24.12.2014 Views

cartografia geobotânica e suas aplicações ao planejamento

cartografia geobotânica e suas aplicações ao planejamento

cartografia geobotânica e suas aplicações ao planejamento

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

FFLCH -DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA<br />

FLG 356 – BIOGEOGRAFIA<br />

Profa Dra Sueli A Furlan<br />

Bel. Kelly Cristina Melo<br />

CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA<br />

E SUAS APLICAÇÕES AO<br />

PLANEJAMENTO<br />

04 de setembro 2008


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

CARTOGRAFIA<br />

- não é uma ciência / não é expressão<br />

artística<br />

É UM MÉTODO M<br />

CIENTÍFICO QUE SE<br />

DESTINA A EXPRESSAR FATOS E<br />

FENÔMENOS OBSERVADOS NA<br />

SUPERFÍCIE DA TERRA


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

CARTOGRAFIA – necessidade<br />

de<br />

pensar o objeto e o método m<br />

cartográfico<br />

–<br />

automação dos processos, progresso das áreas<br />

temáticas.<br />

ticas.<br />

R<br />

R1 parte mapeada da<br />

R2 parte reconhecida da<br />

realidade<br />

realidade<br />

R1 R2<br />

I 1 informação obtida<br />

pelo cartógrafo<br />

I 2 informação extraída pelo<br />

leitor trabalhando com o mapa<br />

Processamento da<br />

informação, refletindo o nível<br />

de conhecimento e<br />

experiência do cartógrafo<br />

M<br />

MAPA<br />

Estudo do mapa utilizando<br />

conhecimento e experiência<br />

acumulada anteriormente<br />

pelo leitor<br />

Diagrama de transmissão de informação cartográfica. Fonte: Salichtchev, 1988, adaptado de Koláncy, 1969


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Geografia e Cartografia<br />

-Relação intrínseca –<br />

espacial dos fenômenos.<br />

representação<br />

- como fazer uma mapa econômico<br />

sem o conhecimento da geografia<br />

econômica <br />

- como fazer um mapa de vegetação<br />

sem o conhecimento da fitogeografia


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Produzir um mapa –<br />

desencadear<br />

um processo de comunicação<br />

(Martinelli, 1991)<br />

O uso do mapa é uma operação<br />

mental, envolve memória, reflexão,<br />

motivação e atenção, o que<br />

aproxima a <strong>cartografia</strong> de uma<br />

ciência<br />

cognitiva.<br />

Mapa – elemento transmissor


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Representação<br />

cartográfica da vegetação<br />

A espacialização das formações vegetais se dá<br />

por meio da <strong>cartografia</strong> botânica, que partindo<br />

da <strong>cartografia</strong> temática<br />

tica e da apropriação do<br />

termo geobotânico – ciência que trata da<br />

cobertura vegetal - tem como seu principal<br />

objetivo criar e desenvolver uma base de<br />

interpretação para vários tipos de mapas<br />

geobotânicos de acordo com os<br />

conhecimentos dos arranjos espaciais da<br />

cobertura vegetal e em acordo com as<br />

exigências da <strong>cartografia</strong>.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

CARTOGRAFIA<br />

CARTOGRAFIA TEMÁTICA<br />

TICA<br />

CARTOGRAFIA GEOBOTÂNCIA<br />

Rübel (geobotânico suiço), 1912 – primeiro a<br />

utilizar o termo Cartografia Geobotânica – referindose<br />

a <strong>cartografia</strong> da vegetação, depois seu<br />

significado foi ampliado representação cartográfica<br />

de todos os aspectos fitogeográficos,<br />

fitossociológicos, fitoecológicos (Falinsk 1990-91 e<br />

1999).


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA É UM SETOR DA<br />

CARTOGRAFIA TEMÁTICA<br />

TICA QUE PREOCUPA-SE COM A<br />

INTERPRETAÇÃO E REPRESENTAÇÃO ESPACIAL E<br />

TEMPORAL DA VEGETAÇÃO, PAISAGEM VEGETAL,<br />

ZONAS VEGETAIS OU UNIDADES FITOGEOGRÁFICAS<br />

(Pedrotti,F. 2004).


