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CAPA CW8 VISTO_capas finais

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a investigação, ser optimista faz parte de um pacote onde uma<br />

das características pessoais é avaliar, com os pés bem assentes<br />

no chão, as consequências das nossas acções, antecipar<br />

as dificuldades, mas fazer algo com isso, centrando-se<br />

nas soluções, em vez de ficar apenas preocupado (“pré-ocupação”<br />

significa “antes de ocupar-me com algo, de fazer algo<br />

em relação à situação ou ao problema”). Há até uma linha de<br />

investigação que analisa o que se chama o pessimismo defensivo,<br />

que é uma pessoa estar à espera do pior, mas fazer<br />

alguma coisa para evitar que o pior aconteça. Antecipo os problemas,<br />

faço cenários de desgraça, mas eles impulsionam-me<br />

para agir sobre a minha realidade e a transformá-la. O pessimismo<br />

desanimado e “congelador”, esse, deixa-nos apenas a<br />

ruminar, sem nada fazer para interferir construtivamente no<br />

sentido da nossa existência.<br />

A Psicologia Positiva tem pouco mais de dez anos. Nasceu<br />

de quê e para quê<br />

Nasceu da visão de Martin Seligman, professor da Universidade<br />

da Pensilvânia, nos EUA, que, em 1998, ao ser eleito para presidente<br />

da maior associação de psicólogos do mundo, a<br />

American Psychological Association, definiu o seu mandato<br />

com a premissa: precisamos de deixar de estudar apenas os<br />

problemas, desajustamentos e patologias dos seres humanos,<br />

e equilibrar mais os temas de estudo e de intervenção, dando<br />

atenção ao bom. Porque estudamos tanto a depressão ou<br />

a ansiedade e tão pouco a alegria, a felicidade, a satisfação, a<br />

generosidade, o sentido de humor Nesta última década, em<br />

contraste, aumentou exponencialmente o estudo dos temas<br />

positivos em Psicologia, e a Psicologia está mais centrada na<br />

“A estratégia de sobrevivência actual<br />

passará por educar o nosso optimismo<br />

e desenvolver estratégias de bem-estar.”<br />

CAIXA WOMAN<br />

REÚNE MULHERES<br />

QUE QUEREM<br />

SER FELIZES<br />

Laurinda Alves e Guta Moura Guedes foram<br />

as oradoras convidadas da Conferência Ganhe<br />

Mais Tempo Para Ser Feliz - dinamizada por<br />

Helena Marujo e Luís Amaral Neto, ambos da<br />

Faculdade de Psicologia da Universidade de<br />

Lisboa. A Culturgest reuniu inúmeras convidadas<br />

que, num sábado de Novembro, participaram na<br />

sessão. Helena Marujo lançou o primeiro desafio<br />

da manhã, com exercícios de autoconhecimento<br />

para a plateia que, minutos após o início, já se<br />

sentia em casa. Ideias e experiências sobre como<br />

gerir o tempo - seu impacto no quotidiano<br />

profissional, pessoal e familiar – deram o mote.<br />

Tudo com uma marca de humor e convívio e que<br />

deixou o repto à organização Caixa Woman: um<br />

exemplo a repetir-se. Tanto Laurinda Alves como<br />

Guta Moura Guedes contribuíram para o ambiente<br />

de proximidade e debate, e onde o Voluntariado foi<br />

referido como um caminho possível. No final, todas<br />

receberam convites para elaborar um T.P.C.<br />

(trabalhos para crescer ou tarefas para progredir<br />

continuamente). E serem felizes, claro!<br />

optimização do melhor das instituições e das pessoas.<br />

E o que o fez a ele mudar<br />

Mark Seligman considera que o que o fez mudar de temáticas<br />

de investigação, depois de três décadas como especialista em<br />

depressão, foi um episódio com a sua filha, então com cinco<br />

anos. Estava no seu amado jardim de rosas quando a filha mais<br />

nova andava a dançar à sua roda, a atirar para o ar as ervas daninhas.<br />

Martin zangou-se e, irritado, mandou-a estar quieta e<br />

sossegada. Ela, nesse momento, olhou-o nos olhos, e disse-lhe:<br />

“Pai, no dia em que fiz anos, quando apaguei as velas, decidi<br />

que não ia mais ser rabugenta. Se eu consegui, tu, que tens cinquenta<br />

anos, também vais conseguir.”<br />

Nesse dia, Seligman mudou a sua vida,<br />

e a de muita gente.<br />

Incluindo a sua<br />

Incluindo a minha, que, em 1999, publiquei,<br />

com o Luís Miguel Neto e a Fátima<br />

Perloiro, o livro Educar para o Optimismo.<br />

E porque é que os saudáveis são saudáveis, sabe-se<br />

O segredo tem dentro múltiplos aspectos. Se não fosse assim,<br />

seria mais óbvio, imediato, comercializado. Os saudáveis tendem<br />

a ser os que têm com quem contar, cuidando dessas redes<br />

de apoio e laços (família, amigos) de forma positiva; os que<br />

intencionalmente introduzem emoções positivas nas suas vidas,<br />

que saboreiam o que os faz sentir bem. São os que têm<br />

Caixa Woman 29

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