />
com bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nas notas, <strong>de</strong> modo a compor o número amostral <strong>de</strong> 82<br />
estudantes s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> oral e escrita, e os alunos que<br />
foram classificados com <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho inferior compuseram o grupo <strong>das</strong> 25 crianças<br />
com queixas.<br />
To<strong>das</strong> crianças incluí<strong>das</strong> foram submeti<strong>das</strong> aos Testes <strong>de</strong> Nomeação Automática<br />
Rápida e <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória Visual do Protocolo <strong>de</strong> Avaliações <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Cognitivo-<br />
Lingüísticas (CAPELLINI, IAN, 2008). O Teste <strong>de</strong> Nomeação Automática Rápida é<br />
subdividido <strong>em</strong> uma <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> <strong>de</strong> figuras on<strong>de</strong> é mostrada uma seqüência<br />
<strong>de</strong> figuras (casa, elefante, bola e relógio) distribuí<strong>das</strong> <strong>de</strong> forma aleatória <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<br />
fileiras, nas quais a criança foi instruída a nomear estas figuras <strong>de</strong> cima para baixo e<br />
da direita para a esquerda o mais rápido possível que conseguisse, e consta<br />
também <strong>de</strong> uma <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> <strong>de</strong> dígitos, on<strong>de</strong> é mostrada uma seqüência <strong>de</strong><br />
números distribuídos <strong>em</strong> cinco fileiras com doze dígitos cada uma. Na <strong>nomeação</strong><br />
<strong>rápida</strong> <strong>de</strong> dígitos a criança foi orientada a nomear a seqüência <strong>de</strong> dígitos <strong>de</strong> cima<br />
para baixo e da direita para a esquerda, o mais rápido que ela conseguisse. Os<br />
números são distribuídos <strong>em</strong> cinco fileiras, o participante foi solicitado a começar<br />
nomeando os números da primeira linha, <strong>de</strong>pois da segunda e assim por diante.<br />
Para <strong>nomeação</strong> dos dígitos, o examinador precisou se certificar se o participante<br />
conhecia os números <strong>de</strong> 1 a 9, solicitando que a criança nomeasse os mesmos. Já o<br />
Teste <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória Visual consiste na apresentação <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> figuras,<br />
esta seqüência vai aumentando, começa com 2 figuras e acaba com 5 figuras. Foi<br />
requerido que a criança observasse cada seqüência prestando atenção nos <strong>de</strong>talhes<br />
(or<strong>de</strong>m e posição) durante 10 segundos, <strong>de</strong>pois as figuras foram retira<strong>das</strong> pelo<br />
examinador e a criança teve que colocar as figuras na or<strong>de</strong>m e posição que foram<br />
apresenta<strong>das</strong> anteriormente. Neste último é observada <strong>em</strong> cada seqüência a<br />
presença ou não <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> reversão (quando o estudante coloca as figuras fora <strong>de</strong><br />
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Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 9<br />
or<strong>de</strong>m) e os erros <strong>de</strong> rotação (quando o estudante coloca alguma figura na posição<br />
errada).<br />
Os testes com duração média <strong>de</strong> 10 minutos, foram realizados individualmente na<br />
escola <strong>em</strong> horário extra turno do aluno, sendo que sua aplicação foi pré agendada<br />
com os pais ou responsáveis, com objetivo <strong>de</strong> não prejudicá-lo no conteúdo<br />
curricular. Os testes foram administrados pelas pesquisadoras, que se<br />
responsabilizaram <strong>em</strong> utilizar os dados coletados somente para pesquisa e <strong>de</strong><br />
vincular os resultados por meio <strong>de</strong> artigos científicos <strong>em</strong> revistas especializa<strong>das</strong> e/ou<br />
encontros científicos, s<strong>em</strong> tornar possível a i<strong>de</strong>ntificação da criança.<br />
Os critérios <strong>de</strong> inclusão adotados para a pesquisa foram os alunos ser<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>vidamente matriculados na escola pesquisada, entre o 1 o e 5 o ano do ensino<br />
fundamental, estes <strong>de</strong>veriam ter o Termo <strong>de</strong> Consentimento assinado pelos<br />
responsáveis e não podiam apresentar probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que direta ou<br />
indiretamente interferiss<strong>em</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento da linguag<strong>em</strong> indicado pela<br />
conversa realizada com professores e pais. Já os critérios <strong>de</strong> exclusão foram as<br />