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Para a representação da cobertura<br />

vegetal tem-se a abordagem<br />

qualitativa, permitindo mostrar a<br />

presença, localização e extensão da<br />

ocorrência de determinada cobertura.<br />

É necessário desvendar a dinâmica<br />

biogeográfica das espécies, tanto em<br />

seu arranjo estrutural quanto florístico.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

O desenvolvimento de novas técnicas de<br />

representação cartográfica, apoiado nos<br />

softwares de geoprocessamento tem facilitado<br />

a expressão de diferentes tipologias de<br />

cobertura vegetal em mapas.<br />

O uso de novas técnicas tem gerado um grande<br />

número de mapas genéricos que simplificam os<br />

arranjos da vegetação, assim como a aplicação de<br />

legendas padronizadas comuns a representações<br />

em grande escala são utilizadas em mapas de<br />

detalhe, resultando em mapas que ocultam a<br />

organização<br />

ecológica e biogeográfica<br />

da<br />

vegetação atual, ignorando ainda as transformações<br />

que as coberturas vegetais sofreram <strong>ao</strong> longo dos<br />

anos com a interferência das sociedades humanas.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Diante deste cenário torna-se necessário<br />

discutir os conceitos da Cartografia, seus<br />

conceitos e métodos, de forma a considerar a<br />

representação do real arranjo da vegetação<br />

nos diferentes ecossistemas e principalmente<br />

os efeitos da interferência antrópica no meio<br />

ambiente.<br />

Vários autores têm proposto roteiros<br />

metodológicos neste sentido (BERTIN, 1975;<br />

OZENDA, 1986, FALINSKI, 1990-1991)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Com intuito de apresentar uma interpretação<br />

espacial ou espaço-temporal dos fenômenos<br />

tem-se enfrentado o problema da identificação<br />

do histórico ou a natureza do processo<br />

antrópico e sua delimitação espacial para<br />

cartografação.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

A espacialização e cartografação da cobertura<br />

vegetal seguiram um caminho inicialmente<br />

apoiado nos condicionantes físicos gerais,<br />

notadamente os climáticos e de solos para a<br />

criação das tipologias representativas da<br />

cobertura.<br />

O crescente debate em torno da necessidade dos<br />

estudos ambientais e o imperativo de construir<br />

respostas para a conservação ambiental, assim<br />

como o uso produtivo de coberturas vegetais tem<br />

criado a necessidade de incorporar as variáveis<br />

botânicas do arranjo espacial da cobertura nas<br />

representações cartográficas.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

No Brasil a Cartografia voltada a vegetação<br />

possui grandes lacunas quando se trata de<br />

expressar a organização da cobertura em<br />

escalas regionais e de detalhe.<br />

A identificação de padrões ou unidades<br />

fisionômicas diferenciadas no espaço<br />

territorial é o primeiro parâmetro de análise<br />

e, desta forma, o papel da morfologia de<br />

relevo, da dinâmica hidrográfica, do arranjo<br />

das coberturas vegetais e os arranjos<br />

espaciais das atividades humanas são<br />

elementos concretos, que devem ser<br />

considerados conjuntamente.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Para representação da cobertura<br />

