FORAL MANUELINO DE CASTELO BRANCO - Jornal de Oleiros
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www.jornal<strong>de</strong>oleiros.com<strong>de</strong>OLEIROS• Ano 1, Nº9, Junho <strong>de</strong> 2010 • Preço: 0,01€ • Edição Mensal<strong>Jornal</strong>DirectorPaulino B. Fernan<strong>de</strong>sDirector-AdjuntoLuis MateusINFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRADr. Luis MateusNovo Director-Adjuntodo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>DesenvolvimentoSustentávelAPONTAMENTOSPÁGINA 7PÁGINA 2PÁGINA 2CAÇADA REAL NA ISNAPÁGINA 3Capítulo V – Comarca da Sertã,nº. 192, 16 <strong>de</strong> Maio 1940Alguns dadosmonográficossobre a freguesia doEstreitoProfessor António Benjamim Men<strong>de</strong>sTurismo, Ponto por PontoA Sustentabilida<strong>de</strong>e o TurismoPR4 OLR“Trilhos do Estreito”já foi inauguradoPÁGINA 4PÁGINA 5PÁGINA 6ÀGUIAS DO MORADALFIZERAM ÉPOCAEXTRAORDINÁRIAEncerra-se maisum ano lectivoPÁGINA 7PÁGINA 9Marketing rural e aimagem dos territóriosPÁGINA 11<strong>FORAL</strong> <strong>MANUELINO</strong><strong>DE</strong> <strong>CASTELO</strong> <strong>BRANCO</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Castelo Brancocelebra 500 anos do foral manuelinocom lançamento <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> Leonel AzevedoÀGUIAS DOMORADALÉ O NOVOCAMPEÃOEm sessão solene no Salão Nobredos Paços do Concelho <strong>de</strong> CasteloBranco, Solar dos Viscon<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>Oleiros</strong>, em um <strong>de</strong> Junho passado,foram assinalados os quinhentos anosda assinatura régia do Foral Manuelinoda então vila <strong>de</strong> Castelo Brancocom o lançamento <strong>de</strong> obra da autoriado investigador Leonel LucasAzevedo.Na obra, editada em livro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> estética, gráfica e científica,é divulgado o foral e o estudo <strong>de</strong> quefoi objecto, realizado pelo investigador,com notável <strong>de</strong>staque paraalgumas particularida<strong>de</strong>s do momentohistórico em que foi outorgado e paraalgumas curiosida<strong>de</strong>s do seu conteúdo.A sessão foi presidida por JoaquimMorão, Presi<strong>de</strong>nte da CMCB, iniciousecom uma conferência proferida porProfessor João Paulo <strong>de</strong> Oliveira eCosta, do Departamento <strong>de</strong> História daUniversida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, autor<strong>de</strong> excelente biografia do Rei D.Manuel I. A importância do tema -impacto das reformas dos forais naFotodiscopolítica <strong>de</strong> D. Manuel I – e os donsoratórios do conferencista - enormevivacida<strong>de</strong> e concisão <strong>de</strong> discurso –conseguiram pren<strong>de</strong>r a constanteatenção do auditório <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> umacentena <strong>de</strong> pessoas que enchiam osalão nobre.Leonel Azevedo, natural daCardosa, foi aluno da escola primárialocal e da Escola Padre António <strong>de</strong>Andra<strong>de</strong>, prosseguindo estudos universitários<strong>de</strong> alto grau, tendo recentementeapresentado tese <strong>de</strong> Doutoramentona Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasSociais e Humanas da UNL, sobre otema “ÉTICA E ESTÉTICA EMWITTGENSTEIN”.À Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, aoseu Presi<strong>de</strong>nte José Marques, e aoinvestigador, temos <strong>de</strong> lançar umrepto. No dia 20 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1513foi dado à Vila <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> o seu foralManuelino. Completar-se-ão, proximamente,os 500 anos <strong>de</strong>ssa efeméri<strong>de</strong>,que merece celebração.Não será <strong>de</strong> lançar uma obra similar<strong>de</strong> comemoração, estudo e divulgação<strong>de</strong>sse documento histórico, que reformouo primitivo foral dado por voltado ano <strong>de</strong> 1232?■JHSRCONTINUA NA PÁGINA 7<strong>DE</strong>STAQUESOLEIROS PREPARAUM VERÃOESCALDANTENão bastava já a enorme activida<strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvida pelo Pôsto <strong>de</strong>Turismo, pelos Técnicos <strong>de</strong> Desportoda Câmara ( Mestre Gravitoem gran<strong>de</strong> evidência), as piscinas,as praias fluviais, etc, etc, vamosagora entrar em programas <strong>de</strong>âmbito recreativo e cultural comoos Santos Populares, a Música eainda as variadas festas nas Freguesias.,culminando na importanteFEIRA DO PINHAL.Definitivamente, OLEIROS apetece.■
