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Emmanuel Duarte Almada - ICB - UFMG

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Dissertação de Mestrado<br />

Comunidade de insetos<br />

galhadores e sucessão em<br />

reflorestamentos com<br />

espécies nativas na<br />

Amazônia<br />

<strong>Emmanuel</strong> <strong>Duarte</strong> <strong>Almada</strong><br />

Belo Horizonte – Minas Gerais<br />

Março de 2008


<strong>Emmanuel</strong> <strong>Duarte</strong> <strong>Almada</strong><br />

Comunidade de insetos galhadores<br />

e sucessão em reflorestamentos<br />

com espécies nativas na Amazônia<br />

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação<br />

em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre<br />

do Instituto de Ciências Biológicas - <strong>UFMG</strong> como<br />

requisito parcial para obtenção do título de Mestre.<br />

Aprovada em 19 de março de 2008<br />

______________________________________________<br />

Prof. º Dr. º Mário Marcos do Espírito-Santo- UNIMONTES<br />

______________________________________________<br />

Prof.ª Dr.ª Rosy Mary dos Santos Isaias – <strong>UFMG</strong><br />

______________________________________________<br />

Prof. ª Dr. ª Yumi Oki - <strong>UFMG</strong><br />

______________________________________<br />

Prof . Dr. Geraldo Wilson Fernandes<br />

(Orientador)<br />

Março de 2008


DISSERTAÇÃO DE MESTRADO<br />

Comunidade de insetos galhadores<br />

e sucessão em reflorestamentos<br />

com espécies nativas na Amazônia<br />

<strong>Emmanuel</strong> <strong>Duarte</strong> <strong>Almada</strong><br />

Apoio Institucional:<br />

Apoio Financeiro:


Sumário<br />

Apresentação Geral........................................... ........................................... ...........<br />

01<br />

Capítulo 1- Caracterização e distribuição de insetos indutores de galhas em<br />

florestas de terra-firme e em reflorestamentos com espécies nativas na<br />

Amazônia Oriental<br />

Resumo ..................................................................................................................... 04<br />

Abstract ..................................................................................................................... 06<br />

Introdução ................................................................................................................. 07<br />

Material e Métodos ................................................................................................... 09<br />

Resultados ................................................................................................................. 11<br />

Discussão .................................................................................................................. 12<br />

Capítulo 2- Variação da riqueza de insetos galhadores em reflorestamentos com<br />

espécies nativas de diferentes idades na Amazônia Oriental<br />

Resumo ..................................................................................................................... 50<br />

Abstract ..................................................................................................................... 51<br />

Introdução ................................................................................................................. 52<br />

Material e Métodos ................................................................................................... 55<br />

Resultados ................................................................................................................. 61<br />

Discussão .................................................................................................................. 70


AGRADECIMENTOS<br />

Agradeço a Deus pai e Mãe, que me deu a incapacidade de me resignar comas injustiças.<br />

A toda a comunidade do Bairro Palmital, onde cresci. Nas ruas descalças e em meio a<br />

dureza dos ônibus abarrotados e latas d’água na cabeça, brotam sonhos de muit@s. A<br />

Nossa Senhora Aparecida, nascida da lama e do sofrimento do nosso povo, companheira<br />

nos caminhos da libertação.<br />

A minha família, que me ensinou a subverter os caminhos pré-determinados. A minha<br />

mãe, que me ensinou a plantar e meu pai, na sua eterna lição do silêncio. A minhas irmãs<br />

e meu irmão, companheiros, ainda que distantes.<br />

A meus amigos e amigas que amo, Fernanda, com quem partilho os sorrisos que ninguém<br />

compreende. Ao Marco, com quem aprendi a gostar de Jiló. Rafael, meu contrário mais<br />

que necessário. Jorge, presença constante mesmo na minha displicência. Marlo, pela<br />

presença carinhosa e amiga. Vinícius, pelo eterno retorno. Michele e Clara, em longas<br />

confidências. Ao Henrique pelos sonhos vividos, sede depois de ter bem bebido.<br />

A todos amigos e amigas do LEEB (listar todos já é outro capítulo), em especial Marcão<br />

pela amizade e carinho. A Genimar que me introduziu no mundo das galhas. Newton e<br />

nossas conversas subversivas. Marina e Cadu pelo carinho e por acreditar que eu tinha<br />

algo a compartilhar. Marcel, meu amigo em construção (rs). Yumi, pela indispensável,<br />

oriental e alegre ajuda na reta final dos trabalhos.<br />

GW, pela amizade e pela loucura que nos salva da mesmice dos lugares já conhecidos, A<br />

Dona Lourdes pelos cafezinhos e sorrisos matinais. A Bota, por nossas incríveis viagens.<br />

Aos professores Rodrigo Matta Machado e Rogério Parentoni, por me “desorientar” nos<br />

momentos necessários.<br />

Ao Eder, Joyce e Mary pelo apoio indispensável na secretaria.


Ao Professor Mário e a Professora Rosy por aceitarem participar da banca e ler<br />

atentamente minha dissertação, contribuindo substancialmente para o texto final.<br />

A Míriam, pela elaboração cuidadosa das pranchas.<br />

Ao Grupo Aroeira-Ambiente, Sociedade e Cultura, que no último ano tem sido espaço<br />

onde gestamos uma nova prática científica, tecendo sonhos e amizades.<br />

A MRN, pelo apoio durante as coletas, em especial Sr. Colé, Sr. Adercírio, Socorro,<br />

Mariana, Gentil e Alexandre. Ao IBAMA/FLONA Saracá-Taquera, pelo apoio logístico e<br />

informações fornecidas.<br />

Ao CNPq pela concessão da bolsa de mestrado e ao ECMVS pelo apoio. E a todos e<br />

todas aquelas que de fato financiaram toda a minha vida acadêmica: o Povo Brasileiro.


“Aqueles que se entregaram no amor e se colocaram ao meu lado nos tortuosos<br />

caminhos da vida. Juntos passamos por veredas, bebemos d’água pura e comemos do<br />

buriti. Enquanto andávamos por campos rupestres e torrávamos no calor do sol, que<br />

castiga a canela-de-ema, vocês eram alegria e esperança Sempre-viva, com gosto de<br />

articum maduro. E do alto das Serras, no vôo das jandaíras, vivemos um sonho bom. Às<br />

vezes nosso amor ficou a terceira margem do rio. Mas o que ele queria mesmo era<br />

mergulhar fundo nas águas do Velho Chico pra renascer mais moço e bonito. Agora que<br />

esse dia se foi e a aurora nos convida a continuar as eternas andanças pelo Grande<br />

Sertão, quero lembrar o quanto eu os amo. Folhas de minha árvore. Folhas que vêm e<br />

vão, mas sem as quais não há fruto, não há verde, desviver.”


“Eu tentei compreender a costura da vida.<br />

Me enrolei, porque a linha era muito comprida...”(Sergio Pererê)<br />

“Filho da floresta,<br />

água e madeira vão na luz dos meus olhos,<br />

e explicam este jeito meu de amar as estrelas<br />

e de carregar nos ombros a esperança.”(Thiago de Melo)<br />

“O sertão é o sozinho...”(Guimarães Rosa)


Apresentação Geral<br />

O avanço do modelo econômico dominante de apropriação e transformação dos ambientes<br />

naturais tem levado a uma perda sem precedentes da biodiversidade. Entre as principais causas<br />

dessa perda, está a redução drástica dos habitatas naturais, seja por queimadas, desmatamentos ou<br />

ocupações urbanas. Somam-se a isso, as intensas alterações climáticas provocadas pelo lançamento<br />

de gases estufa na atmosfera através dos próprios desmatamentos e pela queima de combustíveis<br />

fósseis. Esse quadro aponta para uma crise ambiental sem precedentes na história da humanidade<br />

que, ontologicamente se caracteriza como uma crise da sociedade e dos modelos civilizatórios<br />

atuais.<br />

Não obstante a necessidade urgente de se alterar as relações sociais e por consequência, a<br />

discussão dos padrões de consumo, a adoção de medidas para frear a perda de biodiversidade tornase<br />

cada vez mais importante no conjunto das políticas ambientais. Dentre essas medidas, destaca-se<br />

a recuperação de áreas degradas por atividades econômicas, tais como pastagens, áreas de extração<br />

de madeira e mineração. No entanto, em programas de recuperação é essencial a avaliação não<br />

apenas do retorno dos serviços ambientais prestados por aquela área (como drenagem das águas da<br />

chuva e controle climático) como também o reestabelecimento da fauna associdada a comunidade<br />

vegetal.<br />

Apesar de representarem mais da metade da biodiversidade do planeta, os insetos raramente<br />

são utilizados, por suas características estéticas e representações culturais, como espécies bandeira<br />

em programas de conservação. Contudo, desempenham funções fundamentais na manutenção dos<br />

processos ecossistêmicos como decomposição e polinização. Os insetos indutores de galhas talvez<br />

sejam um dos grupos menos conhecidos da população em geral embora sejam altamente diversos e<br />

<br />

com ampla distribuição por todo o globo.<br />

Por sua alta especificidade em relação a planta<br />

hospedeira e elevada sensibilidade a alterações nas condições ambientais, este grupo de organismos<br />

possui grande potencial para ser utlizados em progamas de avaliação da recuperação da<br />

biodiversidade.<br />

1


O presente trabalho apresenta um estudo de caso de avaliação da diversidae de insetos<br />

galhadores em reflorestamentos com espécies nativas na Amazônia Oriental. Dada a escassez de<br />

estudos com esse grupo de insetos, bem como de seu uso como indicadores de qualidade ambiental,<br />

este trabalho representa uma contribuição importante para o campo de estudo da interação insetoplanta.<br />

Além disso, a listagem de insetos galhadores e respectivas plantas hospedeiras fornece dados<br />

inéditos para a região amazônica, que a despeito da elevada diversidade deste grupo de herbívoros,<br />

permanece fortemente sub-amostrada quando comparada a outros biomas brasileiros.<br />

A dissertação foi dividade em dois capítulos: o capítulo 1 traz uma descrição geral da<br />

comunidade de insetos galhadores associada as plantas hospedieras em florestas primárias e áreas<br />

de reflorestamento. O capítulo 2 descreve a variação da riqueza de insetos galhadores encontrada ao<br />

longo das diferentes idades dos reflorestamentos, correlacionando desta forma a diversidade de<br />

galhadores ao estágio sucessional.<br />

<br />

2


Capítulo 1<br />

Caracterização e distribuição de insetos indutores de galhas em florestas de terra-firme e em<br />

reflorestamentos com espécies nativas na Amazônia Oriental<br />

______________________________________________________________________________<br />

<br />

3


RESUMO<br />

As galhas são hiperplasias e/ou hipertrofias em tecidos vegetais induzidas por insetos,<br />

fungos, vírus, bactérias e nematódios (Mani, 1964). Os estudos ecológicos e evolutivos de insetos<br />

galhadores e suas plantas hospedeiras nas últimas duas décadas trouxeram enormes contribuições<br />

para a ecologia em geral. A diversidade desse grupo de insetos é extremamente elevada, podendo<br />

chegar a aproximadamente 250.000 espécies. No entanto, uma fração ainda diminuta dessa<br />

diversidade foi avaliada, especialmente nas regiões tropicais. No Brasil, a maioria dos<br />

levantamentos de galhas induzidas por insetos concentra-se nas regiões sul e sudeste, em especial<br />

no Cerrado e na Mata Atlântica. Neste trabalho, apresentamos informações importantes sobre a<br />

ocorrência de galhas e suas plantas hospedeiras em floresta de Terra-Firme na maior floresta<br />

tropical do planeta, a Amazônia. O estudo foi conduzido em florestas de Terra-Firme da Amazônia<br />

Oriental, em Porto-Trombetas – PA. Nessa região, a Mineração Rio do Norte realiza desde 1979 um<br />

projeto de reflorestamento com espécies nativas em áreas de extração de bauxita. Assim, as coletas<br />

foram realizadas em 2002, nas estações seca e chuvosa, com a intenção de se fazer um<br />

levantamento preliminar da diversidade de galhadores, tanto nas áreas de floresta primária como nas<br />

