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Os Portugueses
são os europeus
que se encontram
mais atrasados
na preparação
da reforma
”
Prepare já
a sua reforma
Já muito se escreveu sobre a temática da reforma e a sustentabilidade
do sistema de Segurança Social português, as suas características, virtudes
e defeitos. Tratando-se de um tema sensível, que mais cedo ou
mais tarde nos afecta a todos, o facto é que o assunto hoje em dia, parece
não deixar ninguém indiferente. Na realidade e de acordo com o último
estudo pan-europeu publicado sobre esta matéria, o Fidelity European Retirement
Barometer de 2007, cerca de 80 por cento dos portugueses inquiridos
afirmam que o planeamento de reforma é algo que todos têm de fazer,
o que é sinónimo de algum reconhecimento sobre a importância do assunto.
Sucede, que ao mesmo tempo e paradoxalmente os portugueses são
os europeus que se encontram mais atrasados na preparação da reforma, pois
apenas 25 por cento declara ter iniciado um plano de reforma individual.
Entre as razões apontadas para esta situação face aos nossos pares europeus,
está segundo 32 por cento dos inquiridos, o facto de existir pouca informação
sobre planeamento de reforma. No extremo oposto encontram-se,
como habitualmente neste tipo de comparações, os países do norte da Europa,
com mais de dois terços dos inquiridos a afirmarem terem informação
suficiente para planear as suas reformas, e 75 por cento a terem iniciado
já um plano de reforma.
Ora, perante esta situação, pareceu-nos oportuno contribuir com alguma
informação e novos esclarecimentos sobre este tema. Com efeito, ao longo
das próximas páginas poderá ficar a saber as diferenças entre os vários sistemas
de Segurança Social que existem na Europa, algo que poderá ajudar
a explicar a situação em que nos encontramos, as medidas que o governo
tem em curso para garantir a sustentabilidade do modelo e o seus impactos
e, mais importante, o que pode e deve ser feito para compensar a mais
do que certa perda de rendimento, quando chegar a altura de se reformar.
Independentemente dos vários pontos de vista, uma coisa parece ser consensual
neste momento: quem quiser manter na reforma um nível de
rendimentos equivalente àquele que tem na vida activa, terá de constituir
uma significativa poupança complementar, sendo portanto também certo
que quando mais cedo começar, melhor.
Pedro de Sousa Cardoso
Director
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