sistema intensivo de suÃnos criados ao ar livre â siscal - Embrapa ...
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Boletim Informativo<br />
Pesquisa & Extensão<br />
BIPERS<br />
Publicação conjunta do Centro Nacional <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Suínos e Aves – EMBRAPA e da<br />
JUNHO/2002<br />
Associação Riogran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Empreendimentos <strong>de</strong> Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS<br />
SISTEMA INTENSIVO DE SUÍNOS CRIADOS AO AR<br />
LIVRE – SISCAL<br />
Suínos e Aves<br />
Osm<strong>ar</strong> Antônio Dalla Costa<br />
Roberto Diesel<br />
El<strong>de</strong>r Joel Coelho Lopes<br />
Romão da Cunha Nunes<br />
C<strong>ar</strong>mo Hol<strong>de</strong>fer<br />
Simone Colombo
ANO 9 BIPERS n o 13 JUNHO/2002<br />
Boletim Informativo <strong>de</strong> Pesquisa—<strong>Embrapa</strong> Suínos e<br />
Aves e Extensão—EMATER/RS<br />
Articulação da <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves com a<br />
Associação Riogran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Empreendimentos <strong>de</strong><br />
Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS<br />
Circulação: Semestral<br />
Tiragem: 2000<br />
Coor<strong>de</strong>nação: Roberto Diesel, ENG o Agr o<br />
Correspondências, sugestões e questionamentos sobre a matéria constante<br />
neste boletim po<strong>de</strong>rão ser enviados à Coor<strong>de</strong>nação do BIPERS.<br />
<strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves<br />
BR 153, km 110, Vila Tamanduá<br />
Caixa Postal 21<br />
CEP 89700-000 – Concórdia, SC<br />
Fone: (49) 442-8555<br />
Fax: (49) 442-8559<br />
http: / / www.cnpsa.embrapa.br /<br />
sac@cnpsa.embrapa.br<br />
EMATER/RS<br />
Rua Botafogo 1051<br />
Caixa Postal 2727<br />
CEP 90150-053 – Porto Alegre, RS<br />
Fone: (51) 233-3144<br />
Fax: (51) 229-6199<br />
http: / / www.emater.tche.br /
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre –<br />
SISCAL<br />
Osm<strong>ar</strong> Antônio Dalla Costa 1<br />
Roberto Diesel 2<br />
El<strong>de</strong>r Joel Coelho Lopes 3<br />
Romão da Cunha Nunes 4<br />
C<strong>ar</strong>mo Hol<strong>de</strong>fer 5<br />
Simone Colombo 6<br />
1 Pesquisador M. Sc., <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Zootecnia<br />
(Produção Animal), FCAV/UNESP Jaboticabal – SP.<br />
2 Extensionista EMATER/RS<br />
3 Zootec., estagiário, convênio <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves e UnC Concórdia<br />
4 Professor EV/UFG, Cx Postal 131, CEP 74001-970 Goiânia – GO.<br />
5 Auxili<strong>ar</strong> <strong>de</strong> operações, <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves<br />
6 Informát., estagiária, convênio <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves e UnC Concórdia.
Sumário<br />
1 Introdução 7<br />
2 Consi<strong>de</strong>rações gerais sobre a instalação do <strong>sistema</strong> 7<br />
2.1 Escolha do local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />
2.2 Cobertura vegetal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />
2.2.1 Sugestões p<strong>ar</strong>a manutenção da cobertura vegetal . . . . . . . . 9<br />
2.2.2 Escolha das espécies forrageiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9<br />
2.2.3 Implantação <strong>de</strong> forragens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />
2.2.4 Melhorias <strong>de</strong> pastagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />
2.2.5 Manejo das áreas <strong>de</strong>gradadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14<br />
3 Origem das leitoas <strong>de</strong> reposição 14<br />
4 Aspecto sanitário 15<br />
5 Manejo do SISCAL 15<br />
6 Taxa <strong>de</strong> lotação 15<br />
7 Tempo e forma <strong>de</strong> ocupação dos piquetes 15<br />
8 Escalonamento da produção 16<br />
9 Dimensionamento da produção 16<br />
9.1 Dimensionamento <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos, p<strong>ar</strong>a produzir<br />
27 animais a cada 21 dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17<br />
9.1.1 Definição dos coeficientes técnicos . . . . . . . . . . . . . . . . 19<br />
9.2 Dimensionamento das instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22<br />
9.2.1 Cobrição e gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22<br />
9.2.2 Cachaços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22<br />
9.2.3 Maternida<strong>de</strong> . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23<br />
9.2.4 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23<br />
9.2.5 Reposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />
9.3 Consumo diário <strong>de</strong> ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />
9.3.1 Gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />
9.3.2 Maternida<strong>de</strong> . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />
9.3.3 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />
9.4 Consumo total <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> leitões . . . . . . 25<br />
5
10 Instalações e equipamentos 26<br />
10.1 Cabanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26<br />
10.2 Comedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27<br />
10.3 Cercas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28<br />
10.4 Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28<br />
10.5 Bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29<br />
10.6 Sombreadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29<br />
10.7 Escritório e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30<br />
10.8 Brete <strong>de</strong> contenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30<br />
11 Referências Bibliográficas 30<br />
12 Anexo 1 – Dimensionamneto do Sistema <strong>de</strong> Produção 32<br />
12.1 Descrição do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32<br />
12.2 Estimativa do material necessário p<strong>ar</strong>a a instalação da re<strong>de</strong> hidráulica . 32<br />
12.3 Estimativa do material necessário p<strong>ar</strong>a a instalação da cerca elétrica . 32<br />
13 Anexo 2 – Cabana Cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira com lona plástica 34<br />
14 Anexo 3 – Cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira tipo chalé 40<br />
15 Anexo 4 – Creche móvel sobre cama p<strong>ar</strong>a suínos 44<br />
16 Anexo 5 – Comedouro <strong>de</strong> gestação 51<br />
17 Anexo 6 – Comedouro <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> 53<br />
18 Anexo 7 – Comedouro <strong>de</strong> creche 56<br />
19 Anexo 8 – Bebedouro vasos comunicantes 61<br />
20 Anexo 9 – Bebedouro <strong>de</strong> vaso comunicante – geminado – Santa Rosa 62<br />
20.1 Localização dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62<br />
20.2 Instalação dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62<br />
21 Anexo 10 – Sombreador móvel 64<br />
22 Anexo 11 – Brete <strong>de</strong> manejo e c<strong>ar</strong>regador 66<br />
6
1 Introdução<br />
O sucesso da agricultura famili<strong>ar</strong>, entre outras coisas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da combinação da<br />
ativida<strong>de</strong> agrícola com a pecuária.<br />
Tradicionalmente, a suinocultura, por permitir uma produção intensiva em pequenas<br />
áreas e est<strong>ar</strong> presente na maioria das proprieda<strong>de</strong>s famili<strong>ar</strong>es do Rio Gran<strong>de</strong><br />
do Sul e Santa Cat<strong>ar</strong>ina, tem se revelado como uma das ativida<strong>de</strong>s, juntamente com<br />
a bovinocultura <strong>de</strong> leite, que melhor combina com as c<strong>ar</strong>acterísticas da pequena<br />
proprieda<strong>de</strong> rural.<br />
No entanto, muitos produtores jovens ou proprietários não têm condições <strong>de</strong><br />
imobiliz<strong>ar</strong> elevadas somas <strong>de</strong> capital p<strong>ar</strong>a construir ou melhor<strong>ar</strong> suas instalações e/ou<br />
equipamentos numa ativida<strong>de</strong> que se revela incerta. Assim, a utilização <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong><br />
<strong>de</strong> produção que seja tecnicamente viável e que não envolva elevados investimentos<br />
vem sendo uma boa opção p<strong>ar</strong>a tais situações. É com esta perspectiva que o Sistema<br />
Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre (SISCAL) tem sido uma alternativa p<strong>ar</strong>a quem<br />
vai ingress<strong>ar</strong> na produção <strong>de</strong> suínos ou aument<strong>ar</strong> a sua produção e não dispõe <strong>de</strong><br />
recursos financeiros.<br />
Nesse sentido, o SISCAL permite a flexibilida<strong>de</strong> que o atual momento econômico<br />
exige <strong>de</strong> toda a ativida<strong>de</strong> economicamente viável e, em especial, da produção<br />
agropecuária.<br />
No entanto, p<strong>ar</strong>a que o <strong>sistema</strong> atenda os seus objetivos, é preciso que o mesmo<br />
respeite uma série <strong>de</strong> etapas e critérios que o fundamentam enquanto <strong>sistema</strong><br />
zootecnicamente eficiente, economicamente viável e ecologicamente a<strong>de</strong>quado.<br />
Esta publicação foi elaborada pela <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves e pela Emater – RS,<br />
com objetivo <strong>de</strong> inform<strong>ar</strong> os princípios básicos do SISCAL p<strong>ar</strong>a técnicos e produtores,<br />
no sentido <strong>de</strong> otimiz<strong>ar</strong> a produção.<br />
2 Consi<strong>de</strong>rações gerais sobre a instalação do <strong>sistema</strong><br />
O Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre (SISCAL) é adotado por<br />
produtores <strong>de</strong> vários países do mundo. No Brasil, existe um número consi<strong>de</strong>rável<br />
<strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> suínos localizados em sua maioria na região Sul, que utilizam esse<br />
<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> criação.<br />
O sucesso do SISCAL <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fundamentalmente <strong>de</strong> três aspectos: da adoção<br />
dos princípios básicos na sua implantação, do manejo e do homem responsável pela<br />
criação.<br />
Quando o <strong>sistema</strong> é bem planejado, torna-se uma boa opção p<strong>ar</strong>a aqueles<br />
suinocultores que querem inici<strong>ar</strong> na ativida<strong>de</strong> suinícola e não po<strong>de</strong>m fazer gran<strong>de</strong>s<br />
investimentos, ou têm a produção instalada e preten<strong>de</strong>m ampli<strong>ar</strong> e proporcionando<br />
um melhor bem est<strong>ar</strong> <strong>ao</strong>s animais com a prespectiva <strong>de</strong> produzir um suíno com uma<br />
menor agressão <strong>ao</strong> meio-ambiente.<br />
7
Os índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> obtidos neste <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção, normalmente, são<br />
menores <strong>ao</strong>s obtidos nos <strong>sistema</strong>s confinados, mas a rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste <strong>sistema</strong><br />
po<strong>de</strong> ser maior em função do menor custo <strong>de</strong> implantação e manutenção.<br />
Antes <strong>de</strong> implant<strong>ar</strong> o <strong>sistema</strong> em uma proprieda<strong>de</strong>, produtores e técnicos,<br />
preferencialmente, <strong>de</strong>vem visit<strong>ar</strong> um <strong>sistema</strong> em produção com objetivo <strong>de</strong> san<strong>ar</strong> todas<br />
as suas dúvidas, pois assim po<strong>de</strong>mos evit<strong>ar</strong> erros na implantação e na execução.<br />
2.1 Escolha do local<br />
Na escolha do local p<strong>ar</strong>a a implantação do SISCAL <strong>de</strong>ve-se d<strong>ar</strong> preferência <strong>ao</strong>s<br />
terrenos com topografia levemente inclinada. Não se <strong>de</strong>ve instal<strong>ar</strong> este <strong>sistema</strong> em<br />
solos com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> superior a 20%.<br />
Dá-se a preferência a solos com boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, evitando-se os<br />
úmidos e pedregosos. Outros fatores, tais como tamanho da criação, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
animal, regime <strong>de</strong> chuvas e direção predominante dos ventos, também <strong>de</strong>vem ser<br />
consi<strong>de</strong>rados.<br />
Se necessário, <strong>de</strong>ve-se implant<strong>ar</strong> práticas <strong>de</strong> conservação do solo a fim <strong>de</strong> evit<strong>ar</strong> a<br />
entrada das águas da chuva p<strong>ar</strong>a <strong>de</strong>ntro do <strong>sistema</strong> e facilit<strong>ar</strong> o seu escorrimento p<strong>ar</strong>a<br />
fora. Uma pequena inclinação no terreno facilita o escoamento das águas pluviais.<br />
Deve-se verific<strong>ar</strong>, antes da implantação do <strong>sistema</strong>, se no local existem plantas<br />
tóxicas como o Mio-Mio, Samambaia, Fe<strong>de</strong>goso e Timbó, pois estas po<strong>de</strong>m provoc<strong>ar</strong><br />
intoxicações nos animais, quando ingeridas.<br />
2.2 Cobertura vegetal<br />
A cobertura vegetal, entre outros fatores, <strong>de</strong>sempenha um importante papel no<br />
equilíbrio do meio-ambiente por proteger o solo do impacto das gotas da chuva, dos<br />
raios sol<strong>ar</strong>es e do pisoteio animal, entre outros fatores. Por isso, <strong>de</strong>ve-se manter a<br />
área sempre com uma boa cobertura vegetal durante todo o ano.<br />
Como os animais têm a tendência <strong>de</strong> seguir sempre os mesmos caminhos, as<br />
áreas próximas dos bebedouros, das cabanas, cercas e nas sombras são as que<br />
mais <strong>de</strong>gradam, em função do pisoteio contínuo dos suínos.<br />
Neste <strong>sistema</strong> sugere-se o uso <strong>de</strong> forrageiras que produzam muita massa ver<strong>de</strong><br />
e proporcionem boa cobertura do solo. Estas po<strong>de</strong>m v<strong>ar</strong>i<strong>ar</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada região<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> sua adaptação às condições locais.<br />
As forragens do SISCAL <strong>de</strong>vem ser implantadas, principalmente, p<strong>ar</strong>a manter o<br />
solo coberto e não p<strong>ar</strong>a alimentação das matrizes. Muitas vezes, o produtor e o<br />
técnico, preocupados em agiliz<strong>ar</strong> a implantação do <strong>sistema</strong>, acabam <strong>de</strong>scuidando-se<br />
dos aspectos relacionados à cobertura vegetal. Isto po<strong>de</strong> se constituir num gran<strong>de</strong><br />
problema ambiental p<strong>ar</strong>a a proprieda<strong>de</strong> no futuro.<br />
8
2.2.1 Sugestões p<strong>ar</strong>a manutenção da cobertura vegetal<br />
• Coloc<strong>ar</strong> os suínos nos piquetes só quando a pastagem estiver totalmente<br />
formada;<br />
• Distribuir bem os equipamentos nos piquetes, o que permite uma melhor<br />
utilização pelos animais;<br />
• Instal<strong>ar</strong>, sempre que possível, os bebedouros nas p<strong>ar</strong>tes mais baixas dos<br />
piquetes;<br />
• Us<strong>ar</strong> cabanas, comedouros e sombreadores leves p<strong>ar</strong>a facilit<strong>ar</strong> a mudança;<br />
• Troc<strong>ar</strong> <strong>de</strong> lug<strong>ar</strong> as cabanas, comedouros e os sombreadores <strong>de</strong>ntro dos<br />
piquetes, sempre que for observado o início da <strong>de</strong>gradação da cobertura vegetal;<br />
• Manter as matrizes sempre <strong>de</strong>strompadas;<br />
• Fazer rotação <strong>de</strong> piquetes;<br />
• Us<strong>ar</strong> uma boa área por animal;<br />
• Isol<strong>ar</strong> as áreas <strong>de</strong> pastagens <strong>de</strong>gradadas e provi<strong>de</strong>nci<strong>ar</strong> o reimplante <strong>de</strong> novas<br />
mudas.<br />
2.2.2 Escolha das espécies forrageiras<br />
As forrageiras mais indicadas p<strong>ar</strong>a o SISCAL <strong>de</strong>vem possuir as seguintes<br />
c<strong>ar</strong>acterísticas: boa adaptação, perene; estolonífera, rizomatosa; facilida<strong>de</strong> em se<br />
estabelecer e domin<strong>ar</strong>; bom crescimento durante todo ano e resistente <strong>ao</strong> pisoteio.<br />
No entanto, <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguir uma forrageira que atenda todas estas<br />
c<strong>ar</strong>acterísticas, sugere-se a consorciação <strong>de</strong> duas ou mais espécies que, juntas,<br />
atendam as condições <strong>de</strong>sejadas.<br />
No SISCAL da <strong>Embrapa</strong> suínos e aves vem sendo utilizada uma combinação <strong>de</strong><br />
espécies <strong>de</strong> gramíneas como a missioneira, a estrela africana, a bermuda e o quicuio.<br />
As semeaduras <strong>de</strong> azevém anual, <strong>de</strong> aveia <strong>de</strong> ervilhaca, são feitas no inverno sem,<br />
no entanto, remover a estrutura do solo.<br />
Entre as espécies que po<strong>de</strong>m ser utilizadas nas várias regiões do Brasil estão:<br />
Gramíneas anuais <strong>de</strong> inverno<br />
• Aveia Preta (Avena strigosa): gramínea anual <strong>de</strong> inverno, <strong>de</strong> porte ereto,<br />
cespitosa, reproduzida por sementes. Sua forragem é muito tenra e nutritiva.<br />
Po<strong>de</strong> ser utilizada tanto p<strong>ar</strong>a pastoreio como p<strong>ar</strong>a cortes. Quando consorciada<br />
com azevém aumenta seu período <strong>de</strong> pastoreio em cerca <strong>de</strong> trinta dias, se não<br />
houver períodos <strong>de</strong> estiagem.<br />
9
• Azevém (Lolium multiflorum): gramínea anual <strong>de</strong> inverno-primavera, cespitosa,<br />
reproduzida por sementes, po<strong>de</strong> pereniz<strong>ar</strong>-se por ressemeadura natural. Prefere<br />
solos pouco úmidos e bem drenados. É mais utilizado p<strong>ar</strong>a pastoreio do que p<strong>ar</strong>a<br />
corte. Tem alto valor forrageiro e sua palatibilida<strong>de</strong> é boa. Po<strong>de</strong> ser consorciada<br />
com aveia e ervilhaca. Po<strong>de</strong> produzir até 25 t/ha/ano e permite até quatro cortes<br />
anuais.<br />
Leguminosas anuais <strong>de</strong> inverno<br />
• Ervilhaca (Vicia sativa): leguminosa anual <strong>de</strong> inverno, l<strong>ar</strong>gamente utilizada como<br />
adubação ver<strong>de</strong> e também p<strong>ar</strong>a corte. Desenvolve-se bem em solos profundos<br />
e resiste bem <strong>ao</strong> frio, porém umida<strong>de</strong> excessiva e pH são limitantes <strong>ao</strong> cultivo.<br />
Gramíneas perenes <strong>de</strong> inverno<br />
