CAPA CW8 VISTO_capas finais

N.º 08 | TRIMESTRAL | INVERNO | 2010 | € 1,50
COMPORTAMENTO
Coaching, um
investimento
no futuro
SAÚDE
CONTROLAR O
PESO ANTES
E DEPOIS
DO NATAL
ENTREVISTA
Helena
Marujo
explica a
Psicologia
Positiva
LAURINDA ALVES
“FOI O VOLUNTARIADO
QUE ME SALVOU.”
SERVIÇOS CAIXA
ENSINE OS
SEUS FILHOS
A POUPAR
PÉS NA TERRA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL HI FASHION CORPO & ALMA LAR DOCE LAR INVESTIR EM MIM

EDITORIAL
Aquilo que tantas
vezes desistimos
de ser
O Natal, sem crianças à volta, não tem graça. Sem meias penduradas
ao fundo da cama (a minha tradição) ou sapatinhos postos à chaminé
(ou equivalente), sem a excitação da espera na cara dos mais pequeninos
e o entusiasmo com que abrem os presentes, tudo fica mais morno
e sem cor. É mil vezes mais triste pensar o Natal sem que os preparativos
os incluam. Sem cartas ao Pai Natal, escritas com entusiasmo e convicção;
sem quem queria ir connosco apanhar musgo e construir o
presépio, com montes e vales, lagos feitos de papel de prata e fetos a
tapar a entrada da gruta improvisada num vaso antigo ou com pinhas
e cortiça descobertas num passeio pelo campo (e onde, quando os
nossos filhos eram pequenos, deixávamos entrar Playmobil, Pin y Pon
e Pokémon, porque aceitávamos que os seus heróis favoritos quisessem
fazer parte daquela aventura).
Por isso, se não tem filhos ou se os seus filhos cresceram, mas ainda
não o suficiente para encontrarem nos rituais a felicidade (não desespere
porque, um dia, a nostalgia volta em força), e se ainda não tem netos,
por favor, “adopte” os sobrinhos, os primos pequenos, os filhos de
amigos ou as crianças que brincam na sua rua e inclua-os no seu Natal.
Não como se fizesse um favor às crianças, muito menos em modo
“deixa-me lá ser generosa uma vez por ano”, como se quisesse apagar
364 dias de omissões, mas porque partilhar estes momentos com eles
nos enche de uma energia especial, de uma maneira novinha em folha
de olhar o mundo, de uma esperança no futuro que nos reconcilia
connosco. Uma energia que nos aproxima daquilo que somos, mas
mais ainda daquilo que, tantas vezes, desistimos de ser. Sem crianças
à volta, é fácil deixarmos que as cores da morte escondam as da vida.
E é para não deixar esquecê-las que, nas palhinhas do presépio, sob
os holofotes, está o Menino Jesus. Se não dermos por aquilo que representa,
para crentes ou não crentes, mais vale saltar o dia no calendário.
Isabel Stilwell
Caixa Woman 3

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N.º 08 | INVERNO 2010
40
70
82
PÉS NA TERRA
6 Tentações. Os eventos culturais a não perder.
8 Experiência própria. Investigadoras que nos
enchem de orgulho.
14 Confissões. Perfil de Laurinda Alves.
18 Crónica de Vasco Prazeres.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
22 Comportamento. O coaching como contributo para
uma existência mais feliz.
26 Entrevista. Helena Marujo apresenta os princípios
da Psicologia Positiva.
32 Causa. A CGD junta-se à campanha Nenhuma
Mulher Deve Morrer por Dar Vida.
34 Um dia diferente. Descobrimos os serviços
personalizados da Dama de Copas.
36 Crónica de Isabel Leal.
HI FASHION
42 Desafio. Formas originais de celebrar o Natal.
46 Moda. Adapte as tendências ao seu estilo.
56 Crónica de Ana Campos.
CORPO & ALMA
62 Saúde. Os benefícios dos suplementos alimentares.
66 Curto-circuito. A boa gestão de mesadas.
70 Beleza. Os melhores presentes para este Natal.
76 Crónica de Susana Chaves.
70
LAR, DOCE LAR
82 Decoração. Tudo o que precisa de saber sobre
as tendências da estação.
88 Ficha Técnica. Aqueça a sua casa.
90 Avental dos Famosos. Propostas culinárias
de Henrique Sá Pessoa.
96 Crónica de Cristina Belo.
INVESTIR EM MIM
98 Mealheiro. Soluções de poupança.
100 Mulher Caixa Woman. O testemunho da cliente
Sofia Schiappa.
102 Campanha. Campanha Mais Tempo para Ser Mulher.
104 Serviços Caixa. Aprender a poupar.
106 Fuga. Visita à Quinta das Buganvílias, nos Açores.
108 Mundo Verde. Transformar o velho em novo
é o mote do concurso de design.
110 Iniciativas. As vantagens do universo Caixa Woman.
113 Site Caixa Woman. Conheça as novas
funcionalidades do nosso site.

PÉS NA TERRA
E OLHOS NAS ESTRELAS
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.
Ideias
contagiosas
Dezembro traz a promessa de um
calendário cheio de novas propostas
e oportunidades. Despeça-se de 2010
em beleza, deixe-se contagiar pela
criatividade e pelo talento dos que
vivem à sua volta e comece a pensar
nas mil e uma maneiras de preencher
o novo ano da melhor forma.

10 TENTAÇÕES
VIAGEM DE COMBOIO
Quando: 17 e 18 de Dezembro
O quê: Paint Me
Paint Me é uma ópera onde seis
personagens exploram as suas
personalidades, limitadas por
um compartimento de comboio.
“O resultado é uma espécie de
antologia de short stories em
forma de ópera”, explica Stephen
Plaice, que, juntamente com
Luís Tinoco, é autor da obra.
1
3
Pequenos
4
SAFARI FOTOGRÁFICO
Quando: Até 31 de Dezembro
O quê: Exposição de fotografia de Cruz Filipe.
A Galeria dos Paços do Concelho da
Câmara Municipal de Tomar é o palco para
5
a apresentação das fotografias da série
Bichos, de autoria de Cruz Filipe. O trabalho
resulta de quatro viagens que o artista fez
em África, entre 1987 e 2005.
STEVE LEHMAN OCTET
Quando: 26 de Janeiro
O quê: Concerto de Steve Lehman Octet.
O grande auditório da Culturgest recebe o
talento deste músico, considerado a maior
surpresa do jazz nova-iorquino em 2009.
Além de Lehman, estarão em palco Jonathan
Finlayson, Mark Shim, entre outros nomes
sonantes do jazz das últimas décadas.
Para terminar bem o ano velho
e começar o novo ano da melhor
forma, há sugestões culturais
que vale a pena contemplar...
melómanos
Quando: 18 de Dezembro
O quê: Último concerto do ciclo
A Caixa na Alfândega.
Um concerto didáctico-pedagógico
às 11h30 e o concerto da Orquestra do Norte,
comandada pelo maestro José Ferreira Lobo,
às 21h30, encerram o ciclo A Caixa
na Alfândega, iniciativa que a CGD levou
2ao Porto ao longo do ano.
AMAZÓNIA EXPEDIÇÃO
Quando: Até 13 de Janeiro.
O quê: Exposição no Pavilhão
do Conhecimento, em Lisboa.
Uma viagem no tempo à expedição científica
que, em 1783, partiu de Lisboa, sob a liderança
de Alexandre Rodrigues Ferreira, com
o objectivo de inventariar o património
natural e etnográfico da Amazónia.
6 Caixa Woman

Dança comigo
Quando: 25 e 26 de Fevereiro
O quê: Se Eu Morrer,
Deixem a Varanda Aberta.
Com o objectivo de homenagear
Dominique Bagouet, coreógrafo
protagonista da Nova Dança
Francesa dos anos 80, Raimund
Hoghe, criou um espectáculo de
dança que fala da morte como
despedida, transformando-a
em motivo para celebrar a vida.
Para ver e sentir no Grande
Auditório da Culturgest.
FALEMOS DE CASAS
Quando: Até 16 de Janeiro
O quê: Trienal de Arquitectura
A Trienal de Arquitectura de Lisboa
decorre sob o lema Falemos de Casas.
As exposições acontecem no Museu
do Chiado, no Museu Colecção
Berardo, no Museu da Electricidade
e no Centro Cultural de Cascais.
PARABÉNS AOS POP DELL’ARTE
Quando: 17 de Fevereiro
O quê: Concerto dos Pop Dell’Arte.
6João Peste é o carismático líder daquela
que foi uma das bandas de referência dos
anos 80. Com mais de 25 anos de carreira
e diferentes formações, a banda continua
a ser considerada como uma das mais
revolucionárias e inovadoras da pop
portuguesa. E é também isso
que se pretende provar no concerto
que sobe ao palco da Culturgest.
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9DANIEL
PIANO MÁGICO
Quando: 19 de Fevereiro
O quê: Duo de pianos Luísa Tender e Jill Lawson.
No final de 2009, Luísa Tender lançou
Página Esquecida, em dueto com
o violoncelista Bruno Borralhinho, editado
pela Dreyer & Gaido (Berlim). A pianista
sobe agora ao palco do Grande Auditório
da Culturgest acompanhada por Jill Lawson.
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CARTER, WILLIAM
PARKER & FEDERICO UGHI
Quando: 17 de Dezembro
O quê: Jazz na Culturgest Porto.
Daniel Carter, William Parker e Federico
Ughi formam um trio nova-iorquino que
se dedica a uma improvisação
alicerçada no jazz, partilhando registos
que nos remetem para a história e nos
acompanham na contemporaneidade.
Caixa Woman 7

Mulheres cérebro
AS SUAS DESCOBERTAS TÊM LEVADO O NOME DO PAÍS BEM LONGE,
DOS JORNAIS CIENTÍFICOS À ANTÁRTIDA. MAS É AQUI, EM PORTUGAL,
QUE PRETENDEM CONTINUAR A FAZER CARREIRA.
TEXTO DE PAULA CRISTÓVÃO SANTOS. FOTOGRAFIAS DE JOÃO CUPERTINO.
8 Caixa Woman

EXPERIÊNCIA PRÓPRIA
ELVIRA FORTUNATO, INVESTIGADORA NA ÁREA DA ELECTRÓNICA
“Posso não ter o melhor laboratório do mundo,
mas tenho a melhor equipa do mundo.”
Quando o European Research Council (ERC) confirmou, em 2008, a atribuição do primeiro prémio,
no valor de 2,5 milhões de euros, com a nota máxima da tabela classificativa (8) e incluiu o nome
de Elvira Fortunato no top 5 mundial dos investigadores em Electrónica Transparente, a cientista
portuguesa viu-se obrigada a dividir o tempo entre o Centro de Investigação de Materiais (Cenimat),
a família e os estúdios de televisão, as reportagens, as palestras, as apresentações em escolas. Um
cenário que, como prova esta entrevista, dura até hoje. A notícia teve impacto a nível nacional e internacional,
e não foi para menos. A equipa de investigadores portugueses, dirigida por Elvira Fortunato,
produziu, pela primeira vez, transístores com uma camada de papel como material isolante, em vez
do tradicional silício. As possibilidades abertas pelo projecto, intitulado Invisible (invisível) foram, na
realidade, bem visíveis para a comunidade científica. “Em termos de aplicações, a mais imediata
é na área dos mostradores planos; para tal, tem havido uma enorme colaboração entre o nosso
grupo de investigação e as maiores empresas do sector, como a Samsung, a LG/ETRI e a
Saint Gobain/França.” Um dos projectos em que se encontra actualmente envolvida consiste precisamente
na nova geração de mostradores planos a ser, em breve, introduzida no mercado, adianta
a cientista. “A relevância do trabalho que fazemos e de que somos pioneiros a nível mundial, prende-se
com a possibilidade de utilizarmos materiais comuns, como os que são usados em cremes
cicatrizantes, ou mesmo na pasta dentífrica, incluindo o papel, no fabrico de componentes de electrónica,
ou seja, transístores, sensores e uma miríade de novas coisas, em que o limite será sempre
a nossa imaginação e a ambição de fazer o melhor que o esforço nos permitir.”
Apostar no melhor tornou possível, graças às verbas do prémio do ERC, a instalação de uma plataforma
de nanotecnologia, única no país e no mundo. No centro de investigação de Elvira Fortunato,
não entram bons samaritanos a oferecer laboratórios, mas as verbas competitivas decorrentes de
trabalhos de investigação têm chegado para as “encomendas”, desde equipamentos a contratação
de investigadores. Participar em todos os financiamentos e projectos disponíveis é meio caminho
andado para manter o laboratório aberto e ir além da investigação teórica, mantendo vivo o trinómio
“apostar em materiais e tecnologias verdes, que tragam riqueza e bem-estar social à comunidade
e, portanto, ao país, a que me orgulho de pertencer e de ser cidadã”. Licenciada em Engenharia
Física e dos Materiais, entende-se quando diz que fez “uma excelente escolha” e que ser engenheira
nunca foi bem um sonho. Porque sempre esteve mais perto do campo magnético da realidade.
Aos 46 anos, Elvira Fortunato trabalha em Portugal num dos melhores laboratórios do mundo na
área da Electrónica Transparente. A sua filha reage naturalmente ao mediatismo, dizendo que não
quer ser como a mãe, quer ser ainda melhor.
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CAROLINA LEMOS, GENETICISTA
“Não penso sair do país para continuar
a desenvolver os meus projectos.”
Desde criança que sonhava ser professora. Na escola, descobriu a Biologia e mudou de ideias.
E, quando somou o interesse pelas novas disciplinas da faculdade, o resultado “deu” genética.
Foi nesta área que escolheu fazer o estágio na UniGene, uma unidade dedicada à investigação
genética e epidemiológica em doenças neurológicas do Instituto de Biologia Molecular e Celular
(IBMC). Depois, surgiu a hipótese de trabalhar sobre a questão da enxaqueca, algo “que me suscitou
muito interesse e que continua a ser um dos meus projectos e ao qual quero continuar
a dedicar-me”, revela a geneticista.
O tema começou a “dar-lhe dores de cabeça” durante a tese de doutoramento, para a qual se
debruçou sobre o gene STX1A, “que codifica a proteína sintaxina 1A, envolvida na libertação
de neurotransmissores” (que são importantes no mecanismo da enxaqueca), explica Carolina
Lemos. “Verificámos que duas variantes neste gene apresentavam uma frequência maior nos
doentes com enxaqueca em relação aos controlos (um grupo de pessoas sem enxaqueca), o
que pode indicar que estas variantes levem a um aumento da susceptibilidade à enxaqueca”.
Para os pacientes visados, ainda é cedo para celebrar aplicações práticas, mas o facto de se
tratar de uma pista que pode, mais tarde, levar ao desenvolvimento de melhores terapêuticas
desencadeou reacções de motivação por parte de doentes, familiares e amigos, que a felicitaram
pela descoberta. A relevância da investigação aumentou quando o trabalho foi publicado
na revista científica Archives of Neurology, onde Carolina Lemos aparece como a primeira de
oito autores. O artigo acabou por reflectir a merecida visibilidade nos meios de comunicação
social. “Para mim, representa um dos mais importantes trabalhos publicados, incluídos no meu
projecto de doutoramento, que terminei em 2009.” A enxaqueca continua a estar no centro da
sua investigação, embora, neste momento, a investigadora divida as atenções com o projecto
de pós-doutoramento na área da paramiloidose (também conhecida como a “doença dos pezinhos”).
Passar um tempo, curto, sublinha, no estrangeiro, para aprender outras técnicas
e conhecer novos centros de investigação é uma possibilidade, mas sair do país para desenvolver
os seus projectos está fora de planos. Para Carolina Lemos, não faltam bons investigadores
em Portugal nesta área, apenas financiamentos. O que leva a que muitas boas ideias
possam ficar na gaveta.
Mais do que um trabalho, investigar é um prazer, o que ajuda a conciliar família e carreira profissional
no dia-a-dia. Investigar os mecanismos das doenças e compreender as múltiplas interacções
entre os diversos genes permite conhecer um pouco mais do que “somos feitos”,
destaca Carolina Lemos. E é esta a paixão da geneticista aos 31 anos: as ciências da vida.
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12 Caixa Woman

VANESSA BATISTA, CIENTISTA POLAR
“O maior prazer é trabalhar numa área
pouco estudada como a Antártida.”
O nome de Vanessa Batista destacou-se no mapa-mundo quando, no passado mês de Junho,
em Oslo, o seu trabalho sobre o permafrost (solo permanentemente gelado) da Antártida foi
premiado na maior conferência internacional sobre Ciência Polar. A investigação, desenvolvida
com colegas argentinos e espanhóis, integra-se no Ano Polar Internacional e pretendeu estudar
os factores que controlam o comportamento do permafrost e da camada activa (parte do
solo que descongela e congela sazonalmente), a nível espacial e temporal. Para tal, foram instalados
na Ilha Deception (Ilhas Shetland do Sul, na Antártida Marítima), durante o Verão austral
de 2008/2009, seis estações de monitorização da espessura do permafrost a diversas altitudes
e exposições. “Desta forma, realizando medições dia sim, dia não, foi possível obtermos
os primeiros resultados”, revela a investigadora portuguesa distinguida com o Outstanding
Presentation for Early Career Scientists, na categoria de mudanças passadas, presentes e futuras
nas regiões polares. Vanessa Batista foi, assim, aos 30 anos, um dos doze jovens cientistas
seleccionados, num total de 750.
“A constante evolução do conhecimento científico sempre me fascinou”, confessa. Na adolescência,
chegou a pensar que o encantamento vinha da Biologia, mas, quando as médias lhe traçaram
um percurso acidentalmente “geológico” e descobriu uma cadeira chamada Geologia de
Campo I, decidiu “que era ali que gostaria de fazer carreira. O mestrado em Geografia Física
vem na sequência da sede de conhecimento e da aposta num currículo mais competitivo. E acabou
também por abrir caminho à investigação polar e constituir o passaporte para a Antártida.
Foi na última saída de campo do mestrado que, a convite de um professor, Gonçalo Vieira, decidiu
apontar o alvo da sua investigação ao solo permanentemente gelado (permafrost) desta
área do globo. E bastou uma viagem ao mais meridional dos continentes para confirmar a vontade
de conhecer melhor o terreno que pisava. O prémio ganho na IPY Oslo Science Conference,
com uma bolsa da Association of Polar Early Career Scientists (APECS) e complementado por
uma bolsa do Programa Polar Português, não deixou de surpreender, embora seja o reconhecimento
de uma dedicação genuína à ciência polar. Entre Portugal e a Antártida, Vanessa Batista
prossegue a sua tese de mestrado, promove estudos de impacto ambiental e colabora nas restantes
actividades do grupo de investigação a que pertence, o Antarctic Environments and Climate
Change, do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território,
da Universidade de Lisboa. Vanessa considera que a sociedade está mais desperta para esta
temática e que as condições em Portugal para a investigação estão no bom caminho, apesar
de continuar a faltar investimento. Estágios internacionais no estrangeiro são uma hipótese, dadas
as colaborações internacionais com universidades espanholas, argentinas, suíças, brasileiras.
Para já, tem a cabeça na Antártida.
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CONFISSÕES

LAURINDA ALVES
“Foi o voluntariado
que me salvou.”
Entrevistar uma das melhores entrevistadoras do país não se esperava
fácil. Mas foi. Tão fácil quanto uma conversa de café, acompanhada
de chá. Falou-se de educação, jornalismo, filhos, solidariedade, televisão,
espiritualidade. Com Laurinda Alves, pode falar-se de tudo, até do tempo.
TEXTO DE MÓNICA FRANCO. FOTOGRAFIAS DE PEDRO BETTENCOURT.
Chovia no dia em que me encontrei com Laurinda Alves. Estava
negro, o céu, mas nem por isso a conversa desmoralizou.
Nesse dia, o seu blogue tinha mudado. Porque a sua vida também.
A entrevistadora, que era, agora, entrevistada, mudou
de casa e, por isso, o seu blogue mudou de header. Mudou-
-se do centro para o centro. De Lisboa, diga-se. E isso “é um
privilégio”, admite. “Ter tudo perto, andar a pé, sair à rua e ter
o metro à porta…” Já viveu na Lapa, na Estrela, ficou-se pelo
Chiado. “Desde os vinte anos que moro no centro. Uma
grafóloga muito conhecida dizia que as pessoas nunca se deprimem
se virem quatrocentas a quinhentas pessoas por dia.
De facto, no centro, temos este movimento perpétuo de pessoas,
é uma festa, uma alegria. Adoro isso.”
Durante a conversa, que demorou cerca de uma hora e um
quarto, “adorar” foi um verbo recorrente. Laurinda é uma mulher
que adora, que vibra, que se entrega. Na noite anterior, a
jornalista, entrevistadora e comunicadora tinha dormido mal,
mas nem isso, nem a chuva a desanimaram. Estava perante
uma mulher plácida, serena, alta (em todos os sentidos da palavra).
Ri-se quando tem de rir, emociona-se quando se sente
emocionada, fala do que tiver de falar. Não se preocupa
grandemente com o que pode parecer. Não é uma mulher vaidosa.
Olha para as revistas de moda, folheia-as, mas não as
consulta. Interessa-se pela arte, não pelo tema. “É um mundo
pelo qual tenho admiração, mas não é um mundo que me
envolva. Gosto de vestir coisas com dez anos”, admite.
O que lhe interessam são os livros, os autores russos, as pessoas,
o seu filho de dezanove anos, os valores, o privilégio de
andar a pé no centro da cidade, a solidariedade, o voluntariado,
observar as pessoas no metro, voltar sempre às escarpas
da Costa Vicentina, as livrarias, as galerias, a sua casa.
“Não sou pessoa de sair muito. Acho giro, adoro dançar, mas vou
a duas festas por ano e fico extasiada. Adoro conversar, ler, ficar
um bocado no meu canto. Sinto que a idade me trouxe isso: uma
necessidade de recolhimento maior.” Laurinda, ao contrário da
generalidade das mulheres, não treme quando fala da idade. Aliás,
nem sequer espera que lhe pergunte por ela, antes, acrescenta-
-a a meio do texto. “Vou fazer 49 anos no dia 1 de Dezembro.”
Considera-se uma mulher construtiva, mas tem dias. “Há alturas
em que uma pessoa acorda e sente-se velha, acabada,
e pensa que o melhor da vida já passou.” A frase é acompanhada
de risos e acrescentada, logo de seguida, por um “dou
por mim a precisar cada vez mais dos meus retiros de silêncio.
Sou social e sociável, mas quero, cada vez mais, estar
com grupos mais pequenos. Tenho a sorte de ter bons amigos
com quem partilho o fácil e o difícil”.
Caixa Woman 15

