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Entrevista com Dr. Björn Zachrisson - Dental Press

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perior não é o desejado, exceto nos<br />

casos <strong>com</strong> sorrisos “gengivosos” marcantes<br />

e em alguns casos periodontais<br />

<strong>com</strong> migração dentária. O conceito<br />

se aplica à cirurgia ortognática<br />

e à protética, mas também à Ortodontia,<br />

evidentemente. Isto significa que<br />

a intrusão nas sobremordidas profundas<br />

são realizadas na mandíbula, utilizando-se<br />

arcos-base para não se<br />

“envelhecer” os pacientes desnecessariamente.<br />

Isto é discutido em mais<br />

detalhes em um artigo de minha autoria<br />

sobre os aspectos verticais da<br />

disposição dentária e do sorriso, publicado<br />

na edição de julho de 1998<br />

da revista Journal of Clinical Orthodontics.<br />

A<br />

C<br />

B<br />

D<br />

FIGURA 4 - A maneira <strong>com</strong>o a natureza <strong>com</strong>pensa uma base apical superior estreita<br />

é inclinando as coroas dos dentes superiores vestibularmente <strong>com</strong>o observado<br />

neste paciente Classe III <strong>com</strong> tendência a mordida aberta (A-B). C) mostra<br />

a aparência extrabucal 4 anos após o tratamento e D) mostra a condição intrabucal<br />

pós-tratamento. Observe os excelentes efeitos estéticos produzidos pelo torque<br />

na coroa.<br />

07 - Considerando-se que as<br />

superfícies vestibulares dos<br />

dentes são perfeitas, que os<br />

braquetes utilizados também<br />

são perfeitos e que a técnica<br />

utilizada para colagem está<br />

correta, quais são as indicações<br />

para a introdução de dobras<br />

em fios retangulares? <strong>Dr</strong>.<br />

Kurt Faltin Jr.<br />

As razões da necessidade de se fazer<br />

dobras no fio devem-se ao fato de<br />

que os fios retos irão automaticamente<br />

subcorrigir as relações dos pontos<br />

de contato (a chamada Ortodontia 9/<br />

10), subtratar as assimetrias dos lados<br />

direito e esquerdo no torque de<br />

coroa e raiz e, também, por causa da<br />

variação biológica na resposta ao tratamento.<br />

A variação individual no<br />

torque de coroa de cada categoria de<br />

dentes é considerável. Em um estudo<br />

excelente publicado na edição de julho<br />

de 1997 da revista American<br />

Journal of Orthodontics and Dentofacial<br />

Orthopedics escrito pelos <strong>Dr</strong>s.<br />

Ugur e Yukay de Ankara – Turquia,<br />

os desvios-padrões para todas as categorias<br />

diferentes de dentes geralmente<br />

foram da ordem de 5º tornando<br />

os valores “médios” para o torque<br />

nos braquetes relativamente sem significado.<br />

Além disso, o torque da coroa dos<br />

dentes deve ser individualizado e correlacionado<br />

ao tamanho da base<br />

apical dos pacientes. Por exemplo, um<br />

indivíduo <strong>com</strong> base apical superior estreita<br />

(FIG. 4A-B) deve ter torque reto<br />

de coroa ou até mesmo vestibular nas<br />

áreas de canino e pré-molar (FIG. 4C-<br />

D). Por um outro lado, um paciente<br />

<strong>com</strong> maxila larga pode necessitar de<br />

torque lingual na coroa. O perigo de<br />

não se analisar este problema adequadamente<br />

e, assim, não introduzir<br />

dobras nos fios, é ilustrado na FIG.<br />

5A-D onde os efeitos de um aparelho<br />

straight-wire pré-ajustado reduziram<br />

a aparência estética do sorriso em um<br />

paciente <strong>com</strong> base apical de tamanho<br />

normal na maxila. Em outras palavras,<br />

o paciente nos pareceu melhor<br />

antes (FIG. 5A-B) do que após o tratamento<br />

ortodôntico (FIG. 5C-D)!<br />

Parece que esta informação é tão<br />

nova que, no presente, muitos ortodontistas<br />

parecem não saber <strong>com</strong>o fazer o<br />

exame clínico quanto às avaliações estéticas<br />

na cadeira durante o tratamento<br />

ortodôntico. Tanto as avaliações verticais<br />

<strong>com</strong>o transversais bem <strong>com</strong>o os<br />

julgamentos sobre a linha média devem<br />

ser realizados diretamente de<br />

frente (FIG. 6). Também quando é hora<br />

de serem feitas as verificações clínicas<br />

para correção das relações dos<br />

pontos de contato entre dentes individuais,<br />

um número considerável de<br />

ortodontistas parece não estar alerta<br />

sobre <strong>com</strong>o fazer uma correção e análise<br />

crítica. Para os dentes inferiores<br />

será necessário <strong>com</strong>parar os resultados<br />

em direção ao final do tratamento<br />

<strong>com</strong> a aparência original nos modelos<br />

pré-tratamento. Para os dentes superiores,<br />

deve-se usar também um espelho<br />

clínico para se “enxergar” melhor<br />

quais correções são necessárias em<br />

cada caso individual.<br />

Em minha opinião, há somente a<br />

necessidade de se ter braquetes prétorqueados<br />

para os incisivos centrais<br />

superiores, segundos molares superiores<br />

e caninos inferiores. Para os<br />

Rev <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Ortodon Ortop Facial - v.5, n.2, p.1-6 - mar./abr. - 2000 4

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