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PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA CICLO DE VIDA NA GESTÃO ...

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RELATÓRIOS <strong>DE</strong> PESQUISA EM ENGENHARIA <strong>DE</strong> PRODUÇÃO v.13, n.9, pp. 115-131<br />

<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong><br />

EVENTOS<br />

Luciano da Silva Ramalho<br />

Universidade Federal Fluminense<br />

lramalho@planopilotoprojetos.com.br<br />

Gabriela Alvares Diuana<br />

Universidade Federal Fluminense<br />

gabrieladiuana@gmail.com<br />

Marco Aurélio Rafael Nogueira<br />

Universidade Federal Fluminense<br />

ma@pobox.com<br />

Gilson Brito Alves Lima<br />

Universidade Federal Fluminense<br />

gbal.sms@gmail.com<br />

Resumo<br />

Nos últimos anos muitas instituições tem se instalado no Brasil, o que tem proporcionado o crescimento da<br />

maturidade dos Negócios e Projetos desenvolvidos. Assim, o país tem se tornado uma referência<br />

econômica e oportunidades têm sido geradas. Quando se trata de Eventos, o Brasil passou a ser referência<br />

nos últimos anos, principalmente após sua escolha para sediar dois grandes eventos esportivos, a Copa do<br />

Mundo e as Olimpíadas. Neste contexto, muitos outros eventos passaram a figurar no país, mesmo havendo<br />

carência em termos de boas práticas de gestão dos mesmos. Estudos vêm sendo desenvolvidos no mundo,<br />

mas ainda não se observa um padrão definitivo para gestão de eventos. Este fato sugere, prioritariamente, a<br />

necessidade de melhor desempenho das atividades durante o ciclo de vida dos eventos, visando a sua boa<br />

gestão. Este artigo apresenta uma abordagem para gestão de eventos, considerando etapas e padrões<br />

definidos, visando tratá-los como projetos.<br />

Palavras-Chave<br />

Gestão, eventos, projetos, ciclo de vida<br />

Artigo submetido em 21/4/2013. Revisão recebida em 10/6/2013. Publicado em 14/6/2013.


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

1 Contextualização<br />

Nos últimos anos o Brasil vem se consolidando no cenário internacional como um país de<br />

economia mais estável e moeda forte – crescendo a taxas acima da média mundial –, passando a<br />

compor um seleto grupo de países denominados emergentes, mesmo em meio a tantas<br />

turbulências nas economias mundiais.<br />

Possuindo atualmente a quinta maior população do mundo e também a quinta maior<br />

extensão de terra do mundo, já em 2001, o Goldman Sachs – um dos maiores bancos de<br />

investimento do mundo. Fundado em 1869 por Marcus Goldman, está sediado atualmente<br />

em Nova York e mantém escritórios em muitos outros centros financeiros mundiais –, em estudo<br />

entitulado "Building Better Global Economic BRICs" considerou que o Brasil pertence ao grupo<br />

de países tendem a se consolidar entre as economias mais ricas do mundo. Consolidado como<br />

a sétima maior economia do mundo por PIB nominal, o Brasil alcançou em dezembro de 2011 a<br />

6ª (sexta) posição ultrapassando o Reino Unido.<br />

Neste contexto, o Brasil vem se apresentando fortemente como um país de oportunidades<br />

em diferentes áreas, desde o setor industrial até o de serviços, onde se deve destacar a<br />

necessidade de investimentos, advindos também de parcerias público-privadas, em infraestrutura.<br />

Há alguns anos, o Brasil iniciou um novo ciclo de grandes obras, onde serão realizados<br />

investimentos, para os próximos anos, da ordem de bilhões de dólares em infraestrutura.<br />

Segundo Choma (2011), o Brasil atravessa um dos melhores períodos da sua história em<br />

termos econômicos. Megaprojetos surgem em todas as regiões do país. Devido ao seu tamanho,<br />

força econômica na América do Sul e diversidade de projetos, o Brasil oferece hoje ótimas<br />

oportunidades a investidores.<br />

Com o ganho de relevância do Brasil no cenário mundial, que vem mudando,<br />

principalmente nos últimos cinco anos, o país passou a fazer parte, paralelamente, do destino de<br />

grandes eventos internacionais. Este momento econômico favorável que o Brasil está passando<br />

está sendo fundamental para atrair atenção mundial e recursos de grandes empresas. A escolha do<br />

Brasil, em 2007, para sediar a Copa do Mundo de 2014, associada a escolha, em 2009, do Rio de<br />

Janeiro para receber as Olimpíadas de 2016 contribuem como indicativo de que o país é um dos<br />

focos do mundo em realização de negócios.<br />

Neste cenário, inúmeros eventos de pequenos, médios e grandes portes vêm sendo<br />

realizados no Brasil. A escolha do país para sediar os megaeventos supracitados, atrelado a<br />

economia mais sólida do país, impulsionou o interesse de diferentes seguimentos da economia.<br />

Estes passaram a considerar, em seus planejamentos, a necessidade colocar o Brasil com grande<br />

probabilidade de receber os mais diferentes tipos de eventos, como congressos, palestras,<br />

premiers, etapas de circuitos esportivos e turnês de bandas de música entre outros.<br />

Este movimento sugere a profissionalização da gestão destes eventos, de forma a<br />

alcançar a excelência em planejar, executar e controlar os mesmos. Para Bowdin apud João<br />

(2008), existe a necessidade de gestão e planejamento de eventos em todos os seus aspectos,<br />

incluindo gestão de projetos e marketing estratégico.<br />

Neste sentido, o presente artigo busca, mediante a demanda de eventos que estão<br />

por se realizar no Brasil, propor um modelo de ciclo de vida para gerir eventos. Este<br />

modelo é apresentado de forma geral, devendo ser adaptado a cada tipo específico de<br />

evento, de acordo com as suas necessidades.<br />

A pesquisa realizada para a desenvolvimento deste artigo traz como premissa a<br />

discussão de dois objetivos específicos: (1) fazer um levantamento bibliográfico sobre<br />

gestão de projetos e sobre eventos; (2) propor a gestão de um evento utilizando<br />

ferramentas de gestão de projetos.<br />

Assim, este artigo apresenta-se dividido em quatro partes: na primeira é<br />

apresentado um contexto da realização de eventos no Brasil; na segunda é descrito a<br />

teoria relacionada com gestão de projetos e gestão de eventos; na terceira é apresentados<br />

a metodologia e os resultados da pesquisa realizada e, na quarta e última parte, é<br />

