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Principais doenças fúngicas da videira no sul do Brasil

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Medi<strong>da</strong>s de controle<br />

O controle <strong>do</strong> míldio inicia-se com a escolha<br />

de uma área adequa<strong>da</strong> ao plantio <strong>da</strong> <strong>videira</strong> e<br />

de cultivares mais resistentes. As cultivares de<br />

V. vinifera são muito suscetíveis a <strong>do</strong>ença,<br />

enquanto que as cultivares de uvas<br />

americanas e híbri<strong>da</strong>s são mais resistentes.<br />

A aplicação de fungici<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> é uma prática<br />

necessária para o controle <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença. Com o<br />

monitoramento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, as aplicações<br />

podem ser inicia<strong>da</strong>s com o aparecimento <strong>do</strong>s<br />

primeiros sintomas (mancha de óleo), ou <strong>no</strong><br />

estádio 09 (duas a três folhas separa<strong>da</strong>s), e<br />

repeti<strong>da</strong>s sempre que houver condições<br />

favoráveis. Até o estádio de grão “ervilha”<br />

recomen<strong>da</strong>-se a aplicação de produtos<br />

orgânicos, após este estádio podem ser<br />

emprega<strong>do</strong>s os fungici<strong>da</strong>s cúpricos. Não se<br />

recomen<strong>da</strong> a aplicação de cúpricos durante a<br />

floração, porque o cobre causa fitotoxici<strong>da</strong>de<br />

às flores e na brotação <strong>no</strong>va, principalmente<br />

com tempo frio e úmi<strong>do</strong>.<br />

No perío<strong>do</strong> crítico, que vai <strong>do</strong> estádio 17<br />

(inflorescência totalmente desenvolvi<strong>da</strong>; flores<br />

separa<strong>da</strong>s) até o estádio 31 (bagas tamanho<br />

ervilha), são necessários os maiores cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />

Nesta fase deve-se proteger as plantas com<br />

fungici<strong>da</strong>s sistêmicos ou de profundi<strong>da</strong>de, com<br />

intervalo de aplicações de 08 a 10 dias.<br />

Recomen<strong>da</strong>-se <strong>no</strong> máximo de duas a três<br />

aplicações de ca<strong>da</strong> princípio ativo, visan<strong>do</strong><br />

evitar o surgimento de resistência <strong>do</strong> patóge<strong>no</strong><br />

a estes fungici<strong>da</strong>s.<br />

Os tratamentos com fungici<strong>da</strong>s de contato ou<br />

de superfície podem ser realiza<strong>do</strong>s em<br />

intervalos de sete a oito dias, porém quan<strong>do</strong> a<br />

precipitação superar a 20 mm, lavan<strong>do</strong> o<br />

tratamento anterior, é necessário repetir a<br />

aplicação.<br />

Em a<strong>no</strong>s em que a incidência <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença é<br />

muito severa, aconselha-se pulverizações póscolheita<br />

para reduzir o inóculo e proteger a<br />

folhagem, manten<strong>do</strong>-a por mais tempo na<br />

planta.<br />

A utilização de produtos indutores de<br />

resistência tem aumenta<strong>do</strong> em diversas<br />

culturas. Na <strong>videira</strong>, os fosfitos de potássio<br />

tem desempenha<strong>do</strong> este papel, tornan<strong>do</strong> a<br />

planta mais resistente ao ataque <strong>do</strong> agente<br />

causa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> míldio, e exercen<strong>do</strong> um excelente<br />

controle <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença.<br />

Outras medi<strong>da</strong>s profiláticas que contribuem<br />

para o controle, mas não substituem os<br />

fungici<strong>da</strong>s são: evitar o plantio em baixa<strong>da</strong>s e<br />

em solos mal drena<strong>do</strong>s, pois favorece a<br />

produção <strong>do</strong> inóculo primário e secundário<br />

responsáveis pelas infecções; a adubação<br />

deve seguir as recomen<strong>da</strong>ções técnicas <strong>da</strong><br />

análise de solo, evitan<strong>do</strong> o excesso de adubos<br />

nitrogena<strong>do</strong>s que favorecem o crescimento<br />

vegetativo e maior suscetíbili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s<br />

verdes <strong>da</strong> planta à <strong>do</strong>ença. Utilizar<br />

espaçamento e po<strong>da</strong> adequa<strong>do</strong>s para melhor<br />

arejamento <strong>da</strong> planta, sistema de condução<br />

muito baixo, cria microclima favorável ao<br />

patóge<strong>no</strong>.<br />

Oídio<br />

O oídio, ou míldio pulverulento, causa<strong>do</strong> pelo<br />

fungo Uncinula necator (Schw.) Burril, forma<br />

sexua<strong>da</strong> de Oidium tuckeri Berk., ocorre em<br />

to<strong>da</strong>s as regiões vitícolas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Na região<br />

Nordeste <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, é a principal <strong>do</strong>ença<br />

fúngica <strong>da</strong> <strong>videira</strong>, também ocorren<strong>do</strong> <strong>no</strong>

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