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PRAXIS - Instituto Superior de Engenharia do Porto

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a nossa TecnoLogia<br />

A PERSEVERANçA E AMBIçãO COMO<br />

FORçA DE ARRANqUE<br />

Rui Abreu explica-nos que, muitas vezes, “as empresas não têm disponibilida<strong>de</strong><br />

nem meios para produzir investigação e encontrar novos<br />

méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> funcionamento”. E é aí, alu<strong>de</strong>, “que <strong>de</strong>vem entrar<br />

as instituições <strong>de</strong> ensino superior, dispostas a colmatar essas falhas”.<br />

Acrescenta ainda que “o facto <strong>de</strong> haver canais <strong>de</strong> comunicação abertos<br />

ajuda a que se consiga evoluir e estar sempre atento a novas abordagens<br />

e novos projetos que vão surgin<strong>do</strong>”. Se, por um la<strong>do</strong>, as empresas<br />

beneficiam <strong>do</strong> conhecimento importa<strong>do</strong> da aca<strong>de</strong>mia, por outro, as<br />

escolas <strong>de</strong> ensino superior beneficiam <strong>do</strong> conhecimento adquiri<strong>do</strong> nas<br />

experiências da vida industrial real e <strong>do</strong> trabalho no terreno.<br />

Rui Abreu foi o primeiro aluno no ISEP a terminar a dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong><br />

em <strong>Engenharia</strong> Eletrotécnica - Sistemas Elétricos <strong>de</strong> Energia. “o<br />

Rui é um exemplo <strong>de</strong> aluno que nós gostávamos <strong>de</strong> ter muitas vezes,<br />

e temos”, congratulam-se os orienta<strong>do</strong>res, Zita vale e Adriano Santos.<br />

De acor<strong>do</strong> com os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> ISEP, o facto <strong>de</strong> Rui Abreu ter “uma<br />

ativida<strong>de</strong> profissional há vários anos, e ter já uma maturida<strong>de</strong> ao nível<br />

<strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> engenharia e aplicação real no dia-a-dia da indústria é<br />

muito importante para iniciar um projeto como este”.<br />

A IMPORTâNCIA DA<br />

MULTIDISCIPLINARIDADE<br />

o projeto <strong>de</strong> Rui Abreu envolve o Departamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Eletrotécnica,<br />

o Centro <strong>de</strong> Investigação e Desenvolvimento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

Mecânica (CIDEM) e o Grupo <strong>de</strong> Investigação em <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> Conhecimento<br />

e Apoio à Decisão (GECAD). E esta “mistura” <strong>de</strong> saberes é,<br />

segun<strong>do</strong> o próprio, fundamental para o sucesso <strong>do</strong> projeto. “Quan<strong>do</strong><br />

entramos no terreno e na indústria <strong>de</strong>ve haver uma distância da tendência<br />

académica que leva a centralizarmo-nos num conhecimento<br />

muito específico. A realida<strong>de</strong> acaba por ser pluridisciplinar”. ou seja,<br />

um sistema po<strong>de</strong> estar em perfeitas condições ao nível eletrotécnico,<br />

mas se houver uma falha mecânica, acaba por não funcionar. Para Rui<br />

Abreu, a ajuda <strong>de</strong> <strong>do</strong>is professores - Zita vale e Adriano Santos - com<br />

conhecimentos distintos, mas complementares, foi “fundamental” e<br />

acabou por “tornar o projeto mais rico, mais sustenta<strong>do</strong> e sóli<strong>do</strong>”. Para<br />

os professores que orientaram o trabalho, “a experiência <strong>do</strong> Rui foi importantíssima.<br />

os anos que ele tem <strong>de</strong> trabalho na indústria <strong>de</strong>ram-lhe<br />

consciência da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementar os saberes”.<br />

outro mérito <strong>de</strong> Rui Abreu foi, segun<strong>do</strong> os seus orienta<strong>do</strong>res, uma vez<br />

avança<strong>do</strong> o projeto, “ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mantê-lo vivo ao longo <strong>do</strong><br />

tempo. é um problema que existe com os alunos, porque a vida profissional<br />

e familiar po<strong>de</strong> absorver muito tempo. o Rui sabia que o trabalho<br />

<strong>de</strong> tese era para ir fazen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os dias e conseguiu terminá-lo<br />

com sucesso”.<br />

Adriano Santos não poupa elogios e conclui, “ o Rui superou tu<strong>do</strong> aquilo<br />

que estávamos à espera. Ele veio valorizar a i<strong>de</strong>ia <strong>do</strong>s nossos mestra<strong>do</strong>s.<br />

é a prova <strong>de</strong> que os nossos alunos <strong>de</strong>vem entrar no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho, e só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>cidir o tipo <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> que querem fazer para<br />

virem com uma postura diferente. o Rui veio <strong>de</strong>monstrar as potencialida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong>s nossos mestra<strong>do</strong>s”.<br />

UM VERDADEIRO TRABALHO gLOBAL<br />

o projeto está a ser implementa<strong>do</strong> em Portugal e, num futuro próximo,<br />

será instala<strong>do</strong> em unida<strong>de</strong>s industriais em Angola, Moçambique, áfrica<br />

<strong>do</strong> Sul e Índia. De acor<strong>do</strong> com Rui Abreu, “em cada cliente surgem<br />

novas dificulda<strong>de</strong>s”. Rui Abreu cita o caso específico <strong>do</strong> Egito, on<strong>de</strong> o<br />

gran<strong>de</strong> problema “residiu na programação das consolas, porque foi necessário<br />

usar símbolos iconográficos, em vez <strong>do</strong> alfabeto tradicional.<br />

Por isso, foi necessário arranjar um tradutor”. Assim, “programar um<br />

simples equipamento em laboratório, que em Portugal seria feito na<br />

hora, no Egito tornou-se uma dificulda<strong>de</strong> enorme”, acrescenta. De acor<strong>do</strong><br />

com o autor <strong>do</strong> trabalho, o sistema <strong>de</strong> e-maintenace po<strong>de</strong> ser adapta<strong>do</strong><br />

a “qualquer tipo <strong>de</strong> indústria, como por exemplo, a da ma<strong>de</strong>ira.”

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