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pelas cores dos topes presentes nos uniformes. Quanto a este último detalhe mencionado, embora não tenham sido encontradas, até o presente momento, referências históricas, é bem possível que os topes tenham sido suficientes para facilitar a distinção das tropas, a curta distância. O tope colorido usado no braço (ombro), no peito e/ou na cobertura do uniforme trazia, normalmente, as cores reais. Na década de 1820, antes da independência, foram usadas praticamente duas combinações de topes: vermelhos e azuis ou azuis e brancos. Eram normalmente em forma de laços de presentes, com 10 cm de comprimento; ou em forma de rosetas com 4 cm de diâmetro ou em forma de flores com cerca de 10 cm de altura. Durante o episódio da proclamação, o príncipe regente pronunciou algumas palavras que foram registradas pela história. Além do “-Independência ou morte!” dentre outras frases bradou: “As nossas relações estão cortadas... -Laços fora!... Nenhum laço nos une mais...” Certamente para caracterizar o desligamento da nova nação com a antiga metrópole. Ao determinar que os laços vermelhos e azuis, que representavam as cores da bandeira real portuguesa, fossem arrancados dos uniformes das tropas que o acompanhavam, ficou caracterizado, simbolicamente, o rompimento com aquele país. É bem verdade que o quadro oficial de Pedro Américo, para marcar o importante fato histórico, foi maquiado para valorizar o evento. Na ocasião, o uniforme retratado nos dragões provavelmente não estava sendo trajado, ainda. Acredita-se que tal vestimenta foi utilizada a partir de 1823. Mas a preocupação em se dar nova identidade ao Exército do novo País foi imediata. No mesmo dia, D Pedro criou o tope verde e amarelo, chamado de “Tope Nacional Brasiliense” ou “Divisa Patriótica”. Em 18 de setembro de 1822, o monarca já regulamentara o novo tope nacional que foi prontamente adotado. Este tope é usado até hoje em alguns uniformes históricos do E B. As cores vermelho e azul foram substituídas pelo verde e amarelo. Ou seja, as mesmas que seriam usadas na nova Bandeira Real do Brasil. As novas cores foram adotadas por escolha de D Pedro para romper com as cores reais portuguesas 4 Conclusão Pelo apresentado, pode-se constatar que a formação do Exército do Brasil independente também foi fortalecida por elementos aparentemente simples como: uniformes e distintivos, próprios. O simples ato de abandonar os laços portugueses e adotar topes brasileiros como distinção, entre estas nações, contribuiu para que, no imaginário popular e, em especial, no imaginário militar, se fortalecesse a idéia de País.
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