116


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

abordada a proposta de modelo para gestão de eventos e as considerações finais do<br />

presente trabalho.<br />

2 Gestão de projetos<br />

2.1 Processos de projetos<br />

Considerando a metodologia de gerenciamento de projetos, o PMI (2008) afirma que os<br />

projetos são compostos de processos. Um processo seria considerado como uma série de ações<br />

que geram um resultado. Os processos dos projetos são realizados por pessoas, e normalmente se<br />

enquadram em uma das duas categorias:<br />

• Processos da gerência de projetos: se relacionam com a descrição e a organização do<br />

trabalho do projeto. Os processos de gerência de projetos são aplicáveis à maioria dos<br />

projetos, na maioria das vezes;<br />

• Processos orientados ao produto: se relacionam com a especificação e a criação do<br />

produto do projeto. Os processos orientados ao produto são definidos pelo ciclo de vida<br />

do projeto e variam de acordo com a área de aplicação.<br />

Existe uma interação e uma sobreposição entre os processos da gerência de projetos e os<br />

processos orientados a produto, durante todo o projeto. Os processos de gerência de projetos<br />

podem ser organizados em cinco grupos, cada um deles contendo um ou mais processos:<br />

• Processos de iniciação: reconhecer que um projeto ou fase deve começar e se<br />

comprometer para executá-lo (a).<br />

• Processos de planejamento: planejar e manter um esquema de trabalho viável para se<br />

atingir aqueles objetivos de negócios que determinaram a existência do projeto.<br />

• Processos de execução: coordenar pessoas e outros recursos para realizar o plano do<br />

projeto.<br />

• Processos de controle: assegurar que os objetivos do projeto estão sendo atingidos,<br />

através da monitoração e da avaliação do seu desenvolvimento, tomando ações<br />

corretivas quando necessárias.<br />

• Processos de encerramento: Formalizar a aceitação do projeto ou fase e encerrá-lo (a) de<br />

uma forma organizada.<br />

Os grupos de processos se ligam pelos resultados que produzem – o resultado ou saída de<br />

um grupo torna-se entrada para outro. Entre grupos de processos centrais, as ligações são<br />

iterativas – o planejamento alimenta a execução, no início, com um plano do projeto<br />

documentado, fornecendo, a seguir, atualizações ao plano, na medida em que o projeto progride.<br />

Estas conexões são mostradas na Figura 01. Além disso, os grupos de processos de<br />

gerenciamento de projetos não são separados ou descontínuos, nem acontecem uma única vez<br />

durante todo o projeto; eles são formados por atividades que se sobrepõem, ocorrendo em<br />

intensidades variáveis ao longo de cada fase do projeto.<br />

117


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

Figura 01: Grupo de processos de gerenciamento de projetos.<br />

Fonte: PMI (2008)<br />

A Figura 02 ilustra como os grupos de processos se sobrepõem e variam dentro de uma<br />

fase. Os grupos possuem interações e estas atravessam as fases, de tal forma que o encerramento<br />

de uma fase fornece uma entrada para o início da próxima.<br />

Figura 02: Interação entre os grupos de processos ao longo do tempo.<br />

Fonte: PMI (2008)<br />

A repetição dos processos de iniciação, no início de cada fase, auxilia a manter o projeto<br />

focado nas necessidades de negócio que justificaram a sua criação. Isto também ajuda a garantir<br />

que o projeto seja interrompido, caso tais objetivos de negócio não mais existam, ou se o projeto<br />

tornou-se incapaz de satisfazê-los.<br />

118


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

2.2 Áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos<br />

O PMI (2008) apresenta as áreas de conhecimento, as quais devem ser geridas ao<br />

longo dos processos acima definidos, são elas: Integração, Escopo, Tempo, Custos,<br />

Qualidade, Recursos humanos, Comunicações, Riscos e Aquisições.<br />

Cada uma destas áreas de conhecimento é composta por processos específicos e estes são<br />

interligados por entradas, ferramentas e técnicas e saídas. Ou seja, existe um encadeamento entre<br />

áreas de conhecimento e seus processos, os quais definem o delineamento da gestão do projeto.<br />

Considerando-se estas ligações, podemos descrever cada processo em termos de:<br />

• Entradas: documentos ou itens documentáveis que influenciarão o processo;<br />

• Ferramentas e técnicas: mecanismos aplicados às entradas para criar as saídas;<br />

• Saídas: documentos ou itens documentáveis resultantes do processo.<br />

A Figura 03 ilustra o gerenciamento de projetos através de uma visão geral das Áreas de<br />

Conhecimento e de seus respectivos Processos.<br />

O gerenciamento de integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias<br />

para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades de<br />

gerenciamento do mesmo dentro desses grupos. No contexto do gerenciamento de projetos, a<br />

integração inclui características de unificação, consolidação, articulação e ações integradoras que<br />

são essenciais para o término do projeto, para gerenciar com sucesso as expectativas das partes<br />

interessadas e atender os requisitos.<br />

O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para garantir que o<br />

projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente ele, para terminar o projeto com sucesso.<br />

Trata principalmente da definição e controle do que está e do que não está inserido no projeto.<br />

O gerenciamento de tempo do projeto inclui os processos necessários para a conclusão<br />

dentro do prazo.<br />

O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativa,<br />

orçamentos e controle dos custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do<br />

orçamento aprovado.<br />

O gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da<br />

organização executora que determinam as responsabilidades, os objetivos e as políticas de<br />

qualidade, de modo que o projeto atenda às necessidades que motivaram sua realização. Esta área<br />

atua por meio de políticas e procedimentos, com atividades de melhoria contínua dos processos<br />

conduzidas do início ao fim, conforme adequado.<br />

O gerenciamento de recursos humanos do projeto inclui os processos que organizam e<br />

gerenciam a equipe, que é composta de pessoas com funções e responsabilidades atribuídas para<br />

o término do projeto. Embora seja comum falar-se de funções e responsabilidades atribuídas, os<br />

membros da equipe devem estar envolvidos em grande parte do planejamento e da tomada de<br />

decisões. O envolvimento dos membros dessa equipe desde o início acrescenta especialização<br />

durante o processo de planejamento e fortalece o compromisso com o projeto. O tipo e o número<br />

de membros da equipe do projeto muitas vezes podem mudar conforme ele se desenvolve,<br />

podendo ser chamados de pessoal do projeto.<br />

O gerenciamento das comunicações do projeto abrange os processos necessários para<br />

garantir a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das<br />

informações de forma oportuna e adequada. Esses processos fornecem as ligações críticas entre<br />

pessoas e informações que são necessárias para comunicações bem-sucedidas. Os gerentes de<br />

projetos podem gastar um tempo excessivo na comunicação com a equipe, partes interessadas,<br />

cliente e patrocinador. Todos os envolvidos devem entender como as comunicações afetam o<br />

projeto como um todo.<br />

O gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos que tratam da realização de<br />

identificação, análise, respostas, monitoramento e controle, e planejamento do gerenciamento de<br />

