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Anais do XIII Encontro Nacional da ANPPOM Música no Século XXI ...

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X I I I <strong>Encontro</strong> <strong>da</strong> Associação <strong>Nacional</strong> de Pesquisa e Pós-Graduação em <strong>Música</strong><br />

Daniela Mercury, 2000), refletin<strong>do</strong> sobre as exigências impostas pela televisão<br />

na produção, estética e repercussão <strong>da</strong> música popular.<br />

No campo <strong>da</strong> et<strong>no</strong>musicologia, Elizabeth Travassos discute a<br />

embola<strong>da</strong> enquanto gênero, discriminan<strong>do</strong> entre performances vocais <strong>do</strong><br />

Nordeste um grupo de peças canta<strong>da</strong>s <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de traços exclusivos. Esses traços<br />

(reiteração fônica, paralela às célebres seqüências de <strong>no</strong>tas rebati<strong>da</strong>s;<br />

compressão <strong>do</strong>s versos e aceleração <strong>do</strong> an<strong>da</strong>mento, produzin<strong>do</strong> a impressão de<br />

canto “embola<strong>do</strong>"; autoreferenciali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> texto, que desvia a atenção <strong>do</strong><br />

ouvinte <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> para o “valor so<strong>no</strong>ro” <strong>da</strong>s palavras; presença <strong>do</strong><br />

maravilhoso em alguns exemplos, conjugan<strong>do</strong> elementos incompatíveis e<br />

ordens de reali<strong>da</strong>de aparentemente excludentes) a levam a considerar as<br />

<strong>no</strong>rmas genéricas que delimitam a embola<strong>da</strong>, apesar <strong>da</strong> resistência de Mário de<br />

Andrade e Oney<strong>da</strong> Alvarenga ("maneira de cantar" para ele ou “processo<br />

poético-musical” para ela) em reconhecê-la.<br />

Na área de história, Márcia Tabor<strong>da</strong> discute as implicações <strong>do</strong><br />

conceito de cultura popular diante <strong>da</strong> inserção <strong>do</strong> violão na socie<strong>da</strong>de e na<br />

cultura <strong>do</strong> Rio de Janeiro (1870 -1930); Luiz Otávio Braga traz as<br />

contribuições de Orestes Barbosa e Francisco Guimarães (sobre o samba) e<br />

Alexandre Pinto (sobre o choro) para a construção <strong>do</strong> conceito de originali<strong>da</strong>de<br />

musical carioca como um valor positivo <strong>da</strong> mestiçagem brasileira. Esses<br />

depoimentos são discuti<strong>do</strong>s à luz <strong>da</strong> ideologia nacionalista que perpassa os<br />

estu<strong>do</strong>s sobre música brasileira conduzi<strong>do</strong>s por Mário de Andrade e Renato<br />

Almei<strong>da</strong>.<br />

No campo <strong>da</strong> musicologia a preocupação é de ordem meto<strong>do</strong>lógica,<br />

<strong>da</strong> busca de ferramentas de análise adequa<strong>da</strong>s ao estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> música popular.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, Martha Ulhôa discute alguns aspectos (significação secundária,<br />

segmentação, nível de competência musical) <strong>da</strong> análise clássica que Philip<br />

Tagg fez <strong>da</strong> trilha <strong>do</strong> seria<strong>do</strong> de TV, Kojak; Felipe Trotta faz uma revisão <strong>da</strong><br />

literatura sobre análise <strong>da</strong> música popular, basea<strong>do</strong> em Middleton, Tagg, Tatit<br />

e Nattiez; e Mônica Leme investiga a suposta aproximação <strong>da</strong> música cria<strong>da</strong><br />

pelo "É o Tchan" com o samba de ro<strong>da</strong> baia<strong>no</strong>, utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> análise<br />

paradigmática de Ruwet para comparar o parentesco <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is exemplos em<br />

relação a seus motivos melódico-rítmicos.<br />

Grupos de Trabalho 21

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