CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA - Fundação Guimarães Rosa
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RESUMO<br />
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLLER NO TERCEIRO SETOR 1<br />
Jackson Antônio de A. Oliveira<br />
O Terceiro Setor abrange todas as sociedades civis sem fins lucrativos, quais sejam:<br />
as fundações, as associações, as escolas particulares, os institutos, as cooperativas,<br />
os clubes de recreação, os clubes de futebol entre outros. Apesar da proliferação<br />
das organizações do Terceiro Setor na última década, o seu desaparecimento<br />
também é alarmante. Isto se dá devido a pouca profissionalização do setor que tem<br />
em sua equipe de colaboradores a maioria voluntários. A necessidade de uma<br />
gestão mais profissional para essas empresas faz surgir um novo campo de trabalho<br />
para o profissional da contabilidade, o Controller. A Controladoria pode ser<br />
considerada como forma de evolução da contabilidade, onde a geração de<br />
informações para os gestores tem maior importância do que a divulgação de<br />
informações para os usuários externos da empresa. O objetivo principal desta<br />
monografia é mostrar como as empresas do Terceiro Setor percebem este<br />
profissional, uma vez que muitas delas desconhecem a sua importância.<br />
Palavras-chave: Terceiro Setor. Controladoria. Organizações.<br />
Monografia Original:<br />
Elaborada em: dezembro / 2008.<br />
Recebida em: dezembro / 2008.<br />
Publicada em: dezembro / 2008.<br />
1 Monografia apresentada em cumprimento parcial às exigências para a obtenção do título de MBA<br />
em Controladoria e Auditoria. Centro Universitário <strong>UNA</strong>.<br />
Orientador: Prof: Edvander Luis de Moura.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – <strong>Fundação</strong> <strong>Guimarães</strong> <strong>Rosa</strong><br />
Página web: www.fgr.org.br l E-mail: bibliotecafgr@fgr.org.br
2 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />
ONG’S – Organizações não governamentais<br />
OTS – Organização do Terceiro Setor<br />
SIG – Sistema de Informações Gerenciais<br />
LISTA DE QUADROS<br />
Quadro 1 – Elementos definidores do Terceiro Setor ............................................... 17<br />
Quadro 2 – Competências do Controller .................................................................. 28<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 2 de 32
SUMÁRIO<br />
Candido Jeronimo Flauzino 3<br />
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4<br />
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 6<br />
2.1 Administração Financeira ................................................................................... 6<br />
2.2 A Controladoria .................................................................................................. 8<br />
2.3 O Controller ...................................................................................................... 13<br />
2.4 O Terceiro Setor ............................................................................................... 16<br />
2.4.1 Organização e Desenvolvimento do Terceiro Setor ................................... 19<br />
2.4.2 Força de Trabalho ...................................................................................... 21<br />
2.5 Controladoria no Terceiro Setor ....................................................................... 21<br />
3 CONCLUSÃO .................................................................................................. 28<br />
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 3 de 32
4 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O Terceiro Setor vem se apresentando como uma alternativa para amenizar os<br />
problemas gerados pela ineficiência do Estado em atender às demandas da<br />
sociedade. O que proporcionou um grande crescimento deste setor e,<br />
conseqüentemente, de sua relevância econômica.<br />
À medida que se multiplicam as iniciativas no chamado Terceiro Setor, cresce<br />
também a exigência por profissionalização. Sai de cena o mero voluntariado e<br />
ascende a necessidade de visão gerencial e rigor financeiro. Dessa forma, verifica-<br />
se que as ONG’s vêm se adaptando constantemente às exigências que o ambiente<br />
impõe. Pressupõe-se que tais adaptações ocorrem por intermédio de decisões<br />
estratégicas, uma vez que mudanças exigiram dessas organizações uma<br />
reestruturação, em especial, nas suas formas de gestão. Assim, acredita-se que,<br />
cada vez mais, a formulação de estratégias faz parte do contexto das ONG’s.<br />
As organizações do Terceiro Setor estão buscando ferramentas adequadas para<br />
auxiliarem na gestão empresarial e com isso começam a adotar sistemas que<br />
facilitam no processo de tomada de decisão da empresa.<br />
Neste contexto, diversas são as razões que levam a estudar sobre a Controladoria<br />
no Terceiro Setor, principalmente quando abrange o seu papel dentro das<br />
fundações, as suas aplicações e a necessidade de planejar a arquitetura de<br />
informação da empresa.<br />
Os gestores das Organizações do Terceiro Setor apontam a necessidade de<br />
profissionalização da administração dessas organizações (CABRAL, 2007).<br />
Atualmente, as empresas privadas possuem setores ou departamentos de<br />
Controladoria com o intuito de alcançar uma administração eficaz (CHIAVENATO,<br />
2000). O mesmo não tem ocorrido com as Organizações do Terceiro Setor (OTS).<br />
Em virtude da necessidade de profissionalização da administração, o Controller<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 4 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 5<br />
deveria ser visto como profissional imprescindível nas Organizações do Terceiro<br />
Setor.<br />
À medida que uma empresa cresce no mercado, ela vê pela frente a necessidade de<br />
se traçar estratégias que possa analisar, identificar e apresentar corretamente<br />
decisões e ações.<br />
Neste sentido, torna-se necessário o desenvolvimento de um sistema que se<br />
relaciona com a organização onde se tem informação precisa para o controle geral e<br />
a tomada de decisão desempenhando um papel estratégico na empresa.<br />
O gestor deste sistema de informação deve cuidar para que as atividades<br />
desenvolvidas na empresa alcancem resultados satisfatórios. Por este motivo, se<br />
cria um “Controller” que estará diretamente ligado à diretoria e será responsável por<br />
reunir e conferir todas as informações financeiras de modo a verificar toda a política<br />
econômica da empresa para propor soluções.<br />
O planejamento deve desenvolver a relação entre a organização e o seu ambiente e<br />
cabe ao “Controller” participar da escolha da melhor alternativa para as estratégias<br />
econômicas, garantindo a eficácia da empresa.<br />
Portanto, qualquer organização deve preocupar-se com um sistema de informação<br />
gerencial, onde possibilita ao gestor ou “Controller” visualizar o desempenho dos<br />
