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Boletim - Abril 2008 - CGTEE

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Nós temos energia pra tudo.<br />

ANO V • Nº 22 • abril/<strong>2008</strong><br />

INFORMATIVO DA COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICA<br />

geração<br />

interna<br />

Comissão de Ética<br />

planeja <strong>2008</strong><br />

Página 3<br />

nutepa<br />

Nutepa entra<br />

em operação por<br />

determinação do ONS<br />

Página 5<br />

Ritmo da obra civil<br />

da Fase C aumenta<br />

patrimônio<br />

Inaugurado Centro<br />

Administrativo<br />

Engenheiro Gaudio<br />

Páginas 6 e 7<br />

Páginas 4 e 5


ecado<br />

A <strong>CGTEE</strong> e o crescimento do Brasil<br />

Sempre que vou a Candiota e ao canteiro de obras<br />

da Fase C – uma obra do PAC (Plano de Aceleração<br />

do Crescimento), na parte mais meridional do nosso<br />

Brasil, aumenta minha convicção do esforço e<br />

da importância desta obra, assim como do esforço<br />

de recuperação das fases A e B, para um País<br />

que está com vontade de crescer e precisa cada vez<br />

mais de energia. Precisamos adicionar entre 3.500<br />

MW e 4.500 MW de capacidade instalada por ano,<br />

até 2012, para atender à demanda de consumo. O<br />

incremento da produção de ener gia elétrica servirá<br />

para atender a uma projeção de crescimento de<br />

5,5% anuais, até 2017, do consumo. Os dados estão<br />

incluídos na avaliação pre li minar do PDE (Plano De ­<br />

cenal de Energia) pa ra o período <strong>2008</strong>-2017.<br />

Todos os setores da economia brasileira estão<br />

apre sentando números excepcionais de crescimento.<br />

O emprego formal (com carteira assinada) no<br />

primeiro bimestre do ano atingiu, 348 mil empregos,<br />

o melhor resultado dos últimos 16 anos.<br />

Re pre senta 37% a mais de vagas no mercado de<br />

tra balho do que as geradas no mesmo bimestre<br />

do ano passado. Em 2007, criamos 1.617.201<br />

em pregos e este ano, mantido esse ritmo, as projeções<br />

são de que vamos chegar a 1,8 milhão de<br />

novos empregos.<br />

Nada é mais importante no Brasil do que a<br />

cria ção desses empregos. São eles que realmente<br />

combatem a pobreza e a miséria, alavancam toda<br />

a economia, distribuem renda e turbinam o mercado<br />

interno e o consumo. Vamos lembrar que, ao<br />

la do desse crescimento do emprego formal – que<br />

traz outra fantástica vantagem, ajuda a derrubar<br />

o déficit da Previdência – tivemos no último ano<br />

aumento salarial acima da inflação em 98% dos<br />

acordos trabalhistas das categorias organizadas.<br />

Sinal dos mais alentadores que nos mostra que o<br />

consumo, e por extensão a economia, continuarão<br />

crescendo em <strong>2008</strong>.<br />

Sereno Chaise | Diretor Presidente<br />

dica<br />

“À procura da felicidade”<br />

Graciele Mafalda dos Santos | Supervisora da Auditoria Interna<br />

Há vários tipos de filmes: os que nos<br />

fazem rir, chorar, ter medo, nos emo cio ­<br />

nar. Há filmes que nos deixam extremamente<br />

entediados, contando os mi nu tos<br />

para que o suplício alcance seu final. Ao<br />

contrário, há filmes, em que após assistí-los<br />

temos certeza de que serão indicados<br />

para o Os car.<br />

Mas há filmes, e estes são os que<br />

mais me cativam, que quando acabamos<br />

de assistí-los, temos a nítida impressão<br />

de que a vida pode ser diferente, pode<br />

ser melhor, que há esperança na humanidade!<br />

São filmes que nos transmitem<br />

uma singela mensagem de que a vida<br />

é um grande presente, e a forma como<br />

a usu fruimos é uma escolha exclusivamente nossa. Neste rol, indico<br />

o filme “À procura da felicidade”.<br />

O drama, estrelado por Will Smith, nos faz refletir sobre as dificuldades<br />

que no dia-a-dia se apresentam para nós e como nos portamos diante delas.<br />

Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família, inserido em uma séria situação<br />

fi nanceira e que, após ser abandonado pela esposa, tem em sua mãos a tarefa<br />

de criar seu filho de apenas 5 anos (o garotinho é filho de Will na vida real).<br />

