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de Natal - Jornal de Oleiros

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www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com ·<br />

<strong>de</strong>OLEIROS<br />

Ano 4, Nº 23, Novembro/Dezembro <strong>de</strong> 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal<br />

<strong>Jornal</strong><br />

Director e Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira<br />

<strong>de</strong> <strong>Natal</strong><br />

Um <strong>Natal</strong> fraterno<br />

é necessário<br />

Editorial<br />

Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />

página 2<br />

O Zêzere e a<br />

Beira Interior<br />

Dra. Alda Barata Salgueiro<br />

O Farol<br />

António Graça<br />

página 2<br />

O Director e<br />

Colaboradores do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, <strong>de</strong>sejam<br />

a todos os Amigos,<br />

Leitores, Assinantes e<br />

Parceiros um excelente e<br />

tranquilo NATAL em paz<br />

e com solidarieda<strong>de</strong>.<br />

João Freire é o<br />

novo Provedor<br />

da Santa Casa<br />

da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> Álvaro<br />

Álvaro tem vida...<br />

por Ana Silva<br />

página 6<br />

O Papa é<br />

protestante<br />

Dr. Fernando Cal<strong>de</strong>ira Silva<br />

página 20<br />

Potencialida<strong>de</strong>s<br />

Inês Martins<br />

página 15<br />

Página Castelo<br />

Branco<br />

página 12<br />

Página<br />

Proença-a-Nova<br />

página 11<br />

Congratulamo-nos com<br />

a notícia. João Freire,<br />

já o havíamos dito, é<br />

um Homem a fixar em<br />

<strong>Oleiros</strong>. Um Amigo<br />

também.<br />

Votos <strong>de</strong> bom trabalho,<br />

João, um abraço e<br />

parabéns.<br />

PF<br />

página 16<br />

Câmara <strong>de</strong><br />

Castelo Branco<br />

PS escolhe<br />

Luis Correia<br />

para se<br />

candidatar<br />

à Câmara<br />

página 9<br />

Fim <strong>de</strong> ano<br />

em <strong>Oleiros</strong><br />

Veja programa do Hotel<br />

Santa Margarida na<br />

pagina 14


2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

EDITORIAL<br />

O Zêzere e a Beira<br />

Interior<br />

Alda Barata Salgueiro<br />

(Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)<br />

Um país em profunda <strong>de</strong>pressão<br />

No início <strong>de</strong> uma época que <strong>de</strong>sejamos marcada por solidarieda<strong>de</strong><br />

e preocupações <strong>de</strong> inclusão, mais necessárias ainda num<br />

NATAL que será frio para inúmeras famílias portuguesas – sempre<br />

a crescer – apresentamos uma edição especial, aumentada no<br />

número <strong>de</strong> páginas e todas a cores, patenteando uma capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resistir que a todos tem surpreendido, mas, na verda<strong>de</strong>, tratase<br />

apenas <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r ao número crescente <strong>de</strong> Leitores e ao aumento<br />

<strong>de</strong> inserção no território continental e nas comunida<strong>de</strong>s<br />

portuguesas pelo mundo, estando hoje presentes nos principais<br />

concelhos do distrito <strong>de</strong> Castelo Branco, factos patentes na edição<br />

presente. No próximo ano aumentaremos o número <strong>de</strong> edições<br />

para o mínimo <strong>de</strong> seis a que acrescem as especiais <strong>de</strong> aniversário,<br />

Feira do Pinhal e <strong>Natal</strong>. Agra<strong>de</strong>cemos a todos os que nos ajudam<br />

e formulamos votos <strong>de</strong> um NATAL tranquilo, com expectativas,<br />

apesar da <strong>de</strong>solação actual.<br />

Vamos entrar num ano (2013) que assinalará a entrada em cena<br />

<strong>de</strong> diferentes protagonistas na política local, esperando candidaturas<br />

austeras, preparadas para um novo paradigma, <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong><br />

e ligação às populações, com propósitos a<strong>de</strong>quados<br />

ao momento, <strong>de</strong>vendo ser escolhidos os melhores, os mais aptos,<br />

recordando que os critérios <strong>de</strong>verão ser os do amor à terra e não<br />

e apenas, a cor partidária. Estamos certos que as populações hoje<br />

mais alertadas, serão criteriosas nas escolhas que serão chamadas<br />

a fazer.<br />

2013 será também o ano do aprofundamento da crise e da clarificação<br />

sobre a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o EURO resistir. Será o ano da<br />

prova real da solidarieda<strong>de</strong> na EUROPA, ou, pelo contrário, o<br />

ano em que alguns países regressarão às suas origens, às suas<br />

moedas, infelizmente em piores condições , <strong>de</strong>ixando cair o sonho<br />

<strong>de</strong> uma vida melhor.<br />

A crise não existirá para sempre, seguramente, por isso, é apropriado<br />

ter esperança, lutar melhor, <strong>de</strong> forma mais organizada e<br />

solidária, acentuar a preparação individual, dar consistência à<br />

família, pensar nos mais idosos e nos mais jovens. Pensar, em<br />

suma, num futuro mais equilibrado e <strong>de</strong> menores egoísmos.<br />

Talvez seja uma utopia, mas penso<br />

ser viável fazer do rio Zêzere uma<br />

via navegável <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua nascente<br />

até à foz.<br />

Fala-se e discute-se a problemática<br />

da interiorida<strong>de</strong>, mas com<br />

poucas soluções. A I<strong>de</strong>ias arrojadas<br />

ninguém se atreve. Aqui vai então<br />

a minha impertinência:<br />

Não é preciso ir a países estrangeiros<br />

para trazer exemplos on<strong>de</strong> as<br />

vias fluviais interiores são altamente<br />

rentáveis; basta fazer um pequeno<br />

exercício <strong>de</strong> memória e lembrar<br />

o Douro <strong>de</strong> antanho e ver o <strong>de</strong> hoje.<br />

Após a conclusão dos projectos <strong>de</strong><br />

engenharia que o tornaram navegável<br />

da Foz ao Pocinho, possui o rio,<br />

além <strong>de</strong> uma beleza admiravelmente<br />

renovada , um potencial económico<br />

inquestionável.<br />

Dir-me-ão, mas o Porto é uma<br />

gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> e por isso se justifica<br />

empreendimentos avultados. Por<br />

isso mesmo. Confirmados estes sucessos,<br />

porque não aplicar as mesmas<br />

experiências em locais similares,<br />

igualmente importantes?<br />

Ao pensar - se apenas em Lisboa<br />

e no Porto como cida<strong>de</strong>s viáveis<br />

para investimentos <strong>de</strong>sta natureza,<br />

é ter vistas curtas. Se os empreendimentos<br />

públicos fossem distribuídos<br />

por todo o País, certamente<br />

que viveríamos mais <strong>de</strong>safogados e<br />

mais felizes.<br />

Porque não pensar em implementar,<br />

no Interior <strong>de</strong>spovoado,<br />

<strong>de</strong>safios empolgantes para transformar<br />

o <strong>de</strong>salento nacional em seiva<br />

patriótica?<br />

Ora vejamos: com a implementação<br />

<strong>de</strong> alguns serviços, no Interior<br />

<strong>de</strong> Portugal, implicaria a <strong>de</strong>slocação<br />

<strong>de</strong> gente habilitada para essas<br />

funções e também implicaria mais<br />

formação <strong>de</strong> gente jovem para as<br />

<strong>de</strong>senvolver e garantir, obrigando<br />

necessariamente à construção <strong>de</strong><br />

infra-estruturas para a sua fixação.<br />

Por acréscimo e oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver-se-ia uma dinâmica<br />

social e económica, tanto agrícola<br />

como industrial , com apetência<br />

para as ma<strong>de</strong>iras, para a <strong>de</strong>stilação<br />

<strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong> frutos, <strong>de</strong> flores e<br />

até <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> eucalipto. Também<br />

a caça, a pesca, os resíduos da floresta<br />

são activida<strong>de</strong>s e produtos muito<br />

viáveis. Outra activida<strong>de</strong>, hoje muito<br />

<strong>de</strong>sprezada, seria a construção<br />

naval <strong>de</strong> pequenos barcos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

que actualmente teriam um<br />

impacto muito apreciável, dado<br />

que assim se evitaria a importação<br />

<strong>de</strong> matérias primas e concomitantemente<br />

a diminuição da nossa <strong>de</strong>pendência<br />

do exterior.<br />

Mas a vertente mais lucrativa viria<br />

do rio Zêzere e seria a do turismo.<br />

Com a sua navegabilida<strong>de</strong><br />

em barcas artesanais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

cida<strong>de</strong> da Covilhã até Constância,<br />

vislumbra-se um percurso único<br />

e fantástico. Não esqueçamos que<br />

a corte portuguesa, no tempo <strong>de</strong><br />

D. João V, fazia transportar o gelo<br />

para o seu real sorvete, em carros<br />

<strong>de</strong> bois, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra<br />

até Constância e daqui seguia a via<br />

fluvial até Lisboa. No século XVIII<br />

tínhamos o ouro do Brasil mas não<br />

tínhamos a capacida<strong>de</strong> tecnológica<br />

<strong>de</strong> hoje.<br />

Neste nosso Séc. XXI, consi<strong>de</strong>ra-se<br />

este projecto megalómano<br />

? Será ? Não <strong>de</strong>vemos esquecer o<br />

exemplo dado pelo falecido Engº<br />

Paulo Vallada ex - presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal do Porto que, com<br />

o seu entusiasmo e pertinácia, (ver<br />

o seu livro “A Utopia Viável “),conseguiu<br />

reunir os meios necessários<br />

que tornaram possível a navegabilida<strong>de</strong><br />

do Douro.<br />

Lembramos que as eclusas ao<br />

longo das barragens <strong>de</strong> Castelo do<br />

Bo<strong>de</strong>, Bouçã e Cabril, permitiriam<br />

optimizar o rendimento das inúmeras<br />

eólicas sediadas na zona.<br />

Eis pois, um projecto <strong>de</strong> dimensão<br />

nacional que, <strong>de</strong>vidamente estudado,<br />

permitiria o aumento <strong>de</strong> riqueza,<br />

não só da Região <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>,<br />

como também dos concelhos limítrofes<br />

e principalmente do País.<br />

É certo que já não temos o ouro<br />

do Brasil, nem um rei que nos<br />

governe, mas temos massa cinzenta<br />

<strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e bastaria<br />

acabar com obras <strong>de</strong> fachada,<br />

conseguidas com engenhosas e<br />

ardilosas construções financeiras ,<br />

e aproveitar a energia , a inteligência<br />

e a generosida<strong>de</strong> da nossa juventu<strong>de</strong><br />

que se vê empurrada para<br />

a emigração, porque o seu País não<br />

tem projectos para lhes assegurar o<br />

futuro. ■<br />

Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Director<br />

Email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />

Parque <strong>de</strong> Campismo <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> • Telefone: (00351) 272 681 106<br />

email: geral@campingoleiros.com • www.campingoleiros.com


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Aniversário do nosso jornal<br />

na Imprensa do Distrito<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 3<br />

Vários Colegas da informação referiram o nosso aniversário, facto que agra<strong>de</strong>cemos.<br />

Não é invulgar, mas merece o <strong>de</strong>vido <strong>de</strong>staque e aqui <strong>de</strong>ixamos algumas das notas publicadas.<br />

Bem hajam,<br />

Paulino Fernan<strong>de</strong>s<br />

Director<br />

Páginas <strong>de</strong> Motivação<br />

formalizada<br />

O ano do 3º aniversário do JORNAL DE OLEIROS, assinala a constituição<br />

da empresa “PÁGINAS DE MOTIVAÇÃO, Editora <strong>de</strong> Jornais,<br />

Unipessoal Lda., se<strong>de</strong>ada na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6100 <strong>Oleiros</strong>,<br />

Contribuinte número 510 198 350, dando cumprimento ao sonho do<br />

Fundador e Director do jornal.<br />

É um momento <strong>de</strong> alegria, expectativa e reforço <strong>de</strong> objectivos para<br />

o futuro.<br />

A empresa que agora edita o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, po<strong>de</strong> vir e <strong>de</strong>senvolver<br />

outras activida<strong>de</strong>s relacionadas, matérias neste momento em<br />

apreciação, contribuindo para uma cada vez maior notorieda<strong>de</strong> do<br />

Concelho e do projecto em si.<br />

Po<strong>de</strong> ser contactada pelo email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt ou através<br />

do site www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com fortemente interactivo. ■<br />

Viagem pelo Concelho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

CASA DÃO<br />

- Turismo a não per<strong>de</strong>r<br />

A Casa do Dão (Turismo) foi<br />

construída no século XIX e, recentemente<br />

recuperada pela família<br />

proprietária visando proporcionar<br />

conforto a quem a visita.<br />

Tem 2 pisos úteis e todas as condições<br />

para uma estadia serene,<br />

tranquila e junto ao Pinhal e toda a<br />

envolvente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza. Muito<br />

próxima <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, a cerca <strong>de</strong> 6<br />

kms, na estrada para Castelo Branco,<br />

ao chegar ao Milrico, à sua direita.<br />

Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> conhecer, mas,<br />

antecipando já a sua visita, po<strong>de</strong><br />

ver e saber mais em:<br />

www.casadodao-turismo.com<br />

email: casa.dao.turismo@gmail.com<br />

Telemóvel: (00351) 932 952 972<br />

PAPELARIA JARDIM<br />

www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com ·<br />

Director e Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />

EDITORIAL<br />

Cambas e o Restaurante Sli<strong>de</strong>,<br />

foram os palcos para a festa do 3º<br />

aniversário do nosso jornal.<br />

Jornada memorável, reuniu<br />

inúmeros Amigos e Entida<strong>de</strong>s<br />

Oficiais, com <strong>de</strong>staque para o Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />

Destaque para as inúmeras<br />

mensagens recebidas e o importante<br />

e significativo <strong>de</strong>staque<br />

dado pela generalida<strong>de</strong> da Imprensa<br />

do Distrito <strong>de</strong> Castelo<br />

Branco.<br />

Foi <strong>de</strong>stacado o passado, mas,<br />

evi<strong>de</strong>ntemente, colocámos em<br />

evidência o futuro em que acreditamos.<br />

<strong>de</strong>OLEIROS<br />

Ano 3, Nº 15, Outubro <strong>de</strong> 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral<br />

<strong>Jornal</strong><br />

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA<br />

ESPECIAL<br />

Celebrámos a entrada no 4º ano <strong>de</strong> vida<br />

Em Cambas no Sli<strong>de</strong>,<br />

a festa foi forte<br />

3º ANIVERSÁRIO<br />

RECORTE DE IMPRENSA<br />

Obrigado a todos.<br />

Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Director<br />

email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />

Rua Cabo da Devesa - 6160-412 <strong>Oleiros</strong><br />

Telefone 272 682 279


4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Portugal entre o Colapso financeiro sem a Troika e a Ruina com ela<br />

Estados fortes e Plutocracia contra Estados débeis e Pobres<br />

Recuperar a Honra <strong>de</strong> Portugal<br />

António Justo<br />

antoniocunhajusto@gmail.com<br />

www.antonio-justo.eu<br />

“Temos uma mentira institucionalizada<br />

no país… que não <strong>de</strong>ixa<br />

que as coisas tenham a pureza que<br />

<strong>de</strong>viam ter” ”, diz o general Pires<br />

Veloso. Quando, os bem alimentados<br />

da nação, se atrevem já a falar<br />

assim é mesmo grave o estado da<br />

nação e justificada a insatisfação.<br />

O actual regime <strong>de</strong>mocrático, mais<br />

que fruto do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> bem comum, foi cinicamente<br />

construído amoralmente e baseado<br />

na manipulação i<strong>de</strong>ológica que<br />

permitiu muitos “iluminados” arrogantes<br />

apo<strong>de</strong>rarem-se do Estado,<br />

e manter o povo na submissão, já<br />

não sombria mas risonha. Pessoas<br />

corruptas, com o apoio militar, instauram<br />

um estado corrupto, sem<br />

razão crítica, sob o pretexto dos<br />

abrilistas serem os libertadores <strong>de</strong><br />

Portugal. Sanearam Portugal à sua<br />

imagem e semelhança! O povo,<br />

atraiçoado pelas elites conservadoras<br />

e pelos oportunistas engravatados<br />

da ocasião, <strong>de</strong>ixou-se enganar<br />

e agora acorda molhado. O maior<br />

roubo que se po<strong>de</strong> fazer a um país<br />

é tirar-lhe a esperança, a autoconfiança<br />

e a dignida<strong>de</strong>. Construímos<br />

uma <strong>de</strong>mocracia duvidosa em que<br />

políticos não são responsabilizados<br />

pelo seu mau comportamento mas<br />

o cidadão sim. As i<strong>de</strong>ologias e os interesses<br />

pessoais e <strong>de</strong> coutos sobrepuseram-se<br />

aos <strong>de</strong> povo e nação.<br />

Urge sanear o País<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Estado<br />

à Constituição<br />

A atitu<strong>de</strong> do ministro Nuno Crato,<br />

mandando reavaliar todas as<br />

licenciaturas que foram atribuídas<br />

com recurso à creditação profissional,<br />

<strong>de</strong>veria ser um primeiro<br />

passo no saneamento do Estado<br />

no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinstitucionalizar<br />

a corrupção; <strong>de</strong>veria passar-se a<br />

rever também as medidas que possibilitam<br />

tal creditação. O trabalho<br />

seria colossal porque teria <strong>de</strong> chegar<br />

também aos diferentes órgãos<br />

<strong>de</strong> Estado e a uma revisão da constituição<br />

portuguesa, nascida sob<br />

auspícios i<strong>de</strong>ológicos e partidários!<br />

O resto é só maculatura.<br />

O saneamento da nação implicaria<br />

coragem e vonta<strong>de</strong> para o abandono<br />

<strong>de</strong> regalias adquiridas na base<br />

<strong>de</strong> legislações nepóticas (favoritismo!)<br />

e <strong>de</strong> acções como as <strong>de</strong> forças<br />

<strong>de</strong> pressão orientadas apenas pela<br />

ganância à custa da <strong>de</strong>struição da<br />

economia nacional, tal como acontece<br />

com a greve dos maquinistas e<br />

outras. Um país que orienta a sua<br />

acção na base <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> regalias<br />

mata <strong>de</strong> início a solidarieda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>strói-se a si mesmo impossibilitando<br />

a governação.<br />

Há muitos portugueses que anseiam<br />

pela revolução, esperando<br />

que a rebelião comece em Espanha.<br />

Os alemães, os franceses e os Ingleses<br />

temem a instabilida<strong>de</strong> do Euro;<br />

mais que a <strong>de</strong>sgraça da Grécia ou<br />

<strong>de</strong> Portugal, preocupa-os sobremaneira<br />

a insatisfação popular incontida<br />

duma Espanha ou duma Itália.<br />

As consequências para o projecto<br />

EU (Euro) seriam catastróficas. Por<br />

enquanto entretemo-nos com a<br />

periferia; com o tempo também a<br />

França passará a entrar na dança.<br />

Uma Alemanha que exige contenção<br />

económica aos países menos<br />

fortes como Grécia, Portugal, Espanha<br />

e Itália, continua a endividar-se<br />

apesar duma economia florescente.<br />

Endividando-se aposta já na inflação<br />

que aos outros não é permitida<br />

<strong>de</strong>vido a um Euro <strong>de</strong> várias velocida<strong>de</strong>s!<br />

(A RFA, no seu orçamento<br />

fe<strong>de</strong>ral para 2013 prevê, nos seus<br />

gastos totais, 33,3 bilhões com a dívida<br />

fe<strong>de</strong>ral que ocupa o terceiro lugar,<br />

<strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>fesa também com<br />

33,3 bilhões e dos gastos no âmbito<br />

laboral e social com 118,7 bilhões).<br />

No que respeita a endividamento<br />

para empréstimo, o Estado alemão<br />

não tem dificulda<strong>de</strong> com isso, porque<br />

ganha com a diferença do crédito<br />

(pe<strong>de</strong> dinheiro emprestado a<br />

2% e empresta-o a 6% ou mais). Por<br />

outro lado o banco central europeu<br />

empresta dinheiro aos bancos a 1%<br />

em vez <strong>de</strong> o emprestar directamente<br />

aos Estados <strong>de</strong>ficitários, favorecendo<br />

assim a usura dos bancos que <strong>de</strong>pois<br />

conce<strong>de</strong>m créditos a terceiros<br />

a preço especulativos. Não será que<br />

no caso duma reforma monetária<br />

quem mais sofrerá será quem mais<br />

poupou? O Japão e os USA não se<br />

encontram em melhor situação que<br />

a EU. Só que o dólar é suportado<br />

mundialmente, po<strong>de</strong>ndo os USA<br />

produzir bilhões <strong>de</strong> notas por mês<br />

sem que o mundo berre, ao contrário<br />

do que faz com a Europa. É que<br />

a Europa apesar das diferenças gritantes<br />

ainda reserva um bom óbolo<br />

para os <strong>de</strong>sfavorecidos do sistema<br />

e da natureza e isso <strong>de</strong>sagrada aos<br />

tubarões do mercado.<br />

Povo vítima <strong>de</strong> Instituições<br />

corruptas e da<br />

própria Apatia<br />

Os responsáveis pelo colapso<br />

económico não são chamados à<br />

responsabilida<strong>de</strong> pelo Estado português<br />

que, ao contrário do que<br />

acontece na Islândia, assalta a carteira<br />

do povo, poupando a dos que<br />

se encheram. Facto é que o povo<br />

português foi vítima dos governos<br />

<strong>de</strong> Portugal e da especulação<br />

financeira internacional. O apoio<br />

da EU (União Europeia) e a concessão<br />

<strong>de</strong> créditos aos países pobres<br />

parece ter sido para estes po<strong>de</strong>rem<br />

fazer compras aos países ricos e ao<br />

mesmo tempo terem a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> beneficiarem as gran<strong>de</strong>s<br />

empresas para a competição internacional<br />

da nova realida<strong>de</strong> global<br />

(turbo-capitalismo). “Confiaram”<br />

na capacida<strong>de</strong> política e financeira<br />

dos políticos estatais e agora vem a<br />

Troika, controlar a nação sem se interessar<br />

pelo Estado nem para on<strong>de</strong><br />

foi o dinheiro. Como precisam dos<br />

seus mercenários governamentais<br />

para executarem as suas exigências<br />

não lhes tocam.<br />

Os povos da periferia, com uma<br />

elite política não habituada a <strong>de</strong>itar<br />

contas à vida, <strong>de</strong>ixaram-se iludir<br />

com promessas e histórias <strong>de</strong><br />

paraísos turísticos, etc. Esta elite,<br />

“comprada”, com postos e or<strong>de</strong>nados<br />

especulativos internacionais,<br />

permitiu a <strong>de</strong>struição das pescas,<br />

agriculturas, têxteis e das pequenas<br />

e médias empresas da nação; pior<br />

ainda, concretizam, ainda hoje com<br />

zelo, medidas europeias ten<strong>de</strong>ntes<br />

a <strong>de</strong>struir as regiões e os seus<br />

produtos específicos em benefício<br />

das gran<strong>de</strong>s multinacionais estrangeiras<br />

e <strong>de</strong> latifundiários. Agora<br />

que a periferia (Grécia, Espanha,<br />

Portugal, Itália, etc.) se encontra<br />

na <strong>de</strong>pendura especula-se no centro<br />

da Europa, se não seria melhor<br />

estes Estados optarem pela antiga<br />

moeda para melhor regularem o<br />

próprio mercado, ou se não será<br />

melhor um euro “duro” e um euro<br />

“macio”! Tudo <strong>de</strong>sculpa para manter<br />

o terreno conquistado!<br />

As multinacionais receberam<br />

parte dos apoios da EU, <strong>de</strong>struíram<br />

as pequenas e médias empresas<br />

e foram-se embora <strong>de</strong>ixando os<br />

consumidores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da importação<br />