departamentos e mesmo da organização como um todo.<br />
O que se pretende mostrar com esta revisão bibliográfica é a influência e o papel do<br />
“Controller” como sendo indispensável para a tomada de decisões na organização.<br />
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6 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />
2.1 Administração Financeira<br />
A administração financeira, assim como a empresa, tem passado por muitas<br />
mudanças, com o aumento da competitividade, principalmente quanto a sua função<br />
(CREPALDI, 2004).<br />
O principal enfoque da administração financeira, na atualidade, deve ser o processo<br />
decisório e as ações que afetam este processo, e seu objetivo deve ser a<br />
valorização do negócio da empresa.<br />
A questão da gestão financeira nas empresas é de extrema importância.<br />
Praticamente tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto<br />
financeiro no orçamento sendo então necessário uma avaliação profunda no que diz<br />
respeito à novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.<br />
Tradicionalmente, a função da área financeira na empresa tem sido administrar, de<br />
modo centralizado, todos os seus recursos financeiros. Essa função tem variado<br />
conforme o tipo de empresa e as circunstâncias em que ela se encontra, havendo<br />
fases de maior ou menor predomínio e controle da área financeira sobre as demais<br />
áreas da empresa (PADOVEZE, 2004).<br />
Segundo Sanvicente (2001), a área financeira tem como atribuição controlar os<br />
recursos e fornecer informações requeridas pelas diversas áreas de<br />
responsabilidade, receber e gerenciar os recursos financeiros gerados nas<br />
atividades da empresa, além de aplicar os recursos excedentes, com a melhor<br />
rentabilidade possível.<br />
Para Gitman (2001, p. 16), o objetivo da administração financeira está ligado ao<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 6 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 7<br />
objetivo da empresa: maximização de seu lucro e de seus acionistas. Sua função é<br />
criar mecanismos de análise e controle, para orientar e influir nas tomadas de<br />
decisão que resultem em maior retorno financeiro para a empresa.<br />
A administração financeira, seguindo a tendência do mercado, precisa manter-se na<br />
vanguarda das transformações, para detectar as oportunidades que surgem. Ela<br />
deve compilar todas as informações e adiantar-se nas projeções de viabilidade para<br />
as futuras alternativas de investimento das empresas, a qualquer tempo e em<br />
qualquer parte do mercado mundial.<br />
Nesse contexto o sistema de apoio à gestão está estritamente ligado à vida<br />
econômico-financeira da empresa. A administração financeira possui importância<br />
estratégica para avaliar o desempenho interno da empresa, utilizando-se desse<br />
sistema, uma vez que, trata de um produto cada vez mais valorizado – a informação.<br />
A informação vem sendo um fator muito importante para tomada de decisão e<br />
determinante para o sucesso gerencial, mas a partir da grande evolução das<br />
tecnologias da comunicação e informação que sua relevância vem tendo um papel<br />
decisivo para a sobrevivência e desenvolvimento das organizações.<br />
As pessoas vivem um momento em que a informação está tornando-se instrumento<br />
eficaz para um profissional obter êxito em suas atividades, ela se tornou um recurso<br />
chave importante no gerenciamento e na organização daqueles que buscam uma<br />
solidez no mercado. Quando se gerencia a informação, explorando seus benefícios<br />
de acordo com os interesses na qual esta será aplicada, ela torna-se base<br />
inquestionável para a competição, onde aliada às tecnologias e ao gerenciamento<br />
estratégico, faz com que a empresa esteja à frente no mercado.<br />
No mundo globalizado, organizações e instituições, buscam reformularem seus<br />
conceitos, quanto administração, visão empresarial e seus processos para competir.<br />
Não se pode competir sem tomar decisões, e para tomar decisões é preciso ter a<br />
informação certa no momento oportuno.<br />
Vivemos na era da informação e do conhecimento, e para fazermos parte deste<br />
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8 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
mercado é preciso interagir com tudo a nossa volta, principalmente com as novas<br />
tecnologias.<br />
O mundo gira em torno de informação e conhecimento. Informações, essas advindas<br />
dos mais variados conteúdos e suportes. É verdade que a tecnologia entra como<br />
fator facilitador capaz de administrar grande volume de informação.<br />
A todo o momento as empresas ensejam informações, desde as mais corriqueiras<br />
até as mais complexas. O sucesso da conduta, da forma de pensar, criar, do agir,<br />
expressar, depende da cultura informacional, aliada ao grau de familiaridade e<br />
manipulação de busca e recuperação de documentos e dados.<br />
Isto significa, pois, interesse primordialmente de conhecer detalhes sobre o que<br />
procurar, onde, como, e quando procurar, como interpretar, como acessar e como<br />
utilizar formas de se obter os melhores resultados ou benefícios conseguidos.<br />
Assim, é cada vez mais importante para as organizações de uma forma geral, o<br />
tomar de decisões a obtenção de informação que subsidie as suas determinações<br />
que Ihes possibilitem analisar as mutações do ambiente social econômico e<br />
tecnológico, planejar e formular ações em um processo contínuo de evolução.<br />
É preciso determinar quais as informações relevantes e disponíveis para cada<br />
necessidade. Isto implica que a utilização das informações está ficando cada vez<br />
mais complicada e sofisticada, exigindo uma elaboração criteriosa mais cuidadosa<br />
para evitar transtornos, excesso de dados irrelevantes a um custo alto.<br />
2.2 A Controladoria<br />
A função da contabilidade é controlar os fenômenos ocorridos no patrimônio de uma<br />
entidade, por meio do registro, da classificação, da demonstração expositiva, da<br />
análise e interpretação dos fatos neles ocorridos, objetivando fornecer informações e<br />
orientações necessárias à tomada de decisões (GITMAN, 2001).<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 8 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 9<br />
A Controladoria pode ser considerada como forma de evolução da contabilidade,<br />
onde a geração de informações para os gestores tem maior importância do que a<br />
divulgação de informações para os usuários externos da empresa.<br />
Para Mosimann e Fisch (1999), a Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e<br />
conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois<br />
enfoques:<br />
a) Como um órgão administrativo com uma missão, funções e princípios<br />
norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa; e,<br />
b) Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos,<br />
princípios e métodos oriundos de outras ciências.<br />
Os mesmos autores concluem que sob esse enfoque, a Controladoria pode ser<br />
conceituada como um conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos<br />
das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente<br />
Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de<br />
orientá-las para a eficácia.<br />
Segundo Catelli (2001) a Controladoria não pode ser vista como um método, voltado<br />
ao como fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-la em dois<br />
vértices: o primeiro como ramo de conhecimento responsável pelo estabelecimento<br />
de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela<br />
disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de<br />
informações.<br />
Já Padoveze (2004) diz que a Controladoria pode ser definida, então, como a<br />
unidade administrativa responsável pela utilização de todo o conjunto da Ciência<br />
Contábil dentro da empresa.<br />
Continua dizendo que à Controladoria cabe a responsabilidade de implantar,<br />
desenvolver, aplicar e coordenar todo o ferramental da Ciência Contábil dentro da<br />
empresa, nas mais diversas necessidades (PADOVEZE, 2004).<br />
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10 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
Como se vê, a definição da Controladoria envolve duas correntes: uma como<br />
ciência; e outra como órgão administrativo.<br />
A Controladoria enquanto ramo do conhecimento, apoiada na Teoria da<br />
Contabilidade e numa visão multidisciplinar, é:<br />
responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais<br />
necessárias para a modelagem, construção e manutenção de Sistemas de<br />
Informações e Modelo de Gestão Econômica, que supram adequadamente<br />
as necessidades informativas dos Gestores e os induzam duramente o<br />
processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas<br />
(CATELLI, 2001, p. 344).<br />
Padoveze (2004) entende a Controladoria como uma evolução da Ciência Contábil,<br />
enfatiza ainda que representa um alargamento do campo de atuação da<br />
contabilidade.<br />
Para Peleias (2002), a Controladoria é uma área da organização à qual é delegada a<br />
autoridade para tomar decisões sobre eventos, transações e atividade que<br />
possibilitem o adequado suporte ao processo de gestão.<br />
Segundo Catelli (2001) a Controladoria se baseia em princípios, procedimentos e<br />
métodos oriundos de outras áreas do conhecimento, tais como: contabilidade,<br />
administração, planejamento estratégico, economia estatística, psicologia e<br />
sistemas. Ao buscar subsídios de outras áreas de conhecimento para desempenhar<br />
as funções que lhe são atribuídas, a Controladoria pode estabelecer as bases<br />
teóricas da sua atuação na totalidade da organização.<br />
De acordo com Figueiredo e Caggiano (1997), a Controladoria tem por finalidade<br />
garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os<br />
gestores na busca da eficácia gerencial.<br />
Tem ainda a função de colaborar com os gestores em seus esforços para obtenção<br />
da eficácia de suas áreas quanto aos aspectos econômicos e assegurar a eficácia<br />
empresarial, também sob aspectos econômicos, através da coordenação dos<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 10 de 32
esforços dos gestores das áreas (MOSIMANN; FISCH, 1999).<br />
Neste contexto, indaga-se qual seria a missão da Controladoria.<br />
Candido Jeronimo Flauzino 11<br />
Mosimann e Fisch (1999) afirmam que a Controladoria, assim como todas as áreas<br />
de responsabilidade de uma empresa, deve esforçar-se para garantir o cumprimento<br />
da missão e continuidade da organização. Seu papel fundamental, nesse sentido,<br />
consiste em coordenar os esforços para conseguir um resultado global sinérgico, isto<br />
é, superior à soma dos resultados de cada área.<br />
Figueiredo e Caggiano (1997) dizem que a missão da Controladoria consiste em<br />
zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global.<br />
Para Catelli (2001), a missão da Controladoria é assegurar a otimização do resultado<br />
econômico da organização. Para que essa missão seja atingida, faz-se necessário o<br />
atendimento dos seguintes objetivos: promoção da eficácia organizacional,<br />
viabilização da gestão econômica e promoção da integração das áreas de<br />
responsabilidade.<br />
Por ser a Controladoria o órgão responsável pela gestão da informação, servindo de<br />
suporte aos gestores no processo administrativo, cujo objetivo final é a otimização<br />
do resultado da empresa, convém identificar suas atribuições (Figura 1).<br />
FIGURA 1 - Estrutura da Controladoria<br />
Fonte: CATELLI, 2001, p. 346<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 11 de 32
12 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
O Financial Executive Institute diz que as atribuições da Controladoria incluem<br />
(OLIVEIRA; PEREZ Jr.; SILVA, 2007):<br />
a) Estabelecer, coordenar e manter um plano para o controle das operações;<br />
b) Medir o desempenho entre os planos operacionais aprovados e os<br />
padrões, divulgar e interpretar os resultados das operações dos diversos<br />
níveis gerenciais;<br />
c) Medir e divulgar a eficiência dos negócios e a efetividade das políticas,<br />
estrutura organizacional e procedimentos implantados para que os<br />
objetivos sejam atingidos;<br />
d) Fornecer adequada proteção para os ativos da empresa;<br />
e) Avaliar a eficiência dos sistemas de controles internos;<br />
f) Gerir os custos da empresa, através de sugestões para a redução de<br />
custos;<br />
g) Acompanhar o cumprimento dos planos e objetivos traçados pela<br />
organização;<br />
h) Analisar as causas de desvios nos planos da empresa ou nos sistemas de<br />
controle interno e sugerir correção dos mesmos;<br />
i) Analisar a adequação na utilização dos recursos da empresa, sejam<br />
materiais ou humanos;<br />
j) Revisar e analisar os objetivos e métodos de todas as áreas da empresa.<br />
Em linhas gerais, essas mesmas funções, com pequenas variações, são citadas por<br />
Kanitz (1977), Figueiredo e Caggiano (1987), Catelli (2001), Roehl-Anderson e<br />
Bragg (2000) e Dale, Heckert e Wilson, Anderson e Schmidt, Russel e Frasure<br />
(MOSSIMANN; FISH, 1999).<br />
Após a definição das principais funções da Controladoria, buscou-se identificar as<br />
áreas das empresas que estão sob sua gestão direta. Assim como as funções, os<br />
diversos autores, tais como Catelli (2001), Mosimann e Fisch (1999), Crepaldi (2004)<br />
e Roehl-Anderson e Bragg (2000) apresentam áreas em comum.<br />
A seguir são relacionadas as áreas comumente subordinadas à Controladoria,<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 12 de 32
considerando a contribuição dos diversos autores:<br />
Candido Jeronimo Flauzino 13<br />
a) Contabilidade financeira: responsável pela escrituração contábil e<br />