Inicia neste momento uma grande jornada, marcada por noites dormidas<br />

em bancos de estações, disputa por vagas em albergues para moradores de rua,<br />

fome e outras trágicas situações. Neste contexto, torna-se comovente a forma<br />

como Gardner preserva valores éticos atualmente tão escassos, mesmo diante<br />

das mais desesperadas situações, movido principalmente pelo amor incondicional<br />

pelo seu filho.<br />

Sinceramente, há momentos do filme, em que se pudéssemos, nos teletranspor<br />

taríamos para tela com o objetivo de ajudar o protagonista. Certamente po ­<br />

deríamos analisar o filme sob a ótica da disputa ideológica da construção do “so ­<br />

nho americano”, da saída individual para a resolução de problemas, da recompensa<br />

para o trabalho árduo.<br />

Em várias passagens pode-se observar a defesa da iniciativa privada, e as<br />

opor tunidades que esta proporciona aos “esforçados” – em contraponto, subliminarmente,<br />

a descaracterização do papel do estado e a desconstituição da<br />

or ganização social para combater as desigualdades.<br />

Preferi escolher outra perspectiva de análise, que muitos taxarão de artificial.<br />

Eu prefiro assumir como uma postura romântica do ser humano, até porque<br />

sem o indivíduo, não há coletivo. Nunca fui muito adepta de livros de au ­<br />

to-ajuda (talvez porque nunca os li), mas sem dúvida, às vezes, precisamos de<br />

uma injeção de ânimo para enfrentar os mais diferentes problemas: financeiros,<br />

emocionais, profissionais e aí por diante.<br />

Podem acreditar: uma poltrona bem confortável, uma pipoca bem feita, e<br />

es te filme é uma boa forma de perceber que na vida “uma outra postura é<br />

pos sível”. Sermos vítimas, ou senhores do nosso destino, faz parte do nosso<br />

li vre arbítrio.<br />

Informativo interno da Companhia de<br />

Geração Térmica de Energia Elétrica – <strong>CGTEE</strong><br />

Rua Sete de Setembro, 539 - Centro - 90010-110 - Porto Alegre/RS<br />

Fone 51 3287.1500 - Fax 51 3287.1528 - www.cgtee.gov.br<br />

diretoria<br />

Sereno Chaise<br />

presidente<br />

Clovis Ilgenfritz da Silva<br />

diretor f i n a n c e i r o<br />

Luiz Henrique Schnor<br />

diretor técnico<br />

Eduardo Peters<br />

diretor administrativo<br />

produzido pela assessoria de comunicação social da cgtee.<br />

coordenação de comunicação social: guaracy cunha (RP 4140). colaboração: Cristiano Rodrigues,<br />

jane trindade, jesus belo, Joana Costa, letícia vaz, Marcus Anflor e Vânia Corrêa. a cgtee é parceira do coep.<br />