2<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS JUNHO 2010EDITORIALUm jornal quese afirmaO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> avançapara celebrar o primeiroaniversário. Não era crível apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste aniversário.Mas vamos celebrar.Celebramos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já com aalteração da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> papel<strong>de</strong>sta presente edição.Os Oleirenses merecem estenosso esforço.Avançamos porque os Oleirensesconfiam na nossa in<strong>de</strong>pendência,<strong>de</strong>dicação e, especialmenteisenção.Seguros do nosso trabalho e dasnossas convicções, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntese não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, estamos areunir com o GRUPO <strong>DE</strong>AMIGOS do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e,através das suas sugestões aajustar o jornal.Sempre a ajustar em função doPovo que ouvimos e <strong>de</strong> quemestamos muito próximos.É evi<strong>de</strong>nte que a qualida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>dicação dos nossos Colaboradoresé <strong>de</strong>terminante. Sem eles,po<strong>de</strong>ríamos existir, mas aqualida<strong>de</strong> não seria a mesma.O Dr. LuisMateusé o novoDirector--AdjuntoLuis Mateus para os Amigos,po<strong>de</strong>ria ter qualquer título neste<strong>Jornal</strong>.A Sua <strong>de</strong>dicação a <strong>Oleiros</strong>, aSua qualida<strong>de</strong> profissional éinenarrável.Luis Mateus, tal como eupróprio, com a ajuda <strong>de</strong> todos osColaboradores, criaremos ascondições para assegurar acontinuida<strong>de</strong> futura.Um Paísà beira <strong>de</strong> umataque<strong>de</strong> nervosCompreensivelmente o Paísvive em <strong>de</strong>sânimo.Possui uma classe políticainstalada preocupada com elaprópria, com as suas chorudasbenesses, reformas múltiplas, bemestar inatingível pela generalida<strong>de</strong>dos seus concidadãos.Compreen<strong>de</strong>mos e estamos <strong>de</strong>Acordo que as performances <strong>de</strong>excelência <strong>de</strong>vem ser bem pagas.Não compreen<strong>de</strong>mos o fossoenorme que separa os dirigentes dageneralida<strong>de</strong> dos cidadãos.Não é aceitável que altosdignitários do estado usufruam <strong>de</strong>várias reformas e ainda do salário<strong>de</strong> função.Não é aceitável.Muito menos é aceitável queestes mesmos dignitários venhampersistentemente à televisãoclamar pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> baixarsalários, reduzir reformas, ampliarimpostos e ainda pedir “férias emPortugal”…Moda é também os ex-responsáveisdas Finanças virem agoraclamar contra a situação <strong>de</strong> quesão responsáveis também.” Lavam as mãos como Pilatos“ e somos obrigados a ouvir…Não é aceitável.O País carece <strong>de</strong> outra classepolítica.Sem esta mudança, o País nãoresistirá.■Directorjornal<strong>de</strong>oleiros@sapo.ptDesenvolvimentoActualmente, vivemos numMundo que se caracteriza poruma economia débil e em crise,assim como por uma enormepoluição que tem vindo aaumentar.Neste âmbito, é em 1992, noBrasil, que surge a primeiracimeira- Cimeira da Terra/Riosugerindoque houvesse umO mundo parece louco.Sismos em países pobres,vulcões adormecidos comnomes impronunciáveis,países aparentementeestáveis à beira do colapsofinanceiro,Sinais do tempo quevivemos em que o quehoje é uma verda<strong>de</strong>absoluta, amanhã é umautêntico disparate semqualquer nexo.Per<strong>de</strong>ram-se valores,consciências, a noção dobem e do mal, do lícito edo ilícito.De quem é a culpa?Dos governantes dirá amaior parte do povo,<strong>de</strong>scontente com asagruras da vida, da subidados impostos, do aumentodo <strong>de</strong>semprego, da subidados preços, enfim, tudoculpa do maldito défice, esse malúltimo que nos aflige e que nos fazviver em permanente tensão.E mais uma vez a culpa morrerásolteira, acrescentarão os maiscépticos, que não acreditam naSustentável<strong>de</strong>senvolvimento sustentável,face à poluição existente no meioambiente.Temos o caso do consumismoque, após os trinta gloriososconduziu à compra <strong>de</strong> bens supérfluosinconscientemente, levandoas marcas a produzir diversos einúmeros produtos para ocomprador e, por consequência,esta superprodução acabou porajudar o meio ambiente a <strong>de</strong>gradar-se,vista a vasta produção dasfábricas, servindo-se, <strong>de</strong>ste modo,dos recursos naturais abusivamente,já que o que importa é ointeresse económico.Por outro lado, pouco são oscuidados que temos com o planeta,na medida em que raramentepensamos nos nossos actos:<strong>de</strong>itamos lixo para o chão, nemtodos reciclamos, não nos preocupamoscom a libertação <strong>de</strong> gases,com o aquecimento global e comas chuvas ácidas…Contudo, não po<strong>de</strong>mos generalizarna totalida<strong>de</strong>, já que ao longodos anos temos sido abordadospara os cuidados a ter com a Terra,através <strong>de</strong> anúncios e propaganda,por exemplo e hoje em diatambém existem associações quepromovem a preservação daNatureza como a Green Peace,QUERCUS, Limpar Portugal…Neste momento, dispomos <strong>de</strong>energias renováveis, tais comoeólica, <strong>de</strong> ondas e marés, painéissolares… que perspectivam ajustiça terrena. Quantos maisforem a pensar <strong>de</strong>sta maneira maisdifícil será sairmos <strong>de</strong>ste buraconegro.