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COSTA Andreia Filipa Fonseca Cruz, Dissertação mestrado.pdf

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À semelhança do tipo de tratamento, na especificidade do tratamento cirúrgico, o<br />

tempo de espera cirúrgica poderá representar um fator predisponente ao desenvolvimento<br />

de UPPs. Desta forma, evidências da investigação de Rademakers et al. (2007)<br />

demonstram que a cirurgia efectuada após 12 horas da admissão, esteve significativamente<br />

relacionado com o desenvolvimento de UPPs. Verificando-se que cerca de 19,2% dos<br />

doentes com UPPs foram submetidos a intervenção cirúrgica até 12h após a admissão,<br />

sendo que 34, 6% foram adquiridas em doentes operados num período igual ou superior a<br />

12h (Idem).<br />

As variáveis fisiológicas são referenciadas, no âmbito da investigação, como<br />

contributivos fatores de risco de desenvolvimento de UPPs. Relativamente à pressão<br />

arterial (PA), no estudo levado a cabo por Capon et al. (2007) foi encontrada uma<br />

associação negativa entre o risco de desenvolvimento de UPPs e a hipertensão Arterial,<br />

sendo que a presença desta última foi inversamente associado à condição de risco de<br />

UPPs. Mais especificamente Paranhos apud Jerónimo et al. (2008), referenciam que a<br />

hipotensão arterial distólica, abaixo dos 60mmHg, diminui a tolerância da pele à pressão.<br />

A PVT apresenta risco de hipotermia, sendo que a utilização de dispositivos de<br />

aquecimento, aumenta a temperatura da pele e por conseguinte o metabolismo do tecido<br />

aquecido, podendo este ampliar, de acordo com Lachenbruch apud Alderden et al.( 2011), o<br />

risco de desenvolvimento de UPPs.<br />

À semelhança do risco de hipotermia ser um diagnóstico potencial, também cerca de<br />

¾ das PVTs experimenta dor moderada a severa como resultado directo dos ferimentos ou<br />

durante o curso da sua gestão (WONG, CHAN e CHAIR, 2010). Sendo que como enaltecem<br />

Luis et al. (2009, p. 28), “ …um dos problemas que levam os utentes com traumatismo<br />

músculo-esquelético a pedir ajuda é a dor”. Desta forma, esta poderá constituir um fator<br />

adicional à ocorrência ou agravamento das UPPs, dado que como referenciam Popescu e<br />

Salcido apud Mort (2010) a dor não tratada pode levar à mobilidade reduzida e um desejo<br />

de evitar o reposicionamento.<br />

O valor de hemoglobina abaixo do normal, no momento de admissão é, considerado<br />

por Jerónimo et al. (2008), como outro fator estatisticamente significativo. Sendo que a sua<br />

importância reside, de acordo com os mesmos autores, no facto de ser determinante no<br />

transporte de oxigénio aos diversos órgãos e tecidos, sem o qual os tecidos morrem.<br />

A hipohemoglobinémia poderá estar associada à desnutrição, desta forma esta<br />

última e a doença interagem mutuamente, podendo a doença causar desnutrição secundária<br />

ou por outro lado a desnutrição influenciar negativamente a doença subjacente. Isto é, se<br />

por um lado a PVT musculo-esquelético “…com a imobilização no leito, a alimentação pode

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