A imagem digital como espelho de um contexto ambiental - Lantec

A imagem digital como espelho de um contexto ambiental: relato de experiência de uma
instituição de ensino particular de Aracaju.
Carla Eugênia Nunes Brito 1
Ucineide R. Rocha Moreira 2
Henrique Nou Schneider 3
RESUMO
A Educação vem se transformando ao longo do tempo. Hoje, numa sociedade
tida como sociedade da informação e do conhecimento, muitos são os recursos que podem
vir auxiliar no processo de ensino. Os computadores, os vídeos, a internet, DVDs, aparelhos
de MP3, MP4 e outros, são utilizados no cotidiano de jovens e adolescentes que parecem
não ter nenhuma limitação para a utilização de tais tecnologias. Esse estudo tem como
objetivo caracterizar um pouco essa nova realidade, relacionando a escola e o perfil de um
professor contemporâneo dentro de novas necessidades da Educação e docência. Para
exemplificar e mostrar atitudes inovadoras no ensino, traz a experiência de um projeto
educativo realizado numa instituição de ensino particular de Aracaju, onde alunos do Ensino
Médio utilizaram suas câmeras digitais para retratar algumas condições de apresentação do
meio ambiente da cidade. Esse projeto foi realizado de forma interdisciplinar e teve êxito ao
ser apresentado a comunidade aracajuana.
Um resultado positivo e admirável, principalmente, no que diz respeito ao processo
de ensino e aprendizagem.
PALAVRAS – CHAVE
Educação – Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)– Fotografia Digital
Em meio a todas as mudanças recorrentes na sociedade atual e diante de tantas
transformações referentes ao modo de ser e agir do homem contemporâneo, hoje, exige-se
1 Especialista em Gestão da Criatividade.Pós-graduanda em Tecnologia Educacional pela Universidade Federal
de Lavras / Profª de Metodologia de Pesquisa – Faculdade Sergipana e membro do GEIED- Grupo de Estudos
em Informática Educativa.- UFS
2 Mestranda em Educação – UFS (Universidade Federal de Sergipe.) / Profª Tutora de EAD do Curso de
Ciências Naturais - UNIT (Universidade Tiradentes). Membro membro do GEIED- Grupo de Estudos em
Informática Educativa.- UFS
3 Professor do curso de Ciência da Computação e do mestrado em Educação da Universidade
Federal de Sergipe e Coordenador do GEIED da UFS.

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dele uma nova forma de pensar. Assim, o Estado, a Escola, a Igreja, a Família também se
modificam e se adaptam diante das necessidades emergentes da sociedade e do novo
homem. Para Giddens(1995) a modernidade destrói a tradição ao mesmo tempo que a
reconstrói. Pode-se, nesse sentido, tomar como exemplo a Globalização, que antes
acontecia através de uma ação local e que hoje acontece através de uma ação à distância.
Apesar de parecer ser um fenômeno externo, afeta até os aspectos mais íntimos de nossa
vida. Na base dessa nova realidade está a revolução da microeletrônica e todos os avanços
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) presentes no cotidiano de uma parte
significativa da humanidade.
De acordo com esse contexto toma-se a Escola, instituição importante na formação
desse novo homem, como um elemento imprescindível na formação do ser moderno,
globalizado e pós-tradicional 4 . Seus objetivos se transformam ao longo do tempo e parece
que cada vez mais a função da escola vem se ampliando diante da decadência das outras
instituições, como principalmente do Estado e da Família. Antes, eram essas, juntamente
com a Escola, as grandes responsáveis pela formação do homem. Hoje, por conta das
grandes crises na base familiar (separações, pais fora de casa), por conta também da
atuação do Estado como provedor e não mais mantenedor das necessidades dos cidadãos,
fica para a Escola muitos atributos que antes não lhe cabiam.
Para situar-se diante dessa nova realidade, a Escola sofre modificações internas que
afetam currículo, professores, alunos, metodologias que dentro de um processo se adequam
a todas essas mudanças. Elementos como a Globalização, a presença das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC), inovação e empreendedorismo típico da sociedade atual,
influenciam novos paradigmas e novas práticas educacionais.
Para Castells(2004) a tecnologia é o uso do conhecimento científico para especificar
as vias de se fazerem as coisas de uma maneira reproduzível. Já as Tecnologias da
Informação e Comunicação são o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônicas
e computação (software e hardware), telecomunicação/radiodifusão e optoeletrônica, à
engenharia genética.
Assim, esse estudo tem como objetivo caracterizar a influência que a escola recebe
das mudanças decorrentes da sociedade e como atualmente, ela vem se organizando para
atender a formação do novo homem. De acordo com essa realidade, apresenta-se o relato
de um projeto realizado numa instituição de ensino privada de Aracaju, Colégio de
Orientação e Estudos Integrados (COESI), onde se utilizou elementos das tecnologias
4 É uma sociedade globalizadora, mas também reflete a intensificação da globalização. É uma sociedade em que
os elos sociais têm efetivamente de ser feitos e não herdados do passado – nos âmbitos pessoal e coletivo este é
um empreendimento pesado e difícil, mas também um empreendimento que contém a promessa de grandes
recompensas. (GIDDENS, 2004:130)

