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Anais do XIII Encontro Nacional da ANPPOM Música no Século XXI ...

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X I I I <strong>Encontro</strong> <strong>da</strong> Associação <strong>Nacional</strong> de Pesquisa e Pós-Graduação em <strong>Música</strong><br />

3) Discutir particularmente as relações entre as pesquisas passa<strong>da</strong>s<br />

de música de tradição oral <strong>no</strong> Brasil e as atuais. Diferentemente de boa parte<br />

de seus colegas <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong>s ou europeus, os et<strong>no</strong>musicólogos brasileiros<br />

encontram-se primariamente ocupa<strong>do</strong>s em estu<strong>da</strong>r a música de seu próprio<br />

país. Que conseqüências traz esta posição para o estilo <strong>da</strong> et<strong>no</strong>musicologia<br />

brasileira? Uma delas, sem dúvi<strong>da</strong>, é a de estar “voltan<strong>do</strong> aos mesmos<br />

assuntos”, pois somos confronta<strong>do</strong>s hoje, em muitos casos, com tradições<br />

musicais que já haviam mereci<strong>do</strong> a atenção de Mário de Andrade, Luiz Heitor,<br />

<strong>do</strong>s folcloristas e outros. (Na mesma linha de reflexão, é de particular<br />

importância discutir a situação <strong>do</strong>s arquivos fo<strong>no</strong>gráficos <strong>no</strong> país, em especial<br />

os constituí<strong>do</strong>s de gravações de campo.) Esse confronto com o passa<strong>do</strong><br />

representa uma diferença em relação à et<strong>no</strong>musicologia mainstream, que tem<br />

preferi<strong>do</strong> a sincronia à diacronia, a estrutura à história. Em que medi<strong>da</strong> a<br />

relativização destas anti<strong>no</strong>mias, que vem sen<strong>do</strong> pratica<strong>da</strong> à sua maneira pela<br />

Et<strong>no</strong>musicologia <strong>no</strong> Brasil, pode contribuir para a construção de <strong>no</strong>vos<br />

paradigmas científicos?<br />

4) Discutir os problemas suscita<strong>do</strong>s pela fricção entre práticas<br />

musicais tradicionais, globalização e políticas culturais públicas e priva<strong>da</strong>s. A<br />

música brasileira vem sen<strong>do</strong> um palco privilegia<strong>do</strong> para a re-definição de<br />

categorias como “tradicional”, “popular”, “folclórico”, “world-music” etc.<br />

Assim, é mais <strong>do</strong> que oportu<strong>no</strong> discutir as posições <strong>do</strong>s et<strong>no</strong>musicólogos<br />

diante de assuntos como: o interesse crescente <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de discos por<br />

gravações de música de tradição oral; a <strong>no</strong>va legislação <strong>do</strong> IPHAN referente ao<br />

registro <strong>do</strong> “patrimônio imaterial” etc.<br />

5) Discutir as relações entre Et<strong>no</strong>musicologia e Educação Musical,<br />

em to<strong>do</strong>s os níveis. A reflexão sobre a Educação Musical <strong>no</strong> Brasil vem pelo<br />

me<strong>no</strong>s desde Villa-Lobos se ocupan<strong>do</strong> <strong>da</strong> questão <strong>da</strong> incorporação de práticas<br />

musicais populares aos currículos. Será que Et<strong>no</strong>musicologia é um assunto<br />

relativo apenas à pós-graduação, ou a disciplina tem uma palavra a dizer <strong>no</strong><br />

que se refere à formação <strong>do</strong>s músicos de maneira geral, como sugeria John<br />

Blacking <strong>no</strong> clássico How musical is man?<br />

6) Discutir propostas visan<strong>do</strong> aumentar o intercâmbio de<br />

informações entre et<strong>no</strong>musicólogos, e também entre estes e demais<br />

interessa<strong>do</strong>s nas manifestações musicais populares brasileiras.<br />

Referências Bibliográficas<br />

Blacking, John (1973). How musical is man? Seattle/Lon<strong>do</strong>n: University of Washington Press.<br />

Grupos de Trabalho 3

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