119


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

riscos em um projeto. Os objetivos são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos<br />

positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos nos objetivos do projeto.<br />

Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos<br />

Áreas de<br />

Conhecimento<br />

Grupo de<br />

Processos de<br />

Iniciação<br />

Grupo de<br />

Processos de<br />

Planejamento<br />

Grupo de<br />

Processos de<br />

Execução<br />

Grupo de<br />

Processos de<br />

Monitoramento e<br />

controle<br />

Grupo de<br />

Processos de<br />

Encerramento<br />

Gerenciamento da<br />

Integração do<br />

Projeto<br />

1. Desenvolver o<br />

termo de abertura<br />

do projeto<br />

2. Desenvolver o<br />

plano de<br />

gerenciamento do<br />

projeto<br />

3. Orientar e<br />

gerenciar a<br />

execução do projeto<br />

4. Monitorar e<br />

controlar o trabalho<br />

do projeto<br />

5. Realizar o<br />

controle integrado<br />

de mudanças<br />

6. Encerrar o projeto<br />

ou fase<br />

Gerenciamento do<br />

Escopo do Projeto<br />

1. Coletar os<br />

requisitos<br />

2. Definir o escopo<br />

3. Criar a EAP<br />

4. Verificar o escopo<br />

5. Controlar o<br />

escopo<br />

Gerenciamento do<br />

Tempo do Projeto<br />

1. Definir as<br />

atividades<br />

2. Sequenciar as<br />

atividades<br />

3. Estimar os<br />

recursos das<br />

atividades<br />

4. Estimar as<br />

durações das<br />

atividades<br />

5. Desenvolver o<br />

cronograma<br />

6. Controlar o<br />

cronograma<br />

Gerenciamento<br />

dos Custos do<br />

Projeto<br />

1. Estimar os custos<br />

2. Determinar o<br />

orçamento<br />

3. Controlar os<br />

custos<br />

Gerenciamento da<br />

Qualidade do<br />

Projeto<br />

1. Planejar a<br />

qualidade<br />

2. Realizar a<br />

garantia de<br />

qualidade<br />

3. Realizar o<br />

controle da<br />

qualidade<br />

Gerenciamento<br />

dos Recursos<br />

Humanos do<br />

Projeto<br />

1. Desenvolver o<br />

plano de recursos<br />

humanos<br />

2. Mobilizar a equipe<br />

do projeto<br />

3. Desenvolver a<br />

equipe de projeto<br />

4. Gerenciar a<br />

equipe do projeto<br />

Gerenciamento da<br />

Comunicação do<br />

Projeto<br />

1. Identificar as<br />

partes interessadas<br />

2. Planejar as<br />

comunicações<br />

3. Distribuir as<br />

informações<br />

4. Gerenciar as<br />

expectativas das<br />

partes interessadas<br />

5. Reportar o<br />

desempenho<br />

Gerenciamento<br />

dos Riscos do<br />

Projeto<br />

1. Planejar o<br />

gerenciamento dos<br />

riscos<br />

2. Identificar os<br />

riscos<br />

3. Realizar a análise<br />

qualitativa dos riscos<br />

4. Realizar a análise<br />

quantitativa dos<br />

riscos<br />

5. Planejar as<br />

respostas aos riscos<br />

6. Monitorar e<br />

controlar os riscos<br />

Gerenciamento<br />

das Aquisições do<br />

Projeto<br />

1. Planejar as<br />

aquisições<br />

2. Conduzir as<br />

aquisições<br />

3. Administrar as<br />

aquisições<br />

4. Encerrar as<br />

aquisições<br />

Figura 03: Visão geral das áreas de conhecimento e de seus respectivos processos.<br />

Fonte: PMI (2008)<br />

O gerenciamento de aquisições do projeto inclui os processos para comprar ou adquirir os<br />

produtos, serviços ou resultados necessários de fora da equipe do projeto para realizar o trabalho.<br />

120


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

Este capítulo apresenta duas perspectivas de aquisição. A organização pode ser o comprador ou o<br />

fornecedor do produto, serviço ou resultados sob um contrato. O gerenciamento de aquisições do<br />

projeto inclui os processos de gerenciamento de contratos e de controle de mudanças necessários<br />

para administrar os contratos ou pedidos de compra emitidos por membros da equipe autorizados.<br />

Também abrange a administração de qualquer contrato emitido por uma organização externa (o<br />

comprador) que está adquirindo o projeto da organização executora (o fornecedor) e a<br />

administração de obrigações contratuais estabelecidas para a equipe do projeto pelo contrato.<br />

3 Gestão de eventos<br />

3.1 Eventos<br />

Segundo Silvers (2004), gerir um evento é o processo pelo qual um evento é planejado,<br />

preparado e produzido. Como com qualquer outra forma de gestão, que abrange a avaliação,<br />

definição, aquisição, atribuição de direção, controle e análise de tempo, finanças, pessoal,<br />

produtos, serviços e outros recursos para atingir os objetivos. Desta forma sugere que a atividade<br />

de um organizador de evento seja definida como a pessoa, cujo trabalho é supervisionar e<br />

organizar todos os aspectos de um evento, que incluem planejamento, organização,<br />

implementação e reuniões de controle, convenções e outras atividades similares.<br />

De acordo com Meirelles (2003), quando considera-se um evento em seu conceito atual,<br />

pode-se registrar como primeiro evento os Jogos Olímpicos da Era Antiga, realizados em 776<br />

a.C., em Olímpia. Mais adiante, muitas outras Olimpíadas foram realizadas, por muitos anos<br />

possuíam caráter religioso, com força inclusive para suspender os combates bélicos que<br />

aconteciam na época. Atualmente, as Olimpíadas representam uma fonte de recursos para o país<br />

promotor, incrementando o turismo, o transporte, a hotelaria, o setor de prestação de serviços,<br />

como a comunicação, a segurança e o setor médico-hospitalar, dentre outros.<br />

Já considerando, por exemplo, os eventos com caráter informativo, um Congresso foi o<br />

primeiro evento desta ordem a ser realizado em Corinto em 377 a.C., com características de uma<br />

