Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com ·<br />
<strong>de</strong>OLEIROS<br />
Ano 4, Nº 23, Novembro/Dezembro <strong>de</strong> 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal<br />
<strong>Jornal</strong><br />
Director e Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira<br />
<strong>de</strong> <strong>Natal</strong><br />
Um <strong>Natal</strong> fraterno<br />
é necessário<br />
Editorial<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
página 2<br />
O Zêzere e a<br />
Beira Interior<br />
Dra. Alda Barata Salgueiro<br />
O Farol<br />
António Graça<br />
página 2<br />
O Director e<br />
Colaboradores do <strong>Jornal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, <strong>de</strong>sejam<br />
a todos os Amigos,<br />
Leitores, Assinantes e<br />
Parceiros um excelente e<br />
tranquilo NATAL em paz<br />
e com solidarieda<strong>de</strong>.<br />
João Freire é o<br />
novo Provedor<br />
da Santa Casa<br />
da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> Álvaro<br />
Álvaro tem vida...<br />
por Ana Silva<br />
página 6<br />
O Papa é<br />
protestante<br />
Dr. Fernando Cal<strong>de</strong>ira Silva<br />
página 20<br />
Potencialida<strong>de</strong>s<br />
Inês Martins<br />
página 15<br />
Página Castelo<br />
Branco<br />
página 12<br />
Página<br />
Proença-a-Nova<br />
página 11<br />
Congratulamo-nos com<br />
a notícia. João Freire,<br />
já o havíamos dito, é<br />
um Homem a fixar em<br />
<strong>Oleiros</strong>. Um Amigo<br />
também.<br />
Votos <strong>de</strong> bom trabalho,<br />
João, um abraço e<br />
parabéns.<br />
PF<br />
página 16<br />
Câmara <strong>de</strong><br />
Castelo Branco<br />
PS escolhe<br />
Luis Correia<br />
para se<br />
candidatar<br />
à Câmara<br />
página 9<br />
Fim <strong>de</strong> ano<br />
em <strong>Oleiros</strong><br />
Veja programa do Hotel<br />
Santa Margarida na<br />
pagina 14
2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
EDITORIAL<br />
O Zêzere e a Beira<br />
Interior<br />
Alda Barata Salgueiro<br />
(Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)<br />
Um país em profunda <strong>de</strong>pressão<br />
No início <strong>de</strong> uma época que <strong>de</strong>sejamos marcada por solidarieda<strong>de</strong><br />
e preocupações <strong>de</strong> inclusão, mais necessárias ainda num<br />
NATAL que será frio para inúmeras famílias portuguesas – sempre<br />
a crescer – apresentamos uma edição especial, aumentada no<br />
número <strong>de</strong> páginas e todas a cores, patenteando uma capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> resistir que a todos tem surpreendido, mas, na verda<strong>de</strong>, tratase<br />
apenas <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r ao número crescente <strong>de</strong> Leitores e ao aumento<br />
<strong>de</strong> inserção no território continental e nas comunida<strong>de</strong>s<br />
portuguesas pelo mundo, estando hoje presentes nos principais<br />
concelhos do distrito <strong>de</strong> Castelo Branco, factos patentes na edição<br />
presente. No próximo ano aumentaremos o número <strong>de</strong> edições<br />
para o mínimo <strong>de</strong> seis a que acrescem as especiais <strong>de</strong> aniversário,<br />
Feira do Pinhal e <strong>Natal</strong>. Agra<strong>de</strong>cemos a todos os que nos ajudam<br />
e formulamos votos <strong>de</strong> um NATAL tranquilo, com expectativas,<br />
apesar da <strong>de</strong>solação actual.<br />
Vamos entrar num ano (2013) que assinalará a entrada em cena<br />
<strong>de</strong> diferentes protagonistas na política local, esperando candidaturas<br />
austeras, preparadas para um novo paradigma, <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong><br />
e ligação às populações, com propósitos a<strong>de</strong>quados<br />
ao momento, <strong>de</strong>vendo ser escolhidos os melhores, os mais aptos,<br />
recordando que os critérios <strong>de</strong>verão ser os do amor à terra e não<br />
e apenas, a cor partidária. Estamos certos que as populações hoje<br />
mais alertadas, serão criteriosas nas escolhas que serão chamadas<br />
a fazer.<br />
2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da clarificação<br />
sobre a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o EURO resistir. Será o ano da<br />
prova real da solidarieda<strong>de</strong> na EUROPA, ou, pelo contrário, o<br />
ano em que alguns países regressarão às suas origens, às suas<br />
moedas, infelizmente em piores condições , <strong>de</strong>ixando cair o sonho<br />
<strong>de</strong> uma vida melhor.<br />
A crise não existirá para sempre, seguramente, por isso, é apropriado<br />
ter esperança, lutar melhor, <strong>de</strong> forma mais organizada e<br />
solidária, acentuar a preparação individual, dar consistência à<br />
família, pensar nos mais idosos e nos mais jovens. Pensar, em<br />
suma, num futuro mais equilibrado e <strong>de</strong> menores egoísmos.<br />
Talvez seja uma utopia, mas penso<br />
ser viável fazer do rio Zêzere uma<br />
via navegável <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua nascente<br />
até à foz.<br />
Fala-se e discute-se a problemática<br />
da interiorida<strong>de</strong>, mas com<br />
poucas soluções. A I<strong>de</strong>ias arrojadas<br />
ninguém se atreve. Aqui vai então<br />
a minha impertinência:<br />
Não é preciso ir a países estrangeiros<br />
para trazer exemplos on<strong>de</strong> as<br />
vias fluviais interiores são altamente<br />
rentáveis; basta fazer um pequeno<br />
exercício <strong>de</strong> memória e lembrar<br />
o Douro <strong>de</strong> antanho e ver o <strong>de</strong> hoje.<br />
Após a conclusão dos projectos <strong>de</strong><br />
engenharia que o tornaram navegável<br />
da Foz ao Pocinho, possui o rio,<br />
além <strong>de</strong> uma beleza admiravelmente<br />
renovada , um potencial económico<br />
inquestionável.<br />
Dir-me-ão, mas o Porto é uma<br />
gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> e por isso se justifica<br />
empreendimentos avultados. Por<br />
isso mesmo. Confirmados estes sucessos,<br />
porque não aplicar as mesmas<br />
experiências em locais similares,<br />
igualmente importantes?<br />
Ao pensar - se apenas em Lisboa<br />
e no Porto como cida<strong>de</strong>s viáveis<br />
para investimentos <strong>de</strong>sta natureza,<br />
é ter vistas curtas. Se os empreendimentos<br />
públicos fossem distribuídos<br />
por todo o País, certamente<br />
que viveríamos mais <strong>de</strong>safogados e<br />
mais felizes.<br />
Porque não pensar em implementar,<br />
no Interior <strong>de</strong>spovoado,<br />
<strong>de</strong>safios empolgantes para transformar<br />
o <strong>de</strong>salento nacional em seiva<br />
patriótica?<br />
Ora vejamos: com a implementação<br />
<strong>de</strong> alguns serviços, no Interior<br />
<strong>de</strong> Portugal, implicaria a <strong>de</strong>slocação<br />
<strong>de</strong> gente habilitada para essas<br />
funções e também implicaria mais<br />
formação <strong>de</strong> gente jovem para as<br />
<strong>de</strong>senvolver e garantir, obrigando<br />
necessariamente à construção <strong>de</strong><br />
infra-estruturas para a sua fixação.<br />
Por acréscimo e oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver-se-ia uma dinâmica<br />
social e económica, tanto agrícola<br />
como industrial , com apetência<br />
para as ma<strong>de</strong>iras, para a <strong>de</strong>stilação<br />
<strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong> frutos, <strong>de</strong> flores e<br />
até <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> eucalipto. Também<br />
a caça, a pesca, os resíduos da floresta<br />
são activida<strong>de</strong>s e produtos muito<br />
viáveis. Outra activida<strong>de</strong>, hoje muito<br />
<strong>de</strong>sprezada, seria a construção<br />
naval <strong>de</strong> pequenos barcos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
que actualmente teriam um<br />
impacto muito apreciável, dado<br />
que assim se evitaria a importação<br />
<strong>de</strong> matérias primas e concomitantemente<br />
a diminuição da nossa <strong>de</strong>pendência<br />
do exterior.<br />
Mas a vertente mais lucrativa viria<br />
do rio Zêzere e seria a do turismo.<br />
Com a sua navegabilida<strong>de</strong><br />
em barcas artesanais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
cida<strong>de</strong> da Covilhã até Constância,<br />
vislumbra-se um percurso único<br />
e fantástico. Não esqueçamos que<br />
a corte portuguesa, no tempo <strong>de</strong><br />
D. João V, fazia transportar o gelo<br />
para o seu real sorvete, em carros<br />
<strong>de</strong> bois, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra<br />
até Constância e daqui seguia a via<br />
fluvial até Lisboa. No século XVIII<br />
tínhamos o ouro do Brasil mas não<br />
tínhamos a capacida<strong>de</strong> tecnológica<br />
<strong>de</strong> hoje.<br />
Neste nosso Séc. XXI, consi<strong>de</strong>ra-se<br />
este projecto megalómano<br />
? Será ? Não <strong>de</strong>vemos esquecer o<br />
exemplo dado pelo falecido Engº<br />
Paulo Vallada ex - presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
Municipal do Porto que, com<br />
o seu entusiasmo e pertinácia, (ver<br />
o seu livro “A Utopia Viável “),conseguiu<br />
reunir os meios necessários<br />
que tornaram possível a navegabilida<strong>de</strong><br />
do Douro.<br />
Lembramos que as eclusas ao<br />
longo das barragens <strong>de</strong> Castelo do<br />
Bo<strong>de</strong>, Bouçã e Cabril, permitiriam<br />
optimizar o rendimento das inúmeras<br />
eólicas sediadas na zona.<br />
Eis pois, um projecto <strong>de</strong> dimensão<br />
nacional que, <strong>de</strong>vidamente estudado,<br />
permitiria o aumento <strong>de</strong> riqueza,<br />
não só da Região <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>,<br />
como também dos concelhos limítrofes<br />
e principalmente do País.<br />
É certo que já não temos o ouro<br />
do Brasil, nem um rei que nos<br />
governe, mas temos massa cinzenta<br />
<strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e bastaria<br />
acabar com obras <strong>de</strong> fachada,<br />
conseguidas com engenhosas e<br />
ardilosas construções financeiras ,<br />
e aproveitar a energia , a inteligência<br />
e a generosida<strong>de</strong> da nossa juventu<strong>de</strong><br />
que se vê empurrada para<br />
a emigração, porque o seu País não<br />
tem projectos para lhes assegurar o<br />
futuro. ■<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director<br />
Email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />
Parque <strong>de</strong> Campismo <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> • Telefone: (00351) 272 681 106<br />
email: geral@campingoleiros.com • www.campingoleiros.com
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Aniversário do nosso jornal<br />
na Imprensa do Distrito<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 3<br />
Vários Colegas da informação referiram o nosso aniversário, facto que agra<strong>de</strong>cemos.<br />
Não é invulgar, mas merece o <strong>de</strong>vido <strong>de</strong>staque e aqui <strong>de</strong>ixamos algumas das notas publicadas.<br />
Bem hajam,<br />
Paulino Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director<br />
Páginas <strong>de</strong> Motivação<br />
formalizada<br />
O ano do 3º aniversário do JORNAL DE OLEIROS, assinala a constituição<br />
da empresa “PÁGINAS DE MOTIVAÇÃO, Editora <strong>de</strong> Jornais,<br />
Unipessoal Lda., se<strong>de</strong>ada na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6100 <strong>Oleiros</strong>,<br />
Contribuinte número 510 198 350, dando cumprimento ao sonho do<br />
Fundador e Director do jornal.<br />
É um momento <strong>de</strong> alegria, expectativa e reforço <strong>de</strong> objectivos para<br />
o futuro.<br />
A empresa que agora edita o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, po<strong>de</strong> vir e <strong>de</strong>senvolver<br />
outras activida<strong>de</strong>s relacionadas, matérias neste momento em<br />
apreciação, contribuindo para uma cada vez maior notorieda<strong>de</strong> do<br />
Concelho e do projecto em si.<br />
Po<strong>de</strong> ser contactada pelo email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt ou através<br />
do site www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com fortemente interactivo. ■<br />
Viagem pelo Concelho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
CASA DÃO<br />
- Turismo a não per<strong>de</strong>r<br />
A Casa do Dão (Turismo) foi<br />
construída no século XIX e, recentemente<br />
recuperada pela família<br />
proprietária visando proporcionar<br />
conforto a quem a visita.<br />
Tem 2 pisos úteis e todas as condições<br />
para uma estadia serene,<br />
tranquila e junto ao Pinhal e toda a<br />
envolvente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza. Muito<br />
próxima <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, a cerca <strong>de</strong> 6<br />
kms, na estrada para Castelo Branco,<br />
ao chegar ao Milrico, à sua direita.<br />
Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> conhecer, mas,<br />
antecipando já a sua visita, po<strong>de</strong><br />
ver e saber mais em:<br />
www.casadodao-turismo.com<br />
email: casa.dao.turismo@gmail.com<br />
Telemóvel: (00351) 932 952 972<br />
PAPELARIA JARDIM<br />
www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com ·<br />
Director e Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
EDITORIAL<br />
Cambas e o Restaurante Sli<strong>de</strong>,<br />
foram os palcos para a festa do 3º<br />
aniversário do nosso jornal.<br />
Jornada memorável, reuniu<br />
inúmeros Amigos e Entida<strong>de</strong>s<br />
Oficiais, com <strong>de</strong>staque para o Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />
Destaque para as inúmeras<br />
mensagens recebidas e o importante<br />
e significativo <strong>de</strong>staque<br />
dado pela generalida<strong>de</strong> da Imprensa<br />
do Distrito <strong>de</strong> Castelo<br />
Branco.<br />
Foi <strong>de</strong>stacado o passado, mas,<br />
evi<strong>de</strong>ntemente, colocámos em<br />
evidência o futuro em que acreditamos.<br />
<strong>de</strong>OLEIROS<br />
Ano 3, Nº 15, Outubro <strong>de</strong> 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral<br />
<strong>Jornal</strong><br />
INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA<br />
ESPECIAL<br />
Celebrámos a entrada no 4º ano <strong>de</strong> vida<br />
Em Cambas no Sli<strong>de</strong>,<br />
a festa foi forte<br />
3º ANIVERSÁRIO<br />
RECORTE DE IMPRENSA<br />
Obrigado a todos.<br />
Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />
Director<br />
email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />
Rua Cabo da Devesa - 6160-412 <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 272 682 279
4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Portugal entre o Colapso financeiro sem a Troika e a Ruina com ela<br />
Estados fortes e Plutocracia contra Estados débeis e Pobres<br />
Recuperar a Honra <strong>de</strong> Portugal<br />
António Justo<br />
antoniocunhajusto@gmail.com<br />
www.antonio-justo.eu<br />
“Temos uma mentira institucionalizada<br />
no país… que não <strong>de</strong>ixa<br />
que as coisas tenham a pureza que<br />
<strong>de</strong>viam ter” ”, diz o general Pires<br />
Veloso. Quando, os bem alimentados<br />
da nação, se atrevem já a falar<br />
assim é mesmo grave o estado da<br />
nação e justificada a insatisfação.<br />
O actual regime <strong>de</strong>mocrático, mais<br />
que fruto do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> bem comum, foi cinicamente<br />
construído amoralmente e baseado<br />
na manipulação i<strong>de</strong>ológica que<br />
permitiu muitos “iluminados” arrogantes<br />
apo<strong>de</strong>rarem-se do Estado,<br />
e manter o povo na submissão, já<br />
não sombria mas risonha. Pessoas<br />
corruptas, com o apoio militar, instauram<br />
um estado corrupto, sem<br />
razão crítica, sob o pretexto dos<br />
abrilistas serem os libertadores <strong>de</strong><br />
Portugal. Sanearam Portugal à sua<br />
imagem e semelhança! O povo,<br />
atraiçoado pelas elites conservadoras<br />
e pelos oportunistas engravatados<br />
da ocasião, <strong>de</strong>ixou-se enganar<br />
e agora acorda molhado. O maior<br />
roubo que se po<strong>de</strong> fazer a um país<br />
é tirar-lhe a esperança, a autoconfiança<br />
e a dignida<strong>de</strong>. Construímos<br />
uma <strong>de</strong>mocracia duvidosa em que<br />
políticos não são responsabilizados<br />
pelo seu mau comportamento mas<br />
o cidadão sim. As i<strong>de</strong>ologias e os interesses<br />
pessoais e <strong>de</strong> coutos sobrepuseram-se<br />
aos <strong>de</strong> povo e nação.<br />
Urge sanear o País<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Estado<br />
à Constituição<br />
A atitu<strong>de</strong> do ministro Nuno Crato,<br />
mandando reavaliar todas as<br />
licenciaturas que foram atribuídas<br />
com recurso à creditação profissional,<br />
<strong>de</strong>veria ser um primeiro<br />
passo no saneamento do Estado<br />
no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinstitucionalizar<br />
a corrupção; <strong>de</strong>veria passar-se a<br />
rever também as medidas que possibilitam<br />
tal creditação. O trabalho<br />
seria colossal porque teria <strong>de</strong> chegar<br />
também aos diferentes órgãos<br />
<strong>de</strong> Estado e a uma revisão da constituição<br />
portuguesa, nascida sob<br />
auspícios i<strong>de</strong>ológicos e partidários!<br />
O resto é só maculatura.<br />
O saneamento da nação implicaria<br />
coragem e vonta<strong>de</strong> para o abandono<br />
<strong>de</strong> regalias adquiridas na base<br />
<strong>de</strong> legislações nepóticas (favoritismo!)<br />
e <strong>de</strong> acções como as <strong>de</strong> forças<br />
<strong>de</strong> pressão orientadas apenas pela<br />
ganância à custa da <strong>de</strong>struição da<br />
economia nacional, tal como acontece<br />
com a greve dos maquinistas e<br />
outras. Um país que orienta a sua<br />
acção na base <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> regalias<br />
mata <strong>de</strong> início a solidarieda<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>strói-se a si mesmo impossibilitando<br />
a governação.<br />
Há muitos portugueses que anseiam<br />
pela revolução, esperando<br />
que a rebelião comece em Espanha.<br />
Os alemães, os franceses e os Ingleses<br />
temem a instabilida<strong>de</strong> do Euro;<br />
mais que a <strong>de</strong>sgraça da Grécia ou<br />
<strong>de</strong> Portugal, preocupa-os sobremaneira<br />
a insatisfação popular incontida<br />
duma Espanha ou duma Itália.<br />
As consequências para o projecto<br />
EU (Euro) seriam catastróficas. Por<br />
enquanto entretemo-nos com a<br />
periferia; com o tempo também a<br />
França passará a entrar na dança.<br />
Uma Alemanha que exige contenção<br />
económica aos países menos<br />
fortes como Grécia, Portugal, Espanha<br />
e Itália, continua a endividar-se<br />
apesar duma economia florescente.<br />
Endividando-se aposta já na inflação<br />
que aos outros não é permitida<br />
<strong>de</strong>vido a um Euro <strong>de</strong> várias velocida<strong>de</strong>s!<br />
(A RFA, no seu orçamento<br />
fe<strong>de</strong>ral para 2013 prevê, nos seus<br />
gastos totais, 33,3 bilhões com a dívida<br />
fe<strong>de</strong>ral que ocupa o terceiro lugar,<br />
<strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>fesa também com<br />
33,3 bilhões e dos gastos no âmbito<br />
laboral e social com 118,7 bilhões).<br />
No que respeita a endividamento<br />
para empréstimo, o Estado alemão<br />
não tem dificulda<strong>de</strong> com isso, porque<br />
ganha com a diferença do crédito<br />
(pe<strong>de</strong> dinheiro emprestado a<br />
2% e empresta-o a 6% ou mais). Por<br />
outro lado o banco central europeu<br />
empresta dinheiro aos bancos a 1%<br />
em vez <strong>de</strong> o emprestar directamente<br />
aos Estados <strong>de</strong>ficitários, favorecendo<br />
assim a usura dos bancos que <strong>de</strong>pois<br />
conce<strong>de</strong>m créditos a terceiros<br />
a preço especulativos. Não será que<br />
no caso duma reforma monetária<br />
quem mais sofrerá será quem mais<br />
poupou? O Japão e os USA não se<br />
encontram em melhor situação que<br />
a EU. Só que o dólar é suportado<br />
mundialmente, po<strong>de</strong>ndo os USA<br />
produzir bilhões <strong>de</strong> notas por mês<br />
sem que o mundo berre, ao contrário<br />
do que faz com a Europa. É que<br />
a Europa apesar das diferenças gritantes<br />
ainda reserva um bom óbolo<br />
para os <strong>de</strong>sfavorecidos do sistema<br />
e da natureza e isso <strong>de</strong>sagrada aos<br />
tubarões do mercado.<br />
Povo vítima <strong>de</strong> Instituições<br />
corruptas e da<br />
própria Apatia<br />
Os responsáveis pelo colapso<br />
económico não são chamados à<br />
responsabilida<strong>de</strong> pelo Estado português<br />
que, ao contrário do que<br />
acontece na Islândia, assalta a carteira<br />
do povo, poupando a dos que<br />
se encheram. Facto é que o povo<br />
português foi vítima dos governos<br />
<strong>de</strong> Portugal e da especulação<br />
financeira internacional. O apoio<br />
da EU (União Europeia) e a concessão<br />
<strong>de</strong> créditos aos países pobres<br />
parece ter sido para estes po<strong>de</strong>rem<br />
fazer compras aos países ricos e ao<br />
mesmo tempo terem a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> beneficiarem as gran<strong>de</strong>s<br />
empresas para a competição internacional<br />
da nova realida<strong>de</strong> global<br />
(turbo-capitalismo). “Confiaram”<br />
na capacida<strong>de</strong> política e financeira<br />
dos políticos estatais e agora vem a<br />
Troika, controlar a nação sem se interessar<br />
pelo Estado nem para on<strong>de</strong><br />
foi o dinheiro. Como precisam dos<br />
seus mercenários governamentais<br />
para executarem as suas exigências<br />
não lhes tocam.<br />
Os povos da periferia, com uma<br />
elite política não habituada a <strong>de</strong>itar<br />
contas à vida, <strong>de</strong>ixaram-se iludir<br />
com promessas e histórias <strong>de</strong><br />
paraísos turísticos, etc. Esta elite,<br />
“comprada”, com postos e or<strong>de</strong>nados<br />
especulativos internacionais,<br />
permitiu a <strong>de</strong>struição das pescas,<br />
agriculturas, têxteis e das pequenas<br />
e médias empresas da nação; pior<br />
ainda, concretizam, ainda hoje com<br />
zelo, medidas europeias ten<strong>de</strong>ntes<br />
a <strong>de</strong>struir as regiões e os seus<br />
produtos específicos em benefício<br />
das gran<strong>de</strong>s multinacionais estrangeiras<br />
e <strong>de</strong> latifundiários. Agora<br />
que a periferia (Grécia, Espanha,<br />
Portugal, Itália, etc.) se encontra<br />
na <strong>de</strong>pendura especula-se no centro<br />
da Europa, se não seria melhor<br />
estes Estados optarem pela antiga<br />
moeda para melhor regularem o<br />
próprio mercado, ou se não será<br />
melhor um euro “duro” e um euro<br />
“macio”! Tudo <strong>de</strong>sculpa para manter<br />
o terreno conquistado!<br />
As multinacionais receberam<br />
parte dos apoios da EU, <strong>de</strong>struíram<br />
as pequenas e médias empresas<br />
e foram-se embora <strong>de</strong>ixando os<br />
consumidores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da importação<br />
que essas mesmas firmas<br />
agora servem, a partir do estrangeiro.<br />
Um enredamento bem perpetrado!<br />
O chanceler Helmut Kohl<br />