áreas de reflorestamento. Ao todo foram encontrados 309 morfotipos de galhas, em 255 espécies de<br />

plantas pertecentes a 44 famílias botânicas. Essa diversidade local de galhadores é considerada<br />

elevada quando comparada a outros levantamentos realizados no Cerrado e na Mata Atlântica e<br />

mesmo com os dados existentes para galhadores de dossel na Amazônia. Desta maneira, os padrões<br />

globais propostos para a diversidade de galhadores que apontam as regiões de clima mediterrânico e<br />

vegetação esclerófila como detentoras da maior riqueza de galhadores precisam ser revistos. O<br />

presente trabalho apresenta uma importante contribuição para a pesquisa de insetos galhadores em<br />

florestas tropicais e indica a necessidade de pesquisas sobre os processos evolutivos e ecológicos<br />

que afetam a diversidade de galhadores nestes ecossistemas.<br />

<br />

Palavras-chave: Amazônia, biodiversidade, galhadores, mineração, reflorestamento<br />

4


ABSTRACT<br />

Plant galls are hyperplasia and / or hipertrofias in plant tissues induced by insects, fungi,<br />

viruses, bacteria and worms (Mani, 1964). The ecological and evolutionary studies of galling<br />

insects and their host plants in the last two decades have brought enormous contributions to the<br />

ecology in general. The diversity of this group of insects is extremely high and could reach<br />

approximately 250,000 species. However, a still tiny fraction of that diversity was evaluated,<br />

especially in tropical regions. In Brazil, most surveys of galls induced by insects focuses on south<br />

and southeast areas, particularly in the Cerrado and the Atlantic Forest. We present important<br />

information on the occurrence of gall and their host plants in Terra-firme forestin the largest<br />

rainforest on the planet, the Amazon. The study was conducted in Terra Firme forest eastern<br />

Amazon, in Porto-Trombetas - Pará. In this region, the Mineração Rio do Norte holds since 1979 a<br />

project for reforestation with native species in áreas of extraction of bauxite. Thus the samples were<br />

collected in 2002, in the dry and rainy seasons, with the intention to make a preliminary survey of<br />

the diversity of galling, both in the áreas of primary forest as in the areas of reforestation. Overall,<br />

309 morphotypes of galls were found on 255 species of plants belonging to 44 botanical families.<br />

This local diversity of local galling insect is considered high when compared to other surveys<br />

conducted in the Cerrado and the Atlantic Rain Forest and even with the existing data for galling<br />

canopy of the Amazon. Thus, the global patterns proposed for the diversity of galling insect which<br />

indicate the regions of Mediterranean climate and sclerophyllous vegetation as supporting the<br />

greatest richness of galling need to be revised. This work provides an important contribution to the<br />

knowledge on galling in tropical forests and stresses the need for further research on the ecological<br />

and evolutionary processes affecting gall diversity in these ecosystems.<br />

<br />

Key-words: Amazonia, biodiversity, galling, bauxite mines, reforestation<br />

5


1. INTRODUÇÃO<br />

As galhas são hiperplasias e/ou hipertrofias em tecidos vegetais induzidas por insetos,<br />

fungos, vírus, bactérias e nematóides. Nas últimas duas décadas, o estudo das galhas trouxe<br />

inúmeras contribuições para a ecologia em geral, em especial no que diz respeito a compreensão da<br />

evolução das relações parasita-hospedeiro (Price et al., 1998). Os insetos galhadores representam<br />

uma guilda importante de herbívoros altamente diversa (Espírito-Santo et al., 2007)e têm servido<br />

como modelos em inúmeros estudos de relações tróficas, padrões globais de distribuição de<br />

espécies, além da compreensão dos efeitos da arquitetura e do sexo da planta hospedeira sobre o<br />

fitness de herbívoros (Espírito-Santo et al., 2007; Fagundes et al., 2005; Araújo et al., 2003).<br />

Os padrões globais de distribuição de insetos galhadores têm sido objeto de intensas<br />

discussões no meio científico. Price et al. (1998) apontaram um padrão global de distribuição de<br />

insetos galhadores em que as latitudes equivalentes entre 23 e 45 graus Norte ou Sul apresentariam<br />

os maiores valores de riqueza de insetos galhadores. Essas regiões corresponderiam a climas<br />

quentes e com vegetação esclerófila, nas quais as galhas representariam uma adaptação dos<br />

galhadores ao estresse higrotérmico. Além disso, ambientes xéricos apresentam menores taxas de<br />

mortalidade larval dos galhadores devido a ataques de fungos e predadores (Gange et al. 2002; Price<br />

et al., 1998; Fernandes & Price, 1992). Assim, combinando-se o alto grau de esclerofilia dos tecidos<br />

e a baixa mortalidade por predação e parasitismo, ambientes xéricos abrigariam elevada riqueza de<br />

galhadores quando comparados a ambientes mésicos. Esse modelo, baseado nas condições de<br />

estresse higrotérmico e nutricional e de taxas diferenciais de mortalidade entre ambientes, tem<br />

dominado as discussões em torno dos mecanismos geradores da distribuição biogeográfica de<br />

insetos galhadores. (Lara & Fernandes, 1996; Price et al., 1998). No entanto, alguns autores<br />

apontaram outros mecanismos que gerariam padrões locais e regionais da distribuição de<br />

galhadores.<br />

Wrihgt & Samways (1998), estudando a vegetação de Fynbos na Africa do Sul, encontrou<br />

uma forte influência da composição florística sobre a riqueza de galhadores. Neste ambiente,<br />

<br />

6


geralmente cada espécie abriga uma ou poucas espécies de galhadores, sendo a riqueza de<br />

galhadores uma função direta da riqueza de plantas hospedeiras. Da mesma forma, Blanche &<br />

Westoby (1995), estudando as florestas de eucalipto na Austrália encontraram forte correspondência<br />

entre a composição florística e a riqueza de galhadores, mediada pela fertilidade do solo, sendo que<br />

a presença de algumas espécies de Eucalyptus (os quais são super-hospedeiros), mostrou-se um<br />

elemento determinante para a riqueza de galhadores naqueles ambientes, mecanismo tambem<br />

apontado por Fernandes (1992). No entanto, a sincronização da disponibilidade de recursos mediada<br />

pela ação do fogo tambem foi apontada por Mendonça (2001) como um importante mecanismo de<br />

regulação da riqueza de galhadores.<br />

A baixa riqueza de insetos galhadores esperada para as florestas tropicais úmidas no modelo<br />

proposto por Price & Fernandes (1988), pode, por outro lado, ser resultado do pequeno número de<br />

estudos dessa guilda de insetos nessas regiões. Até o momento, há apenas uma publicação que faz<br />

referência à listagem de galhas e plantas hospedeiras na Amazônia (Julião, 2005) e a maioria dos<br />

esforços amostrais no Brasil se concentraram em áreas de Cerrado, em especial de campos rupestres<br />

(Lara & Fernandes, 1996; Lara et al, 2002; Gonçalves-Alvim & Fernandes, 2001; Fernandes et al<br />

1997, 2005).<br />

Tendo em vista esta lacuna no conhecimento dos insetos galhadores no Brasil, apresentamos<br />

neste trabalho dados inéditos de morfoespécies de galhas e suas respectivas plantas hospedeiras de<br />

sub-bosque de florestas de Terra–Firme da Amazônia Oriental. Há ainda poucos estudos que<br />

apresentam dados sobre comunidade de galhas e plantas hospedeiras na Amazônia, sendo os<br />

levantamentos e listas de galhas importantes para o estudo de padrões visto o grau de<br />

desconhecimento taxonômico das espécies indutoras de galhas. Este estudo pretende ainda<br />

comparar a riqueza local de galhadores nas florestas de Terra-Firme da Amazônia com outros<br />

levantamentos realizados no Cerrado e na Mata Atlântica. Se a riqueza de galhadores é uma função<br />

da riqueza de plantas hospedeiras, as matas da Amazônia devem então apresentar uma riqueza de<br />

<br />

7


insetos galhadores elevada quando comparada a outros biomas brasileiros, visto a alta riqueza da<br />

comunidade vegetal da maior floresta tropical do planeta.<br />

<br />

8


2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Área de estudo<br />

Este estudo foi conduzido na área de mineração de bauxita em Porto Trombetas, localizado<br />

na Floresta Nacional Saracá Taquera, com uma elevação de 180 meters a.n.m., 65km ao nordeste da<br />

cidade de Oriximiná e a 30km do Rio Trombetas, no estado do Pará, Brazil (1°40’S, 56°27’W). A<br />

media annual de precipitação em Porto Trombetas (1970–1994) e de 2.185 ± 964 (S.E.) mm, com<br />

estações chuvosas (inverno) e seca (verão) distintas média mensal de precipitação excedendo os<br />

10mm em todos os meses, exceto no período de julho a outubro. A média máxima e mínima de<br />

temperatura é de 34.6 e 19.9°C, respectivamente. Os solos nas áreas de extração de Bauxita são<br />

latosolos argilosos amarelos e ácidos, com uma fina camada de húmus (Ferraz, 1993). A vegetação<br />

regional é formada por uma floresta equatorial perene, com dossel chegando a uma altura de 20 a<br />

35m, com árvores emergentes de até 45metros de altura (Knowles and Parrotta, 1995, 1997). A<br />

floresta na região da mineração era, até recentemente, largamente inacessível e sem distúrbios por<br />

derrubada ou retirada de madeira por mais de 200 anos. A retauração floretal ocorreu inicialmente<br />

com uma combinação de espécies nativas de diferentes estágios sucessionais sendo seu progresso<br />

devido ao recrutamento do banco de sementes, bem como através de processos de dispersão<br />

zoocórica e anemocórica (Parrota & Knowles, 1999; Parrota et al 1997, 2001).<br />

Levantamento da riqueza de insetos galhadores<br />

<br />

A amostragem de galhas ocorreu durante 20 dias consecutivos na estação seca (Julho) e<br />

chuvosa (Dezembro) de 2002 (n=40 dias de coleta). Amostragens foram realizadas em áreas<br />

reflorestadas correspondendo aos seguintes anos de plantio: 1981 (n=2), 1982 (n=2), 1983 (n=1),<br />

1984 (n= 2), 1985 (n=2), 1986 (n=2), 1987 (n=2), 1988 (n=1), 1992 (n=1), 1993 (n=2), 1994 (n=2),<br />

1995 (n=2), 1996 (n=2), 1997 (n=2), 1998 (n=3), 1999 (n=2), 2000 (n=2), 2001 (n=2), 2002 (n=2).<br />

Então, nós coletamos galhas em 26 áreas reflorestadas com espécies nativas da Amazônia, variando<br />

de 0 a 21 anos de idade. A distância mínima entre as áreas foi de 500 metros (ver Fernandes &<br />

9


Price, 1988). Em cada área de reflorestamento foram realizadas três amostragens de uma hora por<br />

amostragem (totalizando 6 horas/áreas amostrada). Oito áreas de floresta primária também foram<br />

amostradas utilizando-se o mesmo protocolo. Para detalhes da metodologia de campo, ver Price et<br />

al (1998). Amostragens de insetos galhadores e plantas hospedeiras foram feitas em plantas com até<br />

3 metros de altura, não sendo coletados indivíduos do dossel ou de estrato intermediário da floresta.<br />

Das plantas hospedeiras, foi coletado material galhado suficiente para sua identificação e dissecação<br />

e, em laboratório, os insetos indutores foram identificados até o nível taxonômico de ordem ou<br />

família sempre que possível e realizada a descrição dos principais aspectos morfológicos das galhas.<br />

As plantas hospedeiras foram identificadas até o nivel de espécie por especialistas.<br />

Nós usamos morfotipos de galhas como um indicador de espécies de galhadores porque<br />

praticamente todas as espécies de insetos galhadores amazônicos são novas para a ciência e<br />

trabalhos taxonômicos sao insuficientes. No entanto, o uso de morfotipos de galhas e aceitável<br />

como substituto para espécies de insetos galhadores (Floate et al., 1996; Price et al., 1998; Cuevas-<br />

Reyes et al., 2004a), dada sua morfologia única, e alta especificidade quanto a planta hospedeira e<br />

orgão da planta atacado (Dreger-Jauffret & Shorthouse, 1992; Floate et al., 1996; Shorthouse et al.,<br />

2005).<br />

<br />

10


3. RESULTADOS<br />

Riqueza de insetos galhadores<br />

Comparado a outros dados previamente encontrados para a floresta Amazonia, a riqueza de<br />

insetos galhadores foi elevada. Nós encontramos 309 espécies de insetos galhadores em 255<br />

espécies de plantas hospedeiras, com uma média de 1.2 espécies galhadoras por planta hospedeira<br />