edição<br />

Guaracy Cunha<br />

Raquel Kothe<br />

(Kothe Comunicação)<br />

Caetanno Freitas<br />

Cibele Machado<br />

(Estagiários)<br />

Sugestões podem ser<br />

enviadas para o e-mail<br />

imprensa@cgtee.gov.br.<br />

2


geração interna<br />

Higienização de uniformes<br />

busca proteção dos trabalhadores<br />

Desde janeiro de <strong>2008</strong>, quando foi fechado<br />

o contrato com a Alsco Toalheiro Brasil Ltda. pa ­<br />

ra a higienização dos novos uniformes, os trabalha<br />

dores das usinas Presidente Médici e São Je ­<br />

rô nimo se adaptam à nova forma de exercer seu<br />

ofí cio. Agora, seus uniformes são limpos duas ve ­<br />

zes por semana e eles não podem mais levá-los<br />

pa ra casa, como antes. Para Alfredo Cardoso, as ­<br />

sis tente administrativo do Departamento de Se ­<br />

gu rança e Medicina do Trabalho (DAS) da <strong>CGTEE</strong>,<br />

“houve um pouco de resistência à essa nova norma,<br />

pois é uma mudança radical de hábitos”.<br />

A <strong>CGTEE</strong> implantou todas as medidas necessárias<br />

para cumprir o Termo de Notificação da De legacia<br />

Regional do Trabalho, do Ministério do Trabalho<br />

e Emprego, que determina a higienização<br />

dos uniformes nas usinas devido aos possíveis<br />

pro blemas de saúde causados pelo contato com<br />

o carvão. Além de ser uma obrigação da empresa,<br />

é uma forma de mostrar a preocupação que se tem<br />

com os trabalhadores. “Estamos cumprindo a<br />

legislação. Mas mais do que isso: há a necessidade<br />

de proteger a saúde do trabalhador. Assim, diminuímos<br />

o risco e os afastamentos por doenças”,<br />

en fatiza Gelci Almeida Rodrigues, técnico e chefe<br />

substituto do DAS.<br />

Outro investimento em segurança e saúde do<br />

trabalho é a aplicação da metodologia científica<br />

pa ra análise do ambiente de trabalho nas usinas,<br />

que consiste no uso do dosímetro para medição de<br />

ruído e da bomba gravimétrica para avaliação das<br />

poeiras do carvão. A partir dos dados coletados<br />

são definidos os equipamentos capazes de neutralizar<br />

os efeitos nocivos desses riscos.<br />

A <strong>CGTEE</strong> está investindo forte na questão bemestar<br />

de seus funcionários. “A mentalidade dos<br />

tra balhadores ainda não é a que queremos. Eles<br />

ain da não aceitam algumas coisas, mas precisamos<br />

que entendam o quanto essas medidas são importantes<br />

tanto para a empresa, quanto para eles<br />

próprios”, afirma Gelci. Para conseguir os resultados<br />

desejados ainda é preciso muito trabalho: “es ­<br />

tamos caminhando a passos largos. Não está sendo<br />

e nem vai ser fácil, mas a meta é que dentro de<br />

dois anos todos estejam perfeitamente adaptados”,<br />

conclui Gelci.<br />

Comissão de Ética planeja <strong>2008</strong><br />

A Comissão de Ética da <strong>CGTEE</strong>, instaurada<br />

no início de <strong>2008</strong>, está definindo o plano<br />

de ação para o período de maio de <strong>2008</strong><br />

a abril de 2009, norteado pelo Código de<br />

Éti ca da empresa, aprovado pela Resolução<br />

nº RES-040/<strong>2008</strong> e elaborado por um Grupo<br />

de Trabalho.<br />

O Código de Ética é o principal instrumento<br />

da Comissão, definindo os princípios<br />

éticos que norteiam as ações da <strong>CGTEE</strong><br />

e os compromissos de conduta da Companhia<br />

e de todos seus públicos de relacionamento<br />

(direção, empregados, estagiários, ter cei rizados,<br />

etc). O procedimento do Sistema de<br />

Gestão de Ética já está publicado na intranet<br />

(http://intranet.cgtee.gov.br/procedimentos/).<br />

No mês de março, a Comissão escolheu<br />

a assessora da diretoria Administrativa, Ro ­<br />

san gela Machado, para ser a sua presiden te.<br />

A presidente destaca, conforme previsto<br />

no procedimento, que a finalidade da Co ­<br />

mis são é promover a adoção de normas de<br />

condutas éticas específicas para a <strong>CGTEE</strong>,<br />

assim como orientar e aconselhar sobre ética<br />

profissional, no tratamento com as pessoas<br />

e com o patrimônio público, garantindo o<br />

sigilo em relação ao assunto, ao denunciante<br />

e ao denunciado.<br />

“A comissão de Ética da <strong>CGTEE</strong> trabalhará<br />

para que o Código de Etica da <strong>CGTEE</strong><br />

seja cumprido e contribua para fortalecer<br />

uma nova cultura empresarial, buscando a<br />

coe rência entre o discurso e a prática e fazendo<br />

valer os princípios assumidos em práticas<br />

concretas cotidianas”, expõe Rosangela.<br />

Contatos com a Comissão de Ética podem<br />

ser realizado pelo ramal 1660, com Alexandre,<br />

ou pelo e-mail etica@cgtee.gov.br.<br />

Conheça os trabalhadores que integram a Comissão<br />

NOME MANDATO SETOR DE TRABALHO<br />

TITULARES<br />

Helmut Leonardo Volkmann 1 ano Gabinete da Diretoria Financeira<br />

Eleandra Raquel Silva Koch 2 anos Ouvidoria<br />

Rosangela de Freitas Machado 3 anos Gabinete da Diretoria Administrativa<br />

SUPLENTES<br />

Altamiro Marques da Cruz 1 ano Departamento Financeiro<br />

Júlio César da Silva Machado 2 anos Gabinete da Diretoria Técnica<br />

Luis Fernando dos Santos Faria 3 anos Departamento de Recursos Humanos<br />

Secretário-executivo: Alexandre Rocha Petineli – Secretaria Geral<br />

Cipa/Sede prepara ano de novidades<br />

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Sede espera que <strong>2008</strong> seja um ano<br />

de no vi da des. A presidente, Elaine Jantsch, e o vice, Luís Fernando dos Santos, desde 15 de ja ­<br />

nei ro de <strong>2008</strong> – da ta em que assumiram – vêm planejando um cronograma repleto de novas ativi<br />

dades para os fun cio ná rios. “Queremos organizar uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes<br />

de Trabalho (Si pat) di fe ren te e disponibilizar para os empregados uma série de palestras com no ­<br />

vos temas para dis cussões”, afirma Elaine.<br />

Uma das idéias de Luís Fernando é a realização de uma pesquisa com todos os departamentos da<br />

<strong>CGTEE</strong>, pedindo aos funcionários para sugerirem temas que eles gostariam de discutir nas palestras.<br />

Assim, “reuniríamos todos os temas levantados e escolheríamos o que foi mais pedido”. Ele acredita<br />

que a medida pode ajudar a aumentar o interesse das pessoas sobre o trabalho realizado na Comissão,<br />

pois são assuntos importantes, que fazem parte do dia-a-dia das pessoas.<br />

Ainda este ano será realizado o “Cipão”, que reúne os integrantes das Cipa’s de Porto Alegre,<br />

São Jerônimo e Candiota. O evento tem a finalidade de “trocar experiências e idéias, já que a realidade<br />

de cada local é diferente”, afirma Luís Fernando. Com isso, poderão ser aplicados e realizados,<br />

nas três Comissões, projetos bem sucedidos que foram elogiados pelos funcionários.<br />