preparou as gran<strong>de</strong>s empresas<br />
para a concorrência internacional<br />
e o chanceler Schroe<strong>de</strong>r açaimou<br />
o operariado para a concorrência<br />
com o operariado exterior...<br />
As nações ricas, cada vez mais<br />
ricas ainda, criaram nelas também<br />
uma pobreza cada vez mais à medida<br />
da pobreza da periferia. A introdução<br />
do Euro correspon<strong>de</strong>u ao<br />
abandono da economia social tradicional<br />
em favor dum liberalismo económico<br />
americano (anglo-saxónico),<br />
ten<strong>de</strong>nte a criar os Estados Unidos<br />
da Europa à medida dos USA.<br />
Porque há-<strong>de</strong> pagar a crise quem<br />
não tem dinheiro? Porque não se<br />
põem os mais ricos a contribuir para<br />
se resolver a crise? Estes já não trazem<br />
benefício para o Estado, numa<br />
fase em que o capitalismo comunista<br />
<strong>de</strong> Estado (China) tem po<strong>de</strong>r<br />
económico e político para aniquilar<br />
o capitalismo <strong>de</strong> cunho privado (<strong>de</strong><br />
multinacionais internacionais). Os<br />
magnates do dinheiro e as nações<br />
mais fortes têm-se permitido humilhar<br />
os povos da periferia porque<br />
ainda notam que estes se mantêm<br />
or<strong>de</strong>iros. A situação está a tornarse<br />
tão séria que só uma revolta<br />
popular séria po<strong>de</strong>rá levar muitos<br />
representantes do povo (políticos<br />
mercenários) a arredar <strong>de</strong> caminho,<br />
porque a credibilida<strong>de</strong> internacional<br />
<strong>de</strong>stes só vale na medida em<br />
que conseguem manter o próprio<br />
povo sem a revolta. A não ser que<br />
se aceite o surgir <strong>de</strong> grupos radicais<br />
no Oci<strong>de</strong>nte à imagem dos grupos<br />
Al Qaida (sistema <strong>de</strong> guerrilha!).<br />
Os que se assenhorearam do Estado<br />
português (revolução <strong>de</strong> Abril<br />
no seu aspecto <strong>de</strong> assalto às instituições)<br />
começaram por, da sua janela,<br />
anunciar o po<strong>de</strong>r e a liberda<strong>de</strong> para<br />
o povo e por roubar-lho pela porta<br />
traseira! A fusão <strong>de</strong> interesses mafiosos<br />
entre políticos, instituições,<br />
administradores <strong>de</strong> empresas públicas<br />
e conluio com a justiça inviabiliza<br />
um Portugal honrado.<br />
Chegou a hora da mudança (conversão)<br />
ou da revolução! Como po<strong>de</strong>m<br />
ricos e políticos dormir, quando<br />
há já gente com fome! Será que a<br />
globalização, a EU terá <strong>de</strong> acontecer<br />
à custa da fome. A Europa conseguiu<br />
a paz acabando com a fome;<br />
agora, que a fome vem, prepara-se<br />
a guerra. O povo começa a perceber<br />
que os seus governos têm os seus<br />
interesses salvaguardados sob a<br />
capa dum Estado “padrasto”.<br />
O problema não está tanto na<br />
escolha <strong>de</strong> alternativas mas na mudança<br />
<strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> das elites<br />
governamentais (partidárias) que<br />
nos têm governado e administrado<br />
e dum povo habituado a dançar<br />
ao ritmo duma música tocada por<br />
outros. Não tempos tido governos<br />
nem partidos com capacida<strong>de</strong><br />
para administrar um Estado e menos<br />
ainda uma nação. Os mesmos<br />
parlamentos que levaram o país à<br />
ruina per<strong>de</strong>ram a autorida<strong>de</strong> para<br />
governar Portugal e a Troika que o<br />
governa agora não está interessada<br />
nem no povo nem na nação.<br />
Resta ao povo a metanoia, não<br />
comprar produtos estrangeiros e<br />
chamar o Estado e os gestores financeiros<br />
ao rego da nação. Estes<br />
porém sabem que o povo, como a<br />
criança, só berra e não actua. Daqui<br />
a falta <strong>de</strong> esperança com a agravante<br />
<strong>de</strong> que a reconciliação do povo<br />
com o seu Estado significaria mais<br />
uma vez abnegação. As pessoas sérias<br />
do Estado <strong>de</strong>veriam proce<strong>de</strong>r<br />
a um saneamento do Estado e das<br />
leis que protegem os que vivem encostados<br />
a ele. Só assim po<strong>de</strong>riam<br />
os administradores da miséria readquirir<br />
a honra perdida para Portugal<br />
po<strong>de</strong>r voltar a cantar “Heróis<br />
do mar” e da terra também! ■
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 5<br />
Serafim Marques<br />
Economista<br />
Neste domingo <strong>de</strong> manhã, saí <strong>de</strong><br />
casa, para tomar a minha “bica”<br />
matinal, vício que não dispenso,<br />
afinal até tenho poucos. Dirigi-me<br />
a um dos três café que frequento<br />
habitualmente no meu bairro e<br />
no qual po<strong>de</strong>ria “dar uma vista<br />
<strong>de</strong> olhos” pelo jornal que ali po<strong>de</strong><br />
estar disponível. Azar o meu, porque<br />
o periódico estava a ser lido<br />
por outro cliente, pelo que paguei<br />
os sessenta cêntimos (€ 0,60) pela<br />
“bica”, valor esse praticado na<br />
maioria dos cafés e pastelarias,<br />
<strong>de</strong>pois da subida da taxa do IVA,<br />
e fui dar uma volta pelo bairro,<br />
on<strong>de</strong> existem muitos cafés e pastelarias<br />
<strong>de</strong> variadas gran<strong>de</strong>zas e<br />
padrões, aproveitando ainda o sol<br />
<strong>de</strong>sta manhã domingueira <strong>de</strong> Outono.<br />
Pelo caminho e sem que fosse<br />
essa a minha atenção, não pu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reparar em anúncios nas<br />
montras sobre o preço da “bica”.<br />
Reparei então que um <strong>de</strong>les tinha<br />
afixado € 0,50, mas alguns metros<br />
mais à frente, um concorrente<br />
anunciava € 0,49! Contudo, muito<br />
mais adiante, existem três micro<br />
cafés, quase lado a lado, e cada<br />
um anunciava € 0,45 pelo preço do<br />
café. Afinal, a concorrência acicata<br />
os empresários, embora para estes<br />
três, face à sua proximida<strong>de</strong>, a concorrência<br />
terá que se basear noutras<br />
variáveis do negócio que não<br />
no preço. No sub-sector da restauração,<br />
também se assiste a acções<br />
<strong>de</strong> marketing com o objectivo <strong>de</strong><br />
captação e fi<strong>de</strong>lização dos clientes.<br />
Os empresários adoptaram ainda<br />
outras práticas <strong>de</strong> que tinham<br />
uma certa relutância no “tempo<br />
das vacas gordas”, por exemplo,<br />
ven<strong>de</strong>r refeições para fora, facilitar<br />
aos clientes levarem as sobras para<br />
casa, menus completos ou minipratos,<br />
etc.<br />
A crise económica está instalada<br />
e, obviamente, todos os sectores<br />
sofrem as consequências. Na restauração,<br />
além da subida do IVA<br />
em <strong>de</strong>z pontos (<strong>de</strong> 13 para 23%), o<br />
sector está a sofrer com o <strong>de</strong>semprego<br />
<strong>de</strong> muitos dos seus anteriores<br />
clientes, diminuição do po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> compra <strong>de</strong> outros, retracção no<br />
consumo e também com a alteração<br />
dos hábitos dos portugueses que<br />
eram, dos europeus, aqueles com<br />
maior indíce <strong>de</strong> frequência dos restaurantes<br />
e similares. Assim e face<br />
a estes factos, as falências no sector<br />
não param <strong>de</strong> subir e, ao contrário<br />
do que dizem os empresários e a<br />
associação do sector, não é apenas<br />
a subida do IVA a causa da sua<br />
crise. Como em muitos outros sectores<br />
do nosso universo económico,<br />
este é composto por unida<strong>de</strong>s<br />
que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o micro café até ao<br />
luxuoso e bem dimensionado restaurante,<br />
bem como uma diferente<br />
capacida<strong>de</strong> e competência empresarial<br />
dos seus agentes, pelo que<br />
esta crise po<strong>de</strong>rá “separar o trigo<br />
do jóio”, resistindo os mais capazes<br />
ou os que melhor souberem<br />
vencer “a tempesta<strong>de</strong> da mudança”<br />
na nossa economia e <strong>de</strong> que a<br />
restauração faz parte.<br />
Neste Verão, entrei num restaurante<br />
duma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> província e<br />
fiquei surpreendido com a apresentação<br />
da unida<strong>de</strong> empresarial<br />
(nova). Fiquei ainda surpreendido<br />
com a amabilida<strong>de</strong> e atenção<br />
da empresária, que veio até<br />
à mesa inteirar-se sobre a minha<br />
satisfação, pelo que no <strong>de</strong>correr<br />
da conversa que entabuámos a<br />
questionei se ela tinha tido consciência<br />
dos riscos que corria <strong>de</strong> ter<br />
investido em contra ciclo, isto é,<br />
numa época em que as falências se<br />
suce<strong>de</strong>m no sector. Respon<strong>de</strong>u-me<br />
CRÓNICAS DE LISBOA<br />
Os Cafés<br />
do meu Bairro<br />
que não tinha medo e , no seu entusiasmo<br />
pelo seu projecto, disse-me<br />
ainda que esperava que a crise no<br />
sector beneficiasse o seu restaurante,<br />
isto é, que a crise “mataria”<br />
aqueles que estão pior preparados<br />
ou percebem pouco do ramo.<br />
Acrescentei-lhe, então que ela<br />
acreditava naquele velho ditado<br />
popular <strong>de</strong> que : “quem não tem<br />
vocação ou perceber do negócio,<br />
que feche a loja”.<br />
Muitos dos nossos pequenos<br />
“empresários” são empurrados<br />
para o negócio por variadíssimos<br />
motivos e nem sempre pelos<br />
melhores, isto é, uma opção<br />
consciente e munidos dos vários<br />
instrumentos necessários (saberes<br />
técnicos, saberes comerciais,<br />
saberes e recursos financeiros,<br />
associativismo, etc) para que o<br />
negócio não seja uma aventura e<br />
cuja possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fracassar aumenta<br />
na razão directa da falta <strong>de</strong><br />
preparação do seu promotor. Mesmo<br />
num pequeno café <strong>de</strong> bairro,<br />
que acaba por <strong>de</strong>sempenhar uma<br />
função mais <strong>de</strong> carácter social do<br />
que económica, por exemplo dando<br />
“emprego” ao próprio dono<br />
que, <strong>de</strong> outro modo seria um encargo<br />
para o Estado, isso <strong>de</strong>ve<br />
ser tomado em conta, porque os<br />
clientes não chegam para todos e<br />
não estão dispostos a “comer gato<br />
por lebre”, ou serem atendidos<br />
por pessoas que não reúnem as<br />
condições para o negócio. Apesar<br />
<strong>de</strong>, neste caso, o investimento ser<br />
reduzido, mesmo assim alguns<br />
<strong>de</strong>sses “empresários” acabam por<br />
per<strong>de</strong>r os anéis e a ilusão <strong>de</strong> serem<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,e, com a falência,<br />
prejudicam também outros nesse<br />
fiasco, por exemplo, credores,<br />
Estado, etc. Falta humilda<strong>de</strong> para<br />
apren<strong>de</strong>r com os outros, mas esse<br />
é um <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> muita gente e que<br />
o individualismo não facilita. ■<br />
OLEIROS<br />
NOVA ESTRADA OLEIROS - SERTÃ<br />
já funciona<br />
Trata-se uma enorme<br />
mais valia para o<br />
Concelho, populações<br />
e visitantes. Com a<br />
abertura do troço inicial<br />
com início na Sertã<br />
e <strong>de</strong>pois o final <strong>de</strong> ligação<br />
a <strong>Oleiros</strong>, fica a<br />
faltar a zona do Maxial<br />
que <strong>de</strong>verá estar pronto a meio do próximo ano. É, mesmo assim uma<br />
excelente notícia. ■<br />
Filarmónica Oleirense celebrou<br />
118º Aniversário<br />
No ano em que foi dotada <strong>de</strong> nova e funcional se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vidamente<br />
preparada com museu, salas <strong>de</strong> aulas, auditório, bar e vários serviços,<br />
a importante FILARMÓNICA DE OLEIROS merece o justo <strong>de</strong>staque.<br />
Saudamos também o Amigo Men<strong>de</strong>s na imagem, o mais experiente<br />
membro em funções. ■<br />
Cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> jovens,<br />
estudantes do ensino secundário,<br />
chegaram a <strong>Oleiros</strong> no passado dia<br />
2 <strong>de</strong> novembro, ao abrigo <strong>de</strong> um<br />
protocolo <strong>de</strong> cooperação assinado<br />
entre os municípios <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
e <strong>de</strong> S. Nicolau <strong>de</strong> Tarrafal (Cabo<br />
Ver<strong>de</strong>).<br />
Com este acordo, os jovens frequentarão<br />
a Escola Padre António<br />
<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, em <strong>Oleiros</strong> e a autarquia<br />
assegurará o alojamento na<br />
ENSINO<br />
Protocolo entre <strong>Oleiros</strong> e Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Alunos <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong><br />
ingressam no ensino<br />
secundário em <strong>Oleiros</strong><br />
Residência <strong>de</strong> Estudantes e o fornecimento<br />
das suas refeições.<br />
Os jovens irão assim beneficiar<br />
<strong>de</strong> um ensino <strong>de</strong> excelência, tendo<br />
ao ser dispor uma série <strong>de</strong> infraestruturas<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que lhes proporcionarão<br />
uma estadia bastante<br />
proveitosa.<br />
Recor<strong>de</strong>-se que a Escola Padre<br />
António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>,<br />
é a escola do distrito <strong>de</strong> Castelo<br />
Branco que surge melhor classificada<br />
no ranking das escolas <strong>de</strong> 2012<br />
referente ao ensino secundário, o<br />
qual teve por base os resultados<br />
obtidos pelos alunos nos exames<br />
nacionais.<br />
Já no que se refere à maior aproximação<br />
entre a média <strong>de</strong> frequência<br />
do ano letivo e a média dos exames<br />
nacionais, a escola Oleirense<br />
aparece em 23.º lugar a nível nacional,<br />
matéria que se <strong>de</strong>staca com<br />
prazer. ■<br />
O “ARCO” celebra 36º aniversário<br />
O “ARCO” o nosso clube, celebrou<br />
o 36º Aniversário.<br />
Presidido por Ramiro Roque, o<br />
“ARCO” é responsável por inúmeras<br />
alegrias para a região no<br />
campo <strong>de</strong>sportivo, mas está também<br />
na origem <strong>de</strong> acontecimentos<br />
como o FESTIL a gran<strong>de</strong> festa<br />
das crianças da região. Sucessos<br />
continuados para o “ARCO”, Direcção,<br />
atletas e amigos. ■<br />
Caipironho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> faz sucesso<br />
A bebida mais inovadora <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, o<br />
Caipironho, foi a coqueluche da Mostra do<br />
Medronho e daa Castanha que teve lugar<br />
naquela vila beirã nos últimos dias. Esta é<br />
mais uma aposta <strong>de</strong> um concelho que começa<br />
a ser reconhecido como <strong>de</strong>stino diferenciador<br />
e <strong>de</strong> excelência. ■
6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
O FAROL<br />
Verda<strong>de</strong>s Ocultas<br />
Nota: O autor <strong>de</strong> “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico<br />
António Graça<br />
Portugal atravessa uma situação<br />
crítica para a qual foi arrastado por<br />
quase quatro décadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>smandos<br />
e incompetências <strong>de</strong> políticos<br />
<strong>de</strong>squalificados, que, ao longo dos<br />
anos foram cometendo uma série<br />
<strong>de</strong> barbarida<strong>de</strong>s, fosse com intuitos<br />
eleitoralistas, ou para favorecimento<br />
dos próprios, das famílias,<br />
<strong>de</strong> amigos dos partidos, <strong>de</strong> grupos<br />
económicos e financeiros, etc..<br />
Patrocinaram-se gran<strong>de</strong>s obras<br />
e eventos (C.C.B., Expo 98, Euro<br />
2004, etc.), que, a quando dos seus<br />
lançamentos, se assegurava pagarem-se<br />
a elas próprias, mas que,<br />
no final, resultaram sempre nas<br />
inevitáveis “<strong>de</strong>rrapagens”. Todas<br />
estas obras e eventos movimentaram<br />
largos milhões, a maior parte<br />
dos quais ainda por justificar,<br />
uma vez que as contas respectivas<br />
nunca foram divulgadas publicamente.<br />
É um facto que a crise das dívidas<br />
soberanas não é um exclusivo<br />
do nosso país, mas, as soluções<br />
adoptadas para combater a nossa<br />
crise estão comprovadamente<br />
erradas e são, em muitos casos,<br />
opostas às que, noutros países europeus<br />
com problemas idênticos,<br />
têm sido adoptadas. Estas soluções<br />
fazem parte <strong>de</strong> um figurino<br />
engendrado pelo FMI, a soldo dos<br />
gran<strong>de</strong>s tubarões da finança, Goldman<br />
Sachs, por exemplo, cujo objectivo<br />
é arruinar as economias <strong>de</strong><br />
países em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
subjugando-os economicamente<br />
e extorquindo-lhe toda a réstia<br />
<strong>de</strong> riqueza por eles produzida. As<br />
políticas seguidas pelos governos<br />
<strong>de</strong> Portugal, vieram, intencionalmente,<br />
ou talvez não, colocar o<br />
país à mercê <strong>de</strong>sses tubarões.<br />
A crise é agravada por uma Europa<br />
à mercê dos <strong>de</strong>sígnios eleitoralistas<br />
regionais da senhora Ângela,<br />
que quer colher votos no seu<br />
país à custa <strong>de</strong> estimular o conhecido<br />
e <strong>de</strong>monstrado chauvinismo<br />
<strong>de</strong> alguns sectores conservadores<br />
alemães relativamente aos povos<br />
do Sul da Europa. Nesta situação,<br />
a União Europeia não consegue,<br />
como lhe compete, <strong>de</strong> acordo com<br />
o princípio <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> que<br />
orientou a sua formação e lhe valeu<br />
o Nobel da Paz <strong>de</strong>ste ano, estruturar<br />
uma solução para os países<br />
<strong>de</strong> economia mais frágil, antes<br />
pelo contrário, <strong>de</strong> braço dado com<br />
o FMI arrasta-os para uma tragédia<br />
<strong>de</strong> contornos ainda difíceis<br />
<strong>de</strong> avaliar. Os fracos responsáveis<br />
pela política europeia não têm<br />
capacida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>linear e muito<br />
menos impor a tomada das medidas<br />
necessárias à preservação da<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e da coesão da União.<br />
Tudo tem <strong>de</strong> ser feito segundo<br />
as vonta<strong>de</strong>s da alemã <strong>de</strong> leste.<br />
Mas, citando o conhecido magnata<br />
George Soros “ Ou a Alemanha<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lado as políticas radicais<br />
<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>ve ser ela<br />
própria a <strong>de</strong>ixar o Euro”.<br />
É estranho que os alemães não<br />
percebam que a austerida<strong>de</strong> imposta<br />
aos restantes países da<br />
União se reflectirá, a curto prazo<br />
na inviabilida<strong>de</strong> do Euro e muito<br />
negativamente na própria economia<br />
alemã, para a qual já se prevê<br />
em 2013 um crescimento práticamente<br />
nulo.<br />
Mas, voltando à crise. Já toda<br />
a gente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> prémios Nobel<br />
da economia até ao próprio FMI,<br />
parece ter constatado que a austerida<strong>de</strong><br />
não resolve a crise, toda a<br />
gente menos o primeiro-ministro<br />
<strong>de</strong> Portugal, os seus contabilistas<br />
Gaspar e Borges, sem ofensa para<br />
os verda<strong>de</strong>iros profissionais <strong>de</strong>sta<br />
classe. Mas, admitamos que, aten<strong>de</strong>ndo<br />
aos graves erros governativos<br />
cometidos anteriormente,<br />
teremos <strong>de</strong> adoptar alguma austerida<strong>de</strong>.<br />
Que austerida<strong>de</strong>? Decerto<br />
não será esta com a qual se preten<strong>de</strong><br />
asfixiar a economia do país e<br />
empobrecer os portugueses.<br />
Ele há para aí alguns a<strong>de</strong>ptos<br />
do empobrecimento nacional, todos<br />
eles bem instalados na vida,<br />
nem sempre por processos transparentes<br />
e que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o empobrecimento<br />
dos outros. Também<br />
há os que insistem em dizer que<br />
os portugueses vivem acima das<br />
suas possibilida<strong>de</strong>s. Quais portugueses?<br />
Os governos e os políticos,<br />
está bom <strong>de</strong> ver.<br />
A austerida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá consistir,<br />
basicamente, no corte radical das<br />
tais gorduras do Estado, <strong>de</strong> que<br />
Passos Coelho tanto falou na campanha<br />
eleitoral e que agora parece<br />
ter esquecido. É verda<strong>de</strong> que esses<br />
cortes vão colidir, <strong>de</strong> um modo geral,<br />
com interesses ilegitimamente<br />
instalados, e que tudo farão, recorrendo<br />
até à baixa chantagem, para<br />
manter as suas mordomias.<br />
Praticamente muito pouco foi<br />
feito para eliminar tais gorduras,<br />
senão vejamos.<br />
- Quantas empresas municipais<br />
<strong>de</strong>ficitárias já foram extintas?<br />
- Quantos institutos, fundações,<br />
observatórios, missões, etc. foram<br />
igualmente extintos?<br />
- Quantas PPP’s foram já negociadas<br />
com abaixamento das agiotas<br />
taxas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> garantidas?<br />
- O que foi já feito para reduzir<br />
efectivamente as <strong>de</strong>spesas supérfluas<br />
do aparelho <strong>de</strong> Estado?<br />
Não estaremos longe da realida<strong>de</strong><br />
se respon<strong>de</strong>rmos “ QUASE<br />
NADA” a estas questões.<br />
No caso das PPP’s, o governo<br />
veio atirar areia para os olhos dos<br />
portugueses afirmando que já havia<br />
conseguido uma poupança <strong>de</strong><br />
algumas centenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong><br />
euros, esqueceu-se contudo <strong>de</strong> esclarecer<br />
que essa “poupança” foi<br />
obtida à custa <strong>de</strong> transferir os custos<br />
<strong>de</strong> manutenção e conservação<br />
das estradas para a Estradas <strong>de</strong><br />
Portugal, ou seja, poupou nas verbas<br />
a pagar às concessionárias, mas<br />
passou a gastar essa poupança, ou<br />
mais, nos custos <strong>de</strong> manutenção<br />
das vias. “E esta hem!”, como diria<br />
o saudoso Fernando Pessa.<br />
A Refundação<br />
Passos Coelho<br />
Veio o primeiro-ministro, no seu<br />
novo estilo <strong>de</strong> dissimular o que<br />
preten<strong>de</strong> dizer, afirmar da necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> refundar o acordo com<br />
a troika.<br />
O que ele, realmente pretendia<br />
dizer é que precisa da cobertura<br />
da troika para alterar a seu belo<br />
prazer e dos seus ferozes conselheiros<br />
o papel e as funções sociais<br />
do Estado.<br />
Ora bem, Passos Coelho não<br />
teve a coragem <strong>de</strong> ir directo aso<br />
assunto e socorreu-se da palavra<br />
refundação. Se já tínhamos fundações<br />
a mais, passámos a ter a<br />
Refundação Passos Coelho, que,<br />
ao que tudo indica, po<strong>de</strong>ria custar<br />
muito mais aos cidadãos.<br />
E a discussão passou a centrarse<br />
à volta do chamado Estado-Social,<br />
algo que ninguém conseguiu<br />
ainda <strong>de</strong>finir com exactidão.<br />
Como é costume, preten<strong>de</strong>-se<br />
começar a discussão pelo telhado.<br />
Qualquer governo minimamente<br />
competente, abordaria esta<br />
questão com uma discussão a nível<br />
nacional sobre o que <strong>de</strong>verá<br />
ser a intervenção do Estado na<br />
socieda<strong>de</strong>, para além do papel <strong>de</strong><br />
confiscador-mor tão querido ao 1º<br />
ministro.<br />
Um governo por si só, ainda que<br />