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digitais para o desenvolvimento de conhecimentos específicos trabalhados de forma
interdisciplinar.
Para apresentar esta experiência, será discutido, num primeiro momento, os desafios
a serem confrontados pelo professor contemporâneo, assim como o papel da escola e suas
transformações, a relação entre tecnologia e educação na contemporaneidade e por fim, o
relato de experiência da instituição de ensino em tela.
1 – Desafios Educacionais
De acordo com Thurler (2002) as reformas atuais na educação confrontam os
professores em dois desafios: reinventar sua escola enquanto local de trabalho e reinventar
a si próprios enquanto pessoas e membros de uma profissão. Faz-se necessário, portanto,
que o professor organize o seu ensino a fim de responder às heterogeneidade de
necessidades de seus alunos.
Para Perrenoud(2002) o professor também precisa adotar posturas fundamentais ao
contexto atual em que se vive: uma é a prática reflexiva; a outra é a implicação crítica.
Ambas promovem a construção de vários saberes, reflete a experiência e envolvem o
professor num debate político sobre a educação nos mais diferentes aspectos.
A escola, por sua vez, não recebe mais um aluno leigo diante de determinados
conhecimentos, em se tratando de fonte de informações, pois com a ampliação das TIC, ela
já não é mais a primeira e única fonte de aprendizagem, apesar de ainda ser grande
responsável pela formação cognitiva-intelectual humana. Para atender a essa nova
demanda social as transformações acontecem dentro do cenário educacional e dependendo
da forma como elas aparecem, podem ser impostas ou naturalmente aceitas. Acredita-se
que, quando impostas é mais difícil fazer parte da prática do docente de forma clara e
consciente, porém, quando essas mudanças são estudadas e efetivamente compreendidas
como algo necessário para uma nova realidade, professores, alunos e escola podem
interagir de forma bem estruturada no processo de ensino e aprendizagem.
Um dos elementos que facilitam esse processo são os recursos característicos das
Tecnologias da Informação e Comunicação que atualmente fazem parte do cotidiano de
grande parte da humanidade. Sendo assim, a TV, o Vídeo, a internet, o computador por si
só, são recursos que vêm adentrando a prática educativa de alguns professores e também
fazendo parte da realidade de muitas escolas, sejam elas públicas ou privadas.
Inserir esses elementos numa prática educativa é estar coerente com a realidade de
muitos jovens, embora se utilizem dessas tecnologias para outros fins. Cabe, portanto, a
escola e ao professor, apoderar-se dessa relação e utiliza-la no contexto educacional. De
acordo com Tedesco (2004) a incorporação das novas tecnologias à educação deveria ser