Laurinda Alves não é uma mulher comum. Mas isso já toda
a gente devia saber. Passados quatro anos sobre o encerramento
do projecto, a directora da extinta revista Xis ainda se
entristece com a perda, ainda coloca um ponto de exclamação
no final da frase: “Ai, sinto imensa falta da Xis!” Sente falta
da equipa, mas também de ter um meio de comunicação
onde possa expor o seu caudal de boas práticas, o seu jornalismo
positivo, construtivo. “Acho que uma Xis fazia falta
num tempo de crise como este”, afirma. Ao contrário do que
possa parecer, a também ex-directora da revista Pais & Filhos
não está à espera de uma oportunidade. Faz-se à vida todos
os dias, lança-se num programa de televisão, atira-se de cabeça
ao seu blogue, dá conferências, participa em debates, tenciona
voltar ao voluntariado de cabeceira nos cuidados paliativos...
O programa, a passar na RTP1 em horário nobre, irá chamarse
Portugueses Sem Fronteiras. E qual é a ideia Dar voz às novas
gerações de portugueses
emigrantes, mostrar o
que estão a fazer pelo
mundo. A cidade onde vivem
é o pano de fundo,
mas são eles quem ocupa
todo o ecrã. “Eu nunca
apareço por opção minha,
não quero protagonismo.”
A entrevistadora brilha ao
falar do produto que estará no ar no início de Dezembro. “Estou
contente com o resultado e acho que vai trazer um suplemento
de confiança a todos nós, portugueses de dentro e de fora.”
“Extraordinário” e “incrível” são adjectivos que deixa cair amiúde,
sempre que fala dos projectos, mas principalmente sempre
que fala das pessoas. Laurinda é uma mulher de pessoas,
gosta de falar com elas, de revelar sem desnudar, de mostrar
sem exibir. Gosta de ser a entrevistadora. Mas também é muito
boa entrevistada. “Nas entrevistas que conduzo, sinto que
as pessoas confiam em mim, conhecem-me e sabem que nunca
farei a devassa da vida delas e nunca as deixarei ficar mal,
e sinto que essa confiança é compensada com a novidade discursiva,
dizem-me coisas que, se calhar, não diriam a outros.”
Sentiu isso quando foi convidada a fazer 25 entrevistas (e uma
crónica diária durante sete meses) para o jornal i. Mesmo
quem está habituado a ser entrevistado, como o Professor
Marcelo Rebelo de Sousa, ou quem não gosta particularmente
“Tenho a sorte de ter bons
amigos, amigos mesmo
amigos, que crescem connosco
e nos levam mais longe.”
de o ser, lhe diz “coisas diferentes”. “Gosto disso e penso que
é o reconhecimento do meu percurso”, sublinha.
Um percurso que nem sempre se escreve em páginas de jornais
ou de revistas, nem sempre aparece nos ecrãs da televisão.
É verdade, Laurinda Alves também já foi política. Aconteceu
no MEP. “Ao longo da minha vida, tive muitos desafios na política
e já tinha uma resposta embrulhada e pronta a servir que
era ‘não’. Quando aceitei o desafio do MEP, tinha 47 anos e,
com a maturidade e a vida vivida, senti que já podia dar-me ao
luxo de outras escolhas. Sabia que tudo o que conseguíssemos
seria fruto do nosso esforço, já que não vínhamos da política.”
O “extraordinário” foi que, no terreno, ninguém a estranhou
naquele papel. “Era como se as pessoas vissem que eu
estava a fazer na política aquilo que já fazia no jornalismo, algo
de causas, de militância cívica, construtivo.”
São essas boas práticas – e ética – que a comunicadora faz
questão de disseminar
país fora, Portu gal profundo
adentro, nas dezenas
e dezenas de conferências,
seminários, deba -
tes, palestras em que participa
(em escolas, associações,
prisões, hospitais).
“Quase chegada aos
50 anos, posso ter o privilégio
de escolher um outro campo para a minha vida profissional.
Estou contente assim, sinto que estas conferências
têm um valor e nunca tinha olhado para elas dessa forma.”
Esta mudança de atitude perante si própria e os seus talentos
aconteceu depois da frequência do curso de Empreendedorismo
Social, em Fontainebleau, mas também depois de aceitar o desafio
de iniciar o voluntariado de cabeceira nos cuidados paliativos.
“Foi o dar e o receber que me salvou do sem sentido que
é perder uma equipa, um projecto”, confessa. “Foi o voluntariado
que me salvou, que me devolveu o sentido de vida.”
Laurinda não gosta de ginásios. Faz ginástica à sua maneira.
“Se puder, vou todos os dias à missa das sete. Aquilo, para
mim, é um luxo espiritual, mas também intelectual e pessoal.
Naquela meia hora de silêncio e de recolhimento, consigo juntar
o que anda disperso ao longo dia. E essa unidade interior,
esse estar inteiro, é o ar que preciso para respirar.” Não é um
lema de vida, é uma necessidade. E isto diz ela.
16 Caixa Woman

Para Laurinda
Alves, se, antes, era
impensável tirar fotografias a
conhecidos e desconhecidos para
colocar num blogue seu, hoje, além
de o fazer com naturalidade e
regularidade, coloca lá quase tudo,
inclusive pedaços da sua vida.
http://laurindaalves.
blogs.sapo.pt

PERDIDOS E ACHADOS
Um parto simbólico
VASCO PRAZERES
Médico e sexólogo
O resgate bem sucedido dos mineiros
chilenos perdurará para a história como um
dos momentos mediáticos mais significativos
desta década. Quer durante os preparativos
para o salvamento, quer nas horas em que
o mundo assistiu, em directo, às viagens
sucessivas da cápsula Fénix, muito se disse,
muito se comentou sobre assuntos como
os milagres da tecnologia, a fé, o
aproveitamento político, o comportamento
miserável da empresa proprietária da mina,
a solidariedade internacional... Enfim.
Os dois meses de gestação e o gigantesco
parto gemelar, a fórceps, de 33 criaturas
renascidas foram acompanhados, a par
e passo, nos quatro cantos do mundo.
A capacidade de quem organizou, apoiou
e realizou as operações de salvamento
não deixou de espantar quem seguiu os
acontecimentos com atenção. Mas não menos
maravilhosa foi a forma como os mineiros
conseguiram combater a adversidade,
como lutaram pela vida de forma solidária,
partilhando os recursos, organizando
a vida colectiva, apoiando-se mutuamente
nas actividades diárias e, certamente,
nos momentos de maior cepticismo.
As notícias que iam chegando, faziam-nos
reflectir sobre o que seria o nosso
comportamento em situação semelhante
e levavam-nos a conjecturar o que iria na
cabeça de cada uma daquelas almas.
Como seria estar tão longe e tão perto
da família e dos (outros) amigos, viver
na penumbra, satisfazer as necessidades
fisiológicas num curso de água a funcionar
como WC colectivo e verem-se privados da
companhia habitual do tabaco e do álcool
Quando, vinda da superfície, a comida
começou a chegar ao abrigo, surgiram
os protestos pelo tipo das refeições e pela
pouca quantidade com que eram brindados.
Mas as queixas não surtiram efeito; a dose
era rigorosamente calculada. Motivo Era
imperioso que não engordassem. Porquê
Correriam o risco de não caber na Fénix
salvadora. Também pela mesma razão,
disciplinaram-se de forma a manterem um
exercício físico regular para que as dimensões
se mantivessem compatíveis com as da
cápsula de resgate. O peso de cada homem
Os dois meses de
gestação e o gigantesco
parto gemelar, a fórceps,
de 33 criaturas renascidas
foram acompanhados,
a par e passo, nos quatro
cantos do mundo.
era rigorosamente controlado dentro
do refúgio para que não viesse a ser a lei
da impenetrabilidade da matéria, agora,
por outras razões, a causar-lhes a morte.
Quem trabalha na educação para a saúde,
poderá aproveitar a lição de vida dada pelos
bravos mineiros sempre que quiser promover
a longevidade; poderá dizer, por exemplo:
se queres construir a tua própria Fénix e
transportares-te no tempo até mais tarde, não
te esqueças de comer de forma equilibrada
e de mexer-te. Pode não haver por perto um
cirurgião para colocar-te a banda gástrica nem
um fisioterapeuta para ajudar-te a recuperar
do AVC. E deixa o tabaco do lado de fora…
18 Caixa Woman

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
SINTA-SE BEM NA SUA PELE
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.
Começar
de novo
Pense em 2011 como uma folha
em branco: limpa e inspiradora,
prestes a ser recheada
de sorrisos. Se precisar
de uma ajuda, admita-o,
sem culpas nem complexos,
e descubra no coaching uma
forma positiva de apostar em
si. Haverá melhor investimento
do que a felicidade

COMPORTAMENTO
Coaching.
Um investimento
no futuro
OS EXECUTIVOS INTEGRADOS NUM ESTUDO PUBLICADO
PELA THE MANCHESTER REVIEW QUANTIFICARAM EM DÓLARES
O INVESTIMENTO FEITO NUM PROGRAMA DE COACHING. ENTRE CEM MIL
(QUASE OITENTA MIL EUROS) A UM MILHÃO DE DÓLARES (PERTO
DE OITOCENTOS MIL EUROS) É QUANTO RONDA A TAXA DE RETORNO.
TEXTO DE PAULA ROCHA.
A questão que se segue pode soar despropositada
a um colaborador de um dos maiores grupos bancários da
Suécia que, há mais de três anos consecutivos, recorre
a programas de coaching. A mesma pergunta será motivo
de censura para um coach certificado pela International
Coach Federation (ICF), com sede em Kentucky, Estados
Unidos da América, e que comemora este ano o seu
15.º aniversário. Mas nós fazemo-la em nome de todos os
leigos, curiosos e ambiciosos. Quais as dicas de coaching
para promover a autoconfiança E a competitividade E a
liderança Que conselhos para gerir a carreira profissional
Antes de começar à procura da caneta na carteira
para tirar notas, aponte o seguinte: “O coaching não dá respostas,
ajuda a encontrá-las”, esclarece Aida Chamiça,
coach internacional de executivos e equipas de gestão.
Actualmente em fase explosiva, o coaching é um fenómeno
que nos entra constantemente porta dentro, via jornais
ou pela boca do amigo do amigo que já experimentou uma
sessão e, agora, está mais confiante. Mas, vai a ver-se,
e poucos são os que estão seguros do conceito em si.
O termo coaching é definido pela ICF como uma parceria
com os clientes no processo criativo e instigador que os
inspira a maximizar os seus potenciais pessoal e profissional.
Segundo instituições que formam coaches, como a
linha norte-americana da ICF, o verdadeiro coaching está
em fazer perguntas, com recurso frequente a uma técnica
inspirada pelo modelo GROW, de Tim Gallway e, posteriormente,
desenvolvido por John Whitmore, que envolve as
seguintes variáveis: goal (meta); reality (realidade); options
(opções); e will (vontade). Ou seja, coaching aproxima-se
mais de um crescimento ao estilo mãos livres e menos à
imagem da “mão no ombro”, associada ao aconselhamento
e à terapia. Para Aida Chamiça, especialista em Executive
Coaching & Mana ge ment Consulting, esta distinção é fulcral.
Porém, ainda é matéria frágil. Hoje em dia, é mais fácil dizer
que se é acompanhado por um coach do que por um psicólogo
ou psiquiatra, defendem especialistas no meio. Além
de que as diferenças entre ambos nem sempre são claras.
O in vestigador Stelter dá uma ajuda, através da identificação
de três áreas: privada, pessoal e profissional. Segundo
22 Caixa Woman

O coaching
dá-nos ferramentas para
comunicar de uma forma
mais eficiente, mas também
para tomar as rédeas da nossa
própria vida. Aida Chamiça
defende que o coaching não
dá respostas, ajuda a
encontrá-las.

o autor, a terapia está mais indicada para as suntos privados,
enquanto o coaching se aplica sobretudo a questões
pessoais e profissionais.
O SUCESSO NO PROGRAMA DE COACHING
Anabela, directora de uma empresa do sector da indústria,
sentia-se perdida e pouco confiante. “O novo administrador
nunca encontrava tempo para reunir-se com ela.
Quando o fazia, dava mostras de impaciência e parecia
não dar valor às suas ideias. Durante o programa de
coaching, esta directora apercebeu-se de que o problema
não estava em si, mas na forma como as comunicava.
Tinha tendência a fornecer muito detalhe e a abordar os
temas sequencialmente, não usava suportes gráficos,
limitava-se a expor. Sendo muito dinâmico e objectivo, o
administrador apercebeu-se visivelmente da mudança.
O problema que a estava a deixar exausta e insegura simplesmente
deixou de existir.” Anabela é um nome fictício.
Mas a história é real e foi acompanhada pela coach Aida
Chamiça. Após a frequência do Curso de Coaching de
Indivíduos, Equipas e Organizações, certificado pela ICF,
Aida Chamiça enveredou pela vertente de coaching executivo,
maximizando a sua experiência como consultora
de gestão numa empresa internacional de consultoria.
Actualmente, apoia empresas e clientes como Anabela,
que fazem parte do universo de mulheres que decidem
investir num programa de coaching executivo. Embora,
realça Aida Chamiça, existam mais homens do que
mulheres em lugares de topo no nosso país, esta discrepância
não se regista nos casos de coaching executivo
que a especialista recebe a título particular. Talvez porque,
justifica, “as mulheres que ocupam lugares de liderança
e se sentem atraídas e capazes de ocupar lugares de
maior responsabilidade, parecem ser mais ágeis e decididas
a investir em si próprias e no seu desenvolvimento do
que a maioria dos seus colegas homens”.
O grau de empenho é um factor determinante para um
programa de coaching bem sucedido, defende Aida
Chamiça. “Quanto maior o compromisso da coachee [pessoa
que recebe os serviços de coaching] com a meta
COACHING À DISTÂNCIA:
É POSSÍVEL
“Não só é possível como
é extraordinariamente eficaz.
Países como os Estados Unidos têm
uma longa experiência de coaching
à distância, nomeadamente em
coaching executivo. O coaching
executivo à distância é uma solução
para muitos profissionais, uma vez
que oferece resultados e se adapta
totalmente às necessidades de
flexibilidade e de gestão de tempo.
Acredito que haja mulheres que, de
outra forma, não teriam possibilidade
de fazer programas de coaching por
sua própria iniciativa”, responde Aida
Chamiça. Além da experiência prática
nesta área, a coach conta com
formação em coaching à distância.
24 Caixa Woman

FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
traçada, maior a probabilidade de sucesso.” Os objectivos
nesta área são variados, exemplifica a especialista: comunicar
com mais eficácia; ter um melhor desempenho
como líder; gerir melhor o tempo; gerir um conflito no trabalho;
desenvolver competências de inteligência emocional;
dar maior visibilidade ao seu trabalho e à sua competência.
Ter um objectivo é quanto basta para começar um
programa de coaching. Maria tinha o objectivo de conciliar
o novo desafio profissional com os problemas de consciência
desencadeados pela falta de tempo para a família.
“Se já dedicava pouco tempo à família, com a recente promoção,
iria ser ainda mais difícil. Desafiada a olhar a nova
função como uma oportunidade de fazer as mudanças
que desejava, conseguiu detectar padrões de funcionamento
que podiam ser alterados. Aproveitou a nova função
para colocar em prática estas mudanças e persistiu
neste objectivo. No coaching, monitorizavam-se os resultados
e identificavam-se as acções que a suportariam
nesta meta. É verdade que tinha mais responsabilidades,
mas conseguiu melhorar a sua performance como líder.
O coaching aproxima-se mais de um
crescimento ao estilo mãos livres e menos
à imagem da “mão no ombro” associada
ao aconselhamento e à terapia.
Consistentemente, começou a conseguir passar mais
tempo com a família”, recorda a coach.
Para Aida Chamiça, “cada um de nós dispõe dos recursos,
do talento e da criatividade para alcançar as metas
que ambicionamos. Dispor desta riqueza, porém, não
é sinónimo de saber activá-la. A grande missão do coach
é criar as condições que fazem emergir esse potencial
e convertê-lo em capacidade efectiva de concretização”.
Eis o princípio do coaching.
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COMEÇAR DE NOVO…
Caroline Dowd-Higgins fala de coaching como uma questão
de empowerment (criar e ganhar poder) e oportunidade
para definir objectivos a longo prazo e perguntar
quais as alterações que se deseja na empresa, mas também
na própria carreira. Antes de ser coach, a autora
norte-americana de This is Not the Career I Ordered era
cantora de ópera. Neste livro, Dowd-Higgins aborda o seu
e muitos outros casos de reinvenção de carreira, o campo
que mais a apaixona na área do coaching. “A mudança
nem sempre resulta de uma opção, muitas vezes está
à espreita por detrás de uma adversidade”, alerta a coach.
O que faz com que a “pior” altura para investir no
coaching seja precisamente a melhor. Cinquenta anos,
grande parte deles dedicados a apenas uma empresa,
com cadeira de executivo e tarefas especializadas. Con -
tra tempo: desemprego. Uma
das chaves que previne o medo
e o risco de “reforma antecipada”
e possibilita a reintegração no
mercado de trabalho é o coaching,
revela um estudo publicado em
http://coachingcommons.org, um
site dedicado aos coaches profissionais.
Segundo o artigo, os executivos em transição
têm dificuldade em aceitar a perspectiva de um cargo
inferior no futuro e, frequentemente, perdem também a
noção das suas reais competências. Este é o público-alvo
do C-Suite Transition Program, um programa norte-americano
de coaching que ajuda a identificar a marca pessoal
que pode também transitar para um novo emprego. “Um
coach consegue desafiar o cliente a redescobrir quem ele
é, aprofundando a aprendizagem no sentido da acção.”
Coaching é um investimento… Económico, acrescenta o
estudo Maximizing the Impact of Executive Coaching, pu -
bli cado na The Manchester Review. Com base nos cálculos
dos executivos entrevistados em 56 empresas, concluiu-se
uma taxa de retorno, em média, de 5,7 vezes o
investimento inicial de coaching.
Caixa Woman 25

ENTREVISTA
HELENA MARUJO
“É preciso repensar
fórmula a da
felicidade.”
A psicóloga Helena Marujo pratica o optimismo por vocação e por opção
profissional. Os seus olhos azuis sorriem, divertidos, enquanto defende,
com eloquência, a Psicologia Positiva, e nos explica como esta pode
mudar as nossas vidas. Porque, afinal, só se vive uma vez.
TEXTO DE ISABEL STILWELL. FOTOGRAFIA DE JOÃO CUPERTINO.
O optimismo é um estado de espírito ou uma estratégia de vida
Como a Psicologia tem vindo a explicar nos últimos anos,
o optimismo, que parece ser sobretudo aprendido, define-se
com a forma como se escolhe lidar com a vida e, portanto, encarar
as circunstâncias à nossa volta. Os estudos científicos
definem-no de duas formas: ou como uma expectativa de futuro
positiva (“acredito que o que aí vem é bom”), ou como
uma explicação positiva, saudável e facilitadora acerca dos
acontecimentos da vida, bons ou maus. Eu, optimista, explico
um sucesso, por exemplo, uma promoção no trabalho, como
sendo pessoal (“sou competente”), permanente (“vou ter mais
sucessos”) e global (“tenho uma vida cheia de coisas boas”).
Por sua vez, explica um acontecimento de vida negativo, como,
por exemplo, ter sido despedido, como impessoal (“é a
crise económica”), transitório (“vai resolver-se”) e específico
(“é muito difícil, mas há outras áreas da minha vida que estão
bem”). Um pessimista, pelo contrário, acha que é pessoal (“há
alguma coisa de errado comigo”), permanente (“nunca mais,
na vida, vou conseguir resolver isto”) e pervasivo (“a minha
vida é uma desgraça total”).
Há uma diferença entre optimismo e o instinto de sobrevivência
Para sobreviver como espécie, tivemos de ser, muitas vezes,
pessimistas e esperar o pior. Hoje, no entanto, numa realidade
bem mais previsível, segura, com riscos em termos de sobrevivência
tão controlados e diminutos, parece que, se queremos
sobreviver como espécie, temos de reencontrar uma
atitude optimista perante a vida. A estratégia de sobrevivência
actual passará por educar o nosso optimismo e desenvolver
estratégias de bem-estar se queremos uma sociedade produtiva,
saudável e feliz, aspectos vitais para avançarmos individual
e colectivamente.
Não é frequente a confusão entre ser optimista e ser-se “tontinho”
Isso é, de facto, o que a maioria das pessoas tende a pensar,
mas não o que os estudos na área confirmam. De acordo com
26 Caixa Woman

a investigação, ser optimista faz parte de um pacote onde uma
das características pessoais é avaliar, com os pés bem assentes
no chão, as consequências das nossas acções, antecipar
as dificuldades, mas fazer algo com isso, centrando-se
nas soluções, em vez de ficar apenas preocupado (“pré-ocupação”
significa “antes de ocupar-me com algo, de fazer algo
em relação à situação ou ao problema”). Há até uma linha de
investigação que analisa o que se chama o pessimismo defensivo,
que é uma pessoa estar à espera do pior, mas fazer
alguma coisa para evitar que o pior aconteça. Antecipo os problemas,
faço cenários de desgraça, mas eles impulsionam-me
para agir sobre a minha realidade e a transformá-la. O pessimismo
desanimado e “congelador”, esse, deixa-nos apenas a
ruminar, sem nada fazer para interferir construtivamente no
sentido da nossa existência.
A Psicologia Positiva tem pouco mais de dez anos. Nasceu
de quê e para quê
Nasceu da visão de Martin Seligman, professor da Universidade
da Pensilvânia, nos EUA, que, em 1998, ao ser eleito para presidente
da maior associação de psicólogos do mundo, a
American Psychological Association, definiu o seu mandato
com a premissa: precisamos de deixar de estudar apenas os
problemas, desajustamentos e patologias dos seres humanos,
e equilibrar mais os temas de estudo e de intervenção, dando
atenção ao bom. Porque estudamos tanto a depressão ou
a ansiedade e tão pouco a alegria, a felicidade, a satisfação, a
generosidade, o sentido de humor Nesta última década, em
contraste, aumentou exponencialmente o estudo dos temas
positivos em Psicologia, e a Psicologia está mais centrada na
“A estratégia de sobrevivência actual
passará por educar o nosso optimismo
e desenvolver estratégias de bem-estar.”
CAIXA WOMAN
REÚNE MULHERES
QUE QUEREM
SER FELIZES
Laurinda Alves e Guta Moura Guedes foram
as oradoras convidadas da Conferência Ganhe
Mais Tempo Para Ser Feliz - dinamizada por
Helena Marujo e Luís Amaral Neto, ambos da
Faculdade de Psicologia da Universidade de
Lisboa. A Culturgest reuniu inúmeras convidadas
que, num sábado de Novembro, participaram na
sessão. Helena Marujo lançou o primeiro desafio
da manhã, com exercícios de autoconhecimento
para a plateia que, minutos após o início, já se
sentia em casa. Ideias e experiências sobre como
gerir o tempo - seu impacto no quotidiano
profissional, pessoal e familiar – deram o mote.
Tudo com uma marca de humor e convívio e que
deixou o repto à organização Caixa Woman: um
exemplo a repetir-se. Tanto Laurinda Alves como
Guta Moura Guedes contribuíram para o ambiente
de proximidade e debate, e onde o Voluntariado foi
referido como um caminho possível. No final, todas
receberam convites para elaborar um T.P.C.
(trabalhos para crescer ou tarefas para progredir
continuamente). E serem felizes, claro!
optimização do melhor das instituições e das pessoas.
E o que o fez a ele mudar
Mark Seligman considera que o que o fez mudar de temáticas
de investigação, depois de três décadas como especialista em
depressão, foi um episódio com a sua filha, então com cinco
anos. Estava no seu amado jardim de rosas quando a filha mais
nova andava a dançar à sua roda, a atirar para o ar as ervas daninhas.
Martin zangou-se e, irritado, mandou-a estar quieta e
sossegada. Ela, nesse momento, olhou-o nos olhos, e disse-lhe:
“Pai, no dia em que fiz anos, quando apaguei as velas, decidi
que não ia mais ser rabugenta. Se eu consegui, tu, que tens cinquenta
anos, também vais conseguir.”
Nesse dia, Seligman mudou a sua vida,
e a de muita gente.
Incluindo a sua
Incluindo a minha, que, em 1999, publiquei,
com o Luís Miguel Neto e a Fátima
Perloiro, o livro Educar para o Optimismo.
E porque é que os saudáveis são saudáveis, sabe-se
O segredo tem dentro múltiplos aspectos. Se não fosse assim,
seria mais óbvio, imediato, comercializado. Os saudáveis tendem
a ser os que têm com quem contar, cuidando dessas redes
de apoio e laços (família, amigos) de forma positiva; os que
intencionalmente introduzem emoções positivas nas suas vidas,
que saboreiam o que os faz sentir bem. São os que têm
Caixa Woman 29

vidas comprometidas e colocam em prática as suas virtudes;
são os que têm uma vida com sentido, onde há projectos maiores
do que o próprio umbigo, onde acontece a dedicação ao
bem comum, por exemplo, à pegada ecológica, ao voluntariado,
ou onde existem, de alguma forma, experiências de espiritualidade.
São também os que aprendem coisas novas e buscam
aprender mais, e os que podem viver em liberdade, tendo
autonomia para pensar por si, gerir a sua vida, tomar decisões
e mandar na maior parte do seu destino. Tudo isto parece ajudar
a viver vidas mais longas, mais saudáveis, psicológica e fisicamente,
e mais felizes.
Afinal, o altruísmo, a boa acção, faz as pessoas sentirem-
-se bem, como se dizia no Catecismo
Sim, sim. No fundo, os seres humanos intuíram, desde tempos
imemoriais, o que valia mesmo a pena, – para a vida ser
realmente de jubilo. Uma dessas intuições é a descoberta de
que o bem-estar cresce com a dádiva generosa e desinteressada,
que ver alguém a ser bom com outro ser vivo inspira
melhores acções e vidas mais elevadas.
Estamos geneticamente programados para o altruísmo nos fazer
sentir bem de forma a proteger a continuidade da espécie
Quando se pergunta a alguém o que faria se soubesse que só
BILHETE DE IDENTIDADE
Nome: Helena Águeda Marujo
Profissão: Professora
da Faculdade de Psicologia
da Universidade de Lisboa,
formadora e escritora.
Cargos: Membro do Board
of Directors da International
Positive Psychology
Association, representante
portuguesa na Rede Ibero-
-Americana de Psicologia
Positiva, membro da comissão
científica da Associação
Portuguesa de Estudos
e Intervenção em
Psicologia Positiva.
tem um dia de vida,
quase toda a
gente diz que ia
ter com quem
ama para agradecer,
abraçar. Mas,
na prática, até tivemos
de criar projectos como o do Abraços à Borla para as
pessoas se voltarem a tocar e a abraçar, ou fazer programas
de desenvolvimento do sentido de humor para voltarem a rir
juntas. O que nos diz isto das nossas opções recentes como
Humanidade Que temos de voltar ao essencial, que é estar
de bem com os outros e ajudar a cuidar.
Educar para o Optimismo é o título de um dos seus livros.
As crianças não nascem optimistas
Nascem com tendências para isto ou para aquilo. Mas o que
fazemos com elas e o que lhes dizemos, desde que nascem,
faz a diferença entre o que é, ou não, esperado dessas tendências.
Os estudos, de há uma década, mostravam que era a
mãe a maior influente no nível de optimismo de um filho ou de
uma filha, mas estou em crer que esta maravilhosa mudança,
em direcção a pais homens mais presentes e activos na vida
30 Caixa Woman