• Cevadilha (Bromus cath<strong>ar</strong>ticus): gramínea anual, bienal e em alguns casos<br />
perene,. cespitosa, ereta e reproduzida por sementes (30–40 kg/ha). Produz<br />
até 27 t/ha em um único corte. Ótima p<strong>ar</strong>a pastagens permanentes, feno e p<strong>ar</strong>a<br />
consorciação com trevo branco.<br />
• Festuca (Festuca <strong>ar</strong>undinacea): gramínea permanente, originária da Europa.<br />
Possui rizomas que não se espalham muito; cresce em touceiras. Utilizada p<strong>ar</strong>a<br />
consorciação com trevos, e resiste às temperaturas abaixo <strong>de</strong> zero.<br />
Gramíneas anuais <strong>de</strong> verão<br />
• Capim Italiano ou milheto (Penisetum tiphoi<strong>de</strong>s): gramínea anual <strong>de</strong> verão, ereta<br />
e cespitosa, com colmos grossos e suculentos, muito apreciada pelos suínos.<br />
Reproduzida por sementes. Apresenta altas produções <strong>de</strong> massa ver<strong>de</strong> por<br />
hect<strong>ar</strong>e. Constitui-se numa alternativa p<strong>ar</strong>a pastoreio e p<strong>ar</strong>a cortes. Substitui<br />
o sorgo como forragem. O grão po<strong>de</strong> ser utilizado na ração.<br />
Gramíneas perenes <strong>de</strong> verão<br />
• Capim Andropogon (Andropogon gayanus): capim tropical,cespitoso originário<br />
da Nigéria, com porte alto, resistente à seca e <strong>ao</strong> frio, apresentando cerca <strong>de</strong><br />
11% <strong>de</strong> proteína bruta, produzindo cerca <strong>de</strong> 12 t/ha/ano <strong>de</strong> matéria seca em seis<br />
cortes. Implantação inicial muito lenta com um ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> novembro a<br />
abril.<br />
• Capim Colonião (Panicum maximum): capim cespitoso, <strong>de</strong> porte médio, com<br />
folhas e colmos finos. Produz cerca <strong>de</strong> 12 toneladas <strong>de</strong> matéria seca por hect<strong>ar</strong>e<br />
ano, com cerca <strong>de</strong> 5,5% <strong>de</strong> proteína bruta.<br />
10
• Capim Quicuio (Pennisetum clan<strong>de</strong>stinum): espécie perene, agressiva, estolonífera<br />
e rizomatosa, adapta-se bem <strong>ao</strong> Alto Vale do Itajaí, Planalto e <strong>ao</strong> Oeste<br />
Cat<strong>ar</strong>inense e todo Rio gran<strong>de</strong> do Sul, muito exigente em fertilida<strong>de</strong> do solo.<br />
Tem boa qualida<strong>de</strong> e é resistente <strong>ao</strong> frio. Produz sementes com alto vigor,<br />
porém a implantação é por mudas em função da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> colheita e da não<br />
disponibilida<strong>de</strong> da mesma no mercado. O seu estabelecimento é normalmente<br />
mais lento que a estrela africana. Tem afinida<strong>de</strong> com o trevo branco e o azevém.<br />
Apresenta cerca <strong>de</strong> 10,8% <strong>de</strong> proteína bruta.<br />
• Capim Elefante (Penisetum purpureum): capim perene, <strong>de</strong> touceiras colmos<br />
eretos próprio p<strong>ar</strong>a o corte, mas também serve p<strong>ar</strong>a pastejo. Apresenta cerca<br />
<strong>de</strong> 12% <strong>de</strong> proteína bruta no pico e ren<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50 t/ha/ano em 3–5 cortes.<br />
• Capim <strong>de</strong> Rho<strong>de</strong>s (Chloris gayana): gramínea perene, <strong>de</strong> estabelecimento<br />
lento no primeiro ano, ereta, que forma touceiras, natural da África do Sul e<br />
Tanzânia, reproduzida por sementes (2–4 kg <strong>de</strong> sementes/ha), produz cerca <strong>de</strong><br />
15 toneladas <strong>de</strong> matéria seca por hect<strong>ar</strong>e em quatro a cinco cortes anuais p<strong>ar</strong>a<br />
fenação. Apresenta cerca <strong>de</strong> 7,9% <strong>de</strong> proteína bruta.<br />
• Capim J<strong>ar</strong>aguá (Hyp<strong>ar</strong>henia rufa): gramínea perene <strong>de</strong> colmos eretos e firmes,<br />
constitui <strong>de</strong>nsas e vigorosas touceiras com inúmeros perfílios basais, originária<br />
da África Tropical. Produz 10 toneladas <strong>de</strong> matéria seca hect<strong>ar</strong>e ano p<strong>ar</strong>a feno.<br />
• Capim Pangola (Digit<strong>ar</strong>ia <strong>de</strong>cumbens): grama tropical p<strong>ar</strong>a altitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 600 a<br />
800m, perene rasteira com estolões superficiais que cobrem todo o terreno.<br />
Produz até 10 toneladas <strong>de</strong> feno/ha/ano, com cerca <strong>de</strong> 4,8% <strong>de</strong> proteína bruta.<br />
• Capim Gordura (Melinis minutiflora): gramínea perene, cespitosa com colmos<br />
eretos. Apresenta cerca <strong>de</strong> 7,5% <strong>de</strong> proteína bruta e ren<strong>de</strong> <strong>de</strong> 4 a 4,5 t/ha/ano<br />
<strong>de</strong> matéria seca, em quatro cortes. Muito utilizado nos Estados <strong>de</strong> São Paulo e<br />
Minas Gerais.<br />
• Grama Bermuda (Cynodon dactylon): gramínea <strong>de</strong> clima subtropical temperado,<br />
perene e rizomatosa, <strong>de</strong> fácil adaptação a vários ambientes. A espécie possui<br />
vários híbridos <strong>de</strong> importância sob o ponto <strong>de</strong> vista forrageiro. Entre eles<br />
<strong>de</strong>stacamos as cultiv<strong>ar</strong>es Coast Cross, Tifton 85 e 68 e Florakirk. É sensível<br />
<strong>ao</strong> sombreamento, tolera um pouco a geada e é relativamente exigente em<br />
fertilida<strong>de</strong> do solo. Apresenta cerca <strong>de</strong> 7,9% <strong>de</strong> proteína bruta.<br />
• Brachi<strong>ar</strong>ia Humidícola (Brachi<strong>ar</strong>ia humidícola): gramínea perene, ereta, estolonífera<br />
e rizomatosa, muito agressiva. Não é tolerante <strong>ao</strong> frio. Adapta-se a<br />
regiões secas e a solos pobres e úmidos. Sua qualida<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada baixa. A<br />
implantação se dá rapidamente por mudas e lentamente por sementes. Tem<br />
potencial p<strong>ar</strong>a o Litoral em função <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong> rusticida<strong>de</strong>, boa cobertura<br />
do solo e por ser possivel a implantação por sementes. Apresenta 11,9% <strong>de</strong><br />
proteína bruta e produz 9–10 t/ha/ano <strong>de</strong> matéria seca.<br />
11
• Brachi<strong>ar</strong>ia (Brachi<strong>ar</strong>ia <strong>de</strong>cumbens): gramínea perene, prostrada que emite<br />
gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estolões, dificultando a consorciação com leguminosas.<br />
Muito rústica, resistente à seca e tolerante a <strong>de</strong>ficiências minerais do solo.<br />
Não é adaptada a solos úmidos, implanta-se facilmente através <strong>de</strong> sementes.<br />
Apresenta baixa qualida<strong>de</strong> e não tolera o frio. Tem potencial p<strong>ar</strong>a o litoral,<br />
principalmente em função <strong>de</strong> sua rusticida<strong>de</strong> e gran<strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação<br />
por semente. De difícil consorciação pela agressivida<strong>de</strong>.<br />
• Estrela Africana (Cynodon plectostachyium): perene, muito agressiva, estolonífera<br />
e rizomatosa, adaptada em quase todo o estado <strong>de</strong> Santa cat<strong>ar</strong>ina, com<br />
exceção das áreas mais frias. Tem qualida<strong>de</strong> média, suporta solos pobres,<br />
úmidos e <strong>de</strong> pH baixo. Quando bem manejada, proporciona boa cobertura<br />
vegetal. Sua reprodução é exclusivamente vegetativa.<br />
• Hermathria (Hermathria altissima): perene, agressiva, rizomatosa e estolonífera.<br />
Tem boa tolerância <strong>ao</strong> frio e <strong>ao</strong>s solos pobres e úmidos. Apresenta qualida<strong>de</strong><br />
média a superior. Sua implantação é exclusivamente por mudas. Tem potencial<br />
como pastagem p<strong>ar</strong>a suínos em função <strong>de</strong> sua rusticida<strong>de</strong> e boa cobertura.<br />
• Grama Missioneira (Axonopu ampressus): pouco exigente em fertilida<strong>de</strong> do solo,<br />
está adaptada às condições do Planalto e Oeste Cat<strong>ar</strong>inense. Sua implantação<br />
é feita através <strong>de</strong> mudas. É tolerante <strong>ao</strong> frio e tem qualida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada baixa.<br />
• Grama Jesuíta (Axonopus jesuiticus): muito semelhante à grama missioneira,<br />
porém tem as folhas mais estreitas, é menos produtiva e <strong>de</strong> menor qualida<strong>de</strong>.<br />
Produz sementes pouco férteis, por isso é propagada através <strong>de</strong> mudas. Espécie<br />
muito utilizada em pastagens p<strong>ar</strong>a suínos e na recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas<br />
<strong>de</strong>vido a sua notável resistência <strong>ao</strong> pisoteio e recuperação após o pastoreio.<br />
• Pensacola (Paspalum saurae): perene, rizomatosa, suporta bem períodos <strong>de</strong><br />
estiagem, possui tolerância <strong>ao</strong> ench<strong>ar</strong>camento. Pouco exigente em fertilida<strong>de</strong> do<br />
solo. Tem crescimento lento e suas sementes necessitam ser esc<strong>ar</strong>ificadas p<strong>ar</strong>a<br />
quebra <strong>de</strong> dormência. Produz 5–7 t/ha/ano.<br />
• Setária (Set<strong>ar</strong>ia <strong>ar</strong>reps). Apresenta cerca <strong>de</strong> 9% <strong>de</strong> proteína bruta e ren<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
10–15 t/ha/ano <strong>de</strong> feno.<br />
Leguminosas perenes <strong>de</strong> inverno<br />
• Trevo Branco (Trifolium repens): leguminosa perene, por ser estolonífera é<br />
adaptada <strong>ao</strong> pastoreio <strong>intensivo</strong>. Exigente em fertilida<strong>de</strong> do solo e luminosida<strong>de</strong>.<br />
• Trevo Vermelho ou Roxo (Trifolium pratense): leguminosa perene, não é muito<br />
persistente, porém se implanta rapidamente e com facilida<strong>de</strong>. Exigente em<br />
fertilida<strong>de</strong> e não tolera aci<strong>de</strong>z do solo. Boa produtora <strong>de</strong> sementes. Não suporta<br />
pastoreio contínuo. A forragem ver<strong>de</strong> é tenra e <strong>de</strong> alta palatibilida<strong>de</strong>.<br />
12
• Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum): leguminosa anual, po<strong>de</strong> pereniz<strong>ar</strong>-se<br />
por ressemeadura natural.<br />
• Cornichão (Lotus corniculatus): leguminosa perene, cespitosa, nutritiva, exigente<br />
em manejo, no entanto é relativamente pouco exigente em solo e muito tolerante<br />
à seca. Não suporta pastoreio prolongado, é melhor no rotativo.<br />
Leguminosas perenes <strong>de</strong> verão<br />
• Alfafa (Medicago sativa): leguminosa perene <strong>de</strong> elevado valor nutritivo. Em<br />
função da exigência em solo fica restrita àquelas áreas com alta fertilida<strong>de</strong><br />
natural. É indicada como pasto ver<strong>de</strong> porque é uma forrageira <strong>de</strong> período <strong>de</strong><br />
crescimento mais longo, proporcionando maior número <strong>de</strong> cortes. Tem boa<br />
resistência à seca.<br />
• Lotus pedunculatus ou uliginosos (Lotus pedunculatus cv. Maku): leguminosa<br />
perene. Embora não tenha semente disponível no mercado, permite reprodução<br />
por mudas.<br />
2.2.3 Implantação <strong>de</strong> forragens<br />
Os suínos possuem um comportamento <strong>de</strong> pastoreio diferente dos bovinos. São<br />
altamente seletivos, apresentam o hábito <strong>de</strong> fuç<strong>ar</strong> e <strong>de</strong> revolver a terra e, em função<br />
da pequena superfície do casco, <strong>de</strong>terminam consi<strong>de</strong>rável compactação do solo.<br />
Quando da implantação do SISCAL, em áreas <strong>de</strong> campo nativo ou em outro tipo<br />
<strong>de</strong> pastagem já estabelecida, <strong>de</strong>ve-se procur<strong>ar</strong> manter essa vegetação p<strong>ar</strong>a cobrir o<br />
solo. Além disso a substituição <strong>de</strong>ssas forragens po<strong>de</strong>rá favorecer a compactação do<br />
solo pelo pisoteio. Com o pass<strong>ar</strong> do tempo e com o aumento da fertilida<strong>de</strong> do solo<br />
po<strong>de</strong>-se enriquecer esta cobertura com espécies mais nobres, como as leguminosas.<br />
Nas áreas sem pastagens, o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong>ve ser implantado sobre gramíneas<br />
agressivas, resistentes <strong>ao</strong> pisoteio, <strong>de</strong> baixa exigência em fertilida<strong>de</strong>, estoloníferas,<br />
e que permitem uma rápida cobertura do solo.<br />
A semeadura das espécies forrageiras po<strong>de</strong> ser feita a lanço, com distribuidor<br />
centrífugo ou através <strong>de</strong> semeadoras específicas.<br />
Quando a rotação com lavouras estiver prevista <strong>de</strong>ve-se evit<strong>ar</strong> us<strong>ar</strong> forrageiras<br />
como o capim quicuio, a grama estrela roxa e outras do gênero Cynodon, <strong>de</strong> difícil<br />
erradicação, que po<strong>de</strong>m acab<strong>ar</strong> tornando-se invasoras. Neste caso espécies como<br />
grama missioneira, grama jesuíta e hermathria po<strong>de</strong>rão ser usadas.<br />
2.2.4 Melhorias <strong>de</strong> pastagens<br />
Esta tecnologia po<strong>de</strong> ser utilizada, com relativa facilida<strong>de</strong>, em pastoreio que utiliza<br />
o <strong>sistema</strong> rotativo. Já no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> uso contínuo é mais difícil a sobre-semeadura,<br />
em função das dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação das sementes ou das mudas e do pisoteio<br />
dos animais.<br />
13
As forrageiras que apresentam um alto valor nutritivo (leguminosas) são, em geral,<br />
exigentes em fertilida<strong>de</strong> do solo. Isto po<strong>de</strong> aument<strong>ar</strong> os custos <strong>de</strong> implantação<br />
em solos <strong>de</strong>ficientes. Em função disto, <strong>de</strong>ve-se procur<strong>ar</strong> ter uma pastagem básica<br />
constituída por espécies rústicas (gramíneas), pouco exigentes e persistentes, e<br />
enriquecê-las pela introdução <strong>de</strong> novas espécies, à medida que melhor<strong>ar</strong>em as<br />
condições do solo.<br />
Po<strong>de</strong> ser feita a introdução <strong>de</strong> espécies perenes, ou a semeadura <strong>de</strong> espécies<br />
anuais que, em condições corretas <strong>de</strong> manejo, não necessit<strong>ar</strong>ão mais serem<br />
semeadas e ou a semeadura <strong>de</strong> espécies anuais.<br />
As forrageiras <strong>de</strong> inverno <strong>de</strong>vem ser semeadas em solos férteis e com bom pH.<br />
Caso haja necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> calcário, este <strong>de</strong>ve ser colocado em cobertura<br />
e sua quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> no máximo um qu<strong>ar</strong>to da recomendação do ROLAS. O<br />
fósforo e outros nutrientes po<strong>de</strong>m ser aplicados junto com a semeadura, ou até 15 a<br />
20 dias após a germinação.<br />
A semeadura das leguminosas perenes po<strong>de</strong>rá ser feita nos meses <strong>de</strong> junho e<br />
julho, enquanto que as gramíneas e as leguminosas anuais a p<strong>ar</strong>tir <strong>de</strong> fevereiro.<br />
Uma das principais práticas recomendadas, no <strong>sistema</strong>, é o pastoreio rotativo,<br />
que a<strong>de</strong>nsa e recupera a forragem provocando enraizamento profundo, favorecendo a<br />
distribuição dos <strong>de</strong>jetos e o combate da verminose.<br />
A gran<strong>de</strong> maioria das criações intensivas <strong>de</strong> suínos a campo usam o pastoreio<br />
contínuo pela maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo e pelo menor custo das instalações. Neste<br />
<strong>sistema</strong>, é muito difícil manter uma cobertura vegetal a<strong>de</strong>quada do solo <strong>ao</strong> longo do<br />
tempo, em função do comportamento agressivo dos suínos, em relação às pastagens.<br />
2.2.5 Manejo das áreas <strong>de</strong>gradadas<br />
Estes locais <strong>de</strong>vem ser isolados por um ou dois fios eletrificados p<strong>ar</strong>a realiz<strong>ar</strong> o<br />
replantio das forragens. Essa área somente <strong>de</strong>ve ser liberada quando o solo estiver<br />
totalmente coberto.<br />
3 Origem das leitoas <strong>de</strong> reposição<br />
O plantel do SISCAL <strong>de</strong>verá ser constituído por matrizes cruzadas, também<br />
chamadas <strong>de</strong> híbridas ou F1, e acasaladas com machos sintéticos que possam<br />
imprimir em seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes uma boa porcentagem <strong>de</strong> c<strong>ar</strong>ne magra.<br />
Os cuidados mais importantes na hora <strong>de</strong> adquirir as leitoas p<strong>ar</strong>a reposição<br />
referem-se <strong>ao</strong>s aspectos sanitários e genéticos. A maioria das doenças dos suínos<br />
entram nos rebanhos através da introdução <strong>de</strong> animais infectados, sem, no entanto,<br />
apresent<strong>ar</strong>em sinais <strong>de</strong> doenças. Por essa razão, os produtores <strong>de</strong>vem somente<br />
adquirir animais oriundos <strong>de</strong> Granja <strong>de</strong> Suínos com o Mínimo <strong>de</strong> Doenças (GSMD)<br />
ou <strong>de</strong> Granjas <strong>de</strong> Suínos Certificadas (GSC) que fazem regul<strong>ar</strong>mente controles p<strong>ar</strong>a<br />
Brucelose, Leptospirose, Peste suína clássica e Doença <strong>de</strong> Aujeszky. Além disso,<br />
14
ecomenda-se d<strong>ar</strong> preferência a um único fornecedor <strong>de</strong> leitoas, com o objetivo <strong>de</strong><br />
reduzir as chances <strong>de</strong> introduzir novas doenças no rebanho.<br />
4 Aspecto sanitário<br />
O status sanitário dos suínos <strong>criados</strong> <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong>, normalmente, é melhor em relação<br />
<strong>ao</strong>s suínos <strong>criados</strong> junto <strong>ao</strong> <strong>sistema</strong> confinado. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte disto, há necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estabelecer um programa sanitário do plantel. Esse programa po<strong>de</strong>rá ser ajustado<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada região do Brasil. É primordial realiz<strong>ar</strong> um controle eficiente <strong>de</strong><br />
endop<strong>ar</strong>asitas e ectop<strong>ar</strong>asitas através <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> monitoramento p<strong>ar</strong>a avaliação<br />
do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos animais.<br />