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considerada como parte de uma estratégia global de política educativa e que dentro desses
aspecto, alguns pontos devem ser levados em conta, como por exemplo:
Os estudos realizados a esse respeito mostram que, embora a
maioria dos professores manifeste atitudes favoráveis à utilização de
novas tecnologias, existem aspectos culturais que merecem atenção.
As novas tecnologias modificam significativamente o papel do
professor no processo de aprendizagem e as pesquisas disponíveis
não indicam caminhos claros para enfrentar o desafio da formação e
do desempenho docente nesse novo contexto. (idem, pág.11)
Observa-se que as dificuldades apresentadas por boa parte dos professores neste
aspecto são debatidos e, cada vez mais, busca-se respostas ou sugestões de trabalho. O
fato é que se vive hoje novas tendências da educação a partir do uso dessas novas
tecnologias, o que segundo FILMUS (2004) está relacionado à personalização dos
processos de aprendizagem. Algo muito semelhante com o que aconteceu há mais ou
menos 350 anos, quando Comenius introduziu no processo de ensino livros e manuais,
textos didáticos e outros. Inovação que, ainda segundo este autor, tornou possível aumentar
a produtividade da educação, reduziu seus custos e a massificou. O que se pode entender
diante desse relato é a transformação que o ensino sofreu ao longo da história. Num
primeiro momento, um ensino individualizado, onde o professor se reportava única e
exclusivamente ao aluno, método conhecido como individual. Com a inserção desses
recursos introduzidos por Comenius, passa-se a uma massificação do ensino e tem-se
nesse aspecto um método conhecido como simultâneo todos aprendem ao mesmo tempo
através da explicação de um professor e das atividades realizadas num material didático.
Hoje, com a inserção das TIC, o ensino, tem também como característica a individualidade
do aprendiz, ou seja, ele pode manipular perfeitamente, dependendo da categoria de
educação (distância ou presencial) as informações importantes para o seu aprendizado, isso
significa personalização do ensino.
Hoje, com todas as inovações presentes os alunos podem selecionar e produzir seus
novos itinerários educativos, comenta FILMUS, ao acreditar que eles podem dosar a
complexidade de conteúdos segundo o seu próprio ritmo e rompam com a atual rigidez de
etapas e processos.
2 – Educação e Tecnologia na prática
É reconhecido o impacto das novas Tecnologias da Informação e Comunicação na
educação e como percebemos a sua interferência no processo ensino-aprendizagem.
As mudanças tecnológicas têm um impacto cada vez maior na educação escolar e
na vida cotidiana. Não podemos mais ignorar a televisão, o vídeo, o cinema, o computador,

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o telefone, o fax, que são veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem, de
lazer, porque há tempos o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes do
conhecimento.
Os alunos aprendem em múltiplas e variadas situações. Já chegam à escola
sabendo muitas coisas ouvidas no rádio, vistas na televisão, em apelos de outdoors e
informes de mercado e shopping centers que visitam desde pequenos. Conhecem relógios e
máquinas digitais, calculadoras eletrônicas, videogames, discos a laser, gravadores e
muitos outros aparelhos que a tecnologia vem pondo à disposição para serem usados na
vida cotidiana.
Segundo ALMEIDA (1994) estes alunos estão acostumados a aprender através dos
sons, das cores, das imagens fixas ou em movimento, nos filmes e programas televisivos,
ou seja, o mundo desses alunos é polifônico e policrômico, ou seja, de cores, imagens e
sons, muito distante do espaço quase que exclusivamente monótono, monofônico e
monocromático que a escola costuma oferecer. É preciso considerar que os alunos já
pertencem a uma civilização icônica.
As fontes de informação estão muito mais diversificadas e a escola deve estimular
novas formas de experimentação e criação dos educandos. Para Arthur Clarke, autor de
“2001 Uma Odisséia no Espaço”, não há mais motivação para se estudar nos quadrosnegros,
em preto e branco, quando o mundo já está sendo visto a cores há vários anos”.
Urge uma nova educação que abrange as novas concepções e os novos valores que estão
sendo construídos.
3 – A experiência do projeto Biofotodigital
Com o intuito de pesquisar e arquivar informações visuais sobre os seres vivos e de
qualificar currículos educacionais relativos ao conhecimento da fauna, flora e preservação
dos ambientes naturais, bem como a inserção de recursos tecnológicos através da máquina
digital, foi idealizado o Projeto Biofotodigital. Esse foi idealizado e executado pela
coordenação pedagógica do Colégio de Orientação e Estudos Integrados – COESI e contou
com a parceria do curso de Publicidade e Propaganda da FASER 5 – Faculdade Sergipana e
participação de estudantes do Ensino Médio da instituição em destaque.
Paralelo a isso, objetivou-se investir na coleta de dados visuais, formação e
tratamento adequada de bancos de imagens digitais, substanciados em ambientes naturais,
misto e modificados, alicerçadas a uma metodologia de fotografia aplicada, com três
principais linhas de ação básicas:

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a) Promover a interação de professor, técnicos e alunos, com os mais variados
ambientes naturais no intuito de capturar imagens fotográficas de caráter técnico,
artístico e científico;
b) Registrar os vários tipos de fauna e flora, através dos efeitos das lentes
fotográficos com a intenção de facilitar o conteúdo de biologia trabalhado;
c) Utilizar estes materiais em multimídia na implantação de programas e currículos
educacionais ambientalistas e ecológicos, para o Ensino Médio.
Neste contexto o PROJETO BIOFOTODIGITAL utilizou a imagem fotográfica, sobre
diversos ângulos, como um elemento de informação e de comunicação, nas suas amplas
formas de interpretação, na consagração de atividades que visavam a projeção de
currículos educacionais dirigidos para estudantes do Ensino Médio, bem como, através de
uma sistemática documentação, reuniu e disponibilizou informações qualificadas sobre a
fauna e flora do nosso ambiente.
3.1. A Fotografia e seus fins
Nessa sociedade determinada pelo avanço da globalização como sociedade do
conhecimento, a fotografia se faz presente, seja ela impressa, exposta ou projetada. A
mesma inseriou-se em diversos setores de atividades humanas, fazendo emergir processos
criativos na busca de novos patamares do conhecimento. A fotografia tem produzido
notáveis ramificações e linhas de estudos. O cinema, a televisão, a radiografia e a
termografia, as artes gráficas, a ecografia, dentre outros, são algumas das suas formas de
atuação.
A linguagem não-verbal da fotografia, também contribui decisivamente na realização
de pesquisas teóricas, manifestações artístico-culturais e como coadjuvante eficaz em
inúmeras descobertas científico-tecnológicas, como indica Spencer(1980) “A contribuição da
fotografia na ciência, é a seqüência qualificada de informação que não pode ser obtida de
nenhuma outra forma (...)”
A fotografia faz com que tenhamos um olho mágico – “uma retina imparcial e infalível
capaz de converter em registros visíveis, fenômenos cuja existência, de outra forma, não
haveríamos conhecido nem suspeitado”(SPENCER, 1980). Ela é também um meio de
simplificação na busca e síntese de resultados. Além de se definir como linguagem de
criatividade visual em diversas formas de expressão artística, a fotografia e seus
processamentos de imagens, são uma maneira de ver, descobrir e questionar o passado e o
presente..
5 Faculdade pertencente a Instiutição de Ensino Superior UNIP.

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Em síntese, a fotografia é uma linguagem universal, sem tradução específica,
constituída da por uma leitura livre, sem normas e formalismos. Ela é intrinsecamente uma
cópia virtual, constituída de lapsos de tempos fragmentados em uma realidade ocasional ou
dirigida, obtida pelo fotógrafo-autor. Poderíamos dizer que é uma verdade com autoria, onde
o autor tenta transmitir seu conceito sobre aquele momento, do instante captado. A
importância maior reside no fato deste espectador poder “ler” detalhes ou pequenos
momentos fracionados fotograficamente, à sua vontade, em condições de livre
interpretação, no tempo e espaço que desejar.
Atualmente somos habitantes de um mundo sem fronteiras e barreiras geográficas,
como afirma LIMA (2002,p.53) “Um mundo sem fronteiras interligados com nações
interdependentes e empresas sem nacionalidades” fazemos parte de uma cultura planetária
onde estamos interligados através dos sistemas de telecomunicações, em busca de
diversas informações , através da captação de imagens e sons à distância, retransmitidos
por satélites orbitais. Tais informações são geradas e transmitidas graças aos notáveis
avanços da microeletrônica e aos modernos aplicativos da fotografia digital. Mais uma vez a
fotografia se faz presente, de forma imprescindível.
Vivemos na era da INTERNET, que proporciona um infinito conglomerado de trocas
informativas. Neste amplo ambiente virtual, a fotografia reina soberana. O mundo visual, ou
o “planeta da fotografia”, não somente a utiliza, como depende cada vez mais do seu
conteúdo e forma para atingir objetivos e metas, sejam eles quais forem. A linguagem
universal fotográfica atua como elemento propulsor à descoberta de novos micro e
macrocosmos necessários ao estabelecimento de parâmetros quantitativos e qualitativos de
confronto com o nosso próprio meio circundante conhecido.
No atual momento das Ciências da Comunicação e da Informação, a Fotografia não
é apenas só uma personagem de apoio, mas protagonista em contínua evolução.
3.2. A máquina Digital e a sala de aula : construindo artisticamente o conhecimento
O referido projeto foi idealizado para ser aplicado com as turmas do Ensino Médio
em que o conteúdo trabalhado de Biologia, os Seres Vivos, foi desenvolvido sobre a ótica de
diversos ângulos utilizando a máquina digital.
O projeto contou com a parceria do curso de Publicidade e Propaganda da
Faculdade Sergipana, em que o professor de fotografia do referido curso oportunizou aos
estudantes palestras e curso, sobre os diversos olhares da fotografia. O IBAMA, a Fazenda
Haras Boa-Luz e um shopping center da cidade de Aracaju também firmaram parceria no
projeto. O desenvolvido do mesmo se deu através de palestras, visita de campo para
fotografia da fauna e flora de Aracaju e tratamento das imagens no laboratório da faculdade.