Nas próximas edições vamos conversar com as Cipas das outras unidades para ver como que está o<br />

planejamento para <strong>2008</strong>. Para maiores informações: (51) 3287.1529 ou cipapoa@cgtee.gov.br<br />

Nós temos energia pra tudo.<br />

3


candiota<br />

Ritmo da obra civil da Fase C<br />

As obras civis da Fase C de Candiota começam<br />

a ter um novo ritmo em função da contratação<br />

dos executores da obra civil pela Citic,<br />

o Consórcio Sul Energia – formado pela Construtora<br />

Ernesto Woebcke, Construtora Tedesco<br />

Ltda., Construtora Brasília Guaíba Obras Pú ­<br />

blicas e Delta Construções S/A, em 21 de de ­<br />

zembro de 2007. Já podem ser vistos os trabalhos<br />

de execução das sapatas integrantes das<br />

fundações da caldeira. Brevemente terá início<br />

a estrutura de fundação da chaminé.<br />

Segundo o coordenador da UGP Fase C,<br />

Hermes Ceratti Marques, os problemas iniciais<br />

ocorridos na mobilização dos empreiteiros<br />

e atrasos na entrega do projeto executivo<br />

civil a eles pela Citic comprometeram o normal<br />

andamento dos serviços em fevereiro e<br />

março. “Porém, a partir de agora os entraves<br />

es tão superados e a obra deverá ser executada<br />

no ritmo exigido para o cumprimento do cronog<br />

rama” , esclarece.<br />

Paralelamente, a Citic está tratando da<br />

con tratação de empresa que fará a montagem<br />

eletromecânica. As propostas foram recebidas<br />

em 10 de abril e estão em processo de<br />

aná lise e julgamento pela comissão interna<br />

da Citic. A montagem eletromecânica, de<br />

acordo com o cronograma da obra, deve iniciar<br />

no fim de junho.<br />

No momento, estão no Porto de Rio Grande<br />

componentes pertencentes ao primeiro e ao<br />

se gundo níveis da estrutura da caldeira, que<br />

serão os primeiros elementos a serem utilizados<br />

na etapa de montagem, e ainda, compo­<br />

Trabalho de execução das sapatas da fundação da caldeira<br />

nentes dos precipitadores eletrostáticos. Para<br />

agilizar o trabalho de montagem, a Citic im ­<br />

portou temporariamente dois grandes guindastes<br />

de pórtico (capacidade de 30 e 40 toneladas)<br />

e uma super grua com capacidade má ­<br />

xi ma de 100 toneladas.<br />

Os guindastes serão montados pela Citic<br />

Conselho de Administração se reuniu em Candiota e visitou as obras<br />

e colocados à disposição da empresa montadora<br />

para trabalhar na área de pré-montagem.<br />

A grua será instalada e disponibilizada para<br />

a montagem da caldeira. “Com a participação<br />

destes três importantes equipamentos auxiliares<br />

de montagem, haverá condições de agilizar<br />

os serviços”, observa o engenheiro.<br />

Engenheiros brasileiros testarão equipamentos na China<br />

Entre os dias 5 e 24 de maio uma equipe de engenheiros brasileiros estará na China para participar<br />

dos ensaios de balanceamento e sobrevelocidade nos rotores da turbina e do gerador de 350mw. O grupo<br />

ainda analisará a documentação técnica referente a ensaios já realizados no gerador, na turbina, no<br />

transformador de partida (230/6kV), disjuntores de alta tensão-230kV (módulos de conexão com a<br />

subestação UPME-330), além de verificar o andamento na manutenção e verificações nas bombas de<br />

alimentação – que foram de Candiota para a China.<br />

De acordo com o coordenador de Gestão de Engenharia da UGP, engenheiro eletricista Antônio<br />

Augusto Linhares, paralelamente, dentro do tempo disponível, o grupo deverá analisar a documentação<br />

dos ensaios já realizados componentes da caldeira, cujo fabricante é a Harbin Boiler. Participam da<br />

missão além de Linhares pela <strong>CGTEE</strong>, o engenheiro mecânico Homero Leite Soares. Pela Unidade de<br />

Apoio Técnico (UAT-UGP), os engenheiros Giuseppe Rovatti (eletricista) e José Negromonte (mecânico),<br />

e pela Eletrobrás, Carlos Alberto Prata Mendes (eletricista). Confira no mapa ao lado o roteiro da missão<br />