Assembléia, onde foram reunidos os delegados das cidades gregas, quando Felipe foi eleito o<br />

general da Grécia nas lutas contra a Pérsia.<br />

Centenas de anos se passaram e nos dias atuais pode-se observar o quanto os eventos se<br />

tornaram importante fonte de renda, comunicação e desenvolvimento, entre outros, para setores<br />

da economia, governos e empresas, por exemplo.<br />

3.2 Tipologia de Eventos<br />

Existem algumas possibilidades de definir os diferentes tipos eventos. Segundo<br />

Gonçalves (2003), esta tipologia pode ser definida da seguinte forma:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Reunião dialogal: baseada na informação, no questionamento e na discussão - palestra,<br />

conferência, seminário, simpósio, convenção, entrevista, entre outros;<br />

Reunião coloquial: baseada no entretenimento, no lazer, na aproximação entre as pessoas<br />

e na confraternização - coquetel, café da manhã, almoço, jantar, brunch, happy hour,<br />

entre outros;<br />

Competitivas: concurso, torneios, entre outros;<br />

Expositivas e Demonstrativas: feira, salão, mostra, exposição, desfile, lançamento de<br />

produtos, inauguração, entre outros;<br />

Ciclo de palestras: é uma série de palestras. Tanto pode ser um assunto desdobrado em<br />

várias apresentações como vários assuntos que se complementam. Igualmente, pode ser<br />

ministrado por um ou vários palestrantes, especialistas no assunto;<br />

Conferência: é uma reunião formal, em que um especialista desenvolve determinado<br />

tema sobre o qual tem amplo domínio. Ao final de sua exposição, responde perguntas;<br />

121


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Congresso: são reuniões promovidas por entidades de classe ou associações diversas,<br />

para apreciação, estudos, debates de interesses seus, de seus participantes ou sobre algum<br />

ramo de conhecimento que queira criar, desenvolver ou colaborar. Normalmente, o<br />

congresso se desenvolve em módulos ou sessões organizados de diversas formas: mesasredondas,<br />

sessões plenárias, reuniões de comissões mistas, subcomissões, subgrupos ou<br />

grupos de trabalhos;<br />

Convenção: é o esforço de um determinado agrupamento social. Normalmente busca a<br />

integração, o conhecimento recíproco dos seus participantes, a homogeneização de<br />

procedimentos, comportamentos ou informações;<br />

Fórum: destinado exclusivamente às pessoas que dominem o assunto a ser tratado. O<br />

participante poderá debater com liberdade suas posições, sem restrições quanto à<br />

quantidade de participantes. Existe um mediador para garantir a participação livre dos<br />

interessados, direcionando-os na busca do consenso e no registro de opiniões<br />

significativas;<br />

Inauguração: é um evento formal de alta representatividade social, e portanto, requer um<br />

planejamento minucioso, envolvendo todas as fases de um evento complexo, portanto,<br />

não deve ser confundido com apenas um cortar de fita e o descerramento de uma<br />

guarnição que envolve uma bela placa comemorativa;<br />

Mesa redonda: técnica utilizada por pequenos grupos comprometidos com um mesmo<br />

ramo de conhecimento ou interesse, para esclarecimentos, troca de idéias, discussão de<br />

casos. Cada participante tem tempo para expor os seus pontos de vista, para serem<br />

apreciados e debatidos. Para se garantir a boa ordem dos trabalhos é nomeado um<br />

coordenador que todos devem acatar;<br />

Palestra: uma pessoa, conhecida como palestrante, se propõe ou concorda em levar aos<br />

ouvintes o seu conhecimento, a sua experiência ou o seu entendimento sobre<br />

determinado assunto. Não existe uma regra fixa quanto ao tempo de duração e a<br />

participação do público. Normalmente, realiza-se no intervalo de 30 e 60 minutos, com<br />

ou sem perguntas durante a exposição. O comum é que perguntas ocorram após o<br />

término da palestra;<br />

Recepção: simpática reunião, rápida e simples de se organizar e de baixo custo. Na<br />

maioria das vezes é feita na própria instalação (residência, escola, escritório, empresa) ou<br />

em clubes, objetivando atender às necessidades e às satisfações pessoais ou sociais;<br />

Reunião: é o encontro de duas ou mais pessoas para o exercício de alguma atividade.<br />

Elas podem ser formais ou informais;<br />

Seminário: destinado a pessoas que apresentem praticamente o mesmo nível de<br />

conhecimento. Os participantes têm prévio conhecimento do que será tratado. Divide-se<br />

em três fases: exposição, discussão e conclusão;<br />

Sessão de autógrafo: é o encontro do autor de um livro com o seu público. Com certeza<br />

vai ficar carinhosamente marcado por uma dedicatória e um autógrafo. O autor cria uma<br />

excelente oportunidade para confirmar as suas pesquisas, quanto ao tipo de pessoas que<br />

ele está sensibilizando com a sua escrita: expectativas, suas necessidades etc;<br />

Simpósio: os expositores debatem os assuntos com o público assistente, dentro de<br />

normas pré-estabelecidas;<br />

Solenidade: normalmente é um evento que consegue concentrar muitas pessoas. Não<br />

raro, destina-se a homenagens que prevêem a entrega de prêmios, de placas<br />

comemorativas, prática de discursos etc;<br />

Workshop: trata-se de uma Loja de Trabalho, cuja finalidade é promover o aprendizado<br />

de forma prática.<br />

Já de acordo com João et al (2008), o setor de eventos, caracterizado por ser uma<br />

indústria prestadora de serviços, mas pouco estruturada para uma economia dominada por<br />

serviços pode ser classificada da seguinte forma:<br />

122


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Abrangência: mundiais, internacionais, latino-americanos, brasileiros, regionais ou<br />

municipais;<br />

Competição: esportiva, cultural, artística, concurso, campeonatos ou desfiles;<br />

Demonstração ou exposição: inaugurações, exposições, desfiles, leilões, shows ou noites<br />

de autógrafos;<br />

Data ou freqüência: permanentes, esporádicos, únicos ou de oportunidade;<br />

Categoria e função estratégica: público ou privado;<br />

Dimensão: macro evento, de grande porte, de médio porte ou de pequeno porte;<br />

Área de interesse: artístico, assistencial, científico, filantrópico, folclórico, gastronômico,<br />

governamental, incentivo, informativo, institucional, político, promocional, religioso,<br />

social, técnico ou turismo/lazer;<br />

Perfil dos participantes: geral, dirigido, específico ou especializado; e<br />

Tipo de adesão: fechado ou aberto.<br />

3.3 EMBOK<br />

O modelo estrutural do Event Management Book of Knowledge (EMBOK) teve início no<br />

ano de 1999 quando William O´Toole o citou em sua tese na aplicação de gerenciamento de<br />

projetos para eventos, sendo sua característica definir o reconhecimento da importância da gestão<br />

de risco para os eventos.<br />

Segundo Silvers (2005), o modelo estrutural do Event Management Body of Knowledge<br />