preparação das demonstrações financeiras.<br />
b) Contabilidade gerencial: responsável pela preparação de orçamentos e<br />
relatórios gerenciais sobre o desempenho das áreas e da empresa como<br />
um todo.<br />
c) Contabilidade de custos: acompanhamento e apuração dos custos de<br />
produção.<br />
d) Gestão fiscal: responsável pelo registro, apuração e liquidação das<br />
obrigações fiscais, nos âmbitos federal, estadual e municipal.<br />
e) Gestão patrimonial: controle dos bens do ativo fixo.<br />
f) Relacionamento com terceiros: relacionamento com os auditores externos<br />
e demais órgãos externos.<br />
g) Gestão financeira: preparação e acompanhamento do fluxo de caixa, além<br />
de gerir as áreas de crédito e cobrança, suprimentos, contas a receber e a<br />
pagar.<br />
h) Gestão da tecnologia da informação: participação ativa na aquisição e/ou<br />
2.3 O Controller<br />
desenvolvimento de sistemas de informação.<br />
De acordo com Tung (2003), a palavra “Controller” não existe em nosso vocabulário.<br />
Foi recentemente incorporada à linguagem comercial e administrativa das empresas<br />
no Brasil, através da experiência prática dos países como os Estados Unidos e a<br />
Inglaterra. As palavras “Controller” ou Contropller” serviam inicialmente, nesses<br />
respectivos países, para designar o executivo que tinha a tarefa de controlar<br />
ou verificar as contas.<br />
Controller é o executivo financeiro de uma grande ou média empresa que combina<br />
as responsabilidades por contabilidade, auditoria, orçamento, planejamento de<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 13 de 32
14 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
lucros, relatórios de desempenho, controle de impostos e outras atividades da<br />
empresa (TUNG, 2003, p. 41).<br />
O Controller é o responsável pelo departamento da Controladoria, tendo a missão de<br />
reunir, analisar, conferir e preparar os registros de todos os setores da empresa para<br />
remetê-los aos diretores para que se tomem decisões de acordo com os objetivos<br />
planejados pela empresa.<br />
A maioria dos autores entende que o Controller deve fazer parte da cúpula<br />
administrativa e participar dos processos de planejamento e controle da gestão<br />
empresarial.<br />
Como principal gestor do sistema de controle interno, conseqüentemente das<br />
informações, está em posição de exercer o controle através da divulgação e<br />
interpretação das informações necessárias à tomada de decisões. Através do<br />
exercício de fornecer e interpretar, tempestivamente, as informações relevantes, o<br />
Controller influencia as decisões, desempenhando um papel fundamental no<br />
direcionamento da empresa para o atendimento de seus objetivos.<br />
O Controller deve atuar como o executivo que cria e divulga as informações na<br />
empresa. Para tanto, cabe-lhe a tarefa de projetar, implementar, coordenar e manter<br />
um sistema de controles internos capazes de atender adequadamente às<br />
necessidades de informação do processo de planejamento e controle da empresa.<br />
Na opinião de Nakagawa (2005) o Controller organiza e reporta dados relevantes<br />
para os diretores e exerce uma influência muito forte para que eles tomem decisões<br />
conscientes de acordo com os objetivos da empresa.<br />
Diante desta situação, o Controller torna-se o gestor do sistema de informação<br />
utilizando com eficiência e eficácia todas as informações que são transmitidas a ele.<br />
A posição do Controller tem evoluído a partir do início do século XIX, para uma<br />
abrangência de todas as facetas da organização moderna. Através de observações<br />
empíricas, Yoshitake (1982) conclui que, no Brasil, o Controller ocupa uma posição<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 14 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 15<br />
hierárquica de staff do presidente ou do diretor financeiro. No planejamento<br />
estratégico, cabe ao Controller assessorar o principal executivo e os demais<br />
gestores na definição estratégica, fornecendo informações rápidas e confiáveis<br />
sobre a empresa. No planejamento operacional, cabe a ele desenvolver um modelo<br />
de planejamento baseado no sistema de informação atual, integrando-o para a<br />
otimização das análises.<br />
O papel do Controller é, por meio do gerenciamento de um eficiente sistema de<br />
informação, zelar pela continuidade da empresa fazendo com que as atividades<br />
desenvolvidas alcancem resultados superiores aos que alcançariam se fossem<br />
desenvolvidos independentemente.<br />
A área financeira funciona como um banco de suporte para as demais áreas,<br />
suprindo com os recursos financeiros ao bom andamento de suas atividades.<br />
O controle da função financeira dentro da empresa poderá estar a cargo do<br />
responsável por outra atividade ou mesmo por um indivíduo com diversas<br />
ocupações em áreas especializadas sob sua responsabilidade.<br />
Com o desenvolvimento da empresa e com o crescimento de colaboradores e, por<br />
conseguinte a descentralização das funções, surge então o indivíduo responsável<br />
pela função financeira, ficando a cargo deste mesmo indivíduo a possibilidade de se<br />
encarregar da gestão econômica da empresa, mesmo que não existisse o órgão de<br />
Controladoria.<br />
É de responsabilidade do “Controller” no setor financeiro, encarregar da gestão<br />
econômica da empresa dando suporte às demais decisões administrativas.<br />
Pelo sistema de informação é identificada a receita e despesa de cada área<br />
funcional.<br />
Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 98),<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 15 de 32
16 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
Todas as áreas que tem seu fluxo financeiro e, portanto, seus efeitos<br />
econômicos são captados no sistema de informações econômicofinanceiras<br />
e se refletem nos relatórios gerenciais de cada área, tornando-se<br />
objeto de preocupação da Controladoria, sendo que o próprio fluxo<br />
financeiro é mais intenso na própria área financeira.<br />
Também se pode verificar que o papel do Controller no sistema de informação é<br />
primordial, pois o Controller tem em seu papel de atividades a responsabilidade pela<br />
concepção, implantação, operação e manutenção do sistema de informação na<br />
empresa.<br />
Segundo ensina Mosimann e Fisch (1999, p. 54) os sistemas de informações<br />
classificam-se em dois grandes grupos inter-relacionados:<br />
a) os sistemas de apoio às operações: que consistem em sistemas<br />
processadores de transações, isto é, redes de procedimentos rotineiros<br />
com a finalidade de processar transações recorrentes;<br />
b) os sistemas de apoio à gestão: consistem em um auxilio aos processos<br />
decisórios, não sendo orientados para o processamento de operações<br />
rotineiras. Dão suporte as avaliações e aos julgamentos dos gestores e<br />