É imperioso que cada um <strong>de</strong>nós, nas mais variadas áreasdiminuição da elevada poluição eo <strong>de</strong>sgasto e esgotamento dosrecursos naturais e energéticos.No entanto, é verda<strong>de</strong> que há setenta fazer mais pelo planeta,porém um facto é que, há poucotempo, apareceu-nos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>reciclar. Todavia, muitas vezes,não há condições para o fazer,dada a escassez <strong>de</strong> ecopontos e,como se não bastasse, quandoreciclamos, por vezes, osecopontos ver<strong>de</strong>, azul e amarelovão para on<strong>de</strong> se leva o lixoorgânico, ficando, <strong>de</strong>sta forma,sem qualquer efeito ou diferença.Em suma, todos consi<strong>de</strong>ramos,à partida, a importância <strong>de</strong> agirmais e falar menos, assim vamosfazer o que ainda não foi feito,porque amanhã é sempre tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais!■Soraia Tomazsoraia_tomaz7@msn.comAPONTAMENTOSprofissionais, contribuampara que o Estado enquantoPessoa <strong>de</strong> Bempossa renascer e criarcondições para que asgerações vindouras nãovivam períodos <strong>de</strong> sofrimento.Ficar à espera que osgovernantes resolvamtodos os problemas nãofacilitará a vida <strong>de</strong> cadaum <strong>de</strong> nós.Temos que criar riquezaaproveitando os maisvariados recursos <strong>de</strong> quedispomos.Cruzar os braços é sercúmplice das dificulda<strong>de</strong>sdo dia a dia.E nós portugueses, emparticular, os que aindavivem e acreditam numpaís que não é só Lisboa eo resto é paisagem já provamosque somos empreen<strong>de</strong>dorese dinâmicos.Mãos à obra.■Miguel Silva Costa MarquesBAR CALADO: bar_calado@hotmail.comEstr. Nac. 238, Alverca, <strong>Oleiros</strong>Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial)
2010 JUNHO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 7FUTEBOLÀGUIAS DO MORADALFIZERAM ÉPOCAEXTRAORDINÁRIANão po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar ocrescimento exponencial do ÀGUIAS. Soba batuta do Presi<strong>de</strong>nte Aníbal Antunes,capitaneados pelo David Gonçalves edirigidos pelo experiente António Belo, oÀguias venceu tudo o que tinha para vencere está agora perante um novo e maiscomplicado <strong>de</strong>safio.As estruturas são agora essenciais.Talvez o facto <strong>de</strong> terem <strong>de</strong> jogar na se<strong>de</strong>do Concelho <strong>de</strong>vido ao actual campo nãopossuir condições, seja factor <strong>de</strong> união em<strong>Oleiros</strong> e permita a dinamização das duasequipas existentes ou, até num passo maisarrojado, mas eventualmente inteligente,possamos pensar num único e maior clube.Porque não?Destaque para a Direcção que estevepresente na distribuição <strong>de</strong> faixas aosCAMPEÕES, com evi<strong>de</strong>nte prepon<strong>de</strong>rânciapara um Amigo da região e do Àguias, oEng. Bártolo.O Àguias foi fundado em 19 <strong>de</strong>Novembro <strong>de</strong> 1978 e foi um previlégio terassistido à festa.■Dr. Luis MateusNovo Director-Adjuntodo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>Luis Mateus, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora Amigodo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> e Presi<strong>de</strong>nte doConselho <strong>de</strong> Fundadores, é o novo Director-Adjunto do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>.Luis Mateus dispensa apresentações.Amigo do Concelho, apaixonado pelaregião, vem ajudar a dar resposta àscrescentes solicitações que muito noshonram.Homem <strong>de</strong> letras, culto, Amigo doAmbiente e <strong>de</strong>fensor acérrimo da região, é oAutor do importante Blog:http://olharbemoleiros.blogspot.comUm <strong>Jornal</strong> que fica mais forte.■
8<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS JUNHO 2010CRÓNICAO Que Se Vê DaquiNo passado dia 6 <strong>de</strong> Junho realizou-se mais umaedição do Festil, o Festival da Canção Infantil. Trata-se<strong>de</strong> uma excelente iniciativa organizada pela ARCO,Associação Recreativa e Cultural <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, que já vaina sua 14ª edição e que envolve também o Agrupamento<strong>de</strong> Escolas Padre António <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, atravésdas Escolas <strong>de</strong> todo o Concelho.Sendo este o mês dos Santos Populares, temos porconseguinte um mês cheio <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s em <strong>Oleiros</strong>.Des<strong>de</strong> logo as Marchas Populares, englobadas nosfestejos dos Santos Populares e on<strong>de</strong> se prevê umagran<strong>de</strong> participação, organizadas pelo RanchoFolclórico e que tem também agendado para dia 3 <strong>de</strong>Julho o seu Encontro Anual <strong>de</strong> Ranchos. No dia 27 <strong>de</strong>Julho esta agendado o Passeio <strong>de</strong> Motorizadas daPinhal Total, mais um dia para um passeio pela naturezado nosso Concelho que se prevê bastante animado eparticipado. Nesse fim <strong>de</strong> semana teremos também o 3ºTorneio <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> 7 marcado para o CampoMunicipal <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>, com