(EMBOK) consiste na abordagem específica para o gerenciamento de eventos. O aspecto<br />

sequencial das fases e da natureza interativa dos processos, que são permeadas com valores<br />

fundamentais, permite a abordagem das áreas funcionais de uma forma abrangente e sistemática.<br />

As etapas incluem a iniciação, planejamento, execução, o evento, e o encerramento, e são<br />

provenientes de gerenciamento de projetos tradicionais cujas melhores práticas são definidas pelo<br />

PMI (2008).<br />

Ainda segundo Silvers (2005), instituições acadêmicas e de formação profissional estão<br />

sendo certificadas por desenvolverem uma ampla variedade de produtos em suas grades<br />

curriculares visando à criação de disciplinas específicas da indústria do entretenimento, como<br />

planejamento de reuniões, festivais, gestão de eventos e de entretenimento, esportes e lazer,<br />

hospitalidade e turismo. Dentre os países que se destacam no desenvolvimento deste conteúdo,<br />

tem-se: Austrália, Canadá, África do Sul, Reino Unido e os Estados Unidos.<br />

De forma análoga ao PMBOK, o EMBOK apresenta fases especificadas na estrutura de<br />

gestão de um evento (Quadro 01).Esta buscam ilustrar a seqüencia natural da gestão de eventos,<br />

ao longo do tempo, como acontece em qualquer projeto. As etapas incluem a iniciação,<br />

planejamento, execução, o evento e o encerramento.<br />

Início<br />

Planejamento<br />

Implementação<br />

É a fase em que uma pesquisa é conduzida e que o conceito do evento é definido e<br />

validado. É também a fase quando o escopo e o contexto do mesmo são definidos,<br />

metas e objetivos traçados e o compromisso de recursos é estabelecido.<br />

Fase em que os requisitos e especificações para o projeto do evento são<br />

determinados, especificando as atividades que irão ocorrer, os esforços e recursos<br />

necessários e as premissas, contextos ou decisões que afetam as decisões a serem<br />

tomadas.<br />

É a fase em que todos os bens e serviços são contratados e coordenados,<br />

sincronizando todos os requisitos operacionais e logísticos de um projeto de evento.<br />

123


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

O evento<br />

Encerramento<br />

Consiste em um momento que vai além da execução. É uma fase distinta porque<br />

apresenta uma abordagem dinâmica e necessária para o início da produção. Embora<br />

as fases acima referidas possibilitem a decisão de go / no-go , uma vez iniciado o<br />

evento a única possibilidade de não ir é o encerramento do mesmo (ou elementos<br />

específicos e as atividades incluídas).<br />

É a fase de desmantelamento, em que a produção do evento é encerrada e<br />

desmontada, e as obrigações contratuais estão concluídas. Esta fase inclui também o<br />

recolhimento de feedbacks e a revisão de ações, atividades e decisões. Essas<br />

informações são então avaliadas para determinar medidas (por exemplo, retorno<br />

sobre investimento) ou a classificação estabelecida pelos critérios (por exemplo, as<br />

críticas de desempenho). Revelam ainda os impactos (por exemplo, econômica,<br />

ambiental, social e cultural), e registro das lições aprendidas que irão facilitar a<br />

efetiva transferência de conhecimentos para o próximo evento do projeto.<br />

Quadro 01: As fases do EMBOK.<br />

Fonte: Silvers (2005)<br />

Para Allen (2008), o mercado de eventos segue em uma crescente, o que inclusive já<br />

permitiu que o conjunto de conhecimentos da gestão de eventos (EMBOK) fosse concretizado<br />

através de Silvers (2005) e O´Toole (2002). Baseado nesta visão, no futuro as empresas<br />

responsáveis pela realização dos serviços devem focar seus objetivos em:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Padrões de competência à gestão de eventos;<br />

Sistemas de gestão apoiados em ferramentas computacionais;<br />

Franquia de eventos, já que um empreendimento bem sucedido servirá de modelo que<br />

pode ser desenvolvido em qualquer parte do mundo;<br />

Treinamento e melhoria no procedimento de resposta às exigências do volátil e exigente<br />

mercado da música comercial.<br />

Na avaliação da qualidade dos serviços e métodos durante os processos de gestão e<br />

consequente realização de eventos em geral, derivados de processos não adequados às crescentes<br />

necessidades atuais, vem ocorrendo inúmeros eventos de pequeno, médio e grande porte no<br />

Brasil e no mundo, os quais apresentam poucas referências à literatura de gerenciamento de<br />

projetos. Estes acabam por se tornar subjetivos ou ignorados, o que possibilita o surgimento de<br />

erros originados de informações desatualizadas.<br />

4 Abordagem Metodológica Utilizada<br />

O estudo realizado sobre uma nova abordagem para a gestão de eventos caracteriza-se,<br />

quanto a sua natureza, como preponderantemente descritivo e bibliográfico.<br />

Quanto aos meios, utilizou-se uma pesquisa de campo através da proposição de uma<br />

survey, realizada por meio de aplicação de questionário enviado eletronicamente, cuja coleta de<br />

dados ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, tendo como principal foco de<br />

investigação, e respectivos respondentes, profissionais pós-graduados (ou pós-graduandos) em<br />

gestão de projetos e que atuam na gestão de projetos e/ ou de eventos e que sejam freqüentadores<br />

assíduos de eventos.<br />

De forma a atender aos objetivos e responder às questões da pesquisa, o questionário foi<br />

elaborado a partir de 3 clusters: (1) idealizador/ patrocinador do evento, (2) gestor do evento, (3)<br />

público/ platéia:<br />

<br />

Idealizador/ patrocinador do evento: identificar, pela ótica de que investe em eventos,<br />

como está o mercado brasileiro no que se refere a realização de eventos;<br />

124


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

Gestor do evento: mensurar/ entender como deve ser o processo de gestão do evento,<br />

quais pontos podem ser destacados, como planejar, executar e controlar um evento;<br />

Público/ platéia: entender um pouco sobre a melhoria na gestão de eventos com base em<br />

pesquisas de satisfação.<br />

4.1 Validação e coleta de dados<br />

Para a coleta de dados, adotou-se como ferramenta auxiliar, a utilização do site<br />