aumentam a eficácia de seu processo decisório.<br />
Nos dias atuais é de grande relevância para as organizações, seja pela<br />
concorrência, exigência dos clientes e dos desafios do mercado, um sistema apto a<br />
dar suporte aos administradores em suas tomadas de decisões e um “Controller”<br />
para dar suporte às organizações que querem se manter no mercado exigente.<br />
Para Oliveira, Perez Jr. e Silva (2007) as funções e atividades exercidas pela<br />
moderna Controladoria tornaram-se fatores vitais para o controle e planejamento a<br />
médio e longo prazos de qualquer tipo de organização, com ou sem finalidades<br />
lucrativas, como é o caso das organizações do Terceiro Setor.<br />
2.4 O Terceiro Setor<br />
Entre os principais problemas da sociedade brasileira, assim como de quase todos<br />
os países em desenvolvimento, estão a enorme desigualdade de renda e a<br />
disparidade de níveis de educação entre os trabalhadores.<br />
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Candido Jeronimo Flauzino 17<br />
A definição de Terceiro Setor surgiu já na primeira metade do século, nos Estados<br />
Unidos. Ele seria uma mistura dos dois setores econômicos clássicos da sociedade:<br />
o público, representado pelo Estado, e o privado, representado pelo empresariado<br />
em geral (MELO NETO, 2004).<br />
O Terceiro Setor recebe várias denominações, sendo as mais usuais Setor Solidário,<br />
Setor Coletivo e Setor Independente. É, por excelência um setor solidário, onde<br />
alguns velam por muitos, onde o individual dá lugar ao coletivo, e recebe a<br />
denominação de Setor Independente por se mostrar eqüidistante do Poder Estatal e<br />
do Poder Econômico, gerador de riquezas.<br />
Para Junqueira (2002), o Terceiro Setor é compreendido como um conjunto de<br />
valores que privilegia a iniciativa individual, a auto-expressão, a solidariedade e a<br />
ajuda mútua, deve considerar também aspectos institucionais e econômicos.<br />
Segundo Vilanova (2004) o Terceiro Setor é o conjunto de organizações privadas<br />
que desenvolvem ações que visam à prestação de serviços considerados de<br />
interesse público, cujos resultados alcançados se revertem à própria sociedade.<br />
O quadro 1 apresenta os principais elementos definidores do conceito e das<br />
características do Terceiro Setor:<br />
QUADRO 1<br />
Elementos definidores do Terceiro Setor<br />
ELEMENTOS DEFINIDORES DESCRIÇÃO<br />
FOCO<br />
Bem-estar público<br />
Interesse comum<br />
QUESTÕES CENTRAIS Pobreza, desigualdade e exclusão social<br />
ENTIDADES<br />
Empresas privadas, Estado, ONG’s e sociedade<br />
PARTICIPANTES<br />
civil<br />
NÍVEL DE ATUAÇÃO Comunitário e de base<br />
TIPOS DE AÇÕES<br />
Ações de caráter público e privado, associativas<br />
e voluntaristas<br />
Fonte: MELO NETO, 2004, p. 8<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 17 de 32
18 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
Atualmente, o Terceiro Setor movimenta recursos equivalentes a 5,7% do PIB<br />
mundial. No Brasil, o total de investimentos das empresas privadas em atividades<br />
sociais gera atualmente US$300 milhões.<br />
As principais razões que têm levado o Terceiro Setor a esse crescimento são:<br />
a) crescimento das necessidades socioeconômicas;<br />
b) crise do setor público;<br />
c) fracasso das políticas sociais tradicionais;<br />
d) crescimento dos serviços voluntários;<br />
e) colapso do socialismo na Europa Central e do Leste;<br />
f) degradação ambiental, que ameaça a saúde humana;<br />
g) crescente onda de violência que ameaça a segurança das populações;<br />
h) incremento das organizações religiosas;<br />
i) maior disponibilidade de recursos a serem aplicados em ações sociais;<br />
j) maior adesão das classes alta e média a iniciativas sociais;<br />
k) maior apoio da mídia;<br />
l) maior participação das empresas que buscam a cidadania empresarial.<br />
Melo Neto (2004) caracteriza as principais categorias do Terceiro Setor no Brasil<br />
como: associação, organizações filantrópicas, beneficentes e de caridade,<br />
organizações não governamentais (ONG’s) e as fundações privadas.<br />
As associações são organizações voltadas para os próprios gestores e<br />
compreendem várias atividades esportivas, culturais, artísticas, comunitárias, entre<br />
outras (IOSCHPE, 2000).<br />
As organizações filantrópicas são voltadas para a promoção da assistência social e<br />
de vários outros serviços sociais nas áreas de saúde e educação.<br />
As organizações não governamentais (ONG’s) são diferentes das associações por<br />
estarem orientadas para objetivos externos aos membros que compõem.<br />
As fundações privadas têm conotação essencialmente jurídica. A criação de uma<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 18 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 19<br />
fundação se dá, segundo o Código Civil, pelo instituidor, que, através de uma<br />
escritura ou testamento, destina bens livres, especificando o fim a ser alcançado<br />
(FERNANDES, 2004).<br />
Apesar do crescimento estrondoso das organizações do Terceiro Setor, muitas<br />
desaparecem precocemente, pois funcionam em precárias condições, com carência<br />
de recursos financeiros, baixas qualificação técnica e gerencial, dificuldade de<br />
intercâmbio com outros agentes sociais e dificuldade de estabelecer indicadores de<br />
desempenho.<br />
A informalidade, tão útil nos primeiros passos de uma associação de interesse<br />
público, torna-se rapidamente uma ameaça à sua perenidade.<br />
Além do fato de que a ineficiência do processo de gestão das ONG’s pode significar<br />
perda de parceiros para a organização, uma vez que, este processo é um fator<br />
determinante para que se alcance uma maior confiabilidade junto aos financiadores.<br />
A profissionalização da gestão das instituições de Terceiro Setor está sendo<br />
esperada. A profissionalização decorre de três condições: reconhecimento social,<br />
mercado de trabalho e oportunidade de formação. O reconhecimento social concede<br />
aos responsáveis legitimidade (NEVES JR.; LINS, 2007). O mercado de trabalho<br />
permite fazer do exercício profissional um meio de subsistência remunerada. Os<br />
jovens egressos da universidade esperam visualizar as oportunidades decorrentes<br />
de uma trajetória profissional do Terceiro Setor. Quanto à formação, cabe a ela<br />
oferecer conhecimentos e habilidades para aqueles que ambicionam tornar-se<br />
profissionais da área.<br />
2.4.1 Organização e Desenvolvimento do Terceiro Setor<br />
A participação das pessoas jurídicas filantrópicas em torno de projetos comuns de<br />
forma alguma retirará delas seus principais traços identificadores, quais sejam, a<br />
multiplicidade das suas formas organizativas, o cuidado com sua autonomia e<br />
independência e o cumprimento de finalidades, quase sempre, voltadas para o<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 19 de 32
20 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