maioritário, não tem legitimida<strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>cidir unilateralmente sobre<br />
estes assuntos.<br />
É necessário <strong>de</strong>finir e quantificar<br />
claramente os limites do Estado<br />
Social, <strong>de</strong> acordo com aquilo<br />
que po<strong>de</strong> ser a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção<br />
neste domínio.<br />
Não menos importante será fazer<br />
um levantamento exaustivo<br />
daquilo a que <strong>de</strong>vemos chamar<br />
o Estado Antissocial e proce<strong>de</strong>r à<br />
sua eliminação.<br />
Este Estado Antissocial, é constituído<br />
pelos já anteriormente<br />
referidos institutos, fundações,<br />
observatórios, missões <strong>de</strong> acompanhamento,<br />
etc. , centenas, se<br />
não milhares, <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, que<br />
não se sabe para que servem nem<br />
quanto custam, que vivem à custa<br />
do dinheiro dos nossos impostos<br />
sem produzirem algo <strong>de</strong> útil para<br />
o país, apenas servindo para acoitar<br />
clientelas partidárias, bandos<br />
<strong>de</strong> inúteis e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sclassificados.<br />
Sem exterminar radicalmente<br />
este Estado Antissocial, o Estado<br />
Social sairá fortemente penalizado<br />
na sua missão.<br />
A Sustentabilida<strong>de</strong><br />
da Segurança<br />
Social<br />
A questão da sustentabilida<strong>de</strong><br />
da Segurança Social, nomeadamente<br />
a da insuficiência <strong>de</strong> fundos<br />
para honrar os compromissos<br />
assumidos, tem sido objecto <strong>de</strong><br />
inúmeras consi<strong>de</strong>rações e especulações.<br />
É um facto que, aten<strong>de</strong>ndo ao<br />
aumento da esperança <strong>de</strong> vida,<br />
o número <strong>de</strong> pensionistas tem<br />
tendência a aumentar sem que o<br />
número <strong>de</strong> contribuintes acompanhe<br />
esse aumento, mas também é<br />
um facto, que tem sido ocultado,<br />
que, nos anos 80, governos houve,<br />
como os do Bloco Central <strong>de</strong><br />
Gonçalves Real & Associado, Lda.<br />
Engenheiros<br />
Mário Soares, que foram buscar<br />
aos fundos da Segurança Social<br />
avultadas verbas para tapar buracos<br />
orçamentais, verbas que<br />
nunca foram repostas e que hoje<br />
fazem falta ao sistema. Para além<br />
disso, houve quem aplicasse fundos<br />
<strong>de</strong>stes em operações <strong>de</strong> bolsa<br />
que se revelaram ruinosas, pelo<br />
menos para a própria Segurança<br />
Social. Não esquecer ainda que<br />
se conce<strong>de</strong>ram reformas e outros<br />
benefícios sociais a muita gente<br />
que nunca <strong>de</strong>scontou um cêntimo<br />
para esse efeito<br />
Um estudo efectuado sobre as<br />
verbas da S. Social usadas para<br />
tapar buracos orçamentais, revelou<br />
que, a valores actuais, estas<br />
ascen<strong>de</strong>riam a várias centenas <strong>de</strong><br />
milhões <strong>de</strong> euros, dinheiro que os<br />
portugueses foram obrigados a<br />
entregar ao estado, na perspectiva<br />
<strong>de</strong> ter uma reforma equivalente, e<br />
que gente com poucos escrúpulos<br />
utilizou <strong>de</strong> forma leviana e contrária<br />
aos objectivos <strong>de</strong> constituição<br />
dos fundos, um autêntico conto<br />
do vigário.<br />
A insustentabilida<strong>de</strong><br />
da austerida<strong>de</strong><br />
O FMI e a Comissão Europeia<br />
têm vindo, nos últimos tempos a<br />
manifestar preocupação com os<br />
efeitos negativos das medidas excessivas<br />
<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> contidas<br />
nos planos <strong>de</strong> ajustamento financeiro.<br />
Qualquer governo, digno <strong>de</strong>sse<br />
nome e interessado na <strong>de</strong>fesa dos<br />
seus cidadãos, teria já aproveitado<br />
esta situação para iniciar uma negociação<br />
séria, para, <strong>de</strong> forma sustentável<br />
e o menos gravosa possível,<br />
atingir os objectivos possíveis<br />
<strong>de</strong> equilíbrio das finanças do país.<br />
O 1º ministro e o contabilista<br />
Gaspar insistem na manutenção<br />
do actual rumo.<br />
Face a esta atitu<strong>de</strong>, somos levados<br />
a concluir que,1º ministro que<br />
continua a ser muito corajoso a<br />
atingir os mais fracos e <strong>de</strong> menor<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contestação, quando<br />
afirmou em tempos” que se lixem<br />
as eleições”, era apenas mais<br />
uma das suas metáforas, o que ele<br />
queria mesmo dizer, e o que a sua<br />
conduta confirma era “Que se lixem<br />
os portugueses”.<br />
Até breve ■<br />
Dispomos <strong>de</strong> uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> legalização ou <strong>de</strong> uma construção nova, po<strong>de</strong>rá contar com todo o acompanhamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>:<br />
• Projecto <strong>de</strong> Arquitectura<br />
• Direcção Técnica <strong>de</strong> Obra<br />
• Projecto <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong>s<br />
• Direcção <strong>de</strong> Fiscalização<br />
• Legalizações<br />
• Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Segurança<br />
• Topografia<br />
• Ficha Técnica <strong>de</strong> Habitação<br />
• Planos <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong><br />
• Processo IMI<br />
• Peritagens<br />
Estamos ao seu dispor através dos contactos: 929172442 – Nuno Real (Engº) 938804793 – Maria Clara Real (Engª) goncalves.real@sapo.pt - Rua Monteiro <strong>de</strong> Lima, 7 – 2200 Abrantes
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 7
8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
A Casa da Comarca da Sertã<br />
(CCS) organizou um almoço<br />
para <strong>de</strong>bater a relevância dos órgãos<br />
<strong>de</strong> comunicação social local<br />
e regional, no passado dia 27 <strong>de</strong><br />
Outubro, em Lisboa.<br />
Designada “A comunicação<br />
social regional e a sua relevância<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento local”,<br />
a iniciativa contou com as intervenções<br />
do Prof. António Manuel<br />
Silva, autor do blog “Terras<br />
do Polóme”, em representação<br />
do <strong>Jornal</strong> Voz da Minha Terra,<br />
<strong>de</strong> Mação, do Dr. Carlos Ramalho,<br />
administrador da LocalVisão<br />
TV, <strong>de</strong> Castelo Branco, e do<br />
Dr. Paulino Fernan<strong>de</strong>s, Director<br />
do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, periódico<br />
que recentemente completou o<br />
3º ano <strong>de</strong> publicação.<br />
Tanto os oradores convidados<br />
como os <strong>de</strong>mais participantes<br />
que usaram da palavra, foram<br />
unânimes em reconhecer o importante<br />
papel que os órgãos <strong>de</strong><br />
comunicação social local e regional<br />
<strong>de</strong>sempenharam e ainda <strong>de</strong>sempenham,<br />
a par dos <strong>de</strong>safios<br />
que enfrentam, nomeadamente<br />
ao nível do financiamento e da<br />
necessária adaptação às exigências<br />
das socieda<strong>de</strong>s actuais.<br />
Marcaram presença, nomeadamente,<br />
os actuais Conselheiros<br />
Regionais por <strong>Oleiros</strong> e Proençaa-Nova,<br />
Sr. Manuel da Cunha e<br />
Eng. Irene Fernan<strong>de</strong>s Cardoso,<br />
antigos presi<strong>de</strong>ntes da CCS, e os<br />
presi<strong>de</strong>ntes da Liga Regional Os<br />
Unidos da Freguesia <strong>de</strong> Álvaro,<br />
da Liga dos Amigos da Freguesia<br />
da Amieira e da Liga <strong>de</strong> Amigos<br />
da Freguesia <strong>de</strong> Isna.” ■<br />
Imprensa no mundo<br />
Comunicação Social Regional em <strong>de</strong>staque<br />
na Casa da Comarca da Sertã<br />
Debate “Media do futuro”<br />
A crise económica po<strong>de</strong> acelerar<br />
as alterações nos media, que<br />
são expectáveis para os próximos<br />
anos. As gran<strong>de</strong>s tendências <strong>de</strong>ste<br />
sector para os próximos anos,<br />
afirmou José Alberto Carvalho,<br />
diretor <strong>de</strong> informação da TVI,<br />
já foram estudadas. “Mas temos<br />
um mercado pequeno, com uma<br />
crise <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e uma crise<br />
<strong>de</strong> consumo, pelo que penso que<br />
vamos ser forçados a reinventar<br />
as nossas ativida<strong>de</strong>s com muito<br />
menos tranquilida<strong>de</strong> e a uma velocida<strong>de</strong><br />
muito mais acelerada do<br />
que noutros países”, com exceção<br />
daqueles que se encontram em<br />
condições idênticas a Portugal. E<br />
essas alterações, no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />
à forte retração da economia<br />
portuguesa, po<strong>de</strong>rão colocar<br />
“seríssimos riscos” à “prática do<br />
jornalismo”.<br />
Na terceira edição da conferência<br />
“Media do Futuro”, promovida<br />
pelo Expresso e pela SIC<br />
Notícias, o tema da qualida<strong>de</strong> do<br />
jornalismo e das condições para<br />
o seu exercício foi, por diversas<br />
vezes, abordado nos painéis <strong>de</strong><br />
intervenientes que discutiram o<br />
futuro dos media. José Pacheco<br />
Pereira afirmou que “na realida<strong>de</strong>,<br />
há um fracasso dos media que<br />
não é o futuro, mas o presente.<br />
Uma parte importante da crise<br />
da comunicação social tem a ver<br />
com a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer um<br />
jornalismo para o presente”. Tal<br />
problema <strong>de</strong>ve-se, segundo o historiador,<br />
ao facto <strong>de</strong> “a realida<strong>de</strong><br />
socioeconómica do país” não<br />
correspon<strong>de</strong>r “ao mundo vivido<br />
pelos jornalistas” e, por isso, “não<br />
aparecer nos jornais. O jornalismo<br />
que se faz só reflete um pequeno<br />
sector”, asseverou.<br />
Pedro Norton, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
do grupo Impresa, que<br />
<strong>de</strong>batia com José Pacheco Pereira<br />
o tema “Mudar para o digital sem<br />
per<strong>de</strong>r os valores tradicionais dos<br />
media”, sublinhou as limitações<br />
que a atual conjuntura impõe às<br />
empresas <strong>de</strong> comunicação social:<br />
“O que nos está a ser pedido é gerir<br />
um conjunto <strong>de</strong> tensões que são<br />
brutais”: numa altura em que estas<br />
organizações se <strong>de</strong>batem para<br />
<strong>de</strong>salanvacar dívida, as receitas<br />
publicitárias <strong>de</strong>gradam-se “profundamente”<br />
(em quatro anos,<br />
o mercado publicitário contraiu<br />
50%); e quando é preciso que estas<br />
mesmas empresas <strong>de</strong>em espaço<br />
à criativida<strong>de</strong> e experimentação<br />
<strong>de</strong>ntro das redações, a instabilida<strong>de</strong><br />
social e laboral aumentam, ao<br />
mesmo tempo que “existe a pressão<br />
imediatista sobre os resultados<br />
trimestrais ou mensais”.<br />
No mesmo <strong>de</strong>bate, José Pacheco<br />
Pereira <strong>de</strong>nunciou “um conjunto<br />
<strong>de</strong> movimentações preocupantes”<br />
no sector dos media. “Vejo com<br />
muita preocupação os interesses<br />
<strong>de</strong> grupos económicos que trazem<br />
uma agenda política que implica<br />
a proteção <strong>de</strong> interesses <strong>de</strong> nações<br />
que têm ditaduras”, afirmou, numa<br />
altura em que se discutia a opacida<strong>de</strong><br />
dos grupos económicos que,<br />
mais recentemente, apostaram no<br />
sector dos media em Portugal. ■<br />
Imprensa um<br />
bem essencial<br />
No momento em que a generalida<strong>de</strong> da imprensa escrita sofre<br />
com o panorama económico e outros valôres a procuram amordaçar,<br />
recordamos hoje “ O República” que tanto lutou para viver, mas<br />
não sobreviveu a interesses contrários à Democracia. Todos os meses<br />
recordaremos um título <strong>de</strong>saparecido. ■
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 9<br />
Ana Silva<br />
“Freguesia <strong>de</strong><br />
Álvaro - <strong>Oleiros</strong>”<br />
Álvaro tem vida…<br />
SERTÃ<br />
Imprensa<br />
das Comunida<strong>de</strong>s<br />
cria Associação<br />
A antiga vila <strong>de</strong> Álvaro, que<br />
foi se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho por mais <strong>de</strong><br />
três séculos é uma das localida<strong>de</strong>s<br />
mais antigas da zona do pinhal,<br />
que bor<strong>de</strong>ja o rio Zêzere.<br />
A população <strong>de</strong> Álvaro está<br />
maioritariamente envelhecida,<br />
com gran<strong>de</strong>s carências socioeconómicas<br />
é uma população vestida<br />
<strong>de</strong> isolamento, também <strong>de</strong>vido<br />
á sua localização geográfica.<br />
Os antigos habitantes <strong>de</strong>sta<br />
freguesia viram-se obrigados a<br />
<strong>de</strong>ixar a sua al<strong>de</strong>ia em busca <strong>de</strong><br />
melhores condições <strong>de</strong> vida e<br />
os idosos cá foram ficando, com<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência cada<br />
vez maiores. O isolamento da<br />
população resi<strong>de</strong>nte na freguesia<br />
é um problema, pois muitos dos<br />
idosos vivem distanciados da<br />
al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Álvaro, ficando dispersos<br />
ao longo da freguesia, sendo<br />
que os acessos ás suas casas também<br />
não são os melhores.<br />
A Santa Casa da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> Álvaro tem diagnosticado<br />
várias situações <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>,<br />
e <strong>de</strong>ntro das suas capacida<strong>de</strong>s<br />
tem respondido ás mesmas, funcionando<br />
apenas com a valência<br />
<strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário<br />
tem <strong>de</strong>monstrado resultados<br />
práticos muito positivos, aliciantes<br />
e que nos dão coragem e motivação<br />
para continuar a intervir<br />
nesta área.<br />
É <strong>de</strong> salientar que dos 41 utentes<br />
que actualmente usufruem<br />
dos serviços da Instituição 40%<br />
tem mais <strong>de</strong> 80 anos e 29% possuem<br />
<strong>de</strong>ficiências físicas ou<br />
mentais que os tornam bastante<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />
Apologistas <strong>de</strong> que a chamada<br />
3º ida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve ser encarada<br />
como um fim mas sim como o<br />
começo <strong>de</strong> uma nova etapa, em<br />
que os idosos não se <strong>de</strong>vem acomodar<br />
ás suas limitações próprias<br />
da ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> complicações<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mas sim tentarem contornar<br />
as suas dificulda<strong>de</strong>s e tentarem<br />
viver um dia <strong>de</strong> cada vez<br />
com luta, coragem e objectivos,<br />
pois o idoso “conserva as suas faculda<strong>de</strong>s<br />
se mantiver vivos os seus<br />
interesses” (Cícero) e também<br />
com o intuito <strong>de</strong> proporcionar<br />
momentos <strong>de</strong> lazer e entretenimento<br />
aos idosos, foi criado o<br />
Grupo <strong>de</strong> Cantares dos Utentes<br />
da Santa Casa da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> Álvaro “Meninos da Al<strong>de</strong>ia”,<br />
no qual os idosos cantam musicas<br />
tradicionais e lêem quadras,<br />
passando momentos agradáveis<br />
e sentindo-se úteis e activos. A 1º<br />
actuação do grupo aconteceu no<br />
dia 10 <strong>de</strong> Novembro, no magusto<br />
da Instituição.<br />
Activida<strong>de</strong>s dos utentes<br />
“O sapateiro”<br />
António Conceição Martins tem 79 anos e resi<strong>de</strong> na Gaspalha. Começou<br />
na arte <strong>de</strong> fazer sapatos aos 16 anos e ainda hoje exerce esse ofício.<br />
Trabalha pele, couro, sola e cabedal fazendo sapatos á mão, trabalho<br />
que se vê cada vez menos na socieda<strong>de</strong> industrializada. Este utente faz<br />
sapatos para uso pessoal e também para venda. Trabalha numa divisão<br />
da sua casa que funciona como oficina.<br />
“A costureira”<br />
Maria Benedita Nunes tem 79 anos e resi<strong>de</strong> em Vale- Álvaro. Apren<strong>de</strong>u<br />
costura aos 7 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, pois foi-lhe oferecido tecido para<br />
confeccionar uma blusa e ir á costureira ficava muito caro, então <strong>de</strong>smanchou<br />
uma blusa velha e fez a nova a partir da antiga. Des<strong>de</strong> então<br />
nunca mais parou e faz <strong>de</strong>s<strong>de</strong> simples arranjos <strong>de</strong> costura até bordados,<br />
bainhas abertas e rendas, sem esquecer os lindos trabalhos manuais<br />
que faz para a Instituição. Tem uma sala específica para a costura.<br />
“O senhor dos cortiços”<br />
João Antunes Men<strong>de</strong>s tem 89 anos e resi<strong>de</strong> na Gaspalha. Começou a<br />
trabalhar a cortiça aos doze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, tendo aprendido esta arte<br />
sozinho. Faz bancos <strong>de</strong> cortiça, colmeias e outros objectos. Tem uma<br />
divisão da sua casa que funciona como oficina e armazém.<br />
Estes três utentes não se <strong>de</strong>ixam vencer pela ida<strong>de</strong> e vão-se mantendo<br />
activos, sentindo-se realizados e entretidos. São um exemplo <strong>de</strong><br />
como na 3º ida<strong>de</strong> ainda se trabalha, ainda se luta e principalmente…<br />
ainda se sonha!<br />
“O intervalo <strong>de</strong> tempo entre a juventu<strong>de</strong> e a velhice é mais breve do que se<br />
imagina. Quem não tem o prazer <strong>de</strong> penetrar no mundo dos idosos não é digno<br />
da sua juventu<strong>de</strong>.” Augusto Cury ■<br />
Cerca <strong>de</strong> 30 representantes<br />
dos media da emigração reuniram<br />
<strong>de</strong> sexta-feira a domingo<br />
passado, em Oeiras, para discutir<br />
formas <strong>de</strong> organização e <strong>de</strong><br />
relacionamento com Portugal,<br />
numa altura em que no país se<br />
<strong>de</strong>bate a crise no jornalismo.<br />
O Fórum dos Media das Comunida<strong>de</strong>s<br />
Portuguesas, promovido<br />
em parceria pelo Governo<br />
e pelo Observatório dos<br />
Luso<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, pretendia<br />
“encontrar pistas” para a organização<br />
<strong>de</strong>stes jornais, rádios e<br />
televisões que operam nos mais<br />
variados países. De França participou<br />
Artur Silva da Rádio<br />
Alfa, Pascal Albertini e Jaqueline<br />
Corado da Silva, assim<br />
como Carlos Pereira, Diretor do<br />
Luso<strong>Jornal</strong>.<br />
“Uma das coisas, porventura<br />
a mais séria, é discutir até que<br />
ponto estes órgãos <strong>de</strong> informação<br />
<strong>de</strong>vem ter um tipo <strong>de</strong><br />
organização, funcionando em<br />
re<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira a po<strong>de</strong>rem<br />
promover encontros, ações <strong>de</strong><br />
formação e outras ações <strong>de</strong> contacto<br />
e interação com a comunicação<br />
social portuguesa”, disse<br />
à agência Lusa o Secretário <strong>de</strong><br />
Estado das Comunida<strong>de</strong>s, José<br />
Cesário, que participou no primeiro<br />
dia do evento.<br />
Os participantes manifestaram-se<br />
preocupados com o<br />
futuro da comunicação social<br />
pública em Portugal, apelando<br />
ao Governo para que tenha<br />
em conta as necessida<strong>de</strong>s das<br />
Comunida<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>finição do<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> serviço público,<br />
nomeadamente agência Lusa,<br />
RDP e RTP.<br />
“Para estes media, a agência<br />
Lusa é um instrumento crucial<br />
para o <strong>de</strong>senvovimento do seu<br />
trabalho. Por essa razão, os<br />
media das Comunida<strong>de</strong>s portuguesas<br />
acompanham as preocupações<br />
dos jornalistas da<br />
Lusa, quanto às consequências<br />
das <strong>de</strong>cisões do Governo em<br />
matéria <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> financiamento”,<br />
refere o texto final. Os<br />
órgãos <strong>de</strong> comunicação social<br />
das Comunida<strong>de</strong>s portuguesas<br />
têm acesso gratuito ao serviço<br />
Comunida<strong>de</strong>s da agência Lusa,<br />
mas reclamam “acesso integral<br />
ao serviço da agência”.<br />
Os participantes no Fórum<br />
apelaram ainda a que o Governo<br />
“tenha em conta as suas<br />
necessida<strong>de</strong>s dos órgãos <strong>de</strong><br />
comunicação e das Comunida<strong>de</strong>s<br />
que servem, no mo<strong>de</strong>lo que<br />
vier a ser escolhido para o futuro<br />
do serviço público <strong>de</strong> televisão<br />
e rádio”. “Os canais da RDP<br />
são um parceiro indispensável<br />
das rádios das Comunida<strong>de</strong>s<br />
portuguesas, enquanto a RTP<br />
Ricardo Silva, Luxemburgo<br />
Internacional <strong>de</strong>ve continuar a<br />
ser um veículo <strong>de</strong> difusão da<br />
língua e culturas portuguesas,<br />
<strong>de</strong>vendo os seus conteúdos ser<br />
melhorados, numa perspetiva<br />
<strong>de</strong> aproximação com as Comunida<strong>de</strong>s<br />
que serve”, sublinham.<br />
Durante o encontro <strong>de</strong> três<br />
dias, foi ainda <strong>de</strong>cidida a criação<br />
da Plataforma - Associação<br />
dos Órgãos <strong>de</strong> Comunicação<br />
das Comunida<strong>de</strong>s, que será registada<br />
em Portugal e permitirá<br />
aos jornais, rádios e televisões<br />
partilhar conteúdos online.<br />
Artur Silva, da Rádio Alfa <strong>de</strong><br />
Paris é um dos 11 elementos<br />
da Comissão instaladora da<br />
associação, e disse à Lusa que<br />
os estatutos e o plano técnico<br />
da organização <strong>de</strong>verão estar<br />
prontos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois meses.<br />
O jornalista explicou que a associação<br />
estará “aberta a quem<br />
quiser a<strong>de</strong>rir”, <strong>de</strong>vendo respeitar<br />
“sempre a ética e <strong>de</strong>ontologia<br />
dos jornalistas”.<br />
Os jornalistas e representantes<br />
dos media da emigração<br />
propuseram a criação <strong>de</strong> uma<br />
Plataforma <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> conteúdos<br />
online com o objetivo<br />
<strong>de</strong> otimizar meios e reduzir<br />
custos.<br />
Carlos Pereira, Diretor do<br />
Luso<strong>Jornal</strong>, sublinhou à Lusa a<br />
importância da criação <strong>de</strong> uma<br />
estrutura para a partilha <strong>de</strong> informação.<br />
“É importante que<br />
haja uma plataforma para a<br />
partilha <strong>de</strong> meios e informação.<br />
Os nossos jornais são assumidamente<br />
jornais locais, o Luso-<br />
<strong>Jornal</strong> é <strong>de</strong> França mas há informação<br />
que outros jornais têm<br />
que nos po<strong>de</strong> interessar”, disse<br />
Carlos Pereira. Para o Diretor do<br />
Luso<strong>Jornal</strong> “entre textos, ví<strong>de</strong>os<br />
e ficheiros <strong>de</strong> áudio, há muito<br />
para partilhar”. ■<br />
* Com a <strong>de</strong>vida vénia ao Luso<strong>Jornal</strong>
10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
vILA DE rEI<br />
Vila <strong>de</strong> Rei recebe Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Município +<br />
Familiarmente Responsável pelo 4º ano consecutivo<br />
Nota <strong>de</strong> Imprensa<br />
A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei, Irene Barata,<br />
recebeu, na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Outubro,<br />
no Auditório da se<strong>de</strong> da Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Municípios,<br />