vegetal é necessário uma<br />

interpretação espacial ou espaçotemporal<br />

dos fenômenos a ela<br />

relacionados, identificando o histórico<br />

ou a natureza do processo antrópico e<br />

sua delimitação espacial para<br />

cartografação.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia<br />

Geobotânica<br />

Nível<br />

Fitoindíviduo<br />

População<br />

Esquema<br />

Modelo<br />

teórico<br />

Espécie<br />

Espécie<br />

Tipo de<br />

<strong>cartografia</strong><br />

Fitoecológica<br />

População<br />

Cartografia<br />

Florística


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Nível<br />

Esquema<br />

Modelo teórico<br />

Tipo de <strong>cartografia</strong><br />

Sinusia<br />

Fitocenose<br />

Tesela<br />

Paisagem<br />

vegetal<br />

Associação<br />

Associação<br />

vegetal<br />

Série<br />

Geosérie<br />

Sinusial<br />

Fitossociológica<br />

Sinfitossociológi<br />

ca<br />

Geofitossociológ<br />

ica<br />

Cartografia vegetacional


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Nível<br />

Unidade<br />

geográfica<br />

inferior<br />

Unidade<br />

geográfica<br />

superior<br />

Bioma<br />

Esquema<br />

Modelo teórico<br />

Distrito /<br />

Província<br />

Região<br />

Plano e zona<br />

vegetacional<br />

Tipo de<br />

<strong>cartografia</strong><br />

Fitogeografia<br />

regional<br />

Fitogeográfica<br />

Fitoclimática<br />

tica<br />

global<br />

Cartografia fitogeográfica<br />

fica


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Exemplos<br />

1. Espécie (População)<br />

Distribuição<br />

espacial de uma<br />

população de<br />

Centaurea<br />

diomedea e<br />

Thymelaea hirsuta<br />

(fonte: Falinski,<br />

1999)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Exemplos<br />

2. Sinusia – associação vegetal (sinusial<br />

(<br />

sinusial)<br />

Carta de sinusia de taiga<br />

de Abies sibirica, Picea<br />

obovatta e Pinus cembra<br />

sp (Siberia) – Falinski e<br />

Venanzoni, 1991


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Exemplos<br />

3. Florística<br />

(Indivíduo)<br />

duo)<br />

Carta de<br />

distribuição de<br />

Ribes<br />

sandalioticum,<br />

espécie<br />

endêmica da<br />

Sardenha<br />

(Arrigoni, 1981)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Exemplos- 4. Cartografia da vegetação<br />

Fotografia<br />

aérea Vale<br />

do Sol<br />

(Trento)<br />

Fotointerpre<br />

tação da<br />

área - Vale<br />

do Sol<br />

(Trento)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Níveis de síntese s<br />

da Cartografia Geobotânica<br />

Exemplos - 5. Cartografia da vegetação<br />

Fotografia aérea – Grosseto<br />

Carta da vegetação –<br />

Grasseto<br />

Associações indicadas pela<br />

coloração


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Tipos de carta de vegetação<br />

Carta fisionômica<br />

Carta fitossociológica<br />

Carta fitossociológica da vegetação real ou atual<br />

Carta fitossociológica da vegetação integrada ou<br />

serial<br />

Carta fitossociológica da vegetal potencial<br />

Carta dinâmica vegetacional<br />

Carta fitoecológica<br />

Carta do estado de conservação da vegetação<br />

(natural, sinantrópica, etc)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Cartas de vegetação<br />

–<br />

exemplos<br />

Carta da<br />

vegetação real


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Carta Fitossociológica


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Carta de previsão<br />

- dinâmica


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Subdivisão<br />

fitogeográfica<br />

fica


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Cartografia da vegetação<br />

Cartografia Geobotânica<br />

A <strong>cartografia</strong> geobotânica considera o histórico, a<br />

duração, a dimensão espacial e a onipresença de<br />

impactos humanos na cobertura vegetal.<br />

A sinantropização -- processo de<br />

desenvolvimento de coberturas mistas de floras<br />

com interferência humana tem se intensificado<br />

atingindo processos geoecológicos que<br />

transformam ou destroem os sistemas naturais<br />

precedentes e favorece simultaneamente a<br />

emergência dos novos fenômenos que não<br />

existiam previamente.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

A identificação de padrões ou unidades<br />

fisionômicas diferenciadas no espaço<br />

territorial é o primeiro parâmetro de<br />

análise e, desta forma, o papel da<br />

morfologia de relevo, as coberturas<br />

vegetais e os arranjos espaciais das<br />

atividades humanas são elementos<br />

concretos, que devem ser<br />

considerados inicialmente.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Geralmente a vegetação antropogênica<br />