(Tabela 1).<br />

Plantas hospedeiras, morfologia da galha e habitat dos insetos galhadores<br />

As famílias de plantas com maiores riquezas de espécies de galhadores foram Fabaceae (87),<br />

Chrysobalanaceae (12), Burseraceae (18), Annonaceae (15), Clusiaceae (15), Euphorbiaceae (9),<br />

Melastomatacaeae (13), Malpighiaceae (17) e Apocynaceae (7), Anacardiaceae (11). De todas as<br />

espécies de hospedeiras encontradas, apenas 11% eram lianas e 5% arbustos, mostrando que a<br />

maior parte da comunidade de galhadores se comcentra nas espécies de hábito arbóreo.<br />

Os morfotipos mais comuns foram de galhas verdes (67%), glabras (96%), discóides (48%)<br />

e ocorrência nas folhas (89%) e o grupo de galhadores mais freqüente foram os Cecidomyiidae<br />

(97%), sendo também encontrados Coleoptera, Hymenoptera e Lepidoptera (Figuras 1-309). Os<br />

galhadores de Inga (20) e Protium (16) representam mais de 10% das morfoespécies de que galhas<br />

e Bellucia (2), Goupia (3) e Vismia (10), em torno de 5%.<br />

167 espécies ocorrem nas áreas de mata, sendo que destas, 137 morfoespécies de galhas<br />

ocorrem exclusivamente nesses ambientes e das 190 morfoespécies que ocorrem nos<br />

reflorestamentos, 169 são exclusivas destas áreas. Assim apenas 22 morfoespécies de galhadores,<br />

em 19 espécies de plantas hospedeiras, são compartilhadas pelas áreas de floresta primária e as<br />

áreas de reflorestamento.<br />

<br />

11


4. DISCUSSÃO<br />

Em um estudo com insetos galhadores próximo a Manaus, Yukawa (2001) encontrou 84<br />

espécies, enquanto <strong>Almada</strong> (trabalho não publicado), também próximo a Manaus reportou 231<br />

insetos galhadores. Além disso, Julião (2007) encontrou valores similares para a riqueza de<br />

galhadores de dossel em florestas de Terra-firme próximas a Manaus (303 morfoespécies). Desta<br />

forma, a riqueza de insetos galhadores encontradas para as florestas de Terra-Firme de Trombetas<br />

(309) é extremamente elevada. Enquanto neste estudo foram encontradas 309 morfoespécies de<br />

insetos galhadores, em áreas de Cerrado, Fernandes et al. (1997), encontraram 236 morfoespécies<br />

no Vale do Jequitinnhonha e Maia & Fernandes (2004) descreveram 137 morfoespécies na Serra de<br />

São José, Minas Gerais,.<br />

A composição das principais famílias de plantas hospedeiras também foi distinta da<br />

encontrada em outros estudos. Em remanescentes de Mata Atlântica, ambientes com condições<br />

climáticas mais semelhantes a Amazônia, em Minas Gerais, as famílias com maior número de<br />

insetos galhadores foram Asteraceae, Myrtaceae, Bignoniaceae e Melastomataceae (Fernandes et<br />

al., 2002). É interessante ressaltar a contribuição de Melastomataceae para a riqueza de insetos<br />

galhadores neste estudo, já que é uma das principais famílias que compõem o sub-bosque das<br />

florestas de terra-firme na Amazônia (Ribeiro et al., 1999). No levantamento de galhas feito por<br />

Julião (2005), em áreas de várzea amazônica em Mamirauá, Melastomataceae não aparece entre as<br />

principais famílias de plantas hospedeiras e em capões de mata no Pantanal sul-matogrossense,<br />

Bignoniaceae é a principal família hospedeira, seguida de Fabaceae, Sapindaceae e<br />

Hippocrantaceae, sendo que nenhum galhador foi encontrado em Melastomataceae (Julião, 2004).<br />

Também houve grande diferença nas formas de vida de plantas hospedeiras mais atacadas, enquanto<br />

no Cerrado, arbustos e herbáceas concentram a maioria dos galhadores, na Amazônia as espécies de<br />

hábito arbóreo guardam a maior riqueza de galhadores.<br />

De maneira geral, a comunidade vegetal na Amazônia não ocorre sob condições de estresse<br />

hídrico, a não ser nas áreas inundáveis de várzea e igapó, onde durante as épocas de cheia as raízes<br />

<br />

12


das árvores ficam sob condições de baixas concentrações de oxigênio, limitando as taxas<br />

metabólicas de toda a comunidade vegetal. (Schongart et al., 2005). Nas florestas de Terra-Firme,<br />

que representam 85% da área amazônica (Ribeiro, 1999), a disponibilidade de água no solo é<br />

elevada durante praticamente todo o ano. No sub-bosque da floresta especialmente, a umidade<br />

mantem-se elevada e não há grande incidência de ventos e radiação. Assim, é provavel que no subbosque<br />

das florestas de terra-firme, outros fatores ambientais (tais como a abundância das espécies<br />

hospedeiras, riqueza de plantas ou ataque por inimigos naturais), que não o estresse higrotérmico,<br />

sejam determinantes para a riqueza de insetos galhadores.<br />

No entanto, em particular, o dossel das florestas pluviais, a despeito das altas taxas de<br />

precipitação, apresenta condições de forte estresse devido a menor umidade do ar e maior<br />

velocidade dos ventos, representando um cenário cujas pressões ambientais se assemelham as do<br />

modelo proposto por Fernande & Price (1988), onde o estresse higrotérmico e nutricional, além da<br />

esclerofilia, são fatores-chave para a riqueza de insetos galhadores. Julião (2007) estudando o efeito<br />

de variações locais da fertilidade do solo sobre a riqueza de galhas de dossel na Amazônia,<br />

encontrou correlação negativa entre a disponibilidade de nutrientes e a riqueza de galhadores em<br />

florestas de terra-firme próximas a Manaus.<br />

Apesar das previsões de baixa diversidade de insetos galhadores para a região amazônica,<br />

nossos resultados contradizem este padrão, indicando que as florestas de Terra-firme podem<br />

representar uma das regiões biogeográficas mais ricas em relação a essa guilda de herbívoros. Julião<br />

(2007) e Ribeiro & Basset (2007) apontam o dossel da floresta como um ambiente mais rico em<br />

galhadores dado seu maior grau de esclerofilia bem como de condições de estresse higrotérmico.<br />

No entanto, a despeito das condições mais amenas, o sub-bosque amazônico amostrado neste<br />

trabalho apresentou valores de riqueza de galhadores similares aos encontrados por estes autores.<br />

Além disso, grande parte dos indivíduos amostrados no sub-bosque, na verdade são indivíduos<br />

jovens de espécies que compõem estratos superiores e o dossel da floresta.<br />

<br />

13


Como apontado por Ribeiro et al. (1998), a presença de super-hospedeiros pode ser um<br />

elemento importante para determinar a composição da comunidade de galhadores. Em nosso<br />

trabalho, apenas os gêneros Inga e Protium responderam por aproximadamente 10% das<br />

morfoespécies de galhas encontradas. Algo similar pode ser encontrado nas áreas de Cerrado, onde<br />

o gênero Baccharis é um super-hospedeiro (Fernandes et al., 1996) e ainda em relação ao gênero<br />

Eucalyptus na Austrália (Blanche & Westoby, 1995).<br />

Nossos dados indicam uma elevada riqueza de insetos galhadores para a região amazônica.<br />

Considerando-se que nosso levantamento refere-se apenas ao sub-bosque, pode-se esperar uma<br />

riqueza muito superior quando se realizarem mais estudos no dossel da floresta, que ainda continua<br />

inexplorado (mas veja Julião, 2005), não apenas em relação aos insetos galhadores, mas<br />

praticamente a todos os táxons (Ribeiro, 2003). A elevada riqueza de insetos indutores de galhas<br />

encontrada neste estudo indica a necessidade de estudos mais detalhados para compreender o<br />

significado adaptativo das galhas, bem como as forças evolutivas que atuam sobre os insetos<br />

galhadores nas florestas tropicais úmidas.<br />

<br />

14


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<br />

18


Tabela 1. Caracterização morfológica das galhas induzidas por insetos endontradas em vegetação nativa e reabilitada da Mineração Rio do Norte, Porto Trombetas.<br />

Órgão [F= Folha (B= Borda, NP= Nervura Principal, P= Pecíolo), R= Ramo}, Superfície (Amb= Ambas, Abx= Abaxial, Adx= Adaxial), Forma (Disc= Discóide, Cil=<br />

Cilíndrica, Elip= Elíptica, Glb= Globóide, Esf= Esferóide, Con= Cônica, Clav= claviforme, Punt= puntiforme), Pelos (N= Não, S= Sim), Lojas (Var=várias)<br />

Família Espécie Habitos Galha Órgão Superf Forma Cor Pelos Lojas Galhador Figura<br />

Anacardiaceae Anacardium giganteum arbóreo 1 F Amb Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 1<br />

Anacardium occidentale arbóreo 1 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 2<br />

Anacardium occidentale arbóreo 3 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 3<br />

Anacardium occidentale arbóreo 2 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 4<br />

Anacardium spruceanum arbóreo 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 5<br />

Astronium gracile arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 6<br />

Astronium le-cointei arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 7<br />

Tapirira guianensis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 8<br />

Tapirira guianensis arbóreo 2 F Amb Esf Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 9<br />

Tapirira guianensis arbóreo 5 R - Glb Marrom N Var Hymenoptera Fig. 10<br />

Tapirira guianensis arbóreo 6 F(B) Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 11<br />

Annonaceae Anaxagorea acuminata arbóreo 1 R - Flor Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 12<br />

Annona tenuipes arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 13<br />

Duguetia stelechantha arbóreo 1 R - Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 14<br />

Guatteria amazonica arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 15<br />

Guatteria megalophylla arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Guatteria meliodora arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 16<br />

Guatteria olivacea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 17<br />

<br />

19


Guatteria olivacea arbóreo 2 F Abx Esf Verde S 1 Cecidomyiidae Fig. 18<br />

Guatteria olivacea arbóreo 3 F Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 19<br />

Guatteria sp. arbóreo 1 F Abx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 20<br />

Onychopetalum amazonicum arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 21<br />

Xylopia nitida arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Apocynaceae Aspidosperma auriculata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Aspidosperma excelsa arbóreo 1 F Adx Esf Preta N 1 Cecidomyiidae Fig. 22<br />

Aspidosperma sp1 arbóreo 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 23<br />

Aspidosperma sp2 arbóreo 1 F Abx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 24<br />

Couma macrocarpa arbóreo 1 F Adx Esf Amarela S 1 Cecidomyiidae Fig. 25<br />

Couma sp. arbóreo 1 F Amb Punt Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 26<br />

Parahancornia amapa arbóreo 1 F Adx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 27<br />

Aquifoliaceae Ilex inundata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 28<br />

Asclepiadaceae Asclepia sp. arbustivo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 29<br />

Bignoniaceae Arrabidaea nigrensis liana 1 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 30<br />

Arrabidea sp. liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 31<br />

Memora flavida liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 32<br />

Memora longilinea liana 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 33<br />

Memora magnifica liana 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 34<br />

Memora schomburgkii liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 35<br />

Bixaceae Bixa arborea arboreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 36<br />

Boraginaceae Cordia arborea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 37<br />

Cordia exaltata arbóreo 1 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 38<br />

Cordia sp. arbóreo 1 F Adx Esf Verde S 1 Cecidomyiidae Fig. 39<br />

<br />

20


Burseraceae Dacryodes microcarpus arbóreo 1 F(B) Adx Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 40<br />

Protium crenata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 41<br />

Protium guianensis Ssp.guianensis arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 42<br />

Protium insignis arbóreo 1 F Abx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 43<br />

Protium panamensis arbóreo 1 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 44<br />

Protium paraensis arbóreo 1 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 45<br />

Protium robustum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 46<br />

Protium sagotianum arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 47<br />

Protium sagotianum arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 48<br />

Protium sp.1 arbustivo 1 F Adx Con Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 51<br />

Protium sp.2 arbóreo 1 R - Glb Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 52<br />

Protium sp.2 arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 53<br />

Protium sp.3 arbóreo 2 F(NP) Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 54<br />

