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Agenda 2025 - Ministério da Planificação e Desenvolvimento

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AGENDA <strong>2025</strong><br />

Visão e Estratégias <strong>da</strong> Nação<br />

<strong>Agen<strong>da</strong></strong><br />

<strong>2025</strong><br />

32<br />

Em relação aos órfãos de mães seropositivas registaram-se 233.000 em 2001 e este número<br />

tende a subir, prevendo-se que, em 2010, este número chegue a 900.000 órfãos.<br />

Em 2010, o número de novos casos poderá atingir 170.000 e o número de mortes<br />

resultantes de HIV /SIDA, num espaço de dez anos, 1999-2008, será de quase 1.000.000,<br />

caso não haja uma intervenção imediata e eficaz.<br />

As projecções para <strong>2025</strong> dependem fun<strong>da</strong>mentalmente do impacto que possa resultar <strong>da</strong>s<br />

acções previstas no Programa Nacional de Prevenção e Combate ao HIV/SIDA, <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça<br />

de atitude e do comportamento <strong>da</strong>s pessoas, <strong>da</strong> evolução natural <strong>da</strong> própria pandemia e<br />

do impacto dos últimos avanços <strong>da</strong> medicina. Comparando-se com a experiência de alguns<br />

Países <strong>da</strong> região, admite-se que, até <strong>2025</strong> a prevalência se situará entre 15 a 20%.<br />

O HIV/SIDA tem consequências no desenvolvimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, porque afecta os<br />

adultos, maioritariamente o grupo etário mais activo e produtivo, entre os 15 e os 49<br />

anos, numa fase de vi<strong>da</strong> produtiva. Esta infecção terá um efeito nos recursos humanos<br />

dos serviços governamentais, especialmente aqueles cuja força de trabalho é móvel e de<br />

risco. Incluem-se aqui trabalhadores de construção civil, construção de estra<strong>da</strong>s, condutores<br />

de camiões de mercadoria, mineiros, forças policiais, militares e paramilitares; e<br />

quadros de nível superior especializados que, por razões de serviço, têm que viajar por<br />

todo o País ou fora dele.<br />

Outras endemias graves que são causa habitual de morte <strong>da</strong>s populações são a malária,<br />

primeira causa de mortali<strong>da</strong>de, a cólera e a tuberculose entre outras doenças<br />

endémicas, também com alto índice de letali<strong>da</strong>de, para as quais o País é vulnerável,<br />

como o dengue e o ébola que já existem nos Países vizinhos e, mais recentemente, a<br />

pneumonia atípica que surgiu na Ásia e que pode espalhar-se pelo mundo se não for<br />

controla<strong>da</strong>.<br />

Moçambique é extremamente vulnerável às calami<strong>da</strong>des naturais. A maior parte <strong>da</strong><br />

população vive nas zonas rurais e em situação precária, quer em termos de alimentação,<br />

quer em termos habitacionais, de abastecimento de água e ambientais. Qualquer alteração<br />

do meio ambiente como inun<strong>da</strong>ções, secas, ciclones, provoca consequências sérias<br />

na quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas e desorganiza as bases <strong>da</strong> sua sobrevivência.<br />

A possibili<strong>da</strong>de de agudização de conflitos, não excluindo o armado, é sempre uma<br />

ameaça ao capital humano e à paz. Moçambique não se pode considerar imune a esta<br />

hipótese. Estes conflitos poderão ressurgir devido a factores internos como o desemprego,<br />

a fome, o baixo nível de vi<strong>da</strong> e de salários, o fosso ca<strong>da</strong> vez maior entre ricos e<br />

pobres, entre a miséria e a ostentação, a corrupção generaliza<strong>da</strong>, os conflitos étnicos,<br />

fenómenos de exclusão e assimetrias; as lutas partidárias e a disputa pelo poder que<br />

podem criar um clima de instabili<strong>da</strong>de, propício ao início de uma convulsão social. A<br />

nível externo, podem derivar de conflitos de fronteiras, <strong>da</strong> disputa pelos recursos naturais<br />

e vias comerciais.<br />

Outros indicadores <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população, como o abastecimento <strong>da</strong><br />

água potável, habitação condigna e esgotos, colocam o capital humano nos níveis mais<br />

baixos de desenvolvimento.<br />

Importa aqui referir os efeitos <strong>da</strong>s doenças hídricas ocasiona<strong>da</strong>s pelo consumo de<br />

água imprópria ou por se habitar perto de águas inquina<strong>da</strong>s, sendo de assinalar a febre<br />

tifóide, a cólera, a disenteria, a gastroenterite, a hepatite, a malária e a bilharziose, entre<br />

outras, como potenciais causadores de epidemias e de mortes precoces.<br />

Moçambique importa a totali<strong>da</strong>de de medicamentos de que necessita na maioria dos<br />

casos sob forma de donativos. A situação torna-se crítica quando eclode uma epidemia<br />

porque os medicamentos requeridos estão esgotados, o que agrava o índice de mortali<strong>da</strong>de.

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