social.<br />
A primeira premissa a ser perseguida é que haja maior organização do Terceiro<br />
Setor de modo a permitir a obtenção de dados mais confiáveis quanto às ações<br />
deflagradas e aos recursos disponíveis para a consecução de suas finalidades<br />
filantrópicas (NEVES JR.; LINS, 2007).<br />
Todas as entidades do Terceiro Setor, bem como as próprias organizações<br />
fundacionais, devem ter uma definição mais específica de suas finalidades e operar<br />
com maior especialização na sua área. Não se pode esperar bom desempenho nas<br />
tarefas diárias de uma entidade sem finalidade lucrativa que pretende atuar em<br />
várias áreas ao mesmo tempo.<br />
De igual modo, deve-se exigir profissionalismo na administração das entidades<br />
sociais, bem como coordenação entre os diversos departamentos, de forma a definir<br />
a atual dimensão ocupada pelo Terceiro Setor, abrindo-se, caso haja necessidade,<br />
um novo diálogo, entre todos os variados setores sociais: organizações<br />
internacionais, iniciativa privada e governo.<br />
Muitas vezes, há o risco das organizações do Terceiro Setor se desfalecerem em<br />
razão da falta de remuneração de seus dirigentes. Entretanto, se a administração é<br />
honesta, exercida de forma permanente e exclusiva, deve merecer justa recompensa<br />
salarial, pois vai engrandecer o patrimônio da entidade (ainda que filantrópica).<br />
Atualmente, devido à complexidade das relações que envolvem as fundações e<br />
outras organizações do Terceiro Setor, o cargo de direção destas entidades exige<br />
um grande preparo técnico e capacidade para enfrentar qualquer situação que se<br />
apresente no cotidiano da entidade (RAFAEL, 2003).<br />
O alto grau de especialização e responsabilidade tornarão a função de administrador<br />
cada vez mais seletiva, que exigirá uma crescente dedicação por parte daquele que<br />
resolva assumi-la.<br />
No entanto, de acordo com França (2003) geralmente estes gestores não<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 20 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 21<br />
apresentam as habilidades necessárias para interpretar as informações contábeis.<br />
2.4.2 Força de Trabalho<br />
O Terceiro Setor possui a peculiaridade de contar com dois tipos de força de<br />
trabalho: remunerada e voluntária (PATAK, 1997).<br />
Pode-se dizer que a questão do trabalho voluntário está diretamente ligada à busca<br />
dos indivíduos pela auto-realização e inserção social.<br />
Souza e Slomski (2005) definem o voluntário como o cidadão que, motivado pelos<br />
valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de<br />
maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e<br />
comunitário.<br />
O maior problema no trabalho voluntariado é que os trabalhadores voluntários são<br />
menos produtivos do que trabalhadores pagos. Um outro problema consiste em que<br />
organizações que usam voluntários têm, geralmente, limitações financeiras e, se<br />
voluntários estão indisponíveis, elas simplesmente reduzem o nível de serviço. Além<br />
do mais, embora organizações que usem voluntários obtenham serviços capazes de<br />
agregar valor, eles também absorvem custos de treinamento e supervisão.<br />
2.5 Controladoria no Terceiro Setor<br />
O controle permanente é uma função gerencial de relevância primordial para o<br />
sucesso de qualquer empreendimento e as organizações do Terceiro Setor não são<br />
diferentes. Assim a função de controle deve ser preocupação contínua dos<br />
responsáveis pelo destino das organizações, visto que a gerência sabe que nenhum<br />
planejamento ou coordenação, por melhores que sejam, podem assegurar os<br />
objetivos pretendidos que possam ser atingidos.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 21 de 32
22 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
Todas as entidades do Terceiro Setor devem ser analisadas e administradas como<br />
verdadeiras empresas, já que possuem serviços, produtos, clientes e público-alvo.<br />
Nesse sentido, a Controladoria, ratifica sua importância não só para demonstrar as<br />
origens dos recursos e a forma como eles foram aplicados, evidenciando o aspecto<br />
da transparência, como também para validar juridicamente os seus atos financeiros<br />
(REZENDE, 2003).<br />
Uma das funções básicas da Controladoria é comparar os resultados gerados pela<br />
atividade com os que haviam sido projetados. Para que isso possa ser<br />
adequadamente executado, é necessário o pleno conhecimento da organização<br />
para se reunir as informações necessárias à gestão de tomadas de decisão<br />
(REZENDE, 2003).<br />
Contudo, a informação, por si só, não se constitui em um benefício para as<br />
organizações do Terceiro Setor. Para a Controladoria, é de fundamental importância<br />
conhecer a qualidade e o grau de confiabilidade dos sistemas contábeis e de<br />
controles internos desde a fase de planejamento de seus trabalhos, para auxiliar na<br />
adequada identificação das áreas de risco. Também é função do controller<br />
recomendar melhorias nos procedimentos operacionais e de controle interno, apesar<br />
de não ter poderes para implementar ou aprovar nada, visto que tais atividades são<br />
de responsabilidade dos gestores da organização (RONCHI, 1997).<br />
O propósito de qualquer instituição ou empresa deve ser o de produzir e<br />
disponibilizar informação precisa e apropriada, quando e onde se fizer necessário.<br />
Entretanto, há uma grande insatisfação da maioria dos clientes usuários, os quais<br />
alegam que as informações atualmente disponibilizadas são subtilizadas. E a<br />
maioria das vezes eles se sentem incapazes de manipular ou lidar com grandes<br />
volumes crescentes de informação. De uma forma geral, o que se houve falar é uma<br />
constante inovação nos serviços, com redução de tempo e custo, melhoria de<br />
qualidade e operações descentralizadas. Dentro deste contexto, a informação torna-<br />
se o recurso mais importante numa empresa, para se alcançar o objetivo<br />
estabelecido. Cabe a cada instituição ou empresa adotar alguns critérios de política<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 22 de 32
informacional (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).<br />
Candido Jeronimo Flauzino 23<br />
A operacionalização de uma política se inicia com a tradução dos princípios de<br />
transformação da realidade em algo desejado em diretrizes de ação. As diretrizes de<br />
ação, que são operadoras de mudanças e de transformação, devem resultar em<br />
metas, sendo os resultados obtidos dentro de um prazo determinado, com os<br />
recursos também determinados.<br />
As políticas podem ser classificadas de formas diversas, conforme o foco do<br />
interesse. A informação é influenciada a cada minuto pelo poder, pela política e pela<br />
economia.<br />
Políticas negativas relativas à informação podem prejudicar projetos destinados a<br />