Protium sp.4 arbustivo 1 F Amb Elip Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 49<br />

Protium sp.5 arbustivo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 50<br />

Protium subserratum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 55<br />

Protium tenuifolium arbóreo 1 F Adx Con Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 56<br />

Tetragastris panamensis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 57<br />

Tratinickia rhoifolia arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Trattinickia boliviana lawrenciae arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 58<br />

Trattinickia rhoifolia arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 59<br />

Caryocaraceae Caryocar villosum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 60<br />

Caryocar villosum arbóreo 2 F Adx Esf Verde S 1 Cecidomyiidae Fig. 61<br />

Celastraceae Goupia glabra arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 62<br />

<br />

21


Goupia glabra arbóreo 2 F Amb Elip Verde N Var Cecidomyiidae Fig. 63<br />

Goupia glabra arbóreo 3 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 64<br />

Chrysobalanaceae Hirtella hispida arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 65<br />

Hirtella sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 66<br />

Licania pallida arbóreo 1 F Adx Esf Vermelha P 1 Cecidomyiidae Fig. 67<br />

Licania tomentosa var. angustifolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 68<br />

Licannia membranacea arbóreo 1 F Amb Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 69<br />

Clusiaceae Clusia insignis hemiepifita 1 F Adx Glb Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 70<br />

Rheedia acuminata arvoreta 1 F Amb Esf Vermelha N 1 Cecidomyiidae Fig. 71<br />

Vismia baccifera arvoreta 1 F Adx Cônica Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 72<br />

Vismia cayennensis arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 73<br />

Vismia cayennensis arbóreo 3 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 74<br />

Vismia guianensis arvoreta 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 75<br />

Vismia guianensis arvoreta 2 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 76<br />

Vismia latifolia arborea 1 F Abx Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 77<br />

Vismia latifolia arborea 2 F Amb Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 78<br />

Vismia latifolia arborea 3 F(B) Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 79<br />

Vismia latifolia arbóreo 4 R - Elip Marrom N 1 Coleoptera Fig. 80<br />

Vismia latifolia arbóreo 5 F(NP) Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 81<br />

Vismia schullensii arboreo 1 F(NP) Abx Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 82<br />

Combretaceae Buchenavia sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 83<br />

Combretum laxum liana 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 84<br />

Connaraceae Connarus erianthus arbóreo 1 F - Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 85<br />

Connarus rubs arbóreo 1 R - Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 86<br />

<br />

22


Connarus sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 87<br />

Rourea sp. liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 88<br />

Convolvulaceae Maripa scandens liana 1 F Adx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 89<br />

Maripa scandens liana 2 F Adx Disc Amarela N 1 Cecidomyiidae Fig. 90<br />

Dichapetalaceae Dichapetalum rugosum liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 91<br />

Dilleniaceae Davilla rugosa liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 92<br />

Doliocarpus dentatus liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 93<br />

Doliocarpus dentatus liana 2 F Adx Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 94<br />

Doliocarpus major liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 95<br />

Doliocarpus spraquei liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 96<br />

Tetracera willdeniwiana liana 1 F Amb Disc Verde N 2 Cecidomyiidae Fig. 97<br />

Ebenaceae Diospyros praetermissa arvoreta 1 R - Glb Verde N 1 Coleoptera Fig. 98<br />

Diospyros praetermissa arvoreta 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 99<br />

Erythroxylaceae Erythroxylum marcrophyllum arbusto a<br />

arvoreta<br />

1 R - Flor Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 100<br />

Euphorbiaceae Alchornea discolor arbusto a<br />

arbóreo<br />

1 F Adx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 101<br />

Croton lanjouwensis arbóreo 1 F Amb Glb Amarela N 1 Cecidomyiidae Fig. 102<br />

Maprounea guianensis arbóreo 1 F Adx Esf Amarela S 1 Cecidomyiidae Fig. 103<br />

Maprounea guianensis arbóreo 2 R - Glb Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 104<br />

Pausandra sp. arvoreta 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 105<br />

Pera bicolor arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 106<br />

Pera discolor arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 107<br />

Pera nitida arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 108<br />

<br />

23


Fabaceae<br />

(Caesalpinioideae)<br />

Fabaceae<br />

(Mimosoidae)<br />

Pogonophora schomburgkiana arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 109<br />

Candolleodendron sp. arbóreo 1 F Amb Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 110<br />

Candolleodendron sp. arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Crudia aequalis arbóreo 1 F Adx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 111<br />

Dialium guianensis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Dimorphandra macrostachia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 112<br />

Dimorphandra macrostachia arbóreo 2 F Adx Cil Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 113<br />

Eperua bijuga arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Hymenaea courbaril arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 114<br />

Hymenaea intermedia arbóreo 1 F Amb Cônica Preta N 1 Cecidomyiidae Fig. 115<br />

Hymenaea palustris arbóreo 1 F Amb Cônica Preta N 1 Cecidomyiidae Fig. 116<br />

Hymenaea parvifolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 117<br />

Hymenaea reticulata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 118<br />

Hymenaea sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 119<br />

Macrolobium bifolium arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 120<br />

Peltogyne paniculata arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 121<br />

Peltogyne paniculata arbóreo 1 F Adx Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 122<br />

Peltogyne venosa arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 123<br />

Sclerolobium paniculatum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 124<br />

Tachigali alba arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 125<br />

Acacia alenqueirense arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 126<br />

Acacia multipinnata liana 1 R - Elip Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 127<br />

<br />

24


Dinizia excelsa arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 128<br />

Inga alba arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 129<br />

Inga alba arbóreo 2 F Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 130<br />

Inga edulis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 131<br />

Inga falcistipula arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Inga gracilifolia arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 132<br />

Inga laurina arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 133<br />

Inga laurina arbóreo 2 F(NP) Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 134<br />

Inga nitida arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Inga pamirensis arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 135<br />

Inga ramiflora arbóreo 1 F (NP) Amb Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 136<br />

Inga rubiginosa arbóreo 1 F Adx Esf Marrom P 1 Cecidomyiidae Fig. 137<br />

Inga rubiginosa arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 138<br />

Inga sp.1 arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 139<br />

Inga sp.2 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 140<br />

Inga sp.3 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 141<br />

Inga sp.4 arbóreo 1 F(NP) Adx Elip Marrom S 1 Cecidomyiidae Fig. 142<br />

Inga sp.4 arbóreo 2 F Amb Esf Amarela S 1 Cecidomyiidae Fig. 143<br />

Inga sp.5 arbóreo 1 F Adx Esf Verde P 1 Cecidomyiidae Fig. 144<br />

Inga sp.6 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 145<br />

Inga thibaudiana arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 146<br />

Parkia multijuga arbóreo 1 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 147<br />

Parkia pendula arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Ceciodomyiidae Fig. 148<br />

Piptadenia uaupensis liana 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 149<br />

<br />

25


Fabaceae<br />

(Papilionoidae)<br />

Striphnodendron paniculatum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 150<br />

Stryphnodendron pulcherrimum arbóreo 1 R Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 151<br />

Zygia latifolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 152<br />

Zygia ramiflora arbóreo 1 F Amb Elíp Marrom N 1 Cecidomyiidae -<br />

Andira guianensis arbóreo 1 F Amb Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 153<br />

Andira sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 154<br />

Andira surinamensis arbóreo 1 F Abx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 155<br />

Bocoa racemulosa arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 156<br />

Bocoa racemulosa arbóreo 2 R - Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 157<br />

Bowdichia nitida arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Clitoria amazonum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 158<br />

Dalbergia atropurpurea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 159<br />

Dalbergia inundata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 160<br />

Dalbergia sp. arbóreo 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 161<br />

Dalbergia sp. arbóreo 2 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 162<br />

Dalbergia spruceana arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 163<br />

Dalbergia spruceana arbóreo 2 R - Elip Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 164<br />

Derris negrensis liana 1 F Amb Disc Marrom N 0 Cecidomyiidae Fig. 165<br />

Diplotropsis purpurea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 166<br />

Diplotropsis triloba arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 167<br />

Dipteryx odorata arbóreo 2 F Adx Disc Amarela N Var Cecidomyidiae Fig. 168<br />

Dipteryx polyphylla arbóreo 1 F Abx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 169<br />

Hymenolobium excelsum arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 170<br />

<br />

26


Hymenolobium petraeum arbóreo 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 171<br />

Hymenolobium pulcherrimum arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 172<br />

Machaerium hoeneanum liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 173<br />

Machaerium quinata liana 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 174<br />

Machaerium hirtum arbóreo 1 F Adx Com Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 175<br />

Machaerium latifolium arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 176<br />

Machaerium sp.1 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 177<br />

Machaerium sp.2 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 178<br />

Ormosia paraensis arbóreo 1 F Adx Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 179<br />

Platymiscium duckei arbóreo 1 F Adx Esf Preta N 1 Cecidomyiidae Fig. 180<br />

Platymiscium sp arbóreo 1 F Amb Esf Marrom N 1 Homoptera Fig. 181<br />

Poecilanthe effusa arbóreo 1 F Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 182<br />

Pterocarpus sp. arbóreo 1 F Adx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 183<br />

Swartzia polyphylla arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 184<br />

Vatairea sericea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 185<br />

Flacourtiaceae Casearia arborea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 186<br />

Casearia sp. arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 187<br />

Casearia sp. arbóreo 2 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 188<br />

Laetia procera arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 189<br />

Laetia procera arbóreo 2 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 190<br />

Lindackeria sp. arbóreo 1 R - Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 191<br />

Casearia dacandra arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Casearia mariquitensis arvoreta 1 F(NP) Amb Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 192<br />

Humiriaceae Endopleura uchi arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 193<br />

<br />

27


Endopleura uchi arbóreo 2 F Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 194<br />

Endopleura uchi arbóreo 3 F Adx Cônica Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 195<br />

Endopleura uchi arbóreo 4 R - Verde N Var Cecidomyiidae -<br />

Saccoglotis guianensis arbóreo 1 F Adx Con Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 196<br />

Saccoglotis guianensis arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 197<br />

Sacoglottis mattogrossensis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 198<br />

Sacoglottis mattogrossensis arbóreo 2 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 199<br />

Vantanea parvifolia arbóreo 1 F(P) - Glb Marrom N 1 Coleoptera Fig. 200<br />

Vantanea parvifolia arbóreo 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 201<br />

Lauraceae Aiouea densiflora arbóreo 1 F(NP) Amb Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae -<br />

Endlicheria sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 202<br />

Ocotea brachybotria arbóreo 1 F Adx Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 203<br />

Ocotea esmeraldana arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 204<br />

Ocotea myriantha arbóreo 2 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 205<br />

Ocotea myriantha arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 206<br />

Ocotea sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 207<br />

Lecythidaceae Couratari guianensis arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 208<br />

Couratari oblongifolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Eschweilera atropetiolata arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 209<br />

Eschweilera coriacea arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 210<br />

Eschweilera coriacea arbóreo 2 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Eschweilera coriacea arbóreo 3 F Adx Con Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Loranthaceae Phthirusa theobromae liana 1 F Amb Cil Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 211<br />

Malpighiaceae Banisteriopsis sp. liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 212<br />

<br />

28


Byrsonima aerugo arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 213<br />

Byrsonima aerugo arbóreo 2 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 214<br />

Byrsonima chrysophylla arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Byrsonima clausseniana arbóreo 1 F Adx Esf Verde S 1 Cecidomyiidae -<br />

Byrsonima crassifolia arbóreo 1 F Adx Esf Verde S 1 Cecidomyiidae Fig. 215<br />

Byrsonima crispa arvoreta 1 F Adx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 216<br />

Byrsonima crispa arvoreta 2 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 217<br />

Byrsonima schumburghiana arbóreo 1 F Abx Esf Marrom S 1 Cecidomyiidae Fig. 218<br />

Byrsonima sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 219<br />

Byrsonima stipulacea arbóreo 1 F(N) Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 220<br />

Byrsonima stipulacea arbóreo 2 F Adx Cil Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 221<br />

Byrsonima stipulacea arbóreo 3 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 222<br />

Lophanthera lactescens arbóreo 3 F Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 223<br />

Lophanthera lactescens arbóreo 4 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 224<br />

Sp1 arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 225<br />

Tetrapteris styloptera liana 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 226<br />

