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Text - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

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perío<strong>do</strong>s colonial, real, imperial e republicano, até então. Este patriota mobilizou-se para a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong><br />

uniforme histórico <strong>do</strong>s dragões.<br />

Em 1923, um projeto <strong>de</strong> lei aprovou a a<strong>do</strong>ção, pelo 1º Regimento <strong>de</strong> Cavalaria <strong>de</strong> Guardas,<br />

<strong>do</strong> antigo uniforme da guarda <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r, com pequenas modificações. Os militares com este<br />

uniforme passaram as ser chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> “Dragões da In<strong>de</strong>pendência”. Este uniforme histórico é<br />

utiliza<strong>do</strong> até hoje pelo regimento, que está sedia<strong>do</strong> na capital fe<strong>de</strong>ral, Brasília, e que é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o<br />

her<strong>de</strong>iro daquela guarda <strong>de</strong> honra.<br />

A farda característica <strong>do</strong>s Dragões da In<strong>de</strong>pendência, que traz brilho e garbo para as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> cerimonial da atual Presidência da República, foi concebida pelo pintor francês Jean<br />

Baptiste Debret, durante a missão artística francesa no Brasil que começou em 1816. Provavelmente<br />

foi a<strong>do</strong>tada entre 1820 e 30, sen<strong>do</strong> publicada na prancha Nº 22, <strong>do</strong> 3º Tomo, da notável obra<br />

"Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, impressa em 1839. O fardamento homenageia a Imperatriz<br />

Maria Leopoldina, esposa <strong>de</strong> D. Pedro e Arquiduquesa d'Áustria, e tem inspiração no uniforme <strong>do</strong>s<br />

dragões daquele império europeu.<br />

Logo após a in<strong>de</strong>pendência, os mo<strong>de</strong>los <strong>do</strong>s uniformes continuaram seguin<strong>do</strong> as tendências<br />

europeias. Houve, todavia, uma simplificação nos colori<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s <strong>de</strong>talhes, na diversida<strong>de</strong> das cores<br />

<strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s e nos enfeites e formatos das coberturas. O motivo da mo<strong>de</strong>rnização se <strong>de</strong>u pela evolução<br />

da forma <strong>de</strong> se combater e mesmo pela maior simplicida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> civil se vestir. Os coletes,<br />

sobrecasacas e culotes foram substituí<strong>do</strong>s por calças e túnicas simples.<br />

No final <strong>do</strong> século XIX, também foram acompanhadas as tendências mundiais da praticida<strong>de</strong><br />

e da simplicida<strong>de</strong>. As peças aristocráticas permaneceram reservadas aos uniformes <strong>de</strong> gala. A<br />

influência francesa ficou registrada pela a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> calças garanças (vermelhas) e túnicas azuis. Os<br />

mo<strong>de</strong>los europeus, em geral, influenciaram as coberturas que imitavam as <strong>de</strong> origem prussiana ou<br />

francesa; as insígnias <strong>de</strong> postos hierárquicos e os <strong>de</strong>talhes nas coberturas, imitavam os laços<br />

húngaros, por exemplo.<br />

No início <strong>do</strong> século XX a tendência mundial pelo uso <strong>de</strong> cores sóbrias, como o cáqui, foi<br />

seguida <strong>de</strong> imediato pelo Exército Brasileiro. Os colori<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s exércitos europeus foram substituí<strong>do</strong>s<br />

por trajes beges, marrons, cinzas... Estas novas cores a<strong>do</strong>tadas permitiram que os solda<strong>do</strong>s se<br />

confundissem mais com o terreno das operações ao seu re<strong>do</strong>r, proporcionan<strong>do</strong> maior proteção contra<br />

o fogo inimigo.<br />

A própria evolução da <strong>do</strong>utrina <strong>de</strong> combate exigiu homens bem dispersos e camufla<strong>do</strong>s ao<br />

terreno, face ao surgimento <strong>de</strong> armas mais letais como: o fuzil <strong>de</strong> maior precisão, a metralha<strong>do</strong>ra, a<br />

artilharia pesada e a aviação. Em 1931, o E B, como é conheci<strong>do</strong> o Exército Brasileiro, foi um <strong>do</strong>s<br />

primeiros <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>tar a cor ver<strong>de</strong>-oliva para os uniformes <strong>de</strong> todas suas tropas. Um <strong>do</strong>s<br />

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