aparece apenas como ”cobertura alterada”.<br />

O que esta expressão significa em termos<br />

de alteração florística ou estrutural<br />

Alterada como<br />

Qual fator alterou a cobertura<br />

Em que aspecto ela se encontra alterada<br />

Em sua estrutura<br />

Em sua composição


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

A expressão do sistema vegetação (naturalantropogênica)<br />

e seus contextos de origem, deve ser<br />

uma característica essencial do mapas de<br />

fitossociologia atuais. Isto é freqüentemente difícil de<br />

conseguir por duas propriedades da vegetação<br />

antropogênica que se pode separar. São elas:<br />

O desequilíbrio dinâmico das comunidades, que torna<br />

a definição de tipos básicos de fitocenoces<br />

sinantrópicas difícil, e necessita a introdução de<br />

unidades intermediárias adicionais, criação de um novo<br />

repertório de nomenclaturas para estas formações;<br />

o tamanho limitado dos biótopos requerem a<br />

construção de vários tipos de mapas: simples, de<br />

agrupamento e de unidades complexas (um bom<br />

exemplo são os mapas de cobertura vegetal urbana)


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

É necessário discutir e propor conceitos<br />

e metodologias de cartografação da<br />

vegetação que considerem a dinâmica<br />

e a intensa transformação<br />

antropogênica das coberturas vegetais<br />

e que melhor identifiquem como os<br />

mosaicos naturais alterados se<br />

expressam espacialmente.<br />

Cartografia Geobotânica


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Cartografia Geobotânica e Planejamento<br />

A proposta apresentada pela Cartografia<br />

Geobotânica é de cartografar a dinâmica<br />

presente na realidade, ou seja, representar os<br />

arranjos vegetacionais forma dinâmica.<br />

Para isso o mapa deve integrar, de forma<br />

progressiva, todos os problemas do ambiente,<br />

até mesmo aqueles relacionados <strong>ao</strong>s<br />

impactos das atividades antrópicas no<br />

ambiente.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

No caso de florestas sociais (sistemas<br />

agroflorestais), vemos que sinantropização interfere<br />

na composição florística e no arranjo fitossociológico<br />

de florestas, criando mosaicos derivados de<br />

florestas.<br />

Por outro lado nos estudos de ecossistemas<br />

tipicamente naturais como manguezais, a influência<br />

antrópica tem afetado a estrutura dos bosques,<br />

muitas vezes sem interferir na composição floristica.<br />

Nas áreas urbanas a mudança é mais radical, pois<br />

neste caso o neofitismo predomina nos projetos<br />

urbanísticos, criando uma verdadeira “invasão” de<br />

floras exóticas.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Cartografia ambiental<br />

Cartografia Geobotânica<br />

De acordo com Martinelli (2004) uma pesquisa<br />

pode ser considerada ambiental quando inclui o<br />

homem na análise do meio em que está sendo<br />

realizado o estudo, o pesquisador deve levar<br />

em consideração a escala de trabalho em<br />

pesquisas com Cartografia Ambiental, visto que<br />

dependendo do fenômeno estudado a escala<br />

adotada pode ocultar algum evento da<br />

realidade ou exagerar na sua representação.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

A inclusão da Cartografia Ambiental em<br />

ações de <strong>planejamento</strong>, seja para áreas<br />

naturais, urbanas ou rurais, é um grande<br />

avanço, visto que o mapa possui uma<br />

linguagem, cujo principal objetivo é transmitir<br />

informação, o leitor deve compreender e<br />

apreender a realidade através dessa<br />

representação, ele é por si só um veículo de<br />

comunicação e demonstra as informações de<br />

uma determinada realidade.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Carta<br />

ambiental


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Martinelli & Pedrotti (2001) enfatizam<br />