dos filhos, mostrará, dentro de pouco tempo, que os pais, estando
por perto, ensinam e modelam os tais estilos explicativos
e as antecipações dos filhos em relação ao futuro.
Todos conhecemos crianças que são tão optimistas, em relação
aos seus resultados escolares, que nem estudam para os
testes ou exames. O que diria aos pais de uma criança assim
Pessoalmente, prefiro uma criança feliz, bem-disposta, com
alegria e divertimento, descontraída com a vida, do que uma
supercotada no ranking das notas da escola, mas que vivesse
infeliz, “stressada” e vidrada nos resultados escolares. Interessa-
-me mais, como professora e como mãe, a pessoa que ajudo
a formar do que a aluna que ajudo a desenvolver. Ser aluno é
apenas uma das facetas da vida de alguém.
Ouvimos dizer constantemente que a depressão
cresce entre os mais novos.
Cresce ou os pais estão mais atentos
Cresce das duas maneiras. Está-se mais
atento, diagnostica-se mais, rotula-se a torto
e a direito; e também cresce, pois, se só
pressionarmos para o sucesso sem amarmos, se só pedirmos
e exigirmos sem dar o essencial que está na base do amor
(aceitar o insucesso como normal, o erro como aprendizagem,
atender à pessoa e não ao produto que produz, fazer crescer
a ternura, mas também os limites e as normas morais), só produzimos
infelicidade. Estar atento não é, não pode ser, sinónimo
de diagnosticar desgraças, rotular disfunções e medicar
as novas gerações por causa da forma como se comportam
ou expressam as suas emoções.
Um caso concreto. Dizer que o pai está desempregado, não
dizer, o que contar da situação real da família
A transparência e a clareza, ditas de forma adequada, não
dramatizada, adaptada à idade e à capacidade de compreensão,
é melhor do que o segredo, a eterna protecção. Sensíveis,
os pais deverão ter os filhos a par da espuma da existência,
sem os tornar, no entanto, confessores, psicólogos dos pais
ou depositários de todos os detalhes sórdidos das coisas mais
difíceis. Tal como os pais vão precisar de uma abordagem distanciada,
não excessivamente pessimista e mobilizada para a
acção, mais do que para a emoção desanimada, também assim
os filhos deverão mergulhar nesta abordagem mais serena
aos problemas, e mais centrada nas soluções: o que cada
um pode fazer Que saídas podemos tentar
Se me perguntassem qual era a maior dificuldade como mãe,
eu diria que era frustrar os meus filhos. Porque é que temos
tanta dificuldade em vê-los tristes ou a enfrentar o desprazer
Porque a meta é a felicidade, que hoje se confunde com total
e permanente leveza, constante prazer, total satisfação.
O “não” é uma forma de “pedagogizar” a vida, de preparar-
-lhe a resposta às armadilhas. Sem a experiência da frustração,
onde iríamos como espécie Um destes dias, um menino
de dezasseis anos, completamente sem projecto na vida,
dizia-me: “Os meus pais prometeram-me uma mota se eu
passasse. Eu chumbei e deram-me a mota na mesma.
Eu adorei, claro, adoro a mota, mas nunca vou fazer isto a um
“Não abdiquemos de modelar a
felicidade e ela reside num translúcido
itinerário sobre quem guia o caminho.”
filho meu. Se ele não cumpriu, não tem direito ao prometido.”
Sábio, antecipava com sensatez o futuro e aquilo que o tinha
feito perder-se nos meandros de uma vida sem fronteiras.
Como podemos vencer essa nossa angústia em benefício deles
Lembrar o que nos ajudou a nós. A maioria não tem dúvidas
de que o que funcionou connosco foi uma dose bem gerida
de limitações aos desejos. Basta de culpa por sermos pais.
A complexidade da educação não se compadece com respostas
tão simples como: “É mais fácil não fazer ondas, já lhe
dou tão pouca atenção que não quero tornar cada fim-de-semana
ou fim de dia numa batalha…” Definir poderes e um
amor consequente vale a pena. Leva a mais felicidade e a um
optimismo mais concreto. Porque sei que, como vimos, se tive
um sucesso, ele foi da minha responsabilidade, porque lutei,
investi; se tenho um insucesso, não é o fim do mundo, mas
uma oportunidade para repensar os ingredientes da fórmula.
A trilogia do “provocar – dar voz; promover – estimular a acção;
e emancipar – tirar a mão de cima”, definição brilhante
de Rui Grácio sobre educação, tem de ser mergulhada numa
relação clara e determinada, adequada ao ritmo e às etapas
de desenvolvimento. Não abdiquemos de modelar a felicidade
e ela reside num translúcido itinerário sobre quem guia
o caminho.
Caixa Woman 31

CAUSA
O valor
de uma
(nova) vida
Todos os anos, 350 mil mulheres
morrem devido a complicações
relacionadas com a gravidez ou
o parto. A maioria das mortes dá-se
em países em desenvolvimento
e seria evitável. A CGD campanha
Nenhuma Mulher Deve Morrer por
Dar Vida visa mudar esta realidade.
TEXTO DE MARIANA MONTEIRO.
Secretária de Estado
da Igualdade, Elza Pais.
Catarina
Furtado
João Gomes
Cravinho,
secretário
de Estado
dos Negócios
Estrangeiros
e da
Cooperação
No ano 2000, 189 Estados-membros da
Assembleia Geral das Nações Unidas
assinaram a Declaração do Milénio, fixando
metas que proporcionariam um
desenvolvimento mais equilibrado da
Humanidade até 2015. Dos oito Obje -
ctivos de Desen volvimento do
Milénio (ODM), o quinto, o respeitante
à saúde materna, é o
que está mais longe de ser cumprido.
Decorridos dez anos, os
números associados à mortalidade
materna são alarmantes.
Em 2005, estima-se que tenham ocorrido
536 mil mortes, 99% delas em países
em desenvolvimento. A África subsariana
concentrou metade e o sul da
Ásia, um terço desta terrível estatística.
É neste contexto que o Governo português,
com apoio institucional do Fundo
das Nações Unidas para a População
(UNFPA) e em parceria com a ONG
Associação para o Planeamento da
Família, e com a Campanha do Milénio,
lançou a campanha Nenhuma Mulher
Os números associados
à mortalidade materna
são alarmantes.
Deve Morrer por Dar Vida.
A iniciativa conjunta da Presidência do
Conselho de Ministros (Secretaria de
Estado da Igualdade) e dos ministérios dos
Negócios Estrangeiros, da Educação e da
Saúde, pretendeu dedicar “uma atenção
especial” à promoção da saúde maternoinfantil,
no âmbito dos ODM. Face ao progresso
registado no nosso País nos últimos
trinta anos na área da saúde
materno-infantil, o Governo português procura
“estimular a cooperação com outros
países, em especial os da Co -
munidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), e chamar a
atenção das novas gerações para
os problemas que afectam a
Humanidade, nomeadamente no
campo da saúde sexual”.
Os principais objectivos desta campanha
são os de reforçar o envolvimento do
Estado e aumentar a consciencialização
dos cidadãos portugueses em geral,
e das crianças e jovens em particular.
Neste sentido, os spots de rádio e de te-
32 Caixa Woman

levisão têm sido essenciais. E é justamente
na divulgação desta causa junto
do público que a Caixa Geral de De -
pósitos dá o seu contributo. A criação
do site www.campanhadarvida.com é o
melhor exemplo da sua participação.
É que, de forma directa, dá a conhecer
os ODM, chamando a atenção para a
saúde materna e para a situação dos
países parceiros da cooperação portuguesa
– Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Mo çambique, São Tomé e Prín -
cipe e Timor-Leste. Catarina Fur tado,
no seu papel de embaixadora da Boa
Vontade do UNFPA, tem sido também
incansável na luta por esta causa (ver
caixa) e foi uma das protagonistas da
cerimónia de lançamento desta campanha
em Portugal (fotos ao lado).
A acção intensifica-se entretanto junto
dos jovens. O Governo português considerou
fundamental divulgar o ODM 5 junto
das escolas, reforçando a consciência
cívica dos alunos, o acesso à informação,
numa perspectiva de cidadania, e a visibilidade
do contributo de Portugal para o
ODM 5. Entre as actividades a desenvolver,
estão debates, workshops e concursos
de âmbito nacional.
O EXEMPLO DA GUINÉ-BISSAU
O apelo por melhores condições de saúde
materno-infantil já começou a dar
frutos. Nas regiões de Gabú e Oio, na
Guiné, os donativos ajudaram a reabilitar
a maternidade, a comprar equipamentos
e a investir na formação. Ao todo, foram
doze as unidades de saúde que melhoraram
a sua capacidade para receber
urgências obstétricas. Um alento quando
ainda falta tanto por fazer, desde
o acesso a planeamento familiar e aos
cuidados pré-natais, como a prevenção
da transmissão do VIH de mãe para filho,
o acesso a pessoal especializado e a
cuidados de emergência para mães
e recém-nascidos.
NA PRIMEIRA PESSOA
Catarina Furtado é o rosto desta campanha.
A embaixadora da Boa Vontade do UNFPA,
recentemente nomeada pelo secretário-
-geral das Nações Unidas como campeã
dos Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio (ODM), testemunha como
esta causa é urgente.
“Depois de ter discursado para mais de quinhentos jovens
e líderes mundiais, no Dia Mundial da Paz, na Cimeira do
Milénio [em Setembro], regresso a Portugal com uma
sensação de dever cumprido. Não só transmiti a minha
experiência nos países em desenvolvimento que visitei
durante estes dez anos, como debati algumas noções
e números de advocacy política e algumas estratégias
de abordagem do sector privado.
Fiquei também muito satisfeita por ter sido sublinhada,
ao longo de toda a cimeira, uma realidade que, para mim,
já era evidente: tem de investir-se urgentemente na saúde
da mulher, da criança, na saúde materna e neonatal,
no planeamento familiar e na formação dos técnicos locais
para podermos atingir os ODM até 2015.
O quinto ODM, aquele que diz respeito à saúde materna
e à promoção do acesso aos cuidados de saúde
reprodutiva, é o que está mais aquém do desejável.
Ficou provado que investir nas mulheres é a única
maneira de erradicar a fome, a pobreza e a desigualdade
no mundo. O UNFPA trabalha estas áreas e eu,
no terreno, vejo a concretização desse empenho.
Portugal tem tido boas práticas no que diz respeito
ao quinto ODM. A campanha Nenhuma Mulher
Deve Morrer por Dar Vida é prova disso mesmo.
Dedico-me inteiramente a esta causa, ser embaixadora
de Boa Vontade é um papel vitalício e é nele
que me sinto mais útil.
É um trabalho voluntário, sem passaporte diplomático, mas
com a total liberdade para contar o que vejo, umas vezes
denunciando, outras tentando mover influências e ajudando
a alertar consciências. O nosso trabalho é sensibilizar
não só a sociedade, mas também os governos a agir em
determinadas direcções. Não permitir que mais de metade
da população mundial tenha acesso a cuidados de saúde
e à educação é desistir de cérebros e de corações que
podem fazer a diferença.” Catarina Furtado
Caixa Woman 33

UM DIA DIFERENTE
O tamanho conta
ENCONTRAR
O SOUTIEN IDEAL
É UMA MISSÃO PARA
LEVAR A PEITO.
NO DAMA DE COPAS,
O PRIMEIRO SALÃO
DE BRA FITTING
NACIONAL, EXISTEM
MODELOS PARA
TODOS OS ESTILOS.
TEXTO DE ROSÁRIO MELLO E CASTRO.
É uma frustração comum a muitas mulheres.
Entramos numa loja de lingerie,
elegemos os nossos soutiens preferidos
e pedimos para experimentá-los. Num ápice,
a decepção instala-se. Este tem a copa
demasiado pequena, aquele tem alças
desconfortáveis e o outro tem um tamanho
de costas muito largo… Quer queiramos,
quer não, acabamos por comprar
o modelo e o número errados, numa cor
que está longe de ser a nossa preferida.
Foi a pensar nestas e nas suas próprias
dificuldades em comprar lingerie que
Margarida Furst e Inês Basek, as mentoras
do Dama de Copas, decidiram juntar-
-se para criar uma solução. Ambas de origem
polaca e a viver em Portugal há vários
anos, as amigas partiram em busca de alternativas.
“Sentíamos que não estávamos
a usar um número que nos favorecesse
e queríamos descobrir opções mais
variadas”, recordam. Numa frase: modelos
confortáveis, mas também bonitos e
femininos. Depois de muita pesquisa em
pequenas boutiques e grandes armazéns
internacionais, desfizeram-se todas as dúvidas
e, em Setembro de 2009, foi colocado
on-line o blogue Dama de Copas.
O sucesso foi tal que Margarida e Inês
começam a organizar workshops de bra
fitting, inaugurando o seu primeiro salão
poucos meses mais tarde.
Hoje, o Dama de Copas é um espaço de
aconselhamento e venda de lingerie com
um serviço de bra fitting gratuito. As sessões
funcionam por marcação, o que dá
às duas consultoras a oportunidade de
dedicarem toda a sua a atenção às clientes
presentes no salão. “Numa loja de rua,
é muito pou co provável que todas as
clientes sejam ajudadas de forma personalizada”,
aponta Margarida. “Queremos
oferecer um serviço que acompanhe as
mu lheres do início ao fim, sem que isso
implique um custo adicional.” Mais do que
uma simples transacção, a compra de
lingerie transforma-se num acontecimento,
muitas vezes partilhado com
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES, D. R.
34 Caixa Woman

O Dama de Copas é um espaço de
aconselhamento e venda de lingerie.
ONDE COMPRAR
Salão Dama de Copas
Rua do Carmo, 51, 1.º Dt.º
1200-093 Lisboa
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aqueles de quem mais gostamos. “É frequente
recebermos grupos de amigas,
mães e filhas ou até senhoras com os
maridos”, comenta Inês. Além das marcações
individuais, Inês e Margarida continuam
a organizar workshops para grupos
e res pon dem a todas as dúvidas
através de um consultório on-line.
EM BUSCA DO TAMANHO IDEAL
A consulta de bra fitting começa com
uma conversa entre a cliente e uma das
sócias. O objectivo é perceber quais as
suas dificuldades e expectativas, e explicar
como tudo se desenrolará. Antes de
serem tiradas as medidas necessárias,
são analisados os problemas do soutien
que tem vestido. Erros que, na maior parte
dos casos, se traduzem em copas muito
pequenas e tamanhos de costas demasiado
largos. A primeira prova é feita
com um soutien básico, que dará às especialistas
uma noção mais próxima dos
tamanhos e dos modelos que melhor assentarão
em cada tipo de peito. “Só depois
chegamos a um tamanho de costas
e de copa mais ou menos definitivo, que
poderá variar consoante as marcas e os
modelos”, acrescenta. As primeiras reacções
são de surpresa. Habi tuadas à rigidez
das copas A, B e C, muitas mulheres
têm dificuldade em aceitar tamanhos
como o F ou o G. “A primeira coisa que
dizem é que o modelo é muito grande,
mas, depois de o vestirem, a sua opinião
muda radicalmente”, remata Inês. A partir
daí, existem infinitas possibilidades,
quer a cliente procure peças básicas, soutiens
para usar com decotes ou lingerie
sexy. Das mais discretas às mais sexy,
são muitas as etiquetas disponíveis na
Dama de Copas, entre elas a Curvy Kate
e a Panache.
Toda a informação é reunida numa ficha
para referência futura. No final, é entregue
à cliente um manual com todas as
regras a seguir na hora de comprar um
novo soutien.
OS SETE
MANDAMENTOS
DO SOUTIEN
As dicas de Inês e Margarida
que vão ajudar todas
as mulheres a encontrar
o modelo perfeito.
l O peito deve encher a copa,
mas nunca sobressair, tanto
da parte superior como das
partes laterais e inferiores
do soutien. O movimento
não deverá implicar que
o peito saia do seu lugar.
l Os aros devem estar
imediatamente por baixo
do peito, abraçando-o.
l É nas costas do soutien
que está 70% do suporte.
Assim, o tecido deve estar
sempre bem esticado
e completamente horizontal.
l Se as costas de um
soutien são facilmente
afastadas do corpo, deverá
escolher um tamanho mais
pequeno. Ao optar por um
número de costas mais
apertado, deverá seleccionar
um tamanho de copa maior.
l A parte da frente do
soutien deve assentar
perfeitamente no esterno.
l As alças não são mais
do que um complemento
ao suporte oferecido por um
soutien. Devem estar firmes e
não descair com o movimento.
l As alças não devem estar
demasiado subidas nem
apertar os ombros. Este é um
sinal de que não conseguem
suportar o peso do peito,
pelo que deverá escolher um
tamanho de costas menor.
Caixa Woman 35

PÚBLICO E ÍNTIMO
Para lá do que se diz
ISABEL LEAL
Psicóloga clínica
Todos os dias desenvolvemos um extenso
conjunto de acções. Algumas, automáticas;
outras, bem reflectidas; e umas tantas,
de estatuto ambíguo, já que, interrogados
sobre elas, não as conseguimos enviar
directamente para o rol dos gestos tão
habituais que parecem impensados, mas,
também, não as sabemos explicar, decente
e satisfatoriamente, como pertencentes
à gama dos comportamentos motivados.
Fazemos coisas, muitas coisas, em
consonância com o que vamos dizendo
que pode e deve ser feito, mas fazemos
muitas outras à revelia dos nossos
melhores e mais convictos pareceres.
Comportamo-nos não como sabemos,
não como recomendamos aos outros
que o façam, não como é adequado
às circunstâncias e aos contextos, mas
tão simplesmente como somos capazes.
Esta capacidade de desempenhar papéis,
de estar de acordo com os estereótipos
do momento, de aderir, sem convulsões
nem borbulhas, ao que nos é pedido
é uma possibilidade, de variações infinitas,
aparentemente muito mais dependente dos
estados de alma que nos visitam do que
da realidade que nos circunda.
Não havendo circunstâncias em que dê
jeito ficar afónico, gaguejar, ver as mãos
ou as pernas tremerem como se fossem
emprestadas, reconhecer sons que ocorrem
nas entranhas, ficar alagado de transpiração
ou enrubescer, o certo é que, de vez em
quando, mas sempre a despropósito,
um ou vários dos sinais de aflição ou de
embaraço surgem, esplendorosos, à luz do
dia, acentuando o mal-estar e dizendo
o que as palavras estudadas e mil vezes
treinadas se esforçam por disfarçar.
Traímo-nos com pequenos gestos,
emperramos em atitudes que não deveriam
ter história, damos por nós a repetir
movimentos hirtos ou exagerados,
intimidantes ou assustados. Sem ser por
alguma razão compreensível, às vezes,
as mãos viram empecilho, sem lugar para
estarem, nem espaço certo para ocuparem;
Comportamo-nos não
como sabemos, não
como é adequado
às circunstâncias
e aos contextos, mas
tão simplesmente
como somos capazes.
os pés tropeçam no chão, como se este
fosse fluído ou ondulasse; os olhos não
encontram mira; e todo o corpo, o nosso
conhecido e previsível invólucro de todos
os dias e de todas as horas, transforma-se
num estranho e perigoso adversário.
Do que somos, do que demonstramos
pelas linguagens que o corpo fala, sabemos
sempre pouco, pensamos sempre pouco.
Tão arreigados a uma qualquer tradição
que fez do controlo da palavra o objectivo
a atingir, distraímo-nos sobre o que
transmitimos sem palavras,
desconsideramos o que apanhamos sob
essa forma, e continuamos a espantar-nos
por, tantas vezes, o nosso corpo não
falar a mesma linguagem que nós.
36 Caixa Woman

HI FASHION
ESPELHO MEU, ESPELHO MEU...
Doze
badaladas
Aproveite o pretexto das
festas para reinventar
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40 Caixa Woman

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DESAFIO
Natal com
poucos custos
Apertar o cinto e época festiva são conceitos in -
compatíveis Agora, já não... Pois é inevitável.
E o “faça você mesmo” aplica-se a tudo.
TEXTO DE CARLA MACEDO.
O Natal... Oh, essa época maravilhosa,
de filas nas lojas de brinquedos, de
acotovelamentos para comprar bacalhau
e bolo-rei, de esperas intermináveis
para a fila dos embrulhos! Essa
quadra festiva em que a rima mais repetida
é “verde/código/verde”. Essa altura
em que a Consoada se torna numa
prova de velocistas de última hora
à entrada dos centros comerciais.
Depois, somam-se os engarrafamentos
nas saídas das cidades e as velocidades
assustadoras em auto-estrada,
porque, para muitos, o Natal é mesmo
um rally-paper. Cansada só da descrição
A (boa) notícia é que acabou.
Fruto da crise, vamos entrar numa fase
em que o Natal vai ser diferente.
O 13.º mês deve sofrer tributação extraordinária,
neste e nos próximos
anos, conforme se tem discutido na
Assembleia da República, os salários
líquidos vão baixar para muitos e o
desemprego entre as famílias de classe
média tende a crescer. Vamos
aproximar o Natal da Quaresma, como
época de jejum Nada disso. No
entanto, este é, sem dúvida, um Natal
para testar soluções menos dispendiosas.
Afinal, o que é o Natal Uma celebração
do nascimento de Cristo, numa
data provavelmente romana, cheia de
rituais pagãos pré-cristãos e que foi
ganhando um crescente impacto positivo
na economia do século XX. Nós,
que vivemos no princípio do século
XXI, assistimos ao auge capitalista e
consumista do Advento. E agora, que
observamos a mudança, cabe-nos redefinir
o Natal. Mas vamos dispensar
tudo o que fizemos até hoje Claro
que não. Ao contrário. Há muita coisa
para aproveitar. Aliás, o futuro, em todas
as frentes, passa muito por reaproveitar
o que foi feito.
O Natal, a par do Dia da Mãe, foi o primeiro
feriado estabelecido na Inglaterra
industrial. Em ambos os dias, os operários
e serventes que passavam o ano
inteiro longe da família regressavam ao
lar. O movimento manteve-se intacto
42 Caixa Woman

Torne
o seu Natal mais
ecológico e consciente,
reciclando embalagens
e embrulhos. Ao mesmo
tempo que protege
o ambiente, estimula
a sua própria
criatividade.