do grupo, que parte do Brasil em 2 de maio e retorna no dia 26.<br />

4


nutepa<br />

aumenta<br />

Os principais equipamentos da Fase C,<br />

to dos importados da China, estão em fase<br />

final de fabricação e passarão, em maio, pelos<br />

testes finais de aferição (veja box).<br />

No momento, cerca de 250 trabalhadores<br />

atuam nas obras da Fase C. Este número cresce<br />

dia-a-dia. Segundo Hermes, estima-se que<br />

em setembro o efetivo salte para 1.500, atingindo<br />

o pico de 2.300 em dezembro de <strong>2008</strong>.<br />

O avanço físico realizado do empreendimen<br />

to (todas as atividades integrantes do<br />

con tra to de EPC – engenharia, fabricação e<br />

constru ção) aferido em 31 de março foi de<br />

31%, frente a um programado de 35%.<br />

A <strong>CGTEE</strong> está tomando providências para<br />

a reforma do prédio onde funcionava, até de ­<br />

zembro de 2007, uma escola municipal de educação<br />

infantil – próximo ao refeitório. No local,<br />

após a reforma, será instalada a equipe de préoperação<br />

da Fase C, para receber o trei namento<br />

complementar ao que será reali za do na China,<br />

visando prepará-la para operar a Fase C. O<br />

cronograma de trabalho prevê conclusão da<br />

reforma do prédio até novembro de <strong>2008</strong>.<br />

A Companhia está concluindo a construção<br />

de mil metros quadrados de alojamentos<br />

em alvenaria, localizados em área contígua à<br />

Vila Residencial, que serão colocados à disposição<br />

da Citic, conforme compromisso contratual.<br />

Adicionalmente, o Consórcio Sul Energia<br />

está construindo os alojamentos destinados<br />

aos operários das obras civis, localizados na<br />

Vi la Operária, cujos prédios já concluídos permitem<br />

abrigar cerca de 300 operários.<br />

Nutepa entra em operação<br />

por determinação do ONS<br />

Em 25 de janeiro o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, instruiu a <strong>CGTEE</strong><br />

a colocar a Nutepa em operação (despachar). A partir desta data foram iniciados testes<br />

operacionais nas unidades geradoras da divisão de Produção de Porto Alegre – DTPP.<br />

Colocar a usina em operação, de acordo com o chefe da DTPP, Lucio Pereira, e<br />

com o chefe do departamento de Produção, Élvio Lopes Käfer, somente foi possível com<br />

o apoio da divisão de Operação do Departamento de Produção de Candiota (DTC).<br />

“Com o apoio da DTC, que disponibilizou operadores, do departamento de Engenharia<br />

(DTE) e do departamento de Meio Ambiente (DTA) foi possível a intensificação dos testes,<br />

a partir de 6 de fevereiro, sendo finalizados em 14 de março”.<br />

Durante este período foram acionadas as três unidades geradoras da usina, sendo<br />

rea lizadas diversas intervenções para ajustar os equipamentos e treinar os operadores.<br />

Com a continuidade do despacho operativo, foi completado o quadro de operadores,<br />

com outros profissionais da DTC e da Divisão de Produção de São Jerônimo (DTPJ).<br />

Em 18 de março a Usina entrou em operação firme e permaneceu até o dia 4 de abril,<br />

funcionando de segunda a sexta-feira. Neste período foi gerado um total de 1.279MWh,<br />

correspondendo a 4,84 MW médios, atingindo picos de geração de 7MW.<br />

A Nutepa vinha sendo submetida, desde 2006, a um programa de recuperação eletromecânica.<br />

Nesta operação foram realizados ajustes e regulagens nos sistemas automáticos<br />

originais da Usina, permitindo períodos de trabalho com estabilidade de geração<br />

e diminuição do consumo específico de combustível.<br />

Segundo os gerentes, o empenho e profissionalismos dos em pre gados envolvidos<br />

na operação foram fundamentais para o atendimento do despacho ao qual a Usina foi<br />

submetida, momento em que ocorreu superação das expectati vas surgidas após as<br />

dificuldades iniciais.<br />

“Os empregados dos turnos de operação de Candiota tiveram que redobrar esforços<br />

du rante o período de operação da Nutepa, suprindo assim a ausência dos empregados<br />

que se deslocaram para apoio à Nutepa”, destaca o diretor Técnico e de Meio Ambiente,<br />

Luiz Henrique Schnor.<br />

Nós temos energia pra tudo.<br />

5


patrimônio<br />

Inaugurado Centro Administrativo Engen<br />

O Centro Administrativo Engenheiro An ­<br />

gelo Gaetanino Gaudio, onde ficava o antigo<br />

hotel, na Usina Termelétrica Presidente Mé ­<br />

di ci, em Candiota, foi inaugurado no início<br />

de abril. No local, funcionou desde o início<br />

da década de 70 um hotel, até 1991, quando<br />

foi desativado.<br />

Conforme o assessor da diretoria Ad mi ­<br />

nis trativa e gestor do contrato de reforma do<br />

pré dio, José Luiz Soares, a área construída é<br />

de 1.949,97 metros quadrados. As obras iniciaram<br />

em agosto de 2006 e foram concluídas<br />

no fim de 2007.<br />

O Centro Administrativo será compartilhado<br />

entre o Citic International Contracting<br />

Inc., empresa integrante do conglomerado<br />

chi nês Citic Group, responsável pela construção<br />

integral da Fase C e os escritórios da Fase<br />

C da <strong>CGTEE</strong>.<br />

O local conta com auditório, duas salas<br />

de videoconferência, cybercafé e centro de<br />

O prédio conta com auditório, salas de vídeoconferência, cybercafé e centro de convivência<br />