que essas mesmas firmas<br />

agora servem, a partir do estrangeiro.<br />

Um enredamento bem perpetrado!<br />

O chanceler Helmut Kohl<br />

preparou as gran<strong>de</strong>s empresas<br />

para a concorrência internacional<br />

e o chanceler Schroe<strong>de</strong>r açaimou<br />

o operariado para a concorrência<br />

com o operariado exterior...<br />

As nações ricas, cada vez mais<br />

ricas ainda, criaram nelas também<br />

uma pobreza cada vez mais à medida<br />

da pobreza da periferia. A introdução<br />

do Euro correspon<strong>de</strong>u ao<br />

abandono da economia social tradicional<br />

em favor dum liberalismo económico<br />

americano (anglo-saxónico),<br />

ten<strong>de</strong>nte a criar os Estados Unidos<br />

da Europa à medida dos USA.<br />

Porque há-<strong>de</strong> pagar a crise quem<br />

não tem dinheiro? Porque não se<br />

põem os mais ricos a contribuir para<br />

se resolver a crise? Estes já não trazem<br />

benefício para o Estado, numa<br />

fase em que o capitalismo comunista<br />

<strong>de</strong> Estado (China) tem po<strong>de</strong>r<br />

económico e político para aniquilar<br />

o capitalismo <strong>de</strong> cunho privado (<strong>de</strong><br />

multinacionais internacionais). Os<br />

magnates do dinheiro e as nações<br />

mais fortes têm-se permitido humilhar<br />

os povos da periferia porque<br />

ainda notam que estes se mantêm<br />

or<strong>de</strong>iros. A situação está a tornarse<br />

tão séria que só uma revolta<br />

popular séria po<strong>de</strong>rá levar muitos<br />

representantes do povo (políticos<br />

mercenários) a arredar <strong>de</strong> caminho,<br />

porque a credibilida<strong>de</strong> internacional<br />

<strong>de</strong>stes só vale na medida em<br />

que conseguem manter o próprio<br />

povo sem a revolta. A não ser que<br />

se aceite o surgir <strong>de</strong> grupos radicais<br />

no Oci<strong>de</strong>nte à imagem dos grupos<br />

Al Qaida (sistema <strong>de</strong> guerrilha!).<br />

Os que se assenhorearam do Estado<br />

português (revolução <strong>de</strong> Abril<br />

no seu aspecto <strong>de</strong> assalto às instituições)<br />

começaram por, da sua janela,<br />

anunciar o po<strong>de</strong>r e a liberda<strong>de</strong> para<br />

o povo e por roubar-lho pela porta<br />

traseira! A fusão <strong>de</strong> interesses mafiosos<br />

entre políticos, instituições,<br />

administradores <strong>de</strong> empresas públicas<br />

e conluio com a justiça inviabiliza<br />

um Portugal honrado.<br />

Chegou a hora da mudança (conversão)<br />

ou da revolução! Como po<strong>de</strong>m<br />

ricos e políticos dormir, quando<br />

há já gente com fome! Será que a<br />

globalização, a EU terá <strong>de</strong> acontecer<br />

à custa da fome. A Europa conseguiu<br />

a paz acabando com a fome;<br />

agora, que a fome vem, prepara-se<br />

a guerra. O povo começa a perceber<br />

que os seus governos têm os seus<br />

interesses salvaguardados sob a<br />

capa dum Estado “padrasto”.<br />

O problema não está tanto na<br />

escolha <strong>de</strong> alternativas mas na mudança<br />

<strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> das elites<br />

governamentais (partidárias) que<br />

nos têm governado e administrado<br />

e dum povo habituado a dançar<br />

ao ritmo duma música tocada por<br />

outros. Não tempos tido governos<br />

nem partidos com capacida<strong>de</strong><br />

para administrar um Estado e menos<br />

ainda uma nação. Os mesmos<br />

parlamentos que levaram o país à<br />

ruina per<strong>de</strong>ram a autorida<strong>de</strong> para<br />

governar Portugal e a Troika que o<br />

governa agora não está interessada<br />

nem no povo nem na nação.<br />

Resta ao povo a metanoia, não<br />

comprar produtos estrangeiros e<br />

chamar o Estado e os gestores financeiros<br />

ao rego da nação. Estes<br />

porém sabem que o povo, como a<br />

criança, só berra e não actua. Daqui<br />

a falta <strong>de</strong> esperança com a agravante<br />

<strong>de</strong> que a reconciliação do povo<br />

com o seu Estado significaria mais<br />

uma vez abnegação. As pessoas sérias<br />

do Estado <strong>de</strong>veriam proce<strong>de</strong>r<br />

a um saneamento do Estado e das<br />

leis que protegem os que vivem encostados<br />

a ele. Só assim po<strong>de</strong>riam<br />

os administradores da miséria readquirir<br />

a honra perdida para Portugal<br />

po<strong>de</strong>r voltar a cantar “Heróis<br />

do mar” e da terra também! ■


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 5<br />

Serafim Marques<br />

Economista<br />

Neste domingo <strong>de</strong> manhã, saí <strong>de</strong><br />

casa, para tomar a minha “bica”<br />

matinal, vício que não dispenso,<br />

afinal até tenho poucos. Dirigi-me<br />

a um dos três café que frequento<br />

habitualmente no meu bairro e<br />

no qual po<strong>de</strong>ria “dar uma vista<br />

<strong>de</strong> olhos” pelo jornal que ali po<strong>de</strong><br />

estar disponível. Azar o meu, porque<br />

o periódico estava a ser lido<br />

por outro cliente, pelo que paguei<br />

os sessenta cêntimos (€ 0,60) pela<br />

“bica”, valor esse praticado na<br />

maioria dos cafés e pastelarias,<br />

<strong>de</strong>pois da subida da taxa do IVA,<br />

e fui dar uma volta pelo bairro,<br />

on<strong>de</strong> existem muitos cafés e pastelarias<br />

<strong>de</strong> variadas gran<strong>de</strong>zas e<br />

padrões, aproveitando ainda o sol<br />

<strong>de</strong>sta manhã domingueira <strong>de</strong> Outono.<br />

Pelo caminho e sem que fosse<br />

essa a minha atenção, não pu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reparar em anúncios nas<br />

montras sobre o preço da “bica”.<br />

Reparei então que um <strong>de</strong>les tinha<br />

afixado € 0,50, mas alguns metros<br />

mais à frente, um concorrente<br />

anunciava € 0,49! Contudo, muito<br />

mais adiante, existem três micro<br />

cafés, quase lado a lado, e cada<br />

um anunciava € 0,45 pelo preço do<br />

café. Afinal, a concorrência acicata<br />

os empresários, embora para estes<br />

três, face à sua proximida<strong>de</strong>, a concorrência<br />

terá que se basear noutras<br />

variáveis do negócio que não<br />

no preço. No sub-sector da restauração,<br />

também se assiste a acções<br />

<strong>de</strong> marketing com o objectivo <strong>de</strong><br />

captação e fi<strong>de</strong>lização dos clientes.<br />

Os empresários adoptaram ainda<br />

outras práticas <strong>de</strong> que tinham<br />

uma certa relutância no “tempo<br />

das vacas gordas”, por exemplo,<br />

ven<strong>de</strong>r refeições para fora, facilitar<br />

aos clientes levarem as sobras para<br />

casa, menus completos ou minipratos,<br />

etc.<br />

A crise económica está instalada<br />

e, obviamente, todos os sectores<br />

sofrem as consequências. Na restauração,<br />

além da subida do IVA<br />

em <strong>de</strong>z pontos (<strong>de</strong> 13 para 23%), o<br />

sector está a sofrer com o <strong>de</strong>semprego<br />

<strong>de</strong> muitos dos seus anteriores<br />

clientes, diminuição do po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra <strong>de</strong> outros, retracção no<br />

consumo e também com a alteração<br />

dos hábitos dos portugueses que<br />

eram, dos europeus, aqueles com<br />

maior indíce <strong>de</strong> frequência dos restaurantes<br />

e similares. Assim e face<br />

a estes factos, as falências no sector<br />

não param <strong>de</strong> subir e, ao contrário<br />

do que dizem os empresários e a<br />

associação do sector, não é apenas<br />

a subida do IVA a causa da sua<br />

crise. Como em muitos outros sectores<br />

do nosso universo económico,<br />

este é composto por unida<strong>de</strong>s<br />

que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o micro café até ao<br />

luxuoso e bem dimensionado restaurante,<br />

bem como uma diferente<br />

capacida<strong>de</strong> e competência empresarial<br />

dos seus agentes, pelo que<br />

esta crise po<strong>de</strong>rá “separar o trigo<br />

do jóio”, resistindo os mais capazes<br />

ou os que melhor souberem<br />

vencer “a tempesta<strong>de</strong> da mudança”<br />

na nossa economia e <strong>de</strong> que a<br />

restauração faz parte.<br />

Neste Verão, entrei num restaurante<br />

duma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> província e<br />

fiquei surpreendido com a apresentação<br />

da unida<strong>de</strong> empresarial<br />

(nova). Fiquei ainda surpreendido<br />

com a amabilida<strong>de</strong> e atenção<br />

da empresária, que veio até<br />

à mesa inteirar-se sobre a minha<br />

satisfação, pelo que no <strong>de</strong>correr<br />

da conversa que entabuámos a<br />

questionei se ela tinha tido consciência<br />

dos riscos que corria <strong>de</strong> ter<br />

investido em contra ciclo, isto é,<br />

numa época em que as falências se<br />

suce<strong>de</strong>m no sector. Respon<strong>de</strong>u-me<br />

CRÓNICAS DE LISBOA<br />

Os Cafés<br />

do meu Bairro<br />

que não tinha medo e , no seu entusiasmo<br />

pelo seu projecto, disse-me<br />

ainda que esperava que a crise no<br />

sector beneficiasse o seu restaurante,<br />

isto é, que a crise “mataria”<br />

aqueles que estão pior preparados<br />

ou percebem pouco do ramo.<br />

Acrescentei-lhe, então que ela<br />

acreditava naquele velho ditado<br />

popular <strong>de</strong> que : “quem não tem<br />

vocação ou perceber do negócio,<br />

que feche a loja”.<br />

Muitos dos nossos pequenos<br />

“empresários” são empurrados<br />

para o negócio por variadíssimos<br />

motivos e nem sempre pelos<br />

melhores, isto é, uma opção<br />

consciente e munidos dos vários<br />

instrumentos necessários (saberes<br />

técnicos, saberes comerciais,<br />

saberes e recursos financeiros,<br />

associativismo, etc) para que o<br />

negócio não seja uma aventura e<br />

cuja possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fracassar aumenta<br />

na razão directa da falta <strong>de</strong><br />

preparação do seu promotor. Mesmo<br />

num pequeno café <strong>de</strong> bairro,<br />

que acaba por <strong>de</strong>sempenhar uma<br />

função mais <strong>de</strong> carácter social do<br />

que económica, por exemplo dando<br />

“emprego” ao próprio dono<br />

que, <strong>de</strong> outro modo seria um encargo<br />

para o Estado, isso <strong>de</strong>ve<br />

ser tomado em conta, porque os<br />

clientes não chegam para todos e<br />

não estão dispostos a “comer gato<br />

por lebre”, ou serem atendidos<br />

por pessoas que não reúnem as<br />

condições para o negócio. Apesar<br />

<strong>de</strong>, neste caso, o investimento ser<br />

reduzido, mesmo assim alguns<br />

<strong>de</strong>sses “empresários” acabam por<br />

per<strong>de</strong>r os anéis e a ilusão <strong>de</strong> serem<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,e, com a falência,<br />

prejudicam também outros nesse<br />

fiasco, por exemplo, credores,<br />

Estado, etc. Falta humilda<strong>de</strong> para<br />

apren<strong>de</strong>r com os outros, mas esse<br />

é um <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> muita gente e que<br />

o individualismo não facilita. ■<br />

OLEIROS<br />

NOVA ESTRADA OLEIROS - SERTÃ<br />

já funciona<br />

Trata-se uma enorme<br />

mais valia para o<br />

Concelho, populações<br />

e visitantes. Com a<br />

abertura do troço inicial<br />

com início na Sertã<br />

e <strong>de</strong>pois o final <strong>de</strong> ligação<br />

a <strong>Oleiros</strong>, fica a<br />

faltar a zona do Maxial<br />

que <strong>de</strong>verá estar pronto a meio do próximo ano. É, mesmo assim uma<br />

excelente notícia. ■<br />

Filarmónica Oleirense celebrou<br />

118º Aniversário<br />

No ano em que foi dotada <strong>de</strong> nova e funcional se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vidamente<br />

preparada com museu, salas <strong>de</strong> aulas, auditório, bar e vários serviços,<br />

a importante FILARMÓNICA DE OLEIROS merece o justo <strong>de</strong>staque.<br />

Saudamos também o Amigo Men<strong>de</strong>s na imagem, o mais experiente<br />

membro em funções. ■<br />

Cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> jovens,<br />

estudantes do ensino secundário,<br />

chegaram a <strong>Oleiros</strong> no passado dia<br />

2 <strong>de</strong> novembro, ao abrigo <strong>de</strong> um<br />

protocolo <strong>de</strong> cooperação assinado<br />

entre os municípios <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

e <strong>de</strong> S. Nicolau <strong>de</strong> Tarrafal (Cabo<br />

Ver<strong>de</strong>).<br />

Com este acordo, os jovens frequentarão<br />

a Escola Padre António<br />

<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, em <strong>Oleiros</strong> e a autarquia<br />

assegurará o alojamento na<br />

ENSINO<br />

Protocolo entre <strong>Oleiros</strong> e Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Alunos <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong><br />

ingressam no ensino<br />

secundário em <strong>Oleiros</strong><br />

Residência <strong>de</strong> Estudantes e o fornecimento<br />

das suas refeições.<br />

Os jovens irão assim beneficiar<br />

<strong>de</strong> um ensino <strong>de</strong> excelência, tendo<br />

ao ser dispor uma série <strong>de</strong> infraestruturas<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que lhes proporcionarão<br />

uma estadia bastante<br />

proveitosa.<br />

Recor<strong>de</strong>-se que a Escola Padre<br />

António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>,<br />

é a escola do distrito <strong>de</strong> Castelo<br />

Branco que surge melhor classificada<br />

no ranking das escolas <strong>de</strong> 2012<br />

referente ao ensino secundário, o<br />

qual teve por base os resultados<br />

obtidos pelos alunos nos exames<br />

nacionais.<br />

Já no que se refere à maior aproximação<br />

entre a média <strong>de</strong> frequência<br />

do ano letivo e a média dos exames<br />

nacionais, a escola Oleirense<br />

aparece em 23.º lugar a nível nacional,<br />

matéria que se <strong>de</strong>staca com<br />

prazer. ■<br />

O “ARCO” celebra 36º aniversário<br />

O “ARCO” o nosso clube, celebrou<br />

o 36º Aniversário.<br />

Presidido por Ramiro Roque, o<br />

“ARCO” é responsável por inúmeras<br />

alegrias para a região no<br />

campo <strong>de</strong>sportivo, mas está também<br />

na origem <strong>de</strong> acontecimentos<br />

como o FESTIL a gran<strong>de</strong> festa<br />

das crianças da região. Sucessos<br />

continuados para o “ARCO”, Direcção,<br />

atletas e amigos. ■<br />

Caipironho <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> faz sucesso<br />

A bebida mais inovadora <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, o<br />

Caipironho, foi a coqueluche da Mostra do<br />

Medronho e daa Castanha que teve lugar<br />

naquela vila beirã nos últimos dias. Esta é<br />

mais uma aposta <strong>de</strong> um concelho que começa<br />

a ser reconhecido como <strong>de</strong>stino diferenciador<br />

e <strong>de</strong> excelência. ■


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

O FAROL<br />

Verda<strong>de</strong>s Ocultas<br />

Nota: O autor <strong>de</strong> “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico<br />

António Graça<br />

Portugal atravessa uma situação<br />

crítica para a qual foi arrastado por<br />

quase quatro décadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>smandos<br />

e incompetências <strong>de</strong> políticos<br />

<strong>de</strong>squalificados, que, ao longo dos<br />

anos foram cometendo uma série<br />

<strong>de</strong> barbarida<strong>de</strong>s, fosse com intuitos<br />

eleitoralistas, ou para favorecimento<br />

dos próprios, das famílias,<br />

<strong>de</strong> amigos dos partidos, <strong>de</strong> grupos<br />

económicos e financeiros, etc..<br />

Patrocinaram-se gran<strong>de</strong>s obras<br />

e eventos (C.C.B., Expo 98, Euro<br />

2004, etc.), que, a quando dos seus<br />

lançamentos, se assegurava pagarem-se<br />

a elas próprias, mas que,<br />

no final, resultaram sempre nas<br />

inevitáveis “<strong>de</strong>rrapagens”. Todas<br />

estas obras e eventos movimentaram<br />

largos milhões, a maior parte<br />

dos quais ainda por justificar,<br />

uma vez que as contas respectivas<br />

nunca foram divulgadas publicamente.<br />

É um facto que a crise das dívidas<br />

soberanas não é um exclusivo<br />

do nosso país, mas, as soluções<br />

adoptadas para combater a nossa<br />

crise estão comprovadamente<br />

erradas e são, em muitos casos,<br />

opostas às que, noutros países europeus<br />

com problemas idênticos,<br />

têm sido adoptadas. Estas soluções<br />

fazem parte <strong>de</strong> um figurino<br />

engendrado pelo FMI, a soldo dos<br />

gran<strong>de</strong>s tubarões da finança, Goldman<br />

Sachs, por exemplo, cujo objectivo<br />

é arruinar as economias <strong>de</strong><br />

países em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

subjugando-os economicamente<br />

e extorquindo-lhe toda a réstia<br />

<strong>de</strong> riqueza por eles produzida. As<br />

políticas seguidas pelos governos<br />

<strong>de</strong> Portugal, vieram, intencionalmente,<br />

ou talvez não, colocar o<br />

país à mercê <strong>de</strong>sses tubarões.<br />

A crise é agravada por uma Europa<br />

à mercê dos <strong>de</strong>sígnios eleitoralistas<br />

regionais da senhora Ângela,<br />

que quer colher votos no seu<br />

país à custa <strong>de</strong> estimular o conhecido<br />

e <strong>de</strong>monstrado chauvinismo<br />

<strong>de</strong> alguns sectores conservadores<br />

alemães relativamente aos povos<br />

do Sul da Europa. Nesta situação,<br />

a União Europeia não consegue,<br />

como lhe compete, <strong>de</strong> acordo com<br />

o princípio <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> que<br />

orientou a sua formação e lhe valeu<br />

o Nobel da Paz <strong>de</strong>ste ano, estruturar<br />

uma solução para os países<br />

<strong>de</strong> economia mais frágil, antes<br />

pelo contrário, <strong>de</strong> braço dado com<br />

o FMI arrasta-os para uma tragédia<br />

<strong>de</strong> contornos ainda difíceis<br />

<strong>de</strong> avaliar. Os fracos responsáveis<br />

pela política europeia não têm<br />

capacida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>linear e muito<br />

menos impor a tomada das medidas<br />

necessárias à preservação da<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e da coesão da União.<br />

Tudo tem <strong>de</strong> ser feito segundo<br />

as vonta<strong>de</strong>s da alemã <strong>de</strong> leste.<br />

Mas, citando o conhecido magnata<br />

George Soros “ Ou a Alemanha<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lado as políticas radicais<br />

<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>ve ser ela<br />

própria a <strong>de</strong>ixar o Euro”.<br />

É estranho que os alemães não<br />

percebam que a austerida<strong>de</strong> imposta<br />

aos restantes países da<br />

União se reflectirá, a curto prazo<br />

na inviabilida<strong>de</strong> do Euro e muito<br />

negativamente na própria economia<br />

alemã, para a qual já se prevê<br />

em 2013 um crescimento práticamente<br />

nulo.<br />

Mas, voltando à crise. Já toda<br />

a gente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> prémios Nobel<br />

da economia até ao próprio FMI,<br />

parece ter constatado que a austerida<strong>de</strong><br />

não resolve a crise, toda a<br />

gente menos o primeiro-ministro<br />

<strong>de</strong> Portugal, os seus contabilistas<br />

Gaspar e Borges, sem ofensa para<br />

os verda<strong>de</strong>iros profissionais <strong>de</strong>sta<br />

classe. Mas, admitamos que, aten<strong>de</strong>ndo<br />

aos graves erros governativos<br />

cometidos anteriormente,<br />

teremos <strong>de</strong> adoptar alguma austerida<strong>de</strong>.<br />

Que austerida<strong>de</strong>? Decerto<br />

não será esta com a qual se preten<strong>de</strong><br />

asfixiar a economia do país e<br />

empobrecer os portugueses.<br />

Ele há para aí alguns a<strong>de</strong>ptos<br />

do empobrecimento nacional, todos<br />

eles bem instalados na vida,<br />

nem sempre por processos transparentes<br />

e que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o empobrecimento<br />

dos outros. Também<br />

há os que insistem em dizer que<br />

os portugueses vivem acima das<br />

suas possibilida<strong>de</strong>s. Quais portugueses?<br />

Os governos e os políticos,<br />

está bom <strong>de</strong> ver.<br />

A austerida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá consistir,<br />

basicamente, no corte radical das<br />

tais gorduras do Estado, <strong>de</strong> que<br />

Passos Coelho tanto falou na campanha<br />

eleitoral e que agora parece<br />

ter esquecido. É verda<strong>de</strong> que esses<br />

cortes vão colidir, <strong>de</strong> um modo geral,<br />

com interesses ilegitimamente<br />

instalados, e que tudo farão, recorrendo<br />

até à baixa chantagem, para<br />

manter as suas mordomias.<br />

Praticamente muito pouco foi<br />

feito para eliminar tais gorduras,<br />

senão vejamos.<br />

- Quantas empresas municipais<br />

<strong>de</strong>ficitárias já foram extintas?<br />

- Quantos institutos, fundações,<br />

observatórios, missões, etc. foram<br />

igualmente extintos?<br />

- Quantas PPP’s foram já negociadas<br />

com abaixamento das agiotas<br />

taxas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> garantidas?<br />

- O que foi já feito para reduzir<br />

efectivamente as <strong>de</strong>spesas supérfluas<br />

do aparelho <strong>de</strong> Estado?<br />

Não estaremos longe da realida<strong>de</strong><br />

se respon<strong>de</strong>rmos “ QUASE<br />

NADA” a estas questões.<br />

No caso das PPP’s, o governo<br />

veio atirar areia para os olhos dos<br />

portugueses afirmando que já havia<br />

conseguido uma poupança <strong>de</strong><br />

algumas centenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong><br />

euros, esqueceu-se contudo <strong>de</strong> esclarecer<br />

que essa “poupança” foi<br />

obtida à custa <strong>de</strong> transferir os custos<br />

<strong>de</strong> manutenção e conservação<br />

das estradas para a Estradas <strong>de</strong><br />

Portugal, ou seja, poupou nas verbas<br />

a pagar às concessionárias, mas<br />

passou a gastar essa poupança, ou<br />

mais, nos custos <strong>de</strong> manutenção<br />

das vias. “E esta hem!”, como diria<br />

o saudoso Fernando Pessa.<br />

A Refundação<br />

Passos Coelho<br />

Veio o primeiro-ministro, no seu<br />

novo estilo <strong>de</strong> dissimular o que<br />

preten<strong>de</strong> dizer, afirmar da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> refundar o acordo com<br />

a troika.<br />

O que ele, realmente pretendia<br />

dizer é que precisa da cobertura<br />

da troika para alterar a seu belo<br />

prazer e dos seus ferozes conselheiros<br />

o papel e as funções sociais<br />

do Estado.<br />

Ora bem, Passos Coelho não<br />

teve a coragem <strong>de</strong> ir directo aso<br />

assunto e socorreu-se da palavra<br />

refundação. Se já tínhamos fundações<br />

a mais, passámos a ter a<br />

Refundação Passos Coelho, que,<br />

ao que tudo indica, po<strong>de</strong>ria custar<br />

muito mais aos cidadãos.<br />

E a discussão passou a centrarse<br />

à volta do chamado Estado-Social,<br />

algo que ninguém conseguiu<br />

ainda <strong>de</strong>finir com exactidão.<br />

Como é costume, preten<strong>de</strong>-se<br />

começar a discussão pelo telhado.<br />

Qualquer governo minimamente<br />

competente, abordaria esta<br />

questão com uma discussão a nível<br />

nacional sobre o que <strong>de</strong>verá<br />

ser a intervenção do Estado na<br />

socieda<strong>de</strong>, para além do papel <strong>de</strong><br />

confiscador-mor tão querido ao 1º<br />

ministro.<br />

Um governo por si só, ainda que<br />

maioritário, não tem legitimida<strong>de</strong><br />

para <strong>de</strong>cidir unilateralmente sobre<br />

estes assuntos.<br />

É necessário <strong>de</strong>finir e quantificar<br />

claramente os limites do Estado<br />

Social, <strong>de</strong> acordo com aquilo<br />

que po<strong>de</strong> ser a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção<br />

neste domínio.<br />

Não menos importante será fazer<br />

um levantamento exaustivo<br />

daquilo a que <strong>de</strong>vemos chamar<br />

o Estado Antissocial e proce<strong>de</strong>r à<br />

sua eliminação.<br />

Este Estado Antissocial, é constituído<br />

pelos já anteriormente<br />

referidos institutos, fundações,<br />

observatórios, missões <strong>de</strong> acompanhamento,<br />

etc. , centenas, se<br />

não milhares, <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, que<br />

não se sabe para que servem nem<br />

quanto custam, que vivem à custa<br />

do dinheiro dos nossos impostos<br />

sem produzirem algo <strong>de</strong> útil para<br />

o país, apenas servindo para acoitar<br />

clientelas partidárias, bandos<br />

<strong>de</strong> inúteis e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sclassificados.<br />