até aos nossos dias, como todos sabemos.
Actualmente, o Natal é o dia da família.
Mas de que família É isso que nos
cabe redefinir em primeiro lugar, porque,
actualmente, não só se regressa ao lar
de origem como se passa por casa de tudo
quanto é padrinho, tio, avó e sobrinha...
Sandra e Sónia Costa, de 34 e 37 anos
respectivamente, são duas irmãs que
passam o Natal em trânsito. Regressam
a casa dos pais, no Barreiro, para passar
a Consoada (convenhamos que, partindo
de Lisboa, onde ambas residem, não é
grande distância) e, depois da meia-noite,
começa a loucura. Sandra explica. “Quero
sempre regressar a casa cedo porque,
no Dia de Natal, tenho de levar o meu filho
a Santarém”, onde o pai da criança
passa normalmente a véspera com os
próprios pais. “Depois, volto ao Barreiro
para almoçar com os meus pais.” Sem
estar separada, Sónia ainda tem mais
etapas para cumprir. Tudo porque os pais
do marido fazem questão de passar o
Seja razoável, faça contas
e não encha a mesa de
comida para desperdiçar.
Natal numa aldeia perto da Lousã, mas,
ali, a festa não se celebra sem missa matutina
e “visita a tudo quanto é tia mais
ou menos afastada”. Pelo caminho, deixam
– ano sim, ano não – o filho mais
velho do marido na casa dos seus avós
maternos e, normalmente, ainda regressam
pela estrada nacional a tempo de se
encontrarem com os tios-avós do marido...
E Sónia suspira. “Tenho saudades
dos tempos em que quase não havia auto-estradas.
Quando éramos miúdas e
passávamos o Natal
na terra dos nossos
pais, em Lamego, tínhamos
de fazê-lo
com tempo. Não era
esta correria e não tínhamos
estas obrigações.”
Reformular e regressar à origem é essencial.
Foi a imagem da Sagrada
Família, composta pelo pai José, a mãe
Maria e o menino Jesus, que inspirou a
interpretação do Natal como a festa da
família, da família nuclear. Ora aqui tem
uma forma de seleccionar. Mas há outra
forma de “descomplicar”, assumindo
mais dias de festa. Para os católicos, o
Advento começa cerca de trinta dias antes
do Dia de Natal. Aproveite esse período
para visitar os amigos e os parentes.
Celebre a montagem da árvore de
Natal, faça o dia do presépio e viva o Dia
de Reis como nuestros hermanos espanhóis.
Divida para reinar...
Claro que, como qualquer festa, o Natal
precisa de uma decoração especial. E dificilmente
alguém não tem sobras das decorações
natalícias usadas em anos anteriores.
Mas se, por alguma razão, pre cisar
de luzes, bolas e grinaldas novas, não compre,
reutilize. Em casa de Helena Silva, 41
anos, já há algum tempo que o processo
é este. Mãe de duas crianças – Joana com
dez anos e Luísa com cinco –, Helena começou
a fazer as decorações de Natal
em casa assim que a filha mais velha
conseguiu pintar. “A Joana riscava com
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
44 Caixa Woman

cores em cima de papel em rolo e, depois,
eu cortava. Fazíamos grinaldas de
meninos de mãos dadas para colocar na
árvore. Ela batia palminhas quando as
abríamos e pendurávamos. Era uma felicidade.”
A técnica evoluiu nestes últimos
oito anos. Já houve purpurinas, bolas feitas
com desperdícios de jornal e revistas
revestidas a tecido, meias velhas transformadas
em bonecos, grinaldas feitas
de missangas e sobras de colares, anéis
adaptados a pendentes para a árvore...
Curiosamente, o plano para este ano é
envolver a família alargada nos trabalhos
manuais. “Já lhes pedi que trouxessem
grinaldas do Natal passado para fazermos
os cabelos das personagens que
desenhei para a árvore...”
O Natal é também tempo de dar. Qualquer
sacerdote explicará, na homilia da Missa
do Galo, que as ofertas devem ser espirituais.
Pois faça das palavras actos (ou
mais ou menos) e torne a forma de oferecer
mais inteligente. Já não se usa a
sucessão de prendas. Marta Matos, de 29
anos, começava a comprar presentes em
Outubro. “Ia colocando as peças embrulhadas
no porta-bagagens. Gostava mesmo
de comprar uma lembrancinha a toda
a gente. Fazia uma lista de pessoas. Até
que, no ano passado, dei por mim a comprar
120 presentes. E percebi que, além
de gastar imenso dinheiro, andei anos a
A VIDA É BELA
As titulares do cartão
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dar coisas sem interesse.”
Este ano, Marta está
a preparar-se para
um Natal muito diferente.
A lista tem apenas
os nove membros da
família mais próxima e
vai associar-se a dois
irmãos para comprarem
ofertas úteis para
os pais e os avós. “O
que faz sentido é um presente por pessoa
e não um concurso de presentes”, reflecte
a ex-consumista em reconversão.
Útil ou importante Helena Silva prefere
produzir colchas, molduras, individuais
e “juntar memórias. Os mais velhos derretem-se
sempre com as estampagens
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fotográficas Spoil Pré-mamã, Spoil Família
e Spoil Mulher. Até ao final de Janeiro,
poderá ainda escolher seis ampliações A4
em vez das habituais quatro ampliações.
de fotografias antigas. As miúdas adoram
os vestidos que faço para as bonecas”...
Nem todos somos assim tão prendados,
é certo, mas, se puxarmos pela
imaginação, seguramente que conseguimos
descobrir no baú das memórias fotografias,
canções, histórias, livros que
representem mais do que aquilo que são.
Porque o Natal é também o tempo do
encontro com o passado.
Falta falar da comida, que, sem ela, o
Natal não é Natal. O mais importante é
combater o desperdício. Seja razoável,
faça contas e não encha a mesa de comida
que, depois, acaba por deitar fora.
Mais vale sobrar do que faltar Sim, mas
pouco. E se o valor do bacalhau e do peru
são inflacionados nestes dias, por que
não escolher uma receita, tradicional daquelas
mais antigas Apele especialmente
à memória gustativa se cozinhar
para os mais velhos. Pesquise o que se
comia na Consoada, na região dos seus
pais, quando eles eram pequenos.
Poupar não é impossível, nem sequer
no Natal. É mesmo um imperativo
nos tempos que correm e, uma
mudança de atitude é possível.
Porque, se o arroz de cabrito era o prato
de eleição nas Beiras, nas praias do
Sado, comia-se sardinhas secas com
migas e a bola de carne era ponto assente
em quase todas as mesas.
A mesma variedade é possível nos doces,
da aletria aos formigos. Se lhe falta
as fontes vivas, experimente a bibliografia
de Alfredo Sara mago, devidamente organizada
pelas cozinhas das regiões.
Poupar não é impossível, nem sequer
no Natal. É mesmo um imperativo nos
tempos que correm e, uma mudança de
atitude é possível. Reaproveitar e fazer
em casa são duas medidas básicas. Mas
o que não pode faltar é a partilha e a
vontade de estarmos juntos.
Caixa Woman 45

MODA
VESTIDO PRETO
A base de todos
os looks, que
nunca compromete.
Vestido em lã com
aplicação de renda,
preço sob consulta,
Prada, na Fashion
Clinic. Alfinete em
metal com cristais
e plexiglass, ¤ 35,
Marta Fontes. Luvas
em pele, preço sob
consulta, Stefanel.
Meias em mousse,
¤ 4,50, Calzedonia.
MAKEOVER
As peças-chave que
podem ser sempre
adaptadas e coordenadas
em diferentes looks para
todos os minutos da
época que se aproxima.

VESTIDO
ESTAMPADO
Facilmente coordenável
com casacos lisos.
Vestido em malha jersey
de seda, ¤ 455, Isabel
Marant. Pulseira com
escravas em metal com
cristais, ¤ 476, Etro.
Meias em mousse,
¤ 4,50, Calzedonia.

VESTIDO SEXY
As linhas da silhueta
podem ser suavizadas
com blazers.
Vestido em seda com
veludo e ombreiras
com cristais aplicados,
¤ 238, Karen Millen.
Pulseira em metal
e plexiglass, ¤ 12,
Mango.

VESTIDO
EM VELUDO
O luxo dos materiais
nobres, adaptável
ao dia-a-dia.
Bolero em lã, ¤ 99,
Decenio. Vestido em
veludo cristal ¤ 125,
Gant. Cinto em seda,
Weill. Brincos e colar
em seda com cristais,
¤ 190 e ¤ 320,
ambos Miu Miu,
na Fashion Clinic.
Meias em mousse,
¤ 4,50, Calzedonia.
Botins em pele,
¤ 89, Mango.

CASACO EM TWEED
Usável a todas horas do
dia. Com lurex, ganha
um novo glamour.
Casaco em tweed com
lurex, preço sob consulta,
e calças em lã, ¤ 154,
ambos Gérard Darel.
Camisa em chiffon, ¤ 75,
Gant. Colares em metal
com pérolas e camafeus,
¤ 80 (preço aproximado),
Marta Fontes. Sapatos
em camurça, preço
sob consulta, Céline,
na Loja das Meias.

VESTIDO
CAMISEIRO
A base perfeita, mais
formal, onde o abrir
de botões muda logo
a aparência.
Vestido camiseiro
em seda, ¤ 439, Weill.
Cinto em pele
envernizada com
metal, cristais
e contas aplicada,
preço sob consulta,
Dolce & Gabbana,
na Stivali. Meias
em mousse, ¤ 4,50,
Calzedonia.

MACACO
O novo vestido preto,
um verdadeiro camaleão.
Macaco em lã, preço sob
consulta, Ricardo Preto.
Luvas em pele, ¤ 100
(preço aproximado),
Luvaria Ulisses. Carteira
em metal revestida
a seda, preço sob consulta,
Christian Louboutin.

VESTIDO DE SEDA
Os detalhes dos folhos
tornam-no maleável,
mudando o glamour com
diferentes acessórios.
Vestido em seda com cinto
em elastano, preço sob
consulta, Lanvin, na Loja
das Meias. Colar em metal
e seda, ¤ 15, e botins em
pele, ¤ 89, ambos Mango.
Meias em mousse,
¤ 4,50, Calzedonia.
Realização: Ana Campos.
Fotografia: Mário Príncipe.
Maquilhagem e cabelos:
Joana Moreira.
Modelo: Priscila/Just Models.

1001 IDEIAS
Alfinetes em metal
com cristais, ¤ 102
cada, Boss Black.
Carteira em pele
e lã, ¤ 255, Marc
by Marc Jacobs.
Vestido em lã,
preço sob consulta,
Love Moschino.
Colar de pérolas,
¤ 181, Gérard Darel.
Relógio com bracelete
em tartaruga, preço
sob consulta, Dijous,
no El Corte Inglés.
Presentes
perfeitos
O Natal aproxima-se
e as compras tornam-se
fundamentais nesta
época especial.
Blusão em pele
e pêlo artificial,
¤ 29, Primark.
Camisa
em seda
e algodão,
¤ 297,
Etro, no
Espace
Cannelle.
Carteira em pele,
preço sob consulta,
Coccinelle.
Chapéu em feltro,
¤ 119, Henry Cotton’s.
Estola em pêlo, preço sob
consulta, Etxart & Panno.
54 Caixa Woman

Cinto em seda com cristais, preço sob consulta,
By Malene Birger.
Camisa em chiffon,
¤ 45, Mango.
Sapatos em
pele e camurça,
preço sob
consulta, Hugo.
Porta-chaves
em metal
e plexiglass,
preço sob
consulta,
Tosca Blu.
Vestido em
seda, ¤ 170,
Globe.
Vestido em seda
e algodão, preço
sob consulta,
BCBG Max Azria.
Cinto em pele gravada
e pespontada, ¤ 158,
BCBG Max Azria.
Bandolete em
seda, ¤ 14,90,
Accessorize.
Vestido em malha
jersey de lã, ¤ 168,
Karen Millen.
Sapatos em pele revestidos
a lantejoulas, ¤ 155, Max&Co.
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Victoria Casal Couture.
CRIANÇA
Óculos de sol, preço
sob consulta, Ray-Ban.
Saia em lã,
¤ 32,90, Lanidor.
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
Galochas
em PVC,
preço sob
consulta,
Hunter.
Vestido em
lã, preço
sob consulta,
Piratas e
Bailarinas.
Carteira em pele
e tela, preço sob
consulta, Burberry.
Casaco em pêlo,
¤ 50 (preço
aproximado),
H&M.
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envernizada, ¤ 135
(preço aproximado),
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BASTIDORES
Dias de festa
ANA CAMPOS
Stylist
Os meses de final do ano são sempre
vividos a um ritmo alucinante, onde todas
as compras e todos os eventos se
sobrepõem entre si. Almoços, lanches
e jantares, os presentes da família,
os presentes dos amigos ou o presente
para o amigo surpresa do escritório, tornam
as agendas verdadeiros quebra-cabeças
de todas as mulheres. O ritmo torna-se tão
intenso que dou por mim, nestes meses,
a anotar tudo, não vá esquecer-me
do presente que tenho de dar ao jantar
e ficar a amiga surpresa a olhar para mim,
como se acabasse de ser abandonada.
Uma das tarefas mais difíceis é planear o
que vestir e como estar nas diversas fases
do dia, o que faz com que a escolha mais
inteligente seja optar por uma peça básica
que possa ser adaptada às diferentes
ocasiões por meio de acessórios. O vestido
preto está no topo da lista, pois consegue
a habilidade de, com poucos acessórios,
moldar-se a todas estas ocasiões do dia:
pode ser conjugado com umas sabrinas
para um dia de trabalho ou com umas
sandálias de salto alto para o cocktail de fim
de dia. Além disso, existe todo um leque de
escolhas que pode tornar o nosso dia muito
mais fácil. Sobreposição de tops, um colete
com brilho, uma fita que pode usar-se
como laçada e que torna a camisa mais
especial, a bainha das calças que, com
umas virolas, se torna mais sexy, o cinto
em metal, que dá um novo brilho
à silhueta... Enfim, tudo é possível.
A regra, nestes dias em que a agenda
abrange vários tipos de eventos, está
na carteira que é a nossa arma secreta,
a caixa mágica, onde estão sapatos
diferentes, uma clutch mais apropriada
para os momentos nocturnos e acessórios
Nestes dias em que a
agenda abrange vários
tipos de eventos,
a carteira é a nossa
arma secreta.
(muitos), que vão desde os mais variados
colares e pulseiras aos alfinetes, que podem
dar um novo glamour aos casacos
do dia-a-dia. Isto, sem esquecer um dos
mais importantes acessórios da estação:
a bandolete. O grande segredo está na arte
de combinar e sobrepor peças, e embora
a tarefa leve mais tempo, pois implica
experimentar os diferentes looks do dia
antes de sair de casa, a certeza de estar
bem nos diferentes momentos da época
festiva vale a pena. E torna-nos ainda mais
seguras e glamourosas.
56 Caixa Woman

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onde elas se formam.
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Toque
de luz
A beleza mais luminosa é sempre
a que vem de dentro, mas todas
sabemos como é importante
sentirmo-nos bem na nossa pele.
Aprenda a cuidar de si, mime-se
ainda mais e obrigue-se
a construir momentos só
seus. Depois do equilíbrio,
chega a felicidade.
CORPO & ALMA
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SAÚDE
Depressão pós-parto não escolhe sexo
De acordo com um estudo conduzido pela inglesa Shreya
Davè, do Medical Research Council, de Londres, e publicado
na revista Archives of Pediatrics Adolescent Medicine,
até ao final dos primeiros doze anos de uma criança, tanto
a mãe como o pai estão em risco de pressões psicológicas.
O estudo, que envolveu 80 mil pessoas e decorreu ao longo
de catorze anos, concluiu que 7,53% das mães e 2,69%
dos pais foram afectados durante o primeiro ano de vida
da criança, valor que subiu para 13,93% no caso das mães
e 3,59% entre os pais nos anos seguintes.
BEM-ME-QUER
Gestos e cuidados para aprender a cuidar melhor de si.
SUMOS DE FRUTA
SEM AÇÚCAR
A Comissão Europeia
avançou com um
projecto que visa proibir
a adopção de açúcar nos
sumos de fruta naturais,
em nome de uma
alimentação mais
equilibrada. Esta
proposta avançada
por Dacian Ciolos, o
comissário europeu para
a agricultura, modifica
a directiva europeia em
vigor e, para tornar-se
lei, deverá ser aprovada
pelo Parlamento
Europeu. Outra alteração
passa pela rotulagem,
que deverá passar
a referir se o produto
é feito com base num
único fruto, na mistura
de dois ou mais frutos
e se foi produzido com
base em concentrados.
Hospital da Boavista distinguido
O serviço de Ortopedia do Hospital
da Boavista foi apontado pela
Entidade Reguladora da Saúde (ERS)
com o nível de excelência máximo
no âmbito do Sistema Nacional de
Avaliação dos Serviços de Saúde
(SINAS). O estudo foi realizado com
base em determinados indicadores
e foram avaliados doentes padrão
em artroplastia total da anca
e artroplastia total do joelho,
tendo sido atribuído ao Hospital
da Boavista o nível III, acima do
valor médio de referência de todos
os prestadores.
60 Caixa Woman

FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES; D.R.
COMBATER
O MAU HÁLITO
Evitar o mau hálito
começa por uma boa
higiene oral, o mesmo
é dizer pela necessidade
de escovar os dentes após
as refeições e usar fio dental.
Na maioria dos casos, o mau
hálito começa pela boca seca
e por doenças de nariz, boca
e garganta. Para evitar
o mau hálito, há cuidados
a ter, como comer várias
vezes, evitar o consumo
de alimentos de sabor intenso
(cebola, alho, entre outros), o
consumo de tabaco e álcool,
sendo aconselhável beber
pelo menos dois litros de
água durante o dia.
CHÁ NATURAL É DIFERENTE
O chá tem vindo a ganhar terreno junto dos
consumidores graças às suas propriedades
antioxidantes. No entanto, segundo um estudo
realizado nos Estados Unidos por Shiming Lia,
investigador da empresa biotecnológica WellGlen,
as propriedades desta infusão natural não têm nada
a ver com as evidenciadas pelo chá engarrafado,
que apresentam muito menos polifenóis.
Os polifenóis são antioxidantes que contribuem
para a redução de inflamações e de colesterol,
além de reduzirem o crescimento de alguns
tumores, evitarem a degradação muscular,
minorarem infecções urinárias e, inclusivamente,
retardarem o envelhecimento da pele.
Leite materno
é o melhor
Um estudo de uma equipa
médica liderada por Emmanouil
Galanakis, publicado na revistas
Archives of Diseases in
Childood, concluiu que
a aleitação dos recém-nascidos
à base de produtos em pó reduz
a capacidade defensiva face
a infecções. Durante cerca de um
ano, foram acompanhados mil
recém-nascidos e, entre estes,
os que tiveram uma alimentação
à base de leite materno
mostraram um aumento de peso
e um desenvolvimento mais
rápidos, além de uma maior
resistência às infecções.
Fibras, fruta
e verduras são
mais saudáveis
Um estudo comparativo
entre quinze crianças
com idades entre um
e seis anos, realizado no
Burkina Fasso e em Itália,
concluiu que a flora
intestinal é muito mais
variada entre as crianças
africanas do que nas
europeias. De acordo
com o trabalho publicado
na revista Proceedings
of National Academy
of Sciences, a explicação
passa pela dieta dos
africanos, mais rica em
frutas, fibras e verduras,
que contrasta com a dos
europeus, marcada pelo
consumo de gorduras
animais, açúcares
e excesso de calorias.
Segundo os investigadores,
esta dieta pobre também
pode estar por trás de
várias outras patologias
como a asma, as alergias,
além de muitas
inflamações.
Caixa Woman 61

SAÚDE
SUPLEMENTOS PARA
PERDER
PESO,
EIS A QUESTÃO.
Apetite desmesurado. Retenção
de líquidos. Ansiedade. E muitos
slogans de produtos que fazem
e acontecem. Quando todos os temas
das conversas vão dar ao excesso
de peso, está na altura de perguntar
ao nutricionista: suplementos,
sim ou não
TEXTO DE PAULA ROCHA.

A polémica voltou a estalar recentemente quando, no
Congresso Internacional sobre Obesidade, em Estocolmo,
na Suécia, foram apresentados dois estudos que reduzem os
suplementos para perder peso mais populares do mercado a
um placebo. Resumindo e concluindo, não funcionam, alegam
os autores. Consideram que a diferença registada na balança
após o consumo dos suplementos não foi significativa. Do
outro lado da bancada, há quem contraponha com peso, conta
e medida. Uma das marcas produtoras de CLA (Ácido Linoleico
Conjugado), um dos suplementos com maior procura no mercado
e alvo de “ataque” num dos dois estudos, não perdeu
muito tempo a reunir dezoito estudos divulgados em publicações
de referência que mostram como o CLA diminui a massa
gorda e aumenta a magra (relação importante na perda de
peso, pois a preservação do músculo evita o efeito flacidez,
muitas vezes decorrente da perda de peso), ao mesmo tempo
que previne que as células “engordem”.
Entre os prós e os contras, estão consumidoras confusas e…
Com excesso de peso. Quando o espelho se torna um inimigo
e o guarda-roupa, um desconsolo, não há dúvidas de que
o problema está na gordura. O que se pretende saber é se
os suplementos fazem parte da solução.
BRIGADA ANTIGORDURA
Custódio César é nutricionista de atletas de alta competição,
onde o controlo dos níveis de gordura é considerado um factor
determinante nos treinos e nos campeonatos. Acompanha
ainda situações comuns, como o grupo de mulheres que foi
convidado a orientar num programa televisivo. O objectivo era
provar, em três meses, que um plano personalizado à base
de dieta, exercício e suplementos é o passaporte para um
emagrecimento saudável. Doze semanas depois, a balança
confirmava em directo as expectativas. “Uma estratégia saudável
passa essencialmente pela redução da gordura corporal
e não pela diminuição da massa muscular ou apenas pela perda
de líquidos”, começa por esclarecer. E esta estratégia deve
contemplar, “em primeiro lugar, a alteração dos hábitos alimentares
e a prática regular de exercício físico”. Os suplementos
(alimentares específicos) entram no processo para facilitar
e acelerar a obtenção dos resultados, elucida o es -
pecialista. Ou seja, fazem parte da solução.
Partindo do princípio de que determinados suplementos (ver
abaixo) são eficazes, serão também seguros “Os suplementos
para emagrecer que se comercializam actualmente em Portugal
são seguros”, responde Custódio César. Controlados pelo
Gabinete de Planeamento de Políticas Alimentares e fiscalizados
pela ASAE, até hoje, “nunca nenhum suplemento foi retirado
do mercado, nem tão-pouco notificada qualquer entrada na urgência
hospitalar resultante da ingestão de um suplemento”,
justifica. Custódio César recorda que, há dois anos, o produto
de emagrecimento, à base de fibras, que foi retirado do mercado
acabou por ser reposto, por falta de fundamento legal e clínico.
ESCOLHER UM SUPLEMENTO PARA EMAGRECER
Fibras, aminoácidos, termogénicos… Emagrecer já não é considerada
uma tarefa fácil, quanto mais se implicasse dominar
todo o léxico associado. Entrar num centro dietético ou numa
farmácia não é a mesma coisa que fazer compras na Zara ou
na Zilian. A cor e o feitio não importam. É preciso descodificar
a “etiqueta”. É por isso que, enquanto nestas últimas, se dispensa
companhia; no primeiro caso, o acompanhamento é
fundamental. Cada pessoa obedece a uma estratégia diferente
e, muitas situações de excesso de peso, regista o nutricionista,
“são provocadas por um metabolismo lento”. O metabolismo
é a soma de todas as reacções químicas que permitem o funcionamento
do nosso corpo e pode ser medido através de um
índice, a taxa de metabolismo basal, ou seja, o valor das calorias
gastas pelo organismo em repouso. Para acelerar o metabolismo
e começar a gastar mais calorias, basta começar a pra-
SUPLEMENTOS VERSUS MEDICAMENTOS
“Os suplementos não são fármacos.
São suplementos alimentares, sendo reconhecidos
pelo organismo como alimento. Incluem-se na
categoria de suplementos alimentares: vitaminas,
minerais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais,
plantas. No que respeita às plantas, e de forma
a salvaguardar critérios de segurança, a Autoridade
Europeia para a Segurança dos Alimentos
disponibiliza uma lista de plantas não permitidas”,
esclarece o nutricionista Custódio César.
Caixa Woman 63

ticar exercício. Neste caso, o papel dos suplementos, como os
chamados termogénicos (de termogénese, queima de gorduras),
é acelerar o processo. Extractos de chá verde, concentrados
em polifenóis, yerba mate e laranja amarga estão ainda
indicados, segundo Custódio César, nesta categoria.
Há sempre, porém, quem prefira esperar sentada pelos resultados.
Os especialistas atiram as culpas ao sofá, à televisão e a outros
cúmplices do sedentarismo. Mas um estudo da Universidade
de Wisconsin, nos EUA, vem mostrar uma luz ao fundo do túnel
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de até 20% na aquisição de séries de tratamento.
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para os praticantes menos assíduos: mesmo quando abandonaram
o ginásio, os participantes deste estudo que consumiram o
suplemento ganharam menos massa gorda. “Este suplemento
é um ácido obtido a partir de uma planta, e está bem documentado
o seu efeito na inibição da absorção de gordura”, aponta o
nutricionista. Por outras palavras, permite cortar o mal pela raiz.
Quando o mal está no apetite, cortamos nos doces, nos livros
e nos programas de culinária. Mas não chega. Evitar ir às compras
com fome é um conselho que pode ser complementado
com inibidores do apetite. “A planta irvingia gabonensis retrai
uma enzima responsável pela transformação dos açúcares
em gordura. E os batidos de proteínas do soro do leite, co-

nhecidos por whey protein, diminuem o apetite e contribuem
para a manutenção da massa muscular, prevenindo a inestética
flacidez”, especifica Custódio César.
Retenção de líquidos é mais uma preocupação que pode soar-
-lhe familiar. Perder peso também pode passar por aqui. “Na
maioria das vezes, a retenção deve-se ao excesso de consumo
de açúcares e a intolerâncias alimentares. Assim, além de se
desaconselharem os principais alimentos causadores, cereais
com glúten e lacticínios, recomendam-se geralmente suplementos
à base de extractos de centelha asiática, chá verde,
urtiga e cavalinha.”
Perder peso, na verdade, é bastante mais complexo que fazer
simples contas de cabeça entre as calorias que se consomem
e que se gastam. Há detalhes que escapam ao comum dos
mortais. Quanto mais intoxicado estiver o organismo, maiores
dificuldades terá em emagrecer. A presença de tóxicos compromete
mesmo a absorção dos suplementos e, consequentemente,
a sua eficácia. A desintoxicação intestinal faz, por isso,
parte da estratégia e inclui probióticos e fibras alimentares.
A ANSIEDADE ENGORDA
Despistados problemas hormonais, intoxicações ou hipersensibilidades
alimentares, impõem-se os parâmetros psicológicos.
O stress é, muitas vezes, a causa escondida por detrás
do ganho de peso, do aumento do apetite e das alterações do
metabolismo, alerta o nutricionista. Por isso, merece atenção
especial. Suplementos como Gaba (aminoácido com benefícios
testados na área da saúde mental e da depressão), Relora
(associação de plantas chinesas) e ácidos gordos Ómega 3
O stress é, muitas vezes, a causa escondida
por detrás do ganho de peso, do aumento
do apetite e das alterações do metabolismo.
(extraídos dos peixes gordos) não eliminam gordura, mas atenuam
a irritação e o estado de ansiedade que geralmente vem
antes e depois, ajudando a criar as condições para uma perda
de peso, gradual e saudável. Joana Antunes, 48 anos, 1,60 m
de altura, pesava, na primeira consulta, 76 quilos, tinha 39 por
cento de massa gorda e 94 cm de perímetro da cintura. Estava
claramente acima dos valores ideais e… Vingava a angústia
no açúcar. Entre as primeiras medidas nutricionais, Custódio
César optou por incluir suplementos “para controlar a ansiedade
e o stress”. Excluiu lacticínios, aconselhou CLA e carnitina
antes da caminhada diária. Regulou o colesterol com alho envelhecido
até normalizar a pressão arterial. Trocou o pão pela
fruta e acrescentou proteínas de qualidade (tofu, tempeh)
à discrição. Passados três meses, entre acertos, deslizes e
muita força de vontade, Joana passou pelo consultório da
Gare do Oriente, em Lisboa, para a sua última consulta: 66
quilos, 32 por cento de massa gorda e 82 cm de perímetro
na cintura que lhe permite recuperar os antigos jeans.
Caixa Woman 65

CURTO-CIRCUITO
A mesada
e a semana ajudam
as crianças a adquirir
competências
para poupar e
planear a longo
prazo.