con vivência e está adaptado para acesso a porta<br />

dores de deficiência física. O espaço, após<br />

a conclusão das obras da Fase C, abrigará o se ­<br />

tor administrativo da Usina (Fases A, B e C).<br />

O prédio foi totalmente readequado para<br />

abrigar as novas funções. Na área onde estavam<br />

localizados os quartos, as paredes foram<br />

removidas dando lugar a grandes espaços, se ­<br />

guindo a tendência para ambientes de trabalho.<br />

Para que isto fosse possível foi necessário<br />

todo um reforço estrutural no prédio.<br />

As instalações de água, elétrica, esgoto,<br />

lógica e de proteção contra incêndio são todas<br />

no vas. Na execução dos serviços trabalharam<br />

cerca de 50 operários da empresa contratada<br />

e mais um significativo número de empresas<br />

terceirizadas (esquadrias, fornecimento e instalação<br />

do elevador, redes de lógica e eletricida<br />

de). Na obra muitos elementos foram recuperados<br />

entre estes se pode destacar os par­<br />

quês que foram removidos e reaproveitados.<br />

O diretor Administrativo, Eduardo Peters,<br />

destaca que a recuperação do prédio sempre<br />

foi um dos objetivos de nossa gestão. “O descaso<br />

com o patrimônio público era um testemunho<br />

silencioso de um passado não muito distante<br />

de privatizações. Obras como a reforma do<br />

Cen tro Admini strativo, o prédio dos Transportes<br />

e a Nutepa devem servir de paradigma para<br />

outras instalações da <strong>CGTEE</strong> trazendo conforto,<br />

segurança e ambientes adequados de trabalho<br />

aos nossos empregados”, observa Eduar do.<br />

De 1991 para cá, o prédio foi se deteriorando.<br />

No ano de 2002 a <strong>CGTEE</strong> contratou avaliação<br />

técnica para verificar custos e viabilidade<br />

técnica da recuperação do prédio. Já em 2004<br />

a <strong>CGTEE</strong> contratou uma empresa para elaborar<br />

o projeto de readequação do prédio para<br />

abrigar um centro de qualificação profissional.<br />

Em 2006, com a Fase C, o projeto foi adap ­<br />

Casa de Cultura Pedro Wayne é reinaugurada em Bagé<br />

A Casa de Cultura Pedro Wayne, um dos prédios mais importantes de Bagé, foi reinaugurada no dia 3 de abril,<br />

após mais de um ano de obras. O prédio histórico foi recuperado com recursos da Eletrobrás e da Prefeitura. Para<br />

o prefeito Luiz Fernando Mainardi, pensar em uma cidade é pensar na possibilidade de alimentar os nossos sonhos.<br />

“E a recuperação dos nossos prédios históricos faz parte destes sonhos. Estes prédios carregam em si a alma da nossa<br />

cidade”, frisou. A solenidade contou com as presenças de representantes da Eletrobrás e da <strong>CGTEE</strong>, e com o comparecimento<br />

da senhora Dina Wayne – de 100 anos de idade – viúva de Pedro Wayne, poeta e escritor que deu<br />

no me à Casa, assim como da secretária de Cultura, Jussara Carpes, que agradeceu a todos que se esforçaram para<br />

tornar a recuperação da Casa de Cultura possível. “Queremos sim preservar e cultivar cada prédio do nosso município”,<br />

exclamou a secretária.<br />

Já o diretor de Engenharia da Eletrobrás e presidente do Conselho de Administração da <strong>CGTEE</strong>, Valter Luiz<br />

Cardeal de Souza, cumprimentou a população pela entrega das obras e ressaltou: “A ciência, a arte e a cultura<br />

fazem parte da essência de uma sociedade”.<br />

A solenidade contou, ainda, com apresentações musicais da banda do Exército e do Coral do Auxiliadora.<br />

As obras<br />

A Casa de Cultura Pedro Wayne teve o telhado, o forro, as paredes e os pisos recuperados, além disso, recebeu<br />

nova pintura. As obras, orçadas em cerca de R$ 350 mil, foram financiadas pela Eletrobrás e pela Prefeitura de<br />

Ba gé. O serviço faz parte do programa municipal de recuperação dos principais prédios públicos da cidade.<br />