Quando do estabelecimento do programa sanitário, <strong>de</strong>vemos lev<strong>ar</strong> em consi<strong>de</strong>ração<br />
a necessida<strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> vacinas tais como p<strong>ar</strong>vovirose, leptospirose,<br />
erisipela, aujeszky e colibacilose.<br />
5 Manejo do SISCAL<br />
O SISCAL <strong>de</strong>ve ser manejado <strong>de</strong> forma organizada, através da formação <strong>de</strong> lotes e<br />
do escalonamento da produção, obtendo com isso um controle dos dados produtivos,<br />
reprodutivos, econômicos e otimização da mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
A atenção dispensada a todas as fases <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>ve ser muito bem planejada<br />
na sua execução, pois o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong>manda uma maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo e/ou<br />
mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
6 Taxa <strong>de</strong> lotação<br />
A taxa <strong>de</strong> lotação e o manejo dos animais influem diretamente na manutenção da<br />
cobertura vegetal e da fertilida<strong>de</strong> do solo. Assim, sugere-se o uso <strong>de</strong> 800 m 2 por<br />
fêmea instalada em um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> rodízio dos piquetes, o que permite uma lotação<br />
<strong>de</strong> 10 fêmeas por hect<strong>ar</strong>e em gestação ou lactação.<br />
Na fase <strong>de</strong> creche, sugere-se us<strong>ar</strong> uma taxa <strong>de</strong> lotação <strong>de</strong> 50 m 2 por animal<br />
alojado em piquetes e <strong>de</strong> 0,5 m 2 no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> creche móvel sobre cama. Estão<br />
sendo <strong>de</strong>senvolvidas pesquisas em relação a um novo <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> creche sobre cama<br />
on<strong>de</strong> o leitão permanece confinado durante todo o período <strong>de</strong> creche.<br />
7 Tempo e forma <strong>de</strong> ocupação dos piquetes<br />
A área por animal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores como condições climáticas, c<strong>ar</strong>acterísticas<br />
do solo e tipo <strong>de</strong> cobertura vegetal.<br />
15
A área total do SISCAL é dividida em piquetes <strong>de</strong> gestação, <strong>de</strong> machos, <strong>de</strong> lactação<br />
e creche. P<strong>ar</strong>a <strong>de</strong> cada fase sugere-se que seja subdividida em piquetes distribuídos<br />
<strong>de</strong> maneira que se possa trabalh<strong>ar</strong> com rodízios dos piquetes. P<strong>ar</strong>a a gestação<br />
sugere-se subdividir a área total do piquete ocupado pelo lote em quatro subpiquetes.<br />
P<strong>ar</strong>a maternida<strong>de</strong> e creche sugere-se subdividir os piquetes em dois subpiquetes.<br />
Os piquetes são ligados <strong>ao</strong>s corredores <strong>de</strong> manejo, que possuem l<strong>ar</strong>gura suficiente<br />
p<strong>ar</strong>a possibilit<strong>ar</strong> o trânsito <strong>de</strong> máquinas e animais.<br />
O tempo <strong>de</strong> ocupação dos piquetes <strong>de</strong>ve ser aquele que permita a manutenção<br />
constante da cobertura vegetal sobre o solo e uma recuperação rápida da mesma.<br />
Em geral, um período <strong>de</strong> 35 dias permitirá a renovação da forragem. Porém,<br />
esta recuperação está diretamente influenciada pelas condições climáticas. Quando<br />
houver intensa pluviosida<strong>de</strong>, ou seca, <strong>de</strong>ve-se diminuir o tempo <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong>vido<br />
<strong>ao</strong> <strong>de</strong>sgaste da pastagem e do solo.<br />
Sempre que o <strong>sistema</strong> apresent<strong>ar</strong> problemas <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> pastagens,<br />
ou problemas sérios <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong>, recomenda-se a rotação da área ocupada pelo<br />
<strong>sistema</strong>.<br />
8 Escalonamento da produção<br />
O escalonamento permite a organização das ativida<strong>de</strong>s <strong>ao</strong> longo do tempo. Ela é<br />
<strong>de</strong>fina na implantação do <strong>sistema</strong> e po<strong>de</strong> ser semanal, quinzenal, ou a cada 21 dias.<br />
9 Dimensionamento da produção<br />
Um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos é constituído por um conjunto interrelacionado<br />
<strong>de</strong> componentes que tem por objetivo produzir suínos. Fazem p<strong>ar</strong>te <strong>de</strong>ste <strong>sistema</strong> o<br />
homem, as edificações e os equipamentos, os animais, a alimentação e a água, os<br />
contaminantes e o manejo do rebanho. P<strong>ar</strong>a atingir bons níveis <strong>de</strong> produção é preciso<br />
que todos os componentes estejam em h<strong>ar</strong>monia.<br />
Hom em<br />
Manejo<br />
Contaminantes<br />
Performance<br />
Saída s<br />
Estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Edificações e equipamentos<br />
Animais<br />
Alimentação e água<br />
Figura 1 — Representação gráfica <strong>de</strong> um esquema <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos.<br />
16
Da mesma maneira que no <strong>sistema</strong> confinado <strong>de</strong> produção, no SISCAL há<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dividir os animais nas diferentes fases da vida (cobrição, gestação,<br />
maternida<strong>de</strong>, creche, crescimento e terminação). O fluxo dos animais no <strong>sistema</strong><br />
<strong>de</strong>ve seguir um esquema lógico <strong>de</strong> produção.<br />
9.1 Dimensionamento <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos,<br />
p<strong>ar</strong>a produzir 27 animais a cada 21 dias<br />
A administração rural é uma ciência que estuda as relações que se estabelecem<br />
entre os diversos fatores na proprieda<strong>de</strong> agrícola com o objetivo <strong>de</strong> obter a maior<br />
rentabilida<strong>de</strong> possível. E p<strong>ar</strong>a tanto, o produtor precisa saber o que, como e quanto<br />
produzir e, principalmente, p<strong>ar</strong>a quem ven<strong>de</strong>r seus produtos.<br />
Por isso é que, na <strong>de</strong>cisão do produtor, no curto, médio ou longo prazo, o<br />
conhecimento <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos é <strong>de</strong> fundamental importância no<br />
<strong>de</strong>sempenho e sucesso junto à ativida<strong>de</strong> agrícola.<br />
O planejamento é um processo dinâmico que no meio rural objetiva a racionalização<br />
da produção agropecuária. O planejamento é a função mais importante a ser<br />
executada <strong>de</strong>ntro do processo administrativo, pois <strong>de</strong>termina os objetivos a atingir e<br />
os tipos <strong>de</strong> controles que a administração da proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá utiliz<strong>ar</strong>.<br />
O planejamento consta <strong>de</strong> uma formulação sistemática e <strong>de</strong>vidamente integrante<br />
que expressa uma série <strong>de</strong> propósitos a serem realizados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados<br />
prazos, levadas em conta as limitações impostas pelos recursos disponíveis, bem<br />
como as metas prioritárias <strong>de</strong>finidas.<br />
Os objetivos ou os propósitos <strong>de</strong>vem adapt<strong>ar</strong>-se às necessida<strong>de</strong>s e <strong>ao</strong>s anseios<br />
do produtor, <strong>ao</strong>s recursos disponíveis (mão-<strong>de</strong>-obra, terra, capital, etc), e também às<br />
<strong>de</strong>mandas do mercado e as condições <strong>de</strong> meio-ambiente no seu mais amplo aspecto.<br />
O produtor <strong>de</strong>ve, por sua vez, busc<strong>ar</strong> os meios (recursos, formas <strong>de</strong> controle,<br />
tecnologia, etc) p<strong>ar</strong>a produzir. A busca <strong>de</strong> resultados econômicos e formas a<strong>de</strong>quadas<br />
<strong>de</strong> controle justificam a elaboração <strong>de</strong> planos que <strong>de</strong>vem, primordialmente, concentr<strong>ar</strong>se<br />
nos objetivos previamente <strong>de</strong>finidos.<br />
No planejamento, <strong>de</strong>ve-se <strong>sistema</strong>tiz<strong>ar</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e program<strong>ar</strong> as<br />
ações futuras observando os seguidos aspectos:<br />
• Oportunida<strong>de</strong>;<br />
• Planos <strong>de</strong>rivados;<br />
• Resposta e questionamentos;<br />
• Prazos.<br />
Na suinocultura, o planejamento tem consi<strong>de</strong>rado, principalmente, a p<strong>ar</strong>te técnica<br />
da ativida<strong>de</strong>. Planos que envolvam todas as áreas, normalmente, têm sido elaborados<br />
quando o objetivo é a implantação <strong>de</strong> uma nova unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos.<br />
17
Quando da implantação <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos em uma proprieda<strong>de</strong><br />
agrícola, vários aspectos e fatores <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados: tipos e tamanho das<br />
proprieda<strong>de</strong>s, localização, disponibilida<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, capacida<strong>de</strong><br />
p<strong>ar</strong>a a produção <strong>de</strong> insumos/alimentos e investimentos.<br />
Os projetos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos <strong>de</strong>vem compreen<strong>de</strong>r, obrigatoriamente, um<br />
estudo técnico e econômico. Como o estudo técnico <strong>de</strong>ve lev<strong>ar</strong> em conta as disponibilida<strong>de</strong>s<br />
dos fatores <strong>de</strong> produção, capital e trabalho p<strong>ar</strong>a <strong>de</strong>finir, principalmente, a<br />
dimensão e o grau <strong>de</strong> especialização <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>vendo, também, c<strong>ar</strong>acteriz<strong>ar</strong> o<br />
manejo <strong>de</strong> todo o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> cada fase em p<strong>ar</strong>ticul<strong>ar</strong>.<br />
O estudo econômico é efetuado a p<strong>ar</strong>tir do estudo técnico e <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>finir o montante<br />
<strong>de</strong> investimento e seu financiamento, o cronograma dos trabalhos <strong>de</strong> implantação,<br />
fluxo físico <strong>de</strong> entrada dos animais em produção, o fluxo físico <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> animais e<br />
o fluxo <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong>corrente das previsões <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> preços.<br />
A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva, relacionada <strong>ao</strong> tamanho da produção e do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong><br />
produção a ser adotado, será tomado após esse estudo e, principalmente, após o<br />
exercício <strong>de</strong> algumas simulações.<br />
Na produção <strong>de</strong> suínos po<strong>de</strong>mos utiliz<strong>ar</strong> os seguintes <strong>sistema</strong>s:<br />
Extensivo: é a forma <strong>de</strong> criação à solta <strong>de</strong> suínos que coexistem com exploração<br />
<strong>de</strong> florestas ou <strong>de</strong> pom<strong>ar</strong>es <strong>de</strong> árvores adultas e <strong>de</strong> casca grossa, como abacateiros<br />
e mangueiras. Neste <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos não há preocupação com<br />
produtivida<strong>de</strong> e economicida<strong>de</strong>, sendo mais uma forma <strong>de</strong> cultura extrativa ou<br />
subsistência, não havendo nenhum controle sobre a criação, sendo que todos os<br />
suínos <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s permanecem juntos numa mesma área e disputam, entre<br />
eles, o mesmo alimento.<br />
Intensivo: acumula o trabalho e capital em terreno relativamente restrito.<br />
Apresenta preocupação com a produtivida<strong>de</strong> e a economicida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ser p<strong>ar</strong>a<br />
subsistência, p<strong>ar</strong>a ger<strong>ar</strong> p<strong>ar</strong>te da renda ou ser a fonte <strong>de</strong> renda famíli<strong>ar</strong>.<br />
Dentro dos <strong>sistema</strong>s <strong>intensivo</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos po<strong>de</strong>mos mencion<strong>ar</strong> os<br />
seguintes <strong>sistema</strong>s:<br />
• Sistemas tradicionais – confinado <strong>de</strong> baixo, média ou alta tecnologia<br />
– Ciclo Completo<br />
– Produtores <strong>de</strong> leitões<br />
– Terminados<br />
Sistemas alternativos – <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong> <strong>de</strong> baixa, média ou alta tecnologia<br />
– À solta controlada<br />
– Semi-confinado<br />
– Produção agroecológica<br />
– SISCAL – Sistema <strong>intensivo</strong> <strong>de</strong> suínos <strong>criados</strong> <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong><br />
18
Quando da implantação <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos, há necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se fazer um estudo técnico e econômico da proprieda<strong>de</strong>, com o objetivo <strong>de</strong><br />
verific<strong>ar</strong> a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta nova ativida<strong>de</strong> agrícola. Estes estudos <strong>de</strong>vem lev<strong>ar</strong><br />
em conta alguns aspectos, tais como:<br />
– Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área p<strong>ar</strong>a a instalação;<br />
– Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, bem como sua qualificação;<br />
– Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> milho, soja e <strong>de</strong> outros alimentos alternativos;<br />
– Condições p<strong>ar</strong>a engord<strong>ar</strong> os suínos produzidos (crescimento e terminação);<br />
– Mercado p<strong>ar</strong>a a produção <strong>de</strong> leitões entre outros fatores que po<strong>de</strong>m ser<br />
consi<strong>de</strong>rados quando da instalação <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos;<br />
P<strong>ar</strong>a se dimension<strong>ar</strong> um plantel é necessário <strong>de</strong>finir o número <strong>de</strong> animais<br />
a serem vendidos por período. A título <strong>de</strong> exemplo, será apresentado um<br />
<strong>sistema</strong> on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>-se produzir 27 leitões a cada 21 dias. P<strong>ar</strong>a tal,<br />
necessita-se estabelecer uma série <strong>de</strong> indicadores e coeficientes técnicos que<br />
serão fundamentais p<strong>ar</strong>a o dimensionamento da granja.<br />
9.1.1 Definição dos coeficientes técnicos<br />
Os coeficientes técnicos, que servem <strong>de</strong> exemplo p<strong>ar</strong>a orient<strong>ar</strong> neste cálculo,<br />
são:<br />
Coeficientes técnicos Siglas Valores<br />
Número <strong>de</strong> leitões vendidos por período NLVP 27,0<br />
Intervalo <strong>de</strong> produção (dias) IP 21,0<br />
Número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos/porca/ano NPPA 2,25<br />
Taxa <strong>de</strong> retorno <strong>ao</strong> cio % TRC 10,0<br />
Intervalo médio <strong>de</strong>smame-cio (dias) IDC 10,0<br />
Taxa <strong>de</strong> reposição porcas ou leitoas (%) TRP 25,0<br />
Taxa <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> cachaços(%) TRM 50,0<br />
Número <strong>de</strong> leitões nascidos vivos/p<strong>ar</strong>to NLNV 10,0<br />
Taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> leitões na maternida<strong>de</strong> (%) TMLM 8,0<br />
Número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados/p<strong>ar</strong>to NLDP 9,2<br />
Número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados/porca/ano NLDPA 19,32<br />
Taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitões na creche (%) TMLC 2,0<br />
Número <strong>de</strong> leitões vendidos/p<strong>ar</strong>to NLVPA 9,0<br />
Número <strong>de</strong> leitões vendidos porca ano NLVPA 18,90<br />
Tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção do cio (dias) TDC 42<br />
Ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>smame (dias) ID 28<br />
19
Número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos por lote (NPL) é encontrado dividindo-se o número <strong>de</strong> animais<br />
a serem vendidos por período (NLVP) pelo número <strong>de</strong> leitões a serem vendidos por<br />
p<strong>ar</strong>to (NLVPA)<br />
NPL = NLVP / NLVPA ⇒ 27/9 = 3 p<strong>ar</strong>tos.<br />
Intervalo entre p<strong>ar</strong>tos (IP) é obtido pela soma dos períodos <strong>de</strong> gestação (PG),<br />
duração da lactação (DL) e intervalo <strong>de</strong>smame-cio fértil (IDC).<br />
IP = PG + DL + IDC ⇒ 114 + 28 + 10 = 152 dias<br />
Número <strong>de</strong> lotes <strong>de</strong> matrizes (NL) <strong>de</strong>ntro do <strong>sistema</strong> é encontrado pela divisão<br />
do intervalo entre p<strong>ar</strong>tos (IP) pelo intervalo entre lotes (IL).<br />
NL = IP/ IL ⇒ 152/21 = 7,23 ≈ 7,0 lotes.<br />
Número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos/porca/ano (NPPA) é obtido através da divisão do número <strong>de</strong><br />
dias do ano (NDA) pelo intervalo entre p<strong>ar</strong>tos (IP).<br />
NPPA = NDA / IP ⇒ 365/152 = 2,40 ≈ 2,25 p<strong>ar</strong>tos.<br />
Este valor está acima dos resultados normalmente alcançados na produção <strong>de</strong><br />
suínos, pois não se está consi<strong>de</strong>rando os retornos <strong>ao</strong> cio e a data da entrada das<br />
matrizes no plantel. P<strong>ar</strong>a efeito <strong>de</strong> cálculo foram consi<strong>de</strong>rados 2,25 p<strong>ar</strong>tos/porca/ano.<br />
Número total <strong>de</strong> matrizes em produção (NTP) é obtido entre o produto do<br />
número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos por lote (NPL) e o número <strong>de</strong> lotes (NL) <strong>de</strong> matrizes, acrescido<br />
do produto entre número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos por lote (NPL), taxa <strong>de</strong> retorno <strong>ao</strong> cio (TRC) neste<br />
caso 10% e o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> cio, acrescido da espera por uma nova cobertura<br />
(TDC) 42 dias, dividido pelo intervalo <strong>de</strong> produção (IP).<br />
NTP = NPL × NL + (( NPL × TRC × TDC) / IP)<br />
NTP = 3 × 7 + (3 × 0,10 × 42)/21<br />
NTP = 21 + 0,6 = 21,6 ≈ 22 Fêmeas.<br />
Número <strong>de</strong> matrizes <strong>de</strong> reposição por ano (NMRA) no plantel é obtido pelo<br />