Pequenos
gestores
DEVEMOS DAR DINHEIRO ÀS CRIANÇAS
E A PARTIR DE QUE IDADE SAIBA A OPINIÃO
DOS ESPECIALISTAS SOBRE O ASSUNTO,
NOMEADAMENTE, QUAL A MELHOR FORMA
DE FAZER DA MESADA UM INSTRUMENTO
EDUCACIONAL. TEXTO DE JÚLIA SERRÃO.
Hoje, a maioria das crianças “conhece
de cor” o termo mesada (e se -
manada). E também começa a desejá-la
cada vez mais cedo, quase
sempre influenciada por um irmão
mais velho ou um amiguinho da escola
que já goza dessa “regalia”. Além do
desejo de ter uma quantia de dinheiro
que é exclusivamente sua, o momento
de passar a receber umas moedas ou
uma nota de forma constante apresenta-se
como uma espécie de ritual
de passagem. “Já sou grande”, como
exclamou Teresinha, no alto dos seus
seis anos acabados de fazer e dos sapatos
de saltos da mãe, com os quais
se passeava pela cozinha.
Os meninos sonham. E os pais questionam-se.
Têm dúvidas sobre a maturidade
dos filhos para gerir esta “responsabilidade
financeira”. Uns resolvem
as incertezas cedendo, outros continuam
a resistir, com receio de errar. De
facto, e de acordo com a psicóloga Carla
Lima, a maturidade da criança é importante,
assim como a curiosidade que ela
manifesta pelo dinheiro. “Acontece normalmente
a partir dos seis anos de idade,
quando inicia o primeiro ano e já tem
uma noção dos números”, explica. É só
por esta altura que a semanada passa
a fazer sentido. Mas, até lá, a criança já
pode ter “um lugar para guardar o dinheiro
que lhe é oferecido”.
Os especialistas asseguram que, dada
correctamente, a mesada, ou a semanada,
é positiva. Por outras palavras,
com determinado espírito e dentro de
determinado modelo, ajuda os meninos
a desenvolver competências importantes.
Entre outras, poupar e planear
a longo prazo.
“É um excelente instrumento para educar”,
observa Carla Lima. E exemplifica.
“Educa para a autonomia, dá sentido
de responsabilidade e exercita a tomada
de decisões. É ainda uma forma de a
criança aprender a distinguir o caro do
Caixa Woman 67

UMA SEMANA
PARA A POUPANÇA
Na ultima semana do mês
de Outubro, as crianças que
visitaram a KidZania, no concelho
da Amadora, puderam envolver-se
num conjunto de acções sob o lema Eu é que sei poupar. O desafio
passava por jogos; actividades lúdicas e sobretudo muita animação.
Quem ganhasse o jogo Eu é que Sei Poupar, composto por várias
missões, ganhava prémios como kits de ciência, e até uma bicicleta.
Todas as crianças receberam ainda uma caderneta para registar
o seu plano de gastos e entradas de dinheiro. Uma iniciativa
da CGD em prol da literacia financeira e do incentivo à poupança.
barato, aprender a gerir e a negociar.”
No entanto, isto não significa que a
criança que não tem mesada deixe de
atingir estas competências, garante. Há
outras formas de exercitá-las.
Cada família tem as suas próprias
regras e o seu próprio padrão económico,
nos quais deve ser encontrado
o valor da mesada. De qualquer forma,
o psicólogo clínico Manuel Coutinho
aconselha “uma quantia simbólica, que
não dê lugar a extravagâncias, pois
a criança tem de a prender a poupar
desde muito cedo”, mas que leve em
atenção um conjunto de factores, como
a idade e os gastos que a criança
tem, nomeadamente “se tem de pagar
o lanche da escola”.
“É um erro dar valores muito altos. O dinheiro
fácil não ajuda a formar adultos
responsáveis”, diz Carla Lima, alertando
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também para o facto de muitos pais confundirem
dar dinheiro com “dar amor e
carinho. São coisas diferentes”, sublinha.
Segundo a psicóloga clínica, importa
esclarecer também o que é pago com
a mesada e o que é pago com o dinheiro
dos pais e, em situações em
que estes se encontram divorciados,
“a quantia a dar deve ser ‘discutida’
entre os dois”, de forma a não ser usada
como medida de amor, “quem gosta
mais ou menos”.
A semanada é, inicialmente, a melhor opção,
concordam os dois psicólogos. “Isto
porque, até aos doze anos, as crianças
têm mais dificuldade em programar a
longo prazo”, explica Carla Lima, defendendo
também um dia certo na semana
para dar o dinheiro. Só mais tarde faz
sentido evoluir para a mesada, podendo
optar-se, numa fase intermédia, por dar
um valor quinzenal, sugere.
Mas, para ser um verdadeiro instrumento
educacional, a mesada deve ser
acompanhada sempre de uma conversa
entre pais e filhos. Através deste diálogo,
que serve também para estreitar os laços,
os pais podem ficar a conhecer as
intenções da criança relativamente à forma
como pretende gastar o dinheiro, assim
como dar conselhos e fazer suges-
PREPARAR
PARA A MESADA
Faz-se através de jogos
e brincadeiras, mas também
através do diálogo.
A psicóloga Carla Lima deixa
algumas sugestões para os
pais acompanharem os filhos:
l Desenhar notas e moedas;
l Fazer jogos de compras
e de troca de bens;
l Explicar de onde vem
o dinheiro e para que serve;
l Explicar que o cartão
Multibanco não dá todo
o dinheiro que se quer;
l Conversas sobre a
importância do dinheiro
na vida de cada um;
l Incentivar os filhos
a participar no orçamento
familiar desde cedo, mostrar
que o dinheiro que recebem
é fruto do trabalho e que
tem limite;
l Fazer mealheiros. Para os
mais pequenos, é importante
arranjar um recipiente onde se
veja o dinheiro a “aumentar”
(pode ser uma garrafa
decorada, por exemplo).
68 Caixa Woman

caso dos meninos mais gastadores,
ensinar-lhes o prazer “de juntar para
conseguir algo mais valioso”, ainda que
seja preciso esperar.
A psicóloga diz que é importante que
os pais fiquem atentos à forma como
os filhos gastam o dinheiro e que devem
apoiar os esforços que estes fazem
para gastar dentro das suas possibilidades
e para poupar. “Os pais
devem controlar a forma como é usada
a semanada ou a mesada e ensinar
a criança a registar os gastos”, comenta
Manuel Coutinho. Defende ainda que
os adultos não devem reforçar as
quantias quando o dinheiro acaba por
má gestão, mas, sempre que possível,
quando a criança apresentar uma poupança.
Neste caso, poder-se-á “reforçar
a nova mesada com uma verba
equivalente à poupada. É um estímulo
para continuar a poupar”, diz.
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.
tões relativamente ao assunto.
Enquanto administram a semanada ou
a mesada, as crianças e os jovens desenvolvem
e exercitam capacidades
fundamentais. Uma das primeiras
prende-se com o estabelecer de limites,
na medida em que percebem que
o dinheiro não chega para tudo. E,
neste sentido, também vão aprendendo
a lidar com a frustração e a estabelecer
prioridades.
Para conseguir realizar alguns dos
seus desejos (normalmente, comprar
gadgets, roupa e ténis de marca), é preciso
acumular várias mesadas
intactas, eles aprendem também a poupar
e a adiar a gratificação. “Trei nam o
‘saber esperar’”, esclarece Carla Lima,
que aconselha os pais a ensinarem os
filhos a gerir o seu próprio orçamento.
“Por exemplo, fazer uma lista prévia do
que podem comprar com determinado
valor, tendo em conta as suas necessidades
e os seus desejos, e perceber
em que altura podem aproveitar para
comprar a um preço mais baixo.” E, no
Educar para a responsabilidade inclui
ainda negociar e analisar os pedidos
de aumento e evitar pedidos de adiantamentos
e de empréstimos, segundo
a psicóloga clínica Carla Lima. É preciso
que as crianças e os jovens percebam
que “não se pode gastar mais do que
aquilo que se tem”, sublinha. Se a falta
de dinheiro ocorrer por má administração
da mesada, concretamente excesso
de gastos desnecessários, “é mais
saudável que a criança sinta as consequências
dos seus exageros”. E se, no
limite, “for dado dinheiro extra, este deve
funcionar como um empréstimo”.
Esclarece ainda que não se deve premiar
os bons resultados escolares com
dinheiro associado à mesada, pois é
importante que as crianças percebam,
desde cedo, que “ter boas notas é um
dever para benefício próprio” e que
aprendam a valorizar a satisfação de
ter esses resultados académicos, “isto
é, de se conquistar um objectivo”.
Caixa Woman 69

BELEZA
Presente
perfeito
DAR PODE SABER TÃO BEM
COMO RECEBER. SOBRETUDO
QUANDO OS PRESENTES
SÃO AUTÊNTICOS MIMOS
COLORIDOS E PERFUMADOS.
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garantido.
L’Eau d’Issey pour Homme, eau de toilette, gel
de banho e aftershave, ¤ 58,50, Issey Miyake.
Polo Blue, eau de toilette e desodorizante,
¤ 66,95, Ralph Lauren.
Playboy Malibu, eau de toilette e desodorizante,
¤ 15,60, Playboy. Aramis Holiday, eau de
toilette e antitranspirante, ¤ 46, Aramis.
FOTOGRAFIA: BIOTHERM.
La Nuit de L’Homme, eau de parfum, ¤ 92,50, Yves Saint Laurent. 11 La Force,
eau de toilette, ¤ 60, D&G. Bleu, eau de toilette, ¤ 74, Chanel. Malbec, eau de toilette,
¤ 32,90, O Boticário. The Secret, eau de toilette, ¤ 32,40, Antonio Banderas.
Force, eau de toilette, ¤ 39, Biotherm. Essenza, eau de cologne, ¤ 101,50,
Acqua di Parma. Le Male Terrible, eau de toilette, ¤ 55,19, Jean-Paul Gaultier.
Pour Homme Soir, eau de toilette, gel
e nécessaire, ¤ 77, Bvlgari.
Caixa Woman 73

ESSENTIALS PRIME CLINIC DAY SPA
As titulares do cartão Caixa Woman
beneficiam de 20% de desconto em
tratamentos de electroestética; 15% na
aquisição de cheques prenda; 15% em todas
as terapias de spa e estética em geral e 5%
na aquisição de produtos cosméticos. Saiba
mais em www.parceiroscartoes-cgd.com
Book Of Shadows Vol. III,
kit de maquilhagem, ¤ 45,
Urban Decay, na Sephora.
Ralph, eau
de toilette
e linha
de banho,
Ralph
Lauren.
Kit Some Beauty
to Love, com
base, lápis para
olheiras, blush
e máscara,
¤ 39,50,
Benefit,
na Sephora.
Lima de
unhas
Sandy,
¤ 4,
Tokidoki,
na
Sephora.
Beauty Box,
nécessaire,
¤ 34,90,
Sephora.
Girls
A rapariga que não goste
de maquilhagem e perfumes,
levante a mão. Para todas as
outras, tome nota desta escolha
colorida, perfumada e divertida.
Kits de maquilhagem, coffrets
perfumados... O difícil vai ser
decidir qual e quantos presentes
vai comprar para elas ou para si.
Colónia Sophie,
¤ 19,90, O Boticário.
Óleo de
banho
Magic
Wand
Bath
Heart
Pearls,
¤ 4,90,
Sephora.
74 Caixa Woman
Hi Panda, mascote solidária,
¤ 10 (dois euros revertem
para a Fundação do Gil),
Sephora.
Bálsamos
labiais com
sabor a fruta
Born Lippy
Fruity,
¤ 15/conjunto,
The Body Shop.
Kisses from the
Heart, ¤ 35, Clinique.

Play, eau de toilette
e gel, ¤ 51, Givenchy.
PURO SPA
O Puro Spa oferece às titulares do
cartão Caixa Woman 15% de desconto
em tratamentos de rosto e corpo
(estética não incluída). Saiba mais
em www.parceiroscartoes-cgd.com
Carpe Diem Man,
eau de toilette,
¤ 24,90, O Boticário.
Big Pony, eau de
toilette e gel, ¤ 55,
Ralph Lauren.
Perfume
para criança
Baby Boti,
¤10,90.
O Boticário.
Keep Him Happy,
Happy for Men,
colónia e aftershave,
¤ 64, Clinique.
Creme de mãos
com cânhamo,
¤ 6, e outros
produtos da
mesma linha,
tudo The Body
Shop.
Boys
Já não são só as raparigas
que querem divertir-se e usar
produtos de beleza. Os rapazes
modernos também já não
dispensam alguns cuidados
básicos de cosmética
e perfumes bem cheirosos
de marcas seleccionadas
e que, de preferência,
conquistem corações.
America’s Best Tommy, colónia
e gel, ¤ 45, Tommy Hilfiger.
CASA
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
Vela perfumada Eau de Campagne, ¤ 50, Sisley. Ambientadores com aroma a baunilha. Vela, ¤ 10, e difusor, ¤ 17,
ambos The Body Shop. Perfume de ambiente Foglie di Tè, ¤ 57,60, Acqua di Parma.
Caixa Woman 75

ESPELHO MEU
Jetlag existencial
FOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS.
SUSANA CHAVES
Jornalista
Hoje é um dia curioso do calendário:
10 do 10 do 10. Escrevo, portanto, em inícios
de Outubro. Resolvi que esta crónica seria
sobre o Natal, uma vez que a edição desta
revista irá para as bancas já muito perto
da altura em que se tomam as decisões
importantes sobre as “festas” e se ultimam
as compras dos presentes da quadra. Nada
melhor do que sugerir alguns produtos
de beleza para colocar dentro do sapatinho,
propor os perfumes mais adequados,
o tipo de maquilhagem infalível… Não é
O problema é que ainda não “saí” do Verão.
Há exactamente um mês, tomei o último
banho de água salgada e, de um momento
para o outro, começou a chover, o frio
fez-se sentir e até já vesti o primeiro par de
collants. Só que ainda não estou preparada
para aceitar o Outono e, muito menos, para
pensar ou escrever sobre o Natal. Para
agravar o meu jetlag editorial, assisti,
neste fim-de-semana, a alguns desfiles da
ModaLisboa, onde foram apresentadas as
colecções… Da próxima Primavera/Verão!
Isto depois de ter regressado de uma
viagem de trabalho à Dinamarca, onde já se
fazia sentir um frio de rachar e onde me foi
apresentado um novo e muito interessante
serum anti-envelhecimento que será posto
à venda… Em Janeiro do ano que vem.
Com mais frequência do que desejaria,
acordo de manhã e não sei literalmente em
que dia ou mês do ano estou. E tenho de
verificar a agenda várias vezes ao dia para
“centrar-me” no momento. Quando o Natal
chegar de facto, vou voltar a ter a sensação
de déjà vu… Já conheço, dos press releases,
os cabazes e os coffrets de oferta da maioria
das marcas; as roupas nas montras, já as vi
pela primeira vez em Março deste ano; e,
nessa altura, terei em cima da secretária toda
a informação sobre perfumes, maquilhagem
e massagens a dois que irei recomendar…
No Dia dos Namorados de 2011.
Viver assim é tudo menos romântico.
Quando consigo nadar à superfície do
tempo presente, sinto-me como Michael
J. Fox no Regresso ao Futuro e concluo
Acordo de manhã
e não sei literalmente
em que dia ou mês
do ano estou. E tenho
de verificar a agenda
várias vezes ao dia
para “centrar-me”
no momento.
que o passado é o meu presente e o meu
presente é viver no futuro. Advertência: não
tente entender, pode ficar com tonturas.
Voltando (lá está…) à minha promessa inicial
de deixar aqui umas sugestões cosméticas
natalícias e de valor seguro. Um voucher para
uma massagem num spa (há para todos
os gostos e carteiras, e pode ser “apenas”
uma manicura); uma edição limitada ou um
coffret do perfume preferido do ofertado,
privilegiando os kits que não se limitem a ser
uma caixa em cartão não reutilizável e, pior,
não reciclável. Em último caso, um “vale”
para deixar a escolha em aberto e sempre,
mas sempre, o recibo no interior do presente,
para permitir a troca. Feliz… Natal!
76 Caixa Woman

2010/11

LAR, DOCE LARDAQUI NÃO SAIO!
Casa viva
O Inverno é, por definição, a estação
da casa. Apetece ainda mais
regressar ao calor do lar e descobrir
o aconchego da família. Invista
no seu refúgio, criando zonas
de conforto de onde apetece sair
só pelo prazer de voltar.
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.

SHOPPING
Para a casa:
lustre Old Lamp
Shade, executado
com abat-jours
vintage, preço
sob consulta,
www.pietheineek.nl
Breve lista de Natal
O que conta nesta quadra é mesmo o amor e a boa vontade.
Oferecer um destes presentes garante boas memórias para o futuro.
POR JOÃO GALVÃO.
80 Caixa Woman

Para a filha:
casa de
bonecas
Amanda,
50x40x40 cm,
¤ 49,90,
Imaginarium.
Para o pai:
conjunto de
toilette Roi
du Je, ¤ 61,
Thalgo.
Para a sala: colunas
sonoras Beolab,
Bang Olufsen.
Para
o avô:
decantador
em vidro,
¤ 54,95,
Menu, na
Best of Living.
Para o chefe: relógio
de mesa Cronotime, ¤ 49,
Alessi, na Octógono.
Para a avó: vaso em
porcelana e folha
de ouro, preço sob
consulta, www.villari.it
Para a vizinha:
caneca Hug Mug,
¤ 23, Alessi,
na Inexistência.
Para a cozinha:
cadeira Chivari,
em policarbonato
transparente,
¤ 97, Area.
Para o filho
adolescente: baú Union
Jack, em cabedal
impresso e patinado,
com estrutura
em madeira e ferragens
em latão, 60x60x60 cm,
a partir de ¤ 1 152,
www.dekercoet.com
Para o gato: comedouro
Mio, ¤ 46, Alessi,
na Inexistência.
Para a sobrinha: conjunto infantil de pastelaria, ¤ 12,95, Casa.
Para a colega de trabalho:
quebra-nozes com base
em aço e cúpula em
borracha, ¤ 36,95, Menu,
na Best of Living.
Para a mãe: vela
aromática, preço sob
consulta, Kelly Hoppen
para Welton.
Aproveite para usar o seu cartão Caixa Woman. Saiba tudo em www.caixawoman.pt

DECORAÇÃO
Biblioteca
Pública
de Seattle.
TENDÊNCIAS DE INVERNO
Três direcções para a decoração do tempo frio, com o aval e a presença
dos grandes produtores internacionais.
POR JOÃO GALVÃO.

Candeeiro de tecto Vertigo, em fibra de
vidro, ferro e poliuretano, 200x17 cm,
preço sob consulta, Constance Guisset,
em www.petitefriture.com
Fruteira
Tradig, em
arame de aço
revestido
a epóxi,
Ø30x20 cm,
¤ 20,12, Ikea.
Mesa de apoio Blow Up,
em aço e vidro, Ø45x44 cm,
¤ 179,40, Fernando
e Humberto Campana
para Alessi, em
www.lojainexistencia.com
LINHA
Mesa de centro Linosa,
em vidro com padrão
serigrafado e pés em
aço inox, 120x42x24,50
cm, ¤ 1 134, Pierre
Charpin, na Ligne Roset.
A BASE DE TUDO. MAS NUNCA SOZINHA; MUITAS, UMAS COM AS OUTRAS.
ÀS VEZES, QUANTAS MAIS, MELHOR.
Cadeira rotativa, em
plástico moldado por
rotação Spun, Ø81x78 cm,
¤ 302,50, Thomas
Heatherwick para Magis,
na Dimensão.
Cadeira Wire Frame, em
arame de aço, de 4 mm de
secção, lacada, 47x50x80 cm,
preço ainda não disponível,
Guido Ooms e Karin
van Lieshout, em
www.oooms.nl/shop
Candeeiros de
chão, ou mesa,
Sunset, com arame
dourado e abat-jour
têxtil com interior
dourado, a partir de
Ø32x45 cm, ¤ 295,
www.ascete.com
COLONY – AROMA CLUB
A Colony oferece 10% de desconto
em todos os artigos. Saiba mais
em www.parceiroscartoes-cgd.com
Caixa Woman 83

Cadeira Paper Chair,
(protótipo), em papel,
80x85x74 cm,
preço sob consulta,
Mathias Bengtsson, em
www.danishcrafts.dk
Candeeiro de tecto Josephine,
com difusor em poliestireno,
Ø31x33,70 cm, ¤ 69, Area.
Mesa de centro Newton, com base em
carvalho, faia ou freixo, naturais ou tintos,
e tampo em vidro elíptico, 97x31 cm, preço
sob consulta, Dan Sunaga e Staffan Holm
para Karl Andersson & Söner, na Nord.
LISTA
A DECORAÇÃO MAIS SIMPLES, MAS AINDA (E SEMPRE)
A QUE SURTE MAIS EFEITO.
Banco Highway C, com estrutura em aço e estofo em
espuma indeformável de poliuretano, 280x72x68 cm,
¤ 1 919, Bartoli Design para Segis, na Empatias.
Candeeiro de tecto
Buckle, em aço cromado,
polido ou escovado,
Ø120x120 cm, ¤ 1 543,
Tina Leung para Innermost,
na Aromas del Campo.
Mesa de apoio The Dark Side
of the Moon, em vidro laminado
com cor no interior, 155x55x30 cm,
¤ 4 241, Piero Lissoni para Glas, Domo.
Poltrona
Jumper, preço
ainda não
disponível,
Bertjan Pot para
Established
& Sons, na Poeira.
Poltrona Sancarlo, em estrutura em tubo
metálico lacado com estofo em espuma,
¤ 1 638, Achille e Pier Giacomo Castiglioni
para Tacchini, na Quarto Sala.
HOMES IN HEAVEN
As titulares do cartão Caixa Woman
beneficiam de um desconto de 10%
nos produtos. Saiba mais
em www.parceiroscartoes-cgd.com
84 Caixa Woman

Farol Quoddy
Head, Lubec
Maine (Estados
Unidos da
América).
FLORFLOR.PT
As titulares do cartão Caixa Woman
beneficiam de um desconto de 10%
sobre o valor total da compra. Aceda
a www.parceiroscartoes-cgd.com
e descubra como usufruir.