SurveyMonkey® (www.surveymonkey.com) que permite o envio e o recebimento das respostas<br />

pela Internet, facilitando a participação dos profissionais especialistas.<br />

O questionário foi estruturado de forma a realizar a coleta e interpretação dos dados.<br />

Assim, utilizou-se questões de preenchimento obrigatório com graduação de opinião através de<br />

uma escala de Likert. Procurou-se definir um conjunto de assertivas que não exigisse mais que 5<br />

minutos do respondente, e utilizou-se lógica de encadeamento das questões, de modo a direcionar<br />

os questionados com base na resposta dada previamente.<br />

Considerando a importância dos eventos e a necessidade de gerenciá-los de forma<br />

adequada, os autores buscaram, junto a literatura disponível, reportagens e artigos, entre outros,<br />

bem como o cenário que se apresenta no Brasil e no mundo, entender um pouco da gestão de<br />

eventos e do contexto em que estes se apresentam.<br />

A Tabela 1, a seguir, apresenta o questionário elaborado e respectiva distribuição<br />

amostral das respostas obtidas<br />

Tabela 01: Resultado da pesquisa sobre gestão de eventos.<br />

Por favor, indique o quanto você concorda ou não com as seguintes afirmações:<br />

Afirmativas<br />

Concorda/<br />

Concorda<br />

parcialmente<br />

Indiferente/<br />

Discorda<br />

Parcialmente/<br />

Discorda<br />

MODA<br />

O atendimento das expectativas do público é importante para medir o<br />

sucesso de um evento. Assim, um pré-estudo de perfil de quem irá ao evento<br />

é de fundamental importância para antever eventuais descontentamentos.<br />

55 2 5<br />

O Patrocínio de eventos tem se tornado importante ferramenta de divulgação<br />

de marcas (patrocinadores), contribuindo para a viabilidade do mesmo.<br />

50 7 5<br />

A infraestrutura de acesso ao local do evento (trens, estradas, aeroportos),<br />

bem como hospedagem e o "custo Brasil" influenciam na realização e<br />

patrocínio do evento.<br />

56 1 4<br />

Independente do tipo de evento, a formatação de gestão pode ser a mesma.<br />

Desta forma, um evento pode ser entendido como um tipo (categoria) de<br />

projeto, portanto a gestão de um evento deve ser semelhante a gestão de um<br />

projeto.<br />

43 14 4<br />

Iniciação, Planejamento, Execução, Controle e Encerramento são os<br />

processos que comumente compõem o ciclo de vida durante a gestão de um<br />

projeto.<br />

51 6 5<br />

Pré-Evento, Evento e Pós-Eventos definem as principais etapas comumente<br />

atribuídas ao ciclo de vida de um evento.<br />

46 11 4<br />

125


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

A gestão de um projeto entrega um produto (e/ ou serviço), enquanto que na<br />

gestão de um evento o “produto” é exatamente o evento.<br />

47 10 5<br />

Em um evento, a fase de Pós-Evento contempla a fase de Encerramento,<br />

constituindo a desmobilização de toda a estrutura utilizada no evento, bem<br />

como o encerramento de contratos, entre outros.<br />

47 10 5<br />

A boa gestão de um evento deve considerar que este será, prioritariamente,<br />

uma gestão de diferentes tipos de contratos.<br />

39 18 4<br />

A boa gestão de um evento deve considerar a segurança de todos os<br />

envolvidos como um ponto de elevada relevância.<br />

55 2 5<br />

Fonte: Autores<br />

O Gráfico 1 apresenta, por assertiva, como ficaram distribuídas, percentualmente, as<br />

respostas.<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

Assertiva<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70<br />

Percentual<br />

Concorda Concorda parcialmente Indiferente Discorda Parcialmente Discorda<br />

Gráfico 01: Resultado da pesquisa.<br />

Fonte: Autores<br />

A aplicação deste questionário não teve a intenção de ser conclusiva quanto aos pontos<br />

supracitados, porém os resultados obtidos demonstram a relevância dos mesmos no que se refere<br />

a gestão de eventos.<br />

As respostas foram importantes para que fossem investigados alguns pontos sob a ótica<br />

dos clusters apresentados anteriormente, dentre eles:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Estudo prévio para a realização de um evento;<br />

Patrocínio em eventos;<br />

Influência da infraestrutura na realização do evento;<br />

Evento como uma categoria de projeto;<br />

126


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Ciclo de vida de um projeto;<br />

Ciclo de vida de um evento;<br />

Produto da gestão de um projeto e de um evento;<br />

O pós-evento;<br />

Gestão de eventos e gestão de contratos;<br />

Relevância da segurança do público.<br />

A partir dos resultados preliminares obtidos na pesquisa foi possível estabelecer uma<br />

proposta de Estrutura de Gestão de Eventos suportada nos seguintes parâmetros:<br />

Boas práticas de gestão de projetos (PMI)<br />

Boas práticas de gestão de eventos (EMBOK);<br />

Pesquisas previamente realizadas por Nogueira (2010) e Diuana (2011);<br />

Survey realizado neste trabalho.<br />

5 Análise da aplicação proposta e discussão de resultados<br />

5.1 Análise da aplicação<br />

Atualmente, o planejamento estratégico de uma empresa está diretamente ligado às<br />

estratégias de comunicação e o evento se constitui em uma forma de comunicação dirigida, a qual<br />

pode ser utilizada pela empresa na otimização de resultados no relacionamento com seus públicos<br />

– internos e externos.<br />

Segundo Melo (1998), no relacionamento entre a empresa e o segmento mais importante<br />

da esfera da competitividade, ou seja, seu público alvo, o evento é visto como uma ferramenta<br />

estratégica que visa a divulgar e dar conhecimento do produto/ empresa, além de provocar a<br />

consciência, a fidelidade (ou preferência) de um produto. E, ainda, a força desse veículo pode<br />

contribuir para criar e ampliar a credibilidade das empresas.<br />

Para Marcondes (2009), os eventos corporativos, os quais são voltados para os<br />

colaboradores, devem ser planejados em função do momento que a empresa vive, levando-se em<br />

consideração se há retração no mercado, período de pós-demissões ou boato de vendas e fusões,<br />

além de ser necessário que as informações mais corretas e transparentes sejam reveladas aos<br />

colaboradores, para que os eventos transmitam a eles confiança no futuro e motivação para levar<br />

a empresa para resultados positivos.<br />

Aplicar os conhecimentos referentes ao gerenciamento de projetos tem se mostrado uma<br />

importante ferramenta no sentido de promover um negócio, o qual esteja inserido em um<br />

ambiente de alta competitividade. Este cenário requer a presença de profissionais competentes e<br />

com a atribuição de gerenciar projetos de forma a alcançar o sucesso trazendo benefícios às<br />

organizações. Esta orientação por projetos vem se tornando uma importante estratégia no<br />

desenvolvimento de negócios: organizar os negócios através de projetos, os quais estejam<br />

orientados no sentido dos objetivos e metas das empresas.<br />

Para Vargas (2006), a principal vantagem do gerenciamento de projetos é que ele pode<br />

ser aplicado em empreendimentos de qualquer complexidade, orçamento e tamanho, em qualquer<br />

linha de negócios, além dos benefícios listados a seguir:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Acontecimentos não-previstos durante a execução dos trabalhos;<br />