Sem exterminar radicalmente<br />

este Estado Antissocial, o Estado<br />

Social sairá fortemente penalizado<br />

na sua missão.<br />

A Sustentabilida<strong>de</strong><br />

da Segurança<br />

Social<br />

A questão da sustentabilida<strong>de</strong><br />

da Segurança Social, nomeadamente<br />

a da insuficiência <strong>de</strong> fundos<br />

para honrar os compromissos<br />

assumidos, tem sido objecto <strong>de</strong><br />

inúmeras consi<strong>de</strong>rações e especulações.<br />

É um facto que, aten<strong>de</strong>ndo ao<br />

aumento da esperança <strong>de</strong> vida,<br />

o número <strong>de</strong> pensionistas tem<br />

tendência a aumentar sem que o<br />

número <strong>de</strong> contribuintes acompanhe<br />

esse aumento, mas também é<br />

um facto, que tem sido ocultado,<br />

que, nos anos 80, governos houve,<br />

como os do Bloco Central <strong>de</strong><br />

Gonçalves Real & Associado, Lda.<br />

Engenheiros<br />

Mário Soares, que foram buscar<br />

aos fundos da Segurança Social<br />

avultadas verbas para tapar buracos<br />

orçamentais, verbas que<br />

nunca foram repostas e que hoje<br />

fazem falta ao sistema. Para além<br />

disso, houve quem aplicasse fundos<br />

<strong>de</strong>stes em operações <strong>de</strong> bolsa<br />

que se revelaram ruinosas, pelo<br />

menos para a própria Segurança<br />

Social. Não esquecer ainda que<br />

se conce<strong>de</strong>ram reformas e outros<br />

benefícios sociais a muita gente<br />

que nunca <strong>de</strong>scontou um cêntimo<br />

para esse efeito<br />

Um estudo efectuado sobre as<br />

verbas da S. Social usadas para<br />

tapar buracos orçamentais, revelou<br />

que, a valores actuais, estas<br />

ascen<strong>de</strong>riam a várias centenas <strong>de</strong><br />

milhões <strong>de</strong> euros, dinheiro que os<br />

portugueses foram obrigados a<br />

entregar ao estado, na perspectiva<br />

<strong>de</strong> ter uma reforma equivalente, e<br />

que gente com poucos escrúpulos<br />

utilizou <strong>de</strong> forma leviana e contrária<br />

aos objectivos <strong>de</strong> constituição<br />

dos fundos, um autêntico conto<br />

do vigário.<br />

A insustentabilida<strong>de</strong><br />

da austerida<strong>de</strong><br />

O FMI e a Comissão Europeia<br />

têm vindo, nos últimos tempos a<br />

manifestar preocupação com os<br />

efeitos negativos das medidas excessivas<br />

<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> contidas<br />

nos planos <strong>de</strong> ajustamento financeiro.<br />

Qualquer governo, digno <strong>de</strong>sse<br />

nome e interessado na <strong>de</strong>fesa dos<br />

seus cidadãos, teria já aproveitado<br />

esta situação para iniciar uma negociação<br />

séria, para, <strong>de</strong> forma sustentável<br />

e o menos gravosa possível,<br />

atingir os objectivos possíveis<br />

<strong>de</strong> equilíbrio das finanças do país.<br />

O 1º ministro e o contabilista<br />

Gaspar insistem na manutenção<br />

do actual rumo.<br />

Face a esta atitu<strong>de</strong>, somos levados<br />

a concluir que,1º ministro que<br />

continua a ser muito corajoso a<br />

atingir os mais fracos e <strong>de</strong> menor<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contestação, quando<br />

afirmou em tempos” que se lixem<br />

as eleições”, era apenas mais<br />

uma das suas metáforas, o que ele<br />

queria mesmo dizer, e o que a sua<br />

conduta confirma era “Que se lixem<br />

os portugueses”.<br />

Até breve ■<br />

Dispomos <strong>de</strong> uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> legalização ou <strong>de</strong> uma construção nova, po<strong>de</strong>rá contar com todo o acompanhamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>:<br />

• Projecto <strong>de</strong> Arquitectura<br />

• Direcção Técnica <strong>de</strong> Obra<br />

• Projecto <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong>s<br />

• Direcção <strong>de</strong> Fiscalização<br />

• Legalizações<br />

• Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Segurança<br />

• Topografia<br />

• Ficha Técnica <strong>de</strong> Habitação<br />

• Planos <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong><br />

• Processo IMI<br />

• Peritagens<br />

Estamos ao seu dispor através dos contactos: 929172442 – Nuno Real (Engº) 938804793 – Maria Clara Real (Engª) goncalves.real@sapo.pt - Rua Monteiro <strong>de</strong> Lima, 7 – 2200 Abrantes


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 7


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

A Casa da Comarca da Sertã<br />

(CCS) organizou um almoço<br />

para <strong>de</strong>bater a relevância dos órgãos<br />

<strong>de</strong> comunicação social local<br />

e regional, no passado dia 27 <strong>de</strong><br />

Outubro, em Lisboa.<br />

Designada “A comunicação<br />

social regional e a sua relevância<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento local”,<br />

a iniciativa contou com as intervenções<br />

do Prof. António Manuel<br />

Silva, autor do blog “Terras<br />

do Polóme”, em representação<br />

do <strong>Jornal</strong> Voz da Minha Terra,<br />

<strong>de</strong> Mação, do Dr. Carlos Ramalho,<br />

administrador da LocalVisão<br />

TV, <strong>de</strong> Castelo Branco, e do<br />

Dr. Paulino Fernan<strong>de</strong>s, Director<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, periódico<br />

que recentemente completou o<br />

3º ano <strong>de</strong> publicação.<br />

Tanto os oradores convidados<br />

como os <strong>de</strong>mais participantes<br />

que usaram da palavra, foram<br />

unânimes em reconhecer o importante<br />

papel que os órgãos <strong>de</strong><br />

comunicação social local e regional<br />

<strong>de</strong>sempenharam e ainda <strong>de</strong>sempenham,<br />

a par dos <strong>de</strong>safios<br />

que enfrentam, nomeadamente<br />

ao nível do financiamento e da<br />

necessária adaptação às exigências<br />

das socieda<strong>de</strong>s actuais.<br />

Marcaram presença, nomeadamente,<br />

os actuais Conselheiros<br />

Regionais por <strong>Oleiros</strong> e Proençaa-Nova,<br />

Sr. Manuel da Cunha e<br />

Eng. Irene Fernan<strong>de</strong>s Cardoso,<br />

antigos presi<strong>de</strong>ntes da CCS, e os<br />

presi<strong>de</strong>ntes da Liga Regional Os<br />

Unidos da Freguesia <strong>de</strong> Álvaro,<br />

da Liga dos Amigos da Freguesia<br />

da Amieira e da Liga <strong>de</strong> Amigos<br />

da Freguesia <strong>de</strong> Isna.” ■<br />

Imprensa no mundo<br />

Comunicaçã​o Social Regional em <strong>de</strong>staque<br />

na Casa da Comarca da Sertã<br />

Debate “Media do futuro”<br />

A crise económica po<strong>de</strong> acelerar<br />

as alterações nos media, que<br />

são expectáveis para os próximos<br />

anos. As gran<strong>de</strong>s tendências <strong>de</strong>ste<br />

sector para os próximos anos,<br />

afirmou José Alberto Carvalho,<br />

diretor <strong>de</strong> informação da TVI,<br />

já foram estudadas. “Mas temos<br />

um mercado pequeno, com uma<br />

crise <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e uma crise<br />

<strong>de</strong> consumo, pelo que penso que<br />

vamos ser forçados a reinventar<br />

as nossas ativida<strong>de</strong>s com muito<br />

menos tranquilida<strong>de</strong> e a uma velocida<strong>de</strong><br />

muito mais acelerada do<br />

que noutros países”, com exceção<br />

daqueles que se encontram em<br />

condições idênticas a Portugal. E<br />

essas alterações, no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

à forte retração da economia<br />

portuguesa, po<strong>de</strong>rão colocar<br />

“seríssimos riscos” à “prática do<br />

jornalismo”.<br />

Na terceira edição da conferência<br />

“Media do Futuro”, promovida<br />

pelo Expresso e pela SIC<br />

Notícias, o tema da qualida<strong>de</strong> do<br />

jornalismo e das condições para<br />

o seu exercício foi, por diversas<br />

vezes, abordado nos painéis <strong>de</strong><br />

intervenientes que discutiram o<br />

futuro dos media. José Pacheco<br />

Pereira afirmou que “na realida<strong>de</strong>,<br />

há um fracasso dos media que<br />

não é o futuro, mas o presente.<br />

Uma parte importante da crise<br />

da comunicação social tem a ver<br />

com a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer um<br />

jornalismo para o presente”. Tal<br />

problema <strong>de</strong>ve-se, segundo o historiador,<br />

ao facto <strong>de</strong> “a realida<strong>de</strong><br />

socioeconómica do país” não<br />

correspon<strong>de</strong>r “ao mundo vivido<br />

pelos jornalistas” e, por isso, “não<br />

aparecer nos jornais. O jornalismo<br />

que se faz só reflete um pequeno<br />

sector”, asseverou.<br />

Pedro Norton, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />

do grupo Impresa, que<br />

<strong>de</strong>batia com José Pacheco Pereira<br />

o tema “Mudar para o digital sem<br />

per<strong>de</strong>r os valores tradicionais dos<br />

media”, sublinhou as limitações<br />

que a atual conjuntura impõe às<br />

empresas <strong>de</strong> comunicação social:<br />

“O que nos está a ser pedido é gerir<br />

um conjunto <strong>de</strong> tensões que são<br />

brutais”: numa altura em que estas<br />

organizações se <strong>de</strong>batem para<br />

<strong>de</strong>salanvacar dívida, as receitas<br />

publicitárias <strong>de</strong>gradam-se “profundamente”<br />

(em quatro anos,<br />

o mercado publicitário contraiu<br />

50%); e quando é preciso que estas<br />

mesmas empresas <strong>de</strong>em espaço<br />

à criativida<strong>de</strong> e experimentação<br />

<strong>de</strong>ntro das redações, a instabilida<strong>de</strong><br />

social e laboral aumentam, ao<br />

mesmo tempo que “existe a pressão<br />

imediatista sobre os resultados<br />

trimestrais ou mensais”.<br />

No mesmo <strong>de</strong>bate, José Pacheco<br />

Pereira <strong>de</strong>nunciou “um conjunto<br />

<strong>de</strong> movimentações preocupantes”<br />

no sector dos media. “Vejo com<br />

muita preocupação os interesses<br />

<strong>de</strong> grupos económicos que trazem<br />

uma agenda política que implica<br />

a proteção <strong>de</strong> interesses <strong>de</strong> nações<br />

que têm ditaduras”, afirmou, numa<br />

altura em que se discutia a opacida<strong>de</strong><br />

dos grupos económicos que,<br />

mais recentemente, apostaram no<br />

sector dos media em Portugal. ■<br />

Imprensa um<br />

bem essencial<br />

No momento em que a generalida<strong>de</strong> da imprensa escrita sofre<br />

com o panorama económico e outros valôres a procuram amordaçar,<br />

recordamos hoje “ O República” que tanto lutou para viver, mas<br />

não sobreviveu a interesses contrários à Democracia. Todos os meses<br />

recordaremos um título <strong>de</strong>saparecido. ■


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 9<br />

Ana Silva<br />

“Freguesia <strong>de</strong><br />

Álvaro - <strong>Oleiros</strong>”<br />

Álvaro tem vida…<br />

SERTÃ<br />

Imprensa<br />

das Comunida<strong>de</strong>s<br />

cria Associação<br />

A antiga vila <strong>de</strong> Álvaro, que<br />

foi se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho por mais <strong>de</strong><br />

três séculos é uma das localida<strong>de</strong>s<br />

mais antigas da zona do pinhal,<br />

que bor<strong>de</strong>ja o rio Zêzere.<br />

A população <strong>de</strong> Álvaro está<br />

maioritariamente envelhecida,<br />

com gran<strong>de</strong>s carências socioeconómicas<br />

é uma população vestida<br />

<strong>de</strong> isolamento, também <strong>de</strong>vido<br />

á sua localização geográfica.<br />

Os antigos habitantes <strong>de</strong>sta<br />

freguesia viram-se obrigados a<br />

<strong>de</strong>ixar a sua al<strong>de</strong>ia em busca <strong>de</strong><br />

melhores condições <strong>de</strong> vida e<br />

os idosos cá foram ficando, com<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência cada<br />

vez maiores. O isolamento da<br />

população resi<strong>de</strong>nte na freguesia<br />

é um problema, pois muitos dos<br />

idosos vivem distanciados da<br />

al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Álvaro, ficando dispersos<br />

ao longo da freguesia, sendo<br />

que os acessos ás suas casas também<br />

não são os melhores.<br />

A Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> Álvaro tem diagnosticado<br />

várias situações <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong>ntro das suas capacida<strong>de</strong>s<br />

tem respondido ás mesmas, funcionando<br />

apenas com a valência<br />

<strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário<br />

tem <strong>de</strong>monstrado resultados<br />

práticos muito positivos, aliciantes<br />

e que nos dão coragem e motivação<br />

para continuar a intervir<br />

nesta área.<br />

É <strong>de</strong> salientar que dos 41 utentes<br />

que actualmente usufruem<br />

dos serviços da Instituição 40%<br />

tem mais <strong>de</strong> 80 anos e 29% possuem<br />

<strong>de</strong>ficiências físicas ou<br />

mentais que os tornam bastante<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Apologistas <strong>de</strong> que a chamada<br />

3º ida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve ser encarada<br />

como um fim mas sim como o<br />

começo <strong>de</strong> uma nova etapa, em<br />

que os idosos não se <strong>de</strong>vem acomodar<br />

ás suas limitações próprias<br />

da ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> complicações<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mas sim tentarem contornar<br />

as suas dificulda<strong>de</strong>s e tentarem<br />

viver um dia <strong>de</strong> cada vez<br />

com luta, coragem e objectivos,<br />

pois o idoso “conserva as suas faculda<strong>de</strong>s<br />

se mantiver vivos os seus<br />

interesses” (Cícero) e também<br />

com o intuito <strong>de</strong> proporcionar<br />

momentos <strong>de</strong> lazer e entretenimento<br />

aos idosos, foi criado o<br />

Grupo <strong>de</strong> Cantares dos Utentes<br />

da Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> Álvaro “Meninos da Al<strong>de</strong>ia”,<br />

no qual os idosos cantam musicas<br />

tradicionais e lêem quadras,<br />

passando momentos agradáveis<br />

e sentindo-se úteis e activos. A 1º<br />

actuação do grupo aconteceu no<br />

dia 10 <strong>de</strong> Novembro, no magusto<br />

da Instituição.<br />

Activida<strong>de</strong>s dos utentes<br />

“O sapateiro”<br />

António Conceição Martins tem 79 anos e resi<strong>de</strong> na Gaspalha. Começou<br />

na arte <strong>de</strong> fazer sapatos aos 16 anos e ainda hoje exerce esse ofício.<br />

Trabalha pele, couro, sola e cabedal fazendo sapatos á mão, trabalho<br />

que se vê cada vez menos na socieda<strong>de</strong> industrializada. Este utente faz<br />

sapatos para uso pessoal e também para venda. Trabalha numa divisão<br />

da sua casa que funciona como oficina.<br />

“A costureira”<br />

Maria Benedita Nunes tem 79 anos e resi<strong>de</strong> em Vale- Álvaro. Apren<strong>de</strong>u<br />

costura aos 7 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, pois foi-lhe oferecido tecido para<br />

confeccionar uma blusa e ir á costureira ficava muito caro, então <strong>de</strong>smanchou<br />

uma blusa velha e fez a nova a partir da antiga. Des<strong>de</strong> então<br />

nunca mais parou e faz <strong>de</strong>s<strong>de</strong> simples arranjos <strong>de</strong> costura até bordados,<br />

bainhas abertas e rendas, sem esquecer os lindos trabalhos manuais<br />

que faz para a Instituição. Tem uma sala específica para a costura.<br />

“O senhor dos cortiços”<br />

João Antunes Men<strong>de</strong>s tem 89 anos e resi<strong>de</strong> na Gaspalha. Começou a<br />

trabalhar a cortiça aos doze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, tendo aprendido esta arte<br />

sozinho. Faz bancos <strong>de</strong> cortiça, colmeias e outros objectos. Tem uma<br />

divisão da sua casa que funciona como oficina e armazém.<br />

Estes três utentes não se <strong>de</strong>ixam vencer pela ida<strong>de</strong> e vão-se mantendo<br />

activos, sentindo-se realizados e entretidos. São um exemplo <strong>de</strong><br />

como na 3º ida<strong>de</strong> ainda se trabalha, ainda se luta e principalmente…<br />

ainda se sonha!<br />

“O intervalo <strong>de</strong> tempo entre a juventu<strong>de</strong> e a velhice é mais breve do que se<br />

imagina. Quem não tem o prazer <strong>de</strong> penetrar no mundo dos idosos não é digno<br />

da sua juventu<strong>de</strong>.” Augusto Cury ■<br />

Cerca <strong>de</strong> 30 representantes<br />

dos media da emigração reuniram<br />

<strong>de</strong> sexta-feira a domingo<br />

passado, em Oeiras, para discutir<br />

formas <strong>de</strong> organização e <strong>de</strong><br />

relacionamento com Portugal,<br />

numa altura em que no país se<br />

<strong>de</strong>bate a crise no jornalismo.<br />

O Fórum dos Media das Comunida<strong>de</strong>s<br />

Portuguesas, promovido<br />

em parceria pelo Governo<br />

e pelo Observatório dos<br />

Luso<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, pretendia<br />

“encontrar pistas” para a organização<br />

<strong>de</strong>stes jornais, rádios e<br />

televisões que operam nos mais<br />

variados países. De França participou<br />

Artur Silva da Rádio<br />

Alfa, Pascal Albertini e Jaqueline<br />

Corado da Silva, assim<br />

como Carlos Pereira, Diretor do<br />

Luso<strong>Jornal</strong>.<br />

“Uma das coisas, porventura<br />

a mais séria, é discutir até que<br />

ponto estes órgãos <strong>de</strong> informação<br />

<strong>de</strong>vem ter um tipo <strong>de</strong><br />

organização, funcionando em<br />

re<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira a po<strong>de</strong>rem<br />

promover encontros, ações <strong>de</strong><br />

formação e outras ações <strong>de</strong> contacto<br />

e interação com a comunicação<br />

social portuguesa”, disse<br />

à agência Lusa o Secretário <strong>de</strong><br />

Estado das Comunida<strong>de</strong>s, José<br />

Cesário, que participou no primeiro<br />

dia do evento.<br />

Os participantes manifestaram-se<br />

preocupados com o<br />

futuro da comunicação social<br />

pública em Portugal, apelando<br />

ao Governo para que tenha<br />

em conta as necessida<strong>de</strong>s das<br />

Comunida<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>finição do<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> serviço público,<br />

nomeadamente agência Lusa,<br />

RDP e RTP.<br />

“Para estes media, a agência<br />

Lusa é um instrumento crucial<br />

para o <strong>de</strong>senvovimento do seu<br />

trabalho. Por essa razão, os<br />

media das Comunida<strong>de</strong>s portuguesas<br />

acompanham as preocupações<br />

dos jornalistas da<br />

Lusa, quanto às consequências<br />

das <strong>de</strong>cisões do Governo em<br />

matéria <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> financiamento”,<br />

refere o texto final. Os<br />

órgãos <strong>de</strong> comunicação social<br />

das Comunida<strong>de</strong>s portuguesas<br />

têm acesso gratuito ao serviço<br />

Comunida<strong>de</strong>s da agência Lusa,<br />

mas reclamam “acesso integral<br />

ao serviço da agência”.<br />

Os participantes no Fórum<br />

apelaram ainda a que o Governo<br />

“tenha em conta as suas<br />

necessida<strong>de</strong>s dos órgãos <strong>de</strong><br />

comunicação e das Comunida<strong>de</strong>s<br />

que servem, no mo<strong>de</strong>lo que<br />

vier a ser escolhido para o futuro<br />

do serviço público <strong>de</strong> televisão<br />

e rádio”. “Os canais da RDP<br />

são um parceiro indispensável<br />

das rádios das Comunida<strong>de</strong>s<br />

portuguesas, enquanto a RTP<br />

Ricardo Silva, Luxemburgo<br />

Internacional <strong>de</strong>ve continuar a<br />

ser um veículo <strong>de</strong> difusão da<br />

língua e culturas portuguesas,<br />

<strong>de</strong>vendo os seus conteúdos ser<br />

melhorados, numa perspetiva<br />

<strong>de</strong> aproximação com as Comunida<strong>de</strong>s<br />

que serve”, sublinham.<br />

Durante o encontro <strong>de</strong> três<br />

dias, foi ainda <strong>de</strong>cidida a criação<br />

da Plataforma - Associação<br />

dos Órgãos <strong>de</strong> Comunicação<br />

das Comunida<strong>de</strong>s, que será registada<br />

em Portugal e permitirá<br />

aos jornais, rádios e televisões<br />

partilhar conteúdos online.<br />

Artur Silva, da Rádio Alfa <strong>de</strong><br />

Paris é um dos 11 elementos<br />

da Comissão instaladora da<br />

associação, e disse à Lusa que<br />

os estatutos e o plano técnico<br />

da organização <strong>de</strong>verão estar<br />

prontos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois meses.<br />

O jornalista explicou que a associação<br />

estará “aberta a quem<br />

quiser a<strong>de</strong>rir”, <strong>de</strong>vendo respeitar<br />

“sempre a ética e <strong>de</strong>ontologia<br />

dos jornalistas”.<br />

Os jornalistas e representantes<br />

dos media da emigração<br />

propuseram a criação <strong>de</strong> uma<br />

Plataforma <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> conteúdos<br />

online com o objetivo<br />

<strong>de</strong> otimizar meios e reduzir<br />

custos.<br />

Carlos Pereira, Diretor do<br />

Luso<strong>Jornal</strong>, sublinhou à Lusa a<br />

importância da criação <strong>de</strong> uma<br />

estrutura para a partilha <strong>de</strong> informação.<br />

“É importante que<br />

haja uma plataforma para a<br />

partilha <strong>de</strong> meios e informação.<br />

Os nossos jornais são assumidamente<br />

jornais locais, o Luso-<br />

<strong>Jornal</strong> é <strong>de</strong> França mas há informação<br />

que outros jornais têm<br />

que nos po<strong>de</strong> interessar”, disse<br />

Carlos Pereira. Para o Diretor do<br />

Luso<strong>Jornal</strong> “entre textos, ví<strong>de</strong>os<br />

e ficheiros <strong>de</strong> áudio, há muito<br />

para partilhar”. ■<br />

* Com a <strong>de</strong>vida vénia ao Luso<strong>Jornal</strong>


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

vILA DE rEI<br />

Vila <strong>de</strong> Rei recebe Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Município +<br />

Familiarmente Responsável pelo 4º ano consecutivo<br />

Nota <strong>de</strong> Imprensa<br />

A Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei, Irene Barata,<br />

recebeu, na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Outubro,<br />

no Auditório da se<strong>de</strong> da Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Municípios,<br />

em Coimbra, a Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> “Autarquia<br />

+ Familiarmente Responsável”,<br />

distinção que Vila <strong>de</strong> Rei<br />

recebe pelo 4º ano consecutivo.<br />

A distinção, atribuída pelo<br />

Observatório das Autarquias Familiarmente<br />

Responsáveis, preten<strong>de</strong><br />

premiar as Autarquias que<br />

<strong>de</strong>senvolvem uma eficaz política<br />

<strong>de</strong> apoio e ajuda às famílias mais<br />

numerosas. A sua selecção tem<br />

em conta os mais diversos critérios,<br />

entre os quais o apoio à maternida<strong>de</strong><br />

e paternida<strong>de</strong>, apoio às<br />

famílias com necessida<strong>de</strong>s especiais,<br />

serviços básicos, educação e<br />

formação, habitação e urbanismo,<br />

transportes, cultura, <strong>de</strong>sporto,<br />

lazer e tempo livre, cooperação,<br />

relações institucionais e participação<br />

social.<br />

Para Irene Barata, “esta distinção,<br />

alcançada pelo quarto ano consecutivo,<br />

vem confirmar o trabalho<br />

do Município Vilarregense no<br />

âmbito do apoio à família, on<strong>de</strong><br />

foi pioneiro em diversas medidas<br />

orientadas para esta área. Estamos<br />

muito gratos pela distinção<br />

recebida, que consi<strong>de</strong>ramos ser<br />

um estímulo para continuarmos<br />

a criar caminhos estratégicos e<br />

inovadores em prol da melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das famílias<br />

Vilarregenses.” ■<br />

Exposição “Pintura<br />

Líquida” no Museu<br />

Municipal<br />

Comemoração da Semana<br />

Europeia da Prevenção <strong>de</strong><br />

Resíduos na EBI <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei<br />

O Museu Municipal <strong>de</strong> Vila<br />

<strong>de</strong> Rei vai receber, entre os dias<br />

25 <strong>de</strong> Novembro e 30 <strong>de</strong> Dezembro,<br />

a exposição “Pintura<br />

Líquida”, <strong>de</strong> João Andra<strong>de</strong> Rebelo.<br />

Em exposição estarão cerca<br />

<strong>de</strong> 14 quadros, on<strong>de</strong> as temáticas<br />

principais serão, segundo<br />

o autor, “a vinha, as gentes e o<br />

trabalho com as vi<strong>de</strong>s.”<br />

O Museu Municipal <strong>de</strong> Vila<br />

<strong>de</strong> Rei encontra-se aberto ao<br />

público <strong>de</strong> quarta-feira a domingo,<br />

das 09h30 às 12h30 e<br />

das 14h00 às 17h00. ■<br />

MICO da Câmara<br />

Pereira em Vila <strong>de</strong> Rei<br />

dia 29 <strong>de</strong> Dezembro<br />

O Auditório Municipal Monsenhor<br />

Dr. José Maria Félix, em Vila<br />

<strong>de</strong> Rei, vai receber, pelas 21h30 do<br />

dia 29 <strong>de</strong> Dezembro, um concerto<br />

do artista Mico da Câmara Pereira,<br />

intitulado “25 anos a Comunicar”.<br />

A iniciativa, organizada pela Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei e<br />

pela Upstage Produções, oferece assim<br />

aos Vilarregenses, e a todos os<br />

interessados, a oportunida<strong>de</strong> única<br />

<strong>de</strong> assistir a um concerto acústico <strong>de</strong><br />

uma das mais reconhecidas vozes<br />

nacionais.<br />

Os bilhetes para o Concerto têm<br />

um custo que varia entre os 5€ e os<br />

7,5€, po<strong>de</strong>ndo ser adquiridos na recepção-geral da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei. ■<br />