DELTA Q
As titulares do cartão Caixa Woman
usufruem de um desconto de ¤30
na aquisição das máquinas de café
Qool e Qosmo. Saiba mais em
www.parceiroscartoes-cgd.com
Palhota tradicional
zulu, África do Sul.

Carapuços para ovos cozidos
Warm Up, ¤ 12,50 cada,
www.uccellino.de
Candeeiro de tecto
Bloom, em espuma
sintética, ¤ 151,
Hiroshi Kawano,
na Ligne Roset.
Jarro vintage em
cerâmica, ¤ 30,
A Barbacã.
Candeeiro
de tecto
Granny,
a partir
de ¤ 235,
Casamania,
na Fluxodesign.
Poltrona The Secret
Clubhouse (protótipo),
em madeira reciclada
com almofadas em feltro,
Martin Vallin, na Cappellini.
Poltrona Reverb Wire,
em arame de aço cromado,
Brodie Neill. Em exposição
no Apartment Gallery, em
Londres. www.brodieneill.com
ENTRETECIDO
TÉCNICA ANCESTRAL PARA PRODUTOS DO SÉCULO XXI. SUPERFÍCIES
UNIFORMES NA MATÉRIA MAS RICAS E TRABALHADAS NO ASPECTO.
Poltrona Sweet, em
estrutura de metal
pintado, casco em tubo
de PVC entrelaçado,
¤ 1 219, Paola Navone para
Gervasoni, na Galeria 4.
Candeeiro
de mesa
Emperor,
preço sob
consulta,
Moooi.
Bancos Mickey’s Ribbon,
em folha de metal cortada
a laser e lacada, série
limitada de 399 peças,
preço sob consulta, Nendo
2010 para Cappellini,
na Bastidor.
Saiba mais detalhes sobre o cartão Caixa Woman em www.caixawoman.pt

FICHA TÉCNICA
O Inverno é lá fora
A premissa para
uma casa quente
é, sobretudo, o
isolamento. Conheça
as melhores soluções
para tornar a sua casa
num lugar ainda
mais apetecível.
TEXTO DE CARLA MACEDO.
O Inverno é lindo. A chuva dá direito
a sentimentos poéticos. O sol, quando
espreita, ilumina as almas. O frio enrijece.
É muito bonito mesmo. Só não é
se, depois de um dia de intempérie, chegar
a casa e der com ela fria e húmida.
O cenário não é tão improvável quanto
possa parecer. Em 2004, estavam identificadas
900 mil casas degradadas em
Portugal pelo programa Prohabita. Em
Março de 2010, depois da derrocada de
um prédio em Lisboa, escreviam-se,
nos jornais, números assustadores. Na
Freguesia da Pena, por exemplo, cerca
de um terço dos prédios necessitava de
obras urgentes. Será que todos os edifícios
degradados estavam desabitados
O mais provável é que não.
Tanto em casas a recuperar como em
projectos novos, o isolamento é, sem
dúvida, a primeira alínea a ter em conta
para passar um Inverno descansado.
CONFORTO E ENERGIAS RENOVÁVEIS
Sabia que existem maneiras de garantir todo o conforto da sua casa
com soluções de energia mais sustentáveis Na área das tecnologias
que reduzem o consumo de energia, a CGD ajuda-o a aceder
a um conjunto de soluções como colectores solares, térmicos,
fotovoltaicos, eólicos ou outros, assim como a equipamentos de
apoio ou ligação aos equipamentos de que já dispõe. Além de poupar,
ainda protege o meio-ambiente, uma vez que reduz as emissões
de CO2. Saiba como é fácil, garantir o conforto do seu lar e ajudar
o ambiente em www.cgd.pt. Visite ainda www.caixawoman.pt
88 Caixa Woman

FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
À impermeabilização de paredes e telhados
junta-se o imperativo de um bom
sistema de janelas, que permita à casa
defender-se do frio e expulsar a humidade
em excesso do interior. Se, para
a maioria dos casos, é recomendável
a aplicação de janelas em vidro duplo
e caixilhos em PVC, em edifícios de tabique
ou tijolo de burro, essa nem sempre
é a solução mais acertada.
Maria Alice Ferreira herdou um apartamento
próximo do Instituto Superior
Técnico, em Lisboa. O plano para o imóvel
era a colocação no mercado de aluguer
e, por isso, era necessário que todos
os materiais da renovação fossem
duradouros. A escolha para as janelas e
a marquise eram evidentes, “até pelas
janelas da vizinhança”, explica a proprietária.
“Mandei fazer um projecto de caixilharia
em PVC e, ao final do primeiro
Inverno, o tecto da marquise estava preto
por causa da concentração de humidade.
Ainda comprei desumidificadores
e aquecedores, mas o cheiro a bolor foi
sendo cada vez mais intenso.” O apartamento
tornou-se cada vez mais difícil
de alugar. Este Verão, Maria Alice foi
aconselhada a mudar os caixilhos para
alumínio e abrir ventiladores nos painéis
fixos superiores de forma a evaporar
a água em excesso para o exterior.
Quando as casas estão bem isoladas das
temperaturas exteriores, não é só a sensação
de frio que diminui. A factura com
a energia também baixa. Aquecer uma
casa é caro. É por isso que não faz sentido
nenhum apostar num super-aquecimento
– um chão radiante, por exemplo
– e, depois, não vedar as portas.
Eventualmente, se eliminar as saídas de
calor, pode reduzir até a necessidade de
investimento nos equipamentos de
aquecimento mais caros.
Cada casa é um caso. Espaços pequenos
têm menos necessidades caloríferas,
espaços amplos consomem mais.
Para a escolha de um sistema de climatização,
devem considerar-se as dimensões
do espaço a aquecer, a vida dessa
casa, as dinâmicas familiares, as divisões
mais utilizadas. Sónia Silva resolveu mudar
de casa depois do nascimento do
primeiro filho. “Foi quando percebi que
o meu quarto é tão grande, tão grande,
que é impossível aquecê-lo.” Mas será
mesmo O problema de Sónia é um pé
direito de quase quatro metros em toda
a casa, mas sobretudo a tentativa de
aquecer o quarto com um aquecedor
eléctrico portátil.
Hoje, há inúmeras soluções no mercado.
Uma das mais rentáveis é a combinação
de acumuladores de calor com tarifários
de fornecimento eléctrico bi-horários.
O sistema é simples. Ligado à corrente
e fixo à parede, o acumulador é regulado
para concentrar calor durante sete horas
do dia, libertando-o progressivamente
durante essas sete e nas restantes dezassete.
O espaço onde o sistema está
instalado nunca arrefece na totalidade e
não se gasta mais electricidade por isso.
OBJECTIVO 20%
A poupança energética não é apenas um imperativo doméstico,
é também nacional e europeu. Os gastos energéticos com os edifícios
atingem os 40% de toda a energia consumida na Europa. A média
reporta-se ao total dos países membros da União Europeia. Por isso,
a nova directiva energética para os edifícios, aprovada este ano, preconiza
uma descida até aos 20% das necessidades de energia
nas construções novas e nas existentes também.
Saiba como pode contribuir para essa poupança e que
profissionais a podem ajudar em www.lardocelar.pt
Aliás, programando a acumulação de calor
para o horário de vazio, poupa-se
cerca de 45% do valor gasto se comparado
com um sistema que esteja em
carregamento regular para aquecer uma
casa 24 horas por dia.
Contudo, há mais opções viáveis. Recu -
peradores de calor, salamandras eficientes
e até lareiras a bioálcool, sistemas
de recuperação de água doméstica, pavimentos
radiantes e radiadores de parede
estão cada vez mais eficientes
energeticamente. Consomem menos,
produzem mais. Mas o imperativo é
com binar, seja qual for o sistema, com
uma estrutura isolada e o resultado será
só um: uma casa quente e sem gastos
em excesso.
Caixa Woman 89

AVENTAL DOS FAMOSOS
1
Curso de cozinha
UM CHEF CARISMÁTICO CONVERTE-SE EM PROFESSOR ADORADO: NO SEU
NOVO LIVRO, HENRIQUE SÁ PESSOA ENSINA-NOS A BRILHAR NA COZINHA
E AINDA NOS DÁ A RECEITA PARA MOMENTOS DE PURO DELEITE.

1. BRUSCHETTA DE PÃO
SALOIO COM TOMATE
E PRESUNTO
Ingredientes Para 2 pessoas
125 g de tomate cereja, cortado em
quartos; 1 dente de alho inteiro; 4 fatias
de pão saloio; 3 colheres de sopa
de azeite; 10 folhas de manjericão
em juliana fina; 2 fatias de
presunto fatiado (fininho); 1 colher de
sopa de chalota picada; 1 colher de
sopa de vinagre balsâmico.
Numa taça, junte a chalota, o tomate,
o manjericão, o azeite e o vinagre
balsâmico. Tempere com um pouco
de sal e de pimenta, e mexa bem.
Torre, no forno ou na torradeira, as
fatias de pão saloio. Esfregue o dente
de alho no pão torrado, para darlhe
um perfume. Cubra o pão com o
preparado de tomate e, por último,
com as fatias de presunto. Sirva.
2. SALADA DE MELÃO
COM QUEIJO FETA,
ACELGAS E VINAGRETE
DE AZEITONAS PRETAS
Ingredientes Para 4 pessoas
50 g de azeitonas pretas descaroçadas
e picadas; ½ cabeça de funcho
cortado em lâminas muito finas
(usar a parte interior do funcho);
2 fatias de melão, sem casca, cortado
em fatias finas; 1 embalagem de
mistura de alfaces lavadas; 5 unidades
de tomate-chucha; 1 embalagem
de 150 g de queijo feta; 8 co lheres
de sopa de azeite; 3 colheres de sopa
de vinagre balsâmico; 10 folhas
de manjericão cortadas em juliana;
sal e pimenta q.b.
Numa taça, junte as alfaces, o funcho
e o melão fatiado. Acrescente
o queijo feta cortado aos quadrados,
ou mesmo desfeito com as pontas
dos dedos, e tempere com um pou-
co de vinagrete e manjericão.
Corte o tomate‐chucha
às fatias
e disponha à volta de
um prato. Sirva a salada
no centro do prato
e tempere bem com
o vinagrete. Para o vinagrete:
Misture o azeite
e o vinagre numa taça,
junte as azeitonas
e o manjericão picado,
uma pitada de sal e de
pimenta moída.
3. RISOTO DE
ESPARGOS VERDES
Ingredientes Para 4 pessoas
280 g de risoto (arboreo ou carna roli);
2 chalotas picadas; 1 dente de a lho
picado; 2 molhos de espargos frescos,
cozidos e cortados às rodelas;
1 colher de sopa de puré de espinafres;
1 colher de sopa de cerefólio picado;
1,5 l de caldo de legumes a ferver;
2 colheres de sopa de queijo
parmesão ralado; 1 colher de sopa de
manteiga sem sal; 1 colher de sopa de
azeite; sal, pimenta e azeite; 50 ml de
vinho branco; 20 g de queijo da ilha.
Refogue a chalota e o alho num
pouco de azeite, adicione o risoto
e deixe refogar até ficar translúcido.
Refresque com vinho branco e
adicione caldo suficiente para cobrir
o arroz. Coza o arroz durante
cerca de 14 minutos, adicionando
o caldo gradualmente, à medida
que o caldo vai sendo absorvido,
sempre mexendo muito bem.
Adicione os espargos e o puré de
espinafres. Deixe cozer mais 4 minutos
e retire do lume. Deixe repousar
cerca de 1 minuto e junte
o queijo parmesão, a manteiga e o
cerefólio. Mexa muito bem e sirva
com lâminas de queijo da ilha.
Senhor professor
Curso de Cozinha (Esfera dos
Livros) é o mais recente livro de
Henrique Sá Pessoa. Nele, o chef
apresenta mais de cem receitas,
oferecendo uma formação
culinária em quatro níveis.
Formado nos Estados Unidos,
Henrique já comandou as
cozinhas de vários hotéis de cinco
estrelas. Hoje, dirige o Alma,
o seu restaurante em Lisboa.
2
3
Caixa Woman 91

Faça uma compota de tomate, salteando,
durante cerca de 2 minutos,
o tomate-cereja e as chalotas num
pouco de azeite. Junte o azeite, o vinagre,
o manjericão e o açúcar numa
taça e mexa bem. Adicione o tomate-cereja
e deixe apurar, durante
cerca de meia hora, à temperatura
ambiente. Use uma frigideira bem
quente para saltear as lulas e o camarão,
numa quantidade generosa
de azeite, durante cerca de 1 minuto.
Junte o alho, o chilli e os coentros
e refogue durante mais 1 a 2 minutos.
Refresque com o vinho
branco e rectifique o tempero de sal.
Sirva as lulas com a compota de tomate
e as folhas de rúcula.
4
4. CREME DE CENOURA
Ingredientes Para 4 pessoas
6 cenouras descascadas e cortadas
em pedaços; 1 cebola picada; 1 colher
de sopa de gengibre ralado;
3 colheres de sopa de azeite; sumo
de laranja a gosto; cebolinho q.b.
(opcional).
Num tacho largo, refogue a cenoura,
a cebola e o gengibre em
azeite, durante cerca de 6 a 8 minutos,
em lume brando. Junte água
suficiente para cobrir os legumes
e coza durante cerca de 6 a 8 minutos.
Num copo misturador, triture
bem a sopa, até obter uma textura
bem aveludada. Rectifique
o tempero e junte sumo de laranja
a gosto antes de servir. Decore
com o cebolinho picado (opcional).
5. CAMARÃO E LULINHAS
SALTEADAS COM CHILI,
COMPOTA DE TOMATE-
-CEREJA E FOLHAS
DE RÚCULA
Ingredientes Para 6 pessoas
300 g de lulinhas, frescas ou congeladas,
limpas e cortadas às rodelas
finas; 18 camarões crus e descascados
de calibre 30/40 (des-
congele bem para não terem água)
e cortados em 5 pedaços cada um;
250 g de tomates-cereja amarelos
e vermelhos cortados em metades;
1 colher de sopa de coentros picados;
1 colher de sopa de cebolinho
picado; 2 colheres de chá de alho
picado; 1 chili vermelho (comprido,
não piripiri) picado; 25 ml de vinho
branco seco; 2 chalotas picadas;
1 colher de chá de açúcar branco;
100 ml de azeite; 3 colheres de sopa
de vinagre de vinho tinto; 6 folhas
de manjericão em juliana;
1 embalagem de rúcula; azei te, flor
de sal e pimenta q.b.
6. FILETE DE SALMÃO
COM BATATINHA,
PANCETTA E ESPARGOS
Ingredientes Para 4 pessoas
4 filetes de salmão com cerca de
160 g cada; 100 g de pancetta (bacon
italiano); 320 g de batatinha primor
cozida e cortada em metades;
1 molho de espargos arranjados, cozidos
e cortados em metades;
1 curgete cortada em juliana grossa;
azeite q.b.; 4 a 5 folhas de manjericão
em juliana; sal e pimenta q.b.
Usando uma frigideira anti-aderente,
frite o salmão dos dois lados num
pouco de azeite, durante cerca de
4 a 5 minutos, até ficar estaladiço.
Reserve num sítio quente. Na mesma
frigideira, salteie em azeite, por
esta ordem, a pancetta, a batatinha,
a curgete e os espargos com um
intervalo de um minuto entre cada
ingrediente, num total de 6 minutos.
Tempere com sal e pimenta e junte
o manjericão picado. Sirva o salmão
sobre cama de legumes, com
um fio de azeite à volta.
92 Caixa Woman

5
6

7. PEITO DE FRANGO
COM QUEIJO DE CABRA
E POLENTA CREMOSA
Ingredientes Para 4 pessoas
4 x 175 g de peito de frango com pele;
100 g de polenta instantânea;
1,5 l de leite; 1 folha de louro; 200 g
de ervilhas; 1 colher de sopa de salsa
picada; 1 dente de alho picado;
80 g de queijo chèvre; azeite, sal e pimenta;
20 g de manteiga; parmesão
q.b.; 10 folhas de manjericão.
Faça um corte perto do lombinho
adjacente ao peito de frango e recheie
com o queijo de cabra previamente
misturado com as folhas de
manjericão picado. Leve ao frio durante
30 minutos para o queijo ficar
rijo. Core ambos os lados dos 4 peitos
de frango num pouco de azeite,
tempere com sal e pimenta. Ferva o
leite com a folha de louro e adicione
a polenta gradualmente, mexendo
sempre com varas. Coza a polenta
em lume brando, mexendo sempre,
cerca de 6 a 8 minutos. Disponha
num tabuleiro com cerca de 2 cm de
espessura e deixe arrefecer. A polenta
vai ficar rija e poderá cortá-la
em rectângulos. Num tacho, salteie
as ervilhas com um pouco de manteiga
ou, opcionalmente, faça um puré,
refogando as ervilhas com um
pouco de cebola picada. Cubra com
caldo, deixe cozer cerca de 4 minutos
e triture. Asse os peitos de frango
no forno a 180 o C durante cerca
de 10 a 12 minutos. Aqueça, no forno,
a polenta cortada em rectângulos
com um pouco de queijo parmesão
por cima. Sirva o frango com o
puré de ervilhas e a polenta.
8. PÊRAS E MAÇÃS
CARAMELIZADAS
Ingredientes Para 2 pessoas
2 pêras biológicas; 2 maçãs biológicas;
75 g de açúcar; 2 paus de canela;
2 estrelas de anis; 2 cravinhos;
1 colher de chá de pimenta preta em
grão; 100 g de manteiga sem sal;
100 ml de sumo de maçã natural;
1 embalagem de gelado.
Aqueça o açúcar numa frigideira.
Quando chegar ao ponto de caramelo,
junte as 2 estrelas de anis, os 2 paus
de canela, os 2 cravinhos e a pimenta
preta. Junte as pêras e as maçãs
cortadas aos quartos e a manteiga.
Caramelize durante cerca de 2 minutos
até a maçã e a pêra ficarem com
uma cor acastanhada. Acres cente o
sumo de maçã natural. Deixe cozer
durante cerca de 3 a 4 minutos. Arre -
feça durante cerca de 45 minutos antes
de servir. Sirva com uma bola de
gelado de baunilha ou de chocolate.
9. IOGURTE FRESCO
COM REDUÇÃO DE
FRUTOS SILVESTRES
Ingredientes Para 4 pessoas
4 embalagens de iogurte grego (cerca
de 65 g/cada); 1 embalagem de
200 g de frutos silvestres congelados;
1 vagem de baunilha; 5 a 6 colheres
de sopa de açúcar; 1 pau de
canela; 100 g de framboesas frescas.
Num tacho, junte os frutos congelados,
o açúcar, a canela e a vagem de
baunilha. Ferva em lume brando durante
cerca de 8 a 10 minutos. Retire
do lume e deixe arrefecer para apurar
os sabores. Num copo, sirva os
frutos, à temperatura ambiente ou
frios, intercalados com o iogurte grego
ou, opcionalmente, com sorvete
de morango. Decore com framboesas
e um pouco de hortelã.
8
9
Caixa Woman 95

DONA DE CASA DESESPERADA
Deveres vs. prazeres
CRISTINA BELO
Jornalista
Nunca deixe que uma tarefa a ser executada
seja mais importante do que uma pessoa
a ser amada. É forte para começar,
concorda Creio que não suscita grande
debate, mas exige reflexão e acção.
Por outras palavras, nunca devemos abdicar
do tempo com a família e connosco próprias
em detrimento de uma qualquer obrigação
doméstica. É tão fácil, na nossa vida
alucinante e absorvente de supermulheres,
invertermos as prioridades por mais
que estas estejam claras dentro de nós.
Take one. Dou por mim a chegar a casa
às 18h30 (no melhor dos dias), corro para
a casa de banho, limpo o rosto cansado e tiro
a maquilhagem (se tive tempo, nessa manhã,
de aplicá-la), preparando-me para o final da
jornada, calço uns chinelos confortáveis
e voo para a cozinha. O que vai ser o jantar
Já devia ter pensado nisso de manhã,
ao pequeno-almoço. Não deixei nada
a descongelar É a morte da artista. Zut!
Tenho de improvisar. Dentro de minutos,
chegarão os meus filhos, eufóricos.
Os pestinhas têm baterias recarregáveis
ao longo do dia. Tenho de dar-lhes um tempo
para desfrutarem da casa, dos seus quartos
e dos brinquedos, para nos reencontrarmos,
sem pressas, e não massacrá-los logo com
o “toca a despir e ir tomar banho. O jantar
está quase pronto”. E agora, hein Da teoria
à prática, é que são elas. Mas tudo se
consegue com treino, muito treino. Vou
sentar-me no sofá, ouço as notícias enquanto
os meus piratas assumem o (des)controlo do
território deles. Esqueço que a mesa está por
pôr, que a máquina da louça lavada está por
arrumar, que a roupa seca no estendal está
por apanhar... E desencaminho o meu marido
para deixar o portátil e ficarmos apenas
ali, um momento, só os dois, sentados,
aconchegados um no outro. Imunes
à revolução doméstica em marcha.
Take two. Estou em cima do deadline para
terminar esta crónica. É fim-de-semana.
Nada me inspira a não ser desfrutar dos
jogos com as crianças, avançar na leitura
de um livro ao qual estou agarrada, sair
de casa para fazer uma sessão de chi kung
ao ar livre com uma amiga e terminar o dia
Nunca devemos
abdicar do tempo com
a família e connosco
próprias em detrimento
de uma qualquer
obrigação doméstica.
deixando-me guiar pelos gostos cinéfilos
do meu marido e vermos, em família,
um clássico de Frank Capra, Uma Noite
Aconteceu. Isto sim, é tempo de qualidade!
Continuo atrasada, como o coelho da Alice
com as minhas tarefas. E será que me dá
um nervoso miudinho Claro! Afinal, são
mudanças que exigem esforço interior
e perseverança. Ainda, assim, permitam-me
que aplauda os meus pequenos progressos.
Porque, como dizia um dos mentores do
desenvolvimento pessoal, Jim Rohn, “don’t
wish your life was easier, wish you were
better”. A vida nunca será mais fácil, nós
é que temos de melhorar a nossa atitude
perante a vida. E não será, com certeza, por
isso que me torno pior dona de casa.
96 Caixa Woman

INVESTIR EM MIM
QUANDO O PRAZER SE ALIA AO EQUILÍBRIO
Boas
surpresas
Cansada da palavra crise Risque-a
do seu dicionário e substitua-a
por uma melhor. É fácil, basta
alinhar prioridades, eliminar
o supérfluo e investir apenas
naquilo que vale a pena. No final,
tudo se resume a escolhas.
Trate apenas de fazer as melhores.
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.