Malvaceae Apeiba echinata arbóreo 1 F Adx Esf Amarela S 1 Cecidomyiidae Fig. 227<br />

Apeiba echinata arbóreo 2 F Adx Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 228<br />

Bombax sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Pachyra aquatica arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 229<br />

Pachyra sp. arbóreo 1 F Amb Disc Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 230<br />

Pseudobombax sp arbóreo 1 F Adx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 231<br />

Melastomataceae Bellucia grossularioides arbóreo 1 R - Glb Verde N 1 Lepidóptera Fig. 232<br />

Bellucia grossularioides arbóreo 2 F(NP) Adx Elip Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 233<br />

<br />

29


Bellucia imperialis arbóreo 1 R Glb Verde N 1 Coleoptera Fig. 234<br />

Miconia gratissima arvoreta 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 235<br />

Miconia gratissima arvoreta 2 F Abx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 236<br />

Miconia longifolia arbusto 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 237<br />

Miconia longifolia arbusto 2 R - Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 238<br />

Miconia longispicata arvoreta 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 239<br />

Miconia minutifolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 240<br />

Miconia multiflora arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 241<br />

Miconia pyrifolia arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 242<br />

Miconia sp.1 arbusto 1 R - Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 243<br />

Miconia sp.2 arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 244<br />

Monimiaceae Siparuna amazonica arbusto 1 F Abx Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae -<br />

Siparuma decepiens arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 245<br />

Siparuna bifada arbusto 1 F(N) Amb Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 246<br />

Siparuna bifada arbusto 2 F Adx Disc Verde N Var Cecidomyiidae Fig. 247<br />

Siparuna cristata arbusto 1 R - Elip Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 248<br />

Siparuna guianensis arbusto 1 F Amb Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 249<br />

Siparuna sp.1 arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 250<br />

Siparuna sp.2 arbusto 1 R - Elip Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 251<br />

Moraceae Brosimum parinarioides arbóreo 1 f Adx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 252<br />

Cousapoa sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 253<br />

Ficus gomelleira arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 254<br />

Myristicaceae Virola calophylla arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 255<br />

Virola carinata arbóreo 1 F Adx Disc Preta N 1 Cecidomyiidae Fig. 256<br />

<br />

30


Virola sp. arbóreo 1 F Amb Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 257<br />

Virola sp. arbóreo 2 R - Glb Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 258<br />

Myrtaceae Eugenia cumine arboero 1 F Amb Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 259<br />

Myrciaria floribunda arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 260<br />

Ochnaceae Ouratea castanaefolia arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 261<br />

Ouratea sp. arbóreo 1 F Abx Con Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 262<br />

Passifloraceae Passiflora coccinea liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 263<br />

Passiflora sp. liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 264<br />

Polygalaceae Moutabea guianensis liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 265<br />

Rubiaceae Palicourea guianensis arbóreo ou<br />

arvoreta<br />

1 F Ab Glb Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 266<br />

Sapindaceae Matayba inelegans arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 267<br />

Serjania sp. liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 268<br />

Talisia pedicellaris arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 269<br />

Talisia sp. arbóreo 1 F Adx Com Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 270<br />

Sapotaceae Pouteria aff ambelaniifolia arbóreo 1 F Amb Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 271<br />

Pouteria caimitto arbóreo 1 F Adx Esf Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 272<br />

Pouteria campanulata arbóreo 1 F Adx Esf Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 273<br />

Pouteria macrophylla arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 274<br />

Pouteria prancei arbóreo 1 F Adx Esf Vermelha P 1 Cecidomyiidae Fig. 275<br />

Pouteria prancei arbóreo 2 F Abx Cil Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 276<br />

Pouteria sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 277<br />

Simaroubaceae Simarouba amara arbóreo 1 F Amb Cil Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 278<br />

Smilacaceae Smilax schomburgkiana liana 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 279<br />

<br />

31


Solanaceae Solanum sp. arbusto 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 280<br />

Violaceae Leonia sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 281<br />

Rinorea racemosa arbóreo 1 R - Glb Marrom N 1 Coleoptera Fig. 282<br />

Rinorea riana arbóreo 1 F ? Elip Marrom N 1 Cecidomyiidae Fig. 283<br />

Rinorea sp. arbóreo 1 F Amb Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Vochysiaceae Erisma racemosa arbóreo 1 F Adx Disc Verde N 1 Cecidomyiidae -<br />

Vochysia sp. arbóreo 1 F Adx Cil Verde N 1 Cecidomyiidae Fig. 284<br />

Vochysia sp. arbóreo 1 R - Glb Marrom N Var Cecidomyiidae Fig. 285<br />

Vochysia vismifolia arbóreo 1 F Adx Esf Marrom S 1 Cecidomyiidae Fig. 286<br />

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Figura 1-20. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas -PA (ver Tabela 1)<br />

1. Anacardium giganteum; 2. Anacardium occidentale (g1); 3. Anacardium occidentale (g2); 4. Anacardium occidentale (g3); 5.<br />

Anacardium spruceanum; 6. Astronium gracile; 7. Astronium le-cointei; 8. Tapirira guianensis (g1); 9. Tapirira guianensis (g2);<br />

10. Tapirira guianensis (g3); 11. Tapirira guianensis (g4); 12. Anaxagorea acuminata; 13. Annona tenuipes; 14. Duguetia<br />

stelechantha; 15; Guatteria amazônica; 16. Guatteria meliodora; 17. Guatteria olivacea (g1); 18. Guatteria olivacea (g2); 19.<br />

Guateria olivaceae (g3); 20 Guatteria sp.<br />

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Figura 21-40. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela 1)<br />

21. Onychopetalum amazonicum; 22. Asclepia sp ; 23. Aspidosperma excelsa; 24. Aspidosperma sp.1; 25. Aspidosperma sp.2; 26.<br />

Couma macrocarpa; 27. Couma sp.; 28. Parahancornia amapa; 29. Ilex inundata; 30. Arrabidaea nigrensis; 31. Arrabidaea sp.;<br />

32. Memora flavida; 33. Memora longilinea; 34. Memora magnífica; 35. Memora schomburkii; 36. Bixa arbórea; 37.Cordia<br />

arborea; 38. Cordia exaltata. 39. Cordia sp.; 40. Dracryoides microcarpus.<br />

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Figura 41-60. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela 1)<br />

41. Protium crenata; 42. Protium guianensis; 43. Protium insignis; 44. Protium panamensis; 45. Protium paraensis; 46. Protium<br />

robustum; 47. Protium sagotianum (g1); 48. Protium sagotianum (g2); 49. Protium sp.1; 50. Protium sp.2 (g1); 51. Protium sp.2<br />

(g2). 52. Protium sp.3; 53. Protium sp.4; 54. Protium sp.5; 55. Protium subserratum; 56. Protium tenuifolium; 57. Tetragastris<br />

panamensis; 58. Tratinickia rhoifolia; 59. Trattinickia rhoifolia; 60. Caryocar villosum;<br />

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79 80<br />

Figura 61-80. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela 1)<br />

61. Caryocar villosum; 62. Goupia glabra (g1); 63. Goupia glabra (g2); 64. Goupia glabra (g3); 65. Hirtella hispida; 66. Hirtella<br />

sp.; 67. Licania pallida; 68. Licania tomentosa; 69. Licannia membranacea; 70. Clusia insignis; 71. Rheedia acuminata; 72. Vismia<br />

baccifera; 73. Vismia cayennensis (g1); 74. Vismia cayennensis (g2); 75. Vismia guianensis (g1); 76. Vismia guianensis (g2); 77.<br />

Vismia latifolia (g1); 78. Vismia latifolia (g2); 79. Vismia latifolia (g3); 80. Vismia latifolia (g4)<br />

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Figura 81-100. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 81. Vismia latifolia (g5); 82. Vismia schullensii; 83. Buchenavia sp.; 84. Combretum laxum; 85. Connarus erianthus; 86.<br />

Connarus rubs; 87. Connarus sp.; 88. Rourea sp.; 89. Maripa scandens (g1); 90. Maripa scandens (g2); 91. Dichapetalum<br />

rugosum. 92. Davilla rugosa; 93. Doliocarpus dentatus (g1); 94. Doliocarpus dentatus (g2); 95. Doliocarpus major; 96.<br />

Doliocarpus spraquei; 97. Tetracera willdeniwiana; 98. Diospyros praetermissa (g1); 99. Diospyros praetermissa (g2); 100<br />

Erythroxylum marcrophyllum.<br />

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Figura 101-120. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 101. Alchornea discolor 102. Croton lanjouwensis; 103. Maprounea guianensis (g1); 104. Maprounea guianensis (g2); 105.<br />

Pausandra sp.; 106. Pera bicolor (g1); 107. Pera discolor (g2); 108. Pera nitida; 109. Pogonophora schomburgkiana; 110.<br />

Candolleodendron sp. (g1); 111. Crudia aequalis; 112. Dimorphandra macrostachia (g1); 113. Dimorphandra macrostachia (g2);<br />

114. Hymenaea courbaril; 115. Hymenaea intermedia; 116. Hymenaea palustris, 117. Hymenaea parvifolia; 118. Hymenaea<br />

reticulata; 119. Hymenaea sp.; 120. Macrolobium bifolium;<br />

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Figura 121-140. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 121. Peltogyne paniculata (g1); 122. Peltogyne paniculata (g2); 123. Peltogyne venosa; 124. Sclerolobium paniculatum; 125<br />

Tachigali alba;. 126. Acacia alenqueirense; 127. Acacia multipinnata. 128. Dinizia excelsa; 129. Inga alba (g1); 130. Inga alba<br />

(g2); 131. Inga edulis; 132. Inga gracilifolia; 133. Inga laurina (g1); 134. Inga laurina (g2); 135. Inga pamirensis; 136. Inga<br />

ramifora; 137. Inga rubiginosa (g1); 138. Inga rubiginosa (g2); 139. Inga sp.1.; 140. Inga sp.2.<br />

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Figura 141-160. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 141. Inga sp.3; 142. Inga sp.4 (g1); 143. Inga sp.4 (g2); 144. Inga sp.5.; 145. Inga sp.6; 146. Inga thibaudiana; 147. Parkia<br />

multijuga; 148. Parkia pendula; 149. Piptadenia uaupensis; 150. Striphnodendron paniculatum; 151. Striphnodendrom<br />

pulcherrimum; 152. Zygia latifolia; 153. Andira guianensis; 154. Andira sp.; 155. Andira surinamensis; 156. Boccoa racemulosa<br />

(g1); 157. Boccoa racemulosa (g2); 189. Clitoria amazonum; 159. Dalbergia atropurpurea; 160. Dalbergia inundata.<br />

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Figura 161-181. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 161. Dalbergia sp. (1g); 162. Dalbergia sp. (g2); 163. Dalbergia spruceana (g1); 164. Dalbergia spruceana (g2); 165. Derris<br />

negrensis; 166. Diplotropsis purpurea; 167. Diplotropsis triloba; 168. Dipteryx odorata; 169. Dipteryx polyphylla; 170.<br />

Hymenolobium excelsum; 171. Hymenolobium petraeum; 172. Hymenolobium pulcherrimum; 173. Machaerium hoeneanum; 174.<br />

Machaerium quinata; 175. Machaerium hirtum; 176. Machaerium latifoium; 177. Machaerium sp.1; 178. Machaerium sp.2; 179.<br />

Ormosia paraensis; 180. Platymiscium duckei.<br />

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Figura 181-200. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 181. Platymiscium sp.; 182. Poecilanthe effusa; 183. Pterocarpus sp.; 184. Swartzia polyhylla; 185. Vatairea sericea; 186.<br />

Casearea arborea; 187. Casearia sp. (g1); 188. Casearia sp. (g2); 189. Laetia procera (g1); 190. Laetia procera (g2); 191.<br />

Lindackeria sp.; 192. Casearia mariquitensis; 193. Endopleura uchi (g1); 194. Endopleura uchi (g2); 195. Endopleura uchi (g3);<br />

196. Saccoglotis guianensis (g1); 197. Saccoglotis guianensis (g2); 198. Sacoglottis mattogrossensis (g1); 199. Sacoglottis<br />

mattogrossensis (g2); 200. Vantanea parvifolia (g1).<br />

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Figura 201-220. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 201. Vantanea parvifolia (g2); 202. Endlicheria sp.; 203. Ocotea brachybotria, 204. Ocotea esmeraldana; 205. Ocotea<br />

myriantha (g1); 206. Ocotea myriantha (g2); 207. Ocotea sp.; 208. Couratari guianensis; 209. Eschweilera atropetiolata; 210.<br />