produto do número total <strong>de</strong> matrizes em produção (NTP) e a taxa <strong>de</strong> reposição anual<br />
(TRP) <strong>de</strong> 25%.<br />
NMRA = NTP × TRP ⇒ 22 × 0,25 = 5,5 ≈ 6 matrizes /ano.<br />
Obs: Po<strong>de</strong>-se fazer a reposição em dois lotes <strong>de</strong> 3 leitoas.<br />
20
O número <strong>de</strong> matrizes por lote (NML) é obtido pela divisão do número total <strong>de</strong><br />
matrizes em produção (NTP), pelo número <strong>de</strong> lotes (NL). NML = NTP / NLP ⇒<br />
22/7 = 3,14 matrizes /lote. Neste caso trabalha-se com 7 lotes <strong>de</strong> 3 matrizes, (6 lotes<br />
<strong>de</strong> 3 fêmeas e 1 lote <strong>de</strong> 4 fêmeas). Tem-se 1 fêmea a mais no plantel p<strong>ar</strong>a g<strong>ar</strong>antir a<br />
produção, caso haja retorno <strong>ao</strong> cio.<br />
Número <strong>de</strong> cachaços (NC) a serem utilizados é obtido pela divisão do número<br />
total <strong>de</strong> matrizes em produção (NTP), pela relação <strong>de</strong> cachaço / fêmea (um reprodutor<br />
p<strong>ar</strong>a 15 matrizes).<br />
Recomenda-se 1 cachaço p<strong>ar</strong>a cada 15 porcas. P<strong>ar</strong>a este tamanho <strong>de</strong> plantel, este<br />
valor po<strong>de</strong> ser alternado em função do número <strong>de</strong> matrizes no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção.<br />
NC = NTP / 15 ⇒ 22 / 15 = 1,46 ≈ 2 cachaços.<br />
Número <strong>de</strong> cachaços <strong>de</strong> reposição (NCRA) é obtido pelo produto do número <strong>de</strong><br />
cachaços pela taxa <strong>de</strong> reposição <strong>ao</strong> ano (TRM) <strong>de</strong> 50%.<br />
NCRA = NC × TRM ⇒ 2 × 0,5 = 1,0 cachaço/ano.<br />
Número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por lote (NLDL) é obtido pelo produto do<br />
número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos por lote (NPL) e número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por p<strong>ar</strong>to (NLDP).<br />
NLDL = NPL × NLDP ⇒ 3 × 9,2 = 27,6 leitões/lote.<br />
Número total <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados/porca/ano (NLDPA) é obtido pelo produto<br />
do número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por p<strong>ar</strong>to (NLDP) pelo número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos /porca/<br />
ano (NPPA)<br />
NLDPA = NLDP × NPPA ⇒ 9,2 × 2,25 = 20,7 leitões/porca/ano.<br />
Número total <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por ano (NTLDA) é o resultado do<br />
produto do número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por p<strong>ar</strong>to (NLDP) pelo número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos/<br />
porca/ano (NPPA), e o número total <strong>de</strong> matrizes em produção (NTP).<br />
NTLDA = NLDP × NPPA × NTP ⇒ 9,2 × 2,25 × 22 = 455,4<br />
leitões/<strong>de</strong>smamados/ano.<br />
Número <strong>de</strong> leitões vendidos por lote (NLVL) é obtido pela diferença entre do<br />
número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por lote (NLDL) e o número <strong>de</strong> leitões mortos na<br />
creche por lote (NLMC), que é obtido pelo produto do número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados<br />
por lote (NLDL) e a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> na creche (TMLC).<br />
NLMC = NLDL × TMLC ⇒ 27,6 × 0,02 = 0,552 ≈ 1,0 leitão morto por lote<br />
NLVL = 27,6 − 1,0 ⇒ 26,6 ≈ 27<br />
21
9.2 Dimensionamento das instalações<br />
9.2.1 Cobrição e gestação<br />
Este <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos está organizado p<strong>ar</strong>a trabalh<strong>ar</strong> com sete lotes<br />
<strong>de</strong> 3 fêmeas, com intervalos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 21 dias.<br />
Quando se utiliz<strong>ar</strong> um cronograma <strong>de</strong> 21 dias <strong>de</strong> intervalo entre lotes, teremos um<br />
lote <strong>de</strong> matrizes em lactação e um lote entrando ou saindo da maternida<strong>de</strong>, assim<br />
assume-se que sempre teremos 5 ou 6 lotes na gestação, e um ou dois lotes na<br />
maternida<strong>de</strong> e dois lotes <strong>de</strong> leitões na creche.<br />
Durante a gestação as matrizes serão mantidas em grupos <strong>de</strong> três por piquete, e<br />
cada piquete será subdividido em 3 subpiquetes, com o objetivo <strong>de</strong> fazer a rotação da<br />
área ocupada pelas matrizes.<br />
O número <strong>de</strong> matrizes em gestação ou cobrição (NMG) é obtido pela diferença<br />
entre o número total <strong>de</strong> matrizes em produção (NTP) e o número <strong>de</strong> p<strong>ar</strong>tos por lote<br />
(NPL).<br />
NMG = NTP − NPL ⇒ 22 − 3 = 19 matrizes em gestação ou em cobertura.<br />
O número <strong>de</strong> piquetes <strong>de</strong> gestação e cobertura (NPG) é obtido pela divisão do<br />
número <strong>de</strong> matrizes em gestação (NMG) pelo número <strong>de</strong> matrizes por lote <strong>de</strong>ntro dos<br />
piquetes (não recomenda-se fazer lotes com mais <strong>de</strong> 6 matrizes/piquete, pois dificulta<br />
o manejo da alimentação).<br />
NPG = NMG / NML ⇒ 19/3 = 6,33 ≈ 6,0 piquetes com 3 matrizes.<br />
OBS: NSP = Cada piquete <strong>de</strong>verá ser subdividido em 3 subpiquetes.<br />
NSPG = 6 × 3 = 18 subpiquetes<br />
A área ocupada pela gestação (AG) é <strong>de</strong>terminada pelo produto do número <strong>de</strong><br />
matrizes em gestação (NMG) e a área recomendada por matriz (AM). No SISCAL<br />
recomenda-se utiliz<strong>ar</strong> uma área <strong>de</strong> 800 m 2 por matriz na gestação e lactação.<br />
AG = NMG × AM ⇒ 19 × 800 = 15.200 m 2 .<br />
9.2.2 Cachaços<br />
Está prevista a utilização <strong>de</strong> 2 cachaços no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos. A área<br />
utilizada por cachaço será <strong>de</strong> 800 m 2 e cada piquete será dividido em 2 subpiquetes<br />
<strong>de</strong> 400 m 2 p<strong>ar</strong>a que se possa utiliz<strong>ar</strong> o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> rotação dos piquetes.<br />
O número <strong>de</strong> piquetes <strong>de</strong> cachaços é igual <strong>ao</strong> número <strong>de</strong> cachaços utilizados na<br />
produção <strong>de</strong> suínos, pois não se recomenda manter os reprodutores em piquetes<br />
coletivos.<br />
A área ocupada pelos cachaços (AC) é <strong>de</strong>terminada pelo produto do número<br />
<strong>de</strong> cachaços (NM) e a área recomendada p<strong>ar</strong>a o cachaço (ACA). No SISCAL<br />
22
ecomenda-se utiliz<strong>ar</strong> uma área <strong>de</strong> 800 m 2 por reprodutor.<br />
AC = NM × 800 m 2 ⇒ 2 × 800 = 1.600 m 2 .<br />
9.2.3 Maternida<strong>de</strong><br />
P<strong>ar</strong>a dimension<strong>ar</strong> a maternida<strong>de</strong> e a creche é necessário <strong>de</strong>finir algumas v<strong>ar</strong>iáveis.<br />
Determin<strong>ar</strong> o período <strong>de</strong> ocupação dos piquetes <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> (POMA). Esse<br />
tempo <strong>de</strong> ocupação é <strong>de</strong>terminado pela soma do período <strong>de</strong> adaptação da porca no<br />
piquete (PA), duração da lactação (DL) e o período <strong>de</strong> recuperação da pastagens (PR).<br />
POMA = PA + DL + PR ⇒ 7 + 28 + 35 = 70 dias.<br />
Calcul<strong>ar</strong> o número <strong>de</strong> lotes na maternida<strong>de</strong> (NLMA), o qual é obtido pela divisão<br />
do período <strong>de</strong> ocupação dos piquetes <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> (POMA) e pelo intervalo entre<br />
lotes (IL).<br />
NLMA = POMA/IL ⇒ 70/21 = 3,33 ≈ 3,0 lotes na maternida<strong>de</strong>.<br />
O número <strong>de</strong> piquetes na maternida<strong>de</strong> (NPMA) é o produto do número <strong>de</strong> matrizes<br />
por lote (NML) e o número <strong>de</strong> lotes na maternida<strong>de</strong> (NLMA).<br />
Em alguns momentos po<strong>de</strong>mos ter 4 matrizes por lote, assim est<strong>ar</strong>emos<br />
assumindo que o número <strong>de</strong> matrizes por lote (NML) será <strong>de</strong> 4 matrizes.<br />
NPMA = NML × NLMA ⇒ 4 × 3 = 12 piquetes <strong>de</strong> 400 m 2<br />
Além dos 9 piquetes calculados mais 1 <strong>de</strong> reserva, porque num dado momento<br />
teremos um grupo <strong>de</strong> 4 porcas na maternida<strong>de</strong> e isto permite também g<strong>ar</strong>antir o grupo<br />
<strong>de</strong> 3 fêmeas, se falh<strong>ar</strong> uma cobertura.<br />
A área da maternida<strong>de</strong> (AMA) é obtida pelo produto do número <strong>de</strong> piquetes na<br />
maternida<strong>de</strong> (NPMA) e a área dos piquetes 400m 2 .<br />
AMA = NPMA × 400 ⇒ 12 × 400 = 4.800 m 2<br />
9.2.4 Creche<br />
Determin<strong>ar</strong> o período <strong>de</strong> ocupação dos piquetes da creche (POCE). Esse tempo<br />
<strong>de</strong> ocupação é <strong>de</strong>terminado pela soma do período <strong>de</strong> ocupação dos piquetes (PO) e<br />
o período <strong>de</strong> recuperação das pastagens (PR).<br />
POCE = PO + PR ⇒ 42 + 35 = 77 dias<br />
23
Calcul<strong>ar</strong> o número <strong>de</strong> lote na creche (NLCE), o qual é obtido pela divisão do<br />
período <strong>de</strong> ocupação dos piquetes (POCE) e pelo intervalo entre lote (IL).<br />
NLCE = POCE / IL ⇒ 77/21 = 3,66 ≈ 4,0 lotes na creche<br />
O número <strong>de</strong> piquetes na creche (NPCE) é o resultado da divisão do número<br />
<strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por lote (NLDL) pelo número <strong>de</strong> leitões por piquete (NLP),<br />
(sugere-se não coloc<strong>ar</strong> mais <strong>de</strong> 30 leitões por piquete) e multiplicado pelo número <strong>de</strong><br />
lotes na creche (NLCE).<br />
NPCE = (NLDL / NLP) × NLCE ⇒ 27,6 / 30 × 4 = 3,68 ≈ 4 piquetes <strong>de</strong> 1.400 m 2<br />
divididos em 8 subpiquetes <strong>de</strong> 700m 2 .<br />
A área dos piquetes da creche (ACE) é obtida pelo produto do número <strong>de</strong> piquetes<br />
na creche (NPCE ) e a área dos piquetes a qual é obtida pelo produto do número <strong>de</strong><br />
leitões <strong>de</strong>smamados (NLDL), e a área por leitão (ALC) na creche 50m 2<br />
APC = NLDL × ALC ⇒ 28 × 50 = 1.400 m 2 ACE = NPCE × APC ⇒ 4 × 1.400 =<br />
5.600 m 2<br />
Na fase <strong>de</strong> creche po<strong>de</strong>-se também utiliz<strong>ar</strong> o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> creche móvel sobre cama,<br />
po<strong>de</strong>ndo assim diminuir a área ocupada pelo <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos.<br />
Quando da utilização <strong>de</strong>sse <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> creche móvel sobre cama <strong>de</strong>veremos ter<br />
os <strong>de</strong>vidos cuidados com a linfa<strong>de</strong>nite e o manejo da cama com as moscas.<br />
9.2.5 Reposição<br />
A área <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> leitoas/ano (ARLA) é em função do número <strong>de</strong> matrizes e<br />
v<strong>ar</strong>rões, o qual é obtido pelo produto do número <strong>de</strong> matriz/ reposta/ ano (NMRA) e a<br />
área por matriz <strong>de</strong> 800m 2 .<br />
Esta área é <strong>de</strong>terminada em função do número <strong>de</strong> matrizes a serem introduzidas<br />
no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> suínos. Neste caso está prevista a reposição <strong>de</strong> dois lotes<br />
com três leitoas e um macho por ano. Portanto será necessário o dimensionamento <strong>de</strong><br />
um piquete p<strong>ar</strong>a a introdução dos mesmos e o <strong>de</strong>sc<strong>ar</strong>te das matrizes e reprodutores.<br />
Utiliza-se um piquete coletivo com capacida<strong>de</strong> p<strong>ar</strong>a aloj<strong>ar</strong> as porcas e os cachaços<br />
<strong>de</strong> reposição e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sc<strong>ar</strong>te <strong>de</strong> animais.<br />
ARLA = NMRA × 800 ⇒ 2 × 800 = 1.600 m 2 .<br />
Como nosso <strong>sistema</strong> é composto somente por 21 matrizes serão construídos<br />
somente dois piquetes <strong>de</strong> 840 m 2 p<strong>ar</strong>a a introdução <strong>de</strong> leitoas <strong>de</strong> reposição e o<br />
<strong>de</strong>sc<strong>ar</strong>te <strong>de</strong> matrizes.<br />
Número <strong>de</strong> piquetes, área ocupada pelo <strong>sistema</strong> número <strong>de</strong> equipamentos<br />
utilizados e a <strong>de</strong>scrição da estimativa do material a serem utilizado p<strong>ar</strong>a a instalação<br />
24
<strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> leitões com capacida<strong>de</strong> p<strong>ar</strong>a produzir 27 leitões a<br />
cada 21 dias estão no (Anexo 1).<br />
9.3 Consumo diário <strong>de</strong> ração<br />
9.3.1 Gestação<br />
O consumo diário <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> gestação (CDRG) é obtido pelo produto do número<br />
<strong>de</strong> matrizes em gestação (NMG) pelo consumo diário <strong>de</strong> ração por matriz na gestação<br />
(CDRG).<br />
CDRG = NMG × CDRG ⇒ 19 × 2,1 = 39,9 kg/dia.<br />
O consumo diário <strong>de</strong> ração dos cachaços (CDRC) é obtido pelo produto do número<br />
<strong>de</strong> v<strong>ar</strong>ões (NM) pelo consumo diário <strong>de</strong> ração dos cachaços (CDRC).<br />
CDRC = NM × CDC ⇒ 2 × 2,1 = 4,2 kg/dia.<br />
9.3.2 Maternida<strong>de</strong><br />
O consumo diário <strong>de</strong> ração lactação (CDRL) é obtido pelo produto do número <strong>de</strong><br />
matrizes em lactação (NML) pelo consumo diário <strong>de</strong> ração por matriz na lactação<br />
(CDRL).<br />
CDRL = NML × CDRL ⇒ 3 × 6,0 = 18,0 kg/dia.<br />
9.3.3 Creche<br />
O consumo diário <strong>de</strong> ração na creche (CDRCE) é obtido pelo produto do número<br />
<strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smamados por lote (NLDL), número <strong>de</strong> lotes <strong>de</strong> leitões na creche (NLLC)<br />
e consumo diário <strong>de</strong> ração por leitão (CDRLE).<br />
CDRCE = NLDL × NLLC × CDRLE ⇒ 27,6 × 2,0 × 0,725 = 40,02 kg/dia.<br />
9.4 Consumo total <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> leitões<br />
O consumo total diário <strong>de</strong> ração (CTDR) do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção é obtido pela<br />
soma do consumo diário <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> gestação (CDRG), consumo diário <strong>de</strong> ração<br />
dos cachaços (CDRC), consumo diário <strong>de</strong> ração lactação (CDRL), consumo diário <strong>de</strong><br />
ração na creche (CDRCE).<br />
CTDR = CDRG + CDRC + CDRL + CDRCE CTDR = 39,9 + 4,2 + 18,0 + 40,02 =<br />
102,12 kg/dia.<br />
25
O consumo anual <strong>de</strong> ração (CAR) é obtido pelo produto do consumo total diário <strong>de</strong><br />
ração (CTDR) pelo número <strong>de</strong> dias do ano (NDA).<br />
CAR = CTDR × NDA ⇒ 102,12 × 365 = 37.274 kg ou 37,27 t.<br />
O consumo <strong>de</strong> milho anual (CMA) é obtido pelo produto do consumo anual <strong>de</strong><br />
ração (CAR) pela porcentagem <strong>de</strong> milho nas rações (PMR).<br />
CMA = CAR × PMR ⇒ 37,27 × 0,70 = 26,08 t/milho/ano.<br />
10 Instalações e equipamentos<br />
As instalações e os equipamentos necessários p<strong>ar</strong>a implantação do Siscal<br />
basicamente são: cabanas, cercas, comedouros, bebedouros, sombras, <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />
ração, bretes <strong>de</strong> contenção e re<strong>de</strong> hidráulica.<br />
10.1 Cabanas<br />
Têm por objetivo servir <strong>de</strong> alojamento e abrig<strong>ar</strong> os animais <strong>de</strong> intempéries.<br />
As cabanas po<strong>de</strong>m ser confeccionadas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, metal ou outro tipo <strong>de</strong> material,<br />
porém <strong>de</strong>vem ser leves e resistentes p<strong>ar</strong>a facilit<strong>ar</strong> o seu <strong>de</strong>slocamento.<br />
São mais utilizadas as cabanas tipo Cela P<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira, Chalé, Iglú e Galpão.<br />
Normalmente são cobertas com lona plastificada, chapa galvanizada, esteiras <strong>de</strong><br />
taqu<strong>ar</strong>a ou capins. As suas dimensões v<strong>ar</strong>iam <strong>de</strong> acordo com a fase animal.<br />
As cabanas <strong>de</strong> gestação são <strong>de</strong> uso coletivo e só <strong>de</strong>vem ser utilizadas em regiões<br />
<strong>de</strong> muito frio, <strong>de</strong>vem possuir duas seções abertas em lados opostos, abrigando mais<br />
<strong>de</strong> uma fêmea.<br />
Na saída dos lotes <strong>de</strong> fêmeas da gestação p<strong>ar</strong>a a maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se posicion<strong>ar</strong><br />
a cabana <strong>de</strong> pé, virada p<strong>ar</strong>a o norte, p<strong>ar</strong>a proporcion<strong>ar</strong> uma <strong>de</strong>sinfecção da mesma<br />
através da radiação sol<strong>ar</strong>.<br />
Devem ser trocadas <strong>de</strong> lug<strong>ar</strong> sempre que a cobertura vegetal em seu interior se<br />
<strong>de</strong>grad<strong>ar</strong>.<br />
A cabana da maternida<strong>de</strong> é individual e abriga uma fêmea com sua respectiva<br />
leitegada. A <strong>Embrapa</strong> Suínos e Aves está recomendando o uso <strong>de</strong> duas novas<br />
cabanas p<strong>ar</strong>a a maternida<strong>de</strong>: a tipo cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira coberta com lona plastificada<br />
(Anexo 2) e a cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira tipo chalé (Anexo 3).<br />
A cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira é uma cabana <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, coberta com lona plastificada,<br />
colocada sobre uma camada <strong>de</strong> capim e outra lona plástica que serve <strong>de</strong> suporte.<br />
Possui abertura nas extremida<strong>de</strong>s opostas e um assoalho móvel. Tem dimensões <strong>de</strong><br />
2,20 m <strong>de</strong> comprimento, 1,60 m <strong>de</strong> l<strong>ar</strong>gura e 1,20 m <strong>de</strong> altura.<br />
No seu interior existe uma proteção contra esmagamento <strong>de</strong> leitões, composta por<br />
2 canos galvanizados <strong>de</strong> cada lado (Figura 3 d), sendo que o primeiro cano <strong>de</strong>ve est<strong>ar</strong><br />
26
afastado 0,30 m do assoalho e o segundo situado a 0,30 m do primeiro. A matriz<br />
possui área útil <strong>de</strong> 0,75 m 2 .<br />