aperfeiçoar o uso do conhecimento. Observadores vêm apontando a política como o<br />
principal fator do fracasso dos projetos de desenvolvimento de um sistema. Um outro<br />
ponto de relevância é a resolução de conflitos entre a informação e a tecnologia,<br />
fortemente associada ao sucesso do desenvolvimento de projetos.<br />
O gerenciamento da informação pode ser utilizado tanto para distribuir o poder,<br />
como para centralizá-lo. É uma questão de escolha, baseada na maneira de ver,<br />
sentir e, reagir de cada pessoa, como também o tamanho da empresa, seu principal<br />
ramo de atividade e sua estrutura organizacional, mas a essência da política da<br />
informação é formada por quem faz as escolhas e pelas conseqüências que essa<br />
escolha determina. Isto é, claro, dentro do modelo de política adotado na<br />
organização.<br />
O gerenciamento da informação trata-se de um conjunto estruturado de atividades<br />
que incluem a forma de como as instituições ou empresas obtêm distribuem e usam<br />
a informação e o conhecimento. No aspecto genérico do gerenciamento<br />
informacional, identificam-se quatro etapas que são fundamentais neste processo: o<br />
primeiro passo consiste na filtragem, ou seja, ser submetida a uma avaliação, para<br />
se certificar o grau de importância e relevância do documento. E é nesta etapa que<br />
se determinam os critérios de exigências informacionais, adequados às<br />
necessidades da fundação.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 23 de 32
24 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
O segundo passo é a organização e classificação da informação, após o processo<br />
de seleção e avaliação do documento: o que for considerado importante para o<br />
sistema, imediatamente será processado tecnicamente, isto é, classificado, e<br />
codificado adequadamente nos padrões adotados para facilitar à sua recuperação e<br />
também à obtenção de informações. O terceiro passo é direcionado a quem vai<br />
utilizar a informação, para quê, e como, "o usuário final de interesse", fase em que é<br />
verificada a distribuição da informação. O quarto passo, o mais importante, é a<br />
consulta, que é a confirmação da eficiência do sistema, o feedback, quando é<br />
checado o processo de retroalimentação do uso da informação, já que ela de nada<br />
servirá, até que seja utilizada.<br />
Outro componente crítico apontado por Davenport e Prusak (1998) é a arquitetura da<br />
informação, que se deve constituir de uma série de ferramentas que se adaptam aos<br />
recursos e às necessidades da informação. A arquitetura faz a ponte entre o<br />
comportamento, os processos e o pessoal especializado e outros aspectos da<br />
empresa, como método administrativos, estrutura organizacional e espaço físico.<br />
Para ele, a arquitetura informacional, ao fazer a ligação entre o usuário e o local<br />
onde os dados se encontram, melhora muito a possibilidade de estes serem<br />
utilizados de maneira eficiente, sendo que a informação já obtida pode ser mais<br />
facilmente reutilizada.<br />
O mapeamento de informações é um guia para um ambiente informacional presente.<br />
Com ele pode-se identificar o tipo de informação disponível e onde encontrá-la, além<br />
de mostrar onde existe escassez e onde existem redundâncias. Ainda para o autor,<br />
a elaboração de um mapa é uma demonstração dada pela organização de que a<br />
informação é um recurso significativo que deve ser compartilhado.<br />
Davenport e Prusak (1998), definem o compartilhamento das informações como ato<br />
voluntário de colocá-las à disposição de outros. Compartilhar não deve ser<br />
confundido com relatar, que é uma troca involuntária de informações de maneira<br />
rotineira ou estruturada. Aquele que compartilha pode passar a informação adiante,<br />
mas não é obrigado a isso. O relatório habitualmente ocorre com hierarquia<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 24 de 32
Candido Jeronimo Flauzino 25<br />
estrutural, sobe aos superiores e desce aos subordinados, e limita-se a funções<br />
definidas. Este sistema é denominado de fluxo vertical e é o mais comum na troca<br />
de informações, na maioria das empresas, portanto, não funciona muito bem.<br />
Ressaltam ainda que algumas tecnologias amplamente divulgadas podem auxiliar a<br />
obter e a disseminar o conhecimento, mas são de pouca ajuda, se o pessoal<br />
envolvido ou o indivíduo não estiver predisposto a usar ativamente a informação.<br />
Entretanto, é o uso da informação, e não a sua simples existência, que permite ás<br />
pessoas tomar decisões, pois é o ato ou a ação de cada um ou grupo no processo<br />
de administrarem os aspectos humanos da informação.<br />
Com a difusão da informação no mercado mundial, tornou-se esta fundamental para<br />
a sobrevivência da maioria das organizações, as quais passaram a depender tanto<br />
dela quanto de outros insumos.<br />
As empresas devem conhecer muito bem o mercado que querem atender, seus<br />
requisitos e a melhor estratégia de atuação entre tantos outros conhecimentos,<br />
necessários, como as regulamentações governamentais, cotações e balanços.<br />
Nenhuma organização sobrevive isoladamente, todas precisam da troca de<br />
informações com o ambiente externo.<br />
O Sistema de Informação Gerencial (SIG) é um instrumento básico para o processo<br />
decisório e este se direciona para resultados. Transformam dados em informação e<br />
essas informações serão utilizadas no processo decisório da organização.<br />
De acordo com Polloni (2001, p. 48) “a preocupação atual no planejamento de<br />
sistema de informação é a ação global de gerenciamento que envolve conceitos de<br />
planejamento, organização e controle”.<br />
Este processo de informação gerencial aperfeiçoa a sustentação das tomadas de<br />
decisão da empresa, pois permite ao executivo identificar uma solução,<br />
compreender o ambiente organizacional e com isso identificar os possíveis impactos<br />
que poderão provocar dentro da empresa.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 25 de 32
26 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
Segundo Ronchi (1997, p. 69) “para que um SIG seja eficiente é necessário ter uma<br />
significância das informações transmitidas, rapidez com que as informações fluem<br />
dos pontos sensores aos centros de decisão, e características do processo de<br />
decisão“.<br />
As organizações consistem de estruturas e processos que a preparam para o<br />
planejamento estratégico diante do seu mercado e para isso elas necessitam de um<br />
conhecimento prévio das condições da empresa e de seu ambiente externo e este<br />
conhecimento é verificado através das informações que lhe são disponíveis.<br />
Um sistema de informações pode ser considerado como um fluxo contínuo de<br />
informações que vão alimentando cada setor da fundação para o processo de<br />
tomada de decisões.<br />
O sistema de informação deve gerar informações úteis na forma de relatórios<br />