que as questões ambientais devem<br />

abranger além dos problemas naturais<br />

também os problemas sociais,<br />

propõem uma reflexão sobre a<br />

metodologia cartográfica e orientam a<br />

sistematização da Cartografia<br />

Ambiental.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

-mapas do processo de desmatamento<br />

- mapas de fragmentação de habitats<br />

- mapas de potencial<br />

- mapas de dinâmica da cobertura antrópica<br />

- mapas de degradação<br />

- mapas do impacto de espécies exóticas e<br />

de neofitismo<br />

- estudos de cartografação da sinantropização<br />

(graus de naturalidade, artificialidade)<br />

aplicando o conceito de substituição na<br />

estrutura e composição da cobertura vegetal.


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Cartografia temática<br />

tica<br />

Cartografia da Vegetação<br />

Cartografia Geobotânica<br />

Cartografia da Paisagem<br />

Cartografia ambiental<br />

Formas de representação da realidade<br />

Metodologias distintas


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

Obrigada<br />

kelly.melo@usp.br


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

REFERÊNCIAS<br />

ANDRADE, L. A. de & SILVA, E. 1996. Fragmentação Florestal: Efeitos sobre a fauna silvestre. IN IV<br />

Simpósio Internacional sobre Ecossistemas Florestais. Belo Horizonte, MG, 1996. 52-53.<br />

AUBREVILLE, A. De la necessite de fixer une nomenclature sybthétique des formations végétales tropicales<br />

avant d’entreprendre – La cartographie de la végétation tropicale. IN Méthods de la Cartographie de la<br />

végétation. Coloque Internationaux du Centre National de la Reserche Cientifique. Toulouse, França,<br />

1960.37-47.<br />

CELESTI-GRAPOW, L. & FANELLI, G. 1991. A map of vgetation complexes in the urban area of Rome –<br />

Phytocoenosis 3 (N.S.) Supl. Cartogr. Geobot. 2: 331-336<br />

DANSEREAU, P. Essais de représentation cartographique dês éléments structuraux de la végétation. . IN<br />

Méthods de la Cartographie de la végétation. Coloque Internationaux du Centre National de la Reserche<br />

Cientifique. Toulouse, França, 1960. 233-255.<br />

EMBERGER, L., ed., 1969. Vade-mecum pour la relevé methodique de la végétation et du milieu. – Centre<br />

d’Études Phytosociologiques et Écologiques, Montpellier, 196 p.<br />

FALINSKI, J.B. 1966. Antropogeniczna roslinnosc Puszczy Bialowieskiej jako wynik synantropizacji<br />

naturalnego kompleksu lesnego. – Végétation anthopogène de la Grand Forêt Bialowieza comme un résultat<br />

de la synanthropisation du territoire silvestre nauturel. – Dissert. Unviers. Varsoviensis 13: 1-256<br />

FALINSKI, J.B. 1986. Vegetation dynamics in temprarte lowland primeval forests. Ecological studies in<br />

Bialowieza Forest. Geobotany 8: 1-537 – Dr. W. Junk Publishers, Dordrecht/Boston/Lancaster.<br />

FALINSKI, J.B. 1990-1991. Kartografia geobotaniczna.-(Cartography Geobotanica).- PPWK, Warzawa-<br />

Wroclaw, Cz. 1:1-284; cz. 2:1-283 cz 3: 1-355.<br />

FALINSKI, J.B. Geobotanical Cartography: subject, source basis, transformation and application<br />

fundamentals of map.in Synanthropization of plant cover in new polish research, Warszawa – Bialowieza,<br />

1998. N.S. Vol10.<br />

FURLAN, A. & Silva, F. M. da. Estudo da ocorrência, distribuição e características ecológicas de espécies<br />

vegetais exóticas das restingas da Praia das Palmas e da Praia do Presídio PE. Ilha Anchieta – Ubatuba (SP).<br />

IN VI Simpósio Ecossistemas Brasileiros, 2004<br />

FURLAN, Angelo. Paisagens sustentáveis: São Paulo e sua cobertura vegetal. In CARLOS,<br />