A cabana tipo chalé tem dimensões <strong>de</strong> 2,20 m <strong>de</strong> comprimento, 1,80 m <strong>de</strong> l<strong>ar</strong>gura<br />
e 1,30 m <strong>de</strong> altura. Possui duas aberturas nas extremida<strong>de</strong>s opostas, e 2 ripas <strong>de</strong><br />
cada lado que servem <strong>de</strong> proteção contra o esmagamento dos leitões. A primeira<br />
<strong>de</strong>ve est<strong>ar</strong> distanciada 0,25 m do chão e a segunda a 0,10 m da mesma.<br />
Tem como principais vantagens: um melhor conforto térmico e um custo menor.<br />
Porém, é mais pesada e tem uma menor durabilida<strong>de</strong> do material.<br />
Na p<strong>ar</strong>te interna das cabanas <strong>de</strong>ve ser colocada uma camada <strong>de</strong> 0,10 m <strong>de</strong> palha<br />
ou capim seco p<strong>ar</strong>a que a fêmea possa fazer o seu ninho. É importante repor a cama<br />
sempre que necessário.<br />
Durante o inverno <strong>de</strong>ve ser colocada uma cortina em frente à porta, impedindo a<br />
corrente <strong>de</strong> <strong>ar</strong> em seu interior.<br />
As cabanas <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem possuir um assoalho, e esse não <strong>de</strong>ve ser<br />
fixado na cabana, sendo uma peça da mesma.<br />
As cabanas da creche possuem as mesmas dimensões das cabanas <strong>de</strong> gestação,<br />
acrescidas <strong>de</strong> um assoalho móvel, po<strong>de</strong>ndo abrig<strong>ar</strong> até 2 leitegadas.<br />
As cabanas dos machos têm as mesmas dimensões das cabanas <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>.<br />
Nessas cabanas não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> us<strong>ar</strong> o assoalho, nem a proteção contra o<br />
esmagamento.<br />
O <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> creche móvel sobre cama (Anexo 4) é um <strong>sistema</strong> alternativo<br />
<strong>de</strong> baixo custo <strong>de</strong> implantação em relação <strong>ao</strong> <strong>sistema</strong> confinado, on<strong>de</strong> os suínos<br />
são <strong>criados</strong> sobre um leito formado por m<strong>ar</strong>avalha ou palha. Os <strong>de</strong>jetos sofrem<br />
uma compostagem <strong>de</strong>ntro da “cabana” reduzindo os riscos <strong>de</strong> poluição ambiental e<br />
melhorando sua valorização agronômica.<br />
A creche móvel sobre cama é constituída por peças ajustáveis que po<strong>de</strong>m ser<br />
construídas na proprieda<strong>de</strong>. É composta por bebedouros, comedouros, estrado e o<br />
<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> cobertura.<br />
10.2 Comedouros<br />
Os comedouros <strong>de</strong>vem ser móveis e fabricados com materiais leves e resistentes<br />
tais como ma<strong>de</strong>ira, metal ou pneu (Anexo 5).<br />
Com o pisoteio constante dos suínos próximo <strong>ao</strong> comedouro, o solo po<strong>de</strong> fic<strong>ar</strong> sem<br />
cobertura vegetal e compactado. Isso po<strong>de</strong> ser evitado mudando-se o comedouro <strong>de</strong><br />
lug<strong>ar</strong>.<br />
P<strong>ar</strong>a a fase <strong>de</strong> gestação são usados comedouros feitos com pneus usados e ferros<br />
sep<strong>ar</strong>adores <strong>de</strong> baixo custo e <strong>de</strong> fácil manejo.<br />
Em dias chuvosos, os comedouros da gestação <strong>de</strong>vem ser virados após as<br />
matrizes consumirem toda a ração, evitando que as mesmas retornem <strong>ao</strong> local <strong>de</strong><br />
alimentação e danifiquem a cobertura do solo.<br />
P<strong>ar</strong>a a maternida<strong>de</strong> são indicados comedouros confeccionados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
cobertos com folha galvanizada. Esses possuem uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>ar</strong>mazenamento<br />
27
<strong>de</strong> 40 kg <strong>de</strong> ração (Anexo 6). A ração na maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser fornecida à vonta<strong>de</strong> à<br />
matriz.<br />
Em épocas <strong>de</strong> chuva <strong>de</strong>ve-se observ<strong>ar</strong> se não há ração úmida <strong>de</strong>ntro dos<br />
comedouros.<br />
Sua localização <strong>de</strong>ve est<strong>ar</strong> próxima à cabana, à sombra e o bebedouro e em um<br />
lug<strong>ar</strong> plano e seco.<br />
P<strong>ar</strong>a a fase <strong>de</strong> creche os comedouros normalmente são <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, cobertos<br />
com folha galvanizada e apresentam <strong>de</strong> 10 a 12 bocas p<strong>ar</strong>a os leitões. O espaço<br />
utilizado por boca correspon<strong>de</strong> a 0,13 m <strong>de</strong> comprimento, 0,20 m <strong>de</strong> l<strong>ar</strong>gura e 0,15 m<br />
<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. O fornecimento <strong>de</strong> ração <strong>de</strong>ve ser à vonta<strong>de</strong> e com capacida<strong>de</strong> p<strong>ar</strong>a<br />
70 kg <strong>de</strong> ração (Anexo 7).<br />
10.3 Cercas<br />
Têm por objetivo manter os animais <strong>de</strong>ntro dos piquetes.<br />
Os piquetes são <strong>de</strong>limitados por cercas eletrificadas compostas por eletrificadores,<br />
isoladores, palanques com dimensões <strong>de</strong> 1,10 × 0,08 × 0,08 m, distanciados a cada<br />
50 a 60 m; e por estacas intermediárias com dimensões <strong>de</strong> 1,0 × 0,04 × 0,04 m,<br />
distanciados a cada 8 a 10 m e por 2 fios <strong>de</strong> <strong>ar</strong>ame galvanizado ou <strong>de</strong> nylon, colocados<br />
a 0,35 m e 0,60 m <strong>de</strong> altura em relação <strong>ao</strong> solo, respectivamente.<br />
As cercas po<strong>de</strong>m ser confeccionadas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong><br />
plástico ou bambu, entre outros materiais.<br />
P<strong>ar</strong>a eletriz<strong>ar</strong> as cerca, são utilizados eletrificadores disponíveis no mercado.<br />
A creche <strong>de</strong>ve ser cercada com tela metálica <strong>de</strong> <strong>ar</strong>ame galvanizado, com malha<br />
número 4 ou 5.<br />
Coloc<strong>ar</strong> na p<strong>ar</strong>te interna do piquete um fio <strong>de</strong> <strong>ar</strong>ame eletrificado, a 0,10 m do solo<br />
por um período <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias após o <strong>de</strong>smame. A distância entre as estacas v<strong>ar</strong>ia <strong>de</strong> 6<br />
a 9 m <strong>de</strong> forma a permitir uma boa tensão entre os fios.<br />
Deve-se limp<strong>ar</strong> periodicamente o local sob as cercas, através <strong>de</strong> roçadas, evitandose<br />
capinas, pois o solo <strong>de</strong>ve permanecer coberto, a fim <strong>de</strong> permitir boa visualização<br />
dos fios e evit<strong>ar</strong> curtos-circuitos.<br />
O uso <strong>de</strong> herbicidas não é recomendado porque po<strong>de</strong> afet<strong>ar</strong> a cobertura do solo e<br />
contamin<strong>ar</strong> os animais.<br />
10.4 Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água<br />
A água tem influência direta no <strong>de</strong>sempenho da criação. Deve ser <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong>, ou seja, potável e em quantida<strong>de</strong> suficiente p<strong>ar</strong>a os animais.<br />
A re<strong>de</strong> hidráulica <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>ve ser construída com tubos <strong>de</strong> PVC rígido,<br />
com diâmetro suficiente p<strong>ar</strong>a conseguir vazão a<strong>de</strong>quada nos bebedouros. Tanto a<br />
re<strong>de</strong> principal como as secundárias <strong>de</strong>vem ser enterradas a 0,35 m <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong><br />
p<strong>ar</strong>a evit<strong>ar</strong> danos <strong>ao</strong>s canos e manter a temperatura da água sem gran<strong>de</strong>s v<strong>ar</strong>iações.<br />
28
10.5 Bebedouros<br />
Têm por objetivo fornecer água <strong>ao</strong>s animais nos piquetes.<br />
O <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve ser feito mantendo-se uma caixa d’água<br />
como reservatório num ponto mais alto do terreno. A canalização <strong>de</strong>ve ser enterrada<br />
a uma profundida<strong>de</strong> aproximada <strong>de</strong> 35 cm, evitando-se assim o aquecimento da água<br />
nos dias mais quentes.<br />
Deve-se evit<strong>ar</strong> que a água escorra p<strong>ar</strong>a o interior dos piquetes, com a finalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> impedir a formação <strong>de</strong> lamaçal. Por isso, <strong>de</strong>ve-se coloc<strong>ar</strong> uma proteção sob os<br />
bebedouros e instal<strong>ar</strong> os mesmos na p<strong>ar</strong>te mais baixa do piquete.<br />
O bebedouro é fixo. Normalmente usam-se os bebedouros <strong>de</strong> vasos comunicantes.<br />
Po<strong>de</strong>ndo-se utiliz<strong>ar</strong> os bebedouros do tipo vasos comunicantes com bóia, construídos<br />
em concreto individual (Anexos 8) ou do tipo santa rosa (Anexos 9).<br />
Recomenda-se coloc<strong>ar</strong> 1 bebedouro p<strong>ar</strong>a cada 7 matrizes. Na creche a proporção<br />
recomendada é <strong>de</strong> 1 bebedouro p<strong>ar</strong>a cada 12 leitões.<br />
Deve-se ter o cuidado <strong>de</strong> isol<strong>ar</strong> com mangueiras plásticas os fios da cerca em<br />
frente <strong>ao</strong> bebedouro, p<strong>ar</strong>a evit<strong>ar</strong> que os animais levem choques <strong>ao</strong> beberem água.<br />
Devem ser limpos di<strong>ar</strong>iamente e protegidos da ação sol<strong>ar</strong>.<br />
Quando a p<strong>ar</strong>te externa dos bebedouros fic<strong>ar</strong> <strong>de</strong>ntro da área dos piquetes, essa<br />
<strong>de</strong>ve ser cercada, p<strong>ar</strong>a evit<strong>ar</strong> que os animais tenham acesso a essa p<strong>ar</strong>te do<br />
bebedouro. Nesse caso e quando a água coletada dos bebedouros escorrer p<strong>ar</strong>a<br />
<strong>de</strong>ntro dos piquetes, <strong>de</strong>ve-se construir sumidouros, p<strong>ar</strong>a evit<strong>ar</strong> a <strong>de</strong>gradação do solo.<br />
Com o uso do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> rotação nos piquetes, os bebedouros que não estão<br />
sendo utilizados <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sligados do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> fornecimento da água, evitando<br />
<strong>de</strong>sperdícios.<br />
10.6 Sombreadores<br />
São utilizados p<strong>ar</strong>a fornecer sombra <strong>ao</strong>s animais nos piquetes, principalmente<br />
no verão. Esta sombra po<strong>de</strong> ser natural, com <strong>ar</strong>borização ou fornecida através<br />
<strong>de</strong> sombreadores <strong>ar</strong>tificiais (Anexo 10), que normalmente possuem sustentação <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira, ferro ou bambu e são cobertos <strong>de</strong> capim, folhas <strong>de</strong> palmeira, sombrite ou<br />
esteira <strong>de</strong> bambu.<br />
A área do sombreador móvel <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 3 m 2 por fêmea na lactação e 3 m 2 por<br />
matriz na gestação. P<strong>ar</strong>a o macho recomenda-se uma área <strong>de</strong> 9 m 2 . Na creche a<br />
proporção <strong>de</strong> área correspon<strong>de</strong> a 0,8 m 2 por animal alojado.<br />
Quando o SISCAL for implantado em locais com sombra natural <strong>de</strong>ve-se ter o<br />
cuidado <strong>de</strong> proteger as árvores da ação das matrizes, pois estas po<strong>de</strong>m comer a<br />
casca das árvores, matando-as. A melhor forma é isolá-las com fios eletrificados que<br />
passam por três s<strong>ar</strong>rafos fincados <strong>ao</strong> redor do tronco e conectados à cerca elétrica<br />
por uma extensão ou us<strong>ar</strong> uma tela <strong>de</strong> malha 4 ou 5.<br />
É importante que todos os piquetes do <strong>sistema</strong> tenham uma boa área <strong>de</strong> sombra.<br />
Sugere-se a utilização <strong>de</strong> espécies caducifólias, que per<strong>de</strong>m as folhas no período<br />
29
hibernal, proporcionando uma boa insolação no inverno e sombreamento no verão. A<br />
Uva do Japão constitui-se em uma boa opção.<br />
10.7 Escritório e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração<br />
Consiste num <strong>de</strong>pósito medindo 20 m 2 que serve p<strong>ar</strong>a <strong>ar</strong>mazen<strong>ar</strong> ração e realiz<strong>ar</strong><br />
práticas básicas nos animais, principalmente mossagem, castração, pesagem, corte<br />
dos <strong>de</strong>ntes e medicação entre outras. Sua localização <strong>de</strong>ve ser próxima <strong>ao</strong>s piquetes,<br />
p<strong>ar</strong>a facilit<strong>ar</strong> os serviços <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
10.8 Brete <strong>de</strong> contenção<br />
Consiste num brete <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira medindo 16 m 2 que serve p<strong>ar</strong>a contenção dos<br />
leitões, por ocasião do <strong>de</strong>smame. Deve est<strong>ar</strong> situado juntamente do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração<br />
p<strong>ar</strong>a facilit<strong>ar</strong> o manejo dos animais (Anexo 11).<br />
11 Referências Bibliográficas<br />
ARAÚJO, A. A. Melhoramento <strong>de</strong> pastagens; agrostologia rio-gran<strong>de</strong>nse. 4 o ed.<br />
Porto Alegre: Sulina; 1976. 208p. (Coleção Técnica Rural).<br />
BONET, L. P; MONTICELLI, C. J. Suínos: O produtor pergunta, a <strong>Embrapa</strong><br />
respon<strong>de</strong>. 2 o ed.Brasilia: <strong>Embrapa</strong>-SPI/ Concórdia: EMBRAPA – CNPSA, 1998.<br />
243p. (Coleção 500 perguntas 500 respostas).<br />
BOTREL, M. A. Algumas consi<strong>de</strong>rações sobre gramíneas e leguminosas forrageiras.<br />
Coronel Pacheco: EMBRAPA-CNPGL, 1983. 59p. (EMBRAPA – CNPGL.<br />
Documentos 09).<br />
DALLA COSTA O. A.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; LOPES E. C.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Bebedouro <strong>de</strong><br />
vaso comunicante - geminado - Santa Rosa. Concórdia, SC: EMBRAPA-<br />
CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 290).<br />
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S. Sistema<br />
Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Dimensionamento <strong>de</strong><br />
um <strong>sistema</strong>. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.<br />
Comunicado Técnico, 289)<br />
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Cabanas <strong>de</strong><br />
maternida<strong>de</strong>. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 11p. (EMBRAPA-<br />
CNPSA. Comunicado Técnico, 283).<br />
DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Comedouro <strong>de</strong><br />
creche. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 5p. (EMBRAPA-CNPSA.<br />
Comunicado Técnico, 282).<br />
30
DALLA COSTA O. A.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; DIESE, R.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Comedouro<br />
<strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 4p. (EMBRAPA-<br />
CNPSA. Comunicado Técnico, 281).<br />
DALLA COSTA O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Comedouro <strong>de</strong><br />
gestação. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 2p. (EMBRAPA-CNPSA.<br />
Comunicado Técnico, 280)<br />
DALLA COSTA, O. A.; OLIVEIRA, P. A. V.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER,<br />
C.; COLOMBO S. Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL:<br />
Creche móvel sobre cama p<strong>ar</strong>a suínos. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA,<br />
2001. 8p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 278).<br />
DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; COLOMBO, S.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Sombreador<br />
móvel. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001. 3p. (EMBRAPA-CNPSA.<br />
Comunicado Técnico, 277).<br />
DALLA COSTA, O. A.; DIESE, R.; LOPES E. C.; HOLDEFER, C.; MÜLLER A.<br />
Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre - SISCAL: Brete <strong>de</strong> manejo<br />
e c<strong>ar</strong>regadouro móvel <strong>de</strong> suínos. Concórdia, SC: EMBRAPA-CNPSA, 2001.<br />
3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 275).<br />
DALLA COSTA, O. A. Sistema <strong>intensivo</strong> <strong>de</strong> suínos <strong>criados</strong> <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong> - SISCAL.<br />
Recomendações p<strong>ar</strong>a instalação e manejo <strong>de</strong> bebedouros. Concórdia:<br />
EMBRAPA-CNPSA, 1998, 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instrução Técnica p<strong>ar</strong>a o<br />
Suinocultor, 8)<br />
DALLA COSTA, O. A; MONTICELLI, C. J. Sugestões p<strong>ar</strong>a a implantação do <strong>sistema</strong><br />
<strong>intensivo</strong> <strong>de</strong> suínos <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong> (SISCAL). Suinocultura Dinâmica, v.III, n.14,<br />
p.1–3, 1994.<br />
DALLA COSTA, O. A. Sistema <strong>intensivo</strong> <strong>de</strong> suínos <strong>criados</strong> <strong>ao</strong> <strong>ar</strong> <strong>livre</strong> – SISCAL.<br />
Recomendações p<strong>ar</strong>a instalação e manejo <strong>de</strong> bebedouros. Concórdia:<br />
EMBRAPA-CNPSA, 1998. 2p. (EMBRAPA-CNPSA. Instrução Técnica p<strong>ar</strong>a o<br />
Suinocultor, 8)<br />
MITIDIERI, J. Manual <strong>de</strong> gramíneas e leguminosas p<strong>ar</strong> a pastos tropicais. São<br />
Paulo; Nobel,. 1983. 198p.<br />
31
12 Anexo 1 – Dimensionamneto do Sistema <strong>de</strong><br />
Produção<br />
12.1 Descrição do <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> produção<br />
12.2 Estimativa do material necessário p<strong>ar</strong>a a instalação da re<strong>de</strong><br />
hidráulica<br />
1 caixa <strong>de</strong> água <strong>de</strong> 1000 L<br />
2 flanges <strong>de</strong> 25 mm<br />
700 m <strong>de</strong> cano <strong>de</strong> PVC 25 mm<br />
100 m <strong>de</strong> cano <strong>de</strong> PVC 20 mm<br />
50 flexíveis 20 mm<br />
4 registros 25 mm<br />
44 T 25 mm p / 20 mm<br />
4 T 25 mm<br />
2 joelhos 25 mm<br />
45 tampões <strong>de</strong> 1 2<br />
50 conexões 1 2 "<br />
55 bóias <strong>de</strong> 1 2 "<br />
4 tubos <strong>de</strong> cola<br />
4 veda rosca<br />
44 bebedouros <strong>de</strong> vaso comunicantes simples ou 21 geminados Santa Rosa.<br />
12.3 Estimativa do material necessário p<strong>ar</strong>a a instalação da cerca<br />