em Coimbra, a Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> “Autarquia<br />
+ Familiarmente Responsável”,<br />
distinção que Vila <strong>de</strong> Rei<br />
recebe pelo 4º ano consecutivo.<br />
A distinção, atribuída pelo<br />
Observatório das Autarquias Familiarmente<br />
Responsáveis, preten<strong>de</strong><br />
premiar as Autarquias que<br />
<strong>de</strong>senvolvem uma eficaz política<br />
<strong>de</strong> apoio e ajuda às famílias mais<br />
numerosas. A sua selecção tem<br />
em conta os mais diversos critérios,<br />
entre os quais o apoio à maternida<strong>de</strong><br />
e paternida<strong>de</strong>, apoio às<br />
famílias com necessida<strong>de</strong>s especiais,<br />
serviços básicos, educação e<br />
formação, habitação e urbanismo,<br />
transportes, cultura, <strong>de</strong>sporto,<br />
lazer e tempo livre, cooperação,<br />
relações institucionais e participação<br />
social.<br />
Para Irene Barata, “esta distinção,<br />
alcançada pelo quarto ano consecutivo,<br />
vem confirmar o trabalho<br />
do Município Vilarregense no<br />
âmbito do apoio à família, on<strong>de</strong><br />
foi pioneiro em diversas medidas<br />
orientadas para esta área. Estamos<br />
muito gratos pela distinção<br />
recebida, que consi<strong>de</strong>ramos ser<br />
um estímulo para continuarmos<br />
a criar caminhos estratégicos e<br />
inovadores em prol da melhoria<br />
da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das famílias<br />
Vilarregenses.” ■<br />
Exposição “Pintura<br />
Líquida” no Museu<br />
Municipal<br />
Comemoração da Semana<br />
Europeia da Prevenção <strong>de</strong><br />
Resíduos na EBI <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei<br />
O Museu Municipal <strong>de</strong> Vila<br />
<strong>de</strong> Rei vai receber, entre os dias<br />
25 <strong>de</strong> Novembro e 30 <strong>de</strong> Dezembro,<br />
a exposição “Pintura<br />
Líquida”, <strong>de</strong> João Andra<strong>de</strong> Rebelo.<br />
Em exposição estarão cerca<br />
<strong>de</strong> 14 quadros, on<strong>de</strong> as temáticas<br />
principais serão, segundo<br />
o autor, “a vinha, as gentes e o<br />
trabalho com as vi<strong>de</strong>s.”<br />
O Museu Municipal <strong>de</strong> Vila<br />
<strong>de</strong> Rei encontra-se aberto ao<br />
público <strong>de</strong> quarta-feira a domingo,<br />
das 09h30 às 12h30 e<br />
das 14h00 às 17h00. ■<br />
MICO da Câmara<br />
Pereira em Vila <strong>de</strong> Rei<br />
dia 29 <strong>de</strong> Dezembro<br />
O Auditório Municipal Monsenhor<br />
Dr. José Maria Félix, em Vila<br />
<strong>de</strong> Rei, vai receber, pelas 21h30 do<br />
dia 29 <strong>de</strong> Dezembro, um concerto<br />
do artista Mico da Câmara Pereira,<br />
intitulado “25 anos a Comunicar”.<br />
A iniciativa, organizada pela Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei e<br />
pela Upstage Produções, oferece assim<br />
aos Vilarregenses, e a todos os<br />
interessados, a oportunida<strong>de</strong> única<br />
<strong>de</strong> assistir a um concerto acústico <strong>de</strong><br />
uma das mais reconhecidas vozes<br />
nacionais.<br />
Os bilhetes para o Concerto têm<br />
um custo que varia entre os 5€ e os<br />
7,5€, po<strong>de</strong>ndo ser adquiridos na recepção-geral da Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei. ■<br />
Entre 17 e 25 <strong>de</strong> Novembro comemora-se<br />
a Semana Europeia da<br />
Prevenção <strong>de</strong> Resíduos, que tem<br />
como objetivo a sensibilização da<br />
população para a problemática<br />
dos resíduos, em particular para<br />
a prevenção da sua produção,<br />
nomeadamente o que é possível<br />
fazer para reduzir os quantitativos<br />
e nocivida<strong>de</strong> dos resíduos<br />
produzidos.<br />
Neste âmbito, a VALNOR –<br />
Valorização e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos,<br />
SA., com o apoio da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei,<br />
realizou em 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong><br />
2012, na Escola Básica Integrada<br />
do Centro <strong>de</strong> Portugal, a ativida<strong>de</strong><br />
“Jogo Glória da Reciclagem”,<br />
dirigida às crianças do 1.º Ciclo,<br />
promovendo comportamentos <strong>de</strong><br />
redução/ prevenção <strong>de</strong> resíduos.<br />
Os participantes pu<strong>de</strong>ram assim<br />
<strong>de</strong> uma forma lúdica e educativa<br />
respon<strong>de</strong>r a questões relacionadas<br />
com o Ambiente em geral<br />
e com a reciclagem <strong>de</strong> resíduos<br />
em particular, testando os seus<br />
conhecimentos e promovendo<br />
um comportamento ambiental<br />
a<strong>de</strong>quado.<br />
Refere-se que a capitação média<br />
diária <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos<br />
indiferenciados no município<br />
<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei em 2011 foi <strong>de</strong><br />
0,66 Kg/hab.dia, sendo a menor<br />
<strong>de</strong> entre os 25 municípios pertencentes<br />
à área <strong>de</strong> intervenção<br />
da VALNOR, e cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />
da capitação média diária <strong>de</strong> Portugal<br />
continental em 2009 e em<br />
2010 (os dados <strong>de</strong> 2011 ainda não<br />
se encontram disponíveis no site<br />
da APA - Agência Portuguesa do<br />
Ambiente) – 1,4 Kg/hab.dia e da<br />
capitação média diária na União<br />
Europeia em 2008 – 1,44 Kg/hab.<br />
dia, consi<strong>de</strong>rando-se no entanto<br />
que qualquer redução será uma<br />
mais valia.<br />
Contribua para a redução <strong>de</strong><br />
resíduos no concelho <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong><br />
Rei, reduzindo, reutilizando e reciclando!<br />
■
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 11<br />
PROENÇA-A-NOVA<br />
Magda Ribeiro<br />
As lições <strong>de</strong>ixadas pelo Proença-a-Novos<br />
Jovens que participaram no projeto dizem-se<br />
mais atentos ao que acontece na vila<br />
. Criados os “10 mandamentos do projecto Proença-a-Novos”<br />
Depois <strong>de</strong> participarem no projeto<br />
Proença-a-Novos, em que<br />
foram chamados a avaliar e dar<br />
sugestões para diversos espaços<br />
públicos, os jovens que integraram<br />
o grupo dizem sentir-se mais<br />
responsáveis e mais atentos ao<br />
que acontece na vila.<br />
O relatório final da iniciativa já<br />
foi entregue ao presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
e a avaliação final <strong>de</strong>monstra<br />
que os participantes, com ida<strong>de</strong>s<br />
entre os 13 e os 16 anos, se sentem<br />
com mais vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaborar<br />
com o Município, afirmando ter<br />
ficado a conhecer melhor a organização<br />
da autarquia e adquirido<br />
noções sobre, por exemplo, como<br />
ler um mapa.<br />
Inserido na iniciativa Cidadãos<br />
2.0, o Proença-a-Novos teve origem<br />
na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia<br />
da Universida<strong>de</strong> do Porto, que escolheu<br />
Proença-a-Nova como um<br />
dos casos <strong>de</strong> estudo.<br />
Foram feitas sete sessões com o<br />
grupo <strong>de</strong> alunos que se voluntariou<br />
para participar, entre janeiro<br />
e maio <strong>de</strong> 2012, assim como inquéritos<br />
a uma amostragem mais<br />
alargada.<br />
No final do trabalho, as sugestões<br />
foram sintetizadas nos “10<br />
mandamentos do projeto Proença-a-Novos”,<br />
ou seja, <strong>de</strong>z propostas<br />
arrumadas em quatro categorias<br />
– cultura, <strong>de</strong>sporto e lazer,<br />
comércio e serviços, espaços <strong>de</strong>gradados<br />
e espaços públicos. Foram<br />
dadas i<strong>de</strong>ias para requalificar<br />
o largo da Devesa e o jardim<br />
<strong>de</strong> Santa Margarida, propostas<br />
<strong>de</strong> animação e pedidos <strong>de</strong> novos<br />
equipamentos, como uma piscina<br />
ao ar livre e um espaço concebido<br />
a pensar nas ativida<strong>de</strong>s dos adolescentes.<br />
Na avaliação final do projeto, os<br />
participantes elegeram a apresentação<br />
pública feita ao presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara como um dos pontos<br />
altos da iniciativa, por sentirem<br />
que as suas i<strong>de</strong>ias foram ouvidas.<br />
O safari fotográfico realizado<br />
através da vila com o responsável<br />
pelo projeto, professor João Armando<br />
Gonçalves, para verem<br />
em pormenor espaços públicos e<br />
documentarem as características<br />
a trabalhar nas sessões, foi igualmente<br />
consi<strong>de</strong>rado um momento<br />
marcante.<br />
Além <strong>de</strong> manifestarem <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> que seja dado seguimento ao<br />
projeto, na avaliação os jovens<br />
consi<strong>de</strong>ram que o facto <strong>de</strong> se tratar<br />
<strong>de</strong> um meio com gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />
entre as pessoas é uma<br />
vantagem para a participação dos<br />
mais novos, mas apontam o <strong>de</strong>sconhecimento<br />
dos <strong>de</strong>partamentos<br />
da Câmara e o facto <strong>de</strong> não serem<br />
vistos como credíveis pelos adultos<br />
como alguns dos obstáculos a<br />
uma participação mais regular. ■<br />
Mais <strong>de</strong> 30 análises diárias a mostos<br />
Novo serviço laboratorial<br />
do Centro Ciência Viva<br />
com procura elevada<br />
O laboratório do Centro Ciência<br />
Viva da Floresta, que entrou<br />
em funcionamento no verão, fez<br />
análises a amostras <strong>de</strong> um total<br />
<strong>de</strong> 108.770 litros <strong>de</strong> mosto, nos<br />
últimos dois meses. A a<strong>de</strong>são ao<br />
novo serviço prossegue com elevada<br />
procura no que diz respeito<br />
a análises ao vinho, estando<br />
igualmente prevista a realização<br />
<strong>de</strong> testes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z e <strong>de</strong> peróxidos<br />
ao azeite, outro dos produtos<br />
existentes em quantida<strong>de</strong> no concelho.<br />
O cálculo do álcool provável e a<br />
medição do pH e da aci<strong>de</strong>z total<br />
foram as análises mais solicitadas<br />
no caso do mosto. “Do ponto <strong>de</strong><br />
vista químico, verificámos que a<br />
maioria dos mostos não precisaram<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s correções”, explica<br />
Catarina Antunes, responsável<br />
pelo laboratório. Nas semanas<br />
que se seguiram às vindimas,<br />
chegaram a ser analisadas mais<br />
<strong>de</strong> 30 amostras por dia.<br />
Quanto ao vinho, um dos parâmetros<br />
mais importantes é a aci<strong>de</strong>z<br />
volátil, que indica o estado<br />
<strong>de</strong> conservação. São igualmente<br />
analisados o pH e a aci<strong>de</strong>z total.<br />
A maioria dos pedidos <strong>de</strong> análises<br />
tem sido feita por produtores<br />
do concelho <strong>de</strong> Proença-a-Nova,<br />
mas há igualmente registo <strong>de</strong><br />
clientes <strong>de</strong> outras regiões.<br />
A médio prazo, o objetivo é<br />
a<strong>de</strong>quar o funcionamento do laboratório<br />
às necessida<strong>de</strong>s e produtos<br />
da região, incluindo, por<br />
exemplo, o leite <strong>de</strong> cabra. Com<br />
os diferentes ciclos produtivos,<br />
será possível manter o serviço<br />
em continuida<strong>de</strong> ao longo do<br />
ano. ■<br />
Proença combate<br />
a Diabetes<br />
Amanhã Proença-a-Nova vai<br />
amanhecer pintada <strong>de</strong> tons <strong>de</strong><br />
azul – com cerca <strong>de</strong> dois mil balões<br />
que visam surpreen<strong>de</strong>r e chamar<br />
a atenção da população. Qual<br />
o objetivo? Assinalar o Dia Mundial<br />
da Diabetes, que se celebra<br />
anualmente a 14 <strong>de</strong> novembro. A<br />
iniciativa é do Agrupamento <strong>de</strong><br />
Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Pinhal Interior<br />
Sul, com apoio do Município<br />
e colaboração dos Bombeiros Voluntários, que durante esta noite estarão<br />
a apoiar a colocação dos balões. Amanhã serão distribuídos folhetos<br />
informativos sobre a prevenção da diabetes, para “<strong>de</strong>scodificar” a<br />
iniciativa.<br />
Tendo em conta a importância do tema – a diabetes afeta 6,3 a 7,3%<br />
da população portuguesa -, vimos por este meio convidar a acompanhar<br />
esta ação, que se preten<strong>de</strong> que tenha algum impacto visual para<br />
melhor envolver a população. ■<br />
Escola <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proença-a-Nova<br />
Torneio Social <strong>de</strong> S. Martinho<br />
18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012<br />
Pelo segundo ano consecutivo,<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong> Proençaa-Nova<br />
e a Zonameeting promoveram<br />
o Torneio Social <strong>de</strong> S. Martinho,<br />
na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ténis e<br />
no escalão <strong>de</strong> séniores.<br />
A competição <strong>de</strong>correu no dia<br />
12 <strong>de</strong> novembro, nos Campos<br />
Municipais <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proençaa-Nova<br />
e envolveu atletas da Escola<br />
<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proença-a-Nova<br />
(ETPN), que representam em termos<br />
competitivos a Zonameeting,<br />
atletas do Cube PT e da Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>de</strong> Ténis Colina do Castelo, em representação<br />
do Riba Clube.<br />
Distribuídos por três grupos, os<br />
tenistas disputaram jogos entre<br />
si, com vista o apuramento para o<br />
quadro <strong>de</strong> oito atletas com eliminação<br />
direta.<br />
Concluída a fase <strong>de</strong> grupos, e<br />
na sequência do quadro <strong>de</strong> eliminação<br />
direta, <strong>de</strong>frontaram-se nas<br />
meias-finais os atletas Duarte Ramalho,<br />
do Clube PT, com Renato<br />
Santos, da ETPN/Zonameeting,<br />
e João Ramalho, do Riba Clube,<br />
com Gonçalo Farinha, da ETPN/<br />
Zonameeting. Os tenistas Renato<br />
Santos e Gonçalo Farinha, ambos<br />
da Escola <strong>de</strong> Ténis local, superiorizaram-se<br />
aos seus adversários<br />
da meia-final e disputaram,<br />
após um dia <strong>de</strong> muitas horas <strong>de</strong><br />
competição e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste,<br />
uma final equilibrada, tendo<br />
ambos <strong>de</strong>monstrado um bom<br />
nível tenístico. Gonçalo Farinha<br />
acabou por vencer os dois sets ao<br />
atleta Renato Santos.<br />
A prova <strong>de</strong>correu num clima<br />
bastante positivo e agradável,<br />
sendo uma oportunida<strong>de</strong> para os<br />
alunos trocarem experiência com<br />
outros atletas e <strong>de</strong>monstrarem,<br />
em ambiente competitivo, os conhecimentos<br />
adquiridos nas aulas<br />
<strong>de</strong> ténis.<br />
Após a entrega dos prémios<br />
<strong>de</strong>ste Torneio Social e do Torneio<br />
Escada, realizado no primeiro<br />
semestre <strong>de</strong> 2012, que teve como<br />
vencedor o atleta Sérgio Almeida,<br />
disfrutou-se <strong>de</strong> mais um momento<br />
<strong>de</strong> convívio com o tradicional<br />
magusto. ■
12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
cASTELO BRANCO<br />
José Lagiosa<br />
Apresentação <strong>de</strong>correu em Castelo Branco<br />
Imobiliárias SGH e Ling,<br />
unem esforços<br />
No passado dia 29 <strong>de</strong> novembro<br />
foi o tempo da apresentação,<br />
em Castelo Branco, da nova empresa.<br />
João Dias e António Belo são os<br />
mentores da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> unir as duas<br />
empresas especialistas no imobiliário<br />
juntando ao negócio também<br />
a empresa Maxfinance especialista<br />
em consultadoria financeira.<br />
É uma chapelada na forma <strong>de</strong><br />
estar, dos empresários locais, que<br />
vivem constantemente <strong>de</strong> costas<br />
viradas uns para os outros. Esta<br />
experiência torna-se tanto mais<br />
importante quanto a situação económica<br />
do país e da nossa região<br />
estar a atravessar momentos muito<br />
difíceis que se repercutem na<br />
vida das famílias, das empresas e<br />
das instituições.<br />
É <strong>de</strong> aplaudir este momento <strong>de</strong><br />
luci<strong>de</strong>z empresarial.<br />
“A i<strong>de</strong>ia passou mesmo por não<br />
reduzir quaisquer postos <strong>de</strong> trabalho”,<br />
referiu João Dias que assumirá<br />
a gestão da parte imobiliária<br />
da SGH, Ling, nome adotado<br />
para a nova empresa.<br />
Os dois gestores, com experiência<br />
comprovada na área imobiliária<br />
e financeira, referem ainda<br />
que ”a concentração <strong>de</strong> toda a informação<br />
sobre imóveis das duas<br />
empresas permite uma melhor<br />
comparação <strong>de</strong> preços, que preten<strong>de</strong><br />
beneficiar o cliente, com a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento a<br />
100%, por muito que isso pareça<br />
estranho e difícil, nos dias que<br />
atravessamos”.<br />
Por sua vez, António Belo ficará<br />
com a responsabilida<strong>de</strong> da gestão<br />
da Maxifinance.<br />
“Para aqueles que se encontram<br />
em dificulda<strong>de</strong>s, nomeadamente<br />
a lidar com o sistema bancário<br />
e os seus procedimentos, temos<br />
know-how e preten<strong>de</strong>mos coloca-lo<br />
ao serviço dos nossos clientes,<br />
bem assim como nas novas<br />
relações que se estabelecem com<br />
impostos, como é o caso da nova<br />
legislação do IMI”, afirmou António<br />
Belo durante a conversa que<br />
manteve com a comunicação social<br />
na apresentação <strong>de</strong>ste projeto<br />
que une agora as duas empresas.<br />
Na sequência <strong>de</strong>sta operação a<br />
racionalização <strong>de</strong> meios é parte<br />
importante pelo que a AGH, que<br />
funcionava na avenida Nuno Álvares,<br />
irá partilhar as instalações<br />
com a Ling, que se situa na avenida<br />
1º <strong>de</strong> Maio. Na avenida Nuno<br />
Álvares ficará agora a funcionar a<br />
Maxfinance. ■<br />
Pai <strong>Natal</strong><br />
As prendas<br />
que daria...<br />
Um dia <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>i comigo a imaginar<br />
quais seriam as prendas que<br />
oferecia, caso fosse o Pai <strong>Natal</strong>.<br />
Esta i<strong>de</strong>ia surge porque o espírito<br />
<strong>de</strong> <strong>Natal</strong> parece começar a andar<br />
por aí.<br />
Pois se eu fosse aquele homem<br />
<strong>de</strong> vermelho vestido, começaria<br />
por oferecer ao presi<strong>de</strong>nte Joaquim<br />
Morão uma varinha mágica<br />
para que ele pu<strong>de</strong>sse acabar o<br />
mandato autárquico com todas as<br />
obras prometidas acabadas. Ou<br />
será que ele conseguirá isso sem<br />
varinha mágica?<br />
Ao nosso ministro da saú<strong>de</strong>,<br />
Paulo Macedo, oferecia um manual<br />
<strong>de</strong> como diminuir a <strong>de</strong>spesa<br />
na sua área, sem <strong>de</strong>struir o Serviço<br />
Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Assim ficaríamos<br />
todos a ganhar, numa época<br />
em que só se fala em cortar, cortar,<br />
cortar!<br />
Para o ministro da educação teria<br />
todo o gosto em lhe oferecer,<br />
em nome dos professores e alunos<br />
<strong>de</strong>ste País, a carta <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão. Já<br />
chega <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir tudo o que <strong>de</strong><br />
bom se fez na última década no<br />
ensino em Portugal.<br />
Para o ministro Relvas, a melhor<br />
prenda seria um compêndio com<br />
as regras <strong>de</strong> como tirar um curso<br />
superior sem aldrabices.<br />
Bem restam-me as prendas para<br />
o ministro dos negócios estrangeiros,<br />
Paulo Portas e para o primeiroministro,<br />
Pedro Passos Coelho.<br />
Para o primeiro talvez um qualquer<br />
submarino, para que pu<strong>de</strong>sse<br />
escon<strong>de</strong>r-se dos eleitores do CDS<br />
quando cair o Governo. Eles não<br />
vão perdoar as incoerências do<br />
Paulinho das feiras. Para Passos<br />
Coelho a prenda i<strong>de</strong>al seria seguramente<br />
o livro <strong>de</strong> Pedro Vieira,<br />
Última paragem, Massamá. Não<br />
foi por acaso que o escritor ganhou<br />
o prémio PEN revelação <strong>de</strong>ste ano.<br />
Podia ser que o primeiro-ministro<br />
percebesse a mensagem. Uf… era<br />
cá um alívio!<br />
A nível, cá do burgo, teria a atenção<br />
<strong>de</strong> oferecer aos eleitores do<br />
concelho <strong>de</strong> Castelo Branco, uma<br />
dose <strong>de</strong> sabedoria e luci<strong>de</strong>z, para<br />
que exerçam lá mais para o final<br />
<strong>de</strong> 2013 o seu voto nas autárquicas,<br />
com inteligência e com sentido <strong>de</strong><br />
que Castelo Branco não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>itar<br />
a per<strong>de</strong>r tudo o que conquistou<br />
durante 16 anos com Joaquim<br />
Morão. E com, pelo menos, uma<br />
candidatura que se apregoa como<br />
quase certa é preciso muita luci<strong>de</strong>z<br />
para não <strong>de</strong>itar fora um tão gran<strong>de</strong><br />
manancial <strong>de</strong> riqueza acumulada.<br />
Finalmente, não esqueceria seguramente<br />
o lí<strong>de</strong>r do maior partido<br />
da oposição, António José Seguro.<br />
Para ele guardaria o único abraço<br />
que estaria disposto a oferecer neste<br />
<strong>Natal</strong>, com os votos que saiba<br />
encontrar, o caminho da esperança<br />
que vai faltando a este povo, ultimamente<br />
tão mal tratado.<br />
Ah, já me esquecia. O Vítor<br />
Gaspar. Bom, para esse senhor<br />
certamente interpretando o sentimento<br />
popular mais profundo,<br />
dispensamo-lo, com todo o gosto,<br />
<strong>de</strong> pagar os tão caros estudos que<br />
o país lhe pagou. Emigre e estão as<br />
contas feitas! ■<br />
Reorganização administrativa do território<br />
Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas<br />
prometem muita luta<br />
No concelho <strong>de</strong> Castelo Branco,<br />
os presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas são unânimes<br />
em dizer “não” à Reorganização<br />
Administrativa.<br />
Se por um lado, alguns <strong>de</strong>les são<br />
menos expressivos nas suas opiniões<br />
e comentários, por outro há<br />
aqueles que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já,<br />
tomadas <strong>de</strong> posição duras.<br />
As opiniões vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />
uma “tontaria” a anexação<br />
contra a vonta<strong>de</strong> expressa das populações,<br />
até ao “inaceitável” <strong>de</strong><br />
José Luís Pires, presi<strong>de</strong>nte da freguesia<br />
do Retaxo que acrescenta<br />
“Nós não temos um Governo. Temos<br />
um <strong>de</strong>sgoverno que sacudiu<br />
a água do capote, criando um grupo<br />
técnico para fazer <strong>de</strong>saparecer<br />
freguesias”.<br />
Por seu lado a Câmara <strong>de</strong> Castelo<br />
Branco vai convocar uma reunião<br />
com as juntas <strong>de</strong> freguesia do<br />
concelho para analisar a proposta<br />
<strong>de</strong> extinção e agregação. “Iremos<br />
fazer uma reunião com as juntas<br />
<strong>de</strong> freguesia envolvidas para<br />
estabelecer uma posição” disse<br />
Joaquim Morão à agência Lusa,<br />
recordando que “todos os órgãos<br />
municipais se pronunciaram contra<br />
a extinção <strong>de</strong> qualquer freguesia”,<br />
posição que foi acompanhada<br />
pela Assembleia Municipal.
