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disponibilizar, utilizar e valorizar a informação cartográfica histórica

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DISPONIBILIZAR, UTILIZAR E VALORIZAR A<br />

INFORMAÇÃO CARTOGRÁFICA HISTÓRICA.<br />

O PROJECTO SIDCarta<br />

DIAS, Maria Helena<br />

RESUMO. É crescente a apetência dos utilizadores de informação geográfica<br />

pela integração de dados históricos de natureza espacial. Contudo, as dificuldades são<br />

várias e distintas: dispersão e organização pouco adequada dos fundos cartográficos<br />

antigos; desconhecimento dos espécimes mais significativos e de como deles extrair, de<br />

forma científica e metodologicamente aceitável, a informação relevante; pouca<br />

formação dos utilizadores nesta área; etc.<br />

O Projecto SIDCarta (Sistema de Informação para Documentação<br />

Cartográfica: o Espólio da Engenharia Militar Portuguesa), recentemente aprovado<br />

pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, reúne, em parceria, o Centro de Estudos<br />

Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG), o Instituto Geográfico do Exército<br />

(IGeoE) e a Direcção dos Serviços de Engenharia do Estado-Maior do Exército (DSE).<br />

Ele visa essencialmente <strong>disponibilizar</strong> a todos os interessados a documentação<br />

cartográfica (e informação documental relacionada) pertencente aos fundos da DSE,<br />

através de bases de dados (documentais e de imagens). Para tal, todos os documentos<br />

da valiosa e vasta colecção pertencente à engenharia militar portuguesa (cerca de<br />

12 000 documentos, sobretudo dos séculos XVIII e XIX), que muitos têm pretendido<br />

<strong>utilizar</strong> sem sucesso, estão a ser neste momento digitalmente fotografados pelo IGeoE e<br />

documentalmente tratados no âmbito deste Projecto, prevendo-se a conclusão dos<br />

trabalhos do Projecto para meados de 2005.<br />

Espera-se que os exemplos apresentados estimulem a utilização deste tipo de<br />

informação, que é também uma condição essencial para a valorização do nosso<br />

património cartográfico.<br />

PALAVRAS-CHAVE: informação geográfica; utilização de cartas antigas; património cartográfico<br />

nacional<br />

É incontestável o interesse crescente dos utilizadores de informação geográfica<br />

pela informação histórica de natureza espacial. Mas quem já experimentou integrar e<br />

tratar esta informação, conhece bem as dificuldades de que falaremos a seguir.<br />

1. Utilizar a informação cartográfica histórica: dificuldades<br />

Quando se decide procurar informação cartográfica antiga, deparam-se-nos<br />

múltiplos problemas, nem sempre facilmente solucionáveis. Não basta ter-se ideia do<br />

tema e/ou área geográfica a pesquisar, bem como dos períodos de tempo a que<br />

pretendemos recuar; por vezes, ideias de partida demasiado circunscritas constrangem<br />

ainda mais a pesquisa.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 1


a) Onde procurar informação relevante?<br />

A resposta pressupõe que se conheçam os inúmeros locais por onde se dispersa<br />

a informação (bibliotecas, mapotecas, arquivos, colecções privadas, etc.), nem sempre<br />

conhecidos, suficientemente organizados e de acesso fácil. Por ser uma etapa demorada<br />

(e nem sempre com muitos frutos), recorre-se com demasiada frequência a fontes<br />

secundárias: cópias e deturpações, em várias mãos, passam então a ser consideradas<br />

fontes credíveis, o que adicionado a outras deficiências, que veremos a seguir, retiram<br />

qualquer valor às análises pretendidas.<br />

b) Como saber o que existe e obter o que se pretende?<br />

Também é recheada de dificuldades a pesquisa de cartas antigas pela falta<br />

generalizada de tratamento documental dos espécimes existentes nos vários locais, que<br />

facilite a selecção mais adequada bem como a obtenção de cópias, digitais ou não. Estas<br />

tarefas exigem também um enorme dispêndio de tempo para, frequentemente, poucos<br />

