07.11.2014 Views

Parte A - Claudio Di Mauro

Parte A - Claudio Di Mauro

Parte A - Claudio Di Mauro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Durante os levantamentos do diagnóstico, observou-se que a agricultura está em<br />

franca expansão na bacia, associada à indústria sucroalcooleira, que vem substituindo<br />

principalmente áreas hoje ocupadas por pastagens e cerrados.<br />

O vetor de expansão da cultura da cana-de-açúcar na bacia está associado a grandes<br />

espaços de monocultura, principalmente articulados com a indústria sucroalcooleira,<br />

cuja expansão se observa desde o início da década de 90 nas regiões do Triângulo<br />

Mineiro e do Alto Paranaíba. Assim como as áreas de plantio do eucalipto, destinado à<br />

produção de carvão vegetal e celulose, o cultivo da cana de açúcar avançou<br />

inicialmente sobre as áreas de cerrado e de pastagens nativas degradadas. A partir de<br />

2000, no entanto, a expansão da cana se deu sobre as áreas de pastagens plantadas<br />

e das lavouras de soja e milho.<br />

Segundo o ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais 4 -,<br />

somente nesse Estado a área dos canaviais aumentou de 277 mil hectares em 2002<br />

para 350 mil hectares em 2005 e cerca de 500 mil hectares em 2007, representando<br />

um crescimento médio anual de 6%, superior ao alcançado por estados como São<br />

Paulo (3,08%) e Paraná (3,1%) (IBGE/PAM, 2007). No entanto, o Plano Estadual de<br />

Recursos Hídricos de Minas Gerais, recentemente aprovado, aponta algumas regiões<br />

onde esse crescimento se deu a taxas muito maiores e que, se extrapoladas até o<br />

limite da área dos municípios, a área total plantada “tendencial” poderia chegar a 9,75<br />

milhões de hectares.<br />

Estima-se que o estado de Minas Gerais, mantendo o mesmo ritmo de crescimento<br />

dos últimos anos, deverá mais que triplicar sua área de cana até o ano de 2030,<br />

podendo até ocupar o segundo lugar em produção, suplantando o estado do Paraná.<br />

Segundo o recente Zoneamento Agroecológico produzido pela EMBRAPA (2009), a<br />

área antropizada de Minas Gerais apta para a expansão do plantio de cana seria de<br />

mais de 11 milhões de hectares, uns 10% maior que a área de expansão em São<br />

Paulo, o maior produtor nacional, enquanto que a do Paraná é de 4 milhões de<br />

hectares. No Brasil, o crescimento da área plantada foi de cerca de 8% no período<br />

2002/2007, impulsionado pelo crescimento mineiro.<br />

Como mostra a Figura 5.10, as maiores áreas de expansão da cana estão localizadas<br />

principalmente no Sul Goiano (Claro, Verde, Correntes e Aporé e nas bacias dos rios<br />

Turvo e dos Bois) e no Triângulo Mineiro (bacias dos afluentes mineiros do Baixo e<br />

Alto Paranaíba e do rio Araguari).<br />

4 O ZEE – Zoneamento Ecológico – Econômico de Minas Gerais - foi elaborado a partir de 2005 e aprovado “como<br />

instrumento de planejamento e apoio à gestão das ações governamentais para a proteção do meio ambiente” pela<br />

Deliberação Normativa do COPAM Nº 129, de 27 de novembro de 2008, publicada no <strong>Di</strong>ário do Executivo de Minas<br />

Gerais em 29 de novembro de 2008<br />

209

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!