A. F. & UMBELINO, A. Geografias de São Paulo. Contexto, 2005: 255-283


CARTOGRAFIA GEOBOTÂNICA E SUAS APLICAÇÕES AO PLANEJAMENTO<br />

REFERÊNCIAS<br />

GAUSSEN, H. Lémploi des couleurs dans la cartograhie de la vegetation. . IN Méthods de la Cartographie de la<br />

végétation. Coloque Internationaux du Centre National de la Reserche Cientifique. Toulouse, França, 1960. 137-<br />

145.<br />

GODRON, M. Code pour le relevé mé et edu milieu (principles et trasncriprions sur cartes perforées).- CNRS,<br />

Paris, 1968.292p.<br />

HERZ, Renato. Distribuição dos padrões espectrais associados à estrutura física dos manguezais de um<br />

sistema costeiro subtropical.- Vol 1 e 2. Tese de livre-docência - IO - USP – 1988.<br />

IBGE Manual técnico da vegetação brasileira, Manuais técnicos em Geociências n°1 Rio de Janeiro, 1992.92p.<br />

Izquierdo, E. G. & Rondon Neto, R. M. 1996. Fitossociologia da Regeneração Ntural em Povoamentos de<br />

Eucaliptus camaldulensis Denhn. com idades diferentes. IN IV Simpósio Internacional sobre Ecossistemas<br />

Florestais. Belo Horizonte, MG, 1996. 219-220.<br />

Long, G. Diagnostic phyto-écologique et aménagement du territoire. T. 1. Principles généraux et méthodes.-<br />

Collection d’Écologie 4: 1-252. Masson et Cie, Paris. 1974<br />

Long, G. Diagnostic phyto-écologique et aménagement du territoire. 1. Principles généraux et méthodes.-<br />

Masson et Cie., Editeurs, 252pp. 1976<br />

MICHALIK, S. Mapa synanttropizacji zbiorowisk roslinnych centralnej czesci Wyzyny Krakowskiej. Ochrona<br />

Przyrody 42:93-102. 1979<br />

MIREK, Z. & PIEKOS-Mirkowa H., Antropogeniczne przeksztalcenie szaty roslinnej w Tatrzanskim parku<br />

Narodowym. In S. Wojcik, ed., Ochrona Tatr w Polsce Ludowej 1981. 259-278<br />

OZENDA, P. La cartographie écologique et sés applcations. Ecological mapping and its apllications.- Masson,<br />

Paris, New York, Barcelone. M. México, São Paulo, 160p. 1982<br />

PIOTROWSKA, A Roslinnose Zulaw wraz z Nuerzeha Wislana. In B. Augustowski, eds. Zulawy Wislane GTN,<br />

Gdansk. 1976<br />

RADAM (1982). Projeto RADAM-Brasil. Projeto Radam-Brasil, Ministério das Minas e Energia, 1983.<br />

SAMPAIO, F.A.A. & FURLAN, S. A. Relatório de Estudo de Impacto Ambiental para licença de ampliação da<br />

Pedreira Firpavi (capítulo biologia aquática). ECP S/C. 1990.<br />

SCHLUTER, H. Mosaiktypen des Naturlichkeitsgrades der heuttigen aktuellen Vegetation als Gegenstadt der<br />

Vegetationskartierung. Phytoccoenosis 3 (N.S) Suppl. Carogr. Geobot. (2) 1991. 273-278.<br />

SUKOPP, H. Der Einfluss des menschen auf die Vegetation.- Vegetatio 17. 1/6: 1968. 360-371.<br />

SUKOPP, H. Uber den Ruckgang von Farn - und Blutenpflanzen. En: Belastete Landschaft-Gerfahrdete Umwelt.<br />

G. Olschowy, ed. Goldmann. Munich, in Dobben, W.H. van & R.H. Lowe-McConnell (eds). Concepto<br />

unificadores en ecologia. E. Blume,1980.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!