Desenvolvimento de diferenciais competitivos e novas técnicas;<br />

Antecipação de situações desfavoráveis ou de risco;<br />

Adaptação dos trabalhos às necessidades do cliente e mercado consumidor;<br />

Disponibiliza orçamentos antes do início dos gastos;<br />

Agiliza decisões através da estruturação das informações;<br />

Aumenta o controle gerencial do processo;<br />

Facilita e orienta eventuais revisões no projeto;<br />

127


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

Aloca de forma racional recursos humanos e materiais;<br />

Documenta as estimativas para projetos futuros e lições aprendidas.<br />

Segundo O´Toole e Mikolaitis (2002), as seguintes vantagens podem ser descritas para<br />

realizar eventos através da aplicação dos conhecimentos em gerenciamento de projetos:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

É uma abordagem sistemática que pode ser aprimorada com cada evento;<br />

Evita o risco de o sucesso depender de uma única pessoa, pois os registros e manuais de<br />

comunicação clara e do uso das equipes fazem com que o evento seja compreendido por<br />

qualquer um com experiência correta;<br />

Utiliza terminologia, facilitando a comunicação;<br />

Garante prestação de contas aos parceiros;<br />

Torna compreensível a gestão do evento, pois há uma tendência de se oculta-la devido à<br />

importância do mesmo;<br />

Ajuda a treinar a equipe;<br />

Pode ser usada em outras áreas da gestão e não apenas em eventos;<br />

É comum aos outros negócios, permitindo maior familiarização com as terminologias.<br />

Para Allen (2008), existe a necessidade de haver boa definição referente ao que se<br />

pretende com cada tipo de evento. É importante definir se estes serão, por exemplo, rituais,<br />

apresentações ou celebrações específicas e se serão deliberadamente planejados e criados para<br />

marcar ocasiões especiais ou para atingir metas e objetivos específicos de cunho social, cultural<br />

ou corporativo. Três aspectos são importantes e devem ser tratados para o bom acompanhamento<br />

e entendimento do setor de eventos:<br />

<br />

<br />

<br />

A gestão de eventos surgiu como uma profissão que abrangia uma série de atividades<br />

diversas antes vistas como áreas distintas; sejam festivais, esportivos, conferências,<br />

turísticos ou corporativos. Essa mudança levou à necessidade de uma metodologia ampla<br />

o suficiente para abranger necessidades e diferenças individuais;<br />

Os ambientes onde são operacionalizados os eventos e as expectativas dos clientes se<br />

tornaram complexos;<br />

O envolvimento de governos e das empresas no ramo teve um incremento através dos<br />

patrocínios e doações. Tal mudança demandou sistemas de gestão capazes de medir e<br />

garantir o retorno do investimento.<br />

Cabe ressaltar que o tipo de evento deve ser bem definido durante a fase de elaboração do<br />

escopo, pois, a partir desta definição, o planejamento do mesmo será diretamente impactado<br />

pelos serviços/ produtos (entregáveis) descritos.<br />

5.2 Discussão de resultados<br />

Considerando a metodologia utilizada, foi possível estudar e entender, em termos de<br />

gestão dos processos (projetos e eventos), o relacionamento que pode ser estabelecido entre os<br />

mesmos.<br />

Uma vez observada a viabilidade do evento, conforme destacada importância das 3<br />

primeira assertivas do survey desenvolvido neste trabalho, baseada no atendimento das<br />

expectativas do público, o patrocínio e a infraestrutura de apoio ao evento, cabe aos gestores<br />

desenvolverem a gestão do evento.<br />

Neste sentido, a Figura 4 apresenta a relação existente entre a gestão de um projeto e a<br />

gestão de um evento.<br />

De acordo com Allen (2008), a gestão dos projetos para realização de eventos<br />

concentra-se no processo de gestão para criar o evento, não apenas no que acontece nele.<br />

Segundo o autor, muitos textos e artigos confundem o evento com a sua gestão, que é o produto<br />

128


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

do processo da gestão. Um evento pode ocorrer em um período de horas ou dias, mas seu<br />

processo de gestão pode levar muitos meses e anos.<br />

Nesta figura é possível entender que o projeto possui início, meio e fim bem definidos<br />

com a intenção de entregar um produto, o qual será operado por um determinado intervalo de<br />

tempo e depois descartado. Já na gestão de um evento o produto é exatamente o evento, o qual<br />

será operado por um período relativamente curto – horas ou dias, simplesmente – e que só se<br />

encerrará na fase posterior onde a estrutura mobilizada para a sua construção deverá ser<br />

desmobilizada – um processo de pós-produção.<br />

Figura 04: Relacionamento entre os macro-processos de gestão de projetos e de gestão de eventos.<br />

Fonte: Ramalho apud Nogueira (2010)<br />

Uma vez entendido como se relaciona a gestão de um evento com a gestão de um projeto,<br />

os macro-processos e as fases de desenvolvimento dos mesmos, foi possível desenvolver uma<br />

estrutura que representa, na gestão dos eventos, a mesma relação que a Figura 1 (Grupo de<br />

processos de gerenciamento de projetos) representa com a gestão de projetos (Figura 05).<br />

Figura 05: Processos de gestão de eventos.<br />

Fonte: Ramalho apud Nogueira (2010)<br />

Disciplinas comumente geridas em projetos também deverão ser tratadas durante a gestão<br />

dos eventos. Portanto, desde as definições iniciais, a gestão do evento deve considerar:<br />

129


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Definição de escopo e elaboração de Estrutura Analítica do Evento (EAE);<br />

Elaboração e acompanhamento de Cronogramas;<br />

Elaboração e acompanhamento de Orçamento;<br />

Seleção de fornecedores de serviços e materiais;<br />

Matriz de atribuições e responsabilidades;<br />

Gestão de qualidade (utilização de ferramentas da qualidade);<br />

Padrões de relacionamento e Comunicação (interno ao evento);<br />

Planos de ação para mitigação de riscos.<br />

Além destas disciplinas, a boa gestão de um evento deve ainda estar dedicada em gerir os<br />

seguintes elementos:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Patrocínio do Evento;<br />