Eschweilera coriacea (g1); 211. Phthirusa theobromae; 212. Banisteriopsis sp.; 213. Byrsonima aerugo (g1); 214. Byrsonima<br />

aerugo (g2); 215. Byrsonima crassifolia; 216. Byrsonima crispa (g1); 217. Byrsonima crispa (g2); 218. Byrsonima<br />

schumburghiana; 219. .Byrsonima sp.; 220. Byrsonima stipulacea (g1).<br />

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Figura 221-240. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 221. Byrsonima stipulacea (g2); 222. Byrsonima stipulacea (g3); 223. Lophanthera lactescens (g1); 224. Lophanthera<br />

lactescens (g2); 225. Sp1; 226. Tetrapteris styloptera; 227. Apeiba echinata (g1); 228. Apeiba echinata (g2); 229. Pachyra<br />

aquatica; 230. Pachira sp.; 231. Pseudobombax sp; 232. Bellucia grossularioides (g1); 233. Bellucia grossularioides (g2); 234.<br />

Bellucia imperialis; 235. Miconia gratissima (g1); 236. Miconia gratissima (g2); 237. Miconia longifolia (g1); 238. Miconia<br />

longifolia (g2); 239. Miconia longispicata; 240. Miconia minutifolia.<br />

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Figura 241-260. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 241. Miconia multiflora; 242. Miconia pyrifolia; 243. Miconia sp.1. 244. Miconia sp.2; 245. Siparauna decepiens; 246.<br />

Siparauna bifada (g1); 247. Siparauna bifada (g2); 248. Siparauna cristata; 249. Siparauna guianensis; 250. Siparauna sp.1; 251.<br />

Siparauna sp.2; 252. Brosimum parinarioides; 253. Cousapoa sp.; 254. Ficus gomelleira; 255. Virola calophylla; 256. Virola<br />

carinata; 257. Virola sp. (g1).; 258. Virola sp. (g2), 259 Eugenia cumine; 260. Myrciaria flaribunda.<br />

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Figura 261-280. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 261. Ouratea castanaefolia; 262. Ouratea sp.2.; 263. Passiflora coccínea; 264. Passiflora sp.; 265. Moutabea guianensis; 266.<br />

Palicourea guianensis; 267. Matayba inelegans; 268. Serjania sp.; 269. Talisia pedicellaris; 270. Talisia sp.; 271. Pouteria<br />

ambelaniifolia; 272. Pouteria caimitto; 273. Pouteria campanulata; 274. Pouteria macrophylla; 275. Pouteria prancei (g1); 276.<br />

Pouteria prancei (g2); 277. Pouteria sp.; 278. Simarouba amara; 279. Smilax schomburgkiana; 280. Solanum sp..<br />

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Figura 281-286. Galhas das plantas hospedeiras das áreas de reflorestamento e matas nativas em Porto Trombetas _PA (ver Tabela<br />

1) 281. Leonita sp.; 282. Rinorea racemosa; 283. Rinorea riana, 284. Vochysia sp.1.; 285. Vochysia sp.2.; 286. Vochysia vismifolia.<br />

<br />

47


Capítulo 2<br />

Variação da riqueza de insetos galhadores em reflorestamentos de diferentes idades na<br />

Amazônia Oriental<br />

_______________________________________________________________________________<br />

<br />

49


RESUMO<br />

Alguns fatores abióticos e bióticos são alterados ao longo do processo de sucessão<br />

biológica. As mudanças na diversidade de espécies vegetais que ocorrem durante este processo<br />

afetam, conseqüentemente, a disponibilidade de recursos para a comunidade de herbívoros. Os<br />

insetos galhadores, por sua alta especificidade em relação à planta hospedeira, são potencialmente<br />

mais sensíveis a essas mudanças. Neste estudo, a riqueza de insetos galhadores foi avaliada em<br />

reflorestamentos com espécies nativas de diferentes idadesem áreas de mineração de bauxita na<br />

Amazônia Oriental. Os galhadores foram observados e coletados em reflorestamentos com idades<br />

variando de 0 a 21 anos, assim como em áreas de floresta primária em Porto Trombetas, Pará,<br />

Brasil. Observou-se que a riqueza de insetos galhadores aumentou com a idade das áreas de<br />

reflorestamento. O aumento da idade da floresta, no modelo quadrático, explicou 52% da variação<br />

na riqueza de insetos galhadores, sendo que um pico de riqueza de galhadores foi observado em<br />

estágios intermediários de sucessão. Os maiores valores de riqueza nos estágios intermediários<br />

podem ser resultado da presença de um número maior de potenciais hospedeiros bem como<br />

condições abióticas que favoreçam o fitness dos insetos galhadores. Além disso, foi encontrada<br />

maior similaridade entre os estágios sucessionais iniciais e intermediários, tanto para a comunidade<br />

de insetos galhadores quanto para plantas hospedeiras. Os resultados indicam que nos<br />

reflorestamentos estudados, a comunidade de insetos galhadores está se restabelecendo com<br />

sucesso, sendo que o estágio de sucessão afeta diretamente a riqueza e a composição desse grupo de<br />

herbívoros. O presente trabalho representa uma importante contribuição para os estudos sobre<br />

insetos galhadores em ecossistemas amazônicos e do uso desses herbívoros no monitoramento de<br />

programas de restauração ecológica.<br />

<br />

Palavras-chave: Amazônia, biodiversidade, galhadores, mineração, reflorestamento<br />

50


ABSTRACT<br />

Some biotic and abiotic factors are changed through the process of biological succession.<br />

The changes in the plant species diversity of that occur during this process consequently affect the<br />

availability of resources for the community of herbivores. The galling insects, due its high host<br />

specificity are potentially more sensitive to such changes. In this study, the richness of galling<br />

insects was evaluated at various satges reforested sites with native species in areas of bauxite<br />

mining in the eastern Amazon. Galls were collected in reforested fragments with ages ranging from<br />

0 to 21 years, as well as areas of primary forest in Porto Trombetas, Pará, Brazil. It was observed<br />

that the richness of insects galling increased with the age of the reforestated areas. Forest age, in the<br />

quadratic model, explained 58% of the variation in the richness of insects galling, though a peak of<br />

richness of galling was observed in intermediate stages of succession. The highest values of<br />

richness in the intermediate stages can result from the presence of a larger number of potential hosts<br />

and abiotic conditions that favor the fitness of galling insects. Moreover, a greater similarity was<br />

found between the initial successional stages and intermediate, both for the community of galling<br />

insects and host plants. The studied results indicate that the reforested<br />

native species, the<br />

community of insects galling is restoring successfully, and the stage of succession directly affects<br />

the richness and composition of this group of herbivores. This paper represents an important<br />

contribution to the studies on galling insects in Amazonian ecosystems and to the use of these<br />

<br />

herbivores in monitoring programmes of ecological restoration.<br />

Keywords: Amazon, biodiversity, galling, bauxite mines, reforestation.<br />

51


1. INTRODUÇÃO<br />

A mudança na composição da comunidade vegetal durante o processo de sucessão resulta da<br />

substituição das espécies ao longo do tempo. Enquanto uma comunidade clímax não é formada, o<br />

número de espécies tende a aumentar ao longo do processo de sucessão (Carpes et al., 2005; Begon<br />

et al., 2006). No entanto, esta tendência não é sempre observada, haja visto que em alguns estudos<br />

foi observado uma maior riqueza de espécies nos estágios intermediários durante o processo de<br />

sucessão (e.g., Rosenzweig, 1995; Gaston, 1992; 2000). Uma relação quadrática da riqueza de<br />

espécies de plantas é esperada em relação ao estágio sucessional como reportado por Grime (1973)<br />

e Connell (1978), os quais nomearam este padrão de hipótese do distúrbio intermediário. Nas<br />

florestas tropicais, a composição de formas de vida, a abundância e a riqueza de espécies de plantas<br />

mudam durante o período de sucessão. Em estágios tardios, o número de árvores de dossel e no subbosque<br />

aumenta, bem como o número de espécies raras (Guariguata et al., 1997; Martin et al., 2004;<br />

Carpers et al., 2005), sendo que o número de arbustos e lianas decresce (Guariguata et al., 1997;<br />

Peña-Claros & de Boo, 2002).<br />

No entanto, algumas evidências mostram que ambientes sob<br />

distúrbios apresentam maior diversidade florística que ambientes intactos (Molino & Sabatier,<br />

2002; Nagaike, 2002; Webb & Sah, 2003), suportando a hipótese do distúrbio intermediário.<br />

Variações na composição e estrutura da comunidade vegetal influenciam fortemente os<br />

organismos herbívoros, tais como insetos e muitos outros artrópodes. As respostas numéricas e<br />

qualitativas de insetos demonstram ser paralelas às respostas da comunidade vegetal (Price, 1997,<br />

Begon et al., 2006; Novotny et al., 2006). A diversidade de vários taxa de insetos herbívoros de vida<br />

livre mostra uma correlação positiva com o aumento do estágio de sucessão. Exemplos são<br />

encontrados para mariposas em florestas em regeneração nos Andes equatorianos quando<br />

comparadas com florestas maduras (Hilt & Fiedler, 2005). O mesmo padrão foi observado para<br />

outros artrópodes como o estudo feito com aranhas em florestas asiáticas (Tsai, 2006).<br />

Assim, a resposta da comunidade de insetos como indicadores de mudanças nas<br />

características abióticas dos ecossistemas tem sido aplamente descritas (Jansen, 1997; Andersen et<br />

<br />

52


al., 2002; Nakamura 2003; McGeogh, 1998). Em especial, os programas de restauração ambiental<br />

buscam instrumentos para o monitoramento da recuperação, não apenas da estrutura da comunidade<br />

vegetal como também da fauna associada e dos processos ecológicos (tais como ciclagem de<br />

nutrientes). Alguns grupos de insetos como Hymenoptera, Lepidoptera e Coleoptera, por sua alta<br />

diversidade e freqüente especificidade de planta hospedeira, são mais freqüentemente utilizados em<br />

estudos que pretendem avaliar a eficácia de programas de reflorestamento, assim como em<br />

processos de regeneração natural de florestas (Rodríguez et al., 1998; Grimbacher & Catterall,<br />

2007; Ratchford et al., 2005). Cunningham et al. (2005) encontraram diferenças significativas entre<br />

a composição e riqueza da comunidade de Lepidoptera, Coleoptera e Hymenoptera em<br />

reflorestamentos com Eucalyptus na Austrália quando comparados a florestas nativas<br />

remanescentes na mesma região. A riqueza desses grupos de herbívoros nas áreas remanescentes foi<br />

superior à riqueza encontrada nas plantações de Eucalyptus. Já Grimbacher & Catterall (2007)<br />

encontraram um efeito maior da estrutura florestal sobre a comunidade de coleópteros, sendo a<br />

idade do reflorestamento e a distância de áreas remanescentes fatores menos importantes.<br />

Vários fatores podem causar o aumento da riqueza de insetos herbívoros, dentre eles o<br />

incremento da riqueza por hospedeiro (densidade de espécies de herbívoros), maior media de<br />

especificidade em relação aos hospedeiros, maior diversidade de hospedeiros, ou uma combinação<br />

destes (Lewinshon et al., 2005). Insetos herbívoros mostram-se mais sensíveis a mudanças da<br />

comunidade vegetal em uma situação de sucessão, já que apresentam uma interação mais estreita e<br />

sincronizada com suas plantas hospedeiras. Apesar de serem ainda pouco utilizados em programas<br />

de monitoramento de recuperação ambiental, entre os herbívoros especialistas, os insetos<br />

galhadores exibem a mais íntima relação com suas plantas hospedeiras (ver Fernandes, 1990; Floate<br />

et al., 1996; Wright & Samways, 1998; Shorthouse, 2005). A riqueza de galhadores é influenciada<br />

pela riqueza de plantas hospedeiras (Fernandes, 1992; Wright & Samways, 1998; Lara et al., 2002;<br />

ver Fernandes & Price 1988), densidade de espécies de plantas (Gonçalves-Alvim & Fernandes,<br />

2001), composição (Blanche & Westoby, 1995), padrão de arquitetura (Espírito-Santo et al., 2007)<br />