resultados. O preço das cópias, nos pouquíssimos locais onde tal é possível, desmotivam<br />

uma utilização melhor sucedida, não se justificando, por exemplo, em cópias digitais,<br />

feitas uma vez e vendidas múltiplas vezes. Pesquisar a partir da Internet, visualizando as<br />

imagens e manuseando menos os originais (logo, preservando-os), ainda é geralmente<br />

uma miragem.<br />

c) Como <strong>utilizar</strong> a informação encontrada?<br />

Quando finalmente se encontra informação que nos parece de interesse, outras<br />

dificuldades se nos deparam. A imagem seleccionada é significativa? Por exemplo, ela é<br />

ou não modificada/plagiada a partir de outras, nacionais ou estrangeiras? De quando<br />

data realmente a informação representada? E como foi obtida?<br />

Mesmo quando uma imagem antiga contém data (o que nem sempre<br />

acontece!), não é seguro que não retrate realidades com um século ou mais. Por outro<br />

lado, há que saber equacionar os tipos de representação e as técnicas utilizadas (de<br />

levantamento e de desenho), pois elas muito nos dirão sobre se a imagem em questão é<br />

realmente típica daquele período ou se não correremos o risco de estar a <strong>utilizar</strong> um<br />

sucedâneo tardio.<br />

Por outro lado, no confronto de imagens de períodos muito distintos e com a<br />

informação actual, poderemos considerá-las como directamente comparáveis? Esta<br />

questão remete para uma análise prudente das escalas, do rigor relativo e da evolução<br />

técnica. Há ainda uma atenção especial para as metodologias a <strong>utilizar</strong> nessa<br />

comparação, bem como para a formação dos utilizadores nesta área.<br />

Em resumo, encontrar imagens significativas em acervos desorganizados de<br />

organismos pouco sensibilizados para o valor do espólio que guardam (mas que são<br />

pertença de todos nós) e para o papel que deveriam assumir na sua divulgação, datar e<br />

interpretar a informação nelas contida (tendo em conta as condições em que foi<br />

produzida e/ou retratada), ou, ainda, extrair e comparar dados com os actuais, são<br />

tarefas complexas e morosas, que não têm estado ao alcance da generalidade dos<br />

utilizadores. Para que estas tarefas sejam bem sucedidas, é primeiro necessário<br />

empreender uma operação vasta de divulgação do importante acervo documental<br />

disperso em Portugal, que possibilite o acesso de todos em melhores condições. Essa<br />

divulgação deveria ser, por isso, antecedida do tratamento correcto do material, pela<br />

aplicação de regras internacionais, que pressupõe estudos de natureza científica. Estes<br />

estudos, ao apoiarem o tratamento documental, deveriam servir também os interessados<br />

na utilização das imagens.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 2


2. Disponibilizar a informação cartográfica histórica: o Projecto SIDCarta<br />

Recentemente aprovado, o Projecto SIDCarta (Sistema de informação para<br />

documentação cartográfica: o espólio da engenharia militar portuguesa) 1 irá<br />

<strong>disponibilizar</strong> e parcialmente estudar uma das mais valiosas colecções de documentos<br />

cartográficos antigos e que maior interesse despertará entre a comunidade dos<br />

utilizadores de informação geográfica. Este fundo, com cerca de 12 000 documentos, é<br />

essencialmente constituído por mapas (Portugal, antigas colónias portuguesas, etc.) e<br />

plantas (de edifícios, fortes, pontes, etc.) manuscritos, datando da segunda metade de<br />

Setecentos e do século XIX. Actualmente pertencente à Direcção dos Serviços de<br />