elétrica<br />
1 ap<strong>ar</strong>elho <strong>de</strong> cerca elétrica com capacida<strong>de</strong> 20.000 m<br />
2 astes <strong>de</strong> cobre<br />
2 braça<strong>de</strong>iras<br />
4 m <strong>de</strong> fio 10 mm<br />
4.200 m fio <strong>de</strong> <strong>ar</strong>ame galvanizado<br />
550 m tela tipo malha 5 ou 6 <strong>de</strong> 0,60m <strong>de</strong> altura<br />
150 palanques <strong>de</strong> 0,07 × 0,07 × 1,20 m<br />
480 estacas <strong>de</strong> 0,05 × 0,05 × 1,20 m<br />
1.000 isoladores gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cerca<br />
6 kg <strong>de</strong> prego 17 × 27<br />
32
235<br />
126<br />
4<br />
20 20 20 20<br />
3<br />
120<br />
80<br />
4<br />
50<br />
20 20 20 20<br />
25<br />
25<br />
21<br />
R<br />
C1a<br />
C1b<br />
28<br />
21<br />
Cob1<br />
Cob2<br />
105<br />
21 21<br />
Cob3<br />
G1a<br />
R<br />
C2a<br />
C3a<br />
C2b<br />
C3b<br />
28 28<br />
112<br />
21<br />
G1b<br />
G1c<br />
C4a<br />
C4b<br />
28<br />
21<br />
G2a<br />
G2b<br />
M1a<br />
M1b<br />
21<br />
G2c<br />
G3a<br />
M2a<br />
M2b<br />
21<br />
G3b<br />
G3c<br />
M3a<br />
M3b<br />
21<br />
G4a<br />
G4b<br />
M4a<br />
M4b<br />
21<br />
G4c<br />
G5a<br />
M5a<br />
M5b<br />
20 20<br />
21<br />
G5b<br />
G5c<br />
M6a<br />
M6b<br />
40<br />
40<br />
20 20<br />
80<br />
Legenda (Todas as medidas são em metros)<br />
R - Reposição<br />
G - Gestação<br />
- Bebedouro<br />
Cob - Cobrição<br />
- Porteira<br />
C - Creche<br />
M - Maternida<strong>de</strong><br />
- Macho Reprodutor<br />
- Re<strong>de</strong> hidráulica<br />
- Caixa d’ água<br />
- Brete<br />
- Depósito <strong>de</strong> ração/escritório/brete <strong>de</strong> manejo<br />
40<br />
Figura 2 — Croquis do Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre – SISCAL,<br />
p<strong>ar</strong>a 23 matrizes e dois reprodutores.<br />
33
Tabela 1 — Sistema Intensivo <strong>de</strong> Suínos Criados <strong>ao</strong> Ar Livre – SISCAL<br />
– p<strong>ar</strong>a 23 matrizes<br />
PIQUETES<br />
N o Tamanho (m) Área e (m 2 ) Área total (m 2 )<br />
Cobrição – COB 3 21 × 40 840 2.520<br />
Gestação – G 15 21 × 40 840 12.600<br />
Maternida<strong>de</strong> – M 12 20 × 20 400 4.800<br />
Creche – C 8 25 × 28 700 5.600<br />
Macho 4 20 × 21 420 1.680<br />
Reposição – R 2 40 × 21 840 1.680<br />
Depósito <strong>de</strong> ração<br />
Escritório brete <strong>de</strong><br />
manejo e áreas <strong>de</strong><br />
±200<br />
circulação<br />
ÁREA TOTAL 29.080 m 2<br />
13 Anexo 2 – Cabana Cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira com lona plástica<br />
A cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira é construída em 8 etapas, assim <strong>de</strong>scritas:<br />
1. Estrado (removível)<br />
O estrado removível é confeccionado pela justa posição <strong>de</strong> 5 (cinco) tábuas –<br />
sendo 4 (quatro) com dimensões <strong>de</strong> 0,30 m × 1,98 m e 1 (uma) <strong>de</strong> 0,18 m ×<br />
1,98 m. Esse tablado fica assentado (pregado) sobre 3 (três) caibros <strong>de</strong> 0,08 m<br />
× 0,08 m × 1,38 m (Figura 3a).<br />
2. Estrutura da Cabana com Cantoneiras <strong>de</strong> Contraventamento<br />
Moldura constituída por 2 (dois) caibros <strong>de</strong> 0,10 m×0,10 m × 2,20 m e por<br />
outros 2 (dois) caibros <strong>de</strong> 0,10 m × 0,10 m × 1,60 m. A moldura <strong>de</strong>ve<br />
adquir a forma retangul<strong>ar</strong> e com dimensões externas <strong>de</strong> 2,20 m × 1,60 m<br />
(comprimento×l<strong>ar</strong>gura).<br />
O contraventamento <strong>de</strong>ssa estrutura é proporcionado pela fixação <strong>de</strong> cantoneiras<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, nos quatro cantos - lado =0,25 m (Figura 3b).<br />
3. Cabeceiras e Escoras<br />
O fechamento das duas cabeceiras se dá pela utilização <strong>de</strong>: 4 (quatro) tábuas<br />
<strong>de</strong> 0,30 m com 0,75 m no lado menor e 0,92 m no lado maior; 2 (duas) tábuas<br />
<strong>de</strong> 0,30 m com 0,92 m no lado menor e 1,09 m no lado maior; 2 (duas) tábuas<br />
<strong>de</strong> 0,20 m com 0,92 m no lado menor e 1,03 m no lado maior.<br />
Essas cabeceiras posteriormente, serão escoradas por 4 (quatro) caibros<br />
0,08 m × 0,08 m× 0,55 m (Figura 3c).<br />
34
4. Laterais e Canos <strong>de</strong> Proteção <strong>ao</strong>s Leitões<br />
A lateral, que possui fechamento fixo, é confeccionada pela sobreposição <strong>de</strong> 2<br />
(duas) tábuas <strong>de</strong> 0,30 m × 2,24 m e 1 (uma) <strong>de</strong> 0,15 m × 2,24 m, fixadas às<br />
cabeceiras e à estrutura da cabana.<br />
Na lateral oposta é utilizada somente <strong>de</strong> 1 (uma) guia <strong>de</strong> 0,15 m × 2,20 m, fixada<br />
no vértice superior externo das cabeceiras.<br />
A proteção <strong>ao</strong>s leitões recém-nascidos (neonatos) se dá pela fixação <strong>de</strong> 4<br />
(quatro) canos <strong>de</strong> 3/4" com 2,24 m, afastados entre si em 0,30 m, bem como<br />
0,30 m entre o piso do estrado e o primeiro cano. A fixação dos canos é obtida <strong>ao</strong><br />
vaz<strong>ar</strong> (fur<strong>ar</strong>) as tábuas junto às entradas da cabana, nas alturas acima <strong>de</strong>scritas.<br />
P<strong>ar</strong>a que os canos não saiam das posições, dota-se esses <strong>de</strong> contra-pinos<br />
internos (Figura 3d).<br />
5. Cobertura: estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iramento<br />
A estrutura da cobertura é feita através da utilização <strong>de</strong>: 4 (quatro) ripas <strong>de</strong><br />
0,06 m × 0,92 m, nas cabeceiras; 3 (três) ripas <strong>de</strong> 0,06 m × 2,20 m, nas laterais<br />
e cumeeira; 6 (seis) ripas <strong>de</strong> 0,04 m × 0,88 m, nas travessas e 8 (oito) ripas <strong>de</strong><br />
0,04 m × 0,53 m nas entre-travessas.<br />
A tesoura <strong>de</strong> duas águas possui vão <strong>de</strong> 1,60 m e o ponto central da cumeeira<br />
está a 0,45 m (Figura 3e).<br />
6. Cobertura: telado sobre ma<strong>de</strong>iramento e palhada sobre telado<br />
Uma tela do tipo malha número 6, com dimensões <strong>de</strong> 1,90 m × 2,30 m, é<br />
sobreposta e fixada à estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iramento.<br />
Sobre a tela, acrescenta-se uma camada <strong>de</strong> 0,05 m <strong>de</strong> cobertura vegetal seca<br />
(palhada – capim) (Figura 3f).<br />
7. Recobrimento com Lona Plástica<br />
Sobre a camada <strong>de</strong> palhada é colocada uma lona plástica, com dimensões <strong>de</strong><br />
3,00 m × 2,50 m, que é fixada por ripas <strong>de</strong> 0,03 m × 0,015 m.<br />
Oportunamente (em períodos quentes), a lateral que é protegida somente por<br />
lona plástica, terá o recurso <strong>de</strong> ser móvel (recolhendo-se), proporcionando<br />
ventilação no interior da cabana.<br />
8. Solário p<strong>ar</strong>a Leitões recém nascidos<br />
P<strong>ar</strong>a permitir que os leitões recém-nascidos tenham acesso <strong>ao</strong> meio externo da<br />
cabana, sem no entanto dispers<strong>ar</strong>em-se, até o terceiro dia após o p<strong>ar</strong>to usa-se<br />
em ambas as aberturas um cercado em guias <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com altura <strong>de</strong> 0,15 m<br />
× 1,00 m <strong>de</strong> lado. Ao dot<strong>ar</strong>-se essas guias com dobradiças, proporciona-se<br />
a formação natural e firme dos cantos, bem como praticida<strong>de</strong> na operação <strong>de</strong><br />
montagem e <strong>de</strong>smontagem (Figura 4c e d).<br />
35
Tabela 2 — Material <strong>de</strong> necessário p<strong>ar</strong>a montagem da cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho (m) Utilização<br />
4 Un Tábuas 1,98 × 0,3 × 1" Estrado assoalho<br />
1 Un Tábuas 1,98 × 0,18 × 1" Estrado assoalho<br />
4 Un Tábuas<br />
0,3 × 0,75 lado<br />
menor e 0,92 Cabeceira<br />
lado maior × 1"<br />
2 Un Tábuas<br />
0,3 × 0,92 lado<br />
menor e 1,09 Cabeceira<br />
lado maior × 1<br />
2 Un Tábuas<br />
0,2 × 0,92 lado<br />
menor e 1,03 Cabeceira<br />
lado maior × 1<br />
2 Un Tábuas 2,24 × 0,30 × 1" Laterais<br />
1 Un Tábua 2,24 × 0,15 × 1" Laterais<br />
1 Un Guia 2,20 × 0,15 × 1" Laterais<br />
6 Un Guias 1,0 × 0,15 × 1" Solário<br />
4 Un Ripas 0,92 × 0,06 × 1"<br />
Cobertura<br />
cabeceira<br />
3 Un Ripas 2,20 × 0,06 × 1" Cobertura<br />
6 Un Ripas 0,88 × 0,04 × 1"<br />
Cobertura<br />
travessa<br />
8 Un Ripas 0,53 × 0,04 × 1"<br />
Cobertura entre<br />
travessas<br />
10 m Ripas 0,015 × 0,03 × 1"<br />
Fixação da<br />
cobertura<br />
3 Un Caibros 1,38 × 0,08 × 0,08 Estrado assoalho<br />
2 Un Caibros 2,20 × 0,10 × 0,10 Estrutura<br />
2 Un Caibros 1,60 × 0,10 × 0,10 Estrutura<br />
4 Un Caibros 0,55 × 0,08 × 0,08 Cabeceira<br />
4 Un Cantoneiras 0,25 × 1" Estrutura<br />
4 Un<br />
Canos galvanizados<br />
3/4"<br />
2,24 Proteção dos leitões<br />
1 Un Tela tipo malha 6 1,90 × 2,30 Cobertura<br />
1 Un Cortina <strong>de</strong> aviário 3,00 × 2,50 Cobertura<br />
4 Un Dobradiças 2" Solário<br />
40 m Arame Fixação cobertura<br />
40 Kg Palha seca Cobertura<br />
1 Kg Pregos 17 × 27 Fixação<br />
36
.<br />
1,38 m<br />
. .<br />
1,95 m<br />
.<br />
.<br />
1,60 m<br />
.<br />
.<br />
2,20 m<br />
.<br />
a<br />
b<br />
c<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0,60 m 0,50 m 0,50 m<br />
.<br />
.<br />
0,75 m<br />
d<br />
.<br />
.<br />
e<br />
f<br />
Figura 3 — Cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira: a) Estrado In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte (removível); b) Estrutura<br />
da cabana com cantoneiras <strong>de</strong> contraventamento; c) Cabeceiras e<br />
escoras; d) Laterais e canos <strong>de</strong> proteção <strong>ao</strong>s leitões; e) Cobertura:<br />
estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iramento; f) Cobertura: telhado sobre ma<strong>de</strong>iramento<br />
e palhada sobre telado.<br />
37
a<br />
b<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0,15 m<br />
1 m<br />
.<br />
.<br />
1 m<br />
c<br />
d<br />
Figura 4 — Cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira: a) Cabana recoberta com lona vista frontoesquerda;<br />
b) Cabana recoberta com lona vista fronto-direita; c) Solário<br />
p<strong>ar</strong>a leitões recém-nascidos; d) Detalhe do solário <strong>ar</strong>ticulável (com<br />
dobradiças).<br />
38
.<br />
.<br />
1,60 m<br />
.<br />
2,20 m<br />
.<br />
a<br />
b<br />
0,30 m<br />
0,30 m<br />
. . . .<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0,45 m<br />
0,75 m<br />
.<br />
.<br />
.<br />
1, 20 m<br />
.<br />
.<br />
c<br />
d<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0.60 m 0.50 m 0.50 m<br />
e<br />
Figura 5 — Cortes: a) Planta baixa; b) Corte longitudinal; c) Corte transversal; d)<br />
Fachada lateral; e) Fachada frontal.<br />
39
14 Anexo 3 – Cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira tipo chalé<br />
As cabana <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira do tipo chalé são construídas em 6<br />
etapas assim <strong>de</strong>scritas:<br />
1. Base<br />
A base da cabana é constituída por moldura formada por quatro tábuas, sendo<br />
duas tábuas laterais <strong>de</strong> 2,20 m × 0,25 m × 1" e por outras duas tábuas na<br />
cabeceira <strong>de</strong> 1,80 m × 0,15 m. As tábuas laterais são perfuradas em quatro<br />
pontos equidistantes p<strong>ar</strong>a proporcion<strong>ar</strong> a posterior fixação da lona <strong>de</strong> cobertura<br />
(Figura 6a).<br />
2. Cabeceiras<br />
As cabeceiras da cabana são fechadas através <strong>de</strong> 12 tábuas com as seguintes<br />
dimensões: 4 tábuas <strong>de</strong> 0,20 m com o lado menor <strong>de</strong> 0,25 m e o lado maior <strong>de</strong><br />
0,42 m; 4 tábuas <strong>de</strong> 0,20 m com o lado menor <strong>de</strong> 0,42 m e o lado maior <strong>de</strong> 0,62<br />
m; 4 tábuas <strong>de</strong> 0,20 m com o lado menor <strong>de</strong> 0,62 m e o lado maior <strong>de</strong> 0,85 m<br />
(Figura 6b) e conforme <strong>de</strong>talhe (Figura 7g).<br />
3. Linhas <strong>de</strong> Inclinação da Cobertura e Linhas <strong>de</strong> Proteção <strong>ao</strong>s Leitões<br />
As linhas <strong>de</strong> inclinação da cobertura são formadas por quatro ripas <strong>de</strong> 1,30 m ×<br />
0,10 m × 1", fixadas nas tábuas das cabeceiras (Figura 6c).<br />
As b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> proteção <strong>ao</strong>s leitões se constituem na fixação <strong>de</strong> duas tábuas <strong>de</strong><br />
2,20 m × 0,20 m × 1" a 0,25 m do chão e outras duas tábuas <strong>de</strong> 2,20 m × 0,10 m<br />
× 1". A distância entre as tábuas é <strong>de</strong> 0,10 m. A fixação das linhas <strong>de</strong> proteção<br />
<strong>ao</strong>s leitões é proporcionada por uma escora <strong>de</strong> 0,45 m × 0,05 m × 0,025 m,<br />
pregada interiormente à p<strong>ar</strong>e<strong>de</strong> <strong>de</strong> cabeceira, no limi<strong>ar</strong> (0,025 m) da abertura<br />
(Figura 6c).<br />
4. Terças <strong>de</strong> Cobertura e Cumeeira<br />
Três guias <strong>de</strong> 2,25 m × 0,05 m × 0,025 m são pregadas sobre e entre as<br />
cabeceiras da cabana (Figura 6d)<br />
5. Cobertura – Esteira<br />
Uma esteira <strong>de</strong> taqu<strong>ar</strong>a <strong>de</strong> dimensões 2,30 m × 2,65 m é fixada sobre as guias<br />
que são fixadas nas cabeceiras (Figura 6e).<br />
6. Cobertura – Palha<br />
Sobre a esteira <strong>de</strong> taqu<strong>ar</strong>a acrescenta-se uma camada <strong>de</strong> 0,08 m <strong>de</strong> cobertura<br />
vegetal seca (palha - capim).<br />
7. Cobertura – Lona Plástica.<br />
Sobre a camada <strong>de</strong> palha, é colocada uma lona <strong>de</strong> aviário <strong>de</strong> dimensões <strong>de</strong><br />
3,00 m × 2,50 m. A fixação é feita através <strong>de</strong> duas b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção<br />
40
" <strong>de</strong> 2,25 m com a lona tencionada nas laterais da cabana. Essas b<strong>ar</strong>ras são<br />
introduzidas na bainha e fixadas junto às tábuas laterais da base (Figura 6f).<br />
1<br />
2<br />
Tabela 3 — Material necessário p<strong>ar</strong>a montagem da cabana cela p<strong>ar</strong>i<strong>de</strong>ira – tipo<br />
chalé<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho (m) Utilização<br />
2 Un Tábuas 2,20 × 0,25 × 1" Base<br />
2 Un Tábuas 1,80 × 0,15 × 1" Base<br />
4 Un Tábuas<br />
0,20 × 0,25<br />
lado menor e Cabeceira<br />
0,42 lado maior × 1"<br />
4 Un Tábuas<br />
0,20 × 0,42<br />
lado menor e Cabeceira<br />
0,62 lado maior × 1"<br />
4 Un Tábuas<br />
0,2 × 0,62<br />
lado menor e Cabeceira<br />
0,82 lado maior × 1"<br />
4 Un Tábuas 1,30 × 0,20 × 1" Inclinação cobertura<br />
2 Un Tábua 2,20 × 0,20 × 1" Proteção dos leitões<br />
2 Un Tábua 2,20 × 0,10 × 1" Proteção dos leitões<br />
4 Un S<strong>ar</strong>rafos 0,45 × 0,025 × 0,05 Proteção dos leitões<br />
3 Un Guia 2,25 × 0,025 × 0,05 Terças Cumeeira<br />
1 Un<br />
Esteira <strong>de</strong><br />
taqu<strong>ar</strong>a<br />
2,65 × 2,30 Cobertura<br />
6 Un Guias 1,0 × 0,15 × 1" Solário<br />
4 Un Dobradiças 2" Solário<br />
40 m Arame Fixação cobertura<br />
40 Kg Palha seca Cobertura<br />
1 Kg Pregos 17 × 27 Fixação<br />
2 Un Ferro construção 1/2" × 2,25 Cobertura<br />
41
.<br />
.<br />
1,80 m<br />
.<br />
2,20 m<br />
x x x x<br />
x x x x<br />
. a<br />
b<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0,60 m 0,60 m 0,60 m<br />
.<br />
.<br />
inclinação<br />
.<br />
.<br />
terças<br />
proteção<br />
0,25 m<br />
c<br />
d<br />
.<br />
esteira<br />
e<br />
f<br />
Figura 6 — Cabana <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> – Tipo Chalé: a) Base; b) Cabeceira; c)<br />
Inclinação da cobertura e proteção <strong>ao</strong>s leitões; d) Terças e cumeeiras;<br />
e) Cobertura – Esteira; f) Cobertura – Palhada sob cortina <strong>de</strong> aviário.<br />
42
Figura 7 — Cabana <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> – Tipo Chalé: a) Planta baixa; b) Corte<br />
longitudinal; c) Corte transversal; d) Vista lateral – sem cobertura; e) Vista<br />
frontal; f) Vista lateral – com cobertura da esteira; g) Detalhe g; h) Esteira<br />
<strong>de</strong> taqu<strong>ar</strong>a.<br />
43
15 Anexo 4 – Creche móvel sobre cama p<strong>ar</strong>a suínos<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> creche móvel é um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> leitões, construído em<br />
estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, coberto com lona em PVC p<strong>ar</strong>a caminhão, medindo 6 m × 3,5 m,<br />
colocada sobre uma estrutura <strong>de</strong> ferro (CA–60 e CA–50). Possui dimensões <strong>de</strong> 6 m ×<br />
2,4 m × 1,2 m (comprimento, l<strong>ar</strong>gura, altura).<br />
O mo<strong>de</strong>lo é composto por 4 módulos 3 m × 1,2 m, e 2 módulos <strong>de</strong> 2,4 m × 1,2 m<br />
(Figuras 1 e 2) sendo:<br />
• módulos 1, 2, 4 e 5 – módulos laterais<br />
• módulo 3 – portão<br />
• módulo 6 – comedouro<br />
Os módulos 1, 2, 4 e 5, são constituídos por 2 tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 3 m × 0,25 m;<br />
4 montantes, que são caibros <strong>de</strong> 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × l<strong>ar</strong>gura<br />
× altura); 1 guia superior com 0,10 m × 3 m; 1 guia <strong>de</strong> beiral <strong>de</strong> 0,15 m × 3,0 m; 4<br />
apoios p<strong>ar</strong>a a guia <strong>de</strong> beiral na forma <strong>de</strong> triângulo equilátero <strong>de</strong> 0,10 m <strong>de</strong> lado; tela<br />
metálica – tipo aviário, malha 6, <strong>de</strong> 0,70 m × 3,0 m.<br />
O <strong>de</strong>talhe dos cantos, nos últimos módulos laterais, que formam os cantos da<br />
creche, logo abaixo da guia beiral, é fixado um conjunto <strong>de</strong> dobradiças em que<br />
a primeira peça consiste em uma chapa metálica 0,03 m × 0,14 m, com 4 mm<br />
<strong>de</strong> espessura (DC1), com uma extremida<strong>de</strong> soldada em um elemento metálico fixo<br />
(macho). A p<strong>ar</strong>te móvel da dobradiça (DC2) é soldada a uma chapa <strong>de</strong> 0,03 ×<br />
0,07 m, um segmento <strong>de</strong> cano, que é a p<strong>ar</strong>te (fêmea) da dobradiça. Essa peça é<br />
p<strong>ar</strong>afusada <strong>ao</strong> montante do portão móvel da cabeceira <strong>de</strong> acesso. Esse conjunto<br />
(encaixe/dobradiça) também é fixado na p<strong>ar</strong>te inferior do canto, assim como em todos<br />
os cantos da creche móvel, inclusive na cabeceira dos comedouros (Figura 10).<br />