Prédio histórico foi recuperado com recur<br />

6


heiro Gaudio<br />

Hotel, no início da década de 70<br />

tado para utilização dos escritórios da obra.<br />

Inauguração<br />

A inauguração contou com as presenças<br />

da diretoria da <strong>CGTEE</strong> e dos conselheiros de<br />

Administração da empresa, que estavam em<br />

Candiota para realização de reunião e de visita<br />

às obras da Fase C. Participaram da solenidade<br />

a viúva do en genheiro Gaudio – faleci do<br />

em 2005 –, Helena Gaudio, a filha Vera Gaudio<br />

e a neta Luiza Gau dio, assim como autoridades<br />

do municí pio e funcionários da Usina.<br />

O nome dado ao Centro é uma homenagem<br />

ao engenheiro Gaudio, que colaborou pa ra<br />

vários programas brasileiros na área de energia<br />

elétrica, elaborados pela Eletrobrás e órgãos<br />

governamentais, dedicando-se principalmente<br />

a difundir a potencialidade e viabilidade do<br />

uso do carvão gaúcho para a geração de energia<br />

elétrica e incentivando a sua utilização.<br />

qualidade de vida<br />

DICAS PARA FACILITAR A SUA DIETA<br />

Leticia Eifler<br />

Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica<br />

SESI Porto Alegre | www.sesirs.org.br/sesivita<br />

Se tiver vontade de comer um pouco<br />

1<br />

mais no café da manhã ou no<br />

almoço, escolha proteína. Ou seja: ao invés<br />

de pegar outra fatia de pão ou mais uma<br />

colher de arroz, prefira um pedaço de queijo<br />

ou mais um pouquinho de filé de frango ou de<br />

carne vermelha. A proteína, além de saciar a<br />

fome, ajuda a controlar a ansiedade e faz com<br />

que seus músculos fiquem tonificados.<br />

Esqueça o açúcar. Adquira o hábito de verificar os ingredientes de cada produto que<br />

2<br />

você compra no supermercado. Se tiver açúcar, tente fugir. É muito importante quando<br />

estamos fazendo dieta você não ingerir excesso de açúcar em doces, pães, massas, biscoitos.<br />

Prefira alimentos com adoçante a base de stévia.<br />

Não fique muito tempo sem comer. Isso não fará você perder mais peso. Pelo contrário:<br />

retardará todo o processo de emagrecimento. Você precisa de energia para exer­<br />

3<br />

cer suas atividades e seus músculos também necessitam de alimento para se recuperar dos<br />

exercícios. Por isso, nada de pular refeição.<br />

Prefira assados e grelhados. Batata frita, frango empanado, coxinha e quibe têm gordura<br />

saturada, que engorda e faz mal à saúde cardiovascular. No lugar deles, coloque<br />

4<br />

no prato um assado ou grelhado, menos calórico e muito mais saudável.<br />

Abuse das hortaliças. Se no almoço<br />

5<br />

você tem mais facilidade em consumir<br />

saladas e legumes, não perca<br />

essa oportunidade. Faça um prato<br />

com uma grande variedade de<br />

folhas, de todas as cores. Os cabelos,<br />

a pele e as unhas, além do sistema<br />

imunológico, agradecem.<br />

Quer tomar refrigerante?<br />

6<br />

Eventualmente, mas tem que<br />

ser light, diet ou zero caloria! E sem exagero.<br />

Inclua fibras no dia-a-dia. Opte por alimentos integrais ou enriquecidos com alguma<br />

7<br />

fibra alimentar, o que vai ajudar a regular o intestino. Além disso, alimentos integrais<br />

têm mais vitaminas e minerais. Você encontra as fibras nas frutas, verduras, legumes, cereais<br />

integrais.<br />

8<br />

Bateu aquele desespero por chocolate? Se não der para resistir de<br />

jeito nenhum, coma um bombom logo depois do almoço. Parte do<br />

açúcar e da gordura presentes no chocolate vai para o intestino junto<br />

com os outros alimentos e será digerido e absorvido em conjunto<br />

com estes. Mas nada de fazer isso todo dia, porque aí pode acabar<br />

comprometendo a dieta.<br />

sos da Eletrobrás e da Prefeitura<br />

Caso extrapole e saia da dieta, volte ao programa no dia seguinte. Mesmo que sua<br />

9<br />

consciência fique pesada e dê aquela vontade de jogar tudo para o alto, tenha calma.<br />

Uma escapada não fará diferença. O que não pode é deixar isso virar rotina.<br />

Nós temos energia pra tudo.<br />

7


pesquisa<br />

Convênio prevê<br />

desenvolvimento de<br />

caldeira de testes<br />

A <strong>CGTEE</strong>, do Grupo Eletrobrás, e a Fundação de<br />

Ciência e Tecnologia (Cientec) assinaram no dia 18<br />

de abril convênio visando projeto e instalação de um<br />

combustor piloto de leito fluidizado circulante multicombustível<br />

com cerca de 25MW (caldeira de testes),<br />

com a finalidade de subsidiar a construção de uma<br />

pequena central termelétrica.<br />

No projeto, é destacado que a geração termelétrica<br />

brasileira é em grande parte dependente de tecnologia<br />

importada e com o teste será possível viabilizar uma<br />

caldeira com tecnologia nacional. Os estudos de vem<br />

durar dois anos. Neste tempo será investido um total<br />

de R$ 2.123.800,00. Sendo R$ 1,747 milhão das empresas<br />

do Grupo Eletrobrás e R$ 383.800,00 da Cien tec.<br />

O convênio contará com a participação de outras<br />

empresas do grupo – Eletrosul, Furnas, Chesf e Ele ­<br />

tro norte e integra os projetos de P & D – Pesquisa e<br />

De senvolvimento da Agência Nacional de Energia<br />

Elé trica (Aneel). O projeto envolve a interação de profissionais<br />

no desenvolvimento da pesquisa, construção<br />

e operação pela Cientec, com fiscalização das<br />

empresas do grupo.<br />

Um dos interesses em promover a pesquisa é empresarial,<br />

uma vez que prevê aplicação de novas tecnologias<br />

voltadas à geração de energia elétrica, contribuindo<br />

para o desenvolvimento de fontes alternativas com<br />

o uso de combustíveis renováveis. A unidade, conforme<br />

condição previamente estabelecida, deverá ser ca ­<br />

paz de processar biomassa, turfa e carvão de alta cin za.<br />

espaço gente<br />

Uma história de família muito especial<br />

Para Júlio César Rodrigues da Silva, o dia 13 de Maio não é marcado so mente<br />