Entre 17 e 25 <strong>de</strong> Novembro comemora-se<br />

a Semana Europeia da<br />

Prevenção <strong>de</strong> Resíduos, que tem<br />

como objetivo a sensibilização da<br />

população para a problemática<br />

dos resíduos, em particular para<br />

a prevenção da sua produção,<br />

nomeadamente o que é possível<br />

fazer para reduzir os quantitativos<br />

e nocivida<strong>de</strong> dos resíduos<br />

produzidos.<br />

Neste âmbito, a VALNOR –<br />

Valorização e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos,<br />

SA., com o apoio da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei,<br />

realizou em 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong><br />

2012, na Escola Básica Integrada<br />

do Centro <strong>de</strong> Portugal, a ativida<strong>de</strong><br />

“Jogo Glória da Reciclagem”,<br />

dirigida às crianças do 1.º Ciclo,<br />

promovendo comportamentos <strong>de</strong><br />

redução/ prevenção <strong>de</strong> resíduos.<br />

Os participantes pu<strong>de</strong>ram assim<br />

<strong>de</strong> uma forma lúdica e educativa<br />

respon<strong>de</strong>r a questões relacionadas<br />

com o Ambiente em geral<br />

e com a reciclagem <strong>de</strong> resíduos<br />

em particular, testando os seus<br />

conhecimentos e promovendo<br />

um comportamento ambiental<br />

a<strong>de</strong>quado.<br />

Refere-se que a capitação média<br />

diária <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos<br />

indiferenciados no município<br />

<strong>de</strong> Vila <strong>de</strong> Rei em 2011 foi <strong>de</strong><br />

0,66 Kg/hab.dia, sendo a menor<br />

<strong>de</strong> entre os 25 municípios pertencentes<br />

à área <strong>de</strong> intervenção<br />

da VALNOR, e cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

da capitação média diária <strong>de</strong> Portugal<br />

continental em 2009 e em<br />

2010 (os dados <strong>de</strong> 2011 ainda não<br />

se encontram disponíveis no site<br />

da APA - Agência Portuguesa do<br />

Ambiente) – 1,4 Kg/hab.dia e da<br />

capitação média diária na União<br />

Europeia em 2008 – 1,44 Kg/hab.<br />

dia, consi<strong>de</strong>rando-se no entanto<br />

que qualquer redução será uma<br />

mais valia.<br />

Contribua para a redução <strong>de</strong><br />

resíduos no concelho <strong>de</strong> Vila <strong>de</strong><br />

Rei, reduzindo, reutilizando e reciclando!<br />


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 11<br />

PROENÇA-A-NOVA<br />

Magda Ribeiro<br />

As lições <strong>de</strong>ixadas pelo Proença-a-Novos<br />

Jovens que participaram no projeto dizem-se<br />

mais atentos ao que acontece na vila<br />

. Criados os “10 mandamentos do projecto Proença-a-Novos”<br />

Depois <strong>de</strong> participarem no projeto<br />

Proença-a-Novos, em que<br />

foram chamados a avaliar e dar<br />

sugestões para diversos espaços<br />

públicos, os jovens que integraram<br />

o grupo dizem sentir-se mais<br />

responsáveis e mais atentos ao<br />

que acontece na vila.<br />

O relatório final da iniciativa já<br />

foi entregue ao presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

e a avaliação final <strong>de</strong>monstra<br />

que os participantes, com ida<strong>de</strong>s<br />

entre os 13 e os 16 anos, se sentem<br />

com mais vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaborar<br />

com o Município, afirmando ter<br />

ficado a conhecer melhor a organização<br />

da autarquia e adquirido<br />

noções sobre, por exemplo, como<br />

ler um mapa.<br />

Inserido na iniciativa Cidadãos<br />

2.0, o Proença-a-Novos teve origem<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia<br />

da Universida<strong>de</strong> do Porto, que escolheu<br />

Proença-a-Nova como um<br />

dos casos <strong>de</strong> estudo.<br />

Foram feitas sete sessões com o<br />

grupo <strong>de</strong> alunos que se voluntariou<br />

para participar, entre janeiro<br />

e maio <strong>de</strong> 2012, assim como inquéritos<br />

a uma amostragem mais<br />

alargada.<br />

No final do trabalho, as sugestões<br />

foram sintetizadas nos “10<br />

mandamentos do projeto Proença-a-Novos”,<br />

ou seja, <strong>de</strong>z propostas<br />

arrumadas em quatro categorias<br />

– cultura, <strong>de</strong>sporto e lazer,<br />

comércio e serviços, espaços <strong>de</strong>gradados<br />

e espaços públicos. Foram<br />

dadas i<strong>de</strong>ias para requalificar<br />

o largo da Devesa e o jardim<br />

<strong>de</strong> Santa Margarida, propostas<br />

<strong>de</strong> animação e pedidos <strong>de</strong> novos<br />

equipamentos, como uma piscina<br />

ao ar livre e um espaço concebido<br />

a pensar nas ativida<strong>de</strong>s dos adolescentes.<br />

Na avaliação final do projeto, os<br />

participantes elegeram a apresentação<br />

pública feita ao presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara como um dos pontos<br />

altos da iniciativa, por sentirem<br />

que as suas i<strong>de</strong>ias foram ouvidas.<br />

O safari fotográfico realizado<br />

através da vila com o responsável<br />

pelo projeto, professor João Armando<br />

Gonçalves, para verem<br />

em pormenor espaços públicos e<br />

documentarem as características<br />

a trabalhar nas sessões, foi igualmente<br />

consi<strong>de</strong>rado um momento<br />

marcante.<br />

Além <strong>de</strong> manifestarem <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> que seja dado seguimento ao<br />

projeto, na avaliação os jovens<br />

consi<strong>de</strong>ram que o facto <strong>de</strong> se tratar<br />

<strong>de</strong> um meio com gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />

entre as pessoas é uma<br />

vantagem para a participação dos<br />

mais novos, mas apontam o <strong>de</strong>sconhecimento<br />

dos <strong>de</strong>partamentos<br />

da Câmara e o facto <strong>de</strong> não serem<br />

vistos como credíveis pelos adultos<br />

como alguns dos obstáculos a<br />

uma participação mais regular. ■<br />

Mais <strong>de</strong> 30 análises diárias a mostos<br />

Novo serviço laboratorial<br />

do Centro Ciência Viva<br />

com procura elevada<br />

O laboratório do Centro Ciência<br />

Viva da Floresta, que entrou<br />

em funcionamento no verão, fez<br />

análises a amostras <strong>de</strong> um total<br />

<strong>de</strong> 108.770 litros <strong>de</strong> mosto, nos<br />

últimos dois meses. A a<strong>de</strong>são ao<br />

novo serviço prossegue com elevada<br />

procura no que diz respeito<br />

a análises ao vinho, estando<br />

igualmente prevista a realização<br />

<strong>de</strong> testes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z e <strong>de</strong> peróxidos<br />

ao azeite, outro dos produtos<br />

existentes em quantida<strong>de</strong> no concelho.<br />

O cálculo do álcool provável e a<br />

medição do pH e da aci<strong>de</strong>z total<br />

foram as análises mais solicitadas<br />

no caso do mosto. “Do ponto <strong>de</strong><br />

vista químico, verificámos que a<br />

maioria dos mostos não precisaram<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s correções”, explica<br />

Catarina Antunes, responsável<br />

pelo laboratório. Nas semanas<br />

que se seguiram às vindimas,<br />

chegaram a ser analisadas mais<br />

<strong>de</strong> 30 amostras por dia.<br />

Quanto ao vinho, um dos parâmetros<br />

mais importantes é a aci<strong>de</strong>z<br />

volátil, que indica o estado<br />

<strong>de</strong> conservação. São igualmente<br />

analisados o pH e a aci<strong>de</strong>z total.<br />

A maioria dos pedidos <strong>de</strong> análises<br />

tem sido feita por produtores<br />

do concelho <strong>de</strong> Proença-a-Nova,<br />

mas há igualmente registo <strong>de</strong><br />

clientes <strong>de</strong> outras regiões.<br />

A médio prazo, o objetivo é<br />

a<strong>de</strong>quar o funcionamento do laboratório<br />

às necessida<strong>de</strong>s e produtos<br />

da região, incluindo, por<br />

exemplo, o leite <strong>de</strong> cabra. Com<br />

os diferentes ciclos produtivos,<br />

será possível manter o serviço<br />

em continuida<strong>de</strong> ao longo do<br />

ano. ■<br />

Proença combate<br />

a Diabetes<br />

Amanhã Proença-a-Nova vai<br />

amanhecer pintada <strong>de</strong> tons <strong>de</strong><br />

azul – com cerca <strong>de</strong> dois mil balões<br />

que visam surpreen<strong>de</strong>r e chamar<br />

a atenção da população. Qual<br />

o objetivo? Assinalar o Dia Mundial<br />

da Diabetes, que se celebra<br />

anualmente a 14 <strong>de</strong> novembro. A<br />

iniciativa é do Agrupamento <strong>de</strong><br />

Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Pinhal Interior<br />

Sul, com apoio do Município<br />

e colaboração dos Bombeiros Voluntários, que durante esta noite estarão<br />

a apoiar a colocação dos balões. Amanhã serão distribuídos folhetos<br />

informativos sobre a prevenção da diabetes, para “<strong>de</strong>scodificar” a<br />

iniciativa.<br />

Tendo em conta a importância do tema – a diabetes afeta 6,3 a 7,3%<br />

da população portuguesa -, vimos por este meio convidar a acompanhar<br />

esta ação, que se preten<strong>de</strong> que tenha algum impacto visual para<br />

melhor envolver a população. ■<br />

Escola <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proença-a-Nova<br />

Torneio Social <strong>de</strong> S. Martinho<br />

18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Pelo segundo ano consecutivo,<br />

a Câmara Municipal <strong>de</strong> Proençaa-Nova<br />

e a Zonameeting promoveram<br />

o Torneio Social <strong>de</strong> S. Martinho,<br />

na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ténis e<br />

no escalão <strong>de</strong> séniores.<br />

A competição <strong>de</strong>correu no dia<br />

12 <strong>de</strong> novembro, nos Campos<br />

Municipais <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proençaa-Nova<br />

e envolveu atletas da Escola<br />

<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Proença-a-Nova<br />

(ETPN), que representam em termos<br />

competitivos a Zonameeting,<br />

atletas do Cube PT e da Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Ténis Colina do Castelo, em representação<br />

do Riba Clube.<br />

Distribuídos por três grupos, os<br />

tenistas disputaram jogos entre<br />

si, com vista o apuramento para o<br />

quadro <strong>de</strong> oito atletas com eliminação<br />

direta.<br />

Concluída a fase <strong>de</strong> grupos, e<br />

na sequência do quadro <strong>de</strong> eliminação<br />

direta, <strong>de</strong>frontaram-se nas<br />

meias-finais os atletas Duarte Ramalho,<br />

do Clube PT, com Renato<br />

Santos, da ETPN/Zonameeting,<br />

e João Ramalho, do Riba Clube,<br />

com Gonçalo Farinha, da ETPN/<br />

Zonameeting. Os tenistas Renato<br />

Santos e Gonçalo Farinha, ambos<br />

da Escola <strong>de</strong> Ténis local, superiorizaram-se<br />

aos seus adversários<br />

da meia-final e disputaram,<br />

após um dia <strong>de</strong> muitas horas <strong>de</strong><br />

competição e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste,<br />

uma final equilibrada, tendo<br />

ambos <strong>de</strong>monstrado um bom<br />

nível tenístico. Gonçalo Farinha<br />

acabou por vencer os dois sets ao<br />

atleta Renato Santos.<br />

A prova <strong>de</strong>correu num clima<br />

bastante positivo e agradável,<br />

sendo uma oportunida<strong>de</strong> para os<br />

alunos trocarem experiência com<br />

outros atletas e <strong>de</strong>monstrarem,<br />

em ambiente competitivo, os conhecimentos<br />

adquiridos nas aulas<br />

<strong>de</strong> ténis.<br />

Após a entrega dos prémios<br />

<strong>de</strong>ste Torneio Social e do Torneio<br />

Escada, realizado no primeiro<br />

semestre <strong>de</strong> 2012, que teve como<br />

vencedor o atleta Sérgio Almeida,<br />

disfrutou-se <strong>de</strong> mais um momento<br />

<strong>de</strong> convívio com o tradicional<br />

magusto. ■


12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

cASTELO BRANCO<br />

José Lagiosa<br />

Apresentação <strong>de</strong>correu em Castelo Branco<br />

Imobiliárias SGH e Ling,<br />

unem esforços<br />

No passado dia 29 <strong>de</strong> novembro<br />

foi o tempo da apresentação,<br />

em Castelo Branco, da nova empresa.<br />

João Dias e António Belo são os<br />

mentores da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> unir as duas<br />

empresas especialistas no imobiliário<br />

juntando ao negócio também<br />

a empresa Maxfinance especialista<br />

em consultadoria financeira.<br />

É uma chapelada na forma <strong>de</strong><br />

estar, dos empresários locais, que<br />

vivem constantemente <strong>de</strong> costas<br />

viradas uns para os outros. Esta<br />

experiência torna-se tanto mais<br />

importante quanto a situação económica<br />

do país e da nossa região<br />

estar a atravessar momentos muito<br />

difíceis que se repercutem na<br />

vida das famílias, das empresas e<br />

das instituições.<br />

É <strong>de</strong> aplaudir este momento <strong>de</strong><br />

luci<strong>de</strong>z empresarial.<br />

“A i<strong>de</strong>ia passou mesmo por não<br />

reduzir quaisquer postos <strong>de</strong> trabalho”,<br />

referiu João Dias que assumirá<br />

a gestão da parte imobiliária<br />

da SGH, Ling, nome adotado<br />

para a nova empresa.<br />

Os dois gestores, com experiência<br />

comprovada na área imobiliária<br />

e financeira, referem ainda<br />

que ”a concentração <strong>de</strong> toda a informação<br />

sobre imóveis das duas<br />

empresas permite uma melhor<br />

comparação <strong>de</strong> preços, que preten<strong>de</strong><br />

beneficiar o cliente, com a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento a<br />

100%, por muito que isso pareça<br />

estranho e difícil, nos dias que<br />

atravessamos”.<br />

Por sua vez, António Belo ficará<br />

com a responsabilida<strong>de</strong> da gestão<br />

da Maxifinance.<br />

“Para aqueles que se encontram<br />

em dificulda<strong>de</strong>s, nomeadamente<br />

a lidar com o sistema bancário<br />

e os seus procedimentos, temos<br />

know-how e preten<strong>de</strong>mos coloca-lo<br />

ao serviço dos nossos clientes,<br />

bem assim como nas novas<br />

relações que se estabelecem com<br />

impostos, como é o caso da nova<br />

legislação do IMI”, afirmou António<br />

Belo durante a conversa que<br />

manteve com a comunicação social<br />

na apresentação <strong>de</strong>ste projeto<br />

que une agora as duas empresas.<br />

Na sequência <strong>de</strong>sta operação a<br />

racionalização <strong>de</strong> meios é parte<br />

importante pelo que a AGH, que<br />

funcionava na avenida Nuno Álvares,<br />

irá partilhar as instalações<br />

com a Ling, que se situa na avenida<br />

1º <strong>de</strong> Maio. Na avenida Nuno<br />

Álvares ficará agora a funcionar a<br />

Maxfinance. ■<br />

Pai <strong>Natal</strong><br />

As prendas<br />

que daria...<br />

Um dia <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>i comigo a imaginar<br />

quais seriam as prendas que<br />

oferecia, caso fosse o Pai <strong>Natal</strong>.<br />

Esta i<strong>de</strong>ia surge porque o espírito<br />

<strong>de</strong> <strong>Natal</strong> parece começar a andar<br />

por aí.<br />

Pois se eu fosse aquele homem<br />

<strong>de</strong> vermelho vestido, começaria<br />

por oferecer ao presi<strong>de</strong>nte Joaquim<br />

Morão uma varinha mágica<br />

para que ele pu<strong>de</strong>sse acabar o<br />

mandato autárquico com todas as<br />

obras prometidas acabadas. Ou<br />

será que ele conseguirá isso sem<br />

varinha mágica?<br />

Ao nosso ministro da saú<strong>de</strong>,<br />

Paulo Macedo, oferecia um manual<br />

<strong>de</strong> como diminuir a <strong>de</strong>spesa<br />

na sua área, sem <strong>de</strong>struir o Serviço<br />

Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Assim ficaríamos<br />

todos a ganhar, numa época<br />

em que só se fala em cortar, cortar,<br />

cortar!<br />

Para o ministro da educação teria<br />

todo o gosto em lhe oferecer,<br />

em nome dos professores e alunos<br />

<strong>de</strong>ste País, a carta <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão. Já<br />

chega <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir tudo o que <strong>de</strong><br />

bom se fez na última década no<br />

ensino em Portugal.<br />

Para o ministro Relvas, a melhor<br />

prenda seria um compêndio com<br />

as regras <strong>de</strong> como tirar um curso<br />

superior sem aldrabices.<br />

Bem restam-me as prendas para<br />

o ministro dos negócios estrangeiros,<br />

Paulo Portas e para o primeiroministro,<br />

Pedro Passos Coelho.<br />

Para o primeiro talvez um qualquer<br />

submarino, para que pu<strong>de</strong>sse<br />

escon<strong>de</strong>r-se dos eleitores do CDS<br />

quando cair o Governo. Eles não<br />

vão perdoar as incoerências do<br />

Paulinho das feiras. Para Passos<br />

Coelho a prenda i<strong>de</strong>al seria seguramente<br />

o livro <strong>de</strong> Pedro Vieira,<br />

Última paragem, Massamá. Não<br />

foi por acaso que o escritor ganhou<br />

o prémio PEN revelação <strong>de</strong>ste ano.<br />

Podia ser que o primeiro-ministro<br />

percebesse a mensagem. Uf… era<br />

cá um alívio!<br />

A nível, cá do burgo, teria a atenção<br />

<strong>de</strong> oferecer aos eleitores do<br />

concelho <strong>de</strong> Castelo Branco, uma<br />

dose <strong>de</strong> sabedoria e luci<strong>de</strong>z, para<br />

que exerçam lá mais para o final<br />

<strong>de</strong> 2013 o seu voto nas autárquicas,<br />

com inteligência e com sentido <strong>de</strong><br />

que Castelo Branco não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>itar<br />

a per<strong>de</strong>r tudo o que conquistou<br />

durante 16 anos com Joaquim<br />

Morão. E com, pelo menos, uma<br />

candidatura que se apregoa como<br />

quase certa é preciso muita luci<strong>de</strong>z<br />

para não <strong>de</strong>itar fora um tão gran<strong>de</strong><br />

manancial <strong>de</strong> riqueza acumulada.<br />

Finalmente, não esqueceria seguramente<br />

o lí<strong>de</strong>r do maior partido<br />

da oposição, António José Seguro.<br />

Para ele guardaria o único abraço<br />

que estaria disposto a oferecer neste<br />

<strong>Natal</strong>, com os votos que saiba<br />

encontrar, o caminho da esperança<br />

que vai faltando a este povo, ultimamente<br />

tão mal tratado.<br />

Ah, já me esquecia. O Vítor<br />

Gaspar. Bom, para esse senhor<br />

certamente interpretando o sentimento<br />

popular mais profundo,<br />

dispensamo-lo, com todo o gosto,<br />

<strong>de</strong> pagar os tão caros estudos que<br />

o país lhe pagou. Emigre e estão as<br />

contas feitas! ■<br />

Reorganização administrativa do território<br />

Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas<br />

prometem muita luta<br />

No concelho <strong>de</strong> Castelo Branco,<br />

os presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas são unânimes<br />

em dizer “não” à Reorganização<br />

Administrativa.<br />

Se por um lado, alguns <strong>de</strong>les são<br />

menos expressivos nas suas opiniões<br />

e comentários, por outro há<br />

aqueles que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já,<br />

tomadas <strong>de</strong> posição duras.<br />

As opiniões vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

uma “tontaria” a anexação<br />

contra a vonta<strong>de</strong> expressa das populações,<br />

até ao “inaceitável” <strong>de</strong><br />

José Luís Pires, presi<strong>de</strong>nte da freguesia<br />

do Retaxo que acrescenta<br />

“Nós não temos um Governo. Temos<br />

um <strong>de</strong>sgoverno que sacudiu<br />

a água do capote, criando um grupo<br />

técnico para fazer <strong>de</strong>saparecer<br />

freguesias”.<br />

Por seu lado a Câmara <strong>de</strong> Castelo<br />

Branco vai convocar uma reunião<br />

com as juntas <strong>de</strong> freguesia do<br />

concelho para analisar a proposta<br />

<strong>de</strong> extinção e agregação. “Iremos<br />

fazer uma reunião com as juntas<br />

<strong>de</strong> freguesia envolvidas para<br />

estabelecer uma posição” disse<br />

Joaquim Morão à agência Lusa,<br />

recordando que “todos os órgãos<br />

municipais se pronunciaram contra<br />

a extinção <strong>de</strong> qualquer freguesia”,<br />

posição que foi acompanhada<br />

pela Assembleia Municipal.