O <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> am<strong>ar</strong>ramento conforme <strong>de</strong>talhado em (DA2), em cada montante <strong>de</strong><br />
am<strong>ar</strong>ramento (entre módulos laterais e entre módulos <strong>de</strong> comedouros) fixa-se uma<br />
chapa metálica <strong>de</strong> 0,03 × 0,05 m, soldada a esta chapa, um segmento <strong>de</strong> cano<br />
que transpass<strong>ar</strong>á um ferrolho <strong>de</strong> am<strong>ar</strong>ração (DA3). Na base dos montantes <strong>de</strong><br />
am<strong>ar</strong>ramento (entre módulos e cantos) fixa-se uma cantoneira metálica (DA4), com<br />
p<strong>ar</strong>afusos e essa é perfurada p<strong>ar</strong>a que se processe estaqueamento (Figura 11).<br />
O módulo 3 (portão) é constituído por 4 tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 1,2 m × 0,25 m; 4<br />
montantes, que são caibros <strong>de</strong> 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × l<strong>ar</strong>gura ×<br />
altura); 2 guias superiores com 0,10 m × 1,2 m; 2 guias <strong>de</strong> beiral <strong>de</strong> 0,15 m × 3,0 m;<br />
8 apoios p<strong>ar</strong>a a guia <strong>de</strong> beiral na forma <strong>de</strong> triângulo equilátero <strong>de</strong> 0,10 m <strong>de</strong> lado; tela<br />
metálica - tipo aviário, malha 6, possuindo 0,70 m × 2,4 m. Esse módulo é dividido<br />
<strong>ao</strong> meio, <strong>de</strong> forma que as duas meta<strong>de</strong>s formam o portão <strong>de</strong> acesso <strong>ao</strong> interior das<br />
instalações (Figura 12). Possui cortinado <strong>de</strong> lona <strong>de</strong> aviário, formando um semi-círculo<br />
<strong>de</strong> 1,5 m <strong>de</strong> raio.<br />
O módulo 6 (comedouro) é constituído por dois comedouros e um tablado <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira. Cada comedouro possui 1,0 m × 0,8 m × 0,3 m (comprimento × altura ×<br />
l<strong>ar</strong>gura), posicionado entre os montantes da cabeceira. Esses comedouros (Figuras<br />
13 e 14) são constituídos <strong>de</strong>:<br />
44
• 1 tampa superior (j1) em prancha <strong>de</strong> 1,0 m × 0,30 m;<br />
• <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração (j2) formado por um funil <strong>de</strong> duas tábuas justapostas <strong>de</strong> 1,06<br />
m × 0,20 m;<br />
• fundo do cocho (j3) em prancha <strong>de</strong> 1,0 m × 0,30 m, afastado do nível do chão<br />
0,20 m, coincidindo com a altura do estrado (k);<br />
• limi<strong>ar</strong> do cocho (j4) em ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 0,96 m × 0,80 m;<br />
• gradil sep<strong>ar</strong>ador (j5) em ferros <strong>de</strong> construção, com 0,20 m, distribuídos<br />
equidistantes entre o limi<strong>ar</strong> do cocho e o funil do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração.<br />
P<strong>ar</strong>a que haja fluxo <strong>de</strong> ração do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração <strong>ao</strong> cocho, dota-se o comedouro<br />
<strong>de</strong> duas b<strong>ar</strong>ras móveis (j6) em ferro <strong>de</strong> construção, suspensas por uma b<strong>ar</strong>ra fixa <strong>de</strong><br />
ferro entre um lado e outro do comedouro (internamente <strong>ao</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração). A face<br />
posterior do comedouro (j7), que consiste na cabeceira dos comedouros, é constituída<br />
por três pranchas justapostas <strong>de</strong> 1,20 m × 0,30 m, p<strong>ar</strong>a cada módulo.<br />
O tablado possui dimensões <strong>de</strong> 2,25 m × 1,25 m e 0,20 m <strong>de</strong> altura.<br />
A estrutura da cobertura é confeccionada em <strong>ar</strong>cos <strong>de</strong> ferros <strong>de</strong> 1/2", sendo<br />
que suas extremida<strong>de</strong>s são dotadas com dispositivo <strong>de</strong> encache <strong>ao</strong> montante (i),<br />
conforme <strong>de</strong>talhe (DA1). Esse dispositivo é confeccionado em chapa <strong>de</strong> 1/4".<br />
Também esses <strong>ar</strong>cos são unidos por três segmentos <strong>de</strong> canos galvanizados, 0,03<br />
m, no sentido transversal e distribuídos eqüidistantes à b<strong>ar</strong>ra estrutural. Os cursores<br />
(Figura 15) proporcionam o contraventamento dos <strong>ar</strong>cos estruturais, via p<strong>ar</strong>afuso,<br />
pressionando as b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> contraventamento (c) <strong>ao</strong>s <strong>ar</strong>cos estruturais. As b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong><br />
contraventamento em ferro <strong>de</strong> 1/2" possuem 6 m <strong>de</strong> comprimento.<br />
Legenda adotada <strong>ao</strong>s <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> creche móvel sobre cama:<br />
1 – Cabeceira <strong>de</strong> acesso<br />
a – Lona <strong>de</strong> cobertura<br />
b – Arcos estruturais da cobertura<br />
c – B<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> contraventamento<br />
d – Fechamento cortinado da cabeceira<br />
e – Guia superior do portão<br />
f – Guia beiral<br />
g – Tela metálica<br />
h – Fechamento inferior do portão<br />
i – Montantes<br />
j – Comedouro<br />
k – Estrado<br />
s – Guia superior do módulo<br />
45
Tabela 4 — Material necessário p<strong>ar</strong>a montagem da creche móvel sobre cama<br />
Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a montagem do Brete <strong>de</strong> manejo<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho (mt) Utilização<br />
1 Un Lona <strong>de</strong> cobertura 6 × 3,5 Cobertura<br />
2 Un Lona <strong>de</strong> aviário<br />
Semi círculo <strong>de</strong><br />
1,5 m raio<br />
Cabeceiras<br />
7 B<strong>ar</strong>ras Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 3,5 Cobertura<br />
14 Un<br />
Encaches dos <strong>ar</strong>cos<br />
das estruturais <strong>ao</strong>s montantes<br />
– Cobertura<br />
21 Un<br />
Cursores soldados as<br />
b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> estruturais<br />
– Cobertura<br />
3 B<strong>ar</strong>ras Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 6 Cobertura<br />
1 Un Guia <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 2,4 × 0,10 × 1" Portão<br />
1 Un Guia <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 3,0 × ,010 × 1" Guia lateral<br />
1 Un Tela metálica tipo malha 6 2,40 × 0,70 Portão<br />
4 Un Tela metálica tipo malha 6 3,0 × 0,70 Módulo lateral<br />
4 Un Tábua <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 1,0 × 0,3 × 1" Comedouro<br />
8 Un Tábua <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 0,96 × 0,3 × 1" Comedouro<br />
2 Un Guias <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 0,9,6 × 0,1 × 1" Comedouro<br />
18 B<strong>ar</strong>ras Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 0,20 Comedouro<br />
4 B<strong>ar</strong>ras Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 1,0 Comedouro<br />
2 B<strong>ar</strong>ras Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 1,1 Comedouro<br />
5 Un Tábua <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 2,25 × 0,30 × 1" Estrado<br />
3 Un Tábua <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 1,50 × 0,20 × 1" Estrado<br />
8 Un Tábua <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 3,0 × 0,25 × 1" Módulo lateral<br />
23 Un Caibros <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 1,2 × 0,08 × 0,06 Montante<br />
4 Un Guias <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 3,0 × 0,05 × 0,05 Módulo lateral<br />
4 Un Guias <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 3,0 × 0,10 × 1" Módulo lateral<br />
16 Un Apoio das guias<br />
Triângulos <strong>de</strong> 0,15 m<br />
<strong>de</strong> lados<br />
Módulo lateral<br />
8 Un Dobradiças – Cantos<br />
3 Un Encaixes –<br />
Am<strong>ar</strong>ração entre<br />
os módulos<br />
10 Un Cantoneiras metálicas<br />
3 Un Bebedouros Creche Módulo laterais<br />
88 Un P<strong>ar</strong>afusos 5/16 × 5" Fixação estrutura<br />
35 Un P<strong>ar</strong>afusos 5/16 × 2" Arcos da cobertura<br />
2 Kg Prego 18 × 30 Fixação<br />
1 Kg Grampo <strong>de</strong> cerca – Fixação da tela<br />
30 Un Borrachas com ganchos – Fixação da lona<br />
46
c<br />
módulo 4<br />
m ódulo 3<br />
m ódulo 5<br />
..<br />
s<br />
f<br />
.<br />
i<br />
j<br />
módulo 2<br />
Detalhe AD<br />
m ódulo 6<br />
m ódulo 1<br />
Detalhe DC<br />
Figura 8 — Perspectiva do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> creche<br />
i<br />
i<br />
j<br />
k<br />
2.40<br />
j<br />
M L 3.00 ML 3.00<br />
Figura 9 — Planta baixa do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> creche<br />
47
s<br />
f<br />
D C 2<br />
D C 1<br />
Figura 10 — DC – Detalhe <strong>de</strong> canto<br />
.<br />
b<br />
.<br />
DA 1<br />
.<br />
i<br />
DA 3<br />
DA 2<br />
DA 4<br />
Figura 11 — DA – Detalhe <strong>de</strong> Am<strong>ar</strong>ramento<br />
48
a<br />
b<br />
c<br />
d<br />
e<br />
f<br />
g<br />
h<br />
i<br />
Figura 12 — Vista do módulo 3 – portão<br />
j1<br />
k<br />
.<br />
. .<br />
.<br />
.<br />
. .<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
Figura 13 — Perspectiva do módulo 6 – Comedouro<br />
49
j1<br />
j2<br />
j5<br />
j4<br />
.<br />
.. .<br />
.<br />
.<br />
. .<br />
j6<br />
j7<br />
k<br />
j3<br />
Figura 14 — Corte transversal do comedouro<br />
b<br />
c<br />
Figura 15 — Detalhe DD<br />
50
16 Anexo 5 – Comedouro <strong>de</strong> gestação<br />
O mo<strong>de</strong>lo do comedouro é composto por 3 p<strong>ar</strong>tes:<br />
• p<strong>ar</strong>te 1 – base (pneu);<br />
• p<strong>ar</strong>te 2 – <strong>ar</strong>os e raios (ferro);<br />
• p<strong>ar</strong>te 3 – tampa (ma<strong>de</strong>ira).<br />
Etapas <strong>de</strong> confecção:<br />
Divida-se <strong>ao</strong> meio um pneu 1000. Em seguida confeccione um <strong>ar</strong>o <strong>de</strong> ferro (4mm)<br />
com 1 m <strong>de</strong> diâmetro e um anel <strong>de</strong> ferro com 0,05 m <strong>de</strong> diâmetro. Serre 8 pedaços <strong>de</strong><br />
ferro <strong>de</strong> construção 3/8" <strong>de</strong> o,20 m <strong>de</strong> comprimento e 4 pedaços <strong>de</strong> ferro chato <strong>de</strong> 4<br />
mm com 0,05 m <strong>de</strong> comprimento. Sep<strong>ar</strong>e 4 p<strong>ar</strong>afusos 5/16 × 1 1/2 ".<br />
A montagem do comedouro é simples: inicia-se pela construção da tampa do<br />
comedouro que é constituída por tábuas, proporcionando um círculo <strong>de</strong> raio <strong>de</strong> 0,55 m<br />
e fixadas uma as outras por 2 caibros <strong>de</strong> 0,06 m × 0,06 m × 0,50 m e fixado <strong>ao</strong><br />
pneu via um caibro central <strong>de</strong> 0,06 × 0,06 × 0,60 (<strong>de</strong>talhe c16). Sol<strong>de</strong> os 4 pedaços<br />
<strong>de</strong> ferro chato junto <strong>ao</strong> <strong>ar</strong>o externo <strong>de</strong> ferro (1 m diâmetro). Posteriormente sol<strong>de</strong><br />
dos 8 pedaços <strong>de</strong> ferro (raios) <strong>de</strong> construção entre o <strong>ar</strong>o externo e o anel central<br />
(Figura 16a).<br />
51
7<br />
.<br />
. . .<br />
.<br />
2<br />
3<br />
1<br />
4<br />
.<br />
.<br />
.<br />
A<br />
.<br />
.<br />
1<br />
4<br />
.<br />
.<br />
a<br />
c<br />
7<br />
.<br />
b<br />
.<br />
. .<br />
5<br />
.<br />
.<br />
B<br />
3<br />
4<br />
1<br />
2<br />
5<br />
L e g enda:<br />
.<br />
.<br />
.<br />
2<br />
1<br />
6<br />
1 - ½ pneu 1000 (100 cm) sem <strong>ar</strong>ames<br />
2 - Aro externo confeccionado em ferro chato <strong>de</strong> 4 mm<br />
(1 m diâmetro)<br />
3 - 8 ferros <strong>de</strong> construção 3/8”, soldados equidistantes <strong>ao</strong><br />
<strong>ar</strong>o e a um anel central (raios)<br />
4 - Tampa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (0,25 m) com diâmetro <strong>de</strong> 0,55 m<br />
5 - Fixação da tampa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, pela p<strong>ar</strong>te inferior do<br />
comedouro, por caibro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira 0,06 x 0,06 x 0,6 m<br />
6 - Chapas metálicas (4 mm) com dimensões <strong>de</strong> 0,02 x<br />
0,05 m soldadas equidistantes <strong>ao</strong> <strong>ar</strong>o externo. Perfuradas<br />
p<strong>ar</strong>a proporcion<strong>ar</strong> fixação, via p<strong>ar</strong>afuso, <strong>ao</strong> pneu.<br />
7 - Anel central (0,05 m <strong>de</strong> diâmetro).<br />
d<br />
Figura 16 — Comedouro confeccionado com pneu 1000 usado; a)<br />
Vista superior; b) Vista inferior; c) Corte AB; d) Detalhe<br />
<strong>de</strong> fixação do <strong>ar</strong>o externo do pneu.<br />
52
17 Anexo 6 – Comedouro <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong><br />
O mo<strong>de</strong>lo do comedouro é apresentado em 5 etapas (Figura 17) sendo:<br />
• etapa 1 – base e fechamento posterior (a);<br />
• etapa 2 – fechamento laterais (b);<br />
• etapa 3 – <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração (c);<br />
• etapa 4 – col<strong>ar</strong>inhos e ripa limi<strong>ar</strong> (d);<br />
• etapa 5 – cobertura e estacas (e).<br />
A base é confeccionada pela justaposição <strong>de</strong> 2 tábuas, sendo uma com dimensão<br />
<strong>de</strong> 0,30 m × 0,46 m e a outra com 0,20 m × 0,46 m, proporcionando que o tablado <strong>de</strong><br />
fundo obtenha as dimensões totais <strong>de</strong> 0,46 m × 0,50 m. Esse tablado fica (pregado)<br />
sobre 2 caibros <strong>de</strong> 0,70 m × 0,08 m × 0,08 m (comprimento × l<strong>ar</strong>gura × altura)<br />
(Figura 17a).<br />
O fechamento posterior se dá pela justaposição <strong>de</strong> 2 tábuas, sendo uma com<br />
0,30 m × 0,80 m e a outra com 0,20 m × 0,80 m, proporcionando o fechamento<br />
posterior com dimensões <strong>de</strong> 0,50 m × 0,80 m (Figura 17b ).<br />
As laterais têm a dimensão total <strong>de</strong> 0,50 m na base inferior e 0,80 m no lado menor<br />
(fundos), e 1,0 m no lado maior (frente). Quando confeccionadas pela justaposição<br />
<strong>de</strong> tábuas, essas têm as seguintes dimensões: l<strong>ar</strong>gura <strong>de</strong> 0,20 m × 0,80 m na altura<br />
menor e 0,88 m na altura maior e, outra com l<strong>ar</strong>gura <strong>de</strong> 0,30 m por 0,88 m na altura<br />
menor e 1,0 m na altura maior (Figura 17b).<br />
O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração consiste na fixação <strong>de</strong> uma prancha com as dimensões<br />
<strong>de</strong> 0,46 m × 0,90 m, formando um funil em direção <strong>ao</strong> fundo do comedouro<br />
(Figura 1c). O apoio e fixação <strong>de</strong>ssa prancha é proporcionado por ripas <strong>de</strong><br />
0,02 m × 0,02 m × 0,90 m (l<strong>ar</strong>gura × altura × comprimento), fixado na diagonal<br />
interna <strong>de</strong> cada lado (Figura 17d). Na p<strong>ar</strong>te superior externa, em ambas as laterais<br />
fixa-se uma ripa <strong>de</strong> 0,025 m × 0,04 m × 0,56 m, e na p<strong>ar</strong>te posterior com 0,54 m.<br />
É fixada uma ripa frontal <strong>de</strong> 0,045 m × 0,07 m × 0,46 m. Na base do comedouro,<br />
on<strong>de</strong> o animal terá acesso à ração, é <strong>de</strong> extrema importância que essa ripa limi<strong>ar</strong> seja<br />
fixada com inclinação <strong>de</strong> 60 graus e recoberta com chapa galvanizada (Figura 17d).<br />
A cobertura do comedouro consiste <strong>de</strong> uma chapa galvanizada com dimensões <strong>de</strong><br />
0,70 m × 0,70 m. Em uma das extremida<strong>de</strong> são fixadas 2 dobradiças <strong>de</strong> 2" que se<br />
ficam presas col<strong>ar</strong>inho posterior (Figura 17i).<br />
P<strong>ar</strong>a fix<strong>ar</strong> o comedouro <strong>ao</strong> solo são necessárias 2 estacas (ganchos), confeccionadas<br />
em ferro <strong>de</strong> construção com dimensões <strong>de</strong> 0,40 m, dobradas sobre os caibros<br />
da base, na frente do comedouro, com enterrio <strong>de</strong> 0,30 m (Figura 17e).<br />
É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia que o interior da base do cocho (fundo) seja revestido com chapa<br />
galvanizada, formando uma ban<strong>de</strong>ja. Essa chapa <strong>de</strong>verá, obrigatoriamente, recobrir<br />
a ripa limi<strong>ar</strong>.<br />
Opcionalmente po<strong>de</strong>rá ser revestido todo o interior do comedouro com chapa<br />
galvanizada.<br />
53
P<strong>ar</strong>a evit<strong>ar</strong> que a tampa <strong>de</strong> cobertura venha a ser aberta por ação <strong>de</strong> ventos,<br />
usa-se am<strong>ar</strong>r<strong>ar</strong> (<strong>ar</strong>ame macio) a chapa galvanizada à prancha do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração.<br />
A justaposição <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tem melhor eficiência <strong>de</strong> vedação se for<br />
adotado junta macho e fêmea ou mata-junta.<br />
Tabela 5 — Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a montagem do comedouro <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong><br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho Utilização<br />
2 Un Caibros 0,08 m × 0,08 m × 0,70 m Base<br />
1 Un Tábua 0,3 m × 0,46 m × 1" Base<br />
1 Un Tábua 0,2 m × 0,46 m × 1" Base<br />
1 Un Tábua 0,3 m × 0,80 m × 1" Fechamento posterior<br />
1 Un Tábua 0,2 m × 0,80 m × 1" Fechamento posterior<br />
2 Un Tábuas 0,2 m × 0,80 m × 0,88 m × 1" Fechamento lateral<br />
2 Un Tábuas 0,3 m × 0,80 m × 0,88 m × 1" Fechamento lateral<br />
1 Un Tábua 0,46 m × 0,90 m × 1" Depósito <strong>de</strong> ração<br />
2 Un Ripa 0,02 m × 0,02mm × 0,90 m Depósito <strong>de</strong> ração<br />
1 Un Ripa 0,025 m × 0,04 m × 0,46 m Col<strong>ar</strong>inho<br />
1 Un Ripa 0,025 m × 0,04 m × 0,50 m Col<strong>ar</strong>inho<br />
1 Un Ripa 0,045 m × 0,07m × 0,46 m Ripa limi<strong>ar</strong><br />
1 Un Chapa 0,70 m × 0,70 m Cobertura<br />
galvanizada<br />
2 Un Ferro <strong>de</strong> 0,7 m Fixação<br />
construção<br />
2 Un Dobradiças 2" Cobertura <strong>ar</strong>ticulação<br />
54
.<br />
0,80 m<br />
..<br />
0,50 m<br />
0,50 m<br />
. .<br />
. .<br />
0,70 m<br />
.<br />
.<br />
.<br />
0,46 m<br />
.<br />
0,80 m<br />
..<br />
.<br />
0,50 m<br />
a<br />
b<br />
.<br />
1m<br />
.<br />
c<br />
.<br />
0,70 m<br />
..<br />
0,70 m<br />
.<br />
d<br />
e<br />
f<br />
Dobradiças<br />
g<br />
h<br />
i<br />
Figura 17 — Comedouro <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>: a) base e fechamento posterior do<br />
comedouro; b) fechamentos laterais; c) <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração/dosador; d)<br />
col<strong>ar</strong>inhos e ripa limi<strong>ar</strong>; e) cobertura e estacas; f) vista lateral; g) corte<br />