crianças cujos responsáveis não assinaram o Termo <strong>de</strong> Consentimento e as que<br />
apontaram algum quadro patológico não relacionado aos distúrbios da linguag<strong>em</strong><br />
escrita.<br />
Para a realização da pesquisa os alunos foram divididos com e s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong><br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, por ida<strong>de</strong> e por escolarida<strong>de</strong>.<br />
O suporte para o tratamento estatístico dos dados foi feito da seguinte forma: foram<br />
calcula<strong>das</strong> médias, o respectivo <strong>de</strong>svio padrão e o coeficiente <strong>de</strong> variação para cada<br />
variável estudada, <strong>em</strong> cada grupo pesquisado. Em seguida, foi conduzida uma<br />
comparação entre os grupos e, para cada comparação, foi investigado se a<br />
diferença entre as médias é estatisticamente significativa, utilizando-se a análise <strong>de</strong><br />
variância ANOVA. O nível <strong>de</strong> significância utilizado será <strong>de</strong> 5% (p < 0,05).<br />
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10 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
3 RESULTADOS<br />
A análise estatística dirigida possibilitou a comparação dos resultados dos testes <strong>de</strong><br />
<strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong> e <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual entre 3 diferentes variáveis: gênero,<br />
ida<strong>de</strong>/ escolarida<strong>de</strong> e alunos com e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> escolar.<br />
A amostra foi composta <strong>de</strong> 107 escolares, sendo que 82 alunos não apresentavam<br />
queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, correspon<strong>de</strong>ndo a um total <strong>de</strong> 77,57% e 25,<br />
ou seja, 22,43% apresentavam tais queixas. Dos 107 escolares 44,85% são do<br />
gênero f<strong>em</strong>inino e 55,18% são do sexo masculino.<br />
O Gráfico 1 <strong>de</strong>monstra que ao comparar na amostra total o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho escolar do<br />
gênero masculino e f<strong>em</strong>inino, o gênero f<strong>em</strong>inino obteve um melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho que<br />
o gênero masculino, sendo que 41,12% <strong>das</strong> meninas não apresentaram queixa e<br />
3,74% apresentam. Em relação aos meninos 36,44% não apresentam queixa <strong>de</strong><br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> e 18,69% apresentam.<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Queixa<br />
Sexo<br />
3,73832<br />
41,1215<br />
Com S<strong>em</strong><br />
F<strong>em</strong>inino<br />
GRÁFICO 1 − Distribuição da amostra por gênero e queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>.<br />
Fontes: Dados da pesquisa.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 10 <strong>de</strong> 19<br />
18,6916<br />
36,4486<br />
Com S<strong>em</strong><br />
Masculino
Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 11<br />
Na TAB.1 constata-se que 86,92% do total da amostra, não cometeram erros <strong>de</strong><br />
reversão no cartão com duas seqüências, 12,15% apresentaram 1 erro <strong>de</strong> reversão,<br />
0,93% apresentaram 2 erros e assim sucessivamente. Ainda na TAB. 1, referente<br />
ao teste <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong>, verifica- se que 82% da amostra, não cometeram<br />
erros na <strong>nomeação</strong> <strong>de</strong> figura e ou dígitos, 7,48% cometeram 1 erro e assim<br />
sucessivamente. O t<strong>em</strong>po médio na <strong>nomeação</strong> <strong>de</strong> figuras foi <strong>de</strong> 1min e 3s, o t<strong>em</strong>po<br />
mínimo foi <strong>de</strong> 25s e o t<strong>em</strong>po máximo 1min e 42s. Na primeira <strong>nomeação</strong> <strong>de</strong> dígitos o<br />
t<strong>em</strong>po médio foi <strong>de</strong> 2min e 43s, o t<strong>em</strong>po mínimo foi <strong>de</strong> 27s e o t<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong> 6<br />
minutos. Na segunda <strong>nomeação</strong> <strong>de</strong> dígitos obteve-se o t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> 2min e 23s,<br />
o t<strong>em</strong>po mínimo <strong>de</strong> 26s e o t<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong> 4min e 19s.<br />
M<br />
E<br />
M<br />
Ó<br />
R<br />
I<br />
A<br />
V<br />
I<br />
S<br />
U<br />
A<br />
L<br />
N<br />
O<br />
M<br />
E<br />
A<br />
Ç<br />
Ã<br />
O<br />
TABELA 1<br />
Erros cometidos pelos alunos com e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> no teste <strong>de</strong><br />