<br />

53


e ainda a ontogenia da planta hospedeira (Cuevas-Reyes et al. 2004b; Fonseca et al.. 2006).<br />

Mendonça (2001) aponta também a sincronização da disponibilidade de recursos como um<br />

elemento importante para determinar a riqueza local de galhadores.<br />

Devido às características acima citadas, os insetos galhadores tem sido utilizados em<br />

monitoramento do progresso de restauração de uma floresta equatorial na Amazônia. A Companhia<br />

de Mineração Rio do Norte iniciou um programa pioneiro em 1979 para restauração da cobertura<br />

vegetal apos a extração de bauxita. O método de restauração utilizado inclui o plantio decerca de<br />

80 a 100 espécies florestais nativas (para detalhes ver Parrota et al., 1997; Parrota & Knowles,<br />

1999, 2001). Assim, há aproximadamente um quarto de século de plantio de florestas nativas de<br />

várias idades ou estágios sucessionais. Este cenário permite testar a hipótese de que a riqueza de<br />

insetos galhadores é fortemente influenciada pelo estágio sucessional bem como a composição de<br />

espécies de plantas hospedeiras. Analisando a riqueza de insetos galhadores e plantas hospedeiras<br />

em reflorestamentos em diferentes estágios sucessionais e em florestas maduras, os objetivos deste<br />

estudo foram: i) avaliar o sucesso do reflorestamento na colonização da comunidade de galhadores<br />

e ii) obter dados sobre a variação da riqueza dessa guilda de herbívoros ao longo do processo de<br />

sucessão.<br />

<br />

54


2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Área de estudo<br />

Este estudo foi conduzido em uma área de mineração de bauxita em Porto Trombetas,<br />

localizado na Floresta Nacional Saracá Taquera, com uma elevação de 180 metros a.n.m. a 65km ao<br />

nordeste da cidade de Oriximiná e a 30km do Rio Trombetas, no estado do Pará, Brasil (1°40’S,<br />

56°27’W) (Figura 1). A média anual de precipitação em Porto Trombetas (1970–1994) é de 2.185 ±<br />

964 mm, com estações chuvosas (inverno) e seca (verão) distintas e a média mensal de<br />

precipitação excedendo os 100mm em todos os meses, exceto no período de julho a outubro. As<br />

médias máxima e mínima de temperatura são de 34.6 e 19.9°C, respectivamente. Os solos nas áreas<br />

de extração de Bauxita são latosolos argilosos amarelos e ácidos, com uma fina camada de húmus<br />

(Ferraz, 1993). A vegetação regional é formada por uma floresta equatorial perene, com dossel<br />

chegando a uma altura de 20 a 35m, com árvores emergentes de até 45 metros de altura (Knowles &<br />

Parrotta, 1995, 1997). A floresta na região da mineração era, até recentemente, largamente<br />

inacessível e sem distúrbios por derrubada ou retirada de madeira por mais de 200 anos. A<br />

restauração florestal ocorreu inicialmente com uma combinação de espécies nativas de diferentes<br />

estágios sucessionais, sendo seu progresso devido ao recrutamento do banco de sementes, bem<br />

como através de processos de dispersão zoocórica e anemocórica (Parrota & Knowles, 2001).<br />

Levantamento da riqueza de insetos galhadores<br />

<br />

A amostragem de galhas ocorreu durante 20 dias consecutivos na estação seca (Julho) e<br />

na estação chuvosa (Dezembro) de 2002 (n=40 dias de coleta). Amostragens foram realizadas em<br />

áreas reflorestadas (Figuras 2 e 3) correspondendo aos seguintes anos de plantio: 1981 (n=2), 1982<br />

(n=2), 1983 (n=1), 1984 (n= 2), 1985 (n=2), 1986 (n=2), 1987 (n=2), 1988 (n=1), 1992 (n=1), 1993<br />

(n=2), 1994 (n=2), 1995 (n=2), 1996 (n=2), 1997 (n=2), 1998 (n=3), 1999 (n=2), 2000 (n=2), 2001<br />

(n=2), 2002 (n=2). Assim, nós coletamos galhas em 26 áreas reflorestadas com espécies nativas,<br />

variando de 0 a 21 anos de idade. A distância mínima entre as áreas foi de 500 metros (ver<br />

55


Fernandes & Price 1988). Em cada área de reflorestamento foram realizadas três amostragens com<br />

duração de uma hora (totalizando 3 horas/área por estação). Oito áreas de floresta primária também<br />

foram amostradas utilizando-se o mesmo protocolo. Para detalhes da metodologia de campo, ver<br />

Price et al (1998). Amostragens de insetos galhadores e plantas hospedeiras foram feitas em plantas<br />

com até 3 metros de altura, não atingindo, portanto, o dossel ou estratos intermediários da floresta,<br />

restringindo-se assim ao sub-bosque. Das plantas hospedeiras, foi coletado material galhado<br />

suficiente para sua identificação e dissecação. No Laboratório de Ecologia Evolutiva e<br />

Biodiversidade/<strong>ICB</strong>-<strong>UFMG</strong>,os insetos indutores foram identificados por G.W. Fernandes, até o<br />

nível taxonômico de ordem ou família sempre que possível e os principais aspectos morfológicos<br />

das galhas foram descritos. As plantas hospedeiras foram identificadas até o nível de espécie por<br />

especialistas do Museu Emílio Goeldi, Belém/PA..<br />

Os morfotipos de galhas foram utilizados como indicadores de espécies de galhadores<br />

porque praticamente todas as espécies de insetos galhadores amazônicos são novas para a ciência e<br />

trabalhos taxonômicos ainda são incipientes. Além disso, o uso de morfotipos de galhas é aceitável<br />

como substituto para espécies de insetos galhadores (Floate et al., 1996; Price et al., 1998; Cuevas-<br />

Reyes et al., 2004ª; Carneiro et al., 2009), dada sua morfologia única, alta especificidade quanto a<br />

planta hospedeira e órgão da planta atacado (Dreger-Jauffret & Shorthouse, 1992; Floate et al.,<br />

1996; Shorthouse et al., 2005).<br />

<br />

Idade do reflorestamento vs riqueza de galhadores<br />

As análises estatísticas da relação entre riqueza de espécies e idade do reflorestamento foi<br />

testada usando ‘glm’ modelos lineares generalizados e foi realizada no programa R 2.4.1 (R<br />

Development Core Team 2005) (Weisberg, 2005). No modelo, a riqueza de espécies de galhadores<br />

(= número total de indutores de galhas por reflorestamento) foi usado como variável dependente<br />

enquanto a idade do reflorestamento foi usada como variável independente. Todas as análises<br />

foram seguidas por inspeção de resíduos utilizando o teste de normalidade Shapiro-Wilk.<br />

56


Análise da similaridade de morfoespécies de galhas e de plantas hospedeiras entre diferentes<br />

idades de reflorestamentos<br />

Para se avaliar a influência do estágio sucessional sobre a composição da comunidade de<br />

insetos galhadores, foram realizadas análises de similaridade de morfoespécies de galhadores e de<br />

plantas hospedeiras entre reflorestamentos de idades diferentes, as áreas foram agrupadas,<br />

arbitrariamente, em três estágios de sucessão: inicial (0 a 5 anos), intermediário (6 a 13 anos) e<br />

tardio (14 a 21 anos). O índice de similaridade utilizado foi o de Jaccard (Krebs, 1999). Esses três<br />

estágios foram comparados e a mata natural primária de floresta chuvosa equatorial correspondente<br />

foi considerada como a área controle. Análises de agrupamento (dendrograma, distância euclidiana)<br />

foram realizadas utlizando-se o programa STATISTICA 6.0 para Windows. O índice de<br />

similaridade (Jaccard) para a comunidade de espécies de galhadores associados a 19 espécies de<br />

plantas hospedeiras que ocorreram simultaneamente nas áreas-controle e nos reflorestamentos foi<br />

também calculado. O uso deste ínidice se justifica visto que os dados coletados dados permitem<br />

inferir apenas apresença ou ausência das espécies e não a composição da comunidade (Magurran,<br />

1988).<br />

<br />

57


Figura 1. Localização das áreas de extração de bauxita da mineração Rio de<br />

do Norte. (extraído de http://www.mrn.com.br/index_1024.htm, 15/02/2008)<br />

<br />

58


Figura 2. Mapa com localização dos reflorestamentos com espécies nativas na Floresta<br />

Nacional Saracá-Taquera, Porto Trombetas –PA.<br />

59


Figura 3. Floresta nativa - Mina Periquito (A) e Reflorestamentos: Estrada da<br />

Mina Saracá/Celeste-1984 (B) Estrada da Mina Saracá/Celeste-1985 (C), Estrada<br />

da Mina Saracá/Celeste-1986 (D), Estrada da Mina Saracá/Celeste-1987 (E), Mina<br />

Peirquito-1994 (F), Mina periquito-1998 (G), Mina Periquito-2002 (H).<br />

60


RESULTADOS<br />

Riqueza de insetos galhadores<br />

Foram encontradas 309 morfoespécies de insetos galhadores em 255 espécies de plantas<br />

hospedeiras, pertencentes a 44 famílias botânicas, com uma média de 1,2 espécies de galhadores<br />

por espécie de planta hospedeira. As famílias de plantas com maiores riquezas de espécies de<br />

galhadores foram Fabaceae (87), Burseraceae (18), Malpighiaceae (17), Annonaceae (15),<br />

Clusiaceae (15), Melastomatacaeae (13), Chrysobalanaceae (12), Anacardiaceae (11),<br />

Euphorbiaceae (9), e Apocynaceae (7).<br />

<br />

Riqueza de insetos galhadores vs idade do reflorestamento<br />

A variação da riqueza de insetos galhadores em relação a idade do reflorestamento foi<br />

explicada por um modelo quadrático, sendo que a variação da idade do reflorestamento explicou<br />

58% da variação do número de espécies (F 2,33 = 22,91; p < 0,001; R² = 0,58; Teste de Normalidade<br />

de Shapiro-Wilk W = 0.9647, p = 0.299) (Figura 4).<br />

<br />

Similaridade de morfoespécies de insetos galhadores e plantas hospedeiras entre reflorestamentos<br />

de diferentes idades<br />

A análise de similaridade da composição de plantas hospedeiras entre as áreas mostrou uma<br />

clara separação dos reflorestamentos em relação as áreas de floresta primária, sendo que há baixa<br />

similaridade de composição de espécies entre elas (Tabela 1). No entanto, entre os reflorestamentos,<br />

a similaridade entre os estágios tardios e iniciais foi menor que entre estes e as áreas de estágio<br />

intermediário (Jaccard = 0,11) O agrupamento realizado confirmou os resultados encontrados para a<br />

análise de similaridade (Figura 5), evidenciando as diferenças entre as áreas de reflorestamento e as<br />

áreas-controle quanto à composição de espécies hospedeiras.<br />

As análises de similaridade entre as áreas em relação a composição de morfoespécies de<br />

galhas apresentou resultados similares aos encontradas para as plantas hospedeiras. A floresta<br />

<br />

61


primária se distinguiu claramente em relação as áreas de reflorestamento, resultado apontado tanto<br />

pelo índice de Jaccard quanto pela análise de agrupamento (Tabela 2, Fig 6).<br />

A comunidade de insetos galhadores associada as 19 espécies de plantas que ocorreram<br />

tanto nas áreas de floresta primária quanto nas áreas de reflorestamento apresentaram alta<br />

similaridade (Jaccard= 0,61). No entanto, a riqueza de galhadores nas áreas de reflorestamento (n=<br />

36 espécies) foi maior que a encontrada para as áreas de floresta primária (n= 25 espécies) (Tabela<br />