MEALHEIRO
No poupar é que está
Nos tempos actuais, poupar é a palavra de ordem. Conheça as soluções
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ano, ambos com capital garantido e pagamento
de juros na data de vencimento;
a partir de mil euros, pode constituir
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* A taxa de juro anual nominal bruta (TANB) é igual
a 115% da média da Euribor 6M, base 360, verificada
no mês anterior à data de constituição, arredondada
à milésima.
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do depósito com perda de juros corridos.
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DEPÓSITO MAIS 1 ANO
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antecipadamente.
l Taxa de juro fixa de 2,5% (TANB)*.
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DIA DA POUPANÇA
l Prazo a três anos, não mobilizável
antecipadamente.
l Capital garantido na data
de vencimento e pagamento
semestral de juros.
l Taxa de juro fixa de 3,4% (TANB)*.
*Taxa anual nominal bruta
Esta informação não dispensa a consulta das fichas de informação
normalizada dos depósitos, disponíveis nas agências da Caixa e em
www.caixawoman.pt e não constitui aconselhamento ou recomendação
de investimento, sem prejuízo dos deveres legais da Caixa.
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Seguros Fidelidade-Mundial, S.A., comercializados através
da Caixa Geral de Depósitos, S.A., na sua qualidade
de mediador de seguros.
A Caixa Geral de Depósitos, S.A., doravante apenas CGD,
pessoa colectiva n.º 500 960 046, matriculada na Conser -
vatória do Registo Comercial de Lisboa, com o capital social
de ¤ 4 500 000 000,00, com sede na Avenida João XXI,
n.º 63, 1000-300 Lisboa, solicitou, em 19 de Setembro de
2007, a sua inscrição no Instituto de Seguros de Portugal,
na categoria de Mediador de Seguros Ligado, nos Ramos de
Seguros de Vida e Não Vida e respectiva autorização para
trabalhar com a Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial,
S.A., encontrando-se registada sob o n.º 207 186 041. Os
dados da CGD, enquanto mediador de seguros, estão disponíveis
e podem ser consultados no sítio do Instituto de
Seguros de Portugal (www.isp.pt). A Caixa Geral de
Depósitos, enquanto mediador, não tem poderes para celebrar
contratos de seguro em nome do segurador, nem assume
a cobertura dos riscos. A Caixa Geral de Depósitos,
enquanto mediador de seguros ligado, não tem poderes de
cobrança, pese embora enquanto instituição bancária possa
executar as operações próprias desta actividade, designadamente,
as operações de débito em conta ou transferência
bancária autorizadas pelo respectivo titular.
Nota: A informação aqui constante não dispensa a leitura
atenta da informação pré-contratual e contratual legalmente
exigida, disponível em qualquer agência da Caixa.
Caixa Woman 99

MULHER CAIXA WOMAN
"Desde
que aderi às
Soluções Caixa Woman,
há cerca de um ano, tenho
descoberto várias soluções
à minha medida. Agora,
não vivo sem o meu
cartão Caixa
Woman!"

SOFIA SCHIAPPA
“Não vivo sem o meu
cartão Caixa Woman.”
Com 37 anos, é artesã na região do Algarve e conheceu as soluções
Caixa Woman através de uma amiga. Deixou-se seduzir pelas vantagens
dos cartões Caixa Woman e assume, sem hesitações, o contentamento
de ter encontrado uma solução à medida das suas necessidades.
TEXTO DE JOANA GARCIA CRUZ. FOTOGRAFIA DE JOÃO CUPERTINO.
Como conheceu o serviço Caixa Woman
Conheci-o através de uma amiga. Ela
abriu a carteira, vi um dos cartões Caixa
Woman e achei o máximo. Na ocasião,
foram-me explicadas algumas das vantagens
e ainda que esta era uma solução
criada a pensar nas mulheres. Por
si só, considerei que era uma mais-
-valia. No entanto, confesso que o que
me cativou mesmo, num primeiro impacto,
foi o design.
Como foi o processo de adesão
Como gostei tanto daquilo que ouvi; no
dia a seguir, dirigi-me à agência onde vou
regularmente e tratei de todo o processo
de adesão. Foi rápido e fácil. A minha
gestora explicou-me todas as vantagens
de ser cliente Caixa Woman e falámos
imenso sobre todas elas. Desde que aderi
às Soluções Caixa Woman, há cerca de
um ano, tenho descoberto várias soluções
à minha medida. Agora, não vivo
sem o meu cartão Caixa Woman!
Habitualmente, quais são os serviços
Caixa Woman que utiliza
Utilizo o serviço Caixadirecta e uso bastante
o cartão de crédito para a compra
de material on-line. Na minha última viagem
ao estrangeiro, acabei também por
beneficiar do seguro de viagem e correu
tudo pelo melhor. Ainda assim, confesso
que os descontos (até cinco por
cento) em supermercados são o que
mais gosto. Quase todos os dias, faço
compras e poder ganhar, cada vez que
uso o cartão, é simplesmente fabuloso
e genial. Adoro!
Como é que apresentaria as vantagens
do cartão Caixa Woman às suas amigas
Quando encontro uma amiga que ainda
não conhece as Soluções Caixa Woman,
apresso-me a explicar-lhe todas as vantagens.
É claro que a primeira coisa que
faço é mostrar os cartões.
Que outros produtos Caixa Woman utiliza
ou pensa vir a utilizar no futuro
Em breve, quero aderir à solução de
Depósito on-line. Por outro lado, tenho pena
que, no que respeita aos parceiros, não
tenha muito tempo para desfrutar dos descontos.
Em relação aos créditos, não tenho
nenhum, mas estou certa de que, se precisar,
as Soluções Caixa Woman terão uma
solução à minha medida.
Costuma estar atenta às novidades do
universo Caixa Woman
Claro. A revista Caixa Woman já se tornou
numa leitura obrigatória e gosto particularmente
das sugestões agradáveis
e do bom gosto revelado na escolha dos
artigos. Em relação ao Facebook, sou fã
da página da Caixa Woman e não perco
todas as novidades.
Caixa Woman 101

CAMPANHA CAIXA WOMAN
Mais tempo
para ser mulher
As mulheres ocupam um papel cada vez mais activo. Por isso, a nova
campanha Caixa Woman vai ao encontro da mulher que precisa de mais
tempo para o desempenho de todos os papéis que protagoniza.
102 Caixa Woman

Com o lançamento da
campanha, a Caixa Woman
convida todas as clientes a
estarem atentas à página de fãs
Caixa Woman no facebook.
O passatempo A Minha Mala
promete dar prémios. Saiba mais
em www.caixawoman.pt ou em
www.facebook.com/caixawoman
A proposta criativa foi desenvol vida pela agência de pu bli -
cidade Young & Rubicam a partir da ideia de que ser cliente
Caixa Woman permite às mulheres concretizar projectos
e ter mais tempo para desempenhar todos os seus papéis
do dia-a-dia, quer como mulheres e mães, quer como profissionais
com objectivos de carreira. Para ilustrar a ideia,
recorre-se ao elemento feminino que lhes é comum, mas
que também as diferencia umas das outras: a mala. O que
uma mulher traz dentro da mala não só define o seu estilo,
como reflecte a sua personalidade e o seu modo de vida.
“Na mala, trago sempre Caixa Woman e mais tempo para
ser mulher” é o slogan da campanha.
Com recurso ao 3D, as malas flutuam e vêem-se sair delas
diversos objectos. Cada objecto caracteriza a mulher proprietária
da mala: os óculos que a representam enquanto
mulher, a foto dos filhos que a identifica como mãe, a
máquina fotográfica que simboliza o seu lado mais descontraído,
o PDA que implica a carreira, as chaves do carro
que remetem para o seu lado independente. Tudo culmina
na imagem do cartão Caixa Woman, a personificar a oferta
financeira integrada.
A nova campanha publicitária reforça, assim, o posicionamento
da CGD como um banco que se preocupa com o
papel da mulher e que, atendendo às exigências profissionais
e pessoais, oferece soluções financeiras à altura
dos seus desafios – cartões, poupança, crédito e seguros.
A campanha iniciou-se em Novembro, em televisão, rádio,
imprensa e internet.
Caixa Woman 103

SERVIÇOS CAIXA
Ajude os
seus filhos
a poupar
Ensinar os seus filhos a poupar, a
gerir o seu próprio dinheiro, ajuda-os
a construir um futuro mais responsável.
É nas idades mais jovens, com menos
despesas, que temos mais liberdade
para decidir o que fazer ao dinheiro.
Como primeiro conselho tente explicar-lhes - o
mais cedo possível - a importância de poupar.
Fale-lhes no impacto que esse exercício tem em
etapas fundamentais como as de obter uma formação
- , exigente e de qualidade - ou na realização
de projectos, como o de fazer uma viagem
ao estrangeiro no final do ciclo escolar, comprar
carro ou dar entrada para a casa.
Pode parecer complicado para crianças jovens
mas, o ponto de arranque para começar a poupar
pode ser a família, os pais ou os avós. Estipule
uma semanada ou mesada e ofereça aconselhamento
financeiro. Reservar uma parte para poupar
e investir e outra para gastar é um hábito fácil
de explicar aos mais pequenos. Ao guiar os
seus filhos conseguirá que se envolvam mais e
aprendam a valorizar o dinheiro.
Para o ajudar nesta missão, a Caixa disponibiliza nos
cartões pré-pagos para jovens, LOL e LOL Jú nior,
uma Função de Poupança.

COMO USAR A FUNÇÃO POUPANÇA
lA mesada é creditada num dos cartões LOL
ou LOL Júnior
lA mesada que sobrar no fim do mês passa
automaticamente para a poupança do cartão
lQuando a Poupança do cartão acumular ¤25,
o saldo é transferido automaticamente para
a conta de Poupança Caixaprojecto associada
ao cartão.
Os valores acumulados na poupança do cartão
e os transferidos para a conta Caixaprojecto
podem ser consultados no extracto mensal do
cartão ou no Caixadirecta on-line. Trata-se de
uma maneira de os mais jovens gerirem as
suas mesadas como gente grande, e ainda decidir
quanto poupar para a sua conta de poupança.
Mais responsabilidade é mais futuro.
PÔR O DINHEIRO A CRESCER
O incentivo de receber juros pela poupança é
também argumento para a poupança. E também
aqui, a Caixa pode ajudar, com a sua oferta
especialmente dirigida aos jovens.
Além da conta de Poupança Caixaprojecto,
que acompanha os jovens nas suas poupanças
dos 0 aos 25 anos, os depósitos a prazo são
uma boa opção para quem tem algum dinheiro
disponível e não vai precisar de o utilizar durante
determinado tempo. O dinheiro vai crescendo,
com os juros pagos e, no final, o inves -
timento rendeu mais dinheiro.
A Caixa tem três opções de poupança – para várias
necessidades. O Caixa PopNet, a seis meses
ou a um ano, o Caixa PopPrazo, a quatro
anos e o Caixa PopSeguro, um seguro financeiro,
que permite constituir um plano de entregas
a médio e longo prazo, a partir de 25 euros,
sem quaisquer despesas de subscrição (consultar
caixas de texto).
Os cartões pré-pagos
para jovens LOL e LOL
Júnior têm uma
função de poupança
que o ajudam na
educação financeira
dos seus filhos.
DEPÓSITOS A PRAZO
DEPÓSITOS ON-LINE CAIXA POPNET 6M*E CAIXA POPNET 12M**
l Para jovens até aos 28 anos que sejam clientes Caixadirecta on-line, sendo que pode
ser subscrito por autorizados de contas de menores em nome destes;
l Com levantamento sem penalização nas datas de vencimento de juros e com perda
de juros fora destas datas;
l O Caixa PopNet 6m* é um depósito a 181 dias, com renovação automática por igual
período, com um mínimo de ¤ 250 euros e máximo de ¤ 10 000 por cliente. Os juros
são depositados semestralmente na conta à ordem;
l O Caixa PopNet 12m**é um depósito a 365 dias com renovação automática por igual
período, com um mínimo de ¤ 250 euros e máximo de ¤ 25 000 por cliente. Os juros
são depositados anualmente na conta à ordem.
* TANB igual a 100% da média da Euribor 6 meses, base 360, verificada no mês anterior à data da constituição, arredondada
à milésima
** TANB igual a 100% da média da Euribor 12 meses, base 360, verificada no mês anterior à data da constituição, arredondada
à milésima
DEPÓSITOS CAIXA POPPRAZO*
E CAIXA POPPRAZO NÃO MOBILIZÁVEL**
l Depósitos a 4 anos, sem limite máximo de subscrição e pagamento semestral dos
juros com capitalização automática;
l O Caixa PopPrazo*, para Jovens até aos 25 anos, com um mínimo de subscrição de
¤ 250, permite a mobilização antecipada do capital com perda total dos juros corridos,
excepto se a mobilização ocorrer nas datas de pagamento de juros;
l O Caixa PopPrazo Não Mobilizável**, para jovens até aos 28 anos, com um mínimo
de subscrição de ¤500, não permite o levantamento durante o prazo do depósito mas
apresenta uma remuneração superior.
* TANB inicial de 1,000% à qual são acrescidos, em cada semestre, prémios de permanência., perfazendo uma TANB
média nos 4 anos de 1,813%
** TANB fixa de 3,4% em todos os semestres
SEGURO FINANCEIRO
CAIXA POPSEGURO*
l Para clientes Caixa a favor de menores até 20 anos;
l Com prazo mínimo de 5 anos e 1 dia;
l Tem um plano de entregas mensais a médio/longo prazo a partir de 25 euros, com
reforços a partir de 100 euros;
l Tem um rendimento anual garantido calculado à taxa anual de Euribor a 3 meses**
deduzida de 0,95%. Em 31/12 de cada ano acresce o bónus de permanência de 0,30%
para os contratos em vigor;
l Resgate parcial ou total em qualquer momento, sujeito, no entanto, nos primeiros
cinco anos, à aplicação de uma penalização de 0,5% sobre o montante resgatado.
* Este Seguro de Capitalização é um produto da Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, S.A., comercializado através
da Caixa Geral de Depósitos, S.A, na sua qualidade de mediador de seguros. A Caixa Geral de Depósitos, SA, doravante
apenas CGD, pessoa colectiva n.º 500960046, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, com
o capital social de ¤ 4 500 000 000,00, com sede na Avenida João XXI, n.º 63, 1000-300 Lisboa, solicitou, em 19 de
Setembro de 2007, a sua inscrição no Instituto de Seguros de Portugal, na categoria de Mediador de Seguros Ligado,
nos Ramos de Seguros de Vida e Não Vida e respectiva autorização para trabalhar com a Companhia de Seguros
Fidelidade - Mundial, SA., encontrando-se registada sob o n.º 207186041. Os dados da CGD, enquanto Mediador de
Seguros, estão disponíveis e podem ser consultados no sítio do Instituto de Seguros de Portugal (www.isp.pt). A Caixa
Geral de Depósitos, enquanto mediador, não tem poderes para celebrar contratos de seguro em nome do Segurador,
nem assume a cobertura dos riscos. A Caixa Geral de Depósitos, enquanto mediador de seguros ligado não tem poderes
de cobrança, pese embora enquanto instituição bancária possa executar as operações próprias desta actividade, designadamente,
as operações de débito em conta ou transferência bancária autorizadas pelo respectivo titular. Esta
Informação não dispensa a consulta da informação pré-contratual e contratual legalmente exigida que pode ser obtida
na rede de Agências da Caixa ou da Fidelidade Mundial.
** Correspondente à Euribor a 3 meses, base 360. Consultável na Bloomberg página EUROO3M Index
Caixa Woman 105

FUGA
A oitava maravilha
Reduto de calma e de bem-estar, a Quinta das Buganvílias, nos Açores,
é um turismo verdadeiramente rural. Longe da poluição e das horas de ponta,
sempre com o Atlântico no horizonte. TEXTO DE ROSÁRIO MELLO E CASTRO.
A impressão é imediata. Basta atravessar
o portão de entrada da Quinta das
Buganvílias para sentirmos aquela serenidade
própria de quem está no campo.
A poucos quilómetros da cidade da
Horta, na Ilha do Faial, este turismo rural
é um dos segredos mais bem guardados
do Arquipélago dos Açores. E um
símbolo da dedicação de uma família,
que, há várias décadas, mantém a sua
beleza natural.
Recentemente restaurada, a Quinta das
Buganvílias conserva grande parte da
sua traça original, recriando assim o quotidiano
rural do princípio do século passado.
Envolvidos por muros de camélias
coloridas e folhagens esverdeadas, os
hóspedes poderão passear por entre as
estufas e as árvores tropicais, apanhar
fruta nas bananeiras e nas laranjeiras,
descansar nos campos de erva a perder
de vista e dar de comer a galinhas, patos
e outros animais. São dois hectares
de possibilidades que fazem da quinta
um oásis de calma e conforto entre a paisagem
quase selvagem da região.
Além do amplo espaço verde, a Quinta
das Buganvílias é constituída por três
edifícios distintos, pelos quais se dividem
os oito quartos disponíveis e a recepção
do hotel. Apesar do bem-estar dos visitantes
ser uma das principais prioridades,
a sustentabilidade do projecto foi
uma preocupação constante para os
seus mentores. “Queremos que as pessoas
contactem com todos os elementos
normais de uma quinta, da terra aos
animais, e que o façam de forma confortável,
mas sem luxos exagerados”, explica
Manuel Brun, um dos responsáveis
da Quinta das Buganvílias, recentemente
distinguida com o diploma Chave
Verde, atribuído pela Associação Ban -
deira Azul da Europa.
Na recepção do hotel, estão disponíveis
informações sobre todos os pontos de
interesse e actividades existentes na região.
Vale a pena descobrir os encantos
do revitalizado Parque Natural do Faial,
QUINTA DAS
BUGANVÍLIAS
Castelo Branco
9900-330 Horta, Açores
Tel. 292 943 255
www.quintadasbuganvilias.com
106 Caixa Woman

EVASÕES PERFEITAS
Para conhecer outras moradas
que seleccionámos para si
e beneficiar de condições
especiais, basta ser cliente
Caixa Woman e aceder a
www.parceiroscartoes-cgd.com
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES; D. R.
onde estão instalados o Jardim Bo tâ nico,
o Centro do Mar e o Centro Inter pre ta -
tivo do Vulcão dos Capelinhos, uma das
mais populares atracções turísticas dos
Açores. O objectivo do novo parque é
dar a conhecer os recursos naturais da
região, utilizando abordagens mais variadas
e interactivas, como exposições,
interpretações dos fenómenos vulcânicos
e caminhadas.
São muitas as alternativas mas, para
melhor apreciar a beleza deste arquipélago,
deverá ainda espreitar a vizinha
Ilha do Pico, eleita uma das Sete
Maravilhas de Portugal. A travessia marítima
entre a cidade da Horta e São
Roque do Pico demora apenas uma hora
e permite apreciar uma nova perspectiva
da paisagem local.
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A TAP e a SATA voam quase
diariamente de Lisboa para
a cidade da Horta, sempre
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MUNDO VERDE
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1.º EDIÇÃO
WORLD WIRE WEB
1.º EDIÇÃO
ECO FAVO
VENCEDOR 1.º EDIÇÃO
CONECTORS
1.º EDIÇÃO
Cidade
renovável
RE-PUFF
1.º EDIÇÃO
“Transformar o velho
em novo” é o mote
do concurso de
design com materiais
reciclados que nesta
sua terceira edição
visa trabalhos na área
do equipamento
urbano.
POR MARIANA MONTEIRO.
As cidades estão a mudar. Hoje, cerca
de metade da população mundial vive
em espaço urbano e a sua qualidade de
vida depende da qualidade da cidade.
A Caixa Geral de Depósitos está consciente
dos desafios urbanos, sobretudo
os relativos à sustentabilidade destes
grandes centros. Seguindo a sua tradição
pela responsabilidade social e ambiental,
a Caixa a volta a lançar o concurso
de design com materiais reci -
clados. Este ano o tema será dedicado
ao equipamento urbano.
E quem melhor para reflectir sobre as
cidades do futuro do que os designers
de amanhã Este foi o desafio lançado
pelo concurso – pensar a cidade – e os
alunos, matriculados no ano lectivo
2010/2011 em cursos superiores desta
área, são os seus destinatários. Em três
categorias à escolha – mobiliário de espaços
verdes, iluminação pública e sistemas
de comunicação –, os jovens deverão
criar um projecto que seja social,
económico e ambientalmente sustentável.
Mas o desafio não fica por aqui. É
preciso que as peças de equipamento se
integrem no espaço urbano e que sejam
capazes de seduzir o utilizador, quer na
componente estética, quer na prática.
O júri é constituído por grandes nomes
das áreas de Ambiente, Urbanismo,
Arquitectura, Design, Comunicação e
Imagem, à semelhança dos anos anteriores.
Para passar pelo seu crivo, as
peças a concurso devem cumprir critérios
de sustentabilidade, funcionalidade,
design, criatividade, inovação, versatilidade,
técnicas construtivas e enquadramento
urbano, dando mostras do que
108 Caixa Woman

PEG CHAIR
2.º EDIÇÃO
ECODUO
2.º EDIÇÃO
FRISBEE
2.º EDIÇÃO
KORBWEIDE
2.º EDIÇÃO
RAPUNZEL
VENCEDOR 2.º EDIÇÃO
será a cidade do século XXI. O vencedor
será anunciado em Junho de 2011, momento
a partir do qual se abrirá também
a exposição com os melhores projectos.
O objectivo deste concurso é incentivar
o desenvolvimento de novos materiais
através do processo de reciclagem, assim
como despertar consciências para
os actuais problemas ambientais, com
repercussões futuras a médio prazo, no
âmbito educacional, cultural e social.
UMA INICIATIVA
COM HISTÓRIA
A primeira edição do concurso de design
promovido pela CGD ocorreu em 2008,
com acento no design de mobiliário.
O sucesso foi imediato, com 111 jovens
designers a candidatarem-se. A grande
vencedora foi Soraia Abreu, com o projecto
Eco Favo, em cartão reutilizado. Já
em 2009, foi o banco Rapunzel, de Ana
Feijão, que conquistou os jurados.
Além do prémio pecuniário, as designers
viram os seus trabalhos na exposição
Remade in Portugal, patrocinada pela
Caixa. O projecto Eco Favo esteve ainda
na mostra de ecodesign Remade in Italy,
em ExpoXangai, ExpoSaragoça e Circuito
Português.
Em ambas as edições do concurso, o
júri incluía os nomes do presidente do
Centro Português de Design, Henrique
Cayate; de Filipe Alarcão, da Temahome;
de Francisco Providência, da Providência
Design; de Francisco Ferreira, da Quer -
cus; ou de Manuel Pássaro, da Socie -
dade Ponto Verde; Roberto Cre mascoli
da Remade in Portugal; ou ainda de
Sandra Martinho, da E. Value.
A CIDADE PARA
TODOS OS CIDADÃOS
O tema das cidades do futuro não se cinge
ao concurso de design. A acção da
CGD relativa à sustentabilidade e à
habitabilidade dos centros ur banos abrese
ao debate. No site www.cgd.pt e no
blogue www.vamosmudaracidade.com,
ficam bons exemplos de arquitectura, desenvolvimento,
cidadania e sustentabilidade
da Caixa e do público, para a cidade
do futuro.
Caixa Woman 109

INICIATIVAS CAIXA WOMAN
LANÇAMENTO DO LIVRO OUTRAS HISTÓRIAS
Foi uma cerimónia iluminada, a antever o foco de solidariedade que,
mais uma vez, conduziu a Caixa na celebração deste Natal. Com a
presença de Catarina Furtado e de Fernanda Freitas, duas das figuras
que assinaram as histórias do livro, e na companhia
do mestre Roberto Chichorro, autor das
ilustrações de Outras Histórias, inaugurou-se
também a exposição Histórias Pintadas em
Sonhos de Azul, do pintor moçambicano.
A exposição vai estar patente ao público até final
deste ano no átrio central do edifício-sede da
Caixa Geral de Depósitos, mas pode adquirir o livro
em qualquer supermercado Pingo Doce, um
dos parceiros desta iniciativa de Natal, que reuniu
a boa vontade de muitas personalidades e organizações. Todas
aderiram a este projecto da CGD em regime integralmente pro bono.
Além de Catarina Furtado, Fernanda Freitas e do mestre Chichorro,
o honroso quadro de voluntários desta peça de escrita inclui figuras
como André Sardet, Simone de Oliveira, Henrique Cayatte, Guta Moura
Guedes, José Avillez ou Carla Pinto, uma das colaboradoras da Caixa
que, à semelhança de outros voluntários, também emprestou a sua
voz para a gravação de um audiolivro.
O livro custa apenas dois euros e as suas receitas serão integralmente
entregues à Operação Nariz Vermelho e à Associação Jerónimo Usera,
dois projectos apoiados pela Bolsa de Valores Sociais que a CGD patrocina.
O audiolivro, a oferecer a diferentes instituições de solidariedade
social, escolas, infantários e hospitais pediátricos, e o programa
de televisão Outras Histórias de Adormecer (transmitido diariamente
na RTP2) completam a trilogia de iniciativas com que a Caixa celebra
esta quadra e dá mostras de cidadania e solidariedade social.
Mestre Roberto Chichorro
A exposição Histórias Pintadas em Sonhos
de Azul decorre até ao final deste ano
O lançamento
do livro coincidiu
com a inauguração da
exposição das ilustrações
que o compõem.
Uma cedência do
seu autor, o mestre
Chichorro (foto acima)
Raquel Strada
Roberto Chichorro e Faria de Oliveira, ladeados
por Catarina Furtado e Fernanda Freitas
BOAS APOSTAS
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equipamento informático
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110 Caixa Woman

