O Anticristo - poder oculto por trás da nova - Fim dos Tempos.Net
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O Dr. Mootoo, o mais destacado perito em patologia<br />
güianense, chegou a Jonestown poucas horas depois do<br />
massacre e descobriu que os cadáveres não apresentavam<br />
nenhum <strong>dos</strong> sinais de morte <strong>por</strong> cianureto. Bem ao<br />
contrário, o Dr. Mootoo encontrou marcas frescas de pica<strong>da</strong>s<br />
de agulha nas omoplatas de 90% <strong>da</strong>s vítimas. Outros<br />
haviam morrido a tiros ou estrangula<strong>dos</strong>. O testemunho do<br />
Dr. Mootoo ao grande Júri güianense levou à conclusão de<br />
que to<strong>da</strong>s essas pessoas, com exceção de duas vítimas,<br />
haviam sido assassina<strong>da</strong>s <strong>por</strong> “pessoas desconheci<strong>da</strong>s”.<br />
Só as duas exceções haviam cometido suicídio.(JUDGE,<br />
John. The Black Hole of Guyana - The Untold Story of the<br />
Jonestown Massacre. Portland, 1993, 129 ff.)<br />
A discrepância entre o que ver<strong>da</strong>deiramente aconteceu<br />
em Jonestown e a versão oficial é muito grande.<br />
Precisamos desprezar o mito de que o que aí havia era<br />
uma comuni<strong>da</strong>de religiosa. A ver<strong>da</strong>deira história de Jonestown<br />
é a de uma horrorosa experiência, não a de uma<br />
socie<strong>da</strong>de religiosa utópica. Essa história apresenta tantas<br />
conexões com as agências de inteligência <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong><br />
Uni<strong>dos</strong>, que não há dúvi<strong>da</strong> de que Jonestown foi parte de<br />
um horrível experimento <strong>da</strong> ClA chamado MK-ULTRA. De<br />
qualquer lado que se olhe ou examine Jonestown ou Jim<br />
Jones, a CIA sempre faz aparecer sua pavorosa cabeça.<br />
Jim Jones viveu, desde 1961 a 1963, no Brasil. Sem<br />
ter dinheiro algum, instalou-se com sua família em uma<br />
casa extremamente luxuosa. Não só visitava freqüentemente<br />
o quartel-general <strong>da</strong> ClA em Belo Horizonte, mas<br />
emprega<strong>dos</strong> <strong>da</strong> embaixa<strong>da</strong> <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> levavam<br />
alimentos à sua casa. Dan Mitrione, amigo durante to<strong>da</strong> a<br />
vi<strong>da</strong> de Jones, que trabalhou com a ClA treinando técnicas<br />
de interrogatórios e tortura para forças policiais do Terceiro<br />
Mundo, acompanhava Jones nesse tempo.<br />
Jim Jones voltou para os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> em 1963<br />
com muito dinheiro. Com esse dinheiro fundou o primeiro<br />
Templo do Povo em Ukiah, na Califórnia.(JUDGE, John. The<br />
Black Hole of Guyana - The Untold Story of the Jonestown<br />
Massacre. Portland, 1993, 135.) Muitas <strong>da</strong>s principais<br />
pessoas que rodeavam Jim Jones provinham de ambientes<br />
ricos e educa<strong>dos</strong>, muitas mantinham ligação com o<br />
exército e com a ClA.<br />
Depois que Jim Jones fundou o primeiro Templo do<br />
Povo na Califórnia, sua igreja não demorou muito a se<br />
transformar em motivo de escân<strong>da</strong>los nos meios de informação.<br />
Jim Jones serviu-se desses ataques como desculpa<br />
para a sua transferência para a Güiana. Os acertos<br />
para a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de a esse país fizeram-se<br />
com a colaboração <strong>da</strong> embaixa<strong>da</strong> <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> na<br />
Güiana (to<strong>dos</strong> os oficiais <strong>da</strong> embaixa<strong>da</strong> eram oficiais <strong>da</strong><br />
CIA que agiam sob a facha<strong>da</strong> do Departamento de Estado)<br />
e do Primeiro Ministro Forbes Burnham, em cuja ascensão<br />
ao <strong>poder</strong> esteve claramente implica<strong>da</strong> a CIA.(Dai/y World.<br />
23 de junho de 1981, 4.)<br />