Engenharia do Exército português, é o resultado da actividade dos engenheiros militares<br />

nacionais ou de estrangeiros ao serviço de Portugal.<br />

São objectivos do Projecto: a) <strong>disponibilizar</strong> a todos os interessados a<br />

documentação cartográfica (e informação documental relacionada) pertencente aos<br />

fundos da DSE, através de bases de dados (documentais e de imagens), nomeadamente<br />

através da Internet; b) facilitar a pesquisa e consulta, avaliando e tratando a<br />

documentação de acordo com procedimentos normalizados internacionalmente aceites;<br />

c) preservar e divulgar o património cartográfico nacional, nomeadamente por estudos<br />

sobre este fundo; d) propor um modelo de organização, gestão e disponibilização<br />

adequados do material cartográfico, que estimule as reformas que se torna necessário<br />

empreender na generalidade dos locais dotados de colecções deste tipo.<br />

Este importantíssimo património, que o Projecto se empenhará também em<br />

<strong>valorizar</strong> e divulgar, abrange o período em que os militares comandaram as grandes<br />

realizações da Cartografia e engenharia portuguesas. Ao essencial deste espólio, a<br />

generalidade dos interessados nunca teve acesso, devido às condições precárias do local<br />

onde se encontra guardado. De modo a disponibilizá-los à consulta de todos, e antes da<br />

deslocação deste fundo de Lisboa para Tancos, todos os documentos irão ser<br />

adequadamente tratados.<br />

No período correspondente à data da maioria destes documentos, de completa<br />

renovação da Cartografia europeia, ensaiaram-se e introduziram-se novos<br />

procedimentos técnicos, mais rigorosos, e surgiram novas representações, mais<br />

pormenorizadas. Daí, o interesse que as acções desencadeadas por este Projecto possam<br />

despertar entre os utilizadores de informação geográfica.<br />

3. Valorizar a informação cartográfica histórica: alguns exemplos<br />

Valorizar a informação contida em cartas antigas passa também pela sua mais<br />

frequente utilização, na sua verdadeira acepção, e não apenas como objectos<br />

decorativos. São sobretudo espectaculares as comparações em espaços que conheceram<br />

processos de urbanização muito rápidos, ou em áreas litorais cuja configuração mudou<br />

de forma muito expressiva, ou ainda no que se refere às modificações da ocupação do<br />

solo.<br />

Daremos aqui dois exemplos. O primeiro ilustra a evolução do litoral num<br />

sector da costa portuguesa. Escolheu-se a área da Trafaria e algumas cartas detalhadas<br />

1 Este Projecto, aprovado pelo POCTI e pela FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e<br />

comparticipado pelo fundo comunitário europeu FEDER (POCTI/43111/GEO/2001), terá a duração de 3<br />

anos (2002-2005). Colaboram o Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG), o<br />

Instituto Geográfico do Exército (IGeoE) e a Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército português<br />

(DSE).<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 3


(fig. 1) 2 , desde a Carta topográfica militar da Península de Setúbal de José Maria das<br />

Neves Costa (1:30 000, levantada entre 1813-15 e desenhada em 1816) até às 3 edições<br />

da Carta Militar de Portugal 1:25 000, passando pela carta corográfica 1:100 000,<br />

dirigida por F. Folque (M. H. DIAS, 2000). Como se pode ver (fig. 1), o recuo da linha<br />

de costa nesta área era já notório nos anos 40 do século XX, quando se publicou a 1ª<br />

edição da Carta Militar 1:25 000 (trabalhos de campo de 1939-40). Por essa restinga<br />

larga e alongada em direcção ao Forte do Bugio se passava para aí a pé, nas marés vivas<br />

mais baixas; a sua extremidade distava já quase 2 km desta fortaleza. As extensas<br />

acumulações de areia, ainda visíveis nas cartas do século XIX (que as cartas<br />

hidrográficas deste período também testemunham) desaparecem, a restinga vai<br />

adelgaçar-se e migrar para leste, acabando por ficar a extremidade da margem esquerda<br />

do estuário do Tejo mais de 3 km afastada do Bugio (vejam-se as 2ª e 3ª edições da<br />

