Mesorregião Geográfica Noroeste Paranaense - Ipardes
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A taxa líquida de migração resulta do quociente entre o<br />
saldo migratório da década e a população observada<br />
(censitária) ao final do período. Quando positiva, indica a<br />
proporção da população observada que resultou do processo<br />
migratório da década. Quando negativa, representa a<br />
proporção da população observada que deveria ser<br />
acrescida a esta, caso a região em estudo tivesse se<br />
mantido fechada à migração, no período.<br />
Leituras Regionais<br />
Nas décadas seguintes, esse processo permaneceu dos mais elevados do Estado, e, a despeito do significativo<br />
crescimento das áreas urbanas, o peso populacional da região no total do Estado sofreu sucessivas quedas ao<br />
longo do período 1970-2000, reduzindo-se pela metade (tabela A.2.2).<br />
Sem dúvida, o componente migratório, nesse cenário demográfico, vem tendo um peso substantivo. No<br />
bojo das transformações modernizantes das atividades agrícolas, o meio rural da região vem experimentando saldos<br />
migratórios negativos bastante elevados no transcorrer das últimas décadas do século XX, dos mais expressivos do<br />
Estado, mantendo esse destaque também nos anos 90 (tabela A.2.3). Chama a atenção o fato de que mesmo suas<br />
áreas urbanas começam a experimentar saldos e taxas líquidas de migração 2 negativos, reforçando o caráter expulsor<br />
do <strong>Noroeste</strong> e o predomínio das perdas populacionais para fora da região (gráfico 2.2).<br />
Os dados relacionados à movimentação populacional ocorrida no qüinqüênio 1995/2000 confirmam<br />
essa tendência (tabela 2.2). Não obstante o fato de que, na análise comparada entre as mesorregiões do Estado,<br />
a do <strong>Noroeste</strong> revela-se uma área de razoável absorção populacional, recebendo fluxos imigratórios procedentes<br />
tanto de outros estados do país quanto de outras mesorregiões paranaenses, é certo que, igualmente, destaca-se<br />
como ponto de origem de fortes perdas migratórias, mantendo um saldo negativo nas trocas populacionais.<br />
Subjacentes às alterações na dinâmica de crescimento populacional da região, fortemente condicionadas<br />
pelos processos migratórios, interagem também as mudanças no comportamento reprodutivo e no perfil de mortalidade<br />
da população, observadas no período. Desde meados da década de 60 várias regiões do Brasil passaram a experimentar<br />
uma trajetória firme e continuada de declínio da fecundidade, inserindo o país em um quadro irreversível de transição<br />
demográfica. A população do Paraná acompanhou pari passu esse processo e, apesar da existência de diferenciais<br />
regionais intra-estaduais, já no início dos anos 90 demonstrava padrões de controle efetivo e continuado do tamanho<br />
de suas proles. O número médio de filhos tidos nascidos vivos por mulher no transcorrer do período reprodutivo,<br />
estimado para o Estado na década de 1980, situava-se em 2,7, nível ligeiramente acima daquele experimentado pela<br />
população da mesorregião <strong>Noroeste</strong>, de 2,4 (MAGALHÃES, 2003).<br />
Mesorregião <strong>Noroeste</strong><br />
Geográfica <strong>Paranaense</strong><br />
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