a organização da Casa doBenfica.Como po<strong>de</strong>m constatar, temos um mês <strong>de</strong> Junho eprincipio <strong>de</strong> Julho bastante animado em <strong>Oleiros</strong>,mostrando <strong>de</strong>sta forma a vitalida<strong>de</strong> das nossasAssociações, que nos convidam a sair <strong>de</strong> casa,<strong>de</strong>sfrutando do bom tempo que se faz sentir eaproveitando os recursos e instalações que temos aonosso dispor.Na altura em que escrevo este artigo, ainda não sesabe qual a data para a realização da Assembleia Geralda ARCO. Em minha opinião, a qual já manifesteianteriormente, esta Assembleia já <strong>de</strong>via ter sidorealizada. Neste momento e pelo que se sabe, não háninguém com disponibilida<strong>de</strong> para se candidatar.Espero que apareça alguém pois a ARCO é umaAssociação com bastante valor e que faz muita falta àSocieda<strong>de</strong> Oleirense.■António Men<strong>de</strong>stonimen<strong>de</strong>s@hotmail.comOBITUÁRIOSENDINHO <strong>DE</strong> SANTOAMAROESTEVE EM FESTACom a brilhante intervenção da FilarmónicaOleirense on<strong>de</strong> o Mestre e Amigo Mateus, oFernando e tantos outros se <strong>de</strong>stinguem,SENDINHO <strong>DE</strong> SANTO AMARO viveu um diagrandioso. Agra<strong>de</strong>cemos as fotos da Amiga RuteAntunes.■• Em 30 <strong>de</strong> Maiofaleceu o Amigo JoséRibeiro Afonso. Deixaobra e muita sauda<strong>de</strong>;• Em 8 <strong>de</strong> Junhofaleceu o Padre Antão.Foi sepultado naAmieira.e-mail: mariaclcc@gmail.comTelef.: 272 107 999Agora com pagamento <strong>de</strong> facturas domésticase carregamento <strong>de</strong> telemóveis
10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS JUNHO 2010CULTURAUM CONTOO Milagre das RosasBoneca <strong>de</strong> traposHá muito, muito tempo existia uma jovem princesa, conhecida pelasua bonda<strong>de</strong>. Tinha nascido nos reinos <strong>de</strong> Espanha, mas, quis o <strong>de</strong>stinoque o casamento a levasse para Portugal.Naqueles dias a vida era assim mesmo. Os pais <strong>de</strong>cidiam com quemos seus filhos se casariam. E a princesa, cuja beleza espantava todos àsua volta, chorou. Chorou durante uma semana inteira.Ao fim <strong>de</strong> sete dias, sua mãe, a rainha, veio a seu quarto e perguntou:- Isabel, minha querida filha, porque choras?A princesa disse, baixinho, como num suspiro:- Não queria separar-me <strong>de</strong> si, minha mãe…Num instante, mãe e filha abraçaram-se, chorando. Naquele instantenão eram rainha e princesa. Eram, apenas, dois seres humanos tristespela separação.Mas o <strong>de</strong>stino tem sempre muita força. E a jovem princesa Isabel foilevada para Portugal. Muitos cavalos puxavam a sua carruagem. Aviagem foi rápida mas, ainda assim, a princesa continuou a chorar. Olenço <strong>de</strong> linho que a sua mãe lhe ofertara estava agora todo molhado dassuas lágrimas.Ao chegar ao castelo do seu noivo, o rei <strong>de</strong> Portugal, Isabel finalmentepercebeu que o seu <strong>de</strong>stino não era assim tão infeliz quanto imaginara.Dom Dinis – assim se chamava o seu futuro marido – aproximou-se<strong>de</strong>la. E disse:- Bem vinda ao meu reino… Fizestes boa viagem?Isabel confirmou que tudo tinha corrido muito bem. De pronto,apaixonou-se por Dinis, também ele muito educado e <strong>de</strong> maneirassuaves.No dia combinado casaram. Isabel já não chorava. Na verda<strong>de</strong> o seurosto não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> estar iluminado por um sorriso. O povo portuguêsgostava sinceramente <strong>de</strong>la. E isso fazia sentir-se sempre que passeavanas ruas, distribuindo carinho e felicida<strong>de</strong>.Gran<strong>de</strong> parte do dia da rainha Isabel era, agora, ocupado a distribuiresmolas aos pobres do reino e a cuidar dos doentes. E o seu maridosentia-se com ciúmes, ao vê-lo passar tanto tempo longe <strong>de</strong> si. Naverda<strong>de</strong>, Dom Dinis sentia-se orgulhoso pela bonda<strong>de</strong> da sua rainha,mas… Queria tanto tê-la só para si! Assim, chamou-a e disse:- Proíbo-te <strong>de</strong> dares mais esmolas.Tal como não acontecia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ixara o seu castelo, na Espanha,Isabel voltou a chorar. Passou um dia… mais outro e outro ainda. Aoquarto dia, recordou-se <strong>de</strong> uma jovem mãe e dos seus quatro filhosesfomeados Isabel havia prometido visitá-la. Vestiu-se rapidamente,cobriu-se com um manto e colocou alguns pães no regaço. Ao chegar aoportão do castelo, seu marido chamou-a. D. Dinis tinha percebido queela se afastara do quarto <strong>de</strong> forma sorrateira.-O que levas aí, escondido <strong>de</strong>baixo do teu manto?Num ápice, Isabel respon<strong>de</strong>u:- São rosas, senhor!