Carta Militar de Portugal, de 1961 e 1991; trabalhos de campo de 1954 e 1988,<br />

respectivamente). Mas já na última metade do século XIX se constatava tal recuo. A<br />

configuração complexa da restinga que o engenheiro militar Neves Costa apresentara<br />

nos começos de Oitocentos, embora esta restinga se situe marginalmente, quer em<br />

termos geográficos quer relativamente aos objectivos da carta, dá conta de uma forma<br />

encurvada em gancho para montante, designada a “coroa”, encerrando o “lago” ou uma<br />

laguna, seguida de uma outra barbela mais pequena, que cartas hidrográficas posteriores<br />

também referem. A sua configuração está muito mais simplificada na Carta Geral do<br />

Reino, 1:100 000, de 1862, onde esta extremidade do litoral distaria cerca de 1 km do<br />

Bugio.<br />

A situação agravara-se de tal forma nos anos 50, por alturas em que é<br />

levantada a 2ª edição da Carta Militar, que, quando nessa altura ocorreram Invernos<br />

especialmente tempestuosos e o mar invadiu as matas da Costa da Caparica, destruindo<br />

casas e pondo em risco a povoação, se decidiu construir, para evitar o recuo da costa e<br />

para proteger as praias, um esporão junto à Cova do Vapor, na parte voltada ao rio, e um<br />

sistema com vários esporões ao longo da parte ocidental, abastecendo-se artificialmente<br />

as praias com areias dragadas do Tejo.<br />

A arborização do areal entre a Trafaria e a Costa, impedindo a alimentação<br />

natural das praias, a construção de barragens na bacia do Tejo (as mais importantes das<br />

quais na década de 50), regularizando o curso do rio e impedindo a chegada à foz dos<br />

sedimentos resultantes da erosão a montante, em volume particularmente importante<br />

nos períodos de cheia, e ainda as dragagens de areia na parte vestibular do estuário do<br />

Tejo para obras ou para a desobstrução dos canais de navegação e consequentes<br />

depósitos noutros locais, são factores geralmente apontados como responsáveis pela<br />

situação de recuo acelerado da costa neste local 3 . Intervenções humanas mal planeadas e<br />

fenómenos naturais parecem ter aqui concorridos aliados (M. H. Dias, 2000).<br />

O segundo exemplo escolhido refere-se à ocupação do solo na Península de<br />

Setúbal. Comparam-se aqui duas cartas: a de Neves Costa, já anteriormente referida, na<br />

sua versão original, manuscrita (ela seria impressa a preto e branco cerca de 50 anos<br />

depois, com modificações apreciáveis sobretudo na representação do relevo), com a<br />

Carta Agrícola e Florestal 1:25 000 (várias folhas editadas nos começos dos anos 60<br />

mas levantadas na década anterior) do já extinto Serviço de Reconhecimento e<br />

Ordenamento Agrário. Seleccionámos apenas os pinhais e a vinha, com o intuito de<br />

mostrar a sua diferente extensão e localização; mas na carta mais recente, as associações<br />

e combinações com outros tipos de ocupação levaram-nos a incluir, para estes casos,<br />

manchas ponteadas (fig. 2 e 3). Em todos os casos, estas informações são mostradas<br />

2 As imagens aqui mostradas são da nossa autoria, tendo sido desenhadas por José Peres e tratadas<br />

digitalmente por Joaquim Seixas.<br />

3 Sobre a evolução do litoral da Trafaria veja-se Maria Elisabete F. Freire, 1989, A planície litoral entre a<br />

Trafaria e a Lagoa de Albufeira. Lisboa, Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da<br />

Natureza, Col. Estudos, 3, 204 p.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 4


Fig. 1 – Evolução do litoral da<br />

Trafaria desde os princípios do século<br />

XIX, segundo várias cartas topográficas.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 5


Fig. 2 – A extensão dos pinhais nos princípios do século XIX, ao topo, e cerca de 150<br />

anos depois, em baixo. Ver texto.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 6