Alguns dos colaboradores
da Caixa que responderem
ao desafio do voluntariado.
Nesta acção de Natal,
emprestaram a sua voz
para a gravação do
audiolivro Outras Histórias.
VOLUNTARIADO EM ACÇÃO
OUTRAS HISTÓRIAS, VÁRIOS EXEMPLOS
O livro Outras Histórias redige o mais recente capítulo do envolvimento
da CGD com a área do voluntariado. Este ano foram
muitas dezenas de colaboradores que se solidarizaram
e que contribuíram para esta causa ( ver peça ao lado).
Além das figuras públicas, a grande estrela desta peça foi de
facto uma: a mobilização interna e a boa vontade que consegui
gerar.
Já o ano passado, a instituição beneficiária foi a Casa do Gaiato,
onde foram recolhidas dezenas de cartas com os respectivos
votos ao Pai Natal. As cartas foram reveladas aos colaboradores
da Caixa que puderam responder com os presentes pedidos,
apadrinhado as crianças que os escreveram. Todas tiveram
resposta.
Os exemplos são múltiplos e todos falam a uma só voz que é
a de ajudar o próximo e com isso ter consciência de que - por
modesta, localizada e muito precisa que seja essa ajuda -, a
vida de cada um pode bem ser mais feliz se partilhada com
aqueles que a cercam.
Foi deste calibre de exemplos que se falou na conferência
Ganhe Mais Tempo para Ser Feliz (ver página 29), quando
Laurinda Alves partilhou a sua experiência de voluntariado no
acompanhamento de doentes. No relato que transmitiu sobre
a diferença que pode fazer uma simples conversa com alguém
a viver momentos difíceis.
E em tempos de maior dificuldade, o desafio torna-se maior.
Ser voluntário é por isso o mais nobre dos desafios. Aquele
que não se deixa abater pelos contratempos, pela inércia ou
pelos incidentes que moem o dia-a-dia. É esta mensagem de
responsabilidade que nos cabe a todos transmitir através da
acção e do exemplo. Pratique-o você também!
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Anual Nominal) de 15% (6 meses) e 12%
(restantes prazos). Taxas em vigor a
17/11/2010, sujeitas a alteração em função
das condições de mercado. TAEG de 18,5%
para o montante de ¤ 347 a 6 meses.
Montante total imputado ao consumidor de
¤ 364,43. TAEG de 13,7% para o montante
de ¤ 1 860 a 59 meses. Montante total
imputado ao consumidor de ¤ 2 512,52.
A utilização do crédito está sujeita a
Imposto do Selo: 6 meses - 0,04% por
fracção; restantes prazos – 0,5%. O acesso
a estas condições é exclusivo para
clientes que efectuem compras através de
Cartão da Caixa Geral de Depósitos, com
a opção de Pagamentos Fraccionados.
Use o seu cartão CAIXA WOMAN para o financiamento

INICIATIVAS CAIXA WOMAN
CHECK IN: NOVA IORQUE COM A CAIXA WOMAN
A sofisticação do ambiente nova-iorquino
inspirou o passatempo Caixa Woman
que levou uma cliente até à Big Apple.
Não é actriz, mas podemos garantir que
Sofia Tuatti viveu momentos dignos de
uma estrela. Provou ser a maior fã dos
cartões Caixa Woman e viajou até ao outro
lado do Atlântico para desfrutar de todo
o requinte da cidade. Sobrevoar
Manhattan de helicóptero, ficar hospedada
nos melhores hotéis e andar de limusina
podem parecer, à primeira vista,
cenas de série norte-americana. Sofia
Tuati não figurou no plateau, mas viveu
todas estas experiências ao sagrar-se
vencedora do passatempo Caixa Woman
Shop and the City.
Como teve conhecimento do passatempo
Caixa Woman
Através da newsletter que recebo habitualmente
por e-mail, soube que a Caixa
Woman ia oferecer uma viagem de cinco
dias a Nova Iorque e, na altura, pensei:
“Tem de ser minha.”
Quais foram os momentos mais marcantes
desta viagem
Confesso que sobrevoar Manhattan foi
das melhores experiências desta viagem.
O prémio incluía uma tour de helicóptero,
uma de limusina e uma outra de autocarro
por alguns dos lugares míticos
da cidade. Por exemplo, um desses lugares
foi o mítico restaurante Buddakan,
,ponto de paragem do roteiro Sex and
The City Hotspot. Achei um sítio muito
simpático.
Como é que define Nova Iorque
Já tinha visitado a cidade uns anos antes,
mas confesso que notei muitas diferenças,
principalmente em Times
Square. Nova Iorque é uma cidade em
movimento.
Onde ficou hospedada
No Hotel 57 e, por duas noites, no
Renaissance Times Square Hotel. A localização
deste último era estratégica.
Lembro-me de estar sentada no bar do
hotel, de frente para Times Square, e ver
toda aquela confusão nova-iorquina sem
estar dentro dela. É maravilhoso. Acon -
selho toda a gente a visitar a cidade e a
desfrutar daquela vista.
E resistiu à tentação das compras
Não se vai a Nova Iorque sem se fazer
compras. Acabei por usar bastante o
meu cartão Caixa Woman! [Risos]
Além da possibilidade de ganhar prémios,
quais as vantagens em ser cliente
Caixa Woman
Em primeiro lugar, tem muitas soluções
direccionadas e bons investimentos financeiros.
Mesmo no site, identifico-me
com o conceito. São realmente coisas
importantes para nós, mulheres.
Vai continuar atenta aos passatempos
Caixa Woman
Sem dúvida. Vou ficar alerta e a todos, os
que me interessarem, vou concorrer e espero
vencer. Pelo menos farei por isso.
112 Caixa Woman

O lançamento
do canal
de vídeo Caixa
Woman vem
reforçar a
relação entre
o banco e o
público feminino.
SITE CAIXA WOMAN
Este será, a partir do próximo
mês de Janeiro, o seu canal
de vídeo Caixa Woman.
www.caixawoman.tv
Está tudo lá. A família, a casa, a moda, os desafios profissionais,
as mulheres que marcam a actualidade.
O lançamento do canal de vídeo Caixa Woman vem reforçar
a relação entre o banco e o público feminino.
Com uma grelha de conteúdos pensados de raíz para as mulheres
e que estará disponível on-line numa lógica 24/24 horas, o
canal de vídeo do www.caixawoman.tv será brevemente lançado
e assim permitirá um salto de actualidade e interactividade.
O objectivo é materializar, de uma forma ainda mais participada,
um portefólio de conteúdos já residente no site e na revista
Caixa Woman. Isto, ao mesmo tempo que se dinamizam
novas rubricas para o formato de vídeo.
Diariamente, a comunidade Caixa Woman vai passar a contar
com vídeos sobre temas de actualidade feminina, clips de moda,
com produções e entrevistas, sugestões de beleza, saúde
e bem-estar e também o bazar e o shopping, com edições
muito especiais como as de Natal. Mas esta jornada de permanente
proximidade e melhoria não fica por aqui.
O novo design do site Caixa Woman Tv apresenta-se com cores
femininas e joviais, estabelecendo uma relação cúmplice
e intuitiva com o seu público. Torna possível uma navegação
em ambiente sofisticado e diferenciador, proporcionando às
clientes uma experiência única que apela aos seus sentidos
e à sua elegância.
E como ser mulher Caixa Woman passa também por estar
identificada com um universo de interesses e gostos, o layout
desta nova área de vídeos prevê uma arrumação de conteúdo
em tudo semelhante àquela que já encontra nesta sua revista,
a Caixa Woman.
Em secções como Pés na Terra, as clientes ficam a conhecer
outras mulheres de sucesso. Na secção Hi Fashion, as experiências
e as tendências da moda prometem deslumbrar, da mesma
maneira que, em Lar Doce Lar, os ambientes da sua casa,
a convidam a sentir-se bem, e à medida do que mais gosta.
Mais perto de si, e ainda mais sofisticado, o www.caixawoman.tv
convida-a a entrar numa nova dimensão de diversidade,
cor e movimento, à semelhança dos dias de hoje, agitados,
mas repletos de desafios e oportunidades. Saiba tudo em
www.caixawoman.tv
Partilhe com as suas amigas.
Caixa Woman 113

PARCEIROS CAIXA WOMAN
MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO
Colony – Aroma Club l Homes in Heaven l LardoceLar l
Inexistência l Loja do Banho l Magnetic Arts l
Oficinadaterra l Poeira l Porcel l Rita Santos l
Roof Interior Design l Soraya l Steinwall l
Superdecor l Tricana
MODA E ACESSÓRIOS
BCBGMAXAZRIA l Blossom l
COCCINELLE l Consultório de
Moda l Crocs by Kiwi l Dama de
Copas l Ellora l Estela Miranda l
Etxart & Panno l Gardenia l
Glamorous l Harmour l Hope l
KAREN MILLEN l Kiwi St Tropez l
MAX&Co. l Pelcor l Pitanga l
Porsche Design l Tela Bags l
The Athlete’s Foot l Womb
RESTAURAÇÃO
Arcadas l Boca do Lobo l Eleven l
Empório do Paladar l Faz Figura l Góshò
l Istofaz-se l Jardim dos Sentidos l
Le Club l Orangerie l Pérgula l Praia
do Peixe l Salão Brazil l Tágide
FLORES, JARDIM E ANIMAIS
Florflor.pt l Horto do Campo Grande l LardoceLar –
flores.pt l Pets, Dogs & Rock n’Roll l Reino dos Bichos
SERVIÇOS E ASSOCIAÇÕES
5 à Sec l A Loja das Maquetas l
A Loja do Avô l A Oficina dos
Presentes l AVIS l Casaminuto l
Comfort Keepers l Companhia Feliz l
Crioestaminal l Hertz l Home Instead
Senior Care l IAPA l LardoceLar –
CAD l LardoceLar - iKaza l
LardoceLar – Servitis l MIDAS l
Restart l Retoucherie de Manuela l
SDI – Serviço Domiciliário Integrado,
SA l SerHogarsystem l Work Shop
PERFUMARIA E BELEZA
Jean Louis David l Mundo das
Unhas l O Boticário l Wink
IMAGEM
Studio4Us
Com os cartões Caixa Woman, pode
usufruir de descontos e benefícios em
diferentes áreas. Aproveite todas
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SAÚDE
E BEM-ESTAR
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BodyConcept l CliniAlba l
Clínica MeiHua l
Clinicase l ClubConforto l
Domus Óptica l
Ergovisão l Fisiogaspar l
iCare l Institutoptico l
LardoceLar – Sweetcare l
Metabólica l MyMoment l
Molaflex l Newbody l
Óptica 70 l Optivisão l
Page Clinic l Persona l
Plaza Clinic l
Saudepontocom l
Tempur – Clube do
Conforto l VeryClinique l
Vip – Clinic l Portimão l
Uniklinic
JOALHARIA E RELOJOARIA
Amojoia l Anselmo 1910 l Dara Jewels l
Joalharia de S. Marcus l Koh-I-Noor l Pedralua
l Torres Joalheiros
SPAS E EXPERIÊNCIAS
7Spa Vilamoura l A Vida é Bela l Angkor Wat Spa Room l Bamboo Garden SPA
l Brahmi Oriental Wellness l CH Clinic l City SPA l Clínicas Praestigium l
Diver Lanhoso l Enjoy l Essentials Prime Clinic Day SPA l Gingko l
Intuition l Kasbah SPA l Korpo de Sonho l Le Spa l Leading SPA l
NeWell spa & tea l Odisseias l Spa - Pedra de Lua l Puro SPA l
Ritual SPA l Spaso Zen l Spatitude l Stone SPA
VINHOS E
GOURMET
Clube Os
Nossos Sabores
l Delta Q. l
Puros.pt l
Vinho.tv l Xocoa
HOTÉIS E VIAGENS
A Flor da Rosa l A. Montesinho Turismo l ABAE l
Agência de Viagens BEST TRAVEL l Agência
de Viagens TAGUS l Aquafalls SPA Hotel l ARTEH –
Hotels and Resorts l As Cascatas Golf Resort & Spa l
Bairro Alto Hotel l Bom Sucesso Design Resort l Casa
da Eira l Casa de Assumar l Casa dos Matos l Casa
Melo Alvim l Casal do Vale da Pedra l Casas da Lapa
l Challet Fonte Nova l Convento do Espinheiro l Hotel
Astória l Hotel Caminhos de Santiago l Hotel Cascais
Miragem l Hotel Curia Palace l Hotel Infante de
Sagres l Hotel Lapa Palace l Hotel Lusitano l Hotel
Metrópole l Hotel Praia Mar l Hotéis Bom Jesus l
Hotéis Olissippo l Hotéis Real l Jerónimos 8 l Memmo
Baleeira l Monte da Rosada Albergaria l Monte Prado
– Hotel & SPA l Monte Santo l Mr. Travel l Papa-
Léguas l Palace Hotel Bussaco l Póvoa Dão l Quinta
das Lágrimas l Quinta de Guimarães l Quinta do Casal
l SlideIn. Travel l TUI Viagens l Vila Monte Resort
l Vila Sol Spa & Golf Resort
DESPORTO E LAZER
Adventure Park l Centro do
Yoga - Cascais l Centro Hípico
da Bicuda l Centro
Internacional de Surf l Club L l
Confiquatro l Glauca l GoCar
Tours l Jardim Zoológico de
Lisboa l myGolf l Natura
Algarve l Segway l Steps l
Terra Incógnita l Viva Fit l
West Coast l Woman Fit l Zoo
Santo Inácio
ELECTRÓNICA E FOTOGRAFIA
Instanta l Lifetech l PC Clinic l Spoil l Transom
CULTURA, ARTE
E LEITURA
Amar Portugal l Cinemas
City l Cinemas ZON
Lusomundo l Fundação
CGD-Culturgest l Sentir
Portugal
BÉBÉ
E CRIANÇA
Atxilipu l EvaBaby l
Gama Rústica l
Gymboree l Knot
just for kids l
Tesourinhas
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(vantagens e contactos), vá a www.parceiroscartoes-cgd.com, o novo
portal de parcerias de cartões da Caixa.
114 Caixa Woman

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115

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116 Caixa Woman

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e das 19h30 às 00h
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Mártires num restaurante moderno e cosmopolita.
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e das 19h30 às 00h. www.largo.pt
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INSTITUTOPTICO
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LA SENZA
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de Câncio Martins – na reconversão do antigo Convento dos
Mártires num restaurante moderno e cosmopolita.
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Rua Serpa Pinto, 10-A, Largo S. Carlos, Chiado
1200-445 Lisboa. Tel. 21 347 72 25 Fax: 21 347 72 89
Aberto de segunda-feira a sábado, das 12h30 às 15h,
e das 19h30 às 00h. www.largo.pt
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MORADAS
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C.C. Vasco da Gama, lj. 1.128; Pç. de Londres, 6-B; Galerias
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Norte Shopping, lj. 0520; Shopping Cidade do Porto, lj.
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Aldo – Lojas em todo o país. Para mais informações,
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Meireles, 56/61.
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Coimbra; Leiria; Lisboa; Montijo; Porto; Setúbal;
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Guerra, 110. Lisboa: R. Castilho, 27-A. Para mais informações,
contactar tel. 21 358 22 66.
Decenio – Lisboa: C. C. Colombo, lj. 1074. Matosinhos:
NorteShopping, lj. 1362. Para mais informações, contactar
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El Corte Inglés – Lisboa: Av. António Augusto
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tel. 21 371 17 00.
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Roma. Oeiras: C. C. Oeiras Parque. Porto: Ed. Oceanus.
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tel. 21 722 36 08.
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180, lj. 2 e 5. Porto: Av. da Boavista, 4167.
Gant – Lisboa: Av. da Liberdade, 38-H. Porto: Av. da
Boavista, 2300/2304. Para mais informações, contactar
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Gérard Darel – Cascais: CaiscaiShopping, lj. 64. Lisboa:
R. Castilho, 69; C. C. Colombo, lj. 1081/82; El Corte
Inglés. Ver Loja das Meias. Para mais informações,
contactar Acerto, tel. 21 434 22 90.
Globe – Lisboa: C. C. Amoreiras, lj. 20/21. Porto: Norte
Shopping, lj. 14/26. Para mais informações, contactar
tel. 21 386 24 09 ou tel. 22 954 12 88.
Guess – Ver El Corte Inglés e Loja das Meias.
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Grandella, R. do Carmo, 42; R. Augusta. Montijo: Forum
Montijo, lj. 139. Para mais informações, contactar tel.
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Castilho, 59-A. Porto: R. José Gomes Ferreira, 254. Para
mais informações, contactar André Costa & Cia., Lda.,
tel. 22 619 90 50/22, ou consultar www.homeless.es
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Portugal, tel. 21 234 31 95.
Hunter – Lisboa: Campo Grande, 28, 8.º B. Para mais
informações, contactar Bedivar, tel. 21 938 37 00.
Isabel Marant – Ver Fashion Clinic. Para informações,
contactar tel. 244 810 100/244 810 000.
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Lancel – Ver Loja das Meias. Para mais informações,
contactar Acerto tel. 21 434 22 90.
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contactar tel. 234 630 980 ou consultar
www.lanidor.pt
Loja das Meias – Cascais: Av. Valbom, 4. Lisboa: Ed. Castil,
R. Castilho, 39; C. C. Amoreiras, lj. 2001-2 e 2004.
Para mais informações, contactar tel. 21 371 03 00.
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Funchal; Guarda; Guimarães; Leiria; Lisboa; Maia;
Matosinhos; Oeiras; Portimão; Porto; Santarém;
Setúbal; Sintra; Torres Vedras; Viana do Castelo; Vila
Franca de Xira; Vila Nova de Gaia; Viseu. Para mais
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Castilho).
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Max & Co. – Lisboa: R. Castilho, 57-C, tel. 21 153 91 45.
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Ray-ban – Para informações, contactar Luxottica, Lda.,
tel. 21 310 23 85.
Repetto – Para informações, consultar
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Ricardo Preto – Ver Loja das Meias. Para mais informações,
contactar preto.ricardo@gmail.com
Salvatore Ferragamo – Ver Loja das Meias.
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Branco; Chaves; Coimbra; Évora; Gondomar;
Guimarães; Lisboa; Oeiras; Penafiel; Porto; Póvoa de
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Leiria; Porto; Viseu. Para mais informações, contactar
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Swarovski – Lojas em: Albufeira; Almada; Faro;
Funchal; Lagos; Lisboa; Loulé; Oeiras; Portimão; Porto;
Setúbal; Vilamoura. Para mais informações, contactar
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Tosca Blu – Para informações, contactar Graça Costa,
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Tous – Cascais: CascaiShopping, lj. 1-130. Lisboa:
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informações, contactar Acerto, tel. 21 434 22 90.
Zilian – Lisboa: Av. António Augusto de Aguiar, 29-D.
Braga: Braga Parque.
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS | Av. João XXI – 1000-300 Lisboa
Tel. 21 795 30 00 | Fax 21 790 50 51 | Contribuinte N.º 500 960 046
Publisher: Maria Suzana Reis Ferreira. Directora editorial: Isabel Stilwell. Editora: Rita Lúcio Martins. Copydesk: Carla Sacadura Cabral. Direcção de
Arte: Sofia Lucas. Pro jecto Gráfico: Filipe Cruz. Colaboraram nesta revista: Ana Campos, Carla Macedo, Cristina Belo, Diana Bastos, Isabel Leal,
João Cupertino, Joana Cruz, João Galvão, Júlia Serrão, Maria Sousa, Mariana Monteiro, Miguel Veterano-Vedoispro, Mónica Franco, Paula Rocha,
Pedro Bettencourt, Rui Faria, Rute Vasco, Susana Chaves, Vasco Prazeres. Design e paginação: Filipe Cruz. Pré-impressão: Graphexperts, Lda. Av.
Infante Santo n.º 42 A/B, revistas@graphexperts.pt. Produção: Cofina Media. Impressão: Lisgráfica, S.A., Estrada Consiglieri Pedroso, 90, 2745-553
Barcarena. Depósito legal: 293.357/09. Registado na ERC com o n.º 125 664. Tiragem: 90 000 exemplares. Distribuição: A revista Caixa Woman
é gratuita apenas para clientes Caixa Woman e está disponível em banca para venda ao público em geral. Periodicidade: Trimestral.
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120 Caixa Woman

HORÓSCOPO
Olhe para a conjuntura astral como uma oportunidade para realinhar
as suas prioridades e defina as suas metas e os seus objectivos.
SAGITÁRIO 22 NOV/21 DEZ
Confiança será a palavra
de ordem para conseguir
realizar os seus planos.
Desta dependerá a
estabilidade afectiva, a boa
convivência com família
e amigos, a motivação para
começar novos trabalhos e até
o caminho para encontrar-se
espiritualmente. Felizmente,
não lhe faltará o entusiasmo
necessário para conseguir
atingir os objectivos de vida.
CARNEIRO
21 MAR/20 ABR
Empreendedorismo é uma das características
deste signo, por isso, chegou a
altura de realizar os seus objectivos por
mais inalcançáveis que possam parecer-
-lhe. Seja perspicaz. Vai vencer. E isso
vai reflectir-se favoravelmente na sua
relação. Desfrute.
TOURO
21 ABR/20 MAI
Tente ser menos impulsiva ou vai ter problemas
a nível profissional. Há que pensar
antes de agir e, se não controlar melhor
este lado negativo que condiciona o comportamento
das taurinas, vai arrepender-
-se. No amor, use e abuse da sensualidade
e viva o que a vida tem para lhe dar.
GÉMEOS
21 MAI/20 JUN
Como excelente comunicadora que é,
deve tirar o melhor partido desta característica
para intensificar as relações
com os outros. Dê largas à generosidade,
à simpatia e à intuição e não deixe
nenhum assunto por resolver. Este poder
de comunicação será o grande aliado
para conquistar objectivos.
CARANGUEJO 21 JUN/21 JUL
Ano novo, vida nova: 2011 está aí. Só tem
de empenhar-se para alcançar tudo o
que ambiciona. Oportunidades para atingir
o equilíbrio emocional, o estatuto profissional
com que tem sonhado e para
adquirir certos bens materiais não vão
faltar. Vá em frente e não deixe nenhum
projecto de lado.
LEÃO
22 JUL/22 AGO
Nos próximos meses, conte com a confiança,
o magnetismo e a criatividade
que caracterizam o seu signo para atingir
objectivos. Lute pelo que quer. Tanto
no trabalho como no amor, os astros estarão
do seu lado. A realização dos seus
maiores sonhos estará ao seu alcance.
VIRGEM
23 AGO/22 SET
O novo ano será marcado por alguns desafios
delicados, mas também por vitórias
e experiências que a vão fazer evoluir
e amadurecer. Há que trabalhar com
perseverança e investir no seu bem-estar.
Tem de acreditar mais nas suas capacidades
e aprender a respeitar mais
os sentimentos dos outros.
BALANÇA
23 SET/22 OUT
Para as Balança, o novo ano vai trazer
muitas surpresas, conquistas e realizações.
Tanto a nível emocional, como profissional,
tudo correrá bem se valorizar
mais o que a vida lhe proporcionar de
bom e se aprender com os desafios que
possam surgir.
ESCORPIÃO
23 OUT/21 NOV
Usufruir de tudo o que é bom e que estiver
ao seu alcance será o lema para as nativas
deste signo, já que o novo ano promete
ser próspero em bons momentos.
Vai brilhar em todas as áreas, por isso,
aproveite o ambiente. Não perca a oportunidade
de definir claramente objectivos e
de lutar por aquilo que quer. Vai surpreender-se
e à pessoa de quem gosta.
CAPRICÓRNIO 22 DEZ/20 JAN
A sua vida sentimental tem-se assemelhado
a uma montanha russa. Por um lado,
sente que é tempo de assentar, por outro,
tem horror a grilhetas. Mas Vénus vem
dar-lhe uma ajuda: sentir-se-á pacificada.
Tenha a paciência de esperar.
AQUÁRIO
21 JAN/19 FEV
Alguns obstáculos poderão surgir no início
do novo ano. Mas a sagacidade,
a obstinação e o entusiasmo pela vida,
características fortes que distinguem
as aquarianas, facilitar-lhes-á a tarefa de
os superar. Não desanime que, no fim,
será devidamente recompensada.
PEIXES
20 FEV/2O MAR
Ser útil, generosa, interagir com as pessoas
de quem gosta, conquistar uma boa
posição no trabalho, cuidar dos interesses
pessoais e ter uma vida tranquila são os
objectivos e os ideais das nativas deste signo.
Pois fique ciente de que tudo isto está
ao seu alcance no ano novo que se aproxima.
Seja você mesma e vá à luta.
122 Caixa Woman