RL #34 [quadrimestral. MarÃ§o 2012] - Universidade de Coimbra

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UM “PORTO SEGURO” PARA OS ESTUDANTES BRASILEIROS QUE APORTAM A COIMBRA ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES E ESTUDANTES BRASILEIROS EM COIMBR A 36 RL #34 | OFICINA DOS SABERES RIBALTA
APEB | COIMBRA VIVIANE SILVA CARRICO RODRIGUES* “Navegar é preciso, Viver…” Ao debruçar sobre as várias interpretações, questões e indagações que advêm desta pequena frase, apenas, ou só apenas vem a mente uma outra simples palavra que é transição. Só os que já vivenciaram a experiência de migrar, conseguirão ter a sensibilidade de perceber todas as mais variadas sensações e sentimentos que trás um momento de transição, sendo principalmente os de dúvida, medo, saudade, expectativa, esperança, felicidade, e é justamente aqui, neste turbilhão de sentimentos, que o “viver” do verso (“navegar é preciso, viver…”) ganha realmente significado. A cidade de Coimbra e sua famosa Universidade são multiculturais. No primeiro Semestre do ano letivo de 2011/2012 a Universidade de Coimbra (UC) acolheu alunos estrangeiros provenientes de 42 países diferentes e foi considerada, em 2011, a melhor universidade portuguesa no “QS Top World University Rankings”, tendo como peso valorativo nesta classificação o número de estudantes internacionais. A APEB-Coimbra A Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (APEB-Coimbra) nasceu em 2004, com um espírito de entreajuda e a constatação de uma necessidade de melhor acolher os muitos estudantes brasileiros, tendo sempre como missão, ser um “Porto Seguro”. Contudo, a Associação tem passado por constantes mudanças, devido a grande mobilidade de seus associados e dirigentes, embora nunca perdendo o foco de ser uma associação responsável pela integração destes estudantes a variados níveis. Entretanto, apesar dos esforços através da criação de novas parcerias (por exemplo, com SDDH/ AAC - Secção de Defesa dos Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra, Projeto Saudar-Graal Coimbra, Associação Mais Brasil no Porto, entre outras) e após algumas conversações e reuniões com a Reitoria da UC, Faculdade de Direito da UC e Embaixada do Brasil, uma das grandes batalhas é ainda a falta de sede-física, que impossibilita a dignificação de um melhor apoio aos estudantes brasileiros. Estima- -se que 10 por cento dos alunos da UC, sejam oriundos do Brasil, por isso, a falta de sede, bem como outras questões como a burocratização e o tempo irrazoável do deferimento dos vistos de estudos, entre outros, trás todos os anos imensas dificuldades de se proporcionar uma efetiva integração destes estudantes. Apesar de muitas barreiras, tem-se conseguido com a atual Direção realizar atividades como conferências e sessões de esclarecimentos ao longo do ano, sempre tendo como tema as necessidades vivenciadas pelos estudantes brasileiros; atividades desportivas (Futebol, Voleibol), a primeira, realizada todos os sábados no Campo de Santa Cruz, recebendo a presença de estudantes não só brasileiros, mas também de outras nacionalidades, promovendo na prática uma efetiva integração. Temos que destacar com muita ênfase a atividade intercultural mais conhecida da APEB, que se realiza no Centro Cultural Dom Dinis todas as sextas feiras, com a Banda Forrócatu/Sambajah, formada entre associados da APEB. Por tudo isto, a Cidade de Coimbra e a UC ganham com o trabalho que, apesar de todas as barreiras, a APEB ao longo destes anos vem desenvolvendo. Lembrando que para toda e qualquer informação sobre estas e outras atividades, a APEB recomenda a navegação pelo sítio http:// apebcoimbra.webs.com/, bem como o envio de dúvidas, pedidos, sugestões e ideias para o apebcoimbra@ gmail.com, estando também no Facebook. O lema ao chegar neste porto que é a APEB, é muito simples: embarque connosco nesta viagem de integração intercultural, respeitando as diferenças e usufruindo o que Portugal, e especialmente Coimbra através da UC, têm de melhor. * Presidente da APEB-Coimbra, Jurista e Mestranda pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
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