<strong>m<strong>em</strong>ória</strong> e velocida<strong>de</strong>/ t<strong>em</strong>po médio, mínimo e máximo obtidos no teste <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong>.<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 2<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 3<br />
Sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 4<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 5<br />
sequências<br />
Nenhum<br />
Erro<br />
86,92%<br />
72,00%<br />
16%<br />
10,00%<br />
1 Erro 2 Erros 3 Erros 4 Erros<br />
2,15%<br />
24,00%<br />
59,81%<br />
43,93%<br />
0,93%<br />
4,00%<br />
24,30%<br />
44,86%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
0,93%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
5 Ou Mais<br />
Erros<br />
Erros <strong>de</strong> rotação 40,00% 27,10% 16,82% 4.67% 9,35% 1,86%<br />
T<strong>em</strong>po<br />
Médio<br />
T<strong>em</strong>po<br />
Mínimo<br />
T<strong>em</strong>po<br />
Máximo<br />
Figuras 1min E 3s 25s 1min E 42s<br />
Dígitos 1 a Vez 2min E 43s 27s 5 Min<br />
Dígitos 2 a Vez 2min E 23s 26s 4 Min E 19s<br />
Fonte: Dados da pesquisa<br />
Erros 82,00% 7,48% 2,80% 1,87% 0,93% 4,65%<br />
Na checag<strong>em</strong> do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho escolar por série, obteve-se o resultado <strong>de</strong> que<br />
nenhum dos alunos do 4 o ano apresentou queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>.<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 11 <strong>de</strong> 19
12 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
Ao analisar os dados <strong>de</strong> alunos com queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>,<br />
constatou-se que nas tarefas <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual e <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong>, foram<br />
verificados resultados estatisticamente significativos, visto que o valor <strong>de</strong> P no teste<br />
<strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual foi 0,001 e no teste <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> foi <strong>de</strong> 0,000.<br />
A TAB. 2 <strong>de</strong>monstra que no geral alunos <strong>de</strong> maior escolarida<strong>de</strong> apresentam melhor<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual.<br />
TABELA 2<br />
Erros cometidos pelos alunos do 1 o ao 5 o ano com e s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> no<br />
teste <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual<br />
M<br />
E<br />
M<br />
Ó<br />
R<br />
I<br />
A<br />
V<br />
I<br />
S<br />
U<br />
A<br />
L<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 2<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 3<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 4<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong> reversão<br />
cartão com 5<br />
sequências<br />
Erros <strong>de</strong><br />
rotação<br />
Fonte: Dados da pesquisa<br />
Número<br />
De Erros<br />
0<br />
1<br />
2<br />
Escolarida<strong>de</strong><br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 12 <strong>de</strong> 19<br />
0<br />
1<br />
2<br />
0<br />
1<br />
2<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
1 o Ano 2 o Ano 3 o Ano 4 o Ano 5 o Ano<br />
94,44%<br />
5,56%<br />
0,00%<br />
61,11%<br />
27,78%<br />
11,11%<br />
11,11%<br />
38,89%<br />
50,00%<br />
0,00%<br />
38,89%<br />
61,11%<br />
0,00%<br />
33,33%<br />
11,11%<br />
22,22%<br />
0,00%<br />
33,33%<br />
0,00%<br />
0,00%<br />
84,62%<br />
15,38<br />
0,00%<br />
80,77%<br />
19,23%<br />
0,00%<br />
26,92%<br />
61,54%<br />
11,54%<br />
3,85%<br />
53,85%<br />
42,31%<br />
0,00%<br />
34,62%<br />
38,46%<br />
15,38%<br />
7,68%<br />
3,85%<br />
0,00%<br />
0,00%<br />
80,00%<br />
15,00%<br />
5,00%<br />
60,00%<br />
35,00%<br />
5,00%<br />
5,00%<br />
75,00%<br />
20,00%<br />
10,00%<br />
55,00%<br />
35,00%<br />
0,00%<br />
15,00%<br />
25,00%<br />
30,00%<br />
10,00%<br />
10,00%<br />
5,00%<br />
5,00%<br />
83,33%<br />
16,67%<br />
0,00%<br />
79,17%<br />
20,83%<br />
0,00%<br />
16,27%<br />
62,50%<br />
20,83%<br />
16,67%<br />
50,00%<br />
29,17%<br />
4,17%<br />
58,33%<br />
29,17%<br />
8,33%<br />
4,17%<br />
0,00%<br />
0,00%<br />
0,00%<br />
94,24%<br />
5,26%<br />
0,00%<br />
73,68%<br />
21,05%<br />
5,26%<br />
15,79%<br />
57,89%<br />
26,32%<br />
21,05%<br />
15,79%<br />
63,16%<br />
0,00%<br />
57,89%<br />
26,32%<br />
10,53%<br />
0,00%<br />
5,26%<br />
0,00%<br />
0,00%<br />
A TAB. 3 apresenta as médias <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po obti<strong>das</strong> pelos estudantes do 1 o , 2 o , 3 o , 4 o e<br />
5 o ano quanto à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong>. Observa-se que o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong>,<br />
b<strong>em</strong> como o número <strong>de</strong> erros tanto para figura quanto para dígito diminui com o<br />
aumento da escolarização.
Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 13<br />
TABELA 3<br />
Velocida<strong>de</strong>/ t<strong>em</strong>po médio, mínimo e máximo, alcançados pela amostra.<br />
SÉRIE TEMPO MÉDIO TEMPO MÍNIMO TEMPO MÁXIMO<br />
FIGURAS 1 o 1min e 31s 34s 1min e 48s<br />
2 o 1min e 14s 30s 1min e 19s<br />
3 o 1min e 8s 25s 1min e 12s<br />
4 o 39s 27s 52s<br />
5 o 37s 26s 48s<br />
1 o 1min e 34s 39s 2min e 29s<br />
DÍGITOS 2 o 3min e 7s 35s 5min<br />
1 a VEZ 3 o 1min e 6s 1mine 3s 1min e 3s<br />
4 o 43s 58s 58s<br />
5 o 39s 52s 52s<br />
1 o 1min e 4s 2min e 52s 2min e 52s<br />
DÍGITOS 2 o 2min e 28s 4min e 19s 4min e 19s<br />
2 a VEZ 3 o 48s 1min e 8s 1min e 8s<br />
4 o 1min e 30s 1min e 52s 1min e 25s<br />
5 o 39 s 52s 52s<br />
ESCOLARIDADE<br />
1 o 2 o 3 o 4 o 5 o<br />
0 44,44% 73,08% 100,00% 91,67% 100,00%<br />
1 16,67% 19,23% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
2 11,11% 3,85% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
3 0,00% 0,00% 0,00% 8,33% 0,00%<br />
ERROS 4 5,56% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
NA 5 5,56% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
NOMEAÇÃO 6 5,56% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
7 5,56% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
9 5,56% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
18 0,00% 3,85% 0,00% 0,00% 0,00%<br />
Fonte: Dados da pesquisa<br />
4 DISCUSSÃO<br />
A presente pesquisa objetivou verificar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos testes <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong><br />
automática <strong>rápida</strong> e <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual <strong>em</strong> alunos do 1º ao 5º ano do ensino<br />
fundamental <strong>de</strong> uma escola da re<strong>de</strong> pública da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte com e s<strong>em</strong><br />
queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, conforme a ida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong>.<br />
Por meio da pesquisa verificou-se que 22% dos 107 alunos presentes na amostra,<br />
possuíam queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. Tais achados representam um<br />
resultado ligeiramente inferior ao apresentado na literatura por Schirmer, Fontoura e<br />
Nunes (2004) e por Capovilla, Capovilla e Suiter (2004) que comprovam que 40%<br />
<strong>das</strong> crianças que cursam o ensino fundamental no Brasil possu<strong>em</strong> histórico <strong>de</strong><br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 13 <strong>de</strong> 19
14 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> e que <strong>em</strong> média 78% dos 10000 casos atendidos <strong>em</strong><br />
clínicas- escola correspon<strong>de</strong>m a queixas <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as relativos à leitura e escrita.<br />
O Gráfico 1 (página 10) <strong>de</strong>monstra que na variável gênero ao comparar masculino e<br />
f<strong>em</strong>inino, constatou-se que as meninas possu<strong>em</strong> melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho escolar do<br />
que os meninos, corroborando com os achados da literatura (CARVALHO, 2004,<br />
GARDINAL, MATURANO, 2007).<br />
No que se refere à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento, ao contrário do que <strong>de</strong>monstra<br />
Ferreira, Capelinni, Ciasca e Tonelotto (2003) e Alves e Bicalho (2008), as figuras<br />
foram nomea<strong>das</strong> com maior rapi<strong>de</strong>z e facilida<strong>de</strong> do que os dígitos (TAB. 1 – página<br />
11). Presume-se que as figuras foram nomea<strong>das</strong> <strong>em</strong> menor t<strong>em</strong>po por ser<strong>em</strong><br />
precoc<strong>em</strong>ente aprendi<strong>das</strong>.<br />
Foi checada a atuação <strong>de</strong> alunos com e s<strong>em</strong> queixa <strong>em</strong> cada teste. No teste <strong>de</strong><br />
<strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong>, os resultados mostraram que os estudantes s<strong>em</strong><br />
queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> obtiveram <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho significativamente<br />
melhor aos dos com probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. Tais resultados coinci<strong>de</strong>m com a<br />
