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Edição 1699 - Adjori/SC

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Folha do Oeste Política<br />

São Miguel do Oeste/<strong>SC</strong> 04 de fevereiro de 2012 03<br />

Ramos: “Em 30 anos de vida pública,<br />

nunca ouvi alguém falar tanta besteira”<br />

Presidente do Legislativo convoca coletiva, e guerra com<br />

o prefeito tem mais um embate em São Miguel<br />

Dois dias após ser atacado<br />

em uma coletiva do<br />

prefeito Nelson Foss da<br />

Silva (PT), o presidente da<br />

Câmara de Vereadores, Flávio<br />

Ramos (PMDB), reuniu<br />

os veículos de imprensa de<br />

São Miguel do Oeste na manhã<br />

da última quinta-feira,<br />

defendeu-se das acusações<br />

e partiu para o ataque contra<br />

a atual administração. O<br />

prefeito fez duras críticas ao<br />

Legislativo, devido à rejeição<br />

de dois projetos, taxou<br />

Ramos de querer ser o dono<br />

da Câmara, que os vereadores<br />

estariam engessando o<br />

município e também sugeriu<br />

a destituição do vereador.<br />

Segundo Ramos, o prefeito<br />

acusou ainda a Câmara<br />

de omissão, por não ter<br />

colocado na pauta o projeto<br />

da Reforma Administrativa,<br />

mas esta decisão foi baseada<br />

num parecer da assessoria<br />

jurídica, porque estão baixados<br />

dentro do prazo na<br />

Comissão de Finanças e Orçamento.<br />

“Temos esta prerrogativa<br />

de analisar. Quando<br />

ele coloca que eu deveria<br />

ser destituído, em 30 anos<br />

de vida pública, nunca ouvi<br />

tamanha besteira. A omissão<br />

teria ocorrido se eu não<br />

tivesse convocado a sessão<br />

extraordinária. O prefeito<br />

fala isso para criar um factóide<br />

e um clima de instabilidade”,<br />

diz.<br />

Ramos sugere que isso<br />

faz parte de uma campanha<br />

do prefeito de querer mandar<br />

na Câmara de Vereadores,<br />

mas não consegue. “Isso é<br />

algo descabido, desproporcional<br />

e inaceitável. O prefeito<br />

busca criar uma crise<br />

institucional entre o Legislativo<br />

e o Executivo. Ele nunca<br />

se conforma com a votação<br />

e pensa que devemos<br />

Foto: Folha do Oeste<br />

Ramos (centro) conduziu a coletiva com Airton Fávero<br />

e Dete Fabiani, ambos do vereadores do PMBD<br />

votar conforme sua vontade.<br />

Se fôssemos uma filial do<br />

Executivo, poderíamos fechar<br />

as portas, pois precisamos<br />

de liberdade de atuação.<br />

Ditador é quem não aceita as<br />

decisões de um poder independente”,<br />

disparou.<br />

Para o vereador, uma<br />

prova da irresponsabilidade<br />

do prefeito é dar férias ao secretário<br />

de Agricultura neste<br />

período de estiagem. “A<br />

cada pouco ele joga algo na<br />

imprensa para desviar o foco<br />

desta administração incompetente.<br />

Nó somos sempre<br />

os responsáveis por ele não<br />

poder cumprir as promessas<br />

de campanha”, reitera o<br />

vereador, que foi categórico<br />

ao dizer que tem certeza que<br />

termina esse mandato, mas o<br />

prefeito ele não tem certeza.<br />

“Eu já vi muitas Câmaras tirarem<br />

prefeitos, mas nunca<br />

um prefeito tirar vereadores.<br />

Estamos acompanhando<br />

uma série de questões e veremos<br />

de que forma vamos<br />

proceder”, completou.<br />

O vereador ressaltou, ainda,<br />

que está havendo uma inversão<br />

de papéis, pois quem<br />

precisa fiscalizar e denunciar<br />

as questões é o Legislativo,<br />

mas toda semana a Câmara<br />

precisa ficar dando respostas<br />

por coisas que são jogadas<br />

no ar pela administração.<br />

Ele afirma não ter dúvida de<br />

que isso é uma antecipação<br />

da campanha política e uma<br />

estratégia de desviar o foco.<br />

“Um dia vai o prefeito, outro<br />

dia o secretário de Administração,<br />

o assessor jurídico e<br />

assim vai. É um rodízio para<br />

desviar o foco. Sigo a linha<br />

de pensamento do secretário<br />

de Estado da Agricultura,<br />

João Rodrigues, que disse<br />

que o prefeito não está à altura<br />

do município e nem preparado.<br />

Também vejo desta<br />

forma”, declarou.<br />

Questionado sobre a condenação<br />

que teve por um ato<br />

no ano de 2002 quando era<br />

secretário de Educação em<br />

São Miguel e tachado de<br />

ficha suja pelo prefeito, Ramos<br />

lembrou que a questão<br />

estava relacionada a um curso<br />

de capacitação aos professores<br />

da rede municipal,<br />

que teria um custo de R$ 3<br />

mil. “Fizemos uma parceria<br />

com uma empresa e o custo<br />

baixou para R$ 1.200,00.<br />

Esta empresa forneceu o material<br />

e o acompanhamento<br />

de profissionais, só que oferecemos<br />

o espaço para fazer<br />

este curso. A Justiça entendeu<br />

que foi um curso legal,<br />

que existiu, mas que deveria<br />

ter sido feito no espaço da<br />

empresa e não em um local<br />

público. A Justiça ordenou o<br />