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Semana do medronho e da castanha<br />

em <strong>Oleiros</strong> foi um enorme sucesso<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 13<br />

<strong>Oleiros</strong> movimenta-se em permanência<br />

Os sucessivos acontecimentos<br />

em <strong>Oleiros</strong>, como o que aqui referimos,<br />

são paradigmáticos <strong>de</strong> um<br />

concelho marcante, não conformista<br />

e capacitado para lutar em permanência<br />

pela sua coesão.<br />

Estão <strong>de</strong> parabéns todos os organizadores,<br />

<strong>de</strong>sta iniciativa e <strong>de</strong> todas<br />

as outras, algumas retratadas<br />

nas nossas páginas e ou no online<br />

em www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />

Restaurantes <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

brilharam na RTP<br />

Conferência do Dr.Leonel Lucas Azevedo<br />

dia 7 <strong>de</strong> Dezembro em <strong>Oleiros</strong><br />

Auditório do Hotel Santa Margarida, pelas 21h sob o tema:<br />

“Biblioteca pública <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, inaugurada em Dezembro <strong>de</strong> 1879 e,<br />

com o tempo e incúria humana, totalmente perdida “.<br />

A não per<strong>de</strong>r.<br />

convite<br />

<strong>de</strong>sfazer a memória<br />

Notas sobre a biblioteca pública <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, inaugurada em 1879<br />

CONFERÊNCIA por Leonel Azevedo<br />

Hotel Santa Margarida (<strong>Oleiros</strong>)<br />

Auditório<br />

7 <strong>de</strong> Dezembro 2012, 21h<br />

Parabéns a D. Maria dos Santos<br />

no Seu Centenário<br />

A semana do medronho e da Castanha foi apoiada fortemente pela RTP, gesto que saudamos.<br />

Foi importante ver os nossos empresários apresentarem as suas iguarias, todas ímpares, um autêntico cartaz<br />

<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.<br />

Todos estiveram muito bem.<br />

Maria dos Santos nasceu<br />

em 4 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1912<br />

e, celebrou o centésimo aniversário<br />

no passado dia 4<br />

<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

É obra, Da. Maria dos<br />

Santos, parabéns do seu<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, extensivos<br />

a Seu filho Manuel dos<br />

Santos Dinis e aos Seus 4<br />

netos. Longa vida com saú<strong>de</strong>,<br />

os nossos votos.<br />

Director


14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Idanha-a-N​ova<br />

Investimentos<br />

que valem a pena<br />

Em Idanha-a-Nova damos valor<br />

às pessoas e às suas capacida<strong>de</strong>s.<br />

Temos forma <strong>de</strong> ajudar a implementar<br />

as tuas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio,<br />

do Turismo à Agricultura e Pecuária,<br />

das Artes ao Ensino e Cultura.<br />

Para apoiar o empreendorismo e<br />

inovação criámos e adaptámos,<br />

a Incubadora <strong>de</strong> Empresas, a Incubadora<br />

<strong>de</strong> Base Rural, Zonas<br />

Industriais, Zonas Históricas, Zonas<br />

Naturais e Termais, avança o<br />

município no seu site.<br />

O Projecto “Em Idanha há lugar<br />

para ti, sob o conceito “Não emigres.<br />

Migra!<br />

Em franco <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

já a atrair vários casais, po<strong>de</strong> saber<br />

mais através do email: migraidanha@gmail.com<br />

ou pelo telefone 277 200 570 e fax 277 200 580 ■<br />

Idanha-a-Nova<br />

luta por mais<br />

progresso<br />

A Câmara <strong>de</strong> Idanha assinou<br />

seis protocolos com outras tantas<br />

instituições do Concelho,<br />

no valor <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 113 mil<br />

euros.<br />

Uma das contempladas foi<br />

a Filarmónica Idanhense, com<br />

uma verba <strong>de</strong> 40 mil euros,<br />

<strong>de</strong>stinados à promoção e divulgação<br />

musico-cultural, bem<br />

como <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdicas.<br />

A verba será repartida por<br />

diversas rubricas, entre elas<br />

a organização <strong>de</strong> iniciativas,<br />

aquisição <strong>de</strong> material e <strong>de</strong><br />

equipamentos.<br />

Mais <strong>de</strong> 25.500 euros couberam<br />

à Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> Segura, montante este<br />

que irá ser aplicado na recuperação<br />

e reparação do Altar da<br />

Capela daquela instituição.<br />

Dos trabalhos a levar a cabo<br />

fazem parte a remoção completa<br />

<strong>de</strong> várias camadas <strong>de</strong> tinta,<br />

reparação <strong>de</strong> várias falhas<br />

da ma<strong>de</strong>ira, tratamento imunizante<br />

das ma<strong>de</strong>iras, reconstituição<br />

<strong>de</strong> pinturas existentes<br />

no tecto frontal ao Altar, além<br />

do restauro <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte.<br />

As ex-instalações da GNR<br />

<strong>de</strong> Zebreira, proprieda<strong>de</strong> da<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia, e que albergam<br />

provisoriamente a<br />

Secção dos Bombeiros Voluntários,<br />

também vai sofrer obras<br />

<strong>de</strong> melhoramento. O protocolo<br />

<strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong><br />

10 mil euros, inclui trabalhos<br />

<strong>de</strong> conservação e reparação<br />

do edifício, <strong>de</strong>signadamente<br />

ao nível do isolamento dos<br />

terraços da garagem e da casa,<br />

bem como a colocação <strong>de</strong> uma<br />

estrutura <strong>de</strong> ferro no telhado e<br />

telha nova em todo o edifício.<br />

No que respeita ao apoio às<br />

camadas mais jovens, a autarquia<br />

disponibiliza também,<br />

através <strong>de</strong> protocolo no âmbito<br />

do Programa da Apoio ao<br />

Associativismo do Concelho -<br />

PAMIN, 15 mil euros ao Clube<br />

<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> Idanha, para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> iniciativas<br />

<strong>de</strong> tempos livres e activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>sportivas.<br />

A Capela da Santa Casa da<br />

Misericórdia <strong>de</strong> Ladoeiro vai<br />

sofrer obras <strong>de</strong> conservação,<br />

trabalhos que se encontram<br />

já protocolados pelo valor <strong>de</strong><br />

4900 euros.<br />

Deste grupo <strong>de</strong> protocolos<br />

celebrados com a Câmara, faz<br />

também parte um <strong>de</strong>stinado ao<br />

apoio da empresa Penha Aventura,<br />

com vista à organização<br />

da edição <strong>de</strong> 2004 do Homem<br />

<strong>de</strong> Ferro, prova do Campeonato<br />

Nacional <strong>de</strong> Triatlo Longo,<br />

que é já a terceira vez que se<br />

realiza no Concelho. A prova<br />

é composta por 3,8 quilómetros<br />

<strong>de</strong> natação, aos quais se<br />

seguem 180 quilómetros <strong>de</strong><br />

ciclismo e 42,195 <strong>de</strong> corrida a<br />

pé.<br />

Este ano, a partida será dada<br />

na Barragem Marechal Carmona,<br />

em Idanha e a meta estará<br />

instalada frente à Câmara.<br />

Para fazer frente às <strong>de</strong>spesas<br />

<strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> material<br />

e serviços e <strong>de</strong> organização, a<br />

edilida<strong>de</strong> disponibiliza um total<br />

<strong>de</strong> 17.500 euros. ■<br />

Autorida<strong>de</strong>s abatem<br />

bovinos à solta em<br />

Segura, Idanha-a-Nova<br />

Reveillon<br />

2012/2013<br />

NOVIDADE EM OLEIROS<br />

Passagem <strong>de</strong> Ano no<br />

Hotel Santa Margarida.<br />

Desfrute <strong>de</strong> uma noite magnífica!<br />

Programa:<br />

• Ginásio<br />

• Degustação “ sabores <strong>de</strong><br />

<strong>Oleiros</strong>” (jantar <strong>de</strong> dia 30)<br />

• Espaço infantil (noite <strong>de</strong> 31)<br />

• Passeio “Conhecer <strong>Oleiros</strong>”<br />

• Caminhada “Trilho<br />

Pe<strong>de</strong>stre”<br />

• Jantar <strong>de</strong> Gala (dia 31) com<br />

Animação Musical;<br />

• Ceia <strong>de</strong> Ano Novo<br />

• Brunch <strong>de</strong> Ano Novo<br />

A história remonta a 2000 e já<br />

<strong>de</strong>u origem a <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> processos<br />

judiciais. A câmara, a<br />

GNR local e a DGAV têm tentado,<br />

nos últimos anos e através<br />

<strong>de</strong> vários métodos, capturar os<br />

animais, mas sem sucesso. Até<br />

os militares das operações especiais<br />

da GNR já foram chamados<br />

e estiveram em campo<br />

para resolver o problema, mas<br />

em vão.<br />

A situação arrasta-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

esse ano, quando um veterinário<br />

– que exerce funções no<br />

município <strong>de</strong> Albergaria – comprou<br />

um conjunto <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

junto à al<strong>de</strong>ia. Os habitantes<br />

não terão visto com bons<br />

olhos a chegada do forasteiro<br />

e, por diversas vezes, <strong>de</strong>struíram<br />

as vedações da quinta, para<br />

que o dono per<strong>de</strong>sse todos os<br />

animais. O veterinário ripostou<br />

comprando touros para a proprieda<strong>de</strong>.<br />

O conflito acentuou-se quando<br />

um antigo presi<strong>de</strong>nte da junta<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u, numa entrevista a<br />

um jornal regional, que o veterinário<br />

<strong>de</strong>veria ser morto. Face<br />

a essas <strong>de</strong>clarações, continua a<br />

mesma fonte, o dono da quinta<br />

passou a pedir proteção policial<br />

à GNR sempre que se <strong>de</strong>slocava<br />

à proprieda<strong>de</strong> – mas nunca<br />

lhe foi concedida. Por isso, terá<br />

começado a alegar que não tinha<br />

condições para cuidar dos<br />

animais e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> frequentar<br />

o local. Com o tempo, as vedações<br />

foram ficando danificadas<br />

e os touros passaram a andar à<br />

solta – sem estarem registados,<br />

brincados ou vacinados.<br />

Em Junho, a Câmara <strong>de</strong> Idanha<br />

e a DGV pediram ajuda a<br />

campinos da Companhia das<br />

Lezírias para capturar os animais.<br />

Contudo, só foram apanhados<br />

oito touros das centenas<br />

que andam à solta. Este mês foram<br />

chamados os militares das<br />

operações especiais da GNR<br />

para proce<strong>de</strong>rem ao abate, mas<br />

a ação foi suspensa para reavaliação<br />

pelo Ministério da Agricultura.<br />

Agora <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dia 8 <strong>de</strong> novembro<br />

que a GNR abate a tiro os<br />

touros que há anos vagueiam<br />

sem controlo <strong>de</strong> qualquer espécie,<br />

tendo até atacado habitantes<br />

<strong>de</strong> Segura.<br />

Segundo a agência Lusa, fonte<br />

da Direção Geral <strong>de</strong> Alimentação<br />

e Veterinária (DGAV) referiu<br />

apenas que a operação “<strong>de</strong>corre<br />

como previsto”. O diretor-geral<br />

<strong>de</strong> veterinária assinou um edital<br />

segundo o qual <strong>de</strong>corre até ao<br />

fim do mês <strong>de</strong> novembro uma<br />

operação <strong>de</strong> controlo e abate <strong>de</strong><br />

todos os animais bravios, que se<br />

estima serem 250.<br />

Esta operação obriga as forças<br />

<strong>de</strong> segurança a cortar ao trânsito<br />

várias estradas e caminhos<br />

entre as povoações <strong>de</strong> Segura e<br />

Rosmaninhal, por forma a criar<br />

um perímetro <strong>de</strong> segurança em<br />

torno da operação.<br />

Segundo <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> José<br />

Lopes, presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />

<strong>de</strong> Freguesia, “a população<br />

<strong>de</strong> Segura está <strong>de</strong>sejosa que<br />

os touros sejam abatidos na totalida<strong>de</strong><br />

e o mais rapidamente<br />

possível”. ■<br />

Pacote 3 Noites: 29 Dezembro a 1 <strong>de</strong> Janeiro<br />

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Pacote 2 Noites : 30 Dezembro a 1 <strong>de</strong> Janeiro<br />

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2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 15<br />

POTENCIALIDADES<br />

Inês Martins<br />

Engenheira Agrónoma<br />

A versatilida<strong>de</strong> da cortiça<br />

portuguesa<br />

No âmbito da celebração do<br />

Ano Internacional das Florestas,<br />

proclamado pelas Nações Unidas<br />

em 2011 e o qual ocorreu por todo<br />

o mundo, a Assembleia da República<br />

associou-se a esta efeméri<strong>de</strong><br />

e instituiu o Sobreiro como Árvore<br />

Nacional <strong>de</strong> Portugal. Aspetos<br />

como a ampla distribuição da espécie<br />

no território nacional (com<br />

737.000 ha, sob diversos ecossistemas<br />

naturais), a sua integração<br />

em sustentáveis montados (preten<strong>de</strong>-se<br />

candidatar o montado<br />

a Património da Humanida<strong>de</strong>), a<br />

biodiversida<strong>de</strong> que apresenta, o<br />

risco <strong>de</strong> extinção que lhe é inerente,<br />

a associação com vários setores<br />

económicos (como o turismo), a<br />

sua singularida<strong>de</strong> e a promissora<br />

fileira que constitui, representam<br />

importantes mais-valias para as<br />

populações.<br />

Para além da reconhecida importância<br />

ambiental e social que<br />

acarreta, é essencial apostar no<br />

seu elevado potencial económico<br />

on<strong>de</strong> a cortiça é, sem dúvida, o<br />

produto mais apreciado. Veja-se<br />

a sólida relação, <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três<br />

séculos, da rolha com o vinho.<br />

Também no artesanato, a cortiça<br />

assume o seu papel, estando<br />

na base <strong>de</strong> peças artesanais como<br />

o “cortiço”, o “coxo” ou o “tarro”<br />

(recipiente com reconhecidas qualida<strong>de</strong>s<br />

térmicas que era usado pelos<br />

pastores do Alentejo para levar<br />

os alimentos, quando saíam com os<br />

rebanhos, permitindo-lhes manter<br />

os alimentos à temperatura original<br />

durante várias horas). No nosso<br />

concelho, mais precisamente na<br />

Gaspalha (freguesia <strong>de</strong> Álvaro), o<br />

Sr. João dá forma aos tradicionais<br />

bancos <strong>de</strong> cortiça “tropeços” que<br />

aliam a funcionalida<strong>de</strong> ao conforto,<br />

adaptando-se perfeitamente a<br />

qualquer espaço. A procura <strong>de</strong>stas<br />

peças artesanais ma<strong>de</strong> in <strong>Oleiros</strong> é<br />

enorme, sendo um dos produtos<br />

com maior visibilida<strong>de</strong> no que se<br />

refere ao artesanato local.<br />

Mais recentemente, têm surgido<br />

no mercado diversos tipos<br />

<strong>de</strong> produtos dotados <strong>de</strong> uma<br />

interessante versatilida<strong>de</strong>, com<br />

aplicações que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a construção<br />

civil (em pavimentos ou<br />

isolantes) à indústria da moda,<br />

passando pelo vasto mundo dos<br />

acessórios e da <strong>de</strong>coração, muito<br />

sustentado em novos conceitos<br />

<strong>de</strong> eco-<strong>de</strong>sign.<br />

Por tudo isto, a cortiça tem um<br />

lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque ao nível das referências<br />

culturais dos povos que<br />

com ela contactam. Des<strong>de</strong> o montado<br />

<strong>de</strong> sobro aos produtos finais,<br />

esta matéria-prima sofre um conjunto<br />

<strong>de</strong> transformações que lhe<br />

permitem oferecer aos consumidores<br />

um produto <strong>de</strong> excelência.<br />

Por último, acresce referir que<br />

<strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> Portugal produzir<br />

anualmente cerca <strong>de</strong> 200.000<br />

toneladas <strong>de</strong> cortiça (mais <strong>de</strong> 50%<br />

da produção mundial), este é o<br />

único setor on<strong>de</strong> o nosso país<br />

possui uma posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

no panorama internacional, em<br />

todas as fases da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção.<br />

A perda <strong>de</strong>sta hegemonia<br />

representaria um <strong>de</strong>scalabro económico,<br />

social e ambiental sem<br />

paralelo para o nosso país. ■<br />

Professores<br />

reuniram em <strong>Oleiros</strong><br />

Ana Neves<br />

ananevesmar@gmail.com<br />

Realizou-se, no passado dia<br />

quatro <strong>de</strong> Outubro, mais um almoço<br />

<strong>de</strong> professores aposentados<br />

que leccionaram no concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Oleiros</strong>.<br />

Este ano o local escolhido foi o<br />

Hotel Santa Margarida, recentemente<br />

inaugurado que revelou<br />

ser um local <strong>de</strong> eleição para um<br />

agradável convívio.<br />

A professora Amélia Eusébio<br />

<strong>de</strong>u as boas vindas aos presentes,<br />

lembrando também aqueles<br />

que, por motivos vários, não pu<strong>de</strong>ram<br />

participar neste encontro<br />

anual.<br />

Saboreando os pratos do chef<br />

Leonel que conjuga na perfeição<br />

a gastronomia local com a mo<strong>de</strong>rna<br />

e requintada cozinha <strong>de</strong><br />

autor, relembraram-se “retalhos<br />

da vida dos professores”. Falouse<br />

<strong>de</strong> uma época em que muito<br />

longe dos mega agrupamentos<br />

actuais, sem meios <strong>de</strong> comunicação<br />

e sem as estradas que hoje<br />

nos ligam, os professores, inseridos<br />

na comunida<strong>de</strong>, participavam<br />

em vivências que ajudaram<br />

a construir a história das nossas<br />

gentes e do nosso concelho.<br />

Muitos <strong>de</strong> nós partimos para<br />

outras regiões, não esquecendo<br />

as experiências <strong>de</strong> vida que nos<br />

enriqueceram como educadores.<br />

Segundo o pensador:<br />

“Quem conhece o seu povo, conhece<br />

o mundo todo”.<br />

Até para o ano! ■<br />

Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - <strong>Oleiros</strong><br />

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16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Santa Casa <strong>de</strong> Álvaro tem novo Provedor<br />

A Santa casa da Misericórdia <strong>de</strong><br />

Álvaro organizou um magusto<br />

Solidário no pretérito dia 10 on<strong>de</strong><br />

além dos utentes, participou a população<br />

e amigos e teve o apoio do<br />

Grupo <strong>de</strong> Cantares “ Meninos da<br />

Al<strong>de</strong>ia”, indispensável numa organização<br />

<strong>de</strong>ste tipo.<br />

Foi um dia extraordinário <strong>de</strong><br />

acôrdo com as nossas fontes.<br />

Aproveitamos para en<strong>de</strong>reçar<br />

saudações ao novo Provedor, o<br />

Amigo João Freire, eleito esta semana<br />

e, ao mesmo tempo saudar<br />

o Provedor cessante. ■<br />

* Apoio <strong>de</strong> Ana Silva, Correspon<strong>de</strong>nte<br />

em Álvaro<br />

Sugestão<br />

para o <strong>Natal</strong><br />

Sinopse<br />

Os heróis portugueses, os símbolos<br />

nacionais, as histórias secretas dos monarcas,<br />

a influência templária, os locais<br />

místicos e muitos outros mistérios<br />

Na sequência <strong>de</strong> vários anos <strong>de</strong> estudo<br />

sobre o passado nacional, o autor Pedro<br />

Silva apresenta-nos a obra História<br />

Mística <strong>de</strong> Portugal on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> dar a<br />

conhecer o chamado outro lado da História.<br />

Ao longo <strong>de</strong> doze capítulos, um<br />

número mágico por excelência, a visão<br />

<strong>de</strong> um país templário, mariano e ancestral, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s figuras e<br />

extraordinários feitos, é apresentada aos olhos do leitor, dando a<br />

conhecer toda uma série <strong>de</strong> factos que nem sempre obtêm o <strong>de</strong>vido<br />

realce nas obras tradicionais que narram a História portuguesa.<br />

Um livro empolgante, escrito <strong>de</strong> forma ritmada e acessível, on<strong>de</strong><br />

a nossa História é contada com a objectivida<strong>de</strong> inerente a um texto<br />

<strong>de</strong> cariz ensaístico, mas com a paixão própria <strong>de</strong> um passado<br />

empolgante que urge dar a conhecer, <strong>de</strong> modo a que séculos da<br />

nossa ancestralida<strong>de</strong> não que<strong>de</strong>m encerrados algures nas brumas<br />

do tempo. ■<br />

Mo<strong>de</strong>l Sport<br />

Rua Pe António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, 34, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />

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EUA reelegem Barack Obama<br />

Os Estados Unidos da América<br />

reelegeram BaracK Obama para<br />

um 2º mandato.<br />

Depois <strong>de</strong> uma campanha<br />

agressiva, avassaladora on<strong>de</strong> foram<br />

gastos muitos milhões <strong>de</strong><br />

dólares, a América mostrou uma<br />

Democracia estável, respeitadora<br />

<strong>de</strong> regras e foi um encanto ouvir<br />

naquela madrugada os discursos<br />

<strong>de</strong> vencedor e vencido, no fundo<br />

dois vencedores, patentearem a<br />

aceitação <strong>de</strong> resultados e terem<br />

ambos palavras <strong>de</strong> simpatia, mobilização<br />

e unida<strong>de</strong> para superar<br />

as dificulda<strong>de</strong>s do presente e do<br />

futuro.<br />

Ambos merecem forte saudação.<br />

■<br />

Quintais nas Praças do<br />

Pinhal com elevada a<strong>de</strong>são<br />

De saco cheio<br />

<strong>de</strong> compras ao<br />

ombro, Paula<br />

Rodrigues, <strong>de</strong><br />

38 anos, mostra<br />

o resultado<br />

da sua visita ao<br />

primeiro mercado<br />

do projeto<br />

Os Quintais<br />

nas Praças do<br />

Pinhal. “Vim comprar castanhas<br />

para um magusto e acabei por me<br />

abastecer <strong>de</strong> legumes e frutas.<br />

Gostei muito do espaço e da animação”,<br />

comentou. Realizado na<br />

Alameda da Carvalha, na Sertã, o<br />

primeiro mercado ficou marcado<br />

pela elevada a<strong>de</strong>são, com muitos<br />

dos 44 produtores e artesãos participantes<br />

a escoarem a maior parte<br />

dos produtos. O próximo realizase<br />

em Mação, a 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.<br />

Promovido pela Pinhal Maior, que<br />

reúne os concelhos <strong>de</strong> Mação, <strong>Oleiros</strong>,<br />

Proença-a-Nova, Sertã e Vila <strong>de</strong><br />

Rei, o projeto conta com apoio do<br />

Pro<strong>de</strong>r e irá promover mercados<br />

mensais, com vista ao escoamento<br />

<strong>de</strong> produtos exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pequenas<br />

produções. Além <strong>de</strong> hortofrutícolas,<br />

é dado espaço a alimentos transformados<br />

e ao artesanato da região. A<br />

elevada afluência obrigou a manter<br />

o recinto aberto após a hora prevista<br />

<strong>de</strong> encerramento – a <strong>de</strong>smontagem<br />

iniciou-se apenas às 18 horas.<br />

Os mercados irão realizar-se ao segundo<br />

fim <strong>de</strong> semana <strong>de</strong> cada mês,<br />

sempre com animação associada.<br />

Nesta primeira feira, passaram<br />

pelo palco Os Tambores <strong>de</strong> Casal<br />

da Madalena, um acor<strong>de</strong>onista <strong>de</strong><br />

Proença-a-Nova, o Rancho Folclórico<br />

e Etnográfico <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, o<br />

Grupo <strong>de</strong> Cantares do Grupo Cultural<br />

“Os Maçaenses”, o Grupo <strong>de</strong><br />

Concertinas da Sertã, a Villa d’el<br />

Rei Tuna e o Grupo <strong>de</strong> Música Popular<br />

<strong>de</strong> Cernache do Bonjardim.<br />

A Pinhal Maior congratula-se<br />

com o êxito do primeiro mercado<br />

e <strong>de</strong>staca “o contributo para<br />

a valorização dos produtos locais”.<br />

Depois <strong>de</strong> Mação, as próximas<br />

feiras irão realizar-se em<br />

Proença-a-Nova (13 <strong>de</strong> janeiro),<br />

<strong>Oleiros</strong> (10 <strong>de</strong> fevereiro) e Vila <strong>de</strong><br />

Rei (10 <strong>de</strong> março), prosseguindo<br />

<strong>de</strong>pois o sistema <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>.<br />

Os produtores interessados em<br />

a<strong>de</strong>rir po<strong>de</strong>rão inscrever-se para<br />

os próximos mercados. Toda a<br />

informação sobre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

funcionamento é disponibilizada<br />

diretamente pela Pinhal Maior (telefone<br />

274 600 130) ou pelos cinco<br />

municípios envolvidos. O projeto<br />

tem igualmente uma página <strong>de</strong><br />

divulgação no Facebook, em que<br />

estão disponíveis os elementos <strong>de</strong><br />

contacto. ■


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

A Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> uma<br />

ferramenta geoturística ao serviço do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

A Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

é actualmente um forte produto turístico<br />

do concelho estabelecido pelo<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> em parceria<br />

com o Geopark Naturtejo, tendo<br />

tido como ponto <strong>de</strong> partida, na sua<br />

perspectiva <strong>de</strong> viagem, a gran<strong>de</strong> figura<br />

do Padre António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

missionário nascido em <strong>Oleiros</strong>, no<br />

século XVI, “escalador dos Himalaias<br />

e <strong>de</strong>scobridor do Tibete” em<br />

1624, cujas <strong>de</strong>scrições tiveram gran<strong>de</strong><br />

impacto na Europa na época.<br />

Esta rota veio dar resposta à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> encontrar um plano<br />