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Semana do medronho e da castanha<br />
em <strong>Oleiros</strong> foi um enorme sucesso<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 13<br />
<strong>Oleiros</strong> movimenta-se em permanência<br />
Os sucessivos acontecimentos<br />
em <strong>Oleiros</strong>, como o que aqui referimos,<br />
são paradigmáticos <strong>de</strong> um<br />
concelho marcante, não conformista<br />
e capacitado para lutar em permanência<br />
pela sua coesão.<br />
Estão <strong>de</strong> parabéns todos os organizadores,<br />
<strong>de</strong>sta iniciativa e <strong>de</strong> todas<br />
as outras, algumas retratadas<br />
nas nossas páginas e ou no online<br />
em www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />
Restaurantes <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
brilharam na RTP<br />
Conferência do Dr.Leonel Lucas Azevedo<br />
dia 7 <strong>de</strong> Dezembro em <strong>Oleiros</strong><br />
Auditório do Hotel Santa Margarida, pelas 21h sob o tema:<br />
“Biblioteca pública <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, inaugurada em Dezembro <strong>de</strong> 1879 e,<br />
com o tempo e incúria humana, totalmente perdida “.<br />
A não per<strong>de</strong>r.<br />
convite<br />
<strong>de</strong>sfazer a memória<br />
Notas sobre a biblioteca pública <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, inaugurada em 1879<br />
CONFERÊNCIA por Leonel Azevedo<br />
Hotel Santa Margarida (<strong>Oleiros</strong>)<br />
Auditório<br />
7 <strong>de</strong> Dezembro 2012, 21h<br />
Parabéns a D. Maria dos Santos<br />
no Seu Centenário<br />
A semana do medronho e da Castanha foi apoiada fortemente pela RTP, gesto que saudamos.<br />
Foi importante ver os nossos empresários apresentarem as suas iguarias, todas ímpares, um autêntico cartaz<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />
Todos estiveram muito bem.<br />
Maria dos Santos nasceu<br />
em 4 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1912<br />
e, celebrou o centésimo aniversário<br />
no passado dia 4<br />
<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012.<br />
É obra, Da. Maria dos<br />
Santos, parabéns do seu<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, extensivos<br />
a Seu filho Manuel dos<br />
Santos Dinis e aos Seus 4<br />
netos. Longa vida com saú<strong>de</strong>,<br />
os nossos votos.<br />
Director
14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Idanha-a-Nova<br />
Investimentos<br />
que valem a pena<br />
Em Idanha-a-Nova damos valor<br />
às pessoas e às suas capacida<strong>de</strong>s.<br />
Temos forma <strong>de</strong> ajudar a implementar<br />
as tuas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio,<br />
do Turismo à Agricultura e Pecuária,<br />
das Artes ao Ensino e Cultura.<br />
Para apoiar o empreendorismo e<br />
inovação criámos e adaptámos,<br />
a Incubadora <strong>de</strong> Empresas, a Incubadora<br />
<strong>de</strong> Base Rural, Zonas<br />
Industriais, Zonas Históricas, Zonas<br />
Naturais e Termais, avança o<br />
município no seu site.<br />
O Projecto “Em Idanha há lugar<br />
para ti, sob o conceito “Não emigres.<br />
Migra!<br />
Em franco <strong>de</strong>senvolvimento e<br />
já a atrair vários casais, po<strong>de</strong> saber<br />
mais através do email: migraidanha@gmail.com<br />
ou pelo telefone 277 200 570 e fax 277 200 580 ■<br />
Idanha-a-Nova<br />
luta por mais<br />
progresso<br />
A Câmara <strong>de</strong> Idanha assinou<br />
seis protocolos com outras tantas<br />
instituições do Concelho,<br />
no valor <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 113 mil<br />
euros.<br />
Uma das contempladas foi<br />
a Filarmónica Idanhense, com<br />
uma verba <strong>de</strong> 40 mil euros,<br />
<strong>de</strong>stinados à promoção e divulgação<br />
musico-cultural, bem<br />
como <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdicas.<br />
A verba será repartida por<br />
diversas rubricas, entre elas<br />
a organização <strong>de</strong> iniciativas,<br />
aquisição <strong>de</strong> material e <strong>de</strong><br />
equipamentos.<br />
Mais <strong>de</strong> 25.500 euros couberam<br />
à Santa Casa da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> Segura, montante este<br />
que irá ser aplicado na recuperação<br />
e reparação do Altar da<br />
Capela daquela instituição.<br />
Dos trabalhos a levar a cabo<br />
fazem parte a remoção completa<br />
<strong>de</strong> várias camadas <strong>de</strong> tinta,<br />
reparação <strong>de</strong> várias falhas<br />
da ma<strong>de</strong>ira, tratamento imunizante<br />
das ma<strong>de</strong>iras, reconstituição<br />
<strong>de</strong> pinturas existentes<br />
no tecto frontal ao Altar, além<br />
do restauro <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte.<br />
As ex-instalações da GNR<br />
<strong>de</strong> Zebreira, proprieda<strong>de</strong> da<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia, e que albergam<br />
provisoriamente a<br />
Secção dos Bombeiros Voluntários,<br />
também vai sofrer obras<br />
<strong>de</strong> melhoramento. O protocolo<br />
<strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong><br />
10 mil euros, inclui trabalhos<br />
<strong>de</strong> conservação e reparação<br />
do edifício, <strong>de</strong>signadamente<br />
ao nível do isolamento dos<br />
terraços da garagem e da casa,<br />
bem como a colocação <strong>de</strong> uma<br />
estrutura <strong>de</strong> ferro no telhado e<br />
telha nova em todo o edifício.<br />
No que respeita ao apoio às<br />
camadas mais jovens, a autarquia<br />
disponibiliza também,<br />
através <strong>de</strong> protocolo no âmbito<br />
do Programa da Apoio ao<br />
Associativismo do Concelho -<br />
PAMIN, 15 mil euros ao Clube<br />
<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Idanha, para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> iniciativas<br />
<strong>de</strong> tempos livres e activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>sportivas.<br />
A Capela da Santa Casa da<br />
Misericórdia <strong>de</strong> Ladoeiro vai<br />
sofrer obras <strong>de</strong> conservação,<br />
trabalhos que se encontram<br />
já protocolados pelo valor <strong>de</strong><br />
4900 euros.<br />
Deste grupo <strong>de</strong> protocolos<br />
celebrados com a Câmara, faz<br />
também parte um <strong>de</strong>stinado ao<br />
apoio da empresa Penha Aventura,<br />
com vista à organização<br />
da edição <strong>de</strong> 2004 do Homem<br />
<strong>de</strong> Ferro, prova do Campeonato<br />
Nacional <strong>de</strong> Triatlo Longo,<br />
que é já a terceira vez que se<br />
realiza no Concelho. A prova<br />
é composta por 3,8 quilómetros<br />
<strong>de</strong> natação, aos quais se<br />
seguem 180 quilómetros <strong>de</strong><br />
ciclismo e 42,195 <strong>de</strong> corrida a<br />
pé.<br />
Este ano, a partida será dada<br />
na Barragem Marechal Carmona,<br />
em Idanha e a meta estará<br />
instalada frente à Câmara.<br />
Para fazer frente às <strong>de</strong>spesas<br />
<strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> material<br />
e serviços e <strong>de</strong> organização, a<br />
edilida<strong>de</strong> disponibiliza um total<br />
<strong>de</strong> 17.500 euros. ■<br />
Autorida<strong>de</strong>s abatem<br />
bovinos à solta em<br />
Segura, Idanha-a-Nova<br />
Reveillon<br />
2012/2013<br />
NOVIDADE EM OLEIROS<br />
Passagem <strong>de</strong> Ano no<br />
Hotel Santa Margarida.<br />
Desfrute <strong>de</strong> uma noite magnífica!<br />
Programa:<br />
• Ginásio<br />
• Degustação “ sabores <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong>” (jantar <strong>de</strong> dia 30)<br />
• Espaço infantil (noite <strong>de</strong> 31)<br />
• Passeio “Conhecer <strong>Oleiros</strong>”<br />
• Caminhada “Trilho<br />
Pe<strong>de</strong>stre”<br />
• Jantar <strong>de</strong> Gala (dia 31) com<br />
Animação Musical;<br />
• Ceia <strong>de</strong> Ano Novo<br />
• Brunch <strong>de</strong> Ano Novo<br />
A história remonta a 2000 e já<br />
<strong>de</strong>u origem a <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> processos<br />
judiciais. A câmara, a<br />
GNR local e a DGAV têm tentado,<br />
nos últimos anos e através<br />
<strong>de</strong> vários métodos, capturar os<br />
animais, mas sem sucesso. Até<br />
os militares das operações especiais<br />
da GNR já foram chamados<br />
e estiveram em campo<br />
para resolver o problema, mas<br />
em vão.<br />
A situação arrasta-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
esse ano, quando um veterinário<br />
– que exerce funções no<br />
município <strong>de</strong> Albergaria – comprou<br />
um conjunto <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />
junto à al<strong>de</strong>ia. Os habitantes<br />
não terão visto com bons<br />
olhos a chegada do forasteiro<br />
e, por diversas vezes, <strong>de</strong>struíram<br />
as vedações da quinta, para<br />
que o dono per<strong>de</strong>sse todos os<br />
animais. O veterinário ripostou<br />
comprando touros para a proprieda<strong>de</strong>.<br />
O conflito acentuou-se quando<br />
um antigo presi<strong>de</strong>nte da junta<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u, numa entrevista a<br />
um jornal regional, que o veterinário<br />
<strong>de</strong>veria ser morto. Face<br />
a essas <strong>de</strong>clarações, continua a<br />
mesma fonte, o dono da quinta<br />
passou a pedir proteção policial<br />
à GNR sempre que se <strong>de</strong>slocava<br />
à proprieda<strong>de</strong> – mas nunca<br />
lhe foi concedida. Por isso, terá<br />
começado a alegar que não tinha<br />
condições para cuidar dos<br />
animais e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> frequentar<br />
o local. Com o tempo, as vedações<br />
foram ficando danificadas<br />
e os touros passaram a andar à<br />
solta – sem estarem registados,<br />
brincados ou vacinados.<br />
Em Junho, a Câmara <strong>de</strong> Idanha<br />
e a DGV pediram ajuda a<br />
campinos da Companhia das<br />
Lezírias para capturar os animais.<br />
Contudo, só foram apanhados<br />
oito touros das centenas<br />
que andam à solta. Este mês foram<br />
chamados os militares das<br />
operações especiais da GNR<br />
para proce<strong>de</strong>rem ao abate, mas<br />
a ação foi suspensa para reavaliação<br />
pelo Ministério da Agricultura.<br />
Agora <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dia 8 <strong>de</strong> novembro<br />
que a GNR abate a tiro os<br />
touros que há anos vagueiam<br />
sem controlo <strong>de</strong> qualquer espécie,<br />
tendo até atacado habitantes<br />
<strong>de</strong> Segura.<br />
Segundo a agência Lusa, fonte<br />
da Direção Geral <strong>de</strong> Alimentação<br />
e Veterinária (DGAV) referiu<br />
apenas que a operação “<strong>de</strong>corre<br />
como previsto”. O diretor-geral<br />
<strong>de</strong> veterinária assinou um edital<br />
segundo o qual <strong>de</strong>corre até ao<br />
fim do mês <strong>de</strong> novembro uma<br />
operação <strong>de</strong> controlo e abate <strong>de</strong><br />
todos os animais bravios, que se<br />
estima serem 250.<br />
Esta operação obriga as forças<br />
<strong>de</strong> segurança a cortar ao trânsito<br />
várias estradas e caminhos<br />
entre as povoações <strong>de</strong> Segura e<br />
Rosmaninhal, por forma a criar<br />
um perímetro <strong>de</strong> segurança em<br />
torno da operação.<br />
Segundo <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> José<br />
Lopes, presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />
<strong>de</strong> Freguesia, “a população<br />
<strong>de</strong> Segura está <strong>de</strong>sejosa que<br />
os touros sejam abatidos na totalida<strong>de</strong><br />
e o mais rapidamente<br />
possível”. ■<br />
Pacote 3 Noites: 29 Dezembro a 1 <strong>de</strong> Janeiro<br />
235€/PAX<br />
235€/PAX (QUARTO DUPLO)<br />
Pacote 2 Noites : 30 Dezembro a 1 <strong>de</strong> Janeiro<br />
199€/PAX<br />
199€/PAX (QUARTO DUPLO)<br />
HOTEL SANTA MARGARIDA****Torna, 6140498 <strong>Oleiros</strong> | PORTUGAL Tel: (+351) 272 680 010 |Fax: (+351) 272 680 019 Email:<br />
geral@hotelsantamargarida.pt www.hotelsantamargarida.pt
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 15<br />
POTENCIALIDADES<br />
Inês Martins<br />
Engenheira Agrónoma<br />
A versatilida<strong>de</strong> da cortiça<br />
portuguesa<br />
No âmbito da celebração do<br />
Ano Internacional das Florestas,<br />
proclamado pelas Nações Unidas<br />
em 2011 e o qual ocorreu por todo<br />
o mundo, a Assembleia da República<br />
associou-se a esta efeméri<strong>de</strong><br />
e instituiu o Sobreiro como Árvore<br />
Nacional <strong>de</strong> Portugal. Aspetos<br />
como a ampla distribuição da espécie<br />
no território nacional (com<br />
737.000 ha, sob diversos ecossistemas<br />
naturais), a sua integração<br />
em sustentáveis montados (preten<strong>de</strong>-se<br />
candidatar o montado<br />
a Património da Humanida<strong>de</strong>), a<br />
biodiversida<strong>de</strong> que apresenta, o<br />
risco <strong>de</strong> extinção que lhe é inerente,<br />
a associação com vários setores<br />
económicos (como o turismo), a<br />
sua singularida<strong>de</strong> e a promissora<br />
fileira que constitui, representam<br />
importantes mais-valias para as<br />
populações.<br />
Para além da reconhecida importância<br />
ambiental e social que<br />
acarreta, é essencial apostar no<br />
seu elevado potencial económico<br />
on<strong>de</strong> a cortiça é, sem dúvida, o<br />
produto mais apreciado. Veja-se<br />
a sólida relação, <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três<br />
séculos, da rolha com o vinho.<br />
Também no artesanato, a cortiça<br />
assume o seu papel, estando<br />
na base <strong>de</strong> peças artesanais como<br />
o “cortiço”, o “coxo” ou o “tarro”<br />
(recipiente com reconhecidas qualida<strong>de</strong>s<br />
térmicas que era usado pelos<br />
pastores do Alentejo para levar<br />
os alimentos, quando saíam com os<br />
rebanhos, permitindo-lhes manter<br />
os alimentos à temperatura original<br />
durante várias horas). No nosso<br />
concelho, mais precisamente na<br />
Gaspalha (freguesia <strong>de</strong> Álvaro), o<br />
Sr. João dá forma aos tradicionais<br />
bancos <strong>de</strong> cortiça “tropeços” que<br />
aliam a funcionalida<strong>de</strong> ao conforto,<br />
adaptando-se perfeitamente a<br />
qualquer espaço. A procura <strong>de</strong>stas<br />
peças artesanais ma<strong>de</strong> in <strong>Oleiros</strong> é<br />
enorme, sendo um dos produtos<br />
com maior visibilida<strong>de</strong> no que se<br />
refere ao artesanato local.<br />
Mais recentemente, têm surgido<br />
no mercado diversos tipos<br />
<strong>de</strong> produtos dotados <strong>de</strong> uma<br />
interessante versatilida<strong>de</strong>, com<br />
aplicações que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a construção<br />
civil (em pavimentos ou<br />
isolantes) à indústria da moda,<br />
passando pelo vasto mundo dos<br />
acessórios e da <strong>de</strong>coração, muito<br />
sustentado em novos conceitos<br />
<strong>de</strong> eco-<strong>de</strong>sign.<br />
Por tudo isto, a cortiça tem um<br />
lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque ao nível das referências<br />
culturais dos povos que<br />
com ela contactam. Des<strong>de</strong> o montado<br />
<strong>de</strong> sobro aos produtos finais,<br />
esta matéria-prima sofre um conjunto<br />
<strong>de</strong> transformações que lhe<br />
permitem oferecer aos consumidores<br />
um produto <strong>de</strong> excelência.<br />
Por último, acresce referir que<br />
<strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> Portugal produzir<br />
anualmente cerca <strong>de</strong> 200.000<br />
toneladas <strong>de</strong> cortiça (mais <strong>de</strong> 50%<br />
da produção mundial), este é o<br />
único setor on<strong>de</strong> o nosso país<br />
possui uma posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
no panorama internacional, em<br />
todas as fases da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção.<br />
A perda <strong>de</strong>sta hegemonia<br />
representaria um <strong>de</strong>scalabro económico,<br />
social e ambiental sem<br />
paralelo para o nosso país. ■<br />
Professores<br />
reuniram em <strong>Oleiros</strong><br />
Ana Neves<br />
ananevesmar@gmail.com<br />
Realizou-se, no passado dia<br />
quatro <strong>de</strong> Outubro, mais um almoço<br />
<strong>de</strong> professores aposentados<br />
que leccionaram no concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong>.<br />
Este ano o local escolhido foi o<br />
Hotel Santa Margarida, recentemente<br />
inaugurado que revelou<br />
ser um local <strong>de</strong> eleição para um<br />
agradável convívio.<br />
A professora Amélia Eusébio<br />
<strong>de</strong>u as boas vindas aos presentes,<br />
lembrando também aqueles<br />
que, por motivos vários, não pu<strong>de</strong>ram<br />
participar neste encontro<br />
anual.<br />
Saboreando os pratos do chef<br />
Leonel que conjuga na perfeição<br />
a gastronomia local com a mo<strong>de</strong>rna<br />
e requintada cozinha <strong>de</strong><br />
autor, relembraram-se “retalhos<br />
da vida dos professores”. Falouse<br />
<strong>de</strong> uma época em que muito<br />
longe dos mega agrupamentos<br />
actuais, sem meios <strong>de</strong> comunicação<br />
e sem as estradas que hoje<br />
nos ligam, os professores, inseridos<br />
na comunida<strong>de</strong>, participavam<br />
em vivências que ajudaram<br />
a construir a história das nossas<br />
gentes e do nosso concelho.<br />
Muitos <strong>de</strong> nós partimos para<br />
outras regiões, não esquecendo<br />
as experiências <strong>de</strong> vida que nos<br />
enriqueceram como educadores.<br />
Segundo o pensador:<br />
“Quem conhece o seu povo, conhece<br />
o mundo todo”.<br />
Até para o ano! ■<br />
Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 272 682 250<br />
Contabilida<strong>de</strong> . Salários . IRS/IRC . Pocal<br />
Rua Cabo da Devesa, 6160-412 <strong>Oleiros</strong><br />
email: contoleiro@mail.telepac.pt • Telefone 272 682 795
16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Santa Casa <strong>de</strong> Álvaro tem novo Provedor<br />
A Santa casa da Misericórdia <strong>de</strong><br />
Álvaro organizou um magusto<br />
Solidário no pretérito dia 10 on<strong>de</strong><br />
além dos utentes, participou a população<br />
e amigos e teve o apoio do<br />
Grupo <strong>de</strong> Cantares “ Meninos da<br />
Al<strong>de</strong>ia”, indispensável numa organização<br />
<strong>de</strong>ste tipo.<br />
Foi um dia extraordinário <strong>de</strong><br />
acôrdo com as nossas fontes.<br />
Aproveitamos para en<strong>de</strong>reçar<br />
saudações ao novo Provedor, o<br />
Amigo João Freire, eleito esta semana<br />
e, ao mesmo tempo saudar<br />
o Provedor cessante. ■<br />
* Apoio <strong>de</strong> Ana Silva, Correspon<strong>de</strong>nte<br />
em Álvaro<br />
Sugestão<br />
para o <strong>Natal</strong><br />
Sinopse<br />
Os heróis portugueses, os símbolos<br />
nacionais, as histórias secretas dos monarcas,<br />
a influência templária, os locais<br />
místicos e muitos outros mistérios<br />
Na sequência <strong>de</strong> vários anos <strong>de</strong> estudo<br />
sobre o passado nacional, o autor Pedro<br />
Silva apresenta-nos a obra História<br />
Mística <strong>de</strong> Portugal on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> dar a<br />
conhecer o chamado outro lado da História.<br />
Ao longo <strong>de</strong> doze capítulos, um<br />
número mágico por excelência, a visão<br />
<strong>de</strong> um país templário, mariano e ancestral, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s figuras e<br />
extraordinários feitos, é apresentada aos olhos do leitor, dando a<br />
conhecer toda uma série <strong>de</strong> factos que nem sempre obtêm o <strong>de</strong>vido<br />
realce nas obras tradicionais que narram a História portuguesa.<br />
Um livro empolgante, escrito <strong>de</strong> forma ritmada e acessível, on<strong>de</strong><br />
a nossa História é contada com a objectivida<strong>de</strong> inerente a um texto<br />
<strong>de</strong> cariz ensaístico, mas com a paixão própria <strong>de</strong> um passado<br />
empolgante que urge dar a conhecer, <strong>de</strong> modo a que séculos da<br />
nossa ancestralida<strong>de</strong> não que<strong>de</strong>m encerrados algures nas brumas<br />
do tempo. ■<br />
Mo<strong>de</strong>l Sport<br />
Rua Pe António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, 34, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />
Tel: 272 682 864<br />
email: mo<strong>de</strong>lsport92@gmail.com<br />
EUA reelegem Barack Obama<br />
Os Estados Unidos da América<br />
reelegeram BaracK Obama para<br />
um 2º mandato.<br />
Depois <strong>de</strong> uma campanha<br />
agressiva, avassaladora on<strong>de</strong> foram<br />
gastos muitos milhões <strong>de</strong><br />
dólares, a América mostrou uma<br />
Democracia estável, respeitadora<br />
<strong>de</strong> regras e foi um encanto ouvir<br />
naquela madrugada os discursos<br />
<strong>de</strong> vencedor e vencido, no fundo<br />
dois vencedores, patentearem a<br />
aceitação <strong>de</strong> resultados e terem<br />
ambos palavras <strong>de</strong> simpatia, mobilização<br />
e unida<strong>de</strong> para superar<br />
as dificulda<strong>de</strong>s do presente e do<br />
futuro.<br />
Ambos merecem forte saudação.<br />
■<br />
Quintais nas Praças do<br />
Pinhal com elevada a<strong>de</strong>são<br />
De saco cheio<br />
<strong>de</strong> compras ao<br />
ombro, Paula<br />
Rodrigues, <strong>de</strong><br />
38 anos, mostra<br />
o resultado<br />
da sua visita ao<br />
primeiro mercado<br />
do projeto<br />
Os Quintais<br />
nas Praças do<br />
Pinhal. “Vim comprar castanhas<br />
para um magusto e acabei por me<br />
abastecer <strong>de</strong> legumes e frutas.<br />
Gostei muito do espaço e da animação”,<br />
comentou. Realizado na<br />
Alameda da Carvalha, na Sertã, o<br />
primeiro mercado ficou marcado<br />
pela elevada a<strong>de</strong>são, com muitos<br />
dos 44 produtores e artesãos participantes<br />
a escoarem a maior parte<br />
dos produtos. O próximo realizase<br />
em Mação, a 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.<br />
Promovido pela Pinhal Maior, que<br />
reúne os concelhos <strong>de</strong> Mação, <strong>Oleiros</strong>,<br />
Proença-a-Nova, Sertã e Vila <strong>de</strong><br />
Rei, o projeto conta com apoio do<br />
Pro<strong>de</strong>r e irá promover mercados<br />
mensais, com vista ao escoamento<br />
<strong>de</strong> produtos exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pequenas<br />
produções. Além <strong>de</strong> hortofrutícolas,<br />
é dado espaço a alimentos transformados<br />
e ao artesanato da região. A<br />
elevada afluência obrigou a manter<br />
o recinto aberto após a hora prevista<br />
<strong>de</strong> encerramento – a <strong>de</strong>smontagem<br />
iniciou-se apenas às 18 horas.<br />
Os mercados irão realizar-se ao segundo<br />
fim <strong>de</strong> semana <strong>de</strong> cada mês,<br />
sempre com animação associada.<br />
Nesta primeira feira, passaram<br />
pelo palco Os Tambores <strong>de</strong> Casal<br />
da Madalena, um acor<strong>de</strong>onista <strong>de</strong><br />
Proença-a-Nova, o Rancho Folclórico<br />
e Etnográfico <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, o<br />
Grupo <strong>de</strong> Cantares do Grupo Cultural<br />
“Os Maçaenses”, o Grupo <strong>de</strong><br />
Concertinas da Sertã, a Villa d’el<br />
Rei Tuna e o Grupo <strong>de</strong> Música Popular<br />
<strong>de</strong> Cernache do Bonjardim.<br />
A Pinhal Maior congratula-se<br />
com o êxito do primeiro mercado<br />
e <strong>de</strong>staca “o contributo para<br />
a valorização dos produtos locais”.<br />
Depois <strong>de</strong> Mação, as próximas<br />
feiras irão realizar-se em<br />
Proença-a-Nova (13 <strong>de</strong> janeiro),<br />
<strong>Oleiros</strong> (10 <strong>de</strong> fevereiro) e Vila <strong>de</strong><br />
Rei (10 <strong>de</strong> março), prosseguindo<br />
<strong>de</strong>pois o sistema <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>.<br />
Os produtores interessados em<br />
a<strong>de</strong>rir po<strong>de</strong>rão inscrever-se para<br />
os próximos mercados. Toda a<br />
informação sobre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
funcionamento é disponibilizada<br />
diretamente pela Pinhal Maior (telefone<br />
274 600 130) ou pelos cinco<br />
municípios envolvidos. O projeto<br />
tem igualmente uma página <strong>de</strong><br />
divulgação no Facebook, em que<br />
estão disponíveis os elementos <strong>de</strong><br />
contacto. ■
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
A Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> uma<br />
ferramenta geoturística ao serviço do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento<br />
A Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
é actualmente um forte produto turístico<br />
do concelho estabelecido pelo<br />
Município <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> em parceria<br />
com o Geopark Naturtejo, tendo<br />