- Rosas? Em Janeiro? – questionou o rei Dom Dinis – Deixa-me ver.Triste, mas conformada, a rainha Isabel baixou os braços, mostrandoo que estava escondido no seu regaço. Qual não foi o seu espantoquando verificou que os pães haviam-se transformado em lindas rosas,com uma cor e cheiro que jamais tivera oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tocar. E o seusorriso voltou a iluminar sua face.Daí em diante, Isabel passou a ser conhecida por Rainha Santa,coroada pela sua bonda<strong>de</strong>. E jamais <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> percorrer as ruasdistribuindo pães a todos os que tinham fome.■Pedro Silvaps77@aeiou.ptEla, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito jovem, mostravaque seria uma mulher muitobonita…e, como todas as mulheresmuito bonitas era caprichosa…Tinha uma boneca <strong>de</strong> trapos, <strong>de</strong> quegostava muito, mas com o avançardo tempo, pouco lhe ligava, o queera natural, para uma jovemadolescente, e com muitos preten<strong>de</strong>ntes…No secundário ela, além <strong>de</strong>mostrar toda a sua beleza, era umaexcelente aluna, com boas notas…Todos os rapazes a queriam… Eramuito popular… Havia um quegostava <strong>de</strong>la perdidamente…Certodia, ofereceu-lhe rosas… Ela, olhoupara ele, como quem olha para umboneco sem piada, e <strong>de</strong>ixou cair asflores no chão, virando-lhe ascostas… Durante algum tempo ele,foi a “risota” da turma, o tema principaldas anedotas do “dia”, mas ele,”aguentou-se”…E, foi assim, até oano escolar acabar…No ano seguinte, ele foi para outraárea <strong>de</strong> ensino, e ela também…Nunca mais se encontraram…Ele prosseguiu os seus estudos, econseguiu o que pretendia, emboracom algumas dificulda<strong>de</strong>s… Ela,não acabou o seu curso, pois entretantocasara com um rapaz , que erafilho <strong>de</strong> uma das famílias mais ricasda região… Tiveram uma menina …Passados alguns anos, o pai faleceu,ainda a jovem era adolescente… Arapariga herdara a beleza da mãe…Alguns anos <strong>de</strong>pois, a jovementrava na universida<strong>de</strong>… Entretanto,a mãe, habituada a gatoslargos, <strong>de</strong>pressa gastou o que omarido lhe <strong>de</strong>ixara… Privada <strong>de</strong>quase tudo <strong>de</strong> que gostava,envelheceu prematuramente e, ficoudifícil <strong>de</strong> aturar…A jovem pedira ajuda a umprofessor, explicações, para uma dasdisciplinas que ela tinha dificulda<strong>de</strong>…Ela, queria formar-se embiologia e, o explicador, além <strong>de</strong> serformado nessa matéria, também eramédico <strong>de</strong> clínica geral… Ele ia mudar-seem breve, para um novohospital… Ela também queria umaopinião do médico, para a mãe que,parecia cada vez pior… Estava muitomagra e, bebia muito… Combinoucom o amigo, que era muitomais velho do que ela, talvez com aida<strong>de</strong> da mãe, para ser vista por ele…O médico, e explicador dajovem, aten<strong>de</strong>u-as no seu consultóriodo hospital…Foi ele que preencheu a papeladada doente… E, quando a sua aluna,disse o nome da mãe, veio-lhe àmemória um nome <strong>de</strong> uma sua excolegaque, não se parecia em nada,com a mãe <strong>de</strong>la, pelo menosaparentemente… Depois <strong>de</strong> a jovemlhe ter apresentado a mãe, o dr. fezlheexames <strong>de</strong> rotina…Enquantoisso, a doente não parava <strong>de</strong> fitar omédico…- Não o conheço <strong>de</strong> qualquerlado…? disse a mãe da jovem …-Não creio, senhora… Nunca foiminha doente…- respon<strong>de</strong>u o médicojá pouco à vonta<strong>de</strong>…Temia queas suas suspeitas se confirmassem…-A senhora tem que ter cuidadoconsigo… Por favor, sente-se ali,porque eu quero falar com a suafilha…O médico, falou <strong>de</strong>moradamentecom a jovem… A mãe seguia,curiosa, a conversa os gestos dodoutor , e…-Dr. tem a certeza que não meconhece…? disse a doente,procurando recordar-se…na escola secundária on<strong>de</strong> andou,não se lembra <strong>de</strong> me ter oferecidoflores…?-Não minha senhora… - mentiu omédico, que já não tinha dúvidas…-Peço <strong>de</strong>sculpas, o senhor faz-melembrar <strong>de</strong>terminada pessoa, que eutratei mal…-Não tem que me pedir<strong>de</strong>sculpas…Tem <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> si…Promete …?-Está bem doutor, prometo…Depois <strong>de</strong> alguns cumprimentos e<strong>de</strong> levarem receitas e cre<strong>de</strong>nciais, asduas,saíram…Estava o médico a respirar <strong>de</strong>alívio, quando alguém bateu à portapedindo para entrar…-Entre…! respon<strong>de</strong>uEra a jovem, que fechou a portaatrás <strong>de</strong> si…-Dr., porque mentiu…?-Que queria que eu lhedissesse…? A sua mãe não estábem, se não tiver cuidado com asaú<strong>de</strong>, possivelmente terá poucotempo <strong>de</strong> vida, e não seria bom, euconfirmar as suspeitas <strong>de</strong>la...Quando a vi, a si, pela primeira vez,recor<strong>de</strong>i-me <strong>de</strong>la… A menina, é acara <strong>de</strong>la, quando jovem… Ochoque para mim foi muitogran<strong>de</strong>… Por favor, não lhe diganada…-Dr., quando me <strong>de</strong>u as liçõesgratuitas, já suspeitava <strong>de</strong> algo …?