<strong>de</strong> visita para os turistas permanecerem<br />

mais do que um dia no concelho,<br />

permanecendo nas unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> alojamento, tendo atracções, experiências<br />

e percursos a conhecer.<br />

O cume das montanhas <strong>de</strong> quartzito<br />

e xisto <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, on<strong>de</strong> já se<br />

situou há muito tempo um fundo<br />

<strong>de</strong> oceano cheio <strong>de</strong> vida, revela<br />

a história do planeta nos últimos<br />

600 milhões <strong>de</strong> anos. A Rota das<br />

Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> convida o<br />

geoturista a viajar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as antigas<br />

areias <strong>de</strong>stes oceanos e os seres vivos<br />

marinhos que ali viveram e que<br />

hoje se encontram fossilizados nas<br />

rochas, até verda<strong>de</strong>iros oásis <strong>de</strong> flora<br />

nativa e fauna diversa, através <strong>de</strong><br />

percursos pe<strong>de</strong>stres cuidados e preparados<br />

para o visitante autónomo,<br />

atravessando paisagens pensadas<br />

pelo Homem (paisagens culturais)<br />

e valorizando os produtos produzidos<br />

pela terra.<br />

Esta rota correspon<strong>de</strong> a um itinerário<br />

circular rodoviário, com cerca<br />

<strong>de</strong> 100 km, abrangendo todo o concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, que leva pelo menos<br />

dois dias a ser realizado com pleno<br />

usufruto, dando a possibilida<strong>de</strong> ao<br />

turista <strong>de</strong> fazer alguns <strong>de</strong>svios à sua<br />

trajectória principal. Estão incluídos<br />

miradouros, elementos do património<br />

natural (património geológico,<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 17<br />

bosques nativos, praias fluviais),<br />

histórico-cultural (monumentos,<br />

al<strong>de</strong>ias tradicionais, produtos da<br />

montanha-artesanato e gastronomia),<br />

percursos pe<strong>de</strong>stres, etc. As<br />

características <strong>de</strong>sta rota permitem<br />

que o turista a adapte aos seus interesses<br />

e conveniências. No mapa<br />

da Rota das Montanhas <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

apenas estão incluídas as melhores<br />

experiências e os serviços que se<br />

encontram realmente disponíveis.<br />

A indicação <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> visitação e<br />

infraestruturas <strong>de</strong> apoio ao turista<br />

permitem que este possa permanecer<br />

mais tempo e possa consumir<br />

na região. Nos últimos anos tem<br />

sido feita uma gran<strong>de</strong> aposta nos<br />

Produtos da Montanha, que foram<br />

incluídos como uma mais-valia<br />

para esta rota: o cabrito estonado, o<br />

vinho Calum, o medronho e a castanha,<br />

sendo a base <strong>de</strong> feiras temáticas<br />

e semanas gastronómicas assim<br />

como produtos <strong>de</strong> artesanato, como<br />

os tropeços em cortiça.<br />

A montanha é uma invasão da<br />

rotina com paisagens geológicas<br />

(geomonumentos), ecossistemas <strong>de</strong><br />

montanha, especificida<strong>de</strong>s culturais<br />

em al<strong>de</strong>ias tradicionais, produtos<br />

da terra, bem como produtos tradicionais<br />

inovadores ou novos produtos<br />

inspirados no património geológico<br />

– geoprodutos. Esta po<strong>de</strong> ser<br />

uma forma <strong>de</strong> organizar um sector<br />

económico dominado por micro- e<br />

pequenas empresas <strong>de</strong> base familiar,<br />

para torná-lo mais competitivo<br />

através da complementarida<strong>de</strong> da<br />

oferta turística. ■<br />

Joana Rodrigues e Carlos Neto <strong>de</strong><br />

Carvalho<br />

Geopark Naturtejo<br />

Com o apoio do Geopark Naturtejo<br />

1º Congresso <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong><br />

Campos Gerais: um segundo<br />

Geoparque para o Brasil<br />

mais consistente<br />

A organização do sector turístico<br />

regional, com a aposta nos produtos<br />

rurais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a diversificação<br />

da oferta turística através<br />

do espeleoturismo, do turismo <strong>de</strong><br />

aventura, do ecoturismo e do geoturismo,<br />

por meio da criação <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo participativo <strong>de</strong> geoparque,<br />

que inclua na sua gestão as<br />

principais entida<strong>de</strong>s responsáveis<br />

pelo <strong>de</strong>senvolvimento da região <strong>de</strong><br />

Campos Gerais, foi uma das conclusões<br />

do 1º Congresso <strong>de</strong> Turismo<br />

realizado em Ponta Grossa, Brasil.<br />

O 1º Congresso <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong><br />

Campos Gerais foi organizado pelo<br />

Departamento <strong>de</strong> Turismo da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ponta Grossa, cida<strong>de</strong><br />

no Estado do Paraná, com o apoio<br />

da Fundação Araucária. O tema<br />

centrou-se no “Turismo em Áreas<br />

Naturais” e visou propor a discussão<br />

técnica e científica do Turismo,<br />

promovendo o envolvimento do<br />

meio académico, político e empresarial,<br />

reforçando a cooperação<br />

entre os diversos sectores que compõem<br />

o sistema turístico da região.<br />

Entre as apresentações dos muitos<br />

trabalhos <strong>de</strong> investigação aplicada<br />

<strong>de</strong>senvolvidos nesta região do Paraná,<br />

incluindo a do Parque Nacional<br />

dos Campos Gerais, <strong>de</strong>staque<br />

foi dado às experiências regionais<br />

e internacionais <strong>de</strong> geoparques,<br />

através do Geopark Naturtejo <strong>de</strong><br />

Portugal e do Geopark Araripe, <strong>de</strong><br />

Ceará (Brasil), assim como do projecto<br />

<strong>de</strong> Geoparque em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

na região <strong>de</strong> Bodoquena/<br />

Pantanal, em Mato Grosso do Sul<br />

(Brasil). Carlos Neto <strong>de</strong> Carvalho,<br />

coor<strong>de</strong>nador científico do Geopark<br />

Naturtejo, foi o especialista convidado<br />

a falar sobre a implementação<br />

<strong>de</strong> geoparques reconhecidos<br />

pela UNESCO, das estratégias <strong>de</strong><br />

comunicação do Património Geológico<br />

e do potencial inovador do<br />

segmento do Geoturismo. Este responsável<br />

e investigador apresentou<br />

ainda o mo<strong>de</strong>lo organizacional do<br />

Geopark Naturtejo e os resultados<br />

obtidos nos últimos seis anos, como<br />

referência para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> geoparque<br />

a ser <strong>de</strong>senvolvido nesta<br />

região brasileira. Na mesa redonda<br />

mo<strong>de</strong>rada pelo Prof. Gilson Burigo<br />

Guimarães <strong>de</strong>stacou-se ainda a<br />

apresentação <strong>de</strong> José Patrício Melo,<br />

responsável pelo Geopark Araripe,<br />

que reforçou a importância<br />

dos proprietários locais na gestão<br />

e valorização económica do Património<br />

Geológico, e <strong>de</strong> Afrânio José<br />

Soriano, coor<strong>de</strong>nador do projecto<br />

Geoparque Bodoquena/Pantanal,<br />

que salientou o valor económico e<br />

social da conservação da Natureza<br />

nas áreas protegidas. A coor<strong>de</strong>nadora<br />

do Congresso, Prof. Jasmine<br />

Moreira Cardozo, especialista em<br />

turismo em Áreas Protegidas e Interpretação<br />

Ambiental, ficou muito<br />

satisfeita com os resultados alcançados,<br />

tendo salientado o trabalho<br />

que tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido<br />

pela equipa da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ponta Grossa para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um geoparque reconhecido<br />

pela UNESCO na região dos<br />

Campos Gerais. Os exemplos <strong>de</strong><br />

conservação e valorização do património<br />

geológico excepcional<br />

<strong>de</strong>sta região do Brasil são já vários,<br />

nomeadamente o Parque Estadual<br />

<strong>de</strong> Vila Velha, o Canyon Guartelá<br />

ou a região <strong>de</strong> Tibagi, on<strong>de</strong> a história<br />

da exploração <strong>de</strong> diamantes<br />

no Brasil teve os seus primórdios<br />

e on<strong>de</strong> ainda hoje vibra como património<br />

cultural. Conhecida como<br />

“a melhor cida<strong>de</strong>zinha do Brasil”<br />

Tibagi é hoje um <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> ecoturismo<br />

que irá reforçar a oferta<br />

geoturística como forma <strong>de</strong> atingir<br />

os mercados internacionais. Esta<br />

i<strong>de</strong>ia foi salientada pela Vereadora<br />

Angela Nasser, durante a visita dos<br />

convidados português e brasileiros,<br />

realizada a esta cida<strong>de</strong> no âmbito<br />

do Congresso. ■<br />

Direcção Técnica: Dra Maria O<strong>de</strong>te da Conceição Guerra<br />

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Telefone: 272 773 179<br />

email: freguesia-cambas@hotmail.com


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

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2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 19<br />

“Até sempre Gutenberg”<br />

* Carlos Fernan<strong>de</strong>s<br />

Johannes Gensfleisch zur La<strong>de</strong>n<br />

zum Gutenberg ou melhor<br />

simplesmente Gutenberg, foi um<br />

inventor e gráfico alemão, nascido<br />

na Mongúncia - Mainz em 1398.<br />

Teve um papel fundamental no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da Renascença,<br />

Reforma e na Revolução cientifica,<br />

<strong>de</strong>ve-se a ele as bases materiais<br />

para a mo<strong>de</strong>rna economia baseada<br />

no conhecimento e a disseminação<br />

da aprendizagem em massa.<br />

Gutenberg foi o primeiro no<br />

mundo a usar a impressão por tipos<br />

móveis, e o inventor global da<br />

prensa móvel. Entre as suas muitas<br />

contribuições para a impressão, estão<br />

a invenção <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

impressão em massa <strong>de</strong> tipo móvel,<br />

a utilização <strong>de</strong> tinta a base <strong>de</strong> óleo, e<br />

ainda o uso <strong>de</strong> uma prensa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

similar á prensa <strong>de</strong> parafuso<br />

agrícola usada na época.<br />

Todavia a sua invenção verda<strong>de</strong>iramente<br />

memorável foi a combinação<br />

<strong>de</strong> todos esses elementos<br />

num sistema prático que permitiu<br />

a produção em massa <strong>de</strong> livros impressos<br />

o que era economicamente<br />

rentável para gráficas e leitores. O<br />

método Gutenberg a sua tecnologia<br />

<strong>de</strong> impressão rapidamente se espalhou<br />

peça Europa e mais tar<strong>de</strong> pelo<br />

Mundo, estávamos perante o mentor<br />

o pioneiro da imprensa escrita.<br />

As imprensas na Ida<strong>de</strong> Média<br />

eram simples tabelas gordas e pesadas<br />

ou blocos <strong>de</strong> pedra que se<br />

apoiavam sobre a matriz <strong>de</strong> impressão<br />

já entintada para transferir sua<br />

imagem ao pergaminho ou papel.<br />

A imprensa <strong>de</strong> Gutenberg é uma<br />

adaptação daquelas usadas para<br />

espremer o suco das uvas na fabricação<br />

do vinho, com as quais estava<br />

familiarizado, já que a Mongúncia<br />

on<strong>de</strong> viveu e nasceu se encontra no<br />

Vale do Reno uma região vinícola<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre. Depois da invenção<br />

dos tipos e da adaptação da prensa<br />

vinícola outras experiências se realizaram,<br />

para que a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impressão<br />

fosse um dado adquirido.<br />

Pra comprovar a magnificência<br />

<strong>de</strong>ste inventor alemão realiza-se<br />

anualmente, nos Estados Unidos, o<br />

“Festival Gutenberg” uma espécie<br />

<strong>de</strong> feira <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações e inovações<br />

na área do <strong>de</strong>senho gráfico, da<br />

impressão digital, da publicação e<br />

da conversão do texto, o que só nos<br />

vem <strong>de</strong>monstrar que a invenção do<br />

mestre Gutenberg consegue ainda<br />

hoje, cultivar seguidores que , da<br />

sua experiência base tentam superar<br />

o invento e adaptar as tecnologias<br />

mo<strong>de</strong>rnas ás exigentes necessida<strong>de</strong>s<br />

do mundo atual.<br />

Chegados aos nossos dias, os<br />

meios <strong>de</strong> comunicação tradicional,<br />

estão perante o seu maior <strong>de</strong>safio<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 200 anos, sair do papel e<br />

pôr os leitores online a gerar receitas<br />

para sustentar os projetos .<br />

A semana que passou foi a prova,<br />

que um pouco por todo o mundo<br />

que a imprensa se encontra em<br />

crise.<br />

A Newsweek empurrada pelo<br />

<strong>de</strong>clínio da publicida<strong>de</strong> e da circulação,<br />

cessa <strong>de</strong> existir enquanto produto<br />

impresso já no inicio <strong>de</strong> 2013, o<br />

ano do seu 80ª aniversário, passará a<br />

uma existência meramente virtual.<br />

Em Portugal a administração da<br />

Soanaecom faz <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r a existência<br />

do principal jornal <strong>de</strong> referência<br />

o Público do <strong>de</strong>sinvestimento no<br />

papel e da aposta na edição digital<br />

reservada a assinantes . Processo<br />

idêntico no Reino Unido com o<br />

Guardian e o Daly Telegraph .Na<br />

Alemanha o Die Weit anuncia que<br />

o acesso gratuito aos conteúdos dos<br />

jornais na internet vai acabar.<br />

A agência Lusa, os trabalhadores<br />

acabam <strong>de</strong> realizar quatro dias <strong>de</strong><br />

greve contra o anunciado corte <strong>de</strong><br />

30% estipulado pelo governo no orçamento<br />

<strong>de</strong> estado. Com uma crise<br />

que emerge a cada dia que passa,<br />

novos <strong>de</strong>safios se nos <strong>de</strong>param, em<br />

relação á imprensa regional cada<br />

vez mais a perseverança a atitu<strong>de</strong>, e<br />

o solene compromisso com as gentes<br />

da sua região, po<strong>de</strong>remos preservar<br />

a azáfama, a arte do encontro<br />

<strong>de</strong> todos junto, aos quiosques<br />

e praças das nossas terras on<strong>de</strong> o<br />

ser autêntico , genuíno e cidadão<br />

<strong>de</strong> corpo inteiro, nos po<strong>de</strong>rá levar<br />

a sentar nas nuvens e <strong>de</strong>sfolhar o<br />

nosso jornal iluminados pela lua!<br />

Até sempre Gutenberg, aqui na<br />

nossa terra estarás sempre presente,<br />

pois tal como no fabrico do nosso<br />

vinho a prensa da vida jamais<br />

parará<br />

Bem hajam ■<br />

O sentimento, através do gosto,<br />

cria a beleza. O significado da palavra<br />

Shanshui (paisagem), Shan<br />

transporta nos às montanhas e Shui<br />

às águas e rios. É partindo <strong>de</strong>ste<br />

pensamento que iremos abordar a<br />

paisagem como produto e recurso<br />

turístico, quer na vertente <strong>de</strong> turismo<br />

da natureza, quer na vertente <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e bem estar, ou gastronomia e<br />

vinhos, nomeadamente na zona do<br />

Pinhal interior.<br />

Todavia, começo com duas citações,<br />

que por si só são elucidativas.<br />

Do que estamos a falar, passo a citar:<br />

(…) Poucos sabem qual o rio da<br />

minha al<strong>de</strong>ia.<br />

E para on<strong>de</strong> vai.<br />

E don<strong>de</strong> vem.<br />

E por isso pertence a menos gente,<br />

é mais livre e maior o rio da minha<br />

al<strong>de</strong>ia .<br />

O rio da minha al<strong>de</strong>ia, não faz<br />

pensar em nada.<br />

Quem está ao pé <strong>de</strong>le está só ao<br />

pé <strong>de</strong>le.<br />

(Alberto Caeiro )<br />

“Muita gente vive <strong>de</strong> arrancar<br />

torgas e fazer carvão (….)<br />

A serra para uns e outros, e especialmente<br />

para o pobre, é a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer o molho, encher o carrinho,<br />

que lhe vai buscar o lavrador<br />

amigo ou condoído, e a liberda<strong>de</strong>.<br />

(….) A serra é nossa e muito nossa.<br />

Queremo-la assim estamos no<br />

nosso direito.<br />

(Aquilino Ribeiro in Quando os<br />

lobos uivam).<br />

O rio como paisagem natural e<br />

cultural tem servido <strong>de</strong> referência<br />

para o homem ao longo <strong>de</strong> toda a<br />

sua existência, é fonte <strong>de</strong> água, elemento<br />

vital e indispensável, que<br />

percorre e estrutura o espaço é um<br />

marco territorial, tem sido fonte <strong>de</strong><br />

inspiração <strong>de</strong> poetas e pintores, mas<br />

essencialmente é uma estrutura<br />

complexa <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muitos<br />

sistemas naturais, semi - naturais<br />

e humanos.<br />

O rio pelos importantes valores<br />

ecológicos, estéticos, sócio-culturais<br />

, económicos, pela proximida<strong>de</strong> e<br />

relação com a socieda<strong>de</strong> ao longo<br />

da história e ainda por refletir as<br />

opções <strong>de</strong> gestão /or<strong>de</strong>namento do<br />

território e os subsequentes riscos<br />

(ex. cheias poluição, etc), é um excelente<br />

recurso para compatibilizar<br />

turismo com sensibilização ambiental<br />

. É este paradigma entre o observador<br />

e a natureza que urge existir<br />

um filtro, uma atitu<strong>de</strong> ética que se<br />

apoia na observação dos princípios<br />

da ecologia, sem dúvida influenciada<br />

por uma filosofia romântica do<br />

apreço pelo natural. Pois sempre o<br />

homem a vida viu no rio refletida.<br />

Mas é o pinhal, quase 90% da paisagem<br />

da nossa terra, é na gestão<br />

em harmonia com a conservação<br />

da fauna, e beneficiando da sua<br />

presença, para o controlo <strong>de</strong> pragas,<br />

para a rentabilida<strong>de</strong> económica da<br />

ativida<strong>de</strong> cinegética e turística .Um<br />

pouco por todo o mundo estão em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento mercados para<br />

serviços associados à conservação,<br />

para potenciar a sustentabilida<strong>de</strong><br />

económica e ambiental <strong>de</strong>stes sistemas<br />

, através: Eco-turismo ou outras<br />

formas <strong>de</strong> turismo associado a espaços<br />

florestais : Caça, pesca, produtos<br />

não lenhosos ; Contratos <strong>de</strong> prospeção<br />

<strong>de</strong> novas espécies etc. Tudo isto<br />

“Shanshui”<br />

através <strong>de</strong> certificações do território<br />

florestal e da sua gestão, por exemplo<br />

: A certificação da gestão floresta<br />

sustentável ; a certificação <strong>de</strong> boas<br />

práticas agrícolas ;a certificação da<br />

agricultura biológica entre muitas<br />

outras , obviamente que não se po<strong>de</strong><br />

ter tudo, mas essencialmente o que<br />

queremos, se este for o caminho, escusado<br />

será dizer que os <strong>de</strong>sportos<br />

motorizados, ralis, todo terreno terão<br />

que ser suprimidos.<br />

Existe também certificação do<br />

setor turístico que advém também<br />

da existência <strong>de</strong> um “novo turista”,<br />

que seleciona o seu <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> férias<br />

com base em critérios ambientais e<br />

sociais.<br />

O turismo <strong>de</strong> natureza em Portugal,<br />

apresenta lacunas <strong>de</strong> infra estruturas<br />

e falta <strong>de</strong> experiência e know<br />

how, todavia se for conduzido <strong>de</strong><br />

forma competente e no respeito pelo<br />

ambiente, po<strong>de</strong>rá contribuir significativamente<br />

para a sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> áreas agro florestais do país. O<br />

turismo em espaço rural, turismo<br />

da natureza e biodiversida<strong>de</strong>, tem<br />

registado um aumento consi<strong>de</strong>rável,<br />

representando 9%das viagens<br />

dos Europeus na atualida<strong>de</strong>, sendo<br />

os principais mercados emissores a<br />

Alemanha e a Holanda.<br />

Ora é esta matéria prima que a<br />

zona do pinhal oferece, o turismo<br />

<strong>de</strong> natureza ,saú<strong>de</strong> bem estar, gastronomia<br />

e vinhos necessita e contribui<br />

para preservação. A ativida<strong>de</strong><br />

turística <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos (naturais<br />

e culturais) em bom estado.<br />

Contribui para a manutenção e valorização<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s tradicionais<br />

ameaçadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecimento,<br />

contribui para a fixação dos jovens<br />

e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos<br />

mercados <strong>de</strong> trabalho e novas<br />

profissões, necessita <strong>de</strong> inovar com<br />

base na valorização dos recursos<br />

locais para se diferenciar e ser competitivo,<br />

ora o meio agro florestal<br />

propicia esta inovação.<br />

Necessita <strong>de</strong> paisagens diversificadas<br />

e esteticamente atraentes, em<br />

alternativa ao turismo <strong>de</strong> massas.<br />

Necessita diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s turísticas não impactantes<br />

sobre o meio (percursos pe<strong>de</strong>stres,<br />

alojamento rural, experimentação<br />

<strong>de</strong> produtos locais, e como não<br />

po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, uma aposta<br />

forte na formação <strong>de</strong> educação ambiental).<br />

Autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrema importância,<br />

para manter intactas as características<br />

da região. Hoje é muito<br />

apreciada a gastronomia regional e<br />

com gran<strong>de</strong> relevo económico <strong>de</strong>vido<br />

à industria <strong>de</strong> transformação para<br />

diversas utilizações alimentares e as<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exportação.<br />

Cada vez mais os turistas que nos<br />

visitam procuram paisagens, hábitos<br />

e costumes diferentes dos das<br />

suas terras <strong>de</strong> origem .<br />

Com a proliferação <strong>de</strong> alojamentos<br />

em espaço rural e hóteis na zona<br />

do pinhal, será <strong>de</strong> todo importante,<br />

em conjunto a criação <strong>de</strong> parcerias<br />

entre todas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento,<br />

empresas <strong>de</strong> animação turística<br />

e município, para uma aposta forte<br />

na qualificação e certificação (festas,<br />

romarias, confrarias gastronómicas<br />

etc), como também em recursos<br />

humanos com alto grau <strong>de</strong> qualificação,<br />

comunicar, promover apostar<br />

no marketing e ser mais capaz ,<br />

só assim o investimento não se irá<br />

transformar em má <strong>de</strong>spesa.<br />

Com votos redobrados <strong>de</strong> sucesso,<br />

e sabendo que a hospitalida<strong>de</strong><br />

e matéria prima da região é <strong>de</strong> excelência,<br />

gostaria <strong>de</strong> lembrar que o<br />

futuro é uma construção coletiva.<br />

Bem hajam ■


20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Nunca tantos <strong>de</strong>veram tanto<br />

a tão poucos<br />

Joaquim Vitorino<br />

Quando o primeiro-ministro<br />

britânico, durante o segundo conflito<br />

mundial, na batalha <strong>de</strong> Inglaterra,<br />

se referia a uma casta <strong>de</strong><br />

pilotos jovens, que muitos <strong>de</strong>les,<br />

sacrificaram as suas vidas, para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem, a integrida<strong>de</strong> territorial<br />

do seu país e não só; pois foi<br />

sem sombra <strong>de</strong> dúvida, nesse combate<br />

aéreo, que se jogava a <strong>de</strong>fesa<br />

da Europa; com uma vasta região<br />

já ocupada; e referindo-se aqueles<br />

que, tinham perdido as suas vidas,<br />

no combate <strong>de</strong>cisivo, que repeliu a<br />

invasão germânica, e <strong>de</strong>u início<br />

á contra ofensiva que, hoje todos<br />

sabemos o <strong>de</strong>sfecho; (nunca tantos<br />

<strong>de</strong>veram tanto a tão poucos);<br />

disse Churchill emocionado aos<br />

microfones da BBC; a Inglaterra<br />

nunca seria ocupada; nesse terrível<br />

conflito, que custou 55 milhões<br />

<strong>de</strong> mortos; eu nasci no meio do<br />

conflito: fevereiro <strong>de</strong> 1943. Churchill,<br />

estudava bem as palavras,<br />

e não obstante ser um homem <strong>de</strong><br />

poucas falas, era um excelente orador;<br />

presto aqui homenagem aos<br />

Ingleses que, em tempos difíceis,<br />

tanto no passado, como em épocas<br />

recentes, souberam enfrentar, com<br />

coragem e <strong>de</strong>terminação, situações<br />

inimagináveis, como quando, uma<br />

epi<strong>de</strong>mia local, dizimou 75 por<br />

cento da população <strong>de</strong> Londres;<br />

ainda em Inglaterra, on<strong>de</strong> para lá<br />

emigrei em 1969; foi ali que o meu<br />

filho, <strong>de</strong>u os primeiros passos da<br />

sua vida, precisamente no dia, em<br />

que fez um ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Já pensei<br />

algumas vezes, ter cometido<br />

um erro, em ter regressado; voltei<br />

precisamente antes <strong>de</strong> 1974, o quer<br />

dizer, que não foram motivações<br />

políticas que me levaram a partir;<br />

a procura <strong>de</strong> melhores condições<br />

<strong>de</strong> vida, é que pesaram na minha<br />

<strong>de</strong>cisão. Não pertenço a qualquer<br />

partido, grupos, ou movimentos,<br />

não tenho um único familiar que,<br />

tenha seguido a carreira política;<br />

o meu voto, é sempre circunstancial.<br />

Não sou a favor <strong>de</strong> qualquer<br />

monarquia; mas tenho que reconhecer<br />

que, a britânica, em tempos<br />

<strong>de</strong> crise, funciona em pleno;<br />

também não sou, a favor da reposição,<br />

da monarquia em Portugal;<br />

o ultimato <strong>de</strong> 1890 que referi na<br />

minha crónica “Portugal <strong>de</strong> hoje<br />

e do passado” já divulgada em<br />

alguma imprensa da zona Oeste,<br />

ditou o regicídio, e a República<br />

uns anos mais tar<strong>de</strong>, e que por<br />

consequência levou, o país à banca<br />

rôta em 1892; o pedido <strong>de</strong> resgate<br />

que mesmo renegociado em<br />

1902, levou 119 anos a pagar; a última<br />

tranche da dívida, foi paga<br />

a 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011. A seguir,<br />

vêm as repúblicas, já nem sabemos<br />

bem quantas são; 102 anos<br />

<strong>de</strong> incertezas, carregado <strong>de</strong> dívidas<br />

e subserviência, sempre na<br />

mira dos credores; o povo!.. bem,<br />

é melhor passar á situação atual<br />

em que, os que nos emprestam<br />

o dinheiro, já dizem que a austerida<strong>de</strong><br />

é muito severa; pois é,<br />

eles sabem bem que, quem muito<br />

quer, tudo po<strong>de</strong> levar a per<strong>de</strong>r;<br />

o FMI avisou; mas isto está tudo<br />

estudado ao milímetro. Como<br />

acima referi, Portugal honra os<br />

seus compromissos, pagou uma<br />

dívida <strong>de</strong> 119 anos; mas esta comparada<br />

com a que está em curso,<br />

e a que vem a seguir, são peanuts.<br />

Da austerida<strong>de</strong> que nos está a ser<br />

imposta, resulta inevitavelmente a<br />

impossibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos pagar<br />

dívida e juros, sem que estes<br />

sejam suavizados, e dignamente<br />

aceitáveis; <strong>de</strong>vemos isso às crianças<br />

<strong>de</strong> hoje, e do futuro do nosso<br />

país; mesmo assim, Portugal vai<br />

ser projetado, para a cauda da Europa,<br />

em atraso a todos níveis, durante<br />

longos anos. Estamos à beira<br />

do abismo, em queda acelerada,<br />

para o fosso da pobreza, <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

dificilmente conseguiremos sair.<br />

As gerações futuras, nada fizeram<br />

para carregar, com o peso <strong>de</strong>sta<br />

brutalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dívida, que lhes<br />

estamos a infligir. É urgente que<br />

se tomem iniciativas, para levar<br />

à barra dos tribunais, quem quer<br />

que eles sejam, para que <strong>de</strong>volvam<br />

os milhões que levaram para<br />

fora do país, sem os quais, centenas<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> crianças e idosos,<br />

não irão sobreviver; para além<br />

<strong>de</strong> uma questão moral para todos<br />

nós, é crime para quem, colocou o<br />

país, neste estado <strong>de</strong> eminente calamida<strong>de</strong>;<br />

não me refiro a <strong>de</strong>cisões<br />

erradas, ou politicas que não tiveram<br />

o sucesso esperado, porque<br />

todos nós temos falhas; governar<br />

um país não é, uma ciência exata e<br />

infalível; refiro-me sim aos <strong>de</strong>svios<br />

que <strong>de</strong>liberadamente foram feitos,<br />

em proveito próprio, por aqueles<br />

que, em alguns casos, neles confiámos<br />

o voto. Se nada for feito, no<br />

sentido <strong>de</strong> moralizar, o exercício<br />

<strong>de</strong> governar, e fazer política; este<br />

pobre país, continua a afundar-se;<br />

daqui a 120 ou 150 anos, 6 gerações;<br />

a última, já nem fará parte,<br />

da nossa árvore genealógica, cuja<br />

transmissibilida<strong>de</strong> acaba na quinta<br />

geração, vão estar a <strong>de</strong>bater-se,<br />

com o mesmo problema, que nos<br />

aflige nos dias <strong>de</strong> hoje. Voltando<br />

ao início, em que citei Churchill;<br />

neste caso em que, levou Portugal<br />

a esta situação; diria que, no nosso<br />

caso; (nunca tantos pagaram<br />

tanto, pelos erros e <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> tão<br />

poucos). ■<br />

O Papa é protestante<br />

Dr. Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva<br />

Estou a ler o livro “Jesus <strong>de</strong><br />

Nazaré” <strong>de</strong> Joseph Ratzinger –<br />

mais conhecido por Papa Bento<br />

XVI – e a i<strong>de</strong>ia que me passa pela<br />

cabeça é que o atual Papa <strong>de</strong>ve<br />

ser Protestante( 1 ). Este seu livro<br />

merece ser lido por todos. A sua<br />

linguagem e rigor baseados em<br />

argumentos extraídos da Bíblia<br />

Sagrada e da história da Igreja<br />

Primitiva fazem-me pensar isso.<br />

Afinal, a minha formação académica<br />

é em teologia na área específica<br />

da história do cristianismo<br />

pelo Departamento <strong>de</strong> Christian<br />

Spirituality, Church History<br />

and Missiology da UNISA<br />

(University of South Africa)( 2 ).<br />

Ratzinger apresenta a imagem<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo baseada nos Evangelhos.<br />