tido como ponto <strong>de</strong> partida, na sua<br />
perspectiva <strong>de</strong> viagem, a gran<strong>de</strong> figura<br />
do Padre António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />
missionário nascido em <strong>Oleiros</strong>, no<br />
século XVI, “escalador dos Himalaias<br />
e <strong>de</strong>scobridor do Tibete” em<br />
1624, cujas <strong>de</strong>scrições tiveram gran<strong>de</strong><br />
impacto na Europa na época.<br />
Esta rota veio dar resposta à necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> encontrar um plano<br />
<strong>de</strong> visita para os turistas permanecerem<br />
mais do que um dia no concelho,<br />
permanecendo nas unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> alojamento, tendo atracções, experiências<br />
e percursos a conhecer.<br />
O cume das montanhas <strong>de</strong> quartzito<br />
e xisto <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, on<strong>de</strong> já se<br />
situou há muito tempo um fundo<br />
<strong>de</strong> oceano cheio <strong>de</strong> vida, revela<br />
a história do planeta nos últimos<br />
600 milhões <strong>de</strong> anos. A Rota das<br />
Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> convida o<br />
geoturista a viajar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as antigas<br />
areias <strong>de</strong>stes oceanos e os seres vivos<br />
marinhos que ali viveram e que<br />
hoje se encontram fossilizados nas<br />
rochas, até verda<strong>de</strong>iros oásis <strong>de</strong> flora<br />
nativa e fauna diversa, através <strong>de</strong><br />
percursos pe<strong>de</strong>stres cuidados e preparados<br />
para o visitante autónomo,<br />
atravessando paisagens pensadas<br />
pelo Homem (paisagens culturais)<br />
e valorizando os produtos produzidos<br />
pela terra.<br />
Esta rota correspon<strong>de</strong> a um itinerário<br />
circular rodoviário, com cerca<br />
<strong>de</strong> 100 km, abrangendo todo o concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, que leva pelo menos<br />
dois dias a ser realizado com pleno<br />
usufruto, dando a possibilida<strong>de</strong> ao<br />
turista <strong>de</strong> fazer alguns <strong>de</strong>svios à sua<br />
trajectória principal. Estão incluídos<br />
miradouros, elementos do património<br />
natural (património geológico,<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 17<br />
bosques nativos, praias fluviais),<br />
histórico-cultural (monumentos,<br />
al<strong>de</strong>ias tradicionais, produtos da<br />
montanha-artesanato e gastronomia),<br />
percursos pe<strong>de</strong>stres, etc. As<br />
características <strong>de</strong>sta rota permitem<br />
que o turista a adapte aos seus interesses<br />
e conveniências. No mapa<br />
da Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
apenas estão incluídas as melhores<br />
experiências e os serviços que se<br />
encontram realmente disponíveis.<br />
A indicação <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> visitação e<br />
infraestruturas <strong>de</strong> apoio ao turista<br />
permitem que este possa permanecer<br />
mais tempo e possa consumir<br />
na região. Nos últimos anos tem<br />
sido feita uma gran<strong>de</strong> aposta nos<br />
Produtos da Montanha, que foram<br />
incluídos como uma mais-valia<br />
para esta rota: o cabrito estonado, o<br />
vinho Calum, o medronho e a castanha,<br />
sendo a base <strong>de</strong> feiras temáticas<br />
e semanas gastronómicas assim<br />
como produtos <strong>de</strong> artesanato, como<br />
os tropeços em cortiça.<br />
A montanha é uma invasão da<br />
rotina com paisagens geológicas<br />
(geomonumentos), ecossistemas <strong>de</strong><br />
montanha, especificida<strong>de</strong>s culturais<br />
em al<strong>de</strong>ias tradicionais, produtos<br />
da terra, bem como produtos tradicionais<br />
inovadores ou novos produtos<br />
inspirados no património geológico<br />
– geoprodutos. Esta po<strong>de</strong> ser<br />
uma forma <strong>de</strong> organizar um sector<br />
económico dominado por micro- e<br />
pequenas empresas <strong>de</strong> base familiar,<br />
para torná-lo mais competitivo<br />
através da complementarida<strong>de</strong> da<br />
oferta turística. ■<br />
Joana Rodrigues e Carlos Neto <strong>de</strong><br />
Carvalho<br />
Geopark Naturtejo<br />
Com o apoio do Geopark Naturtejo<br />
1º Congresso <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong><br />
Campos Gerais: um segundo<br />
Geoparque para o Brasil<br />
mais consistente<br />
A organização do sector turístico<br />
regional, com a aposta nos produtos<br />
rurais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a diversificação<br />
da oferta turística através<br />
do espeleoturismo, do turismo <strong>de</strong><br />
aventura, do ecoturismo e do geoturismo,<br />
por meio da criação <strong>de</strong><br />
um mo<strong>de</strong>lo participativo <strong>de</strong> geoparque,<br />
que inclua na sua gestão as<br />
principais entida<strong>de</strong>s responsáveis<br />
pelo <strong>de</strong>senvolvimento da região <strong>de</strong><br />
Campos Gerais, foi uma das conclusões<br />
do 1º Congresso <strong>de</strong> Turismo<br />
realizado em Ponta Grossa, Brasil.<br />
O 1º Congresso <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong><br />
Campos Gerais foi organizado pelo<br />
Departamento <strong>de</strong> Turismo da Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Ponta Grossa, cida<strong>de</strong><br />
no Estado do Paraná, com o apoio<br />
da Fundação Araucária. O tema<br />
centrou-se no “Turismo em Áreas<br />
Naturais” e visou propor a discussão<br />
técnica e científica do Turismo,<br />
promovendo o envolvimento do<br />
meio académico, político e empresarial,<br />
reforçando a cooperação<br />
entre os diversos sectores que compõem<br />
o sistema turístico da região.<br />
Entre as apresentações dos muitos<br />
trabalhos <strong>de</strong> investigação aplicada<br />
<strong>de</strong>senvolvidos nesta região do Paraná,<br />
incluindo a do Parque Nacional<br />
dos Campos Gerais, <strong>de</strong>staque<br />
foi dado às experiências regionais<br />
e internacionais <strong>de</strong> geoparques,<br />
através do Geopark Naturtejo <strong>de</strong><br />
Portugal e do Geopark Araripe, <strong>de</strong><br />
Ceará (Brasil), assim como do projecto<br />
<strong>de</strong> Geoparque em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
na região <strong>de</strong> Bodoquena/<br />
Pantanal, em Mato Grosso do Sul<br />
(Brasil). Carlos Neto <strong>de</strong> Carvalho,<br />
coor<strong>de</strong>nador científico do Geopark<br />
Naturtejo, foi o especialista convidado<br />
a falar sobre a implementação<br />
<strong>de</strong> geoparques reconhecidos<br />
pela UNESCO, das estratégias <strong>de</strong><br />
comunicação do Património Geológico<br />
e do potencial inovador do<br />
segmento do Geoturismo. Este responsável<br />
e investigador apresentou<br />
ainda o mo<strong>de</strong>lo organizacional do<br />
Geopark Naturtejo e os resultados<br />
obtidos nos últimos seis anos, como<br />
referência para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> geoparque<br />
a ser <strong>de</strong>senvolvido nesta<br />
região brasileira. Na mesa redonda<br />
mo<strong>de</strong>rada pelo Prof. Gilson Burigo<br />
Guimarães <strong>de</strong>stacou-se ainda a<br />
apresentação <strong>de</strong> José Patrício Melo,<br />
responsável pelo Geopark Araripe,<br />
que reforçou a importância<br />
dos proprietários locais na gestão<br />
e valorização económica do Património<br />
Geológico, e <strong>de</strong> Afrânio José<br />
Soriano, coor<strong>de</strong>nador do projecto<br />
Geoparque Bodoquena/Pantanal,<br />
que salientou o valor económico e<br />
social da conservação da Natureza<br />
nas áreas protegidas. A coor<strong>de</strong>nadora<br />
do Congresso, Prof. Jasmine<br />
Moreira Cardozo, especialista em<br />
turismo em Áreas Protegidas e Interpretação<br />
Ambiental, ficou muito<br />
satisfeita com os resultados alcançados,<br />
tendo salientado o trabalho<br />
que tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido<br />
pela equipa da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Ponta Grossa para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> um geoparque reconhecido<br />
pela UNESCO na região dos<br />
Campos Gerais. Os exemplos <strong>de</strong><br />
conservação e valorização do património<br />
geológico excepcional<br />
<strong>de</strong>sta região do Brasil são já vários,<br />
nomeadamente o Parque Estadual<br />
<strong>de</strong> Vila Velha, o Canyon Guartelá<br />
ou a região <strong>de</strong> Tibagi, on<strong>de</strong> a história<br />
da exploração <strong>de</strong> diamantes<br />
no Brasil teve os seus primórdios<br />
e on<strong>de</strong> ainda hoje vibra como património<br />
cultural. Conhecida como<br />
“a melhor cida<strong>de</strong>zinha do Brasil”<br />
Tibagi é hoje um <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> ecoturismo<br />
que irá reforçar a oferta<br />
geoturística como forma <strong>de</strong> atingir<br />
os mercados internacionais. Esta<br />
i<strong>de</strong>ia foi salientada pela Vereadora<br />
Angela Nasser, durante a visita dos<br />
convidados português e brasileiros,<br />
realizada a esta cida<strong>de</strong> no âmbito<br />
do Congresso. ■<br />
Direcção Técnica: Dra Maria O<strong>de</strong>te da Conceição Guerra<br />
Rua dos Bombeiros Voluntários - <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Cambas (OLR)<br />
Telefone: 272 773 179<br />
email: freguesia-cambas@hotmail.com
18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Café Boaventura<br />
APOIE<br />
OS<br />
BOMBEIROS<br />
Carne <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
Praça do Município . <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 962567362<br />
DE<br />
OLEIROS<br />
Rua Padre António Andra<strong>de</strong>, 13, <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone: 272 682 436<br />
Agente Exclusivo Jogos da Santa Casa (Totoloto, Euromilhões, etc)<br />
Faça-se<br />
Sócio<br />
TAU CETI<br />
Doçaria Fina<br />
Caseira e Regional<br />
Rua Tristão vaz, 8-C (ao Restelo)<br />
1400-351 LISBOA<br />
Telem.. 936 747 384<br />
e-mail: mariaclcc@gmail.com<br />
Telef.: 272 688 058<br />
Agora com pagamento <strong>de</strong> facturas<br />
domésticas e carregamento <strong>de</strong> telemóveis<br />
Bar Calado: bar_calado@hotmail.com<br />
Estr. Nac. 238, Alverca, <strong>Oleiros</strong><br />
Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial)<br />
Sobre Seguros, Mediação <strong>de</strong> Seguros, Lda<br />
Portela, nº 6, 6160-401 <strong>Oleiros</strong><br />
email: antunes.seguros@sapo.pt<br />
Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088<br />
Regional - Snack-Bar . Restaurante<br />
Praça do Município, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />
Tel. 272 682 309
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 19<br />
“Até sempre Gutenberg”<br />
* Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />
Johannes Gensfleisch zur La<strong>de</strong>n<br />
zum Gutenberg ou melhor<br />
simplesmente Gutenberg, foi um<br />
inventor e gráfico alemão, nascido<br />
na Mongúncia - Mainz em 1398.<br />
Teve um papel fundamental no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da Renascença,<br />
Reforma e na Revolução cientifica,<br />
<strong>de</strong>ve-se a ele as bases materiais<br />
para a mo<strong>de</strong>rna economia baseada<br />
no conhecimento e a disseminação<br />
da aprendizagem em massa.<br />
Gutenberg foi o primeiro no<br />
mundo a usar a impressão por tipos<br />
móveis, e o inventor global da<br />
prensa móvel. Entre as suas muitas<br />
contribuições para a impressão, estão<br />
a invenção <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />
impressão em massa <strong>de</strong> tipo móvel,<br />
a utilização <strong>de</strong> tinta a base <strong>de</strong> óleo, e<br />
ainda o uso <strong>de</strong> uma prensa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
similar á prensa <strong>de</strong> parafuso<br />
agrícola usada na época.<br />
Todavia a sua invenção verda<strong>de</strong>iramente<br />
memorável foi a combinação<br />
<strong>de</strong> todos esses elementos<br />
num sistema prático que permitiu<br />
a produção em massa <strong>de</strong> livros impressos<br />
o que era economicamente<br />
rentável para gráficas e leitores. O<br />
método Gutenberg a sua tecnologia<br />
<strong>de</strong> impressão rapidamente se espalhou<br />
peça Europa e mais tar<strong>de</strong> pelo<br />
Mundo, estávamos perante o mentor<br />
o pioneiro da imprensa escrita.<br />
As imprensas na Ida<strong>de</strong> Média<br />
eram simples tabelas gordas e pesadas<br />
ou blocos <strong>de</strong> pedra que se<br />
apoiavam sobre a matriz <strong>de</strong> impressão<br />
já entintada para transferir sua<br />
imagem ao pergaminho ou papel.<br />
A imprensa <strong>de</strong> Gutenberg é uma<br />
adaptação daquelas usadas para<br />
espremer o suco das uvas na fabricação<br />
do vinho, com as quais estava<br />
familiarizado, já que a Mongúncia<br />
on<strong>de</strong> viveu e nasceu se encontra no<br />
Vale do Reno uma região vinícola<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre. Depois da invenção<br />
dos tipos e da adaptação da prensa<br />
vinícola outras experiências se realizaram,<br />
para que a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impressão<br />
fosse um dado adquirido.<br />
Pra comprovar a magnificência<br />
<strong>de</strong>ste inventor alemão realiza-se<br />
anualmente, nos Estados Unidos, o<br />
“Festival Gutenberg” uma espécie<br />
<strong>de</strong> feira <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações e inovações<br />
na área do <strong>de</strong>senho gráfico, da<br />
impressão digital, da publicação e<br />
da conversão do texto, o que só nos<br />
vem <strong>de</strong>monstrar que a invenção do<br />
mestre Gutenberg consegue ainda<br />
hoje, cultivar seguidores que , da<br />
sua experiência base tentam superar<br />
o invento e adaptar as tecnologias<br />
mo<strong>de</strong>rnas ás exigentes necessida<strong>de</strong>s<br />
do mundo atual.<br />
Chegados aos nossos dias, os<br />
meios <strong>de</strong> comunicação tradicional,<br />
estão perante o seu maior <strong>de</strong>safio<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 200 anos, sair do papel e<br />
pôr os leitores online a gerar receitas<br />
para sustentar os projetos .<br />
A semana que passou foi a prova,<br />
que um pouco por todo o mundo<br />
que a imprensa se encontra em<br />
crise.<br />
A Newsweek empurrada pelo<br />
<strong>de</strong>clínio da publicida<strong>de</strong> e da circulação,<br />
cessa <strong>de</strong> existir enquanto produto<br />
impresso já no inicio <strong>de</strong> 2013, o<br />
ano do seu 80ª aniversário, passará a<br />
uma existência meramente virtual.<br />
Em Portugal a administração da<br />
Soanaecom faz <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r a existência<br />
do principal jornal <strong>de</strong> referência<br />
o Público do <strong>de</strong>sinvestimento no<br />
papel e da aposta na edição digital<br />
reservada a assinantes . Processo<br />
idêntico no Reino Unido com o<br />
Guardian e o Daly Telegraph .Na<br />
Alemanha o Die Weit anuncia que<br />
o acesso gratuito aos conteúdos dos<br />
jornais na internet vai acabar.<br />
A agência Lusa, os trabalhadores<br />
acabam <strong>de</strong> realizar quatro dias <strong>de</strong><br />
greve contra o anunciado corte <strong>de</strong><br />
30% estipulado pelo governo no orçamento<br />
<strong>de</strong> estado. Com uma crise<br />
que emerge a cada dia que passa,<br />
novos <strong>de</strong>safios se nos <strong>de</strong>param, em<br />
relação á imprensa regional cada<br />
vez mais a perseverança a atitu<strong>de</strong>, e<br />
o solene compromisso com as gentes<br />
da sua região, po<strong>de</strong>remos preservar<br />
a azáfama, a arte do encontro<br />
<strong>de</strong> todos junto, aos quiosques<br />
e praças das nossas terras on<strong>de</strong> o<br />
ser autêntico , genuíno e cidadão<br />
<strong>de</strong> corpo inteiro, nos po<strong>de</strong>rá levar<br />
a sentar nas nuvens e <strong>de</strong>sfolhar o<br />
nosso jornal iluminados pela lua!<br />
Até sempre Gutenberg, aqui na<br />
nossa terra estarás sempre presente,<br />
pois tal como no fabrico do nosso<br />
vinho a prensa da vida jamais<br />
parará<br />
Bem hajam ■<br />
O sentimento, através do gosto,<br />
cria a beleza. O significado da palavra<br />
Shanshui (paisagem), Shan<br />
transporta nos às montanhas e Shui<br />
às águas e rios. É partindo <strong>de</strong>ste<br />
pensamento que iremos abordar a<br />
paisagem como produto e recurso<br />
turístico, quer na vertente <strong>de</strong> turismo<br />
da natureza, quer na vertente <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> e bem estar, ou gastronomia e<br />
vinhos, nomeadamente na zona do<br />
Pinhal interior.<br />
Todavia, começo com duas citações,<br />
que por si só são elucidativas.<br />
Do que estamos a falar, passo a citar:<br />
(…) Poucos sabem qual o rio da<br />
minha al<strong>de</strong>ia.<br />
E para on<strong>de</strong> vai.<br />
E don<strong>de</strong> vem.<br />
E por isso pertence a menos gente,<br />
é mais livre e maior o rio da minha<br />
al<strong>de</strong>ia .<br />
O rio da minha al<strong>de</strong>ia, não faz<br />
pensar em nada.<br />
Quem está ao pé <strong>de</strong>le está só ao<br />
pé <strong>de</strong>le.<br />
(Alberto Caeiro )<br />
“Muita gente vive <strong>de</strong> arrancar<br />
torgas e fazer carvão (….)<br />
A serra para uns e outros, e especialmente<br />
para o pobre, é a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer o molho, encher o carrinho,<br />
que lhe vai buscar o lavrador<br />
amigo ou condoído, e a liberda<strong>de</strong>.<br />
(….) A serra é nossa e muito nossa.<br />
Queremo-la assim estamos no<br />
nosso direito.<br />
(Aquilino Ribeiro in Quando os<br />
lobos uivam).<br />
O rio como paisagem natural e<br />
cultural tem servido <strong>de</strong> referência<br />
para o homem ao longo <strong>de</strong> toda a<br />
sua existência, é fonte <strong>de</strong> água, elemento<br />
vital e indispensável, que<br />
percorre e estrutura o espaço é um<br />
marco territorial, tem sido fonte <strong>de</strong><br />
inspiração <strong>de</strong> poetas e pintores, mas<br />
essencialmente é uma estrutura<br />
complexa <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muitos<br />
sistemas naturais, semi - naturais<br />
e humanos.<br />
O rio pelos importantes valores<br />
ecológicos, estéticos, sócio-culturais<br />
, económicos, pela proximida<strong>de</strong> e<br />
relação com a socieda<strong>de</strong> ao longo<br />
da história e ainda por refletir as<br />
opções <strong>de</strong> gestão /or<strong>de</strong>namento do<br />
território e os subsequentes riscos<br />
(ex. cheias poluição, etc), é um excelente<br />
recurso para compatibilizar<br />
turismo com sensibilização ambiental<br />
. É este paradigma entre o observador<br />
e a natureza que urge existir<br />
um filtro, uma atitu<strong>de</strong> ética que se<br />
apoia na observação dos princípios<br />
da ecologia, sem dúvida influenciada<br />
por uma filosofia romântica do<br />
apreço pelo natural. Pois sempre o<br />
homem a vida viu no rio refletida.<br />
Mas é o pinhal, quase 90% da paisagem<br />
da nossa terra, é na gestão<br />
em harmonia com a conservação<br />
da fauna, e beneficiando da sua<br />
presença, para o controlo <strong>de</strong> pragas,<br />
para a rentabilida<strong>de</strong> económica da<br />
ativida<strong>de</strong> cinegética e turística .Um<br />
pouco por todo o mundo estão em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento mercados para<br />
serviços associados à conservação,<br />
para potenciar a sustentabilida<strong>de</strong><br />
económica e ambiental <strong>de</strong>stes sistemas<br />
, através: Eco-turismo ou outras<br />
formas <strong>de</strong> turismo associado a espaços<br />
florestais : Caça, pesca, produtos<br />
não lenhosos ; Contratos <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong> novas espécies etc. Tudo isto<br />
“Shanshui”<br />
através <strong>de</strong> certificações do território<br />
florestal e da sua gestão, por exemplo<br />
: A certificação da gestão floresta<br />
sustentável ; a certificação <strong>de</strong> boas<br />
práticas agrícolas ;a certificação da<br />
agricultura biológica entre muitas<br />
outras , obviamente que não se po<strong>de</strong><br />
ter tudo, mas essencialmente o que<br />
queremos, se este for o caminho, escusado<br />
será dizer que os <strong>de</strong>sportos<br />
motorizados, ralis, todo terreno terão<br />
que ser suprimidos.<br />
Existe também certificação do<br />
setor turístico que advém também<br />
da existência <strong>de</strong> um “novo turista”,<br />
que seleciona o seu <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> férias<br />
com base em critérios ambientais e<br />
sociais.<br />
O turismo <strong>de</strong> natureza em Portugal,<br />
apresenta lacunas <strong>de</strong> infra estruturas<br />
e falta <strong>de</strong> experiência e know<br />
how, todavia se for conduzido <strong>de</strong><br />
forma competente e no respeito pelo<br />
ambiente, po<strong>de</strong>rá contribuir significativamente<br />
para a sustentabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> áreas agro florestais do país. O<br />
turismo em espaço rural, turismo<br />
da natureza e biodiversida<strong>de</strong>, tem<br />
registado um aumento consi<strong>de</strong>rável,<br />
representando 9%das viagens<br />
dos Europeus na atualida<strong>de</strong>, sendo<br />
os principais mercados emissores a<br />
Alemanha e a Holanda.<br />
Ora é esta matéria prima que a<br />
zona do pinhal oferece, o turismo<br />
<strong>de</strong> natureza ,saú<strong>de</strong> bem estar, gastronomia<br />
e vinhos necessita e contribui<br />
para preservação. A ativida<strong>de</strong><br />
turística <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos (naturais<br />
e culturais) em bom estado.<br />
Contribui para a manutenção e valorização<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s tradicionais<br />
ameaçadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecimento,<br />
contribui para a fixação dos jovens<br />
e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos<br />
mercados <strong>de</strong> trabalho e novas<br />
profissões, necessita <strong>de</strong> inovar com<br />
base na valorização dos recursos<br />
locais para se diferenciar e ser competitivo,<br />
ora o meio agro florestal<br />
propicia esta inovação.<br />
Necessita <strong>de</strong> paisagens diversificadas<br />
e esteticamente atraentes, em<br />
alternativa ao turismo <strong>de</strong> massas.<br />
Necessita diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s turísticas não impactantes<br />
sobre o meio (percursos pe<strong>de</strong>stres,<br />
alojamento rural, experimentação<br />
<strong>de</strong> produtos locais, e como não<br />
po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, uma aposta<br />
forte na formação <strong>de</strong> educação ambiental).<br />
Autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrema importância,<br />
para manter intactas as características<br />
da região. Hoje é muito<br />
apreciada a gastronomia regional e<br />
com gran<strong>de</strong> relevo económico <strong>de</strong>vido<br />
à industria <strong>de</strong> transformação para<br />
diversas utilizações alimentares e as<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exportação.<br />
Cada vez mais os turistas que nos<br />
visitam procuram paisagens, hábitos<br />
e costumes diferentes dos das<br />
suas terras <strong>de</strong> origem .<br />
Com a proliferação <strong>de</strong> alojamentos<br />
em espaço rural e hóteis na zona<br />
do pinhal, será <strong>de</strong> todo importante,<br />
em conjunto a criação <strong>de</strong> parcerias<br />
entre todas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento,<br />
empresas <strong>de</strong> animação turística<br />
e município, para uma aposta forte<br />
na qualificação e certificação (festas,<br />
romarias, confrarias gastronómicas<br />
etc), como também em recursos<br />
humanos com alto grau <strong>de</strong> qualificação,<br />
comunicar, promover apostar<br />
no marketing e ser mais capaz ,<br />
só assim o investimento não se irá<br />
transformar em má <strong>de</strong>spesa.<br />
Com votos redobrados <strong>de</strong> sucesso,<br />
e sabendo que a hospitalida<strong>de</strong><br />
e matéria prima da região é <strong>de</strong> excelência,<br />
gostaria <strong>de</strong> lembrar que o<br />
futuro é uma construção coletiva.<br />
Bem hajam ■
20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Nunca tantos <strong>de</strong>veram tanto<br />
a tão poucos<br />
Joaquim Vitorino<br />
Quando o primeiro-ministro<br />
britânico, durante o segundo conflito<br />
mundial, na batalha <strong>de</strong> Inglaterra,<br />
se referia a uma casta <strong>de</strong><br />
pilotos jovens, que muitos <strong>de</strong>les,<br />
sacrificaram as suas vidas, para<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem, a integrida<strong>de</strong> territorial<br />