extraídos dos sistemas operacionais (contabilidade, contas a pagar e receber,<br />
compras, produção etc), que auxiliem os gestores da empresa na busca de soluções<br />
para os problemas da organização, a fim de otimizar os resultados da mesma.<br />
No entanto, muitas organizações do Terceiro Setor ainda não percebem os<br />
benefícios na contratação de um Controller e o que um sistema de informação<br />
gerencial pode trazer para o gestor no processo decisório.<br />
Oliveira (2000) descreve uma lista de benefícios que o sistema de informação<br />
gerencial pode trazer para as organizações:<br />
a) redução dos custos operacionais e administrativos<br />
b) melhor acesso às informações<br />
c) melhoria na produtividade<br />
d) melhorias nos serviços<br />
e) melhoria na tomada de decisão e estímulo na interação dos gestores<br />
f) melhoria na estrutura organizacional e na estrutura de poder<br />
g) redução do grau de centralização de decisões<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 26 de 32
h) melhoria na adaptação da fundação para enfrentar imprevistos<br />
Candido Jeronimo Flauzino 27<br />
O Sistema de Informação Gerencial é valioso para as organizações, além de ser um<br />
processo administrativo que engloba planejamento, organização e controle.<br />
As empresas são organizações sociais onde ocorre o fenômeno da<br />
produção de bens ou serviços. As empresas são organizações sociais que<br />
visam ao lucro. Elas funcionam como sistemas abertos, importando insumos<br />
do ambiente externo e que são convertidos em saídas ou resultados que<br />
retornam ao ambiente e que proporcionam a retroação necessária capaz de<br />
fornecer a indicação de como a empresa precisa adaptar-se<br />
adequadamente ao seu ambiente (CHIAVENATO, 2000, p. 65).<br />
De acordo com Oliveira (2000) o sistema de informação gerencial deve apresentar<br />
uma situação de custo abaixo dos benefícios que proporciona à fundação.<br />
Deve-se ter habilidade para estar identificando a necessidade das informações, pois<br />
se isso não ocorrer, o SIG poderá já nascer morto, pois ele não será alimentado<br />
como sistema (OLIVEIRA, 2000).<br />
Os principais aspectos que podem fortalecer o sistema de informações gerenciais<br />
nas empresas são:<br />
a) Um bom envolvimento com o sistema de informação gerencial é de suma<br />
importância para que este não se torne perda de reputação da empresa;<br />
b) Uma relação harmônica entre custo e benefício;<br />
c) A confiança neste sistema de informação mantendo uma estrutura de<br />
treinamento para os administradores e seu planejamento;<br />
d) Dados relevantes e atualizados.<br />
A eficiência do Controller ao administrar o SIG e os recursos que estarão envolvidos<br />
no processo de informação tais como recursos tecnológicos e humanos fortalecem a<br />
tomada de decisão.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 27 de 32
28 A Percepção de Corpo e o Processo de Morrer na Fala dos Pacientes Oncológicos em Fase Avançada da Doença<br />
3 CONCLUSÃO<br />
È no Terceiro Setor, em muitos casos, que a sociedade vai encontrar guarida, pois a<br />
ineficiência do Estado provoca uma grande procura pelos serviços oferecidos pelas<br />
ONG’s e Fundações.<br />
Esta demanda provoca a necessidade de uma nova reestruturação destas<br />
entidades, pois os serviços oferecidos, são na maioria voluntários, logo constamos<br />
uma carência de especialistas em determinadas áreas, principalmente de um<br />
Controller comprometido com a causa, de onde concluímos que um profissional<br />
remunerado se faz necessário.<br />
Assim vamos ter na figura do Controller a gerência que vai preocupar com a melhor<br />
preparação dos voluntários e o melhor gerenciamento dos recursos arrecadados.<br />
O Controller remunerado e ocupando cargo estratégico, se faz necessário pelo<br />
comprometimento administrativo e operacional, pois sua dedicação exclusiva vai<br />
fazer com que ele torne as informações mais claras, favorecendo a obtenção de<br />
recursos e naturalmente proporcionando condições para melhor capacitação e<br />
treinamento de seus colaboradores.<br />
Após esta revisão de literatura sintetizamos no quadro 2 as competências do<br />
Controller:<br />
QUADRO 2<br />
Competências do Controller<br />
Competências técnicas Habilidades Funções / atividades<br />
Contabilidade e finanças<br />
Sistemas de informações<br />
gerenciais<br />
Tecnologia da informação<br />
Aspectos legais de<br />
negócios e visão<br />
empresarial<br />
Métodos quantitativos<br />
Processos informatizados<br />
da produção de bens e<br />
serviços.<br />
Fonte: Adaptado pelo autor<br />
habilidade para analisar e interpretar dados<br />
contábeis e estatísticos de tal forma que se<br />
tornem a base para a ação;<br />
habilidade de expressar idéias claras por<br />
escrito, isto é , na linguagem adequada;<br />
habilidade para gerir pessoas, envolvendo-as<br />
no processo;<br />
habilidade para acompanhar as mudanças do<br />
mercado, além daquelas necessárias ao<br />
desenvolvimento<br />
ter iniciativa, visão de futuro, capacidade de se<br />
comunicar, liderança, imparcialidade e ética.<br />
Biblioteca Virtual Fantásticas Veredas – FGR, Belo Horizonte dez. 2008 p. 28 de 32<br />
projetar, implementar,<br />
coordenar e manter<br />
um sistema de<br />
controles internos<br />
capazes de atender<br />
adequadamente às<br />
necessidades de<br />
informação do<br />
processo de<br />
planejamento e<br />
controle da empresa.
Candido Jeronimo Flauzino 29<br />
De acordo com este quadro podemos perceber que a Controladoria participa como<br />
coordenadora do processo de gestão econômica da empresa, estabelecendo<br />
parâmetros comparativos na detecção de problemas além de colaborar na<br />
implementação de ações corretivas.<br />
Dentro deste contexto a Controladoria busca a otimização do resultado econômico<br />
global para a continuidade da empresa e o atingimento de sua missão.<br />
A função da Controladoria através da ação do Controller, confirma sua importância,<br />
pois demonstra as origens dos recursos e a forma como eles foram aplicados,<br />
revelando assim a transparência dos seus atos financeiros, facilitando a captação de<br />
recursos nacionais e internacionais para aplicação nos projetos e programas sociais<br />
do Terceiro Setor.<br />
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organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.<br />
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IOSCHPE, E.B. Terceiro setor. São Paulo: Paz e Terra, 2000.<br />
JUNQUEIRA, L. A. P. Voluntariado e gestão das políticas públicas. São<br />
Paulo:Futura, 2002.<br />
KANITZ, S. “Solidariedade competente”. Inovações empresariais. Grupo Ticket.<br />
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MELO NETO, F.P. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a<br />
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