Fig. 3 – A extensão da vinha nos princípios do século XIX, ao topo, e cerca de 150 anos<br />

depois, em baixo. Ver texto.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 7


sobre um fundo de mapa morfológico, que resulta da interpretação das formas de relevo<br />

expressas na carta de Neves Costa por sombreados muito sugestivos, sem altitudes,<br />

também elas merecedoras de estudos mais apurados 4 .<br />

As imagens falam por si e traduzem as grandes mutações que a Península de<br />

Setúbal, de uma forma geral, e a Outra Banda, em particular, têm sofrido nos últimos<br />

tempos. Se a estas imagens se acrescentasse uma outra com a actual situação e ainda as<br />

áreas recentemente edificadas veríamos melhor os resultados das intervenções humanas<br />

(ou da falta delas).<br />

A crescente apetência dos utilizadores dos sistemas de informação geográfica<br />

também ajudará à valorização do nosso património cartográfico. Esperamos que os<br />

exemplos aqui apresentados para tal contribuam.<br />

Referências bibliográficas<br />

ALEGRIA, Maria Fernanda; DIAS, Maria Helena (2000) - “Quatro séculos de imagens<br />

do litoral português. A região de Lisboa na Cartografia náutica nacional e<br />

estrangeira”. Studia, 56-57, Lisboa, p. 61-96.<br />

DIAS, Maria Helena (1998)- “Os primórdios da moderna Cartografia militar em<br />

Portugal: uma história ainda por contar”. Revista da Faculdade de Letras de<br />

Lisboa, 5ª série, 24, Lisboa, p. 49-80.<br />

DIAS, Maria Helena (2000) - “A Cartografia militar portuguesa no final do milénio:<br />

rupturas e continuidades”. Revista Militar, 4, Lisboa, p. 297-323.<br />

DIAS, Maria Helena (2001) - “A imagem do espaço nacional e o papel da Cartografia<br />

militar portuguesa”. Revista Militar, 1, Lisboa, p. 27-57.<br />

DIAS, Maria Helena (2001) - “Recordando um engenheiro português ao serviço da<br />

Cartografia militar”. Boletim do Instituto Geográfico do Exército, 63, p. 37-51.<br />

DIAS, Maria Helena; CAUVIN, Colette; ALEGRIA, Maria Fernanda (2000) -<br />

“Comparação de configurações cartográficas através da regressão<br />

bidimensional”. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia, 69, Lisboa, p.<br />

95-107.<br />

DIAS, Maria Helena; RODRIGUES, Maria Luísa (2000/2001) - “Imagens de ontem e<br />

de hoje: a Beira Interior e a Cartografia militar portuguesa”. Revista da<br />

Faculdade de Letras, 25, Lisboa, p. 131-145.<br />

Maria Helena Dias é Professora Associada da Universidade de Lisboa e investigadora<br />

do Centro de Estudos Geográficos. Lecciona as cadeiras de Cartografia das<br />

licenciaturas em Geografia, nomeadamente, da licenciatura em Geografia - variante de<br />

4 As imagens aqui mostradas fazem parte de um trabalho de investigação actualmente em curso, que será<br />

em breve publicado.<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 8


Cartografia e SIG, variante de que é co-coordenadora. Obteve, em 1988, o seu<br />

doutoramento na Universidade de Lisboa com uma dissertação sobre o tema da leitura<br />

e utilização de mapas temáticos. É autora de mais de meia centena de títulos<br />

publicados na área da Cartografia, destacando-se a coordenação de Os mapas em<br />

Portugal. Da tradição aos novos rumos da Cartografia (Cosmos, Lisboa, 1995) e ainda<br />

de Quatro séculos de imagens da Cartografia portuguesa (CNG/CEG/IGeoE, Lisboa,<br />

1998, 1ª ed., 1999, 2ª ed.). É actualmente Investigadora Responsável do Projecto<br />

SIDCarta (POCTI/43111/GEO/2001).<br />

Centro de Estudos Geográficos<br />

Cidade Universitária<br />

1600-214 LISBOA<br />

mhdias@mail.doc.fl.ul.pt<br />

ESIG 2002 – VII Encontro de Utilizadores de Informação Geográfica 9

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