Quando os membros do Templo do Povo chegaram<br />
ao aero<strong>por</strong>to <strong>da</strong> Güiana, os negros foram retira<strong>dos</strong> do<br />
avião, amarra<strong>dos</strong> e amor<strong>da</strong>ça<strong>dos</strong>. Chegaram praticamen-<br />
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te a trabalhar como escravos. Trabalhavam de 16 a 18<br />
horas diárias e eram obriga<strong>dos</strong> a viver em áreas restritas<br />
com rações mínimas de alimento, de maneira geral arroz,<br />
pão e, às vezes, carne rançosa. Eram submeti<strong>dos</strong> a um<br />
programa fisicamente e mentalmente esgotante e eram<br />
força<strong>dos</strong> a permanecer acor<strong>da</strong><strong>dos</strong> de noite para escutar<br />
as conferências de Jim Jones.<br />
Os maus-tratos e abusos transformaram-se em coisa<br />
cotidiana. A equipe médica do campo realizava dolorosas<br />
suturas sem o emprego de anestésicos. Administravam<br />
drogas, registrando tudo em um diário médico. Os sobreviventes<br />
narraram casos de consumo forçado de drogas,<br />
de pessoas que eram isola<strong>da</strong>s encerrando-as em caixas<br />
sob a terra, tortura física e. violações sexuais em público<br />
e humilhações.(NAIPAUL, Shiwa. Journey to Nowhere.<br />
Schuster, 1981, 107.)<br />
Por esse tempo Jim Jones já havia amealhado uma<br />
fortuna incrível que a imprensa estimou na ordem de dois<br />
bilhões de dólares, incluindo contas bancárias e inversões<br />
em bens de raiz no estrangeiro.<br />
No lugar desse infausto acontecimento, em<br />
Jones¬town, descobriu-se um grande esconderijo de<br />
drogas, suficientes para drogar mais de 200 mil pessoas<br />
durante mais de um ano.(Durante os anos 50 e 60, Allen<br />
Dulles, como diretor <strong>da</strong> ClA, pediu mais de 100 milhões<br />
de <strong>dos</strong>es de LSD para projetos de controle mental.) Foram<br />
encontra<strong>da</strong>s drogas que se empregam nos experimentos<br />
e provações do MK-ULTRA, incluindo sódio pentatol (um<br />
soro <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de), hidrato de cloro (um hipnótico) e muitas<br />
outras.(JUDGE, John. The Black Hole of Guyana - The<br />
Untold Story of the Jonestown Massacre. Portland, 1993,<br />
133.) Apesar de o médico do campo de Jonestown ter<br />
consigo anotado um registro meticuloso <strong>da</strong>s drogas ministra<strong>da</strong>s,<br />
tudo isso desapareceu.<br />
A descrição <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que se levava em Jonestown é a<br />
de um ver<strong>da</strong>deiro campo de concentração onde, além de<br />
tudo, se realizavam experimentos médicos e psiquiátricos.<br />
No campo havia especiais guar<strong>da</strong>s arma<strong>dos</strong>, treina<strong>dos</strong><br />
e programa<strong>dos</strong> para matar.( KEITH, Jim. Casebook on<br />
Alternative 3 - UFO’s, Secret Societies and World ControI.<br />
Lilbum, 1994, 82.)<br />
As testemunhas descrevem-nos como “zumbis”<br />
ca¬minhando mecanicamente e sem emoções. Eles vigiavam<br />
o trabalho <strong>da</strong> população e impediam quem quer<br />
que fosse conseguir escapar. Esses guar<strong>da</strong>s não !F. estavam<br />
entre os mortos e não se fez nenhuma tentativa de<br />
localizá-los ou de persegui-los.(NUGENT, John Peer. White<br />
Night. Wade, 1979, 224.)<br />
É interessante acrescentar que a já menciona<strong>da</strong> família<br />
Philip esteve implica<strong>da</strong> no recrutamento de mercenários<br />
em Jonestown para levá-los para Angola a fim de<br />
aju<strong>da</strong>r os rebeldes <strong>da</strong> UNITA com apoio <strong>da</strong> CIA.<br />
É im<strong>por</strong>tante notar que no tempo do massacre os<br />
“boinas verdes” <strong>da</strong> ClA, que são treina<strong>dos</strong> para acobertar<br />
operações de extermínio, encontravam-se próximo de Jonestown.<br />
Isto <strong>poder</strong>ia explicar o grande número de mortos