Para ele, Jesus foi absolutamente<br />

um homem que viveu<br />

sobre a terra e portanto é o “Jesus<br />

histórico”. No entanto, Ele era simultaneamente<br />

Deus com o Pai e<br />

assim sendo estava na terra como<br />

o “Cristo da fé”. Quando Ratzinger<br />

se <strong>de</strong>cidiu a escrever este livro<br />

nem pensava que o iria publicar<br />

na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Papa da Igreja<br />

católica Romana. Mas à medida<br />

que pesquisava para reunir e digerir<br />

as informações foi notando<br />

que a partir dos anos 50 do século<br />

passado esses dois conceitos<br />

foram-se afastando um do outro<br />

e pergunta logo no prefácio: “Mas<br />

que significado po<strong>de</strong>ria ter a fé em Jesus<br />

Cristo, em Jesus Filho do Deus<br />

vivo, se <strong>de</strong>pois Jesus tivesse sido tão<br />

diverso da forma como O apresentam<br />

os evangelistas e do modo como<br />

a Igreja, partindo dos Evangelhos, O<br />

anuncia?”<br />

De acordo com o pensamento<br />

<strong>de</strong> Ratzinger, pouco se sabe sobre<br />

<strong>de</strong> Jesus e a Sua imagem só foi<br />

plasmada posteriormente pela fé<br />

na Sua divinda<strong>de</strong>. Mas essa impressão<br />

penetrou profundamente<br />

na consciência cristã e na cultura<br />

oci<strong>de</strong>ntal. Como afirma, “Uma tal<br />

situação é dramática para a fé, porque<br />

torna incerto o seu verda<strong>de</strong>iro ponto<br />

<strong>de</strong> referência; a amiza<strong>de</strong> íntima com<br />

Jesus, da qual tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, corre<br />

o risco <strong>de</strong> cair no vazio”. O estudo<br />

da história intensifica-se e as exigências<br />

e rigores das pesquisas<br />

académicas ultrapassam os limites<br />

duma fé outrora meramente<br />

utópica e irrealista como era<br />

experimentada pelo comum dos<br />

mortais.<br />

Mas as informações sobre o Jesus<br />

<strong>de</strong> Nazaré histórico reforçam a<br />

veracida<strong>de</strong> do cristianismo como<br />

religião autêntica e verda<strong>de</strong>ira.<br />

Assim, o que realmente é digno<br />

<strong>de</strong> fé é encontrado nas pesquisas<br />

realizadas por historiadores rigorosos<br />

cuja formação académica<br />

os obriga a falar verda<strong>de</strong>. Não é<br />

este o grito Protestante que levou<br />

muitos a arriscar a sua própria<br />

vida pela convicção <strong>de</strong> ser necessário<br />

prestar a <strong>de</strong>vida atenção às<br />

Escrituras Sagradas e à experiência<br />

individual e eclesiástica das<br />

comunida<strong>de</strong>s cristãs dos tempos<br />

primórdios e das catacumbas?<br />

Confirma-o Ratzinger ao afirmar<br />

que “o método histórico crítico permanece<br />

indispensável, consi<strong>de</strong>rando<br />

a estrutura da fé cristã”. Este método<br />

é uma das dimensões basilares<br />

da exegese mas “não esgota a tarefa<br />

da interpretação para aquele que vê,<br />

nos escritos bíblicos, a única Sagrada<br />

Escritura e acredita ter sido inspirada<br />

por Deus”.<br />

Tal como sempre enten<strong>de</strong>ram<br />

os pensadores e os cristãos do<br />

universo protestante os limites<br />

do método histórico crítico <strong>de</strong>vem<br />

ser bem estabelecidos. Como<br />

afirma Ratzinger, “O seu primeiro<br />

limite, para quem se sente hoje interpelado<br />

pela Bíblia, consiste no facto<br />

<strong>de</strong> por sua natureza ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a<br />

palavra no passado. Enquanto método<br />

histórico, procura, para os diversos<br />

factos, o contexto da época passada,<br />

em que se formaram os textos.<br />

Procura conhecer e compreen<strong>de</strong>r o<br />

mais rigorosamente possível o passado<br />

– tal como era em si mesmo – para<br />

<strong>de</strong>ste modo <strong>de</strong>scobrir também o que o<br />

autor pô<strong>de</strong> ou quis exprimir naquele<br />

momento, no contexto do seu pensamento<br />

e dos acontecimentos.” Nos<br />

círculos académicos mundiais há<br />

hoje uma abordagem cada vez<br />

mais rigorosa na procura da verda<strong>de</strong><br />

epistemológica. Os académicos<br />

e todos os pensadores <strong>de</strong>vem<br />

permanecer conscientes das<br />

limitações das suas certezas. Porque<br />

a própria “história da exegese<br />

mo<strong>de</strong>rna” nos coloca esses limites<br />

intelectuais e da razão.<br />

Felizmente o Concílio Vaticano<br />

II alterou aquilo que <strong>de</strong>via ter<br />

sido alterado no Concílio <strong>de</strong> Trento<br />

quanto às Escrituras Sagradas;<br />

mais conhecidas por Bíblia Sagrada.<br />

Provavelmente a Europa seria<br />

hoje mais <strong>de</strong> teor protestante<br />

continuando a ser cristã e católica;<br />

porque o protestantismo não<br />

enveredaria pelo caminho da<br />

separação mas pela alteração da<br />

Igreja cristã para torna-la mais<br />

evangélica. Mas felizmente, dizia,<br />

o Concílio Vaticano II evi<strong>de</strong>nciou<br />

claramente o que enten<strong>de</strong>u como<br />

“princípio fundamental da exegese<br />

teológica: [ou seja], quem quer enten<strong>de</strong>r<br />

a Escritura segundo o espírito<br />

com que foi escrita, <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r ao<br />

seu conteúdo e à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a<br />

Escritura”.<br />

Ratzinger foi mais longe ao<br />

afirmar que nos <strong>de</strong>vemos “fixar<br />

na unida<strong>de</strong> da Escritura”. Segundo<br />

ele, “Trata-se <strong>de</strong> um dado teológico<br />

que, no entanto, não é algo atribuido<br />

simplesmente <strong>de</strong> fora a um conjunto<br />

em si mesmo heterogéneo <strong>de</strong> escritos.<br />

A exegese mo<strong>de</strong>rna mostrou como as<br />

palavras da Bíblia se tornam Escrituras<br />

através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> incessantes<br />

leituras: os textos antigos,<br />

numa situação nova, são retomados,<br />

compreendidos e lidos <strong>de</strong> modo<br />

novo… A formação da Escritura configura-se<br />

como um processo da palavra,<br />

que revela pouco a pouco as suas<br />

potencialida<strong>de</strong> interiores; estas <strong>de</strong><br />

certo modo estavam presentes como<br />

sementes que se abrem apenas perante<br />

o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> novas situações, novas<br />

experiências e novos sofrimentos. ”<br />

O Papa aponta ainda para a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> abordarmos a leitura<br />

da Bíblia numa hermenêutica<br />

cristológica que encara Jesus Cristo<br />

como a chave para se enten<strong>de</strong>r<br />

o conjunto da mensagem bíblica.<br />

“Certamente que [através da] hermenêutica<br />

cristológica ... a partir d’Ele<br />

[se] apren<strong>de</strong> a compreen<strong>de</strong>r a Bíblia<br />

como uma unida<strong>de</strong>, pressupõe uma<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> fé e não po<strong>de</strong> surgir <strong>de</strong> um<br />

método puramente histórico”. No<br />

entanto, como pensaria qualquer<br />

simples protestante, Ratzinger<br />

continua a afirmar que “esta <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> fé traz em si a razão – a razão<br />

histórica – e permite ver a íntima<br />

unida<strong>de</strong> da Escritura”.<br />

Relativamente à condição da<br />

Igreja cristã Ratzinger utiliza<br />

uma citação do mo<strong>de</strong>rnista católico<br />

romano Alfred Loisy: “Jesus<br />

anunciou o reino <strong>de</strong> Deus e o que<br />

veio foi a igreja”. Comentando estas<br />

palavras <strong>de</strong> Loisy o Papa foi<br />

ainda mais protestante ao afirmar<br />

“São palavras que certamente escon<strong>de</strong>m<br />

ironia, mas também tristeza: em<br />

vez do tão esperado reino <strong>de</strong> Deus,<br />

do mundo novo transformado pelo<br />

próprio Deus, veio algo <strong>de</strong> totalmente<br />

diferente, uma miséria: a igreja”. ■<br />

(1) Como <strong>de</strong>finição, Protestante é: Aquele que faz uma <strong>de</strong>claração<br />

ou confissão. Leia-se mais em: http://www.answers.com/topic/<br />

protestant#ixzz2C8KL3Q9z<br />

(2) NOTA: A UNISA – instituição académica fundada pela Cambridge<br />

e pela Oxford que já formou mais <strong>de</strong> 8,5 milhões <strong>de</strong> pessoas e neste<br />

momento com mais <strong>de</strong> trezentos mil alunos – é a mãe <strong>de</strong> quase todas<br />

as universida<strong>de</strong>s da África do Sul, estando também a operar em Portugal<br />

e em todo o mundo em qualquer das embaixadas da República<br />

da África do Sul.


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 21<br />

De “Olho” na Educação<br />

Quem acredita?<br />

Manuela Marques<br />

O <strong>Natal</strong> aproxima-se – época<br />

doce e calorosa, <strong>de</strong> tantos sabores à<br />

mistura, que, contudo, será mais recheada<br />

para uns que para outros…e<br />

parece que nos próximos anos esta<br />

tendência ten<strong>de</strong> a agravar-se, pois<br />

a parte menos recheada, muito<br />

mais pobre, terá muitos voluntários<br />

forçados…e lá virão todos aqueles<br />

sentimentos nobres que ressurgem<br />

como que por magia nesta altura<br />

do ano, que é quando mais importa<br />

lembrar dos que sofrem, dos que<br />

passam fome, dos que não têm trabalho,<br />

etc, para alívio consciencioso…<br />

e vem toda a parafernália <strong>de</strong><br />

boas intenções: a sopa dos pobres,<br />

o bacalhau dos sem- abrigo, o cabaz<br />

natalício para a família que ficou<br />

sem forma <strong>de</strong> sustento. Que se note<br />

que não há nenhuma crítica a quem<br />

voluntariamente e por boa vonta<strong>de</strong><br />

participa <strong>de</strong>stas ações, embora consi<strong>de</strong>re<br />

que alimentar a pobreza, se<br />

é que me faço enten<strong>de</strong>r, não é solução<br />

para nada. Matar a fome, numa<br />

única noite do ano, não é <strong>de</strong>certo<br />

a solução, mas será que alguém<br />

acredita que são as boas ações que<br />

solucionam os problemas, ou pelo<br />

menos a maioria <strong>de</strong>les, e especialmente<br />

<strong>de</strong>stes que vivemos atualmente?<br />

Não são as boas ações, mas<br />

ações tornam-se necessariamente<br />

e <strong>de</strong>cisivamente importantes nos<br />

tempos correntes. Senão vejamos:<br />

matar a fome na noite <strong>de</strong> <strong>Natal</strong>,<br />

soluciona por umas horas; arranjar<br />

emprego ou forma <strong>de</strong> sustento soluciona<br />

por muito tempo; entregar<br />

um cabaz natalício é sem sombra<br />

<strong>de</strong> dúvida um gesto solidário e altruísta,<br />

mas muito mais será encontrar<br />

uma forma permanente <strong>de</strong> evitar<br />

cabazes <strong>de</strong> <strong>Natal</strong>, fazendo com<br />

que todos tenham acesso aos bens<br />

<strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong>. Preocupamo-nos<br />

todos, mesmo, mesmo,<br />

com as dificulda<strong>de</strong>s alheias, ou será<br />

uma forma <strong>de</strong> encontrar um alívio<br />

aos corações sobressaltados?<br />

A crise que atravessamos, nós e<br />

alguns outros países europeus, não<br />

se verifica apenas a nível económico<br />

como todos percebem, é ao mesmo<br />

tempo a crise <strong>de</strong> valores que <strong>de</strong>smotiva<br />

as pessoas para a luta que vão<br />

ter <strong>de</strong> encetar nos próximos anos. E<br />

falar <strong>de</strong> valores hoje em dia parece<br />

algo do passado: Valores! Quais valores<br />

estarão aqui postos em causa<br />

e ten<strong>de</strong>m a extinguir-se como certas<br />

espécies <strong>de</strong> animais cujo homem é o<br />

verda<strong>de</strong>iro culpado <strong>de</strong>ssa extinção.<br />

Talvez precisemos <strong>de</strong> uma arca <strong>de</strong><br />

Noé para arrecadar valores e princípios<br />

que ainda perduram, antes<br />

que um dilúvio <strong>de</strong> malefícios possa<br />

<strong>de</strong>struí-los e fazê-los <strong>de</strong>saparecer<br />

<strong>de</strong>finitivamente como a luxúria,<br />

avareza, ira, soberba, vaida<strong>de</strong> e preguiça,<br />

faltando a gula, que parece<br />

ser aquele pecado capital que cada<br />

vez menos afeta a população! Teremos<br />

<strong>de</strong> criar uma caixa <strong>de</strong> Pandora<br />

e arrecadar já não a esperança, mas<br />

a bonança, visto que é uma riqueza<br />

que vai <strong>de</strong>saparecer, para um dia<br />

quiçá, soltá-la num outro mundo…<br />

Ultimamente as alterações climáticas<br />

têm feito surgir no nosso país<br />

fenómenos climatéricos que não<br />

eram tão habituais como agora<br />

estão a ser. A frequência dos vendavais<br />

e a <strong>de</strong>struição aumentam a<br />

cada fenómeno, o homem tem <strong>de</strong><br />

lutar agora também contra as forças<br />

da natureza, que após tantos milénios<br />

se vinga do tão afamado progresso<br />

humano. Mas o ser humano,<br />

não se dá conta <strong>de</strong> como tudo vai<br />

correndo para um abismo…Quem<br />

acredita que o mundo tal como o<br />

conhecemos não terá um fim? Neste<br />

momento da história humana,<br />

que ensinamentos <strong>de</strong>vemos transmitir,<br />

que princípios fazer crescer,<br />

que importa lutar pelo Bem, se somos<br />

tantas vezes acometidos pelo<br />

Mal? Não é esta a teoria do Céu ou<br />

do Inferno, mas a teoria da vida humana,<br />

fugir e escapar das malda<strong>de</strong>s<br />

que os próprios irmãos cometem e<br />

cultivar a bonda<strong>de</strong> ao invés <strong>de</strong> dar<br />

o troco. Mas até o próprio Jesus,<br />

na sua infinita bonda<strong>de</strong>, expulsou<br />

e açoitou a malda<strong>de</strong> humana (os<br />

vendilhões do templo sagrado – a<br />

casa <strong>de</strong> seu pai), assim, porque não<br />

po<strong>de</strong>mos nós fazê-lo? Claro que<br />

tirando semelhanças à parte, ninguém<br />

se po<strong>de</strong> equiparar a Jesus ou<br />

Deus nem aspiramos ser qualquer<br />

outra entida<strong>de</strong> divina, contudo,<br />

sentir, sentimos <strong>de</strong> forma igual ou<br />

até mais profundamente, pois há<br />

quem viva uma vida inteira <strong>de</strong> sacrifícios<br />

e malefícios! Expulsar os<br />

salteadores e vendilhões, os corruptos,<br />

os falsos e os oportunistas<br />

é uma obrigação. Mas como fazê-lo<br />

se as leis humanas cada vez mais<br />

protegem esses viciantes arguidos?<br />

Não há solução, apenas precaução!<br />

Cada um, na medida do possível,<br />

tenta escapar a esta intempérie <strong>de</strong>smedida.<br />

E aqui se apren<strong>de</strong> a viver<br />

mais para o individualismo que<br />

ten<strong>de</strong> a caracterizar a raça humana,<br />

poucos são já os que escapam a este<br />

veneno alastrante, senão através da<br />

solidarieda<strong>de</strong>.<br />

Dizem os mais vividos, os mais<br />

experimentados nas várias épocas<br />

da história, a sua e a <strong>de</strong> uma nação:<br />

«Que mundo, este!». Que verda<strong>de</strong>!<br />

- Dizemos nós. Somos a geração da<br />

inovação, mas também da contradição:<br />

melhorou-se muito a vida do<br />

homem, mas por outro lado a vida<br />

é também um flagelo e todos sabemos<br />

porquê. Quem acredita em<br />

melhorias? Quem crê num mundo<br />

melhor? Voltaremos ao paraíso <strong>de</strong><br />

Adão e Eva? No paraíso, supostamente<br />

já viveríamos nós, pois o<br />

progresso científico permite-nos<br />

viver até quase aos 80 anos (esperança<br />

média <strong>de</strong> vida), não é algo<br />

maravilhoso? Seria, sim, se a partir<br />

dos 65/70 anos não nos entregassem<br />

no “<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> idosos” porque o<br />

progresso não permite tempo para<br />

cuidar a Velhice! E a geração mais<br />

recente, terá até mesmo condições<br />

para uma velhice condigna? Como<br />

o homem cria, mas <strong>de</strong>strói…<br />

Recorrendo ao Evangelho, seria<br />

caso para dizer; «Pai, perdoa-lhes,<br />

porque não sabem o que fazem.»<br />

e não é isto uma verda<strong>de</strong> absoluta,<br />

tirando a religião em que se insere?<br />

Tantos doutores e ninguém<br />

sabe explicar, ou melhor, ninguém<br />

sabe solucionar a crise do mundo.<br />

Todos sabemos criticar: o vizinho,<br />

o amigo, o familiar; a escola, os<br />

professores; os hospitais, os médicos<br />

e os enfermeiros; as obras, os<br />

engenheiros; os polícias e os ministros<br />

e os presi<strong>de</strong>ntes e todos…mas<br />

seríamos nós mesmos diferentes <strong>de</strong><br />

todos eles? Dizem os filósofos que<br />

o po<strong>de</strong>r corrompe, para mim o po<strong>de</strong>r<br />

mostra aquilo que cada um é na<br />

realida<strong>de</strong>, por isso nos admiramos<br />

tanto quando permitimos a alguém<br />

ter algum po<strong>de</strong>r sobre nós e nos<br />

surpreen<strong>de</strong>, essa pessoa, pela positiva<br />

ou negativamente: ele está só a<br />

mostrar o lado em que joga, neste<br />

campeonato universal, criado por<br />

leis caóticas on<strong>de</strong> vivemos a achar<br />

a Or<strong>de</strong>m…■<br />

A importante Instituição <strong>de</strong>sportiva<br />

<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, Presidida por<br />

Ramiro Roque, recebeu no Maria<br />

Pinha os Amigos e sócios e celebrou<br />

o 36º aniversário em gran<strong>de</strong><br />

convívio virado para os sucessos<br />

e realizações do futuro, sem esquecer<br />

o passado brilhante.<br />

Na altura discursaram tanto o<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Clube como o Vereador<br />

Vitor Antunes congratulando-se<br />

com mais um aniversário.■<br />

* Fotos: Fotodisco, Alberto La<strong>de</strong>ira<br />

“ARCO” celebrou o 36º Aniversário<br />

Incontornável e obrigatório<br />

referir<br />

Sebastien Loeb e a Citroen, 9 anos consecutivos<br />

Campeões do Mundo <strong>de</strong> Rally’s.<br />

Impressiona ver a condução <strong>de</strong>ste piloto.<br />

Depois <strong>de</strong> tanta vitória, para on<strong>de</strong> irá agora?<br />

Apostamos nos Sport Protótipos.<br />

Aguar<strong>de</strong>mos.<br />

Piscinas Municipais<br />

com novas<br />

modalida<strong>de</strong>s<br />

Com o arranque <strong>de</strong> um novo ano letivo nas Piscinas Municipais<br />

Climatizadas, este complexo <strong>de</strong>sportivo informa que haverá novas<br />

modalida<strong>de</strong>s a serem lecionadas, tais como:<br />

. ginástica sénior<br />

. ténis<br />

. jump<br />

. hidrojump<br />

Para mais informações, os interessados <strong>de</strong>verão contactar o 272 681<br />

062 ou por e-mail, através do en<strong>de</strong>reço piscinasmunicipais@cm-oleiros.pt.<br />


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Campanha <strong>de</strong> apoio ao<br />

comércio tradicional<br />

Seja solidário nesta época e nas restantes, faça<br />

as suas compras no comércio tradicional<br />

O FUTURO AGORA!<br />

“Ultrapasse o presente,<br />

chegue ao sucesso e seja feliz.”<br />

Taróloga Cartomante Margarida Fernan<strong>de</strong>s<br />

Contacto: 961 093 788<br />

tarot.online2011@gmail.com<br />

Siga-me no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF<br />

Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernan<strong>de</strong>s.blogspot.pt/<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia da Amieira<br />

(OLR)<br />

Rua <strong>de</strong> S. Francisco, 6160-052 Amieira<br />

Telefone (00351) 272 634 151<br />

Carneiro 21/3 a 20/4<br />

Carta Dominante: A Justiça: regra, disciplina.<br />

Amor: Inicia este mês com enorme entusiasmo e dinâmica<br />

no amor. Todas as questões serão esclarecidas e as<br />

suas opiniões acatadas. Tente ser mais criativo e evite<br />

isolar-se. Conseguirá obter o que preten<strong>de</strong>, com alguma luta, mas<br />

<strong>de</strong> forma vitoriosa!<br />

Trabalho: Especial cuidado com quem o queira prejudicar. Deve<br />

reservar-se mais. Po<strong>de</strong>rá ter uma <strong>de</strong>spesa extra, que irá abalar as<br />

suas finanças.<br />

Saú<strong>de</strong>: Cuidado com as constipações. Deve evitar a exposição solar.<br />