literatura que ratificam que os alunos com déficit <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> apresentam<br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> nomear rapidamente uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos familiares<br />
(CARDOSO, PENNINGTON, 2001, FERREIRA, CAPELLINI, CIASCA,<br />
TONELOTTO, 2003, CAPELLINI, SAMPAIO, PADULA, SANTOS, LORENCENTTI,<br />
2009). No teste <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual estes alunos apresentaram resultados<br />
expressivamente inferiores, indicando conforme Alves e Ribeiro (2008) e Capovilla,<br />
Capovilla e Suiter (2004) que o déficit nesta habilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> estar relacionado ao<br />
fracasso escolar <strong>de</strong>stes indivíduos.<br />
De forma geral, como cogitava as pesquisadoras, a influência da ida<strong>de</strong> e<br />
escolarida<strong>de</strong> no processamento visual foi confirmada estatisticamente (TAB. 2 –<br />
página 12). Tal resultado condiz com a literatura que <strong>de</strong>monstra que a média<br />
alcançada nas tarefas <strong>de</strong> <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual é gradativa com o aumento da ida<strong>de</strong> e,<br />
consequent<strong>em</strong>ente, ao nível escolar. Segundo Alves e Ribeiro (2008), este<br />
resultado <strong>de</strong>ve-se ao fato dos alunos <strong>de</strong> séries mais avança<strong>das</strong> possuír<strong>em</strong> uma<br />
maior maturação do processamento visual.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 14 <strong>de</strong> 19
Luciana Mendonça Alves l Vanessa Ferreira Mariz l Cintia Roberta Dias Bicalho 15<br />
Analisando as variáveis ida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong> no teste <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> automática<br />
<strong>rápida</strong>, encontramos um resultado similar ao apresentado por Ferreira, Capellini,<br />
Ciasca e Tonelotto (2003) e conforme Capellini, Sampaio, Padula, Santos, Lorencetti<br />
e Smythe (2009) que evi<strong>de</strong>nciam que o aumento <strong>de</strong>stas variáveis acarreta<br />
diminuição no t<strong>em</strong>po gasto na <strong>nomeação</strong> (TAB. 3 – página 13). De acordo com<br />
D<strong>em</strong>o (2007) tal resultado po<strong>de</strong> ser explicado <strong>de</strong>vido a maturação do<br />
processamento geral <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> acontecer com o aumento da ida<strong>de</strong> e<br />
escolarida<strong>de</strong>.<br />
Unida<strong>de</strong>s amostrais com alunos com e s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> escolar, do 4 o e 5 o<br />
ano apresentaram melhores resultados nos testes administrados, confirmando os<br />
achados <strong>de</strong> Alves e Ribeiro (2008) que esclarec<strong>em</strong> que acontece uma melhora<br />
gradativa com o aumento da ida<strong>de</strong> e consequent<strong>em</strong>ente do nível escolar.<br />
Os alunos do 4 o ano foram os que obtiveram os melhores resultados no índice <strong>de</strong><br />
<strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual e no índice <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong>. Isso se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> nenhum<br />
aluno <strong>de</strong>ste ano apresentar probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado.<br />
Sendo assim, a hipótese <strong>de</strong> que os estudantes s<strong>em</strong> queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong> obteriam um melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos testes aplicados do que os<br />
alunos com queixa <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, b<strong>em</strong> como a hipótese <strong>de</strong> que as<br />
dificulda<strong>de</strong>s diminuiriam com o aumento da ida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong> foram confirma<strong>das</strong>.<br />
5 CONCLUSÃO<br />
Por meio do presente estudo, verificou-se que o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos alunos s<strong>em</strong><br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> foi significativamente superior aos dos alunos com<br />
queixa escolar.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 15 <strong>de</strong> 19