-Não sabia que ela tivera uma filhae, custou-me a acreditar que, amenina, era filha <strong>de</strong>la… Tive o azar<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> uma cara bonita…bonita <strong>de</strong> mais, para mim…-Vendo a minha cara o dr.recordava-se <strong>de</strong>la, não é verda<strong>de</strong>?-Não sei, já não sei <strong>de</strong> nada… Porfavor, menina…vá-se embora…-Sim…Vou… vou-me embora,mas voltarei… Voltarei, para falar <strong>de</strong>si, e <strong>de</strong> mim…- respon<strong>de</strong> a jovem,saindo…Mãe e filha, não falaram durante aviajem para casa…Logo que chegaram, a mãe, foipara o seu quarto… Sentou-se numaca<strong>de</strong>ira… À sua frente estava umespelho… Levantou-se, olhou paraele, e viu… viu uma figura <strong>de</strong> umaboneca <strong>de</strong> trapos, uma boneca, semnenhum encanto…■Hugo <strong>de</strong> Freitas Andra<strong>de</strong>hugofre@netcabo.ptTel. 272 682 250Tlm. 926 786 616
2010 JUNHO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS 11RURALIDA<strong>DE</strong>SMarketing rurale a imagemdos territóriosOs territórios rurais compreen<strong>de</strong>mregiões ou localida<strong>de</strong>s queintegram geralmente um conjunto<strong>de</strong> agentes económicos, sociais eculturais <strong>de</strong> pequena escala, apresentamalguma fragilida<strong>de</strong> sócioculturalmas que, acima <strong>de</strong> tudo,<strong>de</strong>têm recursos com gran<strong>de</strong> potencialatractivo e valor intrínseco.Garantir a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas regiõesimplica saber tirar partido dosseus pontos fortes, ter coragem paraolhar os pontos fracos e reconhecereventuais vantagens.Desta forma, aplicar uma estratégia<strong>de</strong> Marketing a um território,seja ele um país, uma região ouuma localida<strong>de</strong>, parece ser a únicavia para garantir a competitivida<strong>de</strong>num mundo que se caracterizapela Globalização. O chamadoMarketing rural consiste num processosistemático que se inicia por<strong>de</strong>finições estratégicas e que pressupõeum claro conhecimento domercado-alvo e do posicionamentoque se preten<strong>de</strong> atingir parao território.No que diz respeito ao conhecimentodos públicos, sejam resi<strong>de</strong>ntes,visitantes (turistas e excursionistas),agentes económicos ouinvestidores, <strong>de</strong>vemos ter em contaque estes são bastante diversificadose que têm interesses emotivações distintos, nem semprefáceis <strong>de</strong> conciliar.Já no que se refere ao posicionamentopretendido, é fundamentalter um bom conhecimento das especificida<strong>de</strong>sdo território e das suaspopulações, dos aspectos únicos apreservar (naturais e culturais) e dascapacida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s existentesou por explorar, semprenuma óptica <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. Sóassim se consegue criar uma“imagem <strong>de</strong> marca” que resulta emmais-valias económicas, sociais eculturais.A questão das “imagens” quepassam para o exterior assumeextrema relevância, nomeadamentese enten<strong>de</strong>rmos que os produtos eserviços associados aos territóriossão complexos e por vezes, difíceis<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir e promover. A qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um local ou o potencial<strong>de</strong> um concelho para a realização <strong>de</strong><strong>de</strong>terminadas activida<strong>de</strong>s, são sóalguns exemplos.Nesse campo, uma boa estratégia<strong>de</strong> comunicação é <strong>de</strong>cisiva paragarantir o sucesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadoposicionamento ou <strong>de</strong>senvolver“imagens <strong>de</strong> marca” que i<strong>de</strong>ntifiquemclaramente um produto ouum território. Essas “imagens”<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidas e percebidaslocalmente por todos os actoresintervenientes, compreen<strong>de</strong>ndo operfil e as aspirações da própriacomunida<strong>de</strong>, para que não sejam<strong>de</strong>sfasadas da realida<strong>de</strong> e para quetransmitam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do território,envolvendo toda a população.Não nos po<strong>de</strong>mos esquecer quesão os actores no terreno quemoldam a realida<strong>de</strong>, concretizandoe dinamizando a imagem doterritório. A questão da auto-estimadas populações e o sentimento <strong>de</strong>pertença das pessoas aos lugares,são aspectos fulcrais para que seconsiga aplicar eficazmente umaestratégia <strong>de</strong> Marketing a umterritório rural.Assistimos actualmente e cadavez mais, ao comprometimento dosterritórios do Interior. As medidasque têm sido tomadas há váriosanos pelo Po<strong>de</strong>r Central, apenastêm apelado ao <strong>de</strong>spovoamento<strong>de</strong>stes territórios, fomentandoassimetrias regionais e afectando oequilíbrio e bem-estar das populaçõesà escala nacional.No meu enten<strong>de</strong>r, a solução estáno investimento em territóriosrurais multifuncionais, mais coesos,eficientes e que se consigam afirmaratravés <strong>de</strong> reais vantagens competitivas.A revitalização do Interior<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>elaborar uma estratégia <strong>de</strong> Marketingorientada para a sustentabilida<strong>de</strong>das regiões, pelo que oMarketing rural se apresenta comoa mais promissora via para adinamização dos territórios. Sóassim se conseguirá atrair novospúblicos e motivar os já existentes.