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APL de Agroturismo da Região das Montanhas Capixaba

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A permanência dos fatores limitantes certamente contribuirá para um <strong>de</strong>senvolvimento lento do setor,<br />

on<strong>de</strong> se tornam comuns casos <strong>de</strong> empreendimentos fracassados, interrupção no processo <strong>de</strong><br />

conversão ou o retorno ao mo<strong>de</strong>lo agroquímico. A exclusão <strong>da</strong> agricultura familiar, que ocorreu no<br />

processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong> agricultura, po<strong>de</strong>rá ocorrer também com a agricultura orgânica e as<br />

conseqüências sociais e ambientais são por <strong>de</strong>mais conheci<strong>da</strong>s: insegurança alimentar, crescimento<br />

<strong>de</strong> casos <strong>de</strong> intoxicação por agrotóxicos e contaminação dos recursos naturais, migração,<br />

empobrecimento, crescimento <strong>da</strong> masculinização do meio rural, violência urbana, comprometimento<br />

do meio ambiente, etc.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> economia, o crescimento do setor sem a minimização dos fatores limitantes,<br />

possibilitará apenas a sobrevivência <strong>da</strong> produção empresarial mais consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>, provavelmente,<br />

volta<strong>da</strong> para a exportação <strong>de</strong> uma gama menor <strong>de</strong> produtos, sem que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> capixaba,<br />

sobretudo o consumidor <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> mais achata<strong>da</strong> e escolares <strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública, possa ter acesso aos<br />

benefícios <strong>da</strong> alimentação com produtos orgânicos.<br />

e) Café<br />

O Estado do Espírito Santo, tradicional produtor <strong>de</strong> café arábica, encontra-se na segun<strong>da</strong> posição do<br />

ranking nacional na produção <strong>de</strong> café, principalmente pelo gran<strong>de</strong> incremento na área cultiva<strong>da</strong> com<br />

a espécie robusta, sendo, atualmente, responsável por 70% <strong>da</strong> produção nacional <strong>de</strong>ssa espécie, o<br />

que o coloca na posição <strong>de</strong> primeiro produtor nacional <strong>de</strong> café robusta.<br />

A totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos municípios do Estado tem produção <strong>de</strong> café. Das 82.400 proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s rurais, 56.169<br />

têm no café a sua principal fonte <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>, sendo 40,4% com predominância do café arábica e 59,6%<br />

com café robusto.<br />

A área planta<strong>da</strong> com café está em cerca <strong>de</strong> 220 mil ha. para arábica e 330 mil ha. para conilon. Em<br />

café arábica, a mão-<strong>de</strong>-obra utiliza<strong>da</strong> na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é composta por 44% <strong>de</strong> proprietários, 51% <strong>de</strong><br />

parceiros rurais e 5% <strong>de</strong> empregados e, em conilon, por 47% <strong>de</strong> proprietários, 47% <strong>de</strong> parceiros<br />

rurais e 6% <strong>de</strong> empregados, envolvendo diretamente nas lavouras cerca <strong>de</strong> 360 mil trabalhadores e<br />

<strong>de</strong>monstrando a importância <strong>da</strong> agricultura familiar e seus <strong>de</strong>sdobramentos econômicos, sociais e<br />

ambientais nas relações <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> café, tanto do arábica quanto do robusta no Espírito Santo.<br />

Ressalte-se, ain<strong>da</strong>, o tamanho médio <strong>da</strong>s lavouras <strong>de</strong> café arábica, com 8,65 ha, e <strong>de</strong> robusta, com<br />

9,85 ha. Outro fator que merece <strong>de</strong>staque refere-se à estratificação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s cafeeiras <strong>de</strong><br />

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