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Access to cataract surgery in public and private health systems ...

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TERAPIA ANTIANGIOGÊNICA ASSOCIADA À FOTOCOAGULAÇÃO A LASER NO TRATAMENTO DE MEMBRANA NEOVASCULAR SUB-RETINIANA: RELATO DE CASO<br />

neração epitelial, proporcion<strong>and</strong>o hiperfluorescência por defei<strong>to</strong><br />

“em janela” nas fases circulatórias, em quadro de DMRI. No OE observou-se<br />

descolamen<strong>to</strong> seroso em região macular e hemorragias subret<strong>in</strong>ianas<br />

hipofluorescentes em <strong>to</strong>das as fases do exame, provenientes<br />

de MNSR do tipo clássica, justafoveal, ger<strong>and</strong>o hiperfluorescência<br />

progressiva em <strong>in</strong>tensidade e extensão. Procedeu-se ao<br />

estudo com a <strong>to</strong>mografia de coerência óptica (OCT) onde foi encontrada<br />

em OE presença de MNSR com área bem delimitada de elevação<br />

do epitélio pigmentário da ret<strong>in</strong>a nasal à fóvea e fluido subsensorial<br />

ao redor da lesão (Figura 1A). O OD apresentava perfil macular<br />

de con<strong>to</strong>rno e espessura normais. O paciente foi orientado sobre<br />

riscos e benefícios da terapia com bevacizumab, e op<strong>to</strong>u-se pelo<br />

tratamen<strong>to</strong>. Foi aplicada <strong>in</strong>jeção <strong>in</strong>travítrea de 1,25 mg de bevacizumab<br />

(Avast<strong>in</strong> ® ) no OE sem nenhuma <strong>in</strong>tercorrência. Após um mês<br />

do procedimen<strong>to</strong>, o paciente apresentava acuidade visual de 0,5 e<br />

os exames complementares (angiografia fluoresceínica e OCT) demonstravam<br />

presença de MNSR a<strong>in</strong>da em atividade. Foram realizadas<br />

mais duas aplicações da terapia antiangiogênica, no período de<br />

dois meses, devido à persistência do edema macular e atividade da<br />

membrana neovascular. Quatro dias após a 3ª <strong>in</strong>jeção, a membrana<br />

neovascular sub-ret<strong>in</strong>iana apresentava-se como um remanescente<br />

extrafoveal (Figura 1B). A OCT revelava presença de elevação do<br />

epitélio pigmentário da ret<strong>in</strong>a nasal à fóvea, e fluido subsensorial.<br />

AV era de 0,6. Foi então realizada terapia de fo<strong>to</strong>coagulação focal<br />

com laser na membrana extrafoveal. Os exames evidenciavam<br />

MNSR sem s<strong>in</strong>ais de atividade, e redução significativa do edema<br />

macular, comparado aos exames anteriores (Figura 2). AV foi a 0,8.<br />

Dois anos após a última <strong>in</strong>tervenção o paciente segue sem queixas e<br />

mantêm a AV de 0,8 no olho esquerdo.<br />

DISCUSSÃO<br />

O desenvolvimen<strong>to</strong> de uma terapêutica efetiva e duradoura para<br />

o tratamen<strong>to</strong> de DMRI persiste sendo um gr<strong>and</strong>e desafio para os<br />

oftalmologistas na atualidade. O tratamen<strong>to</strong> com <strong>in</strong>jeções <strong>in</strong>travítreas<br />

de agentes antiangiogênicos trouxe novas perspectivas para o<br />

manejo da forma exsudativa da doença. Embora estudos tenham<br />

demonstrado o ganho de mais de uma a duas l<strong>in</strong>has de AV e preservação<br />

visual em comparação a valores basais pré-tratamen<strong>to</strong> (9) , seu<br />

sucesso exige diversas aplicações; o que aumenta o risco global do<br />

tratamen<strong>to</strong>, eleva seu cus<strong>to</strong> e pode levar à perda da sua eficácia a<br />

longo prazo (10) . A TFC aplicada no presente caso agiu como importante<br />

fa<strong>to</strong>r adjuvante no controle da doença. Por ser uma doença de<br />

gr<strong>and</strong>e complexidade, a DMRI requer a abordagem <strong>in</strong>dividualizada<br />

A<br />

B<br />

Figura 1. A) 24/11/06 - Apresentação <strong>in</strong>icial (AV 0,1 em OE); B) 15/05/07 - Após 3ª <strong>in</strong>jeção de bevacizumab (AV 0,6 em OE).<br />

Figura 2. 13/08/07 - Após fo<strong>to</strong>coagulação focal (AV 0,8 em OE).<br />

372 Arq Bras Oftalmol. 2011;74(5):371-3

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