do seu país e não só; pois foi<br />
sem sombra <strong>de</strong> dúvida, nesse combate<br />
aéreo, que se jogava a <strong>de</strong>fesa<br />
da Europa; com uma vasta região<br />
já ocupada; e referindo-se aqueles<br />
que, tinham perdido as suas vidas,<br />
no combate <strong>de</strong>cisivo, que repeliu a<br />
invasão germânica, e <strong>de</strong>u início<br />
á contra ofensiva que, hoje todos<br />
sabemos o <strong>de</strong>sfecho; (nunca tantos<br />
<strong>de</strong>veram tanto a tão poucos);<br />
disse Churchill emocionado aos<br />
microfones da BBC; a Inglaterra<br />
nunca seria ocupada; nesse terrível<br />
conflito, que custou 55 milhões<br />
<strong>de</strong> mortos; eu nasci no meio do<br />
conflito: fevereiro <strong>de</strong> 1943. Churchill,<br />
estudava bem as palavras,<br />
e não obstante ser um homem <strong>de</strong><br />
poucas falas, era um excelente orador;<br />
presto aqui homenagem aos<br />
Ingleses que, em tempos difíceis,<br />
tanto no passado, como em épocas<br />
recentes, souberam enfrentar, com<br />
coragem e <strong>de</strong>terminação, situações<br />
inimagináveis, como quando, uma<br />
epi<strong>de</strong>mia local, dizimou 75 por<br />
cento da população <strong>de</strong> Londres;<br />
ainda em Inglaterra, on<strong>de</strong> para lá<br />
emigrei em 1969; foi ali que o meu<br />
filho, <strong>de</strong>u os primeiros passos da<br />
sua vida, precisamente no dia, em<br />
que fez um ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Já pensei<br />
algumas vezes, ter cometido<br />
um erro, em ter regressado; voltei<br />
precisamente antes <strong>de</strong> 1974, o quer<br />
dizer, que não foram motivações<br />
políticas que me levaram a partir;<br />
a procura <strong>de</strong> melhores condições<br />
<strong>de</strong> vida, é que pesaram na minha<br />
<strong>de</strong>cisão. Não pertenço a qualquer<br />
partido, grupos, ou movimentos,<br />
não tenho um único familiar que,<br />
tenha seguido a carreira política;<br />
o meu voto, é sempre circunstancial.<br />
Não sou a favor <strong>de</strong> qualquer<br />
monarquia; mas tenho que reconhecer<br />
que, a britânica, em tempos<br />
<strong>de</strong> crise, funciona em pleno;<br />
também não sou, a favor da reposição,<br />
da monarquia em Portugal;<br />
o ultimato <strong>de</strong> 1890 que referi na<br />
minha crónica “Portugal <strong>de</strong> hoje<br />
e do passado” já divulgada em<br />
alguma imprensa da zona Oeste,<br />
ditou o regicídio, e a República<br />
uns anos mais tar<strong>de</strong>, e que por<br />
consequência levou, o país à banca<br />
rôta em 1892; o pedido <strong>de</strong> resgate<br />
que mesmo renegociado em<br />
1902, levou 119 anos a pagar; a última<br />
tranche da dívida, foi paga<br />
a 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011. A seguir,<br />
vêm as repúblicas, já nem sabemos<br />
bem quantas são; 102 anos<br />
<strong>de</strong> incertezas, carregado <strong>de</strong> dívidas<br />
e subserviência, sempre na<br />
mira dos credores; o povo!.. bem,<br />
é melhor passar á situação atual<br />
em que, os que nos emprestam<br />
o dinheiro, já dizem que a austerida<strong>de</strong><br />
é muito severa; pois é,<br />
eles sabem bem que, quem muito<br />
quer, tudo po<strong>de</strong> levar a per<strong>de</strong>r;<br />
o FMI avisou; mas isto está tudo<br />
estudado ao milímetro. Como<br />
acima referi, Portugal honra os<br />
seus compromissos, pagou uma<br />
dívida <strong>de</strong> 119 anos; mas esta comparada<br />
com a que está em curso,<br />
e a que vem a seguir, são peanuts.<br />
Da austerida<strong>de</strong> que nos está a ser<br />
imposta, resulta inevitavelmente a<br />
impossibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos pagar<br />
dívida e juros, sem que estes<br />
sejam suavizados, e dignamente<br />
aceitáveis; <strong>de</strong>vemos isso às crianças<br />
<strong>de</strong> hoje, e do futuro do nosso<br />
país; mesmo assim, Portugal vai<br />
ser projetado, para a cauda da Europa,<br />
em atraso a todos níveis, durante<br />
longos anos. Estamos à beira<br />
do abismo, em queda acelerada,<br />
para o fosso da pobreza, <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />
dificilmente conseguiremos sair.<br />
As gerações futuras, nada fizeram<br />
para carregar, com o peso <strong>de</strong>sta<br />
brutalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dívida, que lhes<br />
estamos a infligir. É urgente que<br />
se tomem iniciativas, para levar<br />
à barra dos tribunais, quem quer<br />
que eles sejam, para que <strong>de</strong>volvam<br />
os milhões que levaram para<br />
fora do país, sem os quais, centenas<br />
<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> crianças e idosos,<br />
não irão sobreviver; para além<br />
<strong>de</strong> uma questão moral para todos<br />
nós, é crime para quem, colocou o<br />
país, neste estado <strong>de</strong> eminente calamida<strong>de</strong>;<br />
não me refiro a <strong>de</strong>cisões<br />
erradas, ou politicas que não tiveram<br />
o sucesso esperado, porque<br />
todos nós temos falhas; governar<br />
um país não é, uma ciência exata e<br />
infalível; refiro-me sim aos <strong>de</strong>svios<br />
que <strong>de</strong>liberadamente foram feitos,<br />
em proveito próprio, por aqueles<br />
que, em alguns casos, neles confiámos<br />
o voto. Se nada for feito, no<br />
sentido <strong>de</strong> moralizar, o exercício<br />
<strong>de</strong> governar, e fazer política; este<br />
pobre país, continua a afundar-se;<br />
daqui a 120 ou 150 anos, 6 gerações;<br />
a última, já nem fará parte,<br />
da nossa árvore genealógica, cuja<br />
transmissibilida<strong>de</strong> acaba na quinta<br />
geração, vão estar a <strong>de</strong>bater-se,<br />
com o mesmo problema, que nos<br />
aflige nos dias <strong>de</strong> hoje. Voltando<br />
ao início, em que citei Churchill;<br />
neste caso em que, levou Portugal<br />
a esta situação; diria que, no nosso<br />
caso; (nunca tantos pagaram<br />
tanto, pelos erros e <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> tão<br />
poucos). ■<br />
O Papa é protestante<br />
Dr. Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva<br />
Estou a ler o livro “Jesus <strong>de</strong><br />
Nazaré” <strong>de</strong> Joseph Ratzinger –<br />
mais conhecido por Papa Bento<br />
XVI – e a i<strong>de</strong>ia que me passa pela<br />
cabeça é que o atual Papa <strong>de</strong>ve<br />
ser Protestante( 1 ). Este seu livro<br />
merece ser lido por todos. A sua<br />
linguagem e rigor baseados em<br />
argumentos extraídos da Bíblia<br />
Sagrada e da história da Igreja<br />
Primitiva fazem-me pensar isso.<br />
Afinal, a minha formação académica<br />
é em teologia na área específica<br />
da história do cristianismo<br />
pelo Departamento <strong>de</strong> Christian<br />
Spirituality, Church History<br />
and Missiology da UNISA<br />
(University of South Africa)( 2 ).<br />
Ratzinger apresenta a imagem<br />
<strong>de</strong> Jesus Cristo baseada nos Evangelhos.<br />
Para ele, Jesus foi absolutamente<br />
um homem que viveu<br />
sobre a terra e portanto é o “Jesus<br />
histórico”. No entanto, Ele era simultaneamente<br />
Deus com o Pai e<br />
assim sendo estava na terra como<br />
o “Cristo da fé”. Quando Ratzinger<br />
se <strong>de</strong>cidiu a escrever este livro<br />
nem pensava que o iria publicar<br />
na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Papa da Igreja<br />
católica Romana. Mas à medida<br />
que pesquisava para reunir e digerir<br />
as informações foi notando<br />
que a partir dos anos 50 do século<br />
passado esses dois conceitos<br />
foram-se afastando um do outro<br />
e pergunta logo no prefácio: “Mas<br />
que significado po<strong>de</strong>ria ter a fé em Jesus<br />
Cristo, em Jesus Filho do Deus<br />
vivo, se <strong>de</strong>pois Jesus tivesse sido tão<br />
diverso da forma como O apresentam<br />
os evangelistas e do modo como<br />
a Igreja, partindo dos Evangelhos, O<br />
anuncia?”<br />
De acordo com o pensamento<br />
<strong>de</strong> Ratzinger, pouco se sabe sobre<br />
<strong>de</strong> Jesus e a Sua imagem só foi<br />
plasmada posteriormente pela fé<br />
na Sua divinda<strong>de</strong>. Mas essa impressão<br />
penetrou profundamente<br />
na consciência cristã e na cultura<br />
oci<strong>de</strong>ntal. Como afirma, “Uma tal<br />
situação é dramática para a fé, porque<br />
torna incerto o seu verda<strong>de</strong>iro ponto<br />
<strong>de</strong> referência; a amiza<strong>de</strong> íntima com<br />
Jesus, da qual tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, corre<br />
o risco <strong>de</strong> cair no vazio”. O estudo<br />
da história intensifica-se e as exigências<br />
e rigores das pesquisas<br />
académicas ultrapassam os limites<br />
duma fé outrora meramente<br />
utópica e irrealista como era<br />
experimentada pelo comum dos<br />
mortais.<br />
Mas as informações sobre o Jesus<br />
<strong>de</strong> Nazaré histórico reforçam a<br />
veracida<strong>de</strong> do cristianismo como<br />
religião autêntica e verda<strong>de</strong>ira.<br />
Assim, o que realmente é digno<br />
<strong>de</strong> fé é encontrado nas pesquisas<br />
realizadas por historiadores rigorosos<br />
cuja formação académica<br />
os obriga a falar verda<strong>de</strong>. Não é<br />
este o grito Protestante que levou<br />
muitos a arriscar a sua própria<br />
vida pela convicção <strong>de</strong> ser necessário<br />
prestar a <strong>de</strong>vida atenção às<br />
Escrituras Sagradas e à experiência<br />
individual e eclesiástica das<br />
comunida<strong>de</strong>s cristãs dos tempos<br />
primórdios e das catacumbas?<br />
Confirma-o Ratzinger ao afirmar<br />
que “o método histórico crítico permanece<br />
indispensável, consi<strong>de</strong>rando<br />
a estrutura da fé cristã”. Este método<br />
é uma das dimensões basilares<br />
da exegese mas “não esgota a tarefa<br />
da interpretação para aquele que vê,<br />
nos escritos bíblicos, a única Sagrada<br />
Escritura e acredita ter sido inspirada<br />
por Deus”.<br />
Tal como sempre enten<strong>de</strong>ram<br />
os pensadores e os cristãos do<br />
universo protestante os limites<br />
do método histórico crítico <strong>de</strong>vem<br />
ser bem estabelecidos. Como<br />
afirma Ratzinger, “O seu primeiro<br />
limite, para quem se sente hoje interpelado<br />
pela Bíblia, consiste no facto<br />
<strong>de</strong> por sua natureza ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a<br />
palavra no passado. Enquanto método<br />
histórico, procura, para os diversos<br />
factos, o contexto da época passada,<br />
em que se formaram os textos.<br />
Procura conhecer e compreen<strong>de</strong>r o<br />
mais rigorosamente possível o passado<br />
– tal como era em si mesmo – para<br />
<strong>de</strong>ste modo <strong>de</strong>scobrir também o que o<br />
autor pô<strong>de</strong> ou quis exprimir naquele<br />
momento, no contexto do seu pensamento<br />
e dos acontecimentos.” Nos<br />
círculos académicos mundiais há<br />
hoje uma abordagem cada vez<br />
mais rigorosa na procura da verda<strong>de</strong><br />
epistemológica. Os académicos<br />
e todos os pensadores <strong>de</strong>vem<br />
permanecer conscientes das<br />
limitações das suas certezas. Porque<br />
a própria “história da exegese<br />
mo<strong>de</strong>rna” nos coloca esses limites<br />
intelectuais e da razão.<br />
Felizmente o Concílio Vaticano<br />
II alterou aquilo que <strong>de</strong>via ter<br />
sido alterado no Concílio <strong>de</strong> Trento<br />
quanto às Escrituras Sagradas;<br />
mais conhecidas por Bíblia Sagrada.<br />
Provavelmente a Europa seria<br />
hoje mais <strong>de</strong> teor protestante<br />
continuando a ser cristã e católica;<br />
porque o protestantismo não<br />
enveredaria pelo caminho da<br />
separação mas pela alteração da<br />
Igreja cristã para torna-la mais<br />
evangélica. Mas felizmente, dizia,<br />
o Concílio Vaticano II evi<strong>de</strong>nciou<br />
claramente o que enten<strong>de</strong>u como<br />
“princípio fundamental da exegese<br />
teológica: [ou seja], quem quer enten<strong>de</strong>r<br />
a Escritura segundo o espírito<br />
com que foi escrita, <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r ao<br />
seu conteúdo e à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a<br />
Escritura”.<br />
Ratzinger foi mais longe ao<br />
afirmar que nos <strong>de</strong>vemos “fixar<br />
na unida<strong>de</strong> da Escritura”. Segundo<br />
ele, “Trata-se <strong>de</strong> um dado teológico<br />
que, no entanto, não é algo atribuido<br />
simplesmente <strong>de</strong> fora a um conjunto<br />
em si mesmo heterogéneo <strong>de</strong> escritos.<br />
A exegese mo<strong>de</strong>rna mostrou como as<br />
palavras da Bíblia se tornam Escrituras<br />
através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> incessantes<br />
leituras: os textos antigos,<br />
numa situação nova, são retomados,<br />
compreendidos e lidos <strong>de</strong> modo<br />
novo… A formação da Escritura configura-se<br />
como um processo da palavra,<br />
que revela pouco a pouco as suas<br />
potencialida<strong>de</strong> interiores; estas <strong>de</strong><br />
certo modo estavam presentes como<br />
sementes que se abrem apenas perante<br />
o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> novas situações, novas<br />
experiências e novos sofrimentos. ”<br />
O Papa aponta ainda para a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> abordarmos a leitura<br />
da Bíblia numa hermenêutica<br />
cristológica que encara Jesus Cristo<br />
como a chave para se enten<strong>de</strong>r<br />
o conjunto da mensagem bíblica.<br />
“Certamente que [através da] hermenêutica<br />
cristológica ... a partir d’Ele<br />
[se] apren<strong>de</strong> a compreen<strong>de</strong>r a Bíblia<br />
como uma unida<strong>de</strong>, pressupõe uma<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> fé e não po<strong>de</strong> surgir <strong>de</strong> um<br />
método puramente histórico”. No<br />
entanto, como pensaria qualquer<br />
simples protestante, Ratzinger<br />
continua a afirmar que “esta <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> fé traz em si a razão – a razão<br />
histórica – e permite ver a íntima<br />
unida<strong>de</strong> da Escritura”.<br />
Relativamente à condição da<br />
Igreja cristã Ratzinger utiliza<br />
uma citação do mo<strong>de</strong>rnista católico<br />
romano Alfred Loisy: “Jesus<br />
anunciou o reino <strong>de</strong> Deus e o que<br />
veio foi a igreja”. Comentando estas<br />
palavras <strong>de</strong> Loisy o Papa foi<br />
ainda mais protestante ao afirmar<br />
“São palavras que certamente escon<strong>de</strong>m<br />
ironia, mas também tristeza: em<br />
vez do tão esperado reino <strong>de</strong> Deus,<br />
do mundo novo transformado pelo<br />
próprio Deus, veio algo <strong>de</strong> totalmente<br />
diferente, uma miséria: a igreja”. ■<br />
(1) Como <strong>de</strong>finição, Protestante é: Aquele que faz uma <strong>de</strong>claração<br />
ou confissão. Leia-se mais em: http://www.answers.com/topic/<br />
protestant#ixzz2C8KL3Q9z<br />
(2) NOTA: A UNISA – instituição académica fundada pela Cambridge<br />
e pela Oxford que já formou mais <strong>de</strong> 8,5 milhões <strong>de</strong> pessoas e neste<br />
momento com mais <strong>de</strong> trezentos mil alunos – é a mãe <strong>de</strong> quase todas<br />
as universida<strong>de</strong>s da África do Sul, estando também a operar em Portugal<br />
e em todo o mundo em qualquer das embaixadas da República<br />
da África do Sul.
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 21<br />
De “Olho” na Educação<br />
Quem acredita?<br />
Manuela Marques<br />
O <strong>Natal</strong> aproxima-se – época<br />
doce e calorosa, <strong>de</strong> tantos sabores à<br />
mistura, que, contudo, será mais recheada<br />
para uns que para outros…e<br />
parece que nos próximos anos esta<br />
tendência ten<strong>de</strong> a agravar-se, pois<br />
a parte menos recheada, muito<br />
mais pobre, terá muitos voluntários<br />
forçados…e lá virão todos aqueles<br />
sentimentos nobres que ressurgem<br />
como que por magia nesta altura<br />
do ano, que é quando mais importa<br />
lembrar dos que sofrem, dos que<br />
passam fome, dos que não têm trabalho,<br />
etc, para alívio consciencioso…<br />
e vem toda a parafernália <strong>de</strong><br />
boas intenções: a sopa dos pobres,<br />
o bacalhau dos sem- abrigo, o cabaz<br />
natalício para a família que ficou<br />
sem forma <strong>de</strong> sustento. Que se note<br />
que não há nenhuma crítica a quem<br />
voluntariamente e por boa vonta<strong>de</strong><br />
participa <strong>de</strong>stas ações, embora consi<strong>de</strong>re<br />
que alimentar a pobreza, se<br />
é que me faço enten<strong>de</strong>r, não é solução<br />
para nada. Matar a fome, numa<br />
única noite do ano, não é <strong>de</strong>certo<br />
a solução, mas será que alguém<br />
acredita que são as boas ações que<br />
solucionam os problemas, ou pelo<br />
menos a maioria <strong>de</strong>les, e especialmente<br />
<strong>de</strong>stes que vivemos atualmente?<br />
Não são as boas ações, mas<br />
ações tornam-se necessariamente<br />
e <strong>de</strong>cisivamente importantes nos<br />
tempos correntes. Senão vejamos:<br />
matar a fome na noite <strong>de</strong> <strong>Natal</strong>,<br />
soluciona por umas horas; arranjar<br />
emprego ou forma <strong>de</strong> sustento soluciona<br />
por muito tempo; entregar<br />
um cabaz natalício é sem sombra<br />
<strong>de</strong> dúvida um gesto solidário e altruísta,<br />
mas muito mais será encontrar<br />
uma forma permanente <strong>de</strong> evitar<br />
cabazes <strong>de</strong> <strong>Natal</strong>, fazendo com<br />
que todos tenham acesso aos bens<br />
<strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong>. Preocupamo-nos<br />
todos, mesmo, mesmo,<br />
com as dificulda<strong>de</strong>s alheias, ou será<br />
uma forma <strong>de</strong> encontrar um alívio<br />
aos corações sobressaltados?<br />
A crise que atravessamos, nós e<br />
alguns outros países europeus, não<br />
se verifica apenas a nível económico<br />
como todos percebem, é ao mesmo<br />
tempo a crise <strong>de</strong> valores que <strong>de</strong>smotiva<br />
as pessoas para a luta que vão<br />
ter <strong>de</strong> encetar nos próximos anos. E<br />
falar <strong>de</strong> valores hoje em dia parece<br />
algo do passado: Valores! Quais valores<br />
estarão aqui postos em causa<br />
e ten<strong>de</strong>m a extinguir-se como certas<br />
espécies <strong>de</strong> animais cujo homem é o<br />
verda<strong>de</strong>iro culpado <strong>de</strong>ssa extinção.<br />
Talvez precisemos <strong>de</strong> uma arca <strong>de</strong><br />
Noé para arrecadar valores e princípios<br />
que ainda perduram, antes<br />
que um dilúvio <strong>de</strong> malefícios possa<br />
<strong>de</strong>struí-los e fazê-los <strong>de</strong>saparecer<br />
<strong>de</strong>finitivamente como a luxúria,<br />
avareza, ira, soberba, vaida<strong>de</strong> e preguiça,<br />
faltando a gula, que parece<br />
ser aquele pecado capital que cada<br />
vez menos afeta a população! Teremos<br />
<strong>de</strong> criar uma caixa <strong>de</strong> Pandora<br />
e arrecadar já não a esperança, mas<br />
a bonança, visto que é uma riqueza<br />
que vai <strong>de</strong>saparecer, para um dia<br />
quiçá, soltá-la num outro mundo…<br />
Ultimamente as alterações climáticas<br />
têm feito surgir no nosso país<br />
fenómenos climatéricos que não<br />
eram tão habituais como agora<br />
estão a ser. A frequência dos vendavais<br />
e a <strong>de</strong>struição aumentam a<br />
cada fenómeno, o homem tem <strong>de</strong><br />
lutar agora também contra as forças<br />
da natureza, que após tantos milénios<br />
se vinga do tão afamado progresso<br />
humano. Mas o ser humano,<br />
não se dá conta <strong>de</strong> como tudo vai<br />
correndo para um abismo…Quem<br />
acredita que o mundo tal como o<br />
conhecemos não terá um fim? Neste<br />
momento da história humana,<br />
que ensinamentos <strong>de</strong>vemos transmitir,<br />
que princípios fazer crescer,<br />
que importa lutar pelo Bem, se somos<br />
tantas vezes acometidos pelo<br />
Mal? Não é esta a teoria do Céu ou<br />
do Inferno, mas a teoria da vida humana,<br />
fugir e escapar das malda<strong>de</strong>s<br />
que os próprios irmãos cometem e<br />
cultivar a bonda<strong>de</strong> ao invés <strong>de</strong> dar<br />
o troco. Mas até o próprio Jesus,<br />
na sua infinita bonda<strong>de</strong>, expulsou<br />
e açoitou a malda<strong>de</strong> humana (os<br />
vendilhões do templo sagrado – a<br />
casa <strong>de</strong> seu pai), assim, porque não<br />
po<strong>de</strong>mos nós fazê-lo? Claro que<br />
tirando semelhanças à parte, ninguém<br />
se po<strong>de</strong> equiparar a Jesus ou<br />
Deus nem aspiramos ser qualquer<br />
outra entida<strong>de</strong> divina, contudo,<br />
sentir, sentimos <strong>de</strong> forma igual ou<br />
até mais profundamente, pois há<br />
quem viva uma vida inteira <strong>de</strong> sacrifícios<br />
e malefícios! Expulsar os<br />
salteadores e vendilhões, os corruptos,<br />
os falsos e os oportunistas<br />
é uma obrigação. Mas como fazê-lo<br />
se as leis humanas cada vez mais<br />
protegem esses viciantes arguidos?<br />
Não há solução, apenas precaução!<br />
Cada um, na medida do possível,<br />
tenta escapar a esta intempérie <strong>de</strong>smedida.<br />
E aqui se apren<strong>de</strong> a viver<br />
mais para o individualismo que<br />
ten<strong>de</strong> a caracterizar a raça humana,<br />
poucos são já os que escapam a este<br />
veneno alastrante, senão através da<br />
solidarieda<strong>de</strong>.<br />
Dizem os mais vividos, os mais<br />
experimentados nas várias épocas<br />
da história, a sua e a <strong>de</strong> uma nação:<br />
«Que mundo, este!». Que verda<strong>de</strong>!<br />
- Dizemos nós. Somos a geração da<br />
inovação, mas também da contradição:<br />
melhorou-se muito a vida do<br />
homem, mas por outro lado a vida<br />
é também um flagelo e todos sabemos<br />
porquê. Quem acredita em<br />
melhorias? Quem crê num mundo<br />
melhor? Voltaremos ao paraíso <strong>de</strong><br />
Adão e Eva? No paraíso, supostamente<br />
já viveríamos nós, pois o<br />
progresso científico permite-nos<br />
viver até quase aos 80 anos (esperança<br />
média <strong>de</strong> vida), não é algo<br />
maravilhoso? Seria, sim, se a partir<br />
dos 65/70 anos não nos entregassem<br />
no “<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> idosos” porque o<br />
progresso não permite tempo para<br />
cuidar a Velhice! E a geração mais<br />
recente, terá até mesmo condições<br />
para uma velhice condigna? Como<br />
o homem cria, mas <strong>de</strong>strói…<br />
Recorrendo ao Evangelho, seria<br />
caso para dizer; «Pai, perdoa-lhes,<br />
porque não sabem o que fazem.»<br />
e não é isto uma verda<strong>de</strong> absoluta,<br />
tirando a religião em que se insere?<br />
Tantos doutores e ninguém<br />
sabe explicar, ou melhor, ninguém<br />
sabe solucionar a crise do mundo.<br />
Todos sabemos criticar: o vizinho,<br />
o amigo, o familiar; a escola, os<br />
professores; os hospitais, os médicos<br />
e os enfermeiros; as obras, os<br />
engenheiros; os polícias e os ministros<br />
e os presi<strong>de</strong>ntes e todos…mas<br />
seríamos nós mesmos diferentes <strong>de</strong><br />
todos eles? Dizem os filósofos que<br />
o po<strong>de</strong>r corrompe, para mim o po<strong>de</strong>r<br />
mostra aquilo que cada um é na<br />
realida<strong>de</strong>, por isso nos admiramos<br />
tanto quando permitimos a alguém<br />
ter algum po<strong>de</strong>r sobre nós e nos<br />
surpreen<strong>de</strong>, essa pessoa, pela positiva<br />
ou negativamente: ele está só a<br />
mostrar o lado em que joga, neste<br />
campeonato universal, criado por<br />
leis caóticas on<strong>de</strong> vivemos a achar<br />
a Or<strong>de</strong>m…■<br />
A importante Instituição <strong>de</strong>sportiva<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, Presidida por<br />
Ramiro Roque, recebeu no Maria<br />
Pinha os Amigos e sócios e celebrou<br />
o 36º aniversário em gran<strong>de</strong><br />
convívio virado para os sucessos<br />
e realizações do futuro, sem esquecer<br />
o passado brilhante.<br />
Na altura discursaram tanto o<br />
Presi<strong>de</strong>nte do Clube como o Vereador<br />
Vitor Antunes congratulando-se<br />
com mais um aniversário.■<br />
* Fotos: Fotodisco, Alberto La<strong>de</strong>ira<br />
“ARCO” celebrou o 36º Aniversário<br />
Incontornável e obrigatório<br />
referir<br />
Sebastien Loeb e a Citroen, 9 anos consecutivos<br />
Campeões do Mundo <strong>de</strong> Rally’s.<br />
Impressiona ver a condução <strong>de</strong>ste piloto.<br />
Depois <strong>de</strong> tanta vitória, para on<strong>de</strong> irá agora?<br />
Apostamos nos Sport Protótipos.<br />
Aguar<strong>de</strong>mos.<br />
Piscinas Municipais<br />
com novas<br />
modalida<strong>de</strong>s<br />
Com o arranque <strong>de</strong> um novo ano letivo nas Piscinas Municipais<br />