■Inês MartinsEngenheira Agrónoma“ ELES COMEM TUDO…”Quando se <strong>de</strong>u o o golpe militar <strong>de</strong>25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974, houve no seio dopovo português um sentimento profundoe generalizado, <strong>de</strong> que, tudo oque estava errado na governação dopaís, iria acabar, e que uma nova era<strong>de</strong> progresso, prosperida<strong>de</strong> e justiçasocial se abria para todos os portugueses.Pensámos que iríamos tergovernantes e políticos honestos,competentes e patriotas, já que –como então nos diziam - os que nostinham governado até então, ehaviam sido <strong>de</strong>postos, tinham sidouns corruptos, uns malfeitores que sósouberam explorar-nos.Tudo isto nos era dito em discursos,mais ou menos inflamados,pelos “iluminados” que então <strong>de</strong>tinhamas ré<strong>de</strong>as do po<strong>de</strong>r, e o povona sua ingenuida<strong>de</strong> e com a suabonda<strong>de</strong> lá ia acreditando nestas“verda<strong>de</strong>s”, a<strong>de</strong>rindo <strong>de</strong> alma ecoração ao clima revolucionárioque então se vivia.Agora sim! Iríamos ter um paísjusto em que cada um tivesse o seulugar sem atropelos e com remuneraçãojusta. Uma nova esperançanascia e acreditava-se que o novoregime que <strong>de</strong>spontava, iria trazer,para todos em geral, um bem estarestar assente na justiça social em quecada um tivesse o seu lugar alicerçadono trabalho competente equalificado.A verda<strong>de</strong> é que, no meio <strong>de</strong> tudoisto, nascia uma nova classe <strong>de</strong>parasitas: a dos oportunistas, que nasua maioria nada sabiam fazer,tinham uma incompetência gritante,e contudo eram eles os previligiadosque por meio dos sindicatos erampromovidos. E falo com conhecimento<strong>de</strong> causa, porque fui, algumasvezes, um dos muitos prejudicados.Quantos milhares <strong>de</strong> <strong>de</strong>silusõeshouve ao longo <strong>de</strong>stes trinta e taisanos que levamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia?!Os sonhos lindos que o povosonhou, <strong>de</strong>sfizeram-se em fumo e,pior do que isso, uma triste realida<strong>de</strong>,que era <strong>de</strong> todo inimaginável, seabateu sobre este povo or<strong>de</strong>iro etrabalhador, que pensava que numpaís livre e <strong>de</strong>mocrático baseado numestado <strong>de</strong> direito, jamais era possívelhaver uma tal corrupção nopanorama político e financeiro.Nesse tempo do “Prec” – processorevolucionário em curso – apenas seouvia nas rádios e televisão cançõesrevolucionárias, que até entãohaviam sido proibidas pela censura.Entre as várias que se ouviam, dosmais variados intérpretes, havia umado ZECAAFONSO – “ Os vampiros“ – que dizia: “eles comem tudo…eles comem tudo e não <strong>de</strong>ixamnada…”.Eles, como é óbvio, eram osgovernantes e os políticos do regime<strong>de</strong>posto. Tudo bem, tudo normal noambiente <strong>de</strong> mudanças políticas quese vivia.Só que passados 36 anos após ogolpe militar, nesta <strong>de</strong>mocracia emque vivemos, espraiamos o olharpelo panorama político e financeiroque temos e…Credo! Não dá paraacreditar…Céus! Como é possívelhaver tanto <strong>de</strong>scaramento para tantacorrupção com tamanha impunida<strong>de</strong>?!Os “outros”, os do passado,comiam tudo e não <strong>de</strong>ixavam nada.Estes agora comem tudo e <strong>de</strong>ixamalguma coisa: dívidas para o povopagar. Comem o que há e o que nãohá!É uma vergonha! É um escândalo!O vocabulário da língua portuguesa,já não tem palavras paraclassificar, cabalmente, tais <strong>de</strong>saforos.O paísestá <strong>de</strong> rastos enão sei se po<strong>de</strong>rá<strong>de</strong>scer maisabaixo, mas nomeio <strong>de</strong>ste lodaçal, quero lançar umgrito <strong>de</strong> alarme que possa alertaralgumas consciências e <strong>de</strong>spertar,talvez o único sentimento capaz <strong>de</strong>inverter este movimento para aqueda, em que estamos todosenvolvidos. Esse sentimento, chamase“ PATRIOTISMO” e, noutrostempos teve força invencível.Tenham vergonha, senhorespolíticos e, em vez <strong>de</strong> pôr emprimeiro lugar os vossos proventosmesquinhos, pensem primeiro nointeresse da PÁTRIA.Se assim for, teremos um POR-TUGAL novo, em que se goste <strong>de</strong>viver e se tenha orgulho em serportuguês.■Augusto <strong>de</strong> MatosNota da Direcção: Augusto <strong>de</strong> Matos é umIlustre Amigo Oleirense, assinante nº 5 do<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>. Com orgulho damos àestampa esta Sua peça, importante,prometendo, <strong>de</strong>ntro das nossas possibilida<strong>de</strong>scontinuar a publicar todos os artigos <strong>de</strong>Oleirenses que nos vão chegando.