pela Abolição da Escravatura, pois, há 22 anos, neste mesmo dia, bateu cartão,<br />

pela primeira vez, na então Companhia Estadual de Energia Elétrica.<br />

Casado com Cláudia Maria há bem mais tempo que isso, Julinho, como é co ­<br />

nhecido entre os amigos, tem 5 filhos e uma história de vida que essas crianças<br />

tor nam diferente das demais.<br />

O primeiro filho do casal é César, agora com 20 anos. Depois veio o, hoje,<br />

jo vem de 17 anos Mateus, nascido aos 5 meses de gestação e sobrevivente de<br />

uma maratona de 3 meses na U.T.I. por complicações no parto (neo natal).<br />

A situação vivida com o segundo filho, trouxe à tona uma vontade que já<br />

exis tia desde a época em que o casal não dividia o mesmo teto, mas os mesmos<br />

ideais. Ambos carregavam consigo a intenção de ajudar uma criança que estivesse<br />

precisando mais que tudo, de um lar, uma família. Aliás, o sonho se realizou não<br />

com uma, nem com duas, mas com três crianças que, agora, possuem nome e so ­<br />

brenome regulamentados pelo Fórum da Infância e Juventude.<br />

Em 1997, fizeram a inscrição no órgão para que tudo ficasse em conformidade<br />

com a Lei. Ainda no mesmo ano, foram chamados para conhecer uma menina<br />

de apenas 21 dias. Essa menina, a partir daí, passou a se chamar Fernanda da Silva<br />

e, hoje, possui 11 anos. O tratamento neurológico ao qual se submete há cerca<br />

de quatro anos é sinônimo de força e união para a família toda.<br />

No ano seguinte, foram novamente chamados: “Uma outra menina havia nascido<br />

há pouco, era irmã materna da Fernanda. Mas, na época iniciaram os rumores<br />

de privatização e, com isso, vieram incertezas quanto ao futuro. E, aos prantos,<br />

eu disse que não para a assistente social”, conta Júlio.<br />

Três anos depois confirmou-se uma nova possibilidade. Um menino, com quadro<br />

de desnutrição, estava no hospital e o casal foi acionado pelo Juizado da<br />

In fância e Juventude para possível adoção. Tratava-se do irmão materno de Fernanda,<br />

batizado por eles com o nome Cairê, hoje com 7 anos, chamado pelo pai<br />

de “o último do milênio”, porque nasceu em 31 de dezembro do ano 2000.<br />

Em seguida, a família com seis integrantes mudou-se de Candiota, onde residiam<br />

desde que começou a trabalhar na Usina, para Bagé.<br />

Júlio conta: “Algum tempo depois de virmos pra cá, passamos a visitar a Casa<br />

da Menina, pois tínhamos a intenção de socializar a Fernanda com outras meninas,<br />

já que, em casa eram só ela e a Cláudia, minha esposa. Parece coisa de novela,<br />

mas toda vez que chegávamos na Casa com doações de alimentos e roupas, a Fernanda<br />

e o Cairê corriam para um dos berços. Lá, ficava uma menina que demonstrava<br />

grande alegria ao ver os dois e vice-versa. Isso acontecia sempre. Um tempo<br />

depois, em 2006, ao retornar de férias, fomos lá, como de praxe, e nos foi dito<br />

que a menina poderia ser adotada, pois o Juiz havia deferido a sentença em favor<br />

da adoção. E Daniela, já com mais de um ano, foi acolhida pela família.<br />

Qual não foi nossa surpresa quando descobrimos que a Daniela também é irmã,<br />

por parte de mãe, da Fernanda e do Cairê, e daí, entendemos a empatia que existia<br />

entre os três na Casa da Menina”, diz.<br />

A família não é perfeita, ele faz questão de frisar, é como qualquer outra, com<br />

seus problemas e percalços do dia-a-dia. As adoções não são uma forma de compensação,<br />

mas sim acontecimentos que o curso natural da vida proporcionou a<br />

eles, que já possuíam essa vontade.<br />

“Agradeço, inclusive, ao benefício que recebemos para ajudar no tratamento<br />

da Fernanda, que, através do Acordo Coletivo, nos auxilia de forma essencial. Isso<br />

mos tra a cooperação que existe através da empresa não só conosco, mas com todas<br />

as outras pessoas que também possuem esse tipo de necessidade”, finaliza ele.

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