3).<br />

<br />

62


Tabela 1. Índice de similaridade de Jaccard para morfoespécies de galhadores entre<br />

estágios sucessionais.<br />

Estágio sucessional<br />

Floresta<br />

Primária<br />

Inicial<br />

(0-5 anos)<br />

Intermediário<br />

(6-13 anos)<br />

Floresta<br />

Primária*<br />

Inicial (0-5 anos) 0,04 - - -<br />

Intermediário (6-13 anos) 0,07 0,24 - -<br />

Tardio (14-21 anos) 0,08 0,19 0,20 -<br />

Floresta Primária* - - - 0,61<br />

* análise realizada apenas para morfoespécies de galhadores associados a espécies de plantas que ocorreram<br />

simultaneamente nas áreas de mata e reflorestamento (todos os estágios).<br />

Tabela 2. Índice de similaridade de Jaccard para espécies de plantas hospedeiras entre<br />

estágios sucessionais.<br />

Floresta<br />

Primária<br />

Inicial<br />

(0-5 anos)<br />

Intermediário<br />

(6-13 anos)<br />

Inicial (0-5 anos) 0.06 - -<br />

Intermediário (6-13 anos) 0,09 0,23 -<br />

Tardio (14-21 anos) 0,09 0,21 0,24<br />

<br />

63


Figura 4. Relações entre riqueza de insetos galhadores e idade do<br />

reflorestamento na Floresta Amazônica (F 2,33 = 26,924; P < 0,001,<br />

<br />

equação: rig = 1.463 + 2.508idade – 0.089idade², onde rig=riqueza<br />

de insetos galhadores e idade=idade do reflorestamento)<br />

64


Análise de agrupamento para morfoespécies de galhadores<br />

Distâncias euclidianas<br />

Floresta Primária mata<br />

Tardio tardio<br />

Intermediário interm.<br />

Inicial inicial<br />

8 9 10 11 12 13 14 15<br />

Figura 5. Análise de agrupamento para morfoespécies de insetos galhadores em<br />

diferentes estágios sucessionais em Porto Trombetas – PA.<br />

<br />

65


Análise de agrupamento para espécies de plantas hospedeiras<br />

Distâncias euclidianas<br />

.<br />

mata<br />

Floresta Primária<br />

Tardio tardio<br />

Intermediário interm.<br />

Inicial inicial<br />

7 8 9 10 11 12 13<br />

<br />

Figura 6. Análise de agrupamento para espécies hospedeiras em diferentes<br />

estágios sucessionais em Porto Trombetas – PA<br />

66


Tabela 3. Relação de morfoespécies de insetos galhadores que ocorreram nas<br />

áreas de mata nativa e nas áreas de reflorestamento. (0=ausente,1=presente)<br />

Família Espécie de planta Morfoespécie<br />

de Galha<br />

Mata<br />

Reflorestamento<br />

Inicial Interm.<br />

Tardio<br />

Annonaceae Guatteria olivacea 1 1 1 1 0<br />

Guatteria olivacea 2 1 1 0 0<br />

Guatteria olivacea 3 1 1 0 0<br />

Celastraceae Goupia glabra 1 1 1 1 1<br />

Goupia glabra 2 1 1 1 1<br />

Goupia glabra 3 0 1 0 0<br />

Clusiaceae Vismia latifólia 1 1 1 1 1<br />

Vismia latifólia 2 0 1 1 1<br />

Vismia latifólia 3 0 1 1 1<br />

Vismia latifólia 4 0 1 0 0<br />

Vismia latifólia 5 0 0 1 0<br />

Dilleniaceae Doliocarpus dentatus 1 1 1 1 1<br />

Doliocarpus dentatus 2 0 0 1 0<br />

Fabaceae Dalbergia atropurpurea 1 1 0 1 0<br />

Dipteryx odorata 1 1 1 1 0<br />

Hymenaea sp 1 1 0 1 1<br />

<br />

Hymenolobium pulcherrimum 1 1 0 0 1<br />

Inga Alba 1 1 0 0 0<br />

Inga alba 2 1 1 0 0<br />

Inga thibaudiana 1 1 1 0 1<br />

Peltogyne paniculata 1 1 0 1 1<br />

Peltogyne paniculata 2 0 0 1 0<br />

Platymiscium sp. 1 1 1 1 0<br />

Flacourteaceae Laetia procera 1 1 1 1 0<br />

Laetia procera 2 1 1 1 0<br />

67


Humiriaceae Endopleura uchi 1 1 1 1 0<br />

Endopleura uchi 2 0 1 0 1<br />

Endopleura uchi 3 0 0 1 0<br />

Endopleura uchi 4 1 0 0 0<br />

Lecythidaceae Eschweilera coriacea 1 1 1 0 0<br />

Eschweilera coriacea 2 0 1 0 0<br />

Eschweilera coriacea 3 0 1 0 0<br />

Melastomataceae Miconia gratissima 1 0 1 1 0<br />

Miconia gratissima 2 1 1 1 1<br />

Polygalaceae Moutabea guianensis 1 1 1 0 0<br />

Rubiaceae Palicourea guianensis 1 1 1 0 0<br />

Tiliaceae Apeiba echinata 1 1 1 1 0<br />

Apeiba echinata 2 0 0 1 0<br />

TOTAL 25 27 23 12<br />

<br />

68


4. DISCUSSÃO<br />

A riqueza de insetos galhadores encontrada neste estudo (n= 309 especies) foi relativamente<br />

elevada. Em um estudo com insetos galhadores próximo a Manaus, Yukawa et al. (2001) encontrou<br />

84 espécies, enquanto <strong>Almada</strong> (dados não publicados), também próximo a Manaus reportou 231<br />

insetos galhadores. Neste estudo, a alta riqueza de insetos galhadores nas áreas reflorestadas pode<br />

ser devida a presença combinada de espécies de plantas hospedeiras de vários estágios sucessionais,<br />

a presença de espécies hospedeiras pioneiras ou espécies que demandam grande quantidade de luz<br />

ou ainda a baixa taxa de mortalidade por inimigos naturais (ver Fernandes et al., 2005; Fernandes,<br />

1992; Fernandes & Price, 1988).<br />

Os resultados aqui apresentados corroboram a hipótese que os estágios intermediários de<br />

sucessão apresentam maior riqueza de espécies (Carpers et al., 2005; Guariguata et al., 1997).<br />

Distúrbios podem criar oportunidades de estabelecimento para plantas hospedeiras ausentes em<br />

ambientes não perturbados, tais como florestas maduras. A maior riqueza de plantas em habitats de<br />

idade intermediária pode ser resultado tanto da presença de espécies pioneiras e tardias, bem como<br />

de arbustos que não são normalmente encontrados em florestas primárias (Carpers et al., 2005). A<br />

maior riqueza de especies de galhadores nos reflorestamentos de idade intermediária pode ser<br />

resultado de forças agindo de forma isolada ou em combinação. Primeiro, a maior riqueza pode ser<br />

resultado de mais plantas hospedeiras em potencial (Fernandes, 1992), como bem documentado por<br />

Wright & Samways (1998) na vegetação de Fynbos na África do Sul, por Oyama et al. (2003) em<br />

uma floresta tropical no México e por Cuevas-Reyes et al. (2004a) em uma floresta decídua também<br />

no Mexico. Estudos com mariposas geometrides também suportam o padrão encontrado nos Andes<br />

equatorianos (Hilt & Fiedler, 2005), nas florestas tropicais de Borneo (Beck & Khen, 2007), e no<br />

Monte Kilimanjaro (Axmacher et al., 2004). Segundo, a presença de arbustos e também de espécies<br />

pioneiras nas áreas de idades intermediárias podem também influenciar a riqueza de insetos<br />

galhadores, já que estas plantas, tais como Goupia glabra, Doliocarpus dentatus e Vismia spp.,<br />

geralmente apresentam crescimento rápido e ainda possuem maior disponibilidade de meristemas a<br />

<br />

69


serem atacados (ver Price, 2005; Espírito Santo et al., 2007). Ainda, uma terceira explicação para<br />

esta diferença de riqueza de insetos galhadores entre áreas reflorestadas pode estar associada a<br />

composição de espécies (Veldtman & McGeoch, 2003) ou também a presença de plantas superhospedeiras<br />

(Blanche & Westoby, 1995; Veldtman & McGeoch, 2003). De fato, muitas espécies<br />

usadas no programa de reflorestamento correspondem a espécies sucessionais iniciais, tais como<br />

Vismia spp. e Goupia glabra, e estas espécies sozinhas suportam uma grande comunidade de<br />

insetos galhadores, ao todo 15 morfoespécies de galhadores. Foram encontradas 4 morfoespécies de<br />

galhas em G. glabra e em cinco espécies de Vismia, 11 morfoespécies, sendo cinco destas apenas<br />

em Vismia latifolia. Por serem abundantes em estágios iniciais de sucessão e por serem super<br />

hospedeias, essas espécies de plantas hospedeiras contribuem para o aumento local da riqueza de<br />

insetos galhadores.<br />

Os resultados das análises de similaridade apontam que há uma mudança paralela da<br />

comunidade de insetos galhadores em relação à comunidade de plantas hospedeiras, o que pode ser<br />

explicado pelo alto grau de especificidade da comunidade de insetos galhadores. Os estágios inicial<br />

e intermediário mostraram-se mais similares quanto a composição da comunidade de insetos<br />

galhadores, indicando possivelmente que muitas espécies de plantas tipicamente de estágios mais<br />

avançados de sucessão ainda não tinham chegado a essas áreas pelos processos naturais de<br />

dispersão. Esses resultados indicam que a restauração da comunidade vegetal está permitindo uma<br />

efetiva recolonização dessas áreas pela comunidade de insetos galhadores dessas plantas.<br />

A análise da comunidade de insetos galhadores associados apenas a espécies de plantas<br />

hospedeiras que ocorreram simultaneamente nas áreas indicou que a similaridade entre habitas<br />

(reflorestamentos e floresta primária) é de 0,61 (Jaccard). Se por um lado, esse resultado indica que<br />

está ocorrendo o restabelecimento da comunidade de insetos galhadores, também demonstra que os<br />

insetos galhadores são efetivamente influenciados pela estrutura do hábitat e estágio sucessional,<br />

como já constatado para outros grupos de insetos em florestas tropicais (Andersen et al., 2002; Beck<br />

& Khen, 2007; Davies, 1999) Além disso, para esse mesmo grupo de espécies hospedeiras, a<br />

<br />

70


iqueza de galhadores nas áreas de reflorestamento (n= 36), foi superior a encontrada nas áreascontrole<br />

(n= 24). Este resultado reforça outros estudos que já indicaram a importância do estresse<br />

ambiental para a riqueza da comunidade de insetos galhadores (Ribeiro & Basset, 2007; Fernandes<br />

& Price, 1991).<br />

Dada sua facilidade de amostragem e a alta capacidade de resposta a mudanças no ambiente,<br />

os insetos galhadores representam uma importante ferramenta para monitorar a biodiversidade e a<br />

qualidade de habitats. Em uma avaliação pioneira do impacto das minas de ferro próximo a<br />

Sudbury (Ontário, Canadá), Bagatto & Shorthouse (2001) encontraram maiores concentrações de<br />

cobre e níquel nos tecidos de galhas comparados a outros tecidos sadios das plantas. Julião et al.<br />

(2005) avaliaram a importância do tipo de habitat urbano para a comunidade de insetos galhadores<br />

associados a duas plantas hospedeiras (Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia) comuns<br />

em Belo Horizonte, enquanto Moreira et al. (2007) encontraram uma influência positiva da<br />

composição de espécies hospedeiras na riqueza de insetos galhadores em áreas de regeneração de<br />

Mata Atlântica na Zona da Mata mineira. No entanto, visto que insetos galhadores são<br />

extremamente sincronizados fisiologicamente e fenologicamente com suas plantas hospedeiras, eles<br />

podem refletir mudanças súbitas na qualidade e dinâmica de suas espécies hospedeiras.<br />

Observações neste estudo indicam que muitas espécies de galhadores podem ser encontradas em<br />

espécies pioneiras, tais como Vismia e Goupia glabra, enquanto espécies de árvores que ocupam o<br />

dossel são também intensamente atacadas, tais como Dipteryx spp., Parkia spp. e Eschweilera spp.<br />

O uso de insetos galhadores para o monitoramento da qualidade do processo de<br />

reflorestamento mostra-se uma ferramenta de avaliação eficiente. A riqueza de galhadores mostrouse<br />

sensível à idade do reflorestamento e a mudanças na estrutura e características das áreas tais<br />

como também a composição de plantas hospedeiras. Contudo, para melhor compreender os fatores<br />

que regulam a dinâmica da comunidade de insetos galhadores no processo de sucessão, sugerimos<br />

que outros estudos sejam realizados. Outros elementos como distância de áreas remanescentes e<br />

<br />

71


efeitos de borda podem ser importantes para compreensão da dinâmica desses herbívoros na região<br />

Amazônica.<br />

<br />

72


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