Marketing, Vendas e Promoção do Evento (comunicação externa a gestão do evento);<br />

Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) durante a realização do Evento;<br />

Logística do Evento (foco tanto na organização quanto na gestão);<br />

Registro de Lições Aprendidas: realização da gestão do conhecimento durante todo o<br />

ciclo de vida do evento, desde as definições iniciais até a desmobilização deste.<br />

Para integrar as disciplinas/ elementos acima destacados, na fase de planejamento do<br />

evento, cabe a elaboração de um Plano de Gerenciamento do Evento (PGE). Este será uma<br />

ferramenta relevante para o bom planejamento e, consequentemente, a boa gestão dos eventos.<br />

6 Conclusão<br />

Este artigo seguiu uma orientação para apresentar os eventos nos contextos nacional e<br />

internacional. Esta orientação ressaltou a relevância de se desenvolver excelência na gestão dos<br />

referidos eventos. Para alcançar o objetivo sugerido na introdução deste trabalho, a gestão de<br />

eventos foi tratada em duas linhas: suporte teórico junto a importantes bibliografias e realização<br />

de uma survey com foco em três clusters.<br />

A introdução deste artigo destaca o contexto de crescimento do Brasil no cenário<br />

mundial, destacando a realização de eventos de diferentes portes no cenário nacional. Um Brasil<br />

de dimensões continentais que necessita de fortes investimentos em infraestrutura para crescer de<br />

forma ordenada. Infraestrutura que será, também, importante para a realização dos megaeventos<br />

que estão por acontecer.<br />

As referências bibliográficas demonstraram as semelhanças, no campo da teoria,<br />

existentes entre modelos de gestão de projetos como o PMBOK desenvolvido por PMI (2008) e<br />

modelos de gestão de eventos como o EMBOK proposto por Silvers (2005).<br />

Para estruturar a relação, ainda teórica, entre eventos e projetos no que se refere a gestão,<br />

foi realizada uma pesquisa com foco em entender os eventos quanto a questões de contexto,<br />

importância da segurança do público e, principalmente, a gestão dos mesmos. Esta pesquisa<br />

confirmou e justificou o desenvolvimento de um modelo que dê suporte aos gestores de eventos<br />

no sentido de gerenciá-los como uma categoria de projetos, porém atendendo às suas<br />

características próprias.<br />

Objetivo central de estudo do presente trabalho, as figuras 04 e 05 destacam a proposta<br />

de abordagem de relacionamento entre gestão de projetos e eventos, considerando as boas<br />

práticas de gestão de projetos preconizadas pelo PMI (2008) e pela survey ora apresentada. Esta<br />

abordagem configura um ciclo de vida para gestão de um evento, o qual se mostra relacionado<br />

com um projeto, seguindo as fases de definições, planejamento, implementação, controle e<br />

desmobilização. Um diferencial explicitado é que a entrega de um projeto possuirá um produto/<br />

serviço, conforme especificação, enquanto que, em um evento, a entrega será a realização do<br />

próprio evento.<br />

130


<strong>PROPOSTA</strong> <strong>DE</strong> <strong>ABORDAGEM</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CICLO</strong> <strong>DE</strong> <strong>VIDA</strong> <strong>NA</strong> GESTÃO <strong>DE</strong> EVENTOS<br />

Por fim, é importante considerar que, diferentemente da gestão de projetos, a gestão de<br />

um evento deve considerar o atendimento, pelo menos em média, das expectativas das partes<br />

interessadas, principalmente do público ao qual o evento se destina. O sucesso dos eventos, e de<br />

toda a sua gestão, está diretamente relacionado com o grau de satisfação do público/ platéia<br />

(cliente direto e indireto) que estará presente no mesmo.<br />

Referências Bibliográficas<br />

ALLEN, Johnny. O´Toole William; McDonnel Ian; Harris, Robert. Organização e Gestão de<br />

Eventos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2008.<br />

CHOMA, André Augusto. Como você está “criando” a sua carreira em terra de oportunidades<br />

Revista Mundo PM. Ano 7, nº 39, junho/ julho 2011.<br />

DIUA<strong>NA</strong>, Gabriela Alvares. Proposta de método para gestão de escopo, prazo e comunicação em<br />

eventos corporativos: estudo de caso em uma empresa de telecomunicações. Rio de Janeiro,<br />

2011. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em<br />

Gerenciamento de Projetos da Universidade Federal Fluminense. 2011.<br />

GONÇALVES, Adriana e CATTINNE, Érica G. Tipologia de Eventos. disponível em<br />

http://www.canaltur.com.br/eventos_tipologia.htm/ (acesso em 03/07/2011).<br />

JOÃO, Belmiro do Nascimento; DIAS, Aparecida Honório; MONTEIRO JUNIOR, João<br />

Gonçalves; BASTOS, Fabrício César. Empreendedorismo e Internacionalização: Um Caso no<br />

Setor de Eventos. V Encontro de estudos sobre empreendedorismo e gestão de pequenas<br />

empresas. 2008.<br />

MARCON<strong>DE</strong>S, Monica. Pensar na melhor estratégia. Revista Guia de Eventos Corporativos<br />

2009. São Paulo: Editora Segmento, 2009.<br />

MEIRELLES, Gilda Fleury. Eventos: seu negócio, seu sucesso. São Paulo: IBRA<strong>DE</strong>P, 2003<br />

MELO, Francisco Paula de Neto. Marketing de Eventos. Editora Sprint. 1998.<br />

NOGUEIRA, Marco Aurélio Rafael. Proposta de método para gestão de eventos baseado na<br />

metodologia de gerenciamento de projetos do PMI: estudo de caso em uma empresa de promoção<br />

de eventos. Rio de Janeiro, 2010. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-<br />

Graduação em Gerenciamento de Projetos da Universidade Federal Fluminense. 2010.<br />

O´TOOLE, William e Mikolaitis, Phyllis. Corporate event project management. John Wiley &<br />

Sons Inc., Nova Yorque, 2002.<br />

PMI. Project Management Institute. A Guide to the Project Management Body of Knowledge –<br />

PMBOK. 4th. ed. Exposure Draft, Pennsylvania, 2008.<br />

SILVERS, Julia Rutherford. The Potential of the EMBOK as a Risk Management Framework for<br />

Events. Las Vegas International Hospitality and Convention Summit, 2005.<br />

VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de Projetos – Estabelecendo Diferenciais<br />

Competitivos. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.<br />

131

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