transversal; h) vista frontal; i) vista posterior.<br />
55
18 Anexo 7 – Comedouro <strong>de</strong> creche<br />
1. Base do Comedouro<br />
Base confeccionada pela justaposição <strong>de</strong> 5 (cinco) tábuas <strong>de</strong> 0,20 m × 1 m,<br />
proporcionando um tablado com dimensões <strong>de</strong> 1 m × 1 m. O fundo <strong>de</strong><br />
comedouro é fixado sobre 3 (três) caibros <strong>de</strong> 0,05 m x 0,05 m × 1 m, sendo<br />
um em cada extremida<strong>de</strong> e outro sobre o meio (Figura 18a).<br />
2. Direcionador <strong>de</strong> Ração<br />
Consiste em fix<strong>ar</strong> duas tábuas com dimensões <strong>de</strong> 0,15 m × 1 m, dando a forma<br />
triangul<strong>ar</strong>, sendo que a base do triângulo também é <strong>de</strong> 0,15 m, fixada <strong>ao</strong> centro<br />
da base do comedouro, no sentido longitudinal (Figura 18a).<br />
3. Laterais do Comedouro<br />
Consiste <strong>de</strong> 4 (quatro) peças, com dimensões conforme Figura 18 <strong>de</strong>talhe (d),<br />
fixadas nas laterais da base do comedouro.<br />
4. Antep<strong>ar</strong>o do Comedouro<br />
Cada face do cocho, fixada sobre o fundo do comedouro em suas extremida<strong>de</strong>s<br />
e entre as laterais do cocho, é dotada <strong>de</strong> uma peça com dimensões <strong>de</strong><br />
0,08 m × 0,96 m. A inclinação irá acompanh<strong>ar</strong> a da lateral, ou seja, 60 o .<br />
5. Limi<strong>ar</strong> do Comedouro<br />
Cada face do comedouro, fixada sobre os antep<strong>ar</strong>os do cocho, e às laterais do<br />
cocho, é dotada <strong>de</strong> uma peça <strong>de</strong> 0,03 m × 0,05 m × 1 m (l<strong>ar</strong>gura × altura ×<br />
comprimento).<br />
6. Laterais do Depósito <strong>de</strong> Ração<br />
Consiste <strong>de</strong> (2) duas peças com dimensões <strong>de</strong> 0,30 m × 0,65 m, sendo uma<br />
p<strong>ar</strong>a cada lateral do cocho, fixada lateralmente à base do comedouro e central à<br />
esta.<br />
7. Depósito <strong>de</strong> Ração<br />
Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>posit<strong>ar</strong> e distribuir continuamente a ração.<br />
P<strong>ar</strong>a cada face do <strong>de</strong>pósito é necessário duas tábuas <strong>de</strong> 0,30 m × 1 m e outras<br />
duas tábuas <strong>de</strong> 0,10 m × 1 m, fixadas nas laterais do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração, sendo<br />
que <strong>de</strong>vem fic<strong>ar</strong> inclinadas em direção <strong>ao</strong> direcionador <strong>de</strong> ração, formando um<br />
funil proporcionado pelas duas faces do <strong>de</strong>pósito (Figura 18c).<br />
8. Colunas <strong>de</strong> Sustentação da Cobertura<br />
Consiste em fix<strong>ar</strong> uma peça <strong>de</strong> 0,10 m × 1,10 m em cada lateral do comedouro,<br />
sobre as laterais do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ração.<br />
56
9. Laterais da cobertura<br />
Fixadas internamente às colunas <strong>de</strong> sustentação, consistem em peças triangul<strong>ar</strong>es<br />
com base <strong>de</strong> 1 m e com altura <strong>de</strong> 0,30 m.<br />
10. Estrutura da Cobertura<br />
Consiste <strong>de</strong> 3 (três) s<strong>ar</strong>rafos <strong>de</strong> 0,04 m × 0,04m × 0,98 m (altura × l<strong>ar</strong>gura<br />
× comprimento), fixados entre as laterais da cobertura, sendo um no vértice<br />
superior (cumeeira) e os outros dois nos vértices inferiores.<br />
11. Cobertura<br />
Consiste <strong>de</strong> 1 (uma) chapa galvanizada com dimensões <strong>de</strong> 1,15 m × 1,30 m,<br />
fixada sobre as laterais da cobertura e <strong>ao</strong>s s<strong>ar</strong>rafos da cobertura. Possui duas<br />
águas proporcionadas pelo vinco <strong>de</strong> cumeeira. Cada água terá 0,65 m.<br />
12. Divisores da boca do comedouro<br />
Consiste na colocação <strong>de</strong> 4 (quatro) pedaços <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> 1/2" <strong>de</strong><br />
0,30 m <strong>de</strong> comprimento, colocadas a cada 0,20 m <strong>de</strong> distância uma da outra.<br />
57
Tabela 6 — Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a montagem do comedouro <strong>de</strong> creche<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho (m) Utilização<br />
5 Un Tábuas 1,0 × 0,20 × 1" Fundo<br />
3 Un Caibro 0,05 × 0,05 × 1 Fundo<br />
2 Un Tábuas 1,0 × 0,15× 1" Direcionador <strong>de</strong> Ração<br />
4 Un Tábuas 0,48 × 0,42 ×1" Laterais (<strong>de</strong>talhe d)<br />
2 Un Ripas 0,08 × 0,96 × 1" Antep<strong>ar</strong>o<br />
2 Un Tábuas 0,03 × 0,05 × 1" Limi<strong>ar</strong>es<br />
2 Un Tábuas 0,3 × 0,65 × 1" Laterais do Depósito<br />
4 Un Tábuas 0,3 × 1,0 × 1" Depósito <strong>de</strong> ração<br />
4 Un Tábuas 0,10 × 1,0 × 1" Depósito <strong>de</strong> ração<br />
2 Un Ripas 0,1 × 1,10 × 1"<br />
Colunas <strong>de</strong> Sustentação<br />
da Cobertura<br />
2 Un Ripas 0,30 × 1,0 × 1" Laterais da cobertura<br />
3 Un Ripas 0,04 × 0,04 × 0,98 Estrutura da Cobertura<br />
8 Un Ferro <strong>de</strong> 1/2 0,30 Bocas do comedouro<br />
construção<br />
1 Un Chapa 1,15 × 1,0 Cobertura<br />
galvanizada<br />
58
a<br />
b<br />
c<br />
0,27 m<br />
0,065 m<br />
. .<br />
.<br />
. .<br />
d<br />
0,48 m<br />
0,42 m<br />
.<br />
. ..<br />
0,085 m<br />
e<br />
Figura 18 — Detalhe da construção do comedouro: a) Direcionador <strong>de</strong> ração; b)<br />
Fixação da lateral e <strong>de</strong>talhe a; c) Depósito <strong>de</strong> ração e limi<strong>ar</strong> do<br />
comedouro; d) Detalhe A; e) Visto geral do comedouro<br />
59
9<br />
8<br />
6<br />
5<br />
3<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
. . 11<br />
5<br />
6<br />
12<br />
P ER SP EC TIV A<br />
10<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
9<br />
8<br />
6<br />
3<br />
V IST A LATERAL<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
.<br />
..<br />
C OR TE<br />
9<br />
8<br />
7<br />
3<br />
5<br />
4<br />
1<br />
2<br />
12<br />
1<br />
.<br />
.<br />
. . . . .<br />
.<br />
.<br />
.<br />
..<br />
.<br />
V IST A F RO NTA L<br />
11<br />
8<br />
7<br />
6<br />
3<br />
5<br />
4<br />
1 = Base do comedouro<br />
2 = Direcionador da ração<br />
3 = Laterais do comedouro <strong>de</strong>talhe d<br />
4 = Antep<strong>ar</strong>o do comedouro<br />
5 = Limi<strong>ar</strong> do comedouro<br />
6 = Laterais do comedouro<br />
7 = Frente do com ed ouro<br />
8 = Coluna <strong>de</strong> sustentação da cobertura<br />
9 = Laterais da cobertura<br />
10 = Estrutura da cobertura<br />
11 = Cobertura do comedouro<br />
12 = Divisores da boca do comedouro<br />
Figura 19 — Comedouro <strong>de</strong> creche (Perspectiva; Vista lateral; Corte; Vista frontal)<br />
60
19 Anexo 8 – Bebedouro vasos comunicantes<br />
O bebedouro <strong>de</strong> vasos comunicantes é instalado sobre uma base <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong><br />
0,72 × 0,42 m, e esta <strong>de</strong>verá ter uma inclinção <strong>de</strong> 5% p<strong>ar</strong>a fora do piquete, evitando<br />
assim que a água <strong>de</strong>sperdiçada pelos suínos entre nos piquetes.<br />
Os bebedouros que não estão sendo utilizados <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>sligados <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />
hidráulica.<br />
Figura 20 — Sistema <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> água no SISCAL<br />
Figura 21 — Bebedouro utilizado no SISCAL<br />
61
20 Anexo 9 – Bebedouro <strong>de</strong> vaso comunicante –<br />
geminado – Santa Rosa<br />
20.1 Localização dos bebedouros<br />
Os bebedouros <strong>de</strong>vem ser instalados na p<strong>ar</strong>te mais baixa dos piquetes.<br />
Em frente <strong>ao</strong>s bebedouros, os fios da cerca <strong>de</strong>verão ser isolados, revestindo-os<br />
com uma mangueira plástica, evitando assim que as matrizes suínas recebam choque<br />
elétrico <strong>ao</strong> beber água.<br />
20.2 Instalação dos bebedouros<br />
Os bebedouros <strong>de</strong>vem ser confeccionados no local <strong>de</strong> sua instalação, <strong>de</strong> forma a<br />
fornecer água p<strong>ar</strong>a dois piquetes. A base possui uma dimensão <strong>de</strong> 0,8 m × 1.10 m<br />
× 0,08 m (comprimento × l<strong>ar</strong>gura × altura), chanfrado nos cantos (Figura 21 A). Essa<br />
base <strong>de</strong>verá fic<strong>ar</strong> levemente <strong>de</strong>snivelada, sendo que a p<strong>ar</strong>te mais inferior fique p<strong>ar</strong>a<br />
fora do piquete, evitando que o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> água escorra p<strong>ar</strong>a <strong>de</strong>ntro dos piquetes.<br />
O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> água e o nicho bebedouro, propriamente ditos, são confeccionados<br />
em tijolos maciços e rebocados. O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> água tem uma altura <strong>de</strong> 0,10 m<br />
(Figura 21 B) e os bebedouros tem um diâmetro interno <strong>de</strong> 0,18 m (Figura 21 A).<br />
Entre o <strong>de</strong>pósito da água e o bebedouro, na base do bebedouro é colocado um<br />
segmento <strong>de</strong> cano <strong>de</strong> 1/2" (Figura 21 B - <strong>de</strong>talhe b) e no fundo do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> água<br />
do bebedouro são fixados duas luvas <strong>de</strong> 1/2" (Figura 21 c), sendo uma p<strong>ar</strong>a a limpeza<br />
dos bebedouros (<strong>de</strong>talhe c) e a outra p<strong>ar</strong>a a entrada da água (<strong>de</strong>talhe a).<br />
O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> água <strong>de</strong>verá fic<strong>ar</strong> nivelado. Ao redor dos bebedouros <strong>de</strong>ve ser<br />
confeccionada uma proteção frontal (calha), com três centímetros <strong>de</strong> altura, assim<br />
como um <strong>de</strong>clive entre os bebedouros e a calha frontal, evitando o acúmulo <strong>de</strong> água<br />
entre eles (Figura 21 c).<br />
62
15<br />
39<br />
41<br />
8<br />
6<br />
8<br />
20<br />
Y<br />
22 51 22<br />
c<br />
a<br />
NICHO DEPÓSITO D´ÁGUA<br />
41<br />
NICHO BEBEDOURO<br />
A<br />
25<br />
80<br />
26<br />
8<br />
18<br />
b<br />
8<br />
8<br />
15<br />
8<br />
18<br />
8<br />
6<br />
X<br />
33<br />
20<br />
15<br />
80 15<br />
110<br />
2<br />
4<br />
8<br />
18<br />
8<br />
18<br />
8<br />
18<br />
8<br />
4<br />
2<br />
10<br />
3<br />
DRENO ( c )<br />
B<br />
Corte X<br />
BÓIA<br />
VÁLVULA<br />
a<br />
10 cm C<br />
Corte Y<br />
a<br />
b<br />
c<br />
b<br />
D<br />
Figura 22 — Bebedouro <strong>de</strong> vaso comunicante geminado – Santa Rosa; A) vista<br />
superior; B) corte X; C) corte Y; D) perspectiva.<br />
63
21 Anexo 10 – Sombreador móvel<br />
Os sombreadores móveis são construídos em estrutura <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção e<br />
cobertos com cortina <strong>de</strong> aviário. Possuem dimensões <strong>de</strong> 2,80 m × 2,80 m × 1,80 m<br />
(comprimento, l<strong>ar</strong>gura, altura).<br />
O mo<strong>de</strong>lo da sombra móvel é apresentado em 3 etapas (Figura 22) sendo:<br />
• etapa 1 – esteios;<br />
• etapa 2 – mãos francesas;<br />
• etapa 3 – cobertura.<br />
Os Esteios são constituídos por 4 peças em ferro <strong>de</strong> construção 5/8" com 1,80 m <strong>de</strong><br />
comprimento, on<strong>de</strong> nas extremida<strong>de</strong>s inferiores dos esteios é soldado um segmento<br />
<strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção 1/2" com 0,35 m <strong>de</strong> comprimento, <strong>de</strong> tal forma que proporcione<br />
um trespasse <strong>de</strong> 0,10 m, cuja finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste é <strong>de</strong> fic<strong>ar</strong> enterrado 0,25 m no solo.<br />
Nas extremida<strong>de</strong>s superiores dos esteios, a 0,60 m, são soldados 4 ferros <strong>de</strong><br />
construção <strong>de</strong> 1/2" com 1,80 m <strong>de</strong> comprimento, formando-se um quadrado perfeito,<br />
e que cham<strong>ar</strong>emos <strong>de</strong> base da estrutura (Figura 22c).<br />
Outros quatro ferros <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> 1/2" com 1,80 m <strong>de</strong> comprimento são<br />
soldados nas extremida<strong>de</strong>s dos esteios, proporcionando a base da cobertura. Uma<br />
b<strong>ar</strong>ra <strong>de</strong> ferro com as mesmas dimensões é soldada entre um lado da base da<br />
cobertura e o lado oposto (Figura 22e).<br />
Oito mãos francesas em ferro <strong>de</strong> construção 1/2" com 1,50 m são soldadas entre<br />
a intersecção da base da estrutura e os respectivos esteios <strong>de</strong> canto, direcionadas e<br />
soldadas <strong>ao</strong> centro da base <strong>de</strong> cobertura, mais 4 b<strong>ar</strong>ras <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção 1/2"<br />
com 0,60 m <strong>de</strong> comprimento são soldadas entre as intersecções das mãos francesas<br />
e as b<strong>ar</strong>ras da base da cobertura, direcionadas e soldadas junto <strong>ao</strong> centro das b<strong>ar</strong>ras<br />
da base da estrutura (Figura 22e).<br />
P<strong>ar</strong>a proporcion<strong>ar</strong> uma estrutura <strong>de</strong> cobertura com duas águas, 2 (dois) pontaletes<br />
em ferro <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> 1/2" com 0,30 m <strong>de</strong> comprimento são soldados <strong>de</strong> um lado<br />
e <strong>de</strong> outro, <strong>ao</strong> centro e acima das b<strong>ar</strong>ras da base <strong>de</strong> cobertura.<br />
As tesouras são <strong>de</strong>finidas por 3 (três) peças <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> construção 1/2" com 3,00<br />
m <strong>de</strong> comprimento entre as extremida<strong>de</strong>s dos esteios e soldadas na extremida<strong>de</strong><br />
superior dos pontaletes, bem como do centro da base <strong>de</strong> cobertura <strong>ao</strong> lado oposto,<br />
formando o respectivo ângulo <strong>de</strong> cobertura (Figura 22d).<br />
A cumeeira constitui-se em uma b<strong>ar</strong>ra <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> 1/2" com 2,80 m <strong>de</strong> comprimento,<br />
soldada sobre o divisor <strong>de</strong> águas, formado pelas tesouras.<br />
Entre os intervalos formados pelas tesouras, solda-se <strong>de</strong> um lado <strong>ao</strong> outro,<br />
passando sobre a cumeeira, 2 (dois) <strong>ar</strong>ames <strong>de</strong> ferro 5/6" com 3,00 m. Sobrepondo a<br />
estrutura <strong>de</strong> cobertura é fixado cortina <strong>de</strong> aviário com dimensões <strong>de</strong> 4,1 × 3,50 m.<br />
64
a<br />
b<br />
1,80 m<br />
.<br />
.<br />
2,80 m<br />
c<br />
. .<br />
2,80 m<br />
. .<br />
.<br />
0,60 m<br />
.<br />
0,25 m<br />
0,50 m<br />
.<br />
.<br />
.<br />
1,50 m<br />
d<br />
.<br />
e<br />
Figura 23 — Sombreador móvel. a) Perspectiva do mo<strong>de</strong>lo do sombreador móvel; b)<br />
Corte AB; c) Vista do esteio; d) Perspectiva da estrutura da cobertura;<br />
e) Esquema da montagem do sombreador.<br />
65
Tabela 7 — Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a a sombra móvel<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho Utilização<br />
4 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 5/8" 1,80 m Esteios<br />
4 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 0,10 m Esteios<br />
10 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 2,80 m Base da Cobertura<br />
8 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 1,50 m Mão francesa<br />
4 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 0,60 m Pontalete<br />
2 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 0,30m Cobertura<br />
3 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 1/2" 3,00 Cobertura<br />
2 B<strong>ar</strong>ra Ferro <strong>de</strong> construção 5/6" 3,0 m Cobertura<br />
1 Un<br />
Lona plástica ou<br />
cortina <strong>de</strong> aviário<br />
4,10 m × 3,50 m Cobertura<br />
4 Un Retalhos <strong>de</strong> feltros 0,20 m × 0,20 m Cantos da lona<br />
Arame macio e<br />
tiras <strong>de</strong> borrachas<br />
Fix<strong>ar</strong> a lonas<br />
22 Anexo 11 – Brete <strong>de</strong> manejo e c<strong>ar</strong>regador<br />
Material necessário p<strong>ar</strong>a montagem do Brete <strong>de</strong> manejo<br />
Tabela 8 — Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a montagem do Brete <strong>de</strong> manejo<br />
Quantidadda<strong>de</strong><br />
Uni-<br />
Especificação Tamanho (mt) Utilização<br />
14 Un moirões 1,2 × 0,10 × 0,10 Lateral<br />
8 Un Tábuas 4,0 × 0,2 × 1" Lateral<br />
8 Un Tábuas 2,0 × 0,2 × 1" Lateral<br />
10 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões<br />
4 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões<br />
2 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões<br />
6 Un Dobradiças 4" Cancelas ou portões<br />
2 Un Trinco Médio Cancelas ou portões<br />
3 Kg Pregos 18 × 30<br />
O c<strong>ar</strong>regador móvel é construído com uma estrutura metálica (Figura 2)<br />
Material necessário p<strong>ar</strong>a montagem do C<strong>ar</strong>regador móvel<br />
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Tabela 9 — Totalização <strong>de</strong> materiais p<strong>ar</strong>a montagem do c<strong>ar</strong>regador móvel<br />
Quantida<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> Especificação Tamanho (mt) Utilização<br />
4 Pedaço Cano galvanizado 1" 3,3 Fechamento<br />
superior e inferior<br />
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 2,0 Cabeceira superior<br />
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 1,7 Mão francesa<br />
2 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,8 Cabeceira inferior<br />
6 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,6 Base <strong>de</strong> apoio<br />
2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,4 Mão francesa menor<br />
8 Pedaço Cano galvanizado 1/2 3,3 Laterais<br />
2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,8 Travessas laterais<br />
1 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,6 Travessa superior<br />
1 Un Tábua 3,3 × 0,6 × 1" Assoalho<br />
2 Un Chapa <strong>de</strong> aglomerado Laterais<br />
10 Un Ripas 0,55 × 0,02 × 0,02 Assoalho<br />
Figura 24 — Esquema <strong>de</strong> montagem do brete <strong>de</strong> manejo. Cota em metros.<br />
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Figura 25 — Esquema <strong>de</strong> montagem do c<strong>ar</strong>regadouro. Cota em metros.<br />
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