Climatizadas, este complexo <strong>de</strong>sportivo informa que haverá novas<br />
modalida<strong>de</strong>s a serem lecionadas, tais como:<br />
. ginástica sénior<br />
. ténis<br />
. jump<br />
. hidrojump<br />
Para mais informações, os interessados <strong>de</strong>verão contactar o 272 681<br />
062 ou por e-mail, através do en<strong>de</strong>reço piscinasmunicipais@cm-oleiros.pt.<br />
■
22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Campanha <strong>de</strong> apoio ao<br />
comércio tradicional<br />
Seja solidário nesta época e nas restantes, faça<br />
as suas compras no comércio tradicional<br />
O FUTURO AGORA!<br />
“Ultrapasse o presente,<br />
chegue ao sucesso e seja feliz.”<br />
Taróloga Cartomante Margarida Fernan<strong>de</strong>s<br />
Contacto: 961 093 788<br />
tarot.online2011@gmail.com<br />
Siga-me no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF<br />
Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernan<strong>de</strong>s.blogspot.pt/<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia da Amieira<br />
(OLR)<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco, 6160-052 Amieira<br />
Telefone (00351) 272 634 151<br />
Carneiro 21/3 a 20/4<br />
Carta Dominante: A Justiça: regra, disciplina.<br />
Amor: Inicia este mês com enorme entusiasmo e dinâmica<br />
no amor. Todas as questões serão esclarecidas e as<br />
suas opiniões acatadas. Tente ser mais criativo e evite<br />
isolar-se. Conseguirá obter o que preten<strong>de</strong>, com alguma luta, mas<br />
<strong>de</strong> forma vitoriosa!<br />
Trabalho: Especial cuidado com quem o queira prejudicar. Deve<br />
reservar-se mais. Po<strong>de</strong>rá ter uma <strong>de</strong>spesa extra, que irá abalar as<br />
suas finanças.<br />
Saú<strong>de</strong>: Cuidado com as constipações. Deve evitar a exposição solar.<br />
Conselho: As suas energias estarão instáveis no sector familiar. Evite<br />
discussões e saia para contactar mais com a natureza: ouvir o som<br />
dos pássaros e do mar. Deve reenergizar-se. Fale todos os assuntos<br />
com calma e não faça acusações sem fundamento. Esclareça os pontos<br />
importantes e tire todas as dúvidas que tenha.<br />
Touro 21/4 a 21/5<br />
Carta Dominante: A Lua: ilusões, equívocos.<br />
Amor: Sentirá o chão sair <strong>de</strong>baixo dos pés, no inicio<br />
<strong>de</strong> Dezembro. Po<strong>de</strong>rá iludir-se com o que não lhe<br />
traz felicida<strong>de</strong>. A meio do mês sofrerá uma mudança<br />
extremamente positiva e que será consequência <strong>de</strong> uma opção<br />
sua. Acabar com o que não interessa e iniciar uma nova vida, um<br />
novo ciclo ou rumo. Tudo será superável e estará <strong>de</strong>terminado em<br />
lutar pela sua felicida<strong>de</strong>. Tem o caminho aberto para o conseguir.<br />
Prepare-se com discussões acesas no sector familiar.<br />
Trabalho: Po<strong>de</strong>rá ser alvo <strong>de</strong> manipulações por parte <strong>de</strong> outros.<br />
Deve <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> si. Financeiramente po<strong>de</strong>rá contar com entradas<br />
avolumadas <strong>de</strong> dinheiro.<br />
Saú<strong>de</strong>: Controle a tensão arterial.<br />
Conselho: Corte o mal pela raiz. De nada lhe serve pensar no passado<br />
ou iludir-se. Não acredite em promessas, nem vá na onda <strong>de</strong><br />
quem fala consigo <strong>de</strong> forma serena. Deve manter uma postura <strong>de</strong>terminada<br />
e seguir a sua vida para a frente, mesmo que isso seja<br />
contrário à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros. Pense por si, pela sua felicida<strong>de</strong>. Afinal<br />
temos que viver connosco próprios o resto da vida, verda<strong>de</strong>?!<br />
Opte por ser feliz!!!<br />
Gémeos 21/5 a 20/6<br />
Carta Dominante: O Mundo: realização, autonomia.<br />
Amor: Com alguma reserva da sua parte, <strong>de</strong>verá aconselhar-se<br />
e <strong>de</strong>sabafar. Está a guardar muita coisa para<br />
si e isso irá prejudicá-lo. Portanto, mesmo numa fase estagnada,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> si dar vida ao campo amoroso. Conseguirá entrar<br />
num entendimento perfeito com a pessoa amada, mas por tempo<br />
limitado. Este mês será assim: quando pensa que tudo está a tomar<br />
um caminho favorável, há algo que surge e abala a felicida<strong>de</strong>.<br />
Trabalho: Tudo andará sobre rodas. Conseguirá atingir todos os<br />
objectivos a que se propuser. Não gaste <strong>de</strong>masiado, para não <strong>de</strong>sestabilizar<br />
as suas finanças.<br />
Saú<strong>de</strong>: Cuidado com <strong>de</strong>pressões.<br />
Conselho: Aproveite todos os momentos <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e ouça o que<br />
os outros têm para lhe dizer. Não entre em picardia por situações insignificantes,<br />
nem dê <strong>de</strong>masiada importância ao que não interessa.<br />
Caranguejo 21/6 a 22/7<br />
Carta Dominante: O Ermita: reflexão, <strong>de</strong>sapego.<br />
Amor: Entrará em divergências, no inicio do mês. Deve<br />
assumir o comando e tomar o rumo na direcção da sua<br />
vonta<strong>de</strong>. No entanto, po<strong>de</strong>rá sofrer <strong>de</strong>silusões no final do mês, que<br />
fará com que se isole e repense na sua vida.<br />
Trabalho: Conseguirá cumprir os objectivos propostos, se se concentrar<br />
mais. Foque-se mais no seu trabalho. Não assine nada, sem<br />
ler muito bem, as entrelinhas.<br />
Saú<strong>de</strong>: Controle o seu peso.<br />
Conselho: Nem sempre o que queremos po<strong>de</strong> trazer-nos felicida<strong>de</strong>.<br />
Antes <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões reflicta bem. Tome o passo adiante, pensando<br />
antes. Não reaja sem pensar. Este mês todos os caminhos <strong>de</strong>vem<br />
ser planeados ao pormenor, mas sem manipular o próximo.<br />
Leão 23/7 a 22/8<br />
Carta Dominante: O Sol: energia, sonhos.<br />
Amor: Muitas lutas interiores po<strong>de</strong>rão afectar as suas<br />
<strong>de</strong>cisões, neste campo. Tem mesmo que optar. Deve<br />
agir com o coração. Não pense <strong>de</strong>mais! Iniciará uma nova fase na<br />
sua vida, e no final conseguirá ver os frutos <strong>de</strong> forma positiva e protegida.<br />
Deve fazer valer-se pela sua <strong>de</strong>terminação e acção.<br />
Trabalho: Acautele-se com discussões. Deve manter a calma, para<br />
não sofrer uma perda. Fase próspera na área financeira.<br />
Saú<strong>de</strong>: Especial cuidado com os vícios, provocados por nervosismo.<br />
Conselho: Seja mais pon<strong>de</strong>rado nas suas palavras. Evite <strong>de</strong>sentendimentos<br />
e dê priorida<strong>de</strong> aos esclarecimentos <strong>de</strong> forma pacífica.<br />
Aceite o que tiver <strong>de</strong> ser!<br />
Virgem 23/8 a 22/9<br />
Carta Dominante: O Mago: execução, auto-consciência.<br />
Amor: O amor andará no ar, embora Virgem tenha<br />
<strong>de</strong> colocar a cabeça no lugar e não divagar nos seus<br />
pensamentos. Portanto, <strong>de</strong>sça à terra e viva as mudanças que o Universo<br />
lhe traz. Deve esclarecer as questões pen<strong>de</strong>ntes que tem no<br />
seu interior. No final do mês po<strong>de</strong>rá sofrer alguma instabilida<strong>de</strong>,<br />
neste sector.<br />
Trabalho: Conte com ajuda <strong>de</strong> colegas. Parcerias estão protegidas,<br />
este mês. Financeiramente está estável e não atacável.<br />
Saú<strong>de</strong>: Cuidado com o estômago.<br />
Conselho: Deve harmonizar as suas energias, fazendo uma meditação<br />
para ajudá-lo a se concentrar mais. Este mês <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> si e da<br />
forma como se entrega a tudo!<br />
Balança 23/9 a 22/10<br />
Carta Dominante: A Roda da Fortuna: acaso, objectivo.<br />
Amor: Por vezes sente-se injustiçado face a opiniões<br />
dos outros. Isso fará com que se <strong>de</strong>siluda <strong>de</strong>ixando-o<br />
extremamente <strong>de</strong>sorientado, sem saber que direcção tomar. A<br />
meio do mês ten<strong>de</strong>rá a iniciar uma nova fase e acabará o mês e ano<br />
com muita esperança no coração.<br />
Trabalho: Todos os documentos <strong>de</strong>vem ser bem analisados. Possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> novos contratos. Instabilida<strong>de</strong> no sector económico.<br />
Saú<strong>de</strong>: Controle os seus nervos.<br />
Conselho: Saiba que o equilíbrio total não existe. Portanto, aprenda<br />
a viver com o Universo. Afinal, tudo o que acontece na nossa vida<br />
são meras aprendizagens. Aproveite!!!<br />
Escorpião 23/10 a 21/11<br />
Carta Dominante: A Torre: <strong>de</strong>struição, manifestação.<br />
Amor: Inicia o mês com alguma tristeza no coração.<br />
Algo o <strong>de</strong>ixa extremamente nervoso. Esteja atento aos<br />
sinais, pois o Universo irá fazer das suas e colocará Escorpião<br />
numa situação duvidosa. Tudo isto o <strong>de</strong>ixará baralhado e<br />
com dificulda<strong>de</strong> em enten<strong>de</strong>r os seus sentimentos. Acabará o mês<br />
em clarificações<br />
Trabalho: Sentir-se-à limitado nas suas acções. O trabalho parece<br />
não fluir, nem o dinheiro.<br />
Saú<strong>de</strong>: Controle o colesterol.<br />
Conselho: Este mês terá <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões com o que sente e não<br />
com o que pensa. Todas as dúvidas terão o seu esclarecimento. Tenha<br />
calma e não se precipite, ao longo <strong>de</strong>ste mês.<br />
Sagitário 22/11 a 21/12<br />
Carta Dominante: O Ermita: solidão, introspecção.<br />
Amor: Irá <strong>de</strong>parar-se com lutas amorosas. Po<strong>de</strong>rá estar<br />
em causa a palavra <strong>de</strong> quem o ro<strong>de</strong>ia e isso fará<br />
com que queira esclarecer o que o <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>cepcionado.<br />
Vai-se sentir preso a algo. Dificilmente conseguirá tomar <strong>de</strong>cisões<br />
e voltar a acreditar nos sentimentos <strong>de</strong> outros. No final do mês,<br />
terá <strong>de</strong> se afastar <strong>de</strong> todos para pensar na sua vida.<br />
Trabalho: Fase benéfica. Não perca a esperança, pois a sua estrelinha<br />
da sorte irá protegê-lo. Financeiramente conseguirá fazer face<br />
às suas <strong>de</strong>spesas.<br />
Saú<strong>de</strong>: Faça um chek-up.<br />
Conselho: Tenha cuidado com falsida<strong>de</strong>s. Saiba quem o ro<strong>de</strong>ia e o<br />
que preten<strong>de</strong>m <strong>de</strong> si. Não se envolva com quem apenas se interesse<br />
por tudo, menos por si.<br />
Capricórnio 22/12 a 19/1<br />
Carta Dominante: O Imperador: autorida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminação.<br />
Amor: Fase instável, neste sector. Vai andar um pouco<br />
autoritário e a querer analisar todos os passos da<br />
pessoa amada. Cuidado! Isso trará discussões que po<strong>de</strong>rão afastar<br />
pessoas que gosta. No final do mês conseguirá apaziguar os ânimos<br />
e até mesmo trazer momentos felizes para a sua vida, em geral.<br />
Trabalho: Dezembro traz momentos extremamente favoráveis, neste<br />
campo. S<br />
erá bem sucedido em tudo o que fizer. Acautele-se com roubos ou<br />
com enganos financeiros.<br />
Saú<strong>de</strong>: Sujeito a alergias.<br />
Conselho: Seja mais calmo e não se precipite. A sua imposição po<strong>de</strong><br />
afastar outros.<br />
Aquário 20/1 a 18/2<br />
Carta Dominante: O Papa: sabedoria, estagnação.<br />
Amor: Algumas dúvidas e dificulda<strong>de</strong>s em escolher<br />
irão predominar este mês. Há palavras que tem <strong>de</strong><br />
saber usar nos momentos certos, pelo que os sentimentos<br />
<strong>de</strong>vem ser clarificados. Alguns <strong>de</strong>sentendimentos irão surgir<br />
e <strong>de</strong>ixarão-no muito instável a nível emocional.<br />
Trabalho: Nova fase laboral. O mau tempo acabou e iniciará uma<br />
nova caminhada. Sem gran<strong>de</strong>s entradas económicas, mas muito<br />
protegido.<br />
Saú<strong>de</strong>: Controle pequenos quistos ou nódulos.<br />
Conselho: Lute por quem ama. No entanto, <strong>de</strong>ve saber avaliar os<br />
seus sentimentos e as suas ambições sentimentais. Para iniciar algo,<br />
terá <strong>de</strong> conseguir harmonizar o seu coração.<br />
Peixes 19/2 a 20/3<br />
Carta Dominante: A Imperatriz: abundância, fertilidad<br />
Amor: Fase extremamente positivada. Este sector estará<br />
muito protegido, no entanto Peixes será posto a<br />
provas <strong>de</strong> amor que o <strong>de</strong>ixarão muito nervoso. Cuidado com ilusões<br />
e não se <strong>de</strong>ixe enganar. Seja mais <strong>de</strong>terminado e exponha o que<br />
preten<strong>de</strong> para a sua vida sentimental.<br />
Trabalho: Dezembro trará um inicio <strong>de</strong> um ciclo, extremamente<br />
próspero. A nível financeiro terá alguns golpes <strong>de</strong> sorte, mas sem<br />
ganhos avolumados.<br />
Saú<strong>de</strong>: Faça exames médicos.<br />
Conselho: “Quem vê caras não vê corações”. Não acredite em tudo<br />
o que lhe dizem. Po<strong>de</strong> ser iludido e aliciado com quem terá um interesse<br />
diferente do seu. Não se <strong>de</strong>ixe levar pelas emoções. Deve agir<br />
mais com a cabeça, este mês.
2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 23<br />
PÁGINAS<br />
<strong>de</strong> MOTIVAÇÃO<br />
Editora <strong>de</strong> Jornais, Unipessoal, Lda<br />
. Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />
. telemóvel (00351) 922 013 273<br />
. email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />
. www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />
. Editamos jornais . Promovemos novos autôres.<br />
. Editamos livros e todo o tipo <strong>de</strong> impressão .<br />
Palavras Cruzadas 1<br />
Por: Paulo Freixinho<br />
http://palavrascruzadas-paulofreixinho.blogspot.com<br />
HORIZONTAIS: 1 - Criadas <strong>de</strong> quarto. Insígnia eclesiástica com que os bispos<br />
e outros prelados cobrem a cabeça em certas cerimónias. 2 - Trinda<strong>de</strong>. Linguagem<br />
<strong>de</strong> um povo, consi<strong>de</strong>rada nos seus caracteres especiais. 3 - Espaçosa.<br />
Dia anterior ao <strong>de</strong> hoje. 4 - Peça <strong>de</strong> espingarda que percute a cápsula. Variante<br />
do pronome “o”. Grupo musical organizado principalmente por estudantes. 5 -<br />
Contracção <strong>de</strong> “a” com “o”. Juntar (coisas diferentes). 6 - Incógnita (fig.). Reza.<br />
7 - Gran<strong>de</strong> dorna para a salga do atum. Existe. 8 - Parte aquosa que se separa<br />
do leite ou do sangue <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> coagulados. Atmosfera. Sinal gráfico que serve<br />
para nasalar a vogal a que se sobrepõe. 9 - Freira. Jornada. 10 - Protelara. Parcela.<br />
11 - Penhor. Metal precioso <strong>de</strong> cor amarela.<br />
VERTICAIS: 1 - Avança sobre o inimigo com o objectivo <strong>de</strong> o <strong>de</strong>struir. Doença<br />
respiratória. 2 - Fra<strong>de</strong> que não exerce cargos superiores. Entoação. 3 - Planta<br />
herbácea da família das umbelíferas. Fazer pela vida. 4 - Estrela. Atenuar. 5<br />
- Torne liso. Época. 6 - Terceira nota musical. Eles. Caminhava para lá. Elas. 7 -<br />
Partido. Construção alta e fortificada. 8 - Preparado para tingir. Marido da tia.<br />
9 - Rompimento. Nome comum a várias espécies <strong>de</strong> mamíferos <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ntados da<br />
América do Sul. 10 - Delicada. Elemento <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> palavras que exprime<br />
a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> além <strong>de</strong>, muito. 11 - Gostar muito <strong>de</strong>. Espécie <strong>de</strong> olmo ou choupo da<br />
família das salicíneas.<br />
SOLUÇÃO:<br />
HORIZONTAIS: 1 - Aias. Mitra. 2 - Trio. Idioma. 3 - Ampla. Ontem. 4 - Cão.<br />
Lo. Tuna. 5 - Ao. Misturar. 6 - Xis. Ora. 7 - Atuneira. Há. 8 - Soro. Ar. Til. 9 - Madre.<br />
Etapa. 10 - Adiara. Item. 11 - Arras. Ouro.<br />
VERTICAIS: 1 - Ataca. Asma. 2 - Irmão. Toada. 3 - Aipo. Xurdir. 4 - Sol. Minorar.<br />
5 - Alise. Era. 6 - Mi. Os. Ia. As. 7 - Ido. Torre. 8 - Tintura. Tio. 9 - Rotura.<br />
Tatu. 10 - Amena. Hiper. 11 - Amar. Álamo.<br />
<strong>Oleiros</strong><br />
• Papelaria JARDIM<br />
Estreito<br />
• Café O LAPACHEIRO<br />
Estreito - 6100 <strong>Oleiros</strong><br />
Proença-a-Nova<br />
• A/C Da Idalina <strong>de</strong> Jesus<br />
Avenida do Colégio , nº 1<br />
6150-410 Proença-a-Nova<br />
• Tabacaria do centro<br />
Largo do Rossio<br />
6150-410 Proença-a-Nova<br />
Castelo Branco<br />
• Quiosque da Cláudia<br />
Zona Industrial, lote P-6 C<br />
Loja nº 4, Edifício Intermarché<br />
6000 Castelo Branco<br />
Ameixoeira<br />
• BIG Bar<br />
Estação <strong>de</strong> Serviço<br />
Estª Nacional 238<br />
Ameixoeira - 6100 <strong>Oleiros</strong><br />
Covilhã<br />
Exmo Senhor Pedro Luz<br />
Rua General Humberto Delgado<br />
Quiosque - 6200-014 Covilhã<br />
Po<strong>de</strong> encontrar o<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />
Vila <strong>de</strong> Rei<br />
• Quiosque dos Jornais<br />
Cupão <strong>de</strong> Assinatura<br />
Lisboa<br />
• Papelaria Tabacaria Sampaio<br />
Rua Reinaldo dos Santos, 12-C<br />
1500-505 Lisboa<br />
Jardins da Pare<strong>de</strong><br />
• Papelaria Tabacaria Resumos<br />
Diários<br />
Avª das Tílias, nº 136, Lj B -<br />
Pare<strong>de</strong><br />
Cambas (OLR)<br />
• Restaurante Café Sli<strong>de</strong><br />
Ponte <strong>de</strong> Cambas<br />
Cadaval (Vermelha)<br />
• Junta <strong>de</strong> Freguesia da Vermelha<br />
Rua Eng. Duarte Pacheco, 13<br />
2550-552 - Vermelha<br />
Sertã<br />
A indicar em breve.<br />
q Nacional 15,00€ q Apoio (valor livre)<br />
q Europa 25,00€<br />
Nome.................................................................................................<br />
Morda....................................................................................................<br />
Localida<strong>de</strong>..................................Código Postal .......... - .....................<br />
Contr. nº. ...................................... Telefone ...................................<br />
Data ......./............./...................<br />
Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante...................................<br />
Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o en<strong>de</strong>reço abaixo<br />
Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643<br />
para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643<br />
Ass.....................................................................................................<br />
___________________________________________________________<br />
Enviar para: Rua 9 <strong>de</strong> Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril<br />
E-mail: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />
Telefone: (00351) 922 013 273<br />
CONTACTOS ÚTEIS<br />
• <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> - 922 013 273<br />
• Agrupamento <strong>de</strong> Escolas<br />
do concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> – 272 680 110<br />
• Bombeiros Voluntários <strong>de</strong><br />
<strong>Oleiros</strong> – 272 680 170<br />
• Centro<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – 272 680 160<br />
• Correios – 272 680 180<br />
• G.N.R – 272 682 311<br />
Farmácias<br />
• Estreito – 272 654 265<br />
• <strong>Oleiros</strong> – 272 681 015<br />
• Orvalho – 272 746 136<br />
Postos<br />
<strong>de</strong> Abastecimento<br />
• Galp (<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 832<br />
• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037<br />
• Galp (<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 274<br />
• António Pires Ramos<br />
(Orvalho) – 272 746 157<br />
Infra-Estruturas<br />
• Câmara<br />
Municipal – 272 680 130<br />
• Piscinas Municipais/<br />
/Ginásio – 272 681 062<br />
• Posto <strong>de</strong> Turismo/Espaço net –<br />
272 681 008<br />
• Casa da Cultura/<br />
/Biblioteca – 272 680 230<br />
• Campo<br />
<strong>de</strong> Futebol – 272 681 026<br />
• Pavilhão Gimno<strong>de</strong>sportivo<br />
(<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 890<br />
LEIA<br />
ASSINE<br />
E DIVULGUE<br />
O JORNAL<br />
DE OLEIROS<br />
Ficha técnica<br />
www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />
Director: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques •<br />
Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Periodicida<strong>de</strong>: Mensal • Se<strong>de</strong>: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160<br />
<strong>Oleiros</strong> • Editado por: Páginas <strong>de</strong> Motivação, Editora <strong>de</strong> Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />
• email da redacção: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com • Tiragem: 5 000<br />
exemplares • Redacção: <strong>Oleiros</strong> • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos <strong>de</strong> venda • Colaboradores: João H.<br />
Santos Ramos*, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Men<strong>de</strong>s, Manuela Marques, António Romão <strong>de</strong> Matos, Rui Pedro Brás, Ana<br />
Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça,<br />
Cristina Ferreira <strong>de</strong> Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N <strong>de</strong> Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos<br />
da América • Correspon<strong>de</strong>ntes: Silvino Potêncio (<strong>Natal</strong>, Brasil) • Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya<br />
Tomaz • Carla Rodrigues Men<strong>de</strong>s Chamiça Reboucinhas <strong>de</strong> Cima (Cambas-OLR), Álvaro (<strong>Oleiros</strong>), Ana Silva, email: ana_7morgado@<br />
hotmail.com • Correspon<strong>de</strong>nte em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernan<strong>de</strong>s<br />
(Lisboa) • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira <strong>de</strong> Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: geral@coraze.com<br />
* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Editorial do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.
24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />
Igreja sinaliza<br />
preocupações profundas<br />
A voz muito respeitada <strong>de</strong> D.<br />
Manuel Clemente, veio dar um sinal<br />
(repetido) <strong>de</strong> alerta para a questão<br />
social. Na sua voz habalizada,<br />
diz, “<strong>de</strong>ixem-nos respirar...”<br />
O povo está a sofrer muito, sem<br />
expectativas <strong>de</strong> melhoria a curto<br />
prazo, num momento em que o<br />
governo se “atrave” a referir que<br />
em 2014 o <strong>de</strong>semprego começará<br />
a baixar...<br />
Não faz sentido. E em 2012 e em<br />
2013? Baixará a partir <strong>de</strong> que valôres?<br />
Oficialmente, o <strong>de</strong>semprego está<br />
em 15,8%, mas, sabe-se, é superior<br />
na realida<strong>de</strong> a 23% ou seja cerca <strong>de</strong><br />
1,4 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados.<br />
Em 2014, quantos serão?<br />
INSTITUIÇÕES<br />
MOBILIZAM-SE<br />
. Coimbra cria restaurante solidário<br />
. Cáritas recebe 38 pedidos <strong>de</strong> apoio<br />
por dia;<br />
. Banco Alimentar fornece géneros<br />
a 314 mil pessoas;<br />
. O Companheiro em Lisboa e a<br />
Legião da Boa Vonta<strong>de</strong> disponibilizam<br />
roupa;<br />
. Cascais cria restaurante solidário;<br />
. Paróquias exortam à partilha;<br />
. Em Lisboa, pejada <strong>de</strong> “sem abrigo”,<br />
com a Praça do Comércio<br />
cheia <strong>de</strong> pessoas a dormir <strong>de</strong>baixo<br />
das arcadas e com a Avenida da<br />
Liberda<strong>de</strong> pejada <strong>de</strong> alto a baixo,<br />
num cenário dantesco, que fazer?<br />
Não é ainda a hora <strong>de</strong> acordar?<br />
Que espera o governo para dizer<br />
à Troika que assim é impossível?<br />
Com a Alemanha e a França a entrarem<br />
em recessão, que se espera<br />
<strong>de</strong>sta Europa e <strong>de</strong>ste Euro?■<br />
Director<br />
A visita <strong>de</strong> Angela Merkel a<br />
Portugal era uma oportunida<strong>de</strong><br />
para citar este caso.<br />
Pequena oportunida<strong>de</strong>.<br />
As operárias <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> que<br />
acrescentam qualida<strong>de</strong> e são<br />
reconhecidas como excelentes,<br />
não são suficientes para mobilizar<br />
<strong>de</strong>cisões.<br />
O que está em causa para a<br />
Steiff é apenas mais lucro.<br />
Para a Steiff ficar em Portugal,<br />
provávelmente, seria necessário<br />
trabalhar sem receber salários,<br />
ou salários in<strong>de</strong>corosos, inimagináveis.<br />
Devemos lutar ao lado <strong>de</strong> todas<br />
as instituições que criaram<br />
condições excelentes, que ofereceram<br />
rendas <strong>de</strong> instalações,<br />
Semáforo<br />
STEIFF fora do programa<br />
<strong>de</strong> Merkel<br />
que bem receberam, que bem<br />
trataram a Steiff.<br />
A Steiff, como muitas multinacionais,<br />
é ingrata, pensa apenas<br />
nela própria.<br />
Lamentável ■<br />
Director<br />
PUBLICIDADE 06/2012<br />
POR MUITAS VOLTAS<br />
QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS<br />
SEMPRE AO SEU LADO.<br />
www.creditoagricola.pt