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Tempo de reação e a eficiência do jogador de goalball na ...

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<strong>Tempo</strong> <strong>de</strong> <strong>reação</strong> e <strong>eficiência</strong> no Goalball | 21<br />

<strong>do</strong>is anos ao grupo feminino.<br />

Consequentemente, está a mais tempo<br />

realizan<strong>do</strong> ações <strong>de</strong> jogo e vivencian<strong>do</strong><br />

situações em que o tempo <strong>de</strong> <strong>reação</strong> é<br />

fundamental para a execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da<br />

técnica, seja em situação <strong>de</strong> estímulo simples<br />

ou complexo (Zakharov, 1992). Para o tempo<br />

<strong>de</strong> movimento (TM), o percentual <strong>de</strong> diferença<br />

foi <strong>de</strong> 36.10%, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que o tempo<br />

para a realização da ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa pelo grupo<br />

feminino foi maior, provavelmente em função<br />

da menor velocida<strong>de</strong> com que bola percorria o<br />

espaço da quadra <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o lançamento até o<br />

momento da <strong>de</strong>fesa.<br />

O tempo <strong>de</strong> resposta (TRES) foi 34.14%<br />

menor no grupo masculino, o que revela que a<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s lançamentos é maior neste<br />

grupo. Isto se <strong>de</strong>ve provavelmente em<br />

consequência da menor potência muscular da<br />

mulher em relação ao homem, e também pelo<br />

fato da bola ter um tamanho único, o que a<br />

tor<strong>na</strong> mais difícil <strong>de</strong> ser manuseada pela<br />

mulher no momento da efetivação <strong>do</strong><br />

lançamento, uma vez que sua mão também é<br />

usualmente menor.<br />

Entretanto, <strong>na</strong> análise <strong>de</strong> comparação entre<br />

as médias das variáveis para os grupos<br />

masculino e feminino, verificou-se nos<br />

resulta<strong>do</strong>s para a variável TRES, que os da<strong>do</strong>s<br />

indicaram a existência <strong>de</strong> diferença significativa<br />

(p < .05) entre as médias <strong>de</strong>stas variáveis, com<br />

valores <strong>de</strong> −5.494, respectivamente, e um p <<br />

.001 (Tritschler, 2003). Assim, po<strong>de</strong>-se afirmar<br />

que o grupo masculino obteve um TRES mais<br />

rápi<strong>do</strong> que o grupo feminino. Para as variáveis<br />

TM e TRe não foi encontrada qualquer<br />

diferença significativa, portanto, po<strong>de</strong>-se<br />

afirmar que as médias <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> <strong>reação</strong> para<br />

os grupos masculino e feminino foram<br />

semelhantes.<br />

Outro aspecto a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong> <strong>na</strong> pesquisa foi a<br />

verificação da existência <strong>de</strong> diferenças entre as<br />

ações <strong>do</strong>s sujeitos que resultaram em <strong>de</strong>fesa da<br />

bola (n = 39) e as que resultaram em gol (n =<br />

29). Os resulta<strong>do</strong>s revelaram que, para as<br />

ações que resultaram <strong>na</strong> <strong>de</strong>fesa da bola (128 ±<br />

106 ms), obteve-se um TRe 8.59% menor <strong>do</strong><br />

que <strong>na</strong>s ações que resultaram em gol (139 ±<br />

75 ms). Embora o TRe apresente uma<br />

diferença peque<strong>na</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que <strong>na</strong>s<br />

ações que resultaram <strong>na</strong> <strong>de</strong>fesa da bola os<br />

sujeitos reagiram mais rápi<strong>do</strong> e com mais<br />

<strong>eficiência</strong> <strong>na</strong> ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.<br />

O tempo <strong>de</strong> movimento (TM) das ações que<br />

resultaram em gol (725 ± 231 ms) foi 6.62%<br />

mais rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> que as ações que resultaram em<br />

<strong>de</strong>fesa (773 ± 251 ms), <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que <strong>na</strong>s<br />

ações que resultaram em gol, os sujeitos<br />

tiveram um tempo menor para realizar o<br />

movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, em função da maior<br />

rapi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> <strong>de</strong>slocamento da bola.<br />

Na comparação das médias entre as duas<br />

ações, <strong>de</strong> gol e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, os resulta<strong>do</strong>s indicam<br />

que as médias das variáveis não apresentam<br />

diferenças significativas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se afirmar<br />

que as médias foram semelhantes.<br />

Portanto, os indica<strong>do</strong>res encontra<strong>do</strong>s, com<br />

to<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s das diferentes variáveis <strong>de</strong><br />

<strong>reação</strong> e <strong>eficiência</strong> face à ação <strong>do</strong> opositor, da<br />

velocida<strong>de</strong> e direção da bola, po<strong>de</strong>rão orientar a<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> treino <strong>do</strong>s<br />

profissio<strong>na</strong>is da área, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> influir,<br />

inclusive, <strong>na</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>do</strong> estilo e da<br />

técnica <strong>de</strong> ação a serem executa<strong>do</strong>s pelos<br />

atletas.<br />

No momento <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> treino, o<br />

trei<strong>na</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar a necessida<strong>de</strong> da<br />

utilização <strong>de</strong> exercícios <strong>de</strong> repetição com o<br />

objetivo <strong>de</strong> melhorar a resposta motora <strong>do</strong><br />

atleta, diminuin<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong> movimento<br />

necessário à <strong>de</strong>fesa da bola, bem como variar as<br />

formas <strong>de</strong> execução <strong>do</strong>s lançamentos a fim <strong>de</strong><br />

criar novos estímulos a serem vivencia<strong>do</strong>s<br />

pelos atletas.<br />

Como o tempo <strong>de</strong> <strong>reação</strong> é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

tempo <strong>de</strong> percepção <strong>do</strong> si<strong>na</strong>l <strong>do</strong> estímulo,<br />

soma<strong>do</strong> ao tempo <strong>de</strong> condução nervosa, mais o<br />

tempo <strong>de</strong> processamento e o tempo <strong>de</strong><br />

resposta, este se apresenta como uma<br />

capacida<strong>de</strong> motora pouco treinável. No<br />

entanto, o trei<strong>na</strong>mento das ações <strong>de</strong> jogo <strong>de</strong>ve<br />

estar volta<strong>do</strong> não para a melhoria específica <strong>do</strong><br />

tempo <strong>de</strong> <strong>reação</strong>, mas para mantê-lo nos<br />

melhores níveis possíveis. Os atletas <strong>de</strong>verão

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