Conselho: As suas energias estarão instáveis no sector familiar. Evite<br />

discussões e saia para contactar mais com a natureza: ouvir o som<br />

dos pássaros e do mar. Deve reenergizar-se. Fale todos os assuntos<br />

com calma e não faça acusações sem fundamento. Esclareça os pontos<br />

importantes e tire todas as dúvidas que tenha.<br />

Touro 21/4 a 21/5<br />

Carta Dominante: A Lua: ilusões, equívocos.<br />

Amor: Sentirá o chão sair <strong>de</strong>baixo dos pés, no inicio<br />

<strong>de</strong> Dezembro. Po<strong>de</strong>rá iludir-se com o que não lhe<br />

traz felicida<strong>de</strong>. A meio do mês sofrerá uma mudança<br />

extremamente positiva e que será consequência <strong>de</strong> uma opção<br />

sua. Acabar com o que não interessa e iniciar uma nova vida, um<br />

novo ciclo ou rumo. Tudo será superável e estará <strong>de</strong>terminado em<br />

lutar pela sua felicida<strong>de</strong>. Tem o caminho aberto para o conseguir.<br />

Prepare-se com discussões acesas no sector familiar.<br />

Trabalho: Po<strong>de</strong>rá ser alvo <strong>de</strong> manipulações por parte <strong>de</strong> outros.<br />

Deve <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> si. Financeiramente po<strong>de</strong>rá contar com entradas<br />

avolumadas <strong>de</strong> dinheiro.<br />

Saú<strong>de</strong>: Controle a tensão arterial.<br />

Conselho: Corte o mal pela raiz. De nada lhe serve pensar no passado<br />

ou iludir-se. Não acredite em promessas, nem vá na onda <strong>de</strong><br />

quem fala consigo <strong>de</strong> forma serena. Deve manter uma postura <strong>de</strong>terminada<br />

e seguir a sua vida para a frente, mesmo que isso seja<br />

contrário à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros. Pense por si, pela sua felicida<strong>de</strong>. Afinal<br />

temos que viver connosco próprios o resto da vida, verda<strong>de</strong>?!<br />

Opte por ser feliz!!!<br />

Gémeos 21/5 a 20/6<br />

Carta Dominante: O Mundo: realização, autonomia.<br />

Amor: Com alguma reserva da sua parte, <strong>de</strong>verá aconselhar-se<br />

e <strong>de</strong>sabafar. Está a guardar muita coisa para<br />

si e isso irá prejudicá-lo. Portanto, mesmo numa fase estagnada,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> si dar vida ao campo amoroso. Conseguirá entrar<br />

num entendimento perfeito com a pessoa amada, mas por tempo<br />

limitado. Este mês será assim: quando pensa que tudo está a tomar<br />

um caminho favorável, há algo que surge e abala a felicida<strong>de</strong>.<br />

Trabalho: Tudo andará sobre rodas. Conseguirá atingir todos os<br />

objectivos a que se propuser. Não gaste <strong>de</strong>masiado, para não <strong>de</strong>sestabilizar<br />

as suas finanças.<br />

Saú<strong>de</strong>: Cuidado com <strong>de</strong>pressões.<br />

Conselho: Aproveite todos os momentos <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e ouça o que<br />

os outros têm para lhe dizer. Não entre em picardia por situações insignificantes,<br />

nem dê <strong>de</strong>masiada importância ao que não interessa.<br />

Caranguejo 21/6 a 22/7<br />

Carta Dominante: O Ermita: reflexão, <strong>de</strong>sapego.<br />

Amor: Entrará em divergências, no inicio do mês. Deve<br />

assumir o comando e tomar o rumo na direcção da sua<br />

vonta<strong>de</strong>. No entanto, po<strong>de</strong>rá sofrer <strong>de</strong>silusões no final do mês, que<br />

fará com que se isole e repense na sua vida.<br />

Trabalho: Conseguirá cumprir os objectivos propostos, se se concentrar<br />

mais. Foque-se mais no seu trabalho. Não assine nada, sem<br />

ler muito bem, as entrelinhas.<br />

Saú<strong>de</strong>: Controle o seu peso.<br />

Conselho: Nem sempre o que queremos po<strong>de</strong> trazer-nos felicida<strong>de</strong>.<br />

Antes <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões reflicta bem. Tome o passo adiante, pensando<br />

antes. Não reaja sem pensar. Este mês todos os caminhos <strong>de</strong>vem<br />

ser planeados ao pormenor, mas sem manipular o próximo.<br />

Leão 23/7 a 22/8<br />

Carta Dominante: O Sol: energia, sonhos.<br />

Amor: Muitas lutas interiores po<strong>de</strong>rão afectar as suas<br />

<strong>de</strong>cisões, neste campo. Tem mesmo que optar. Deve<br />

agir com o coração. Não pense <strong>de</strong>mais! Iniciará uma nova fase na<br />

sua vida, e no final conseguirá ver os frutos <strong>de</strong> forma positiva e protegida.<br />

Deve fazer valer-se pela sua <strong>de</strong>terminação e acção.<br />

Trabalho: Acautele-se com discussões. Deve manter a calma, para<br />

não sofrer uma perda. Fase próspera na área financeira.<br />

Saú<strong>de</strong>: Especial cuidado com os vícios, provocados por nervosismo.<br />

Conselho: Seja mais pon<strong>de</strong>rado nas suas palavras. Evite <strong>de</strong>sentendimentos<br />

e dê priorida<strong>de</strong> aos esclarecimentos <strong>de</strong> forma pacífica.<br />

Aceite o que tiver <strong>de</strong> ser!<br />

Virgem 23/8 a 22/9<br />

Carta Dominante: O Mago: execução, auto-consciência.<br />

Amor: O amor andará no ar, embora Virgem tenha<br />

<strong>de</strong> colocar a cabeça no lugar e não divagar nos seus<br />

pensamentos. Portanto, <strong>de</strong>sça à terra e viva as mudanças que o Universo<br />

lhe traz. Deve esclarecer as questões pen<strong>de</strong>ntes que tem no<br />

seu interior. No final do mês po<strong>de</strong>rá sofrer alguma instabilida<strong>de</strong>,<br />

neste sector.<br />

Trabalho: Conte com ajuda <strong>de</strong> colegas. Parcerias estão protegidas,<br />

este mês. Financeiramente está estável e não atacável.<br />

Saú<strong>de</strong>: Cuidado com o estômago.<br />

Conselho: Deve harmonizar as suas energias, fazendo uma meditação<br />

para ajudá-lo a se concentrar mais. Este mês <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> si e da<br />

forma como se entrega a tudo!<br />

Balança 23/9 a 22/10<br />

Carta Dominante: A Roda da Fortuna: acaso, objectivo.<br />

Amor: Por vezes sente-se injustiçado face a opiniões<br />

dos outros. Isso fará com que se <strong>de</strong>siluda <strong>de</strong>ixando-o<br />

extremamente <strong>de</strong>sorientado, sem saber que direcção tomar. A<br />

meio do mês ten<strong>de</strong>rá a iniciar uma nova fase e acabará o mês e ano<br />

com muita esperança no coração.<br />

Trabalho: Todos os documentos <strong>de</strong>vem ser bem analisados. Possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> novos contratos. Instabilida<strong>de</strong> no sector económico.<br />

Saú<strong>de</strong>: Controle os seus nervos.<br />

Conselho: Saiba que o equilíbrio total não existe. Portanto, aprenda<br />

a viver com o Universo. Afinal, tudo o que acontece na nossa vida<br />

são meras aprendizagens. Aproveite!!!<br />

Escorpião 23/10 a 21/11<br />

Carta Dominante: A Torre: <strong>de</strong>struição, manifestação.<br />

Amor: Inicia o mês com alguma tristeza no coração.<br />

Algo o <strong>de</strong>ixa extremamente nervoso. Esteja atento aos<br />

sinais, pois o Universo irá fazer das suas e colocará Escorpião<br />

numa situação duvidosa. Tudo isto o <strong>de</strong>ixará baralhado e<br />

com dificulda<strong>de</strong> em enten<strong>de</strong>r os seus sentimentos. Acabará o mês<br />

em clarificações<br />

Trabalho: Sentir-se-à limitado nas suas acções. O trabalho parece<br />

não fluir, nem o dinheiro.<br />

Saú<strong>de</strong>: Controle o colesterol.<br />

Conselho: Este mês terá <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões com o que sente e não<br />

com o que pensa. Todas as dúvidas terão o seu esclarecimento. Tenha<br />

calma e não se precipite, ao longo <strong>de</strong>ste mês.<br />

Sagitário 22/11 a 21/12<br />

Carta Dominante: O Ermita: solidão, introspecção.<br />

Amor: Irá <strong>de</strong>parar-se com lutas amorosas. Po<strong>de</strong>rá estar<br />

em causa a palavra <strong>de</strong> quem o ro<strong>de</strong>ia e isso fará<br />

com que queira esclarecer o que o <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>cepcionado.<br />

Vai-se sentir preso a algo. Dificilmente conseguirá tomar <strong>de</strong>cisões<br />

e voltar a acreditar nos sentimentos <strong>de</strong> outros. No final do mês,<br />

terá <strong>de</strong> se afastar <strong>de</strong> todos para pensar na sua vida.<br />

Trabalho: Fase benéfica. Não perca a esperança, pois a sua estrelinha<br />

da sorte irá protegê-lo. Financeiramente conseguirá fazer face<br />

às suas <strong>de</strong>spesas.<br />

Saú<strong>de</strong>: Faça um chek-up.<br />

Conselho: Tenha cuidado com falsida<strong>de</strong>s. Saiba quem o ro<strong>de</strong>ia e o<br />

que preten<strong>de</strong>m <strong>de</strong> si. Não se envolva com quem apenas se interesse<br />

por tudo, menos por si.<br />

Capricórnio 22/12 a 19/1<br />

Carta Dominante: O Imperador: autorida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminação.<br />

Amor: Fase instável, neste sector. Vai andar um pouco<br />

autoritário e a querer analisar todos os passos da<br />

pessoa amada. Cuidado! Isso trará discussões que po<strong>de</strong>rão afastar<br />

pessoas que gosta. No final do mês conseguirá apaziguar os ânimos<br />

e até mesmo trazer momentos felizes para a sua vida, em geral.<br />

Trabalho: Dezembro traz momentos extremamente favoráveis, neste<br />

campo. S<br />

erá bem sucedido em tudo o que fizer. Acautele-se com roubos ou<br />

com enganos financeiros.<br />

Saú<strong>de</strong>: Sujeito a alergias.<br />

Conselho: Seja mais calmo e não se precipite. A sua imposição po<strong>de</strong><br />

afastar outros.<br />

Aquário 20/1 a 18/2<br />

Carta Dominante: O Papa: sabedoria, estagnação.<br />

Amor: Algumas dúvidas e dificulda<strong>de</strong>s em escolher<br />

irão predominar este mês. Há palavras que tem <strong>de</strong><br />

saber usar nos momentos certos, pelo que os sentimentos<br />

<strong>de</strong>vem ser clarificados. Alguns <strong>de</strong>sentendimentos irão surgir<br />

e <strong>de</strong>ixarão-no muito instável a nível emocional.<br />

Trabalho: Nova fase laboral. O mau tempo acabou e iniciará uma<br />

nova caminhada. Sem gran<strong>de</strong>s entradas económicas, mas muito<br />

protegido.<br />

Saú<strong>de</strong>: Controle pequenos quistos ou nódulos.<br />

Conselho: Lute por quem ama. No entanto, <strong>de</strong>ve saber avaliar os<br />

seus sentimentos e as suas ambições sentimentais. Para iniciar algo,<br />

terá <strong>de</strong> conseguir harmonizar o seu coração.<br />

Peixes 19/2 a 20/3<br />

Carta Dominante: A Imperatriz: abundância, fertilidad<br />

Amor: Fase extremamente positivada. Este sector estará<br />

muito protegido, no entanto Peixes será posto a<br />

provas <strong>de</strong> amor que o <strong>de</strong>ixarão muito nervoso. Cuidado com ilusões<br />

e não se <strong>de</strong>ixe enganar. Seja mais <strong>de</strong>terminado e exponha o que<br />

preten<strong>de</strong> para a sua vida sentimental.<br />

Trabalho: Dezembro trará um inicio <strong>de</strong> um ciclo, extremamente<br />

próspero. A nível financeiro terá alguns golpes <strong>de</strong> sorte, mas sem<br />

ganhos avolumados.<br />

Saú<strong>de</strong>: Faça exames médicos.<br />

Conselho: “Quem vê caras não vê corações”. Não acredite em tudo<br />

o que lhe dizem. Po<strong>de</strong> ser iludido e aliciado com quem terá um interesse<br />

diferente do seu. Não se <strong>de</strong>ixe levar pelas emoções. Deve agir<br />

mais com a cabeça, este mês.


2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 23<br />

PÁGINAS<br />

<strong>de</strong> MOTIVAÇÃO<br />

Editora <strong>de</strong> Jornais, Unipessoal, Lda<br />

. Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 <strong>Oleiros</strong><br />

. telemóvel (00351) 922 013 273<br />

. email: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />

. www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />

. Editamos jornais . Promovemos novos autôres.<br />

. Editamos livros e todo o tipo <strong>de</strong> impressão .<br />

Palavras Cruzadas 1<br />

Por: Paulo Freixinho<br />

http://palavrascruzadas-paulofreixinho.blogspot.com<br />

HORIZONTAIS: 1 - Criadas <strong>de</strong> quarto. Insígnia eclesiástica com que os bispos<br />

e outros prelados cobrem a cabeça em certas cerimónias. 2 - Trinda<strong>de</strong>. Linguagem<br />

<strong>de</strong> um povo, consi<strong>de</strong>rada nos seus caracteres especiais. 3 - Espaçosa.<br />

Dia anterior ao <strong>de</strong> hoje. 4 - Peça <strong>de</strong> espingarda que percute a cápsula. Variante<br />

do pronome “o”. Grupo musical organizado principalmente por estudantes. 5 -<br />

Contracção <strong>de</strong> “a” com “o”. Juntar (coisas diferentes). 6 - Incógnita (fig.). Reza.<br />

7 - Gran<strong>de</strong> dorna para a salga do atum. Existe. 8 - Parte aquosa que se separa<br />

do leite ou do sangue <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> coagulados. Atmosfera. Sinal gráfico que serve<br />

para nasalar a vogal a que se sobrepõe. 9 - Freira. Jornada. 10 - Protelara. Parcela.<br />

11 - Penhor. Metal precioso <strong>de</strong> cor amarela.<br />

VERTICAIS: 1 - Avança sobre o inimigo com o objectivo <strong>de</strong> o <strong>de</strong>struir. Doença<br />

respiratória. 2 - Fra<strong>de</strong> que não exerce cargos superiores. Entoação. 3 - Planta<br />

herbácea da família das umbelíferas. Fazer pela vida. 4 - Estrela. Atenuar. 5<br />

- Torne liso. Época. 6 - Terceira nota musical. Eles. Caminhava para lá. Elas. 7 -<br />

Partido. Construção alta e fortificada. 8 - Preparado para tingir. Marido da tia.<br />

9 - Rompimento. Nome comum a várias espécies <strong>de</strong> mamíferos <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ntados da<br />

América do Sul. 10 - Delicada. Elemento <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> palavras que exprime<br />

a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> além <strong>de</strong>, muito. 11 - Gostar muito <strong>de</strong>. Espécie <strong>de</strong> olmo ou choupo da<br />

família das salicíneas.<br />

SOLUÇÃO:<br />

HORIZONTAIS: 1 - Aias. Mitra. 2 - Trio. Idioma. 3 - Ampla. Ontem. 4 - Cão.<br />

Lo. Tuna. 5 - Ao. Misturar. 6 - Xis. Ora. 7 - Atuneira. Há. 8 - Soro. Ar. Til. 9 - Madre.<br />

Etapa. 10 - Adiara. Item. 11 - Arras. Ouro.<br />

VERTICAIS: 1 - Ataca. Asma. 2 - Irmão. Toada. 3 - Aipo. Xurdir. 4 - Sol. Minorar.<br />

5 - Alise. Era. 6 - Mi. Os. Ia. As. 7 - Ido. Torre. 8 - Tintura. Tio. 9 - Rotura.<br />

Tatu. 10 - Amena. Hiper. 11 - Amar. Álamo.<br />

<strong>Oleiros</strong><br />

• Papelaria JARDIM<br />

Estreito<br />

• Café O LAPACHEIRO<br />

Estreito - 6100 <strong>Oleiros</strong><br />

Proença-a-Nova<br />

• A/C Da Idalina <strong>de</strong> Jesus<br />

Avenida do Colégio , nº 1<br />

6150-410 Proença-a-Nova<br />

• Tabacaria do centro<br />

Largo do Rossio<br />

6150-410 Proença-a-Nova<br />

Castelo Branco<br />

• Quiosque da Cláudia<br />

Zona Industrial, lote P-6 C<br />

Loja nº 4, Edifício Intermarché<br />

6000 Castelo Branco<br />

Ameixoeira<br />

• BIG Bar<br />

Estação <strong>de</strong> Serviço<br />

Estª Nacional 238<br />

Ameixoeira - 6100 <strong>Oleiros</strong><br />

Covilhã<br />

Exmo Senhor Pedro Luz<br />

Rua General Humberto Delgado<br />

Quiosque - 6200-014 Covilhã<br />

Po<strong>de</strong> encontrar o<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong><br />

Vila <strong>de</strong> Rei<br />

• Quiosque dos Jornais<br />

Cupão <strong>de</strong> Assinatura<br />

Lisboa<br />

• Papelaria Tabacaria Sampaio<br />

Rua Reinaldo dos Santos, 12-C<br />

1500-505 Lisboa<br />

Jardins da Pare<strong>de</strong><br />

• Papelaria Tabacaria Resumos<br />

Diários<br />

Avª das Tílias, nº 136, Lj B -<br />

Pare<strong>de</strong><br />

Cambas (OLR)<br />

• Restaurante Café Sli<strong>de</strong><br />

Ponte <strong>de</strong> Cambas<br />

Cadaval (Vermelha)<br />

• Junta <strong>de</strong> Freguesia da Vermelha<br />

Rua Eng. Duarte Pacheco, 13<br />

2550-552 - Vermelha<br />

Sertã<br />

A indicar em breve.<br />

q Nacional 15,00€ q Apoio (valor livre)<br />

q Europa 25,00€<br />

Nome.................................................................................................<br />

Morda....................................................................................................<br />

Localida<strong>de</strong>..................................Código Postal .......... - .....................<br />

Contr. nº. ...................................... Telefone ...................................<br />

Data ......./............./...................<br />

Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante...................................<br />

Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o en<strong>de</strong>reço abaixo<br />

Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643<br />

para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643<br />

Ass.....................................................................................................<br />

___________________________________________________________<br />

Enviar para: Rua 9 <strong>de</strong> Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril<br />

E-mail: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt<br />

Telefone: (00351) 922 013 273<br />

CONTACTOS ÚTEIS<br />

• <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> - 922 013 273<br />

• Agrupamento <strong>de</strong> Escolas<br />

do concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> – 272 680 110<br />

• Bombeiros Voluntários <strong>de</strong><br />

<strong>Oleiros</strong> – 272 680 170<br />

• Centro<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – 272 680 160<br />

• Correios – 272 680 180<br />

• G.N.R – 272 682 311<br />

Farmácias<br />

• Estreito – 272 654 265<br />

• <strong>Oleiros</strong> – 272 681 015<br />

• Orvalho – 272 746 136<br />

Postos<br />

<strong>de</strong> Abastecimento<br />

• Galp (<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 832<br />

• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037<br />

• Galp (<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 274<br />

• António Pires Ramos<br />

(Orvalho) – 272 746 157<br />

Infra-Estruturas<br />

• Câmara<br />

Municipal – 272 680 130<br />

• Piscinas Municipais/<br />

/Ginásio – 272 681 062<br />

• Posto <strong>de</strong> Turismo/Espaço net –<br />

272 681 008<br />

• Casa da Cultura/<br />

/Biblioteca – 272 680 230<br />

• Campo<br />

<strong>de</strong> Futebol – 272 681 026<br />

• Pavilhão Gimno<strong>de</strong>sportivo<br />

(<strong>Oleiros</strong>) – 272 682 890<br />

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O JORNAL<br />

DE OLEIROS<br />

Ficha técnica<br />

www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />

Director: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Fundador: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques •<br />

Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernan<strong>de</strong>s • Periodicida<strong>de</strong>: Mensal • Se<strong>de</strong>: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160<br />

<strong>Oleiros</strong> • Editado por: Páginas <strong>de</strong> Motivação, Editora <strong>de</strong> Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<br />

• email da redacção: jornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.pt • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com • Tiragem: 5 000<br />

exemplares • Redacção: <strong>Oleiros</strong> • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos <strong>de</strong> venda • Colaboradores: João H.<br />

Santos Ramos*, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Men<strong>de</strong>s, Manuela Marques, António Romão <strong>de</strong> Matos, Rui Pedro Brás, Ana<br />

Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça,<br />

Cristina Ferreira <strong>de</strong> Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N <strong>de</strong> Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos<br />

da América • Correspon<strong>de</strong>ntes: Silvino Potêncio (<strong>Natal</strong>, Brasil) • Fernando Cal<strong>de</strong>ira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya<br />

Tomaz • Carla Rodrigues Men<strong>de</strong>s Chamiça Reboucinhas <strong>de</strong> Cima (Cambas-OLR), Álvaro (<strong>Oleiros</strong>), Ana Silva, email: ana_7morgado@<br />

hotmail.com • Correspon<strong>de</strong>nte em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernan<strong>de</strong>s<br />

(Lisboa) • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira <strong>de</strong> Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: geral@coraze.com<br />

* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Editorial do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 2012 NOVEMBRO / DEZEMBRO<br />

Igreja sinaliza<br />

preocupações profundas<br />

A voz muito respeitada <strong>de</strong> D.<br />

Manuel Clemente, veio dar um sinal<br />

(repetido) <strong>de</strong> alerta para a questão<br />

social. Na sua voz habalizada,<br />

diz, “<strong>de</strong>ixem-nos respirar...”<br />

O povo está a sofrer muito, sem<br />

expectativas <strong>de</strong> melhoria a curto<br />

prazo, num momento em que o<br />

governo se “atrave” a referir que<br />

em 2014 o <strong>de</strong>semprego começará<br />

a baixar...<br />

Não faz sentido. E em 2012 e em<br />

2013? Baixará a partir <strong>de</strong> que valôres?<br />

Oficialmente, o <strong>de</strong>semprego está<br />

em 15,8%, mas, sabe-se, é superior<br />

na realida<strong>de</strong> a 23% ou seja cerca <strong>de</strong><br />

1,4 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados.<br />

Em 2014, quantos serão?<br />

INSTITUIÇÕES<br />

MOBILIZAM-SE<br />

. Coimbra cria restaurante solidário<br />

. Cáritas recebe 38 pedidos <strong>de</strong> apoio<br />

por dia;<br />

. Banco Alimentar fornece géneros<br />

a 314 mil pessoas;<br />

. O Companheiro em Lisboa e a<br />

Legião da Boa Vonta<strong>de</strong> disponibilizam<br />

roupa;<br />

. Cascais cria restaurante solidário;<br />

. Paróquias exortam à partilha;<br />

. Em Lisboa, pejada <strong>de</strong> “sem abrigo”,<br />

com a Praça do Comércio<br />

cheia <strong>de</strong> pessoas a dormir <strong>de</strong>baixo<br />

das arcadas e com a Avenida da<br />

Liberda<strong>de</strong> pejada <strong>de</strong> alto a baixo,<br />

num cenário dantesco, que fazer?<br />

Não é ainda a hora <strong>de</strong> acordar?<br />

Que espera o governo para dizer<br />

à Troika que assim é impossível?<br />

Com a Alemanha e a França a entrarem<br />

em recessão, que se espera<br />

<strong>de</strong>sta Europa e <strong>de</strong>ste Euro?■<br />

Director<br />

A visita <strong>de</strong> Angela Merkel a<br />

Portugal era uma oportunida<strong>de</strong><br />

para citar este caso.<br />

Pequena oportunida<strong>de</strong>.<br />

As operárias <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> que<br />

acrescentam qualida<strong>de</strong> e são<br />

reconhecidas como excelentes,<br />

não são suficientes para mobilizar<br />

<strong>de</strong>cisões.<br />

O que está em causa para a<br />

Steiff é apenas mais lucro.<br />

Para a Steiff ficar em Portugal,<br />

provávelmente, seria necessário<br />

trabalhar sem receber salários,<br />

ou salários in<strong>de</strong>corosos, inimagináveis.<br />

Devemos lutar ao lado <strong>de</strong> todas<br />

as instituições que criaram<br />

condições excelentes, que ofereceram<br />

rendas <strong>de</strong> instalações,<br />

Semáforo<br />

STEIFF fora do programa<br />

<strong>de</strong> Merkel<br />

que bem receberam, que bem<br />

trataram a Steiff.<br />

A Steiff, como muitas multinacionais,<br />

é ingrata, pensa apenas<br />

nela própria.<br />

Lamentável ■<br />

Director<br />

PUBLICIDADE 06/2012<br />

POR MUITAS VOLTAS<br />

QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS<br />

SEMPRE AO SEU LADO.<br />

www.creditoagricola.pt

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