16 Investigação <strong>das</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> M<strong>em</strong>ória e Nomeação Rápida <strong>em</strong> Alunos do Ensino Fundamental<br />
Além disso, os resultados da análise suger<strong>em</strong> que alterações nos processos <strong>de</strong><br />
<strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual e <strong>nomeação</strong> <strong>rápida</strong> constitu<strong>em</strong> um indicador <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong>.<br />
Desta forma, faz-se necessário o <strong>em</strong>preendimento <strong>em</strong> pesquisas que favoreçam a<br />
compreensão da relação dos processos <strong>de</strong> <strong>nomeação</strong> e <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> visual, com a<br />
leitura e escrita, permitindo assim, um maior entendimento sobre a influência <strong>de</strong>stas<br />
<strong>habilida<strong>de</strong>s</strong> na aprendizag<strong>em</strong> escolar.<br />
REFERÊNCIAS<br />
ALVES. Luciana Mendonça; BICALHO, Lorena Gabrielle Ribeiro. A <strong>nomeação</strong><br />
seriada <strong>rápida</strong> <strong>em</strong> escolares com e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong> <strong>em</strong> escola pública e particular. 2008. 28f. Monografia (conclusão<br />
do curso) - Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Escola <strong>de</strong><br />
Fonoaudiologia, Belo Horizonte.<br />
ALVES, Luciana Mendonça; Ribeiro, Mônica Morais. Des<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> escolares do<br />
ensino fundamental público e particular com e s<strong>em</strong> queixas <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong> envolvendo <strong>m<strong>em</strong>ória</strong> <strong>de</strong> trabalho. 2008. 28f. Monografia<br />
(conclusão do curso) - Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Escola <strong>de</strong><br />
Fonoaudiologia, Belo Horizonte.<br />
ÁVILA, Clara Regina Brandão; CARVALHO, Carolina Alves Ferreira; KIDA, Adriana<br />
<strong>de</strong> Souza Batista; CAF, PAULUCCI, Juliana Faleiros. T<strong>em</strong>as <strong>em</strong> Dislexia –<br />
Parâmetros <strong>de</strong> fluência e compreensão <strong>de</strong> leitura, São Paulo, v.21. n.4, out./<strong>de</strong>z.<br />
2009. Disponível <strong>em</strong>: . Acesso <strong>em</strong>: 13<br />
out. 2009.<br />
CAPELLINI, Simone Aparecida. Programa <strong>de</strong> r<strong>em</strong>ediação fonológica <strong>em</strong> escolares<br />
com dislexia do <strong>de</strong>senvolvimento. Pró-Fono R. Atual. Cient. [online], v.20, n.1, p.<br />
31-36, 2008.<br />
CAPELLINI, Simone Aparecida; FERREIRA, Thais <strong>de</strong> Lima; SALGADO, Cintia Alves;<br />
CIASCA, Sylvia Maria. Des<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> escolares bons leitores, com dislexia e com<br />
transtorno <strong>de</strong> déficit <strong>de</strong> atenção e hiperativida<strong>de</strong> <strong>em</strong> <strong>nomeação</strong> automática <strong>rápida</strong>.<br />
Rev Soc Bras Fonoaudiol., São Paulo, v. 12, n. 2, abr/jun. 2007. Disponível <strong>em</strong>:<br />
. Acesso <strong>em</strong>: 02 maio 2009.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Vere<strong>das</strong> – FGR, Belo Horizonte mar. 2011 p. 16 <strong>de</strong> 19
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CAPELLINI, Simone Aparecida; SMYTHE. Protocolo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>habilida<strong>de</strong>s</strong><br />
cognitivo-linguisticas: livro do profissional e do professor. São Paulo: Marília,<br />
2008.<br />
CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo SEABRA et al. Teste <strong>de</strong> Nomeação <strong>de</strong> figuras:<br />
evidências <strong>de</strong> precisão e valida<strong>de</strong> <strong>em</strong> crianças pré-escolares. Psico. Pesq. [online],<br />
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CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo SEABRA; CAPOVILLA, Fernando Ceabra;<br />
SUITER, Ingrid. Processamento Cognitivo <strong>em</strong> crianças com e s<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> leitura. v.9, n.3, set./<strong>de</strong>z. 2004. Disponível <strong>em</strong>: . Acesso<br />
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