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A culminância do projeto aconteceu em um dos shopping Centers de Aracaju, cujas
fotografias dos alunos no tamanho 15x25, foram expostas em expositores para ser
apreciado pelo público que passava pelo local. O público que visitava a exposição
fotográfica interagiu com o trabalho artístico dos estudantes, pois os mesmos poderiam
escolher, pelo menos três fotos através de votação. Os autores das três melhores fotos
foram agraciados com prêmios.
De acordo com questionário aplicado, os alunos informaram que o referido projeto foi
de grande relevância para o aprendizado , uma vez que o mesmo foi desenvolvido de forma
dinâmica utilizando um recurso tenológico, íntimo de todos.
3.3.Considerações finais do Projeto
O Projeto BIOFOTODIGITAL alcançou resultados significativos onde coloca a
fotografia como elemento didático-pedagógico na promoção da educação ambiental, junto
aos alunos do Ensino Médio do COESI- Colégio de Orientação e Estudos Integrados.
Em todas essas ações do Projeto, a fotografia foi colocada como a interface principal
entre a percepção espacial, a escolha e a captura de imagens, leitura e discussões, e o
respectivo desenvolvimento da crítica às questões ambientais e ecológicas , junto aos
alunos, professores e demais pessoas envolvidas. Neste Projeto, a Fotografia entrou não
somente como meio de informação e documentação visual (como ocorre geralmente com o
uso desta linguagem), mas também oportunizou a aplicação dessas imagens como forma de
mudança de comportamentos e atitudes em relação a fauna e a flora do nosso estado, bem
como aos problemas decorrentes da degradação ambiental.
4. Uma breve reflexão
Pode-se perceber que não é tão difícil relacionar uma prática diária dos alunos
quanto ao uso das tecnologias digitais, com temas importantes a serem discutidos em sala
de aula. As tecnologias digitais podem ser encaradas como um grande recurso auxiliador na
prática do professor, bem como na proposta pedagógica de qualquer instituição de ensino.
Utilizar uma máquina digital, computadores e sensibilizar uma equipe de
adolescentes do ensino médio a olhar aspectos biológicos e importantes para nós seres
humanos, de uma forma científica e mais que isso, agradável de aprender, foi um desafio
positivo, pois enriqueceu a prática docente atual.
A sensibilização da importância do meio-ambiente, o registro da má conduta do
homem em relação aos ecossistemas através de uma câmera digital, trouxe não só um

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aprendizado de conteúdos, mas o conhecimento importante do valor integral da natureza
para a vida toda dos alunos que participaram desse projeto.
Assim, a prática comprova a teoria no tocante à utilização das TIC no processo de
ensino-aprendizagem. Quando os atores (professores e alunos) detêm o manejo das
tecnologias, estas podem ser naturalmente inseridas na Educação como resultados
positivos, pois não causarão impactos negativos decorrentes da falta de conhecimento de
operação dos instrumentos tecnológicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GIDDENS, Anthony. As Conseqüências da Modernidade. Trad. Raul Fiker. – São Paulo:
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