ressarcimento de R$ 480,00<br />

e foi isso que aconteceu. Não<br />

me apropriei ou desviei recursos<br />

públicos, pois houve<br />

apenas um erro administrativo.<br />

Eu poderia ter recorrido<br />

desta decisão, pois a votação<br />

dos desembargadores foi de<br />

2 a 1, mas decidi por conta<br />

própria pagar isso e dar um<br />

ponto final”, explicou.<br />

Ramos ainda destacou<br />

que a desonestidade do prefeito<br />

causa indignação no<br />

Legislativo. “Em projetos<br />

aprovados por unanimidade,<br />

ele ainda sai dizendo que<br />

somos contra o município.<br />

Prova disso foi a agilidade<br />

em aprovarmos o projeto de<br />

calçamento no bairro Santa<br />

Rita, aprovado em 15 dias.<br />

O prefeito usa este jeito mesquinho<br />

e rasteiro em ações<br />

políticas, mas daqui a pouco<br />

a coisa vai endurecer aqui<br />

dentro da Câmara também.<br />

Percebemos que não é mais<br />

uma questão administrativa,<br />

mas sim política contra o Legislativo”.<br />

Para os 11 meses que ainda<br />

restam em 2012, Ramos<br />

relata que espera a independência<br />

dos poderes e que as<br />

coisas aconteçam da melhor<br />

forma possível. Ele avisou<br />

que o prefeito precisa entender<br />

que no Legislativo o presidente<br />

não se assusta.<br />

“Ele não vai pensar que<br />

vamos recuar. Tenho personalidade<br />

e vou falar aquilo<br />

que penso e encaminhar as<br />

coisas desta mesma maneira.<br />

Não vamos arredar o pé um<br />

milímetro em acompanhar,<br />

fiscalizar as ações do Executivo<br />

e preservar nossa soberania.<br />

É um ano de eleição,<br />

os ânimos estarão acirrados,<br />

mas saberemos lidar com<br />

isso”, finalizou.<br />

ESTADO<br />

Motocão e São Miguel Tchê<br />

já têm verba assegurada<br />

Cada um dos eventos<br />

terá um suporte de R$ 25<br />

mil para sua realização. Wilson<br />

Trevisan, secretário de<br />

Estado de Desenvolvimento<br />

Regional de São Miguel<br />

do Oeste, retornou na noite<br />

de quinta-feira da Capital e<br />

obteve a liberação de recursos<br />

para a realização de dois<br />

grandiosos eventos em São<br />

Miguel. Durante dois dias<br />

de compromissos, após uma<br />

audiência com o governador<br />

Raimundo Colombo, ele obteve<br />

a liberação R$ 50 mil<br />

para auxiliar na realização<br />

do São Miguel Tchê e também<br />

do Motocão.<br />

Segundo ele, o ponto crucial<br />

para que isso acontecesse<br />

foi o empenho do deputado<br />

estadual Maurício Eskudlark.<br />

“Merece reconhecimento<br />

o empenho do deputado<br />

Eskudlark, que também fez<br />

sua parte para que fossem<br />

liberados os recursos. O governador<br />

também reconheceu<br />

a importância dos dois<br />

eventos que movimentam<br />

economicamente a região,<br />

trazendo lazer e cultura às<br />

pessoas”, comenta.<br />

O São Miguel Tchê ocorre<br />

já na próxima semana, nos<br />

dias 9, 10, 11, e 12 de fevereiro,<br />

no Parque de Exposições<br />

Rineu Gransotto, em<br />

São Miguel do Oeste. Já o<br />

Motocão “Encontro Internacional<br />

de Motociclistas” será<br />

dias 9, 10 e 11 de março.<br />

Trevisan participou, ainda,<br />

de audiências na Secretaria<br />

de Estado da Saúde,<br />

Fazenda; Recursos Desvinculados,<br />

do Turismo, Cultura<br />

e Esporte, e da Agricultura<br />

e da Pesca. Ele comentou<br />

que novidades virão em breve<br />

e algumas são ligadas à<br />

E.E.B. São Miguel, de São<br />

Miguel do Oeste e também<br />

ao videomonitoramento.<br />

Foto: Divulgação<br />

Trevisan: “Região terá<br />

mais novidades em breve”<br />

AUMENTO DE VEREADORES<br />

Neste ano de eleições, em São Miguel do Oeste o<br />

assunto que logo tomará grandes proporções será o aumento<br />

do número de vereadores. Atualmente, são nove<br />

cadeiras. Mas as mudanças das leis eleitorais permitem<br />

que o município volte a ter 13 vereadores, como era no<br />

passado. Recentemente, presidentes de mais de 10 partidos<br />

tiveram uma reunião e foram unânimes pelo aumento.<br />

Segundo o presidente do Legislativo, Flávio Ramos,<br />

esta será uma recomposição do número de vagas. Esta<br />

discussão voltará ainda neste mês de fevereiro e a partir<br />

do mês de março a tendência é da realização de uma audiência<br />

pública com a participação dos partidos políticos<br />

e da sociedade organizada. “A partir daí daremos novos<br />

encaminhamentos. Devemos buscar este entendimento.<br />

Garanto que até o mês de abril esta questão estará definida,<br />

porém o prazo final vai até dia 30 de junho, quando<br />

ocorrem as convenções municipais. Vamos apresentar<br />

claramente o impacto que isso vai ter, se haverá aumento<br />

de custos e representatividade, entre outras questões. Vamos<br />

fazer um esclarecimento, pois muitas pessoas têm a<br />

opinião antes da informação”, resumiu.

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