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A<br />
High tech<br />
Os gadgets da década<br />
De 2000 até 2010, o dia-a-dia de milhões de pessoas mudou<br />
com o lançamento de novas tecnologias.<br />
Eis uma viagem no tempo… de gadget em gadget<br />
IN<br />
O SMARTPHONE<br />
Manda a verdade dizer que os<br />
smartphones foram criados<br />
nos anos 90, enquanto<br />
naturais sucessores dos PDA,<br />
distinguindo-se por juntarem às<br />
funções de agenda e processador<br />
de texto e folhas de cálculo as<br />
chamadas telefónicas. Foi assim<br />
que a IBM se estreou no segmento,<br />
e por isso a Nokia lançou a gama<br />
Comunicator, mas só a meados<br />
da década de 2000-2010 os<br />
smartphones se imporiam. Para isso<br />
em muito contribuiu a Apple, que<br />
fez do iPhone referência mundial<br />
(mesmo em funcionalidades em<br />
que o iPhone mais não faz que<br />
andar atrás da concorrência). Com<br />
o primeiro smartphone da Apple,<br />
impuseram-se ecrãs tácteis,<br />
banalizaram-se widgets e o acesso<br />
à Internet. Hoje, a Apple não está<br />
só: Nokia, HTC e Samsung disputam<br />
o segmento mais concorrido das<br />
tecnologias. Que mais não seja<br />
porque quem tem hoje telemóvel vai<br />
ter decerto smartphone amanhã.<br />
SEMPRE À MÃO<br />
A PEN USB<br />
Com as disquetes remetidas<br />
para as prateleiras dos museus,<br />
as pens USB têm, hoje, o<br />
protagonismo, no que toca aos<br />
dispositivos de armazenamento<br />
de dados. Na origem destes<br />
dispositivos, está a norma Universal<br />
Serial Bus (USB), que sete grandes<br />
marcas da informática adoptaram<br />
nos anos 90. A versão 1.0 do USB<br />
apenas permitia transmitir dados a<br />
velocidades máximas de 12 Mbps,<br />
o que a tornava adequada para<br />
uso em discos rígidos ou joysticks.<br />
Com a aprovação da USB 2.0 tudo<br />
mudou: as disquetes passaram<br />
à história, por manifesta falta de<br />
capacidade para concorrer com<br />
pens que passaram a armazenar<br />
centenas de MB de dados em<br />
memórias flash e podem transferir<br />
dados a velocidades máximas de<br />
480 Mbps. São também um dos<br />
principais focos de contágio de<br />
vírus. Em 2009, foi aprovado o USB<br />
3.0, que permite transferir dados a<br />
velocidades de 4,8 Gbps.<br />
FOTOS MIL<br />
CÂMARAS<br />
DIGITAIS<br />
Seja para fotografias ou filmes, a<br />
imagem digital veio para ficar. E já<br />
nem os profissionais querem saber<br />
da película – afinal, quem precisa<br />
de uma película que se deteriora,<br />
é cara, necessita de revelação,<br />
dificulta a pós-produção e<br />
degrada-se mais facilmente que um<br />
dispositivo de memória electrónico?<br />
A todos estes factores, junta-se o<br />
imediatismo: hoje, qualquer pessoa<br />
pode ver nos pequenos LCD das<br />
câmaras digitais se uma foto ou um<br />
filme ficaram «bem« antes de partir<br />
para outra sessão de captação de<br />
imagens. A imagem digital começou<br />
a ser desenvolvida no final do século<br />
XX, mas, hoje, a esmagadora maioria<br />
dos dispositivos comercializados<br />
opera com imagens digitais. De<br />
resto, até telemóveis ou webcams<br />
têm a mesma tecnologia, o que<br />
só confirma que o caminho é<br />
irreversível.<br />
Revolução<br />
NORTE A NÃO PERDER DE VISTA<br />
O GPS<br />
É um dos casos paradigmáticos<br />
em que as tecnologias<br />
transformam radicalmente as<br />
relações sociais: com a chegada<br />
dos receptores de GPS (e os<br />
mapas digitais que têm instalados),<br />
qualquer automobilista passou a<br />
saber na hora, com uma margem de<br />
erro desprezável, a sua localização<br />
e a descobrir qual o caminho mais<br />
indicado para uma qualquer morada<br />
desconhecida. De um momento<br />
para o outro, o desconhecimento<br />
do caminho deixou de ser<br />
desculpa para um atraso e muitos<br />
automobilistas deixaram de<br />
parar o carro para perguntar um<br />
caminho. Depois dos dispositivos<br />
para uso nos automóveis, o sinal<br />
da constelação de satélites GPS já<br />
partiu à conquista de telemóveis e<br />
smartphones, para a localização em<br />
deslocações pedonais.<br />
Revolução<br />
Popularidade<br />
Revolução<br />
Revolução<br />
Popularidade<br />
Acessibilidade<br />
Popularidade<br />
Popularidade<br />
Acessibilidade<br />
Acessibilidade<br />
Acessibilidade<br />
«O fio de telefone, tal como o conhecemos, tornou-se demasiado lento e pequeno para o tráfego da Internet. Foram precisos 75 anos a ser usado<br />
por 50 milhões de clientes, mas apenas quatro anos para que a Internet atingisse esse número de utilizadores», L. Valigra<br />
14 VERÃO 2010