12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> OLEIROS JUNHO 2010<strong>DE</strong>SPORTOMulheres Sportinguistas reuniramem <strong>Oleiros</strong> no dia 29 <strong>de</strong> MaioDia 29 <strong>de</strong> Maio do ano 2010, realizou-se nesta freguesia <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong> oprimeiro jantar Sportinguista feminino.Teve a participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 Leoas que mostraram o seuverda<strong>de</strong>iro espírito da família sportinguista, com garra, <strong>de</strong>dicação,<strong>de</strong>voção e glória.Este jantar é para repetir todos os anos no mês <strong>de</strong> Maio.Alem <strong>de</strong> ter como objectivo juntar cada ano mais mulheresSportinguistas, é também uma forma <strong>de</strong> dialogo, <strong>de</strong> partilha, <strong>de</strong>comunhão entre as Mulheres.MENSAGEM:PARABÉNS ÁS FANTÁSTICAS EQUIPAS QUE NOS TEMDADO UMA GRAN<strong>DE</strong> ALEGRIA, NÃO NOS PO<strong>DE</strong>MOSESQUECER QUE O SPORTING NAO É SÓ FUTEBOL, SOMOS OSMELHORES EM MUITAS MODALIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong>SPORTIVAS,VAMOS APOIAR TODOS OS NOSSOS JOGADORES EM TODASAS MODALIDA<strong>DE</strong>S, SPORTING HOJE E ATÉ MORRER COMMUITO ORGUNHO.Saudações Leoninas! ■JOSÉ MOURINHOJosé Mourinho é obrigatório.Em Espanha e no mundo não se fala <strong>de</strong> outra coisa.O nosso Director assistiu nos últimos dias in loco aesta loucura.Mourinho supera qualquer jogador.É um orgulho para Portugal.Depois, apesar <strong>de</strong> ser o mais caro do mundo é omais barato.Só em camisolas <strong>de</strong> Morinho, o REAL MADRIDvai facturar anualmente entre 15 e 20 milhões <strong>de</strong>euros. O dobro do que lhe paga.Mas vai lançar os relógios...Que se cui<strong>de</strong>m as ve<strong>de</strong>tas.As or<strong>de</strong>ns estão dadas:. 1 hora no mínimo antes do treino <strong>de</strong>vem estar nocentro <strong>de</strong> treinos; . Acabaram os almoços fora entretreinos; É apenas o começo.No balneário, acabou a era VALDANO.Só Mourinho po<strong>de</strong> falar e dar instruções.É a receita para ganhar tudo.A etapa portuguesa foi <strong>de</strong>extrema qualida<strong>de</strong>.A surpresa foi Sebastien Ogierdo Team Júnior da Citroen queimpôs o po<strong>de</strong>roso C4 à armadaoficial, relegando para segundoplano Sebastien Loeb, actualCampeão do Mundo.A Ford com Irvonen nada po<strong>de</strong>fazer com o actual Citroen C4 adominar e a colocar 4 viaturas nos4 primeiros lugares.Não é seguro que no próximoano possamos ter o rally emPortugal.As eternas e ao que pareceinsuperáveis dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stepaís, <strong>de</strong>verão inviabilizar estaprova. Lamentávelmente.■As receitas <strong>de</strong> televisão vão disparar.Os bilhetes para a época estão esgotados.Que mais dizer?Que MOURINHO nos orgulha.MOURINHO orgulha Portugal.PORTUGAL está bem precisado <strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong>sucesso.Tudo <strong>de</strong> bom para MOURINHO. ■MUNDIAL <strong>DE</strong> RALLYSEM PORTUGALCAMPANHA EUROPNEUS1 <strong>de</strong> Julho a 31 <strong>de</strong> AgostoNa compra <strong>